Notícias Destaque

5 de setembro de 2022

PRCEU-USP – Apoio a Projetos de Cultura e Extensão nos campi do Interior

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP lançou o Edital PRCEU 03/2022, que trata de Apoio a Projetos.

Confira alguns dos itens do citado edital:

1.1. Serão selecionados exclusivamente projetos que guardem relação com iniciativas de cultura e extensão com envolvimento das Unidades da USP dos campi do interior. Os projetos também devem:

1.1.1. ser coordenados por docentes em atividade da Universidade de São Paulo sob a supervisão das Comissões de Cultura e Extensão das Unidades ou órgãos equivalentes;

1.1.2. facilitar o compartilhamento, com a comunidade externa, do conhecimento adquirido por meio do ensino e da pesquisa na USP, e a troca de saberes;

1.1.3. indicar sua relevância para as atividades de formação dos estudantes da USP;

1.1.4. apontar mecanismos e indicadores objetivos de avaliação de impactos e resultados.

1.2. Serão selecionados até 17 (dezessete) projetos no total, 1 (um) de cada Unidade de ensino dos campi do interior.

1.3. Poderão ser inscritos 1 (um) projeto por Unidade de ensino dos campi do interior, indicado pela respectiva CCEx, ou projetos que agreguem propostas interunidades dos campi do interior, ou seja, que comprovem parcerias e colaborações entre diversas Unidades da USP.

1.4. Cada projeto aprovado será contemplado com recursos financeiros de até R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).

Para conferir o edital na sua íntegra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de setembro de 2022

A importância dos kits educacionais criados no IFSC/USP

Depois de se ter procedido à entrega oficial dos primeiros doze tipos de kits educacionais idealizados e construídos pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP, o diretor do Instituto, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, fez questão de comentar, de forma breve, esse acontecimento, tendo começado por abordar as dificuldades que existem no ensino, no Brasil. “Uma das grandes dificuldades, tanto no ensino fundamental, como no ensino médio, é o fato de não existirem laboratórios nas escolas, dedicados, por exemplo, à física, química, biologia, ciências, e isso se deve a dois problemas fundamentais. O primeiro, é a falta de recursos, e o segundo é a falta de oportunidades que os professores têm para se formarem para poderem dar essas aulas experimentais e terem o material adequado para esse efeito”.

Contudo, o Prof. Osvaldo sublinha que, independente de tudo, não é apenas uma questão de dinheiro, já que, para ele, a necessidade maior é ter especialistas que possuam o conhecimento necessário para a realização desses experimentos. “Esta iniciativa de ter na Universidade de São Paulo kits educacionais com esses experimentos vem preencher uma lacuna. De que forma? Exatamente com a colaboração de especialistas que já têm um conhecimento vasto dos conteúdos dos kits e experiência de ensino. Estes kits educacionais foram preparados de maneira a que possam ajudar na formação de nossos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, que serão futuramente professores nos ensinos fundamental e médio, permitindo que eles tenham seu próprio material para aplicar em suas escolas”, pontua o diretor.

Osvaldo Novais destaca que com o lançamento destes kits educacionais produzidos no IFSC/USP satisfazem-se duas grandes necessidades. “Em primeiro lugar, a formação dos professores, que ficam aptos a dar aulas de laboratório em suas escolas, e, em simultâneo, facultar-lhes as ferramentas para que eles possam dar essas aulas. Ou seja, vamos contribuir com a melhoria da educação e ao mesmo tempo melhorar a qualidade da formação dos futuros docentes. É um motivo de grande júbilo para todos nós compartilhar essa contribuição do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de setembro de 2022

Processo seletivo – “ACS USP-Student Chapter” (IQSC/USP)

A “ACS USP-Student Chapter”, grupo de extensão do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), associado à ACS (American Chemical Society), cujo objetivo é divulgar a ciência em seus diversos ramos, anuncia o seu Processo Seletivo 2022.2.

Se você, estudante universitário ou pós-graduando, que quer ajudar a divulgar a ciência e ainda combater o negacionismo científico, não perca essa oportunidade e venha fazer parte do desse time.

As inscrições poderão ser feitas por meio do formulário de inscrição (VER AQUI), sendo que qualquer dificuldade ou dúvida poderá ser encaminhada para o email  acschapter@iqsc.usp.br

Para saber mais, consulte o edital (AQUI).

American Chemical Society (acs.org)
ACS USP Student Chapter | Facebook
acschapterusp | Instagram
https://acschapter.iqsc.usp.br/ | Site

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de setembro de 2022

Prof. Luiz Nunes (IFSC/USP) é o novo coordenador científico da “Revista Pesquisa FAPESP”

O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP, Prof. Luiz Nunes de Oliveira passa a assumir o cargo de coordenador científico da “Revista Pesquisa FAPESP”, substituindo no cargo o filósofo Prof. Luiz Henrique Lopes dos Santos, professor sênior no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e coordenador adjunto da Diretoria Científica da FAPESP para Divulgação Científica e Ética e Integridade em Pesquisa.

O Prof. Luiz Nunes – professor titular – formou-se no IFSC/USP e fez o doutorado na Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Por duas vezes fez estágios de pós-doutorado no mesmo país, na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e na Universidade do Estado de Ohio. Suas linhas de pesquisa principais são correlação em sistemas eletrônicos e teoria do funcional da densidade. Entre 2002 e 2005 foi pró-reitor de Pesquisa da USP e coordenador adjunto na FAPESP em dois períodos, de 1993 a 2001 e de 2017 a 2020.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de setembro de 2022

Biblioteca do IFSC/USP também no Instagram

Todas as iniciativas, ações e realizações da Biblioteca do IFSC/USP poderão agora ser conferidas também no Instagram.

Confira os últimos trabalhos científicos produzidos por nossos pesquisadores, veja como se relacionar com a Biblioteca do IFSC/USP e como tirar dúvidas, use os serviços e as ferramentas que a Biblioteca coloca ao seu dispor, como requisitar livros por empréstimo, consulte a normalização de teses, dissertações, TCC’s e outros documentos.

Acesse – @bibifscusp

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2022

Centro de Síntese USP Cidades Globais – Projeto em andamento no IEA-USP – Polo de São Carlos

(Créditos – “Mundogeo”

“USP Cidades Globais – Uma abordagem em sustentabilidade a partir da educação” é o tema de um dos grupos de pesquisa aplicada que atualmente compõe um dos vetores do trabalho desenvolvido no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA) e no IEA – Polo de São Carlos, essencialmente dedicado ao ensino, desenvolvido por vários pesquisadores, entre docentes, pós doutorandos e alunos de pós-graduação, inclusive com um mestrado profissional no Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais (PROFCIAMB) – VER AQUI -, que está sendo coordenado pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), em conjunto com mais oito universidades. O Prof. Tadeu Malheiros, docente e pesquisador da EESC/USP, é o coordenador desse grupo de pesquisa cujo público alvo é o conjunto de educadores que atuam em espaços formais e não formais de  educação. “São pesquisas aplicadas para o desenvolvimento de diversos materiais educacionais para o ensino das ciências ambientais, todas conectando a USP com a sociedade. O primeiro desses projetos, talvez o mais longo, é uma parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de outros, na própria USP, com financiamento através de editais da Pró-Reitoria de Extensão (PRCEU) e da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), informa Tadeu Malheiros, acrescentando que,  no caso da PRCEU, esse projeto leva ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para dentro das escolas, enquanto o da PRG estimula os alunos da graduação a trabalharem os ODS num contexto de ensino “extramuros”.

(Créditos – UNICEF)

Água… Tema fundamental e sempre presente

Ariane Baffa Lourenço

A importância da preservação da água no contexto geral deste grupo de pesquisa apresenta-se como tema fundamental, além de outros dois componentes que integram a abordagem do NEXO – alimento e energia. Com experiência na área de Educação, com ênfase em Processos de Ensino e Aprendizagem e Formação de Professores de Ciências, Ariane Baffa Lourenço, com doutorado na Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências na Universidade de São Paulo, é pós-doutoranda do Programa Centro de Síntese Cidades Globais  IEA/USP – Polo São Carlos e comenta os objetivos de sua pesquisa. “O meu projeto  “Implementação e análise de ações educativas no contexto do Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais” faz, primeiramente, uma análise dos materiais produzidos no contexto do PROFCIAMB que podem ser introduzidos em sala de aula ou em espaços de aprendizagem não-formal, possuindo, como foco, o tema água e a gestão dos recursos hídricos. Ou seja, pensar e propor projetos e ações educativas que, através de fascículos, ou de guias educacionais, possam enriquecer o mestrado profissional de forma a que esse conteúdo possa ser amplamente utilizado e disseminado pelos professores junto dos alunos da Educação Básica e sempre no âmbito temático da água”, sublinha Ariane. Além disso, segundo a pesquisadora, está sendo ofertado o curso de extensão “Água e Gestão de recursos hídricos: abordagens em contexto educacional pelo método de estudo de caso“ cuja finalidade é entrar na temática de água e a gestão de recursos hídricos e associá-la com  uma estratégia de ensino.  Este curso abriu 100 vagas, e é resultado de um trabalho integrado que conta com o engajamento de docentes e pós doutorandos dos mestrados profissionais, o PROFCIAMB e o PROFÁGUA (Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos), contando com a colaboração da Profa. Dra. Salete Linhares Queiroz, do Instituto de Química de São Carlos da USP.

Abastecimento de água e universalização do saneamento básico

Thelmo Branco Filho

O Prof. Thelmo Branco Filho, é Pesquisador-Colaborador no Programa Centro de Síntese Cidades Globais  IEA/USP, Professor Visitante na Universidade Federal do Rio Grande – FURG/FaDir,  Professor da Rede do Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais – Associada USP, Avaliador do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – BaSis – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Pós-doutor pelo Programa Centro de Síntese Cidades Globais  IEA/USP; e integra essa equipe interdisciplinar, uma vez que sua formação é em Direito e em Ciências Sociais. Sua experiência levou-o a trabalhar numa espécie de interface deste projeto, atuando em um contexto político da universalização do saneamento básico, sobretudo o acesso à água potável aos menos favorecidos, sendo sua missão levar esse cenário para dentro da sala de aula. “Venho desenvolvendo uma pesquisa na linha das questões da regionalização, na questão de saneamento básico nos municípios da bacia do PCJ (Piracicaba, Capivari, Jundiaí), com um destaque especial relativo ao abastecimento de água e como toda a dinâmica se processa”, enfatiza o Prof. Thelmo, que defende uma integração sólida entre instituições, academia e sociedade civil, para poder alcançar, em 2030, um índice satisfatório dessa universalização no contexto da saúde pública, segundo as metas do ODS 6 – Água Potável e Saneamento. Para o coordenador do grupo, Prof. Tadeu Malheiros, as questões relacionadas com saneamento básico têm a ver com informação sobre direitos fundamentais. “No contexto da saúde pública, as populações têm direitos assegurados pela legislação brasileira. Então, mesmo que elas estejam em condição de vulnerabilidade, ou seja, em aglomerados subnormais ou em favelas, nem por isso elas devem ser deixadas de fora da universalização que defendemos.

(Créditos – “Cidades Inteligentes”)

Então, é preciso trabalhar esse conceito dos direitos fundamentais e sociais, e claro, das obrigações, a partir da escola. Esse é um papel também que a gente tem levado às escolas, principalmente no que diz respeito à água, que é um direito humano a partir da saúde e do próprio direito à vida. Tudo isso está implicado e aí a escola é o ponto de partida desse processo”, sublinha o pesquisador. Assim, para ampliar essas reflexões em âmbito escolar, sobretudo, na Educação Infantil, o Prof. Thelmo Branco Filho orienta a pesquisa de mestrado, no Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Rede para Ensino das Ciências Ambientais-PROFCIAMB, da acadêmica Karen Cristina Pinheiro Mussetti, que tem como objetivo planejar, implementar e avaliar uma sequência didática para a Educação Ambiental, elaborado em colaboração aos professores da Educação infantil, da Escola CEMEI Walter Blanco, no Município de São Carlos/SP, sobre a temática do consumo consciente da água, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos do Desenho Universal para a Aprendizagem com o intuito de minimizar possíveis barreiras em sala de aula e favorecer uma educação para todos.

Sistemas integrados de educação em defesa da sustentabilidade

Vinicius Perez Dictoro

Vinculado a um projeto da PRCEU/USP, o tema do pós-doutorado do pesquisador Vinicius Perez Dictoro no Programa Centro de Síntese Cidades Globais IEA/USP- Polo São Carlos, é bastante amplo, alinhado com a tríade das universidades, congregando o Ensino – apoio às monitorias das disciplinas universitárias -, Pesquisa e Extensão, esta última considerada como principal. “O nosso objetivo é desenvolver sistemas integrados de educação, tendo em vistas a sustentabilidade. Com isso, visa-se a realização de ações específicas com sistema de aquaponia, aproveitamento de água da chuva, energia solar, horta e compostagem, que são alguns dos exemplos que estamos desenvolvendo e aprimorando em duas escolas de ensino formal, na circunstância, a Escola Sebastião de Oliveira Rocha, aqui em São Carlos, e na Escola Dr. João Gilberto Sampaio, em Ribeirão Preto, e também no ensino não formal, por meio da parceria com o CDCC aqui da USP, na cidade”, relata o pesquisador.

Tadeu Malheiros

Embora essas instituições de ensino já apresentem algumas infraestruturas relacionadas com sustentabilidade, a ideia é contribuir com professores e alunos, identificando novas possibilidades de ensino, atividades e práticas que podem contribuir com o ensino e aprendizagem dos alunos. “No CDCC, por exemplo, existe a intenção de montar um sistema de aquaponia integrado no quintal agro-ecológico. O objetivo é que as pessoas, os visitantes, outras escolas possam conhecer o que é aquaponia, que é o cultivo de plantas e peixes no mesmo sistema, com um consumo muito baixo de água. A única água que é trocada no sistema é a água de evaporação, então essa fica sempre como água de recirculação. É uma produção que contribui e impacta menos o meio ambiente, então ela tem um papel fundamental ao pensarmos na sustentabilidade”, pontua Vinicius, acrescentando que todo o embasamento teórico sobre esses sistemas, que incluem água, alimento e energia, é feito a partir da pesquisa científica, e que todos esses projetos irão ser acompanhados mesmo após serem concluídos, para que permaneçam ativos.

Missão em Portugal

Pronta para viajar para Portugal em missão, a equipe do Prof. Tadeu Malheiros está planejando ampliar o alcance do mestrado profissional aos países de língua oficial portuguesa. “Sabendo que Portugal é um interlocutor privilegiado junto dos países de língua portuguesa, principalmente no continente africano, a ideia é juntar esforços para criar uma turma internacional, recebendo aqui os alunos, obviamente em tempo não integral. A intenção é que os alunos venham por um ou mais períodos, atendendo a que as pesquisas devem ser feitas nos seus países de origem, quer seja em Angola, Moçambique, Guiné, etc. Esse projeto, essa intenção, estabelece uma ponte importante quando olhamos para o programa “USP Cidades Globais” do IEA. Porque nós estamos falando num contexto onde surge o Brasil e outros países que têm situações de vulnerabilidades similares, principalmente nessa intenção de realinhar as cidades dentro dos paradigmas do desenvolvimento sustentável. Estamos bastante ansiosos com os resultados potenciais que esse projeto pode trazer, salientando que isso perpassa todas as questões de saneamento básico e sua universalização já comentada anteriormente”, enfatiza o pesquisador.

De fato, a água permanece um problema global e o acesso a ela, principalmente pela população mais pobre, é uma questão ainda mais crítica, algo que, segundo o Prof. Tadeu Malheiros, é o maior desafio das pesquisas que estão sendo realizadas. “Obviamente, temos que levar essa preocupação para dentro das escolas e torná-la abrangente”, conclui o pesquisador, enaltecendo os apoios que foram e estão sendo concedidos para todo o projeto, emanados não só da Universidade de São Paulo (USP), como, também, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que têm aportado os mais diversos recursos, algo que se enaltece.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de agosto de 2022

CEPOF entrega kits temáticos na Biblioteca do IFSC/USP – Um conjunto de ferramentas educativas e didáticas

Ana Mara Prado recebe das mãos do Prof. Vanderlei Bagnato o conjunto de kits educacionais

Foram entregues formalmente no dia 29 de agosto, na Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), os primeiros doze kits temáticos educacionais criados pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP que se encontra alocado no Instituto. Com temas variados, estes kits  destinam-se aos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, que, no final de sua licenciatura, terão a oportunidade de ingressar como professores de ciências nos ensinos fundamental e médio. Considerados como um conjunto de ferramentas educativas e didáticas de extrema importância para serem utilizados pelos professores nas salas de aula, estes kits passam a estar disponíveis na Biblioteca do IFSC/USP, por empréstimo ou requisição.

Na cerimônia de entrega dos kits, o coordenador do CEPOF e, simultaneamente, docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, considerou que a história dos kits para ensinar experimentação não é um projeto novo, já que ele foi idealizado há alguns anos a esta parte por intermédio de vários professores e pesquisadores da USP. “Este projeto tem o objetivo de cobrir várias áreas do conhecimento para que os alunos possam praticar ciência, sendo que a USP sempre esteve preocupada com esse aspecto, principalmente durante e após a pandemia. Então, a ciência se aprende fazendo e observando resultados que a Natureza nos dá. Obviamente, o IFSC/USP sente essa responsabilidade de contribuir para a formação dos estudantes, sendo que esta iniciativa que está acontecendo aqui, com a entrega de doze tipos de kits, irá ser muito mais abrangente, atendendo a que ela será implementada em todos os vinte e dois cursos de licenciatura que existem na Universidade de São Paulo. Vai ser um marco e uma referência para que se possa adotar no Brasil o hábito de deixar o aluno praticar ciência. Mais uma vez, a USP entende a sua responsabilidade no cenário nacional, sendo referência para a determinação de alguns rumos que se devem seguir para a disseminação da ciência, tal como ela vem fazendo ao longo dos anos”, pontuou o pesquisador.

Prof. Sebastião Pratavieira

Vanderlei Salvador Bagnato aproveitou o momento para salientar o apoio recebido da USP, na pessoa de seu dirigente máximo, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior. “Nosso reitor compreende muito bem a importância deste e de outros projetos, fato que muito agradecemos e enaltecemos”, concluiu.

O Prof. Marcelo Barros, docente do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, classificou como muito importante a utilização destes kits, atendendo a que eles permitem que os alunos reforcem seus conhecimentos através de exemplos práticos. “Os futuros professores poderão levar estes kits para suas casas e treinar os conceitos experimentais que são apresentados, para, mais tarde, serem integrados em sala de aula para debate com seus alunos. Estes kits são, de fato, peças muito importantes para o aprendizado”, comentou o professor, opinião que é partilhada pelo técnico ao serviço dos Laboratórios de Ensino de Física, Cláudio Bretas, ao considerar que estes kits são uma extensão da própria Universidade, levando para as escolas dos ensinos fundamental e médio ensinamentos complementares relativos às ciências, através de experimentos que podem ser realizados na própria sala de aula. “Vão valorizar as aulas e entusiasmar os jovens alunos”, pontuou Bretas.

Prof. Marcelo Barros e o técnico do LEF-IFSC/USP Claudio Bretas

Para o docente e pesquisador do CEPOF- IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, esta atividade de entrega oficial dos kits faz parte integrante da área de difusão do CEPOF, uma área que tem realizado inúmeras atividades ao longo dos anos. “A idealização e criação destes kits temáticos baseiam-se na ideia de podermos apresentar um livro que não tem folhas, não tem textos, mas sim um conjunto de experimentos práticos para que os alunos entendam melhor os conceitos teóricos  que são apresentados em sala de aula. Cada kit destes contém um experimento que o aluno pode realizar para aprender melhor determinado conteúdo. É, em suma, levar o ensino experimental para as escolas, já que elas não possuem laboratórios.

Finalmente, Ana Mara Prado, responsável pela Biblioteca do IFSC/USP, sublinhou que este material irá ser devidamente tratado, processado e disponibilizado para todos os alunos que tiverem interesse em utilizá-lo. “O projeto em si tem o objetivo de apoiar os alunos do IFSC/USP, principalmente os do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, já que isso vai beneficiá-los na execução de vários experimentos. O acesso a esses kits vai ser livre, desde que o interessado seja aluno da USP”, pontuou.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de agosto de 2022

USP de São Carlos leva planetário itinerante a escolas do Estado de São Paulo

Planetários são ambientes com céu arredondado, em forma de domo, onde são projetadas   imagens que simulam o céu estrelado e inúmeros objetos espetaculares que encontramos em nosso universo, criando experiências educacionais que ensinam astronomia e ciências afins. Os projetores de estrelas que mostram o próprio céu noturno estão entre as ferramentas educacionais mais atraentes e versáteis. Planetários em todo o mundo inspiram e educam pessoas de todas as idades sobre o nosso entorno – a própria Terra e nosso lugar no Universo – e muitas vezes são um lugar em que os jovens se entusiasmam para seguir uma carreira científica.

Em uma época em que a educação científica e tecnológica tem sido considerada como prioridade pelas universidades, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica da USP exibe o planetário inflável itinerante em escolas diversas e locais públicos em todo Estado de São Paulo há mais de 10 anos.

Durante contexto de pandemia, o planetário não foi exibido por questão de segurança, mas na última quinta-feira, 25 de agosto, foi montado na EMEF Professora Maria Luiza Batistela, na cidade de Ibaté, SP, durante o evento “IV Festa da Família”. O tema do filme foi “O Nascimento do Sistema Solar”, que conta a história do surgimento do universo desde o Big Bang, até o surgimento do sol e dos planetas. A escola recebeu centenas de visitantes, contando com alunos, professores e comunidade geral.  Além de enriquecer o estudo teórico dado em sala de aula, a projeção dentro do domo inflável proporcionou aos visitantes a sensação de estarem imersas no espaço sideral. Segundo os estudantes, essa foi “uma experiência única e inesquecível”.

Compareceram ao evento o secretário municipal de educação de Ibaté, Alexandre Moraes Gaspar; o professor da USP, Euclydes Marega Junior, coordenador geral de Difusão de Ciências do CEPOF; a professora Wilma Barrionuevo, coordenadora de Difusão de Ciências do CEPOF junto às Escolas, a diretora da Escola, Regina Dorice e os professores Rozilda dos Santos e Cicero dos Santos.

Por: Dra. Wilma Barrionuevo – Coordenadora de Difusão de Ciências do CEPOF/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de agosto de 2022

Campanha de castração de gatos na USP de São Carlos

Um grupo de alunos e ex-alunos voluntários da USP de São Carlos se mobilizou para ajudar no controle das colônias de gatos que ao longo do tempo têm povoado as duas áreas do Campus USP de São Carlos.

O grupo já realizou uma ação de CED (captura, esterilização e devolução) dos gatos adultos e ariscos, em parceria com a ONG “Amigos Salvando Amigos” (ASA). Os filhotes são colocados para adoção em parceria com um lar temporário, igualmente mantido por voluntários.

O grupo pretende arrecadar cerca de 10 mil reais para arcar com custos da castração, comida, sachês, remédios, e eventuais imprevistos como, por exemplo, internações.

Castração é a solução para diminuir e zerar a colônia, a longo prazo, por isso a necessidade de todos ajudarem.

Para mais informações, siga o grupo no Instagram (@gatosdoc2), acompanhe os avanços e doe o quanto puder, divulgando as ações para os amigos! #doeumbandejão.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de agosto de 2022

Antonio Carlos Quinto e Tabita Said estarão à frente da nova editoria de Diversidade e Inclusão do Jornal da USP

Desde que a USP passou a adotar as cotas como política afirmativa em 2016 – antes, em 2006, colocou em prática o **Inclusp – muita coisa aqui pelos lados da Cidade Universitária, no campus Butantã, mudou. Neste 2022, mais notadamente, é possível perceber os efeitos de uma mudança que se faz necessária… sempre se fez, aliás! É um caminho sem volta… sem retrocessos. É o trajeto para um futuro esperançoso de autoafirmações aos que, até então, sentiam-se impedidos, esquecidos, excluídos. É o caminho para uma sociedade mais justa.

A empreitada em direção à maior inclusão das diversidades nesta Universidade exige que todas e todos se dispam de velhos estereótipos e reconheçam que o momento é ímpar. A atual administração da USP, com o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, parte de forma determinada nesta direção, com a criação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), em maio deste ano, para centralizar e coordenar as ações da USP voltadas para as políticas afirmativas e de permanência, agregando-as às atividades de ensino, pesquisa e extensão. No mesmo passo e ritmo, a Superintendência de Comunicação Social inaugura no Jornal da USP – que veicula diariamente pela internet as principais informações desta Universidade – a editoria de Diversidade e Inclusão, que passa a integrar a publicação junto às outras editorias já estabelecidas: CiênciasCulturaAtualidades, Universidade e Institucional.

A missão desta nova editoria é dar espaço à diversidade, de uma forma ampla, seguindo a linha editorial deste jornal, que foi fundado em 1985. Pretendemos mostrar ao leitor os quadros fiéis dos principais movimentos desta iniciativa… que é sem volta! Que é sem retrocesso! Nada é mais motivador no exercício jornalístico que o desafio, seja ele qual for. E será um desafio e um aprendizado diário acompanhar as mudanças de paradigmas que já acontecem neste cotidiano, de forma tão rápida, mas para o qual pretendemos estar atentos e de olhos bem abertos. Afinal, será um aprendizado. Assim consideramos que seja o jornalismo em sua essência: reportar os fatos e trocar experiências e aprendizados!

Quer observar? Pois faça uma de suas refeições – café da manhã, almoço ou jantar – num dos restaurantes universitários aqui do campus Butantã, na capital. Verás o que sempre viu: estudantes, funcionários e visitantes, por vezes. Mas há algo de novo, como a maior presença negra entre os frequentadores, um dos aspectos que mostram o quanto a USP vem se diversificando.

São novos ares que respiramos por aqui. O que mudou? Sendo também um reflexo da sociedade, a Universidade que outrora se estendia a uma elite paulistana e brasileira, agora abre suas portas para todas, todos e todes. E podemos dizer que é extensivo a todos os campi da USP. Com estes “novos ares”, os modos vão se modificando e os semblantes vão tomando formas e cores que, para muitos, eram até então desconhecidos. É perceptível também a mudança dos comportamentos, inclusive, nos objetos e autores das pesquisas recentes aqui desenvolvidas. Pesquisa que sustenta o desenvolvimento, a inovação, a produção e a reprodução do conhecimento para melhorar a vida dos brasileiros. Enfim, não haverá retrocesso! Não caberá retrocesso! Não há como pensar em retrocesso!

Mas sabemos que ainda é necessário muito mais. Ampliar o acesso, fortalecer a permanência e criar um ambiente de troca e resistências, para que a Universidade possa oferecer à sociedade os frutos de uma pesquisa científica que responda à diversidade da sociedade brasileira. O lugar de negro – espaço ocupado por Lélia Gonzalez e ocultado a tantas outras mulheres pretas -, o lugar de mulher – ainda inacessível e duramente percorrido – o lugar das pessoas com deficiência, das pessoas periféricas, das LGBTQIA+ e de estudantes da escola pública será a Universidade. Como sempre foi, como sempre deveria ter sido.

A nova editoria tratará de temas relacionados às diversidades, inclusão social e questões étnico-raciais.

Acompanhe AQUI ou pelo e-mail: ediversi@usp.br

** Pelo Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), os candidatos ao vestibular de escolas públicas recebiam bônus (aumento) na nota da primeira fase e na nota final do vestibular da Fuvest. A porcentagem de bônus podia chegar a 25%, dependendo do grupo em que o candidato se inseria. Embora tenha sido a última Universidade estadual paulista a aderir às cotas, em 2021 a USP registrou o índice de 51,7% de alunos matriculados oriundos de escolas públicas em seus cursos de graduação e, dentre eles, 44,1% autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). Com a implementação da Comissão de Heteroidentificação no vestibular, a Universidade começará, já a partir do vestibular 2023, a apurar e agir sobre os casos de fraudes racial e socioeconômica na autodeclaração de pertencimento ao grupo PPI. 

Os editores

Antônio Carlos Quinto é jornalista

Nascido em São Paulo, graduado em Comunicação Social pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 1983, será o editor da nova seção. Seu trabalho como jornalista na USP começa em 1995, na Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) – hoje Superintendência de Comunicação Social (SCS) -, quando foi designado a atuar na então recém-criada Agência USP de Notícias. Lá exerceu a função de repórter, até se tornar diretor da mídia em 2000. Em paralelo à direção da Agência, produziu para a Rádio USP os informativos No Ar, Agência USP de Notícias, boletins com três minutos de duração contendo os resumos das pesquisas veiculadas na mídia. Na Agência USP de Notícias permaneceu como diretor até a sua incorporação ao Jornal da USP, em 2 de maio de 2016. Desde janeiro de 2018, o jornalista produz e apresenta, na Rádio USP, junto com sua colega e também jornalista Roxane Ré, o podcast Os Novos Cientistas, com entrevistas de novos pesquisadores da USP sobre os resultados de suas pesquisas.

Tabita Said é jornalista

Nascida na periferia da zona leste de São Paulo, graduada em Jornalismo pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2008), especializada em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da ECA/USP (2013), será a subeditora da nova seção. Foi assessora de comunicação na Secretaria de Segurança Pública do Estado e na Secretaria de Estado da Educação, ambas na capital paulista. Na Universidade há 11 anos, trabalhou na comunicação da Prefeitura do Campus da Capital e no Núcleo de Divulgação Científica. Lá, participou da criação das mídias do Ciência USP e do Canal da USP no Youtube, exercendo a função de repórter de ciências. Atuando na reportagem multimídia, produziu vídeos, podcasts e conteúdo para o público e para a mídia especializada. Participou da equipe audiovisual do Jornal da USP e atualmente tem produzido reportagens sobre projetos, coletivos e pesquisas da Universidade.

(In: “Jornal da USP” / Imagens: “People Matters” / Marcos Santos – USP Imagens)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de agosto de 2022

Reitoria restringe o uso de máscara nos campi da Universidade

A Reitoria divulgou ontem, dia 23 de agosto, um comunicado à comunidade universitária sobre a não obrigatoriedade do uso de máscara nos ambientes fechados da Universidade. De acordo com o texto, o uso fica restrito apenas ao transporte coletivo e aos serviços de saúde dos campi.

Leia, a seguir, a íntegra do comunicado assinado pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Comunicado da Reitoria sobre uso de máscara nos campi – 23/08/2022

Considerando:

– a evolução favorável da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo, com redução sustentada do número de casos, hospitalizações e óbitos pela doença nas últimas semanas;

– a redução do número de afastamentos pela covid-19 entre membros da comunidade universitária;

E ouvida a Comissão Assessora de Saúde, a Reitoria da USP estabelece que, a partir do dia 24 de agosto, o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados da Universidade fica restrito apenas ao transporte coletivo e aos serviços de saúde dos campi.

Reforçamos a exigência de comprovação das doses adicionais da vacina contra o coronavírus para acesso às dependências da Universidade como medida eficaz de proteção individual e coletiva contra a infecção.

A Reitoria agradece e parabeniza a comunidade acadêmica da USP pela adesão ao uso de máscaras e ao esquema vacinal completo no período da pandemia da covid-19.

São Paulo, 23 de agosto de 2022.

Carlos Gilberto Carlotti Junior

Reitor da USP

(In: Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2022

Sobre o campo magnético criado pela Terra, pelo homem e pelas estrelas

 

Figura 2 – (a) O polo norte geográfico está situado sobre o gelo, no Oceano Ártico. Como o gelo se move rapidamente, não existe uma estação permanente que marque a posição exata do polo norte geográfico verdadeiro. (b) O polo sul geográfico está situado sobre o gelo que cobre a superfície do continente. Como esse gelo se move apenas alguns metros por ano, os EUA construíram um marco (a estação Amudsen-Scott) que indica a posição verdadeira do polo sul geográfico (Crédito: [1]Por: Prof. Roberto N. Onody *

Por: Prof. Roberto Onody

 

Todo planeta tem um par de polos norte e sul geográficos (que estão contidos ao longo do eixo de rotação do planeta) mas, nem todo planeta tem um par de polos norte e sul magnéticos. Veja por exemplo, o planeta Vênus. Como a Terra, Vênus tem também um núcleo metálico e líquido (composto, basicamente, por ferro), mas, sua velocidade de rotação em torno do seu eixo é tão baixa (1 dia venusiano corresponde a 243 dias terrestres!) que inviabiliza a geração de corrente elétrica e, consequentemente, a criação de um campo magnético.

 

Os polos norte e sul geográficos correspondem aos dois pontos onde todos os meridianos terrestres se encontram.  O polo norte geográfico está em pleno Oceano Ártico e o polo sul geográfico se localiza em pleno continente Antártico (Figura 2). Os 12 países que assinaram o Tratado Antártico de 1959 “dividem” o continente Antártico (o Brasil está incluído). O continente é aberto aos pesquisadores científicos. Até 2022, somente 10 pessoas tinham nascido na Antártica [1]!

 

 

Por outro lado, os polos norte e sul magnéticos da Terra são criados pela combinação dos efeitos da sua rotação, composição química e temperatura do seu núcleo.

Como sabemos, a estrutura da Terra é formada por 4 camadas. A primeira, a crosta, tem espessura entre 30 e 70 km. Ela está dividida em placas tectônicas que se movimentam sobre a camada superior do manto.

O manto tem espessura de cerca de 3.000 km. Ele é composto, principalmente, por ferro, silício e magnésio. É denso e quente. A camada superior do manto (astenosfera) está a uma profundidade de cerca de 100 a 200 km da superfície terrestre e sua temperatura é alta o suficiente para derreter as rochas, formando o magma. Esse magma pode chegar à superfície terrestre por meio dos vulcões.

A terceira camada é o núcleo exterior. Ele tem cerca de 2.000 km de espessura (com profundidade de cerca de 3.000 a 5.000 km). É composto por Níquel e Ferro no estado líquido.  Esse líquido em alta temperatura é muito turbulento, com fortes correntes de convecção. Essas correntes de convecção produzem cargas elétricas que, ao rotacionarem junto com a Terra, geram o campo magnético terrestre. A Terra é (quase) um grande imã!

Figura 3 – As posições dos polos norte e sul magnéticos mudam com o tempo. O polo norte magnético migra de 20 a 40 km por ano, no sentido noroeste. Os polos magnéticos nem sequer são antípodas – eles não estão ligados por uma reta que passa pelo centro da Terra. Em 2020, as latitudes e longitudes dos polos norte e sul magnéticos eram (86,5 N; 162,9 L) e (64,1 S; 135,9 L), respectivamente (Crédito: [2])

Finalmente, na última camada, temos o núcleo interior. Com forma esférica e raio de cerca de 1.300 km, ele é composto por Ferro e Níquel no estado sólido. A pressão aí é altíssima – milhões de vezes a pressão atmosférica na superfície terrestre. A temperatura é de aproximadamente 5.400 oC, similar à da superfície do Sol.

Como o campo magnético terrestre é gestado no turbulento núcleo da Terra, as posições dos polos norte e sul magnéticos não são fixas, elas variam com o tempo (Figura 3) [2]. Hoje, o polo norte magnético se encontra a cerca de 500 km de distância e ao sul do polo norte geográfico. Uma bússola colocada no polo norte geográfico indicaria, incorretamente, a direção sul.   É importante observar que os polos norte e sul magnéticos, não são antípodas, isto é, eles não estão em posições diametralmente opostas.

Hoje sabemos, que os polos norte e sul magnéticos se alternam de tempos em tempos – O polo norte vira polo sul e vice-versa. É a chamada reversão temporal. Estima-se que a última reversão ocorreu há cerca de 770.000 anos atrás.

No mundo em que vivemos, os polos magnéticos norte e sul sempre aparecem aos pares, juntos e inseparáveis. Mas, nas equações de Maxwell, a imposição de uma dualidade eletromagnética, propõe a existência de monopolos magnéticos – cargas magnéticas livres.

Paul Dirac demonstrou (no contexto da eletrodinâmica quântica) que se os monopolos magnéticos realmente existirem, então, as partículas elementares terão cargas elétricas que serão múltiplos inteiros da carga “e” do próton e do elétron. Por outro lado, no Modelo Padrão, essas cargas podem ser fracionárias, “+2e/3” e “-e/3” (carga dos quarks).

As massas previstas para os monopolos magnéticos são muito altas, de dezenas a centenas de Teraeletronvolts (Tev). Talvez, os monopolos magnéticos tenham existido logo após o Big Bang. No acelerador de partículas do CERN, o LHC (que comprovou, há 10 anos atrás, a existência do bóson de Higgs), a busca pelos monopolos magnéticos continua. Outra vertente experimental, tenta encontrar os monopolos magnéticos através do mecanismo de Schwinger, onde campos magnéticos muito intensos podem criar monopolos magnéticos [4]. Até agora, também não obteve sucesso.

Certamente, do ponto de vista linguístico, podemos chamar o campo magnético da Terra de, simplesmente, campo geomagnético.  Mas, é necessário um certo cuidado, pois o termo geomagnético é também utilizado num outro contexto. Muitas vezes, o termo campo geomagnético, se refere a um modelo teórico que aproxima o campo magnético terrestre por um imã (dipolo magnético) situado no centro da Terra. Claro, neste caso, os polos norte e sul geomagnéticos são antípodas. Em grandes altitudes, este campo geomagnético coincide com o verdadeiro campo magnético.

Figura 4 – Imagem artística das duas camadas do cinturão de Van Allen. Elas têm a forma toroidal (rosca). A mais interna, oscila entre 1.600 e 13.000 km acima da superfície terrestre e a mais externa, entre 19.000 e 40.000 km atingindo, portanto, as órbitas dos satélites geoestacionários (do GPS, por exemplo) (Crédito: Karl Tate/Space.com)

O campo magnético terrestre envolve continuamente a Terra (interior e exterior) e se estende por todo espaço. Ele forma um manto protetor (a magnetosfera) que blinda e preserva a vida de plantas e animais contra os efeitos nocivos do vento solar (prótons e elétrons ejetados pelo Sol) e raios cósmicos (prótons e núcleos atômicos extremamente energéticos, oriundos de fora do sistema solar e de outras galáxias). Juntos, a atmosfera e o campo magnético terrestre, formam uma bolha, um escudo que permite a vida em nosso planeta.

Figura 5 – Aurora Austral em tons de rosa e amarelo, na Baía Nublada, Tasmânia (Crédito: Shutterstock)

Em 1958, a espaçonave norte-americana Explorer 1, foi lançada ao espaço tendo a bordo um detector Geiger-Müller de radiação. Foi a primeira observação do cinturão de radiação de Van Allen (Figura 4) [3]. Ele é composto por prótons e elétrons de alta energia, que são armadilhados pelo campo magnético terrestre. O cinturão de Van Allen é composto por, basicamente, duas camadas. A primeira, mais exterior, nos protege das partículas vindas do Sol; a segunda, mais interior, nos protege das

Figura 1 – A intensidade do campo magnético terrestre varia de um ponto a outro na superfície da Terra (e também no tempo). A América do Sul tem, hoje, o campo magnético mais fraco. No mapa, a escala utilizada é de nanotesla (0,00001 gauss). O campo magnético médio na superfície da Terra é de cerca de 0,5 gauss. À guisa de comparação, o campo magnético médio do Sol não é muito maior, cerca de 1 gauss (chegando a 3.000 gauss próximo das manchas solares) (Crédito: ESA/DTU/Space)

partículas (muito energéticas) dos raios cósmicos.

Os efeitos produzidos por essas partículas altamente energéticas podem ser, simultaneamente, feéricos e nefastos.  Nas altas latitudes dos hemisférios norte e sul, ao colidirem com átomos da atmosfera (ionizando-os), irradiam luzes multicoloridas que formam o fabuloso espetáculo das auroras boreal e austral (Figura 5). Porém, quando aumenta a atividade do Sol (com ejeções de massa coronal), a Terra é atingida por uma enorme onda de partículas carregadas, que alteram e ondulam o cinturão de Van Allen.  Os prejuízos tecnológicos, causados por correntes elétricas e grandes variações nos campos magnéticos, não são pequenos.

As tempestades solares provocam, na Terra, enormes tempestades geomagnéticas. Recentemente, em fevereiro de 2022, elas destruíram 40 satélites da Starlink, um prejuízo de quase 50 milhões de dólares. Erupções solares ocorridas em 1989, originaram tempestades geomagnéticas que danificaram usinas hidrelétricas na região de Quebec, deixando-a sem energia elétrica por 9 horas. Em 2003, foi a vez da Suécia ter blecaute. Em 2006, outra tempestade geomagnética interrompeu os sinais de rádio de GPS por 10 minutos. A mais antiga tempestade geomagnética conhecida, foi registrada pelo astrônomo Richard Carrington, em 1859. Ele detectou um enorme movimento das manchas solares, seguido da perda de sinais telegráficos. Carrington recebeu também informações de que a aurora boreal tinha sido observada muito mais ao sul, na região do Caribe.

A intensidade do campo magnético (mais rigorosamente, do fluxo magnético) medido na superfície da Terra, não é uniforme (veja Figura 1). Ela oscila entre 0,25 e 0,65 Gauss e foi medida pela primeira vez em 1832, por Carl Friedrich Gauss. Nesses quase 200 anos, a intensidade média do campo magnético terrestre diminuiu cerca de 10%. Localmente, o valor do campo magnético terrestre é muito influenciado pela presença, na vizinhança, de rochas contendo materiais magnéticos.

Figura 6 – Hoje em dia, a liga de neodímio-ferro-boro é o imã permanente mais forte disponível. Ele é utilizado em larga escala industrial. O fluxo magnético gira em torno de 1 a 1,3 Tesla (10.000 a 13.000 gauss) (Crédito: Science Photo Library)

Os melhores e mais utilizados materiais magnéticos para produzir imãs comerciais são as terras raras (grupo dos lantanídeos, na tabela periódica). O adjetivo “raras” se deve ao fato de ser um material de difícil extração e purificação. O neodímio e o samário são os metais preferidos para produzir imãs. A China é o maior produtor mundial de terras raras. O Brasil, que talvez tenha a maior reserva mundial, é apenas décimo produtor devido aos custos de extração e separação industrial.

Pensando em imãs permanentes comerciais, devemos nos referir ao fluxo magnético, que nos indica o quão magnético um determinado material é, ou poderá vir a ser. O máximo da densidade de energia armazenada num imã (medida em gauss–oersted; 1 GOe = 0,0079 joule/metro cúbico), é uma boa medida do poder desse imã – quanto maior, melhor.

Até o início da década de 1980, o imã permanente mais utilizado comercialmente, era a liga de samário-cobalto (densidade magnética máxima igual a 28 milhões de GOe´s). Nessa época, o cientista japonês Masato Sagawa formulou uma nova liga ainda mais forte, composta de neodímio-ferro-boro (densidade magnética máxima igual a 42 milhões de GOe´s). Por esse seu trabalho, ele foi laureado, em 2022, com o prêmio Rainha Elizabeth para Engenheiros. O imã de neodímio-ferro-boro é largamente utilizado e fundamental em carros elétricos, telefones celulares, tomografia por ressonância magnética, discos duros de computadores, aviões, turbinas eólicas etc. (Figura 6).

Para se obter campos magnéticos ainda mais forte, utilizam-se os eletroímãs (bobinas) com fios supercondutores. Até agora (2022), o recorde para campos magnéticos gerados em laboratório, foi de 45,5 Tesla (455.000 gauss) [5].  Embora este valor seja um milhão de vezes maior do que o campo magnético na superfície da Terra, ele é irrisório quando comparado aos campos magnéticos gerados pelas estrelas de nêutron.

Figura 7 – Imagem feita (no comprimento de raios-x) pelo telescópio espacial Chandra em diferentes épocas. No zoom à esquerda, o buraco negro supermassivo da nossa Via-Láctea com o magnetar SGR 1745-2900 quiescente (2005-2008). No zoom à direita, a mesma região do espaço em 2013, com o magnetar ativo (Crédito: NASA)

Quando explode uma supernova, dependendo da massa da estrela em colapso, poderá se formar um buraco negro ou uma estrela de nêutrons. As estrelas de nêutrons são objetos pequenos, com diâmetro girando em torno de 10 a 20 km, mas, extremamente densos. Um cubo, com aresta de 1 cm, pesaria mais do que todos os 8 bilhões de seres humanos existentes na Terra! O campo magnético típico de uma estrela de nêutron é de cerca de 100 milhões de Tesla (mais de um milhão de vezes o maior campo magnético já criado pelo homem).

Na nossa galáxia, foram detectadas e confirmadas (até agora), pouco mais 3.000 estrelas de nêutrons, mas, acredita-se que existam milhões de estrelas de nêutrons na Via-Láctea. Uma estrela de nêutrons, que gira muito rapidamente (centenas de voltas por segundo!), é chamada de pulsar. Um pulsar emite ondas eletromagnéticas de rádio que emergem dos seus polos magnéticos. Um verdadeiro farol espacial! A maior parte das estrelas de nêutrons conhecidas são pulsares.

Estrelas de nêutrons que giram mais lentamente (algo em torno de uma volta a cada 2 a 10 segundos), mas que têm campos magnéticos absurdos de 100 bilhões de Tesla, são chamadas de magnetar (Figura 7). São os maiores monstros magnéticos do universo. Até julho de 2021, eram conhecidos um total de 24 magnetares (e uma dezena mais, esperando confirmação) [6]. Um magnetar passa por explosões de atividade com intensa emissão de raios-x e raios gama. Em 2004, uma dessas explosões gerou um pulso de energia que derrubou, por um décimo de segundo, as comunicações com satélites e aviões. O magnetar responsável foi localizado a 50.000 anos-luz de distância da Terra.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

 

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Antarctica Map and Satellite Imagery [Free] (gisgeography.com)

[2] Magnetic North vs Geographic (True) North Pole – GIS Geography

[3] Van Allen Probes | NASA

[4] Search for magnetic monopoles produced via the Schwinger mechanism | Nature

[5] 45.5-tesla direct-current magnetic field generated with a high-temperature superconducting magnet | Nature

[6] Magnetar – Wikipedia

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2022

“Festa do Livro da USP São Carlos – 2022” – Uma festa da literatura e muito mais

Iniciou-se hoje (23/08), no Campus USP de São Carlos, a sétima edição da “Festa do Livro da USP São Carlos”, um evento gratuito, aberto a toda a comunidade, e que irá ocorrer até quinta-feira (25).

Além da habitual feira de livros para todos os gostos, o evento apresenta palestras, apresentações culturais, mesas redondas com grandes nomes da literatura, sendo que no primeiro dia do evento o destaque foi para a presença de Eduardo Suplicy, economista, professor universitário, administrador de empresas e político brasileiro, que dissertou, no final da manhã, sobre as consequências sociais da pandemia, entre outros assuntos da atualidade.

A elevação do grau da justiça no Brasil

Eduardo Suplicy

Através de uma breve conversa com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP antes de sua palestra, Eduardo Suplicy sublinhou que era um prazer enorme estar presente em um evento universitário que considerou de alto nível, principalmente em uma época bastante difícil. “Alguns setores incitam ao ódio, quando na verdade todos deveríamos incitar ao amor nas suas mais diversas formas, entre elas o amor aos livros, à literatura nas suas mais diversas formas, como estamos vendo aqui. Então, eu me sinto feliz de ter sido convidado pela USP de São Carlos para participar neste bonito evento e poder falar de várias coisas. De como podemos enfrentar os problemas do povo brasileiro, principalmente a desigualdade e a pobreza crescente, mas também falar do desenvolvimento da política econômica e das ferramentas que possam colaborar para a elevação do grau da justiça brasileira”, sublinhou nosso entrevistado. A educação foi outro tema destacado por Eduardo Suplicy, não só em termos da educação tradicional para os jovens, mas também aquela que é destinada aos adultos, principalmente para aqueles que não tiveram oportunidades de frequentar uma escola, tendo recordado a figura e os ensinamentos do Professor Paulo Freire. “Outro tema que irei abordar será a saúde, já que, no meu ponto de vista, devemos apostar nela não só para os que trabalham nas cidades, mas também para os que labutam no campo”. O estímulo às diversas formas de economia solidária, de cooperativas, foram assuntos que Suplicy abordou em nossa conversa, elevando dessa forma a imagem e o pensamento do professor e escritor brasileiro, Paulo Singer, colocando-os no mesmo grau de importância sobre aquilo que considera ser as vantagens enormes de como a renda básica poderá, igualmente, elevar a dignidade e a liberdade real para todos, na sociedade.

Cinquenta e seis editoras estão presentes neste evento, aberto ao público diariamente entre as 10h00 e as 20h00, apresenta obras de autores da cidade de São Carlos.

Veja abaixo a programação estipulada para os próximos dois dias:

24 de agosto – quarta-feira
13h00 – Apresentação artística: Casa Aura Flamenca – Flamenco para todos – a bailar por ai!
14h00 – Bate-papo: Reinaldo José Lopes – Uma história da violência no Brasil
17h00 – Bate-papo: Ana Paula Simioni – Mulheres na Semana de Arte Moderna
20h00 – Apresentação musical: USP Filarmônica – Bossa Nova

 

25 de agosto – quinta-feira
13h15 – Apresentação musical: Coral USP São Carlos – Repertório brasileiro
14h00 – Bate-papo: Felipe Iszlaji, Carolinne Pinheiro e Ana Lis Soares – A inteligência artificial vai escrever literatura e música?
16h00 – Bate-papo: Guilherme Infante, Shun Izumi e Talles Rodrigues – Crítica em tirinhas na internet
18h00 – Apresentação musical: Quarteto Brasileiro – Música brasileira
20h00 – Mesa redonda nobre: Julián Fuks – Lembremos do futuro: crônicas do tempo e da morte do tempo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de agosto de 2022

A beleza e os desafios de ensinar e aprender matemática são temas de evento on-line

Evento promovido pelo Instituto de Estudos Avançados da USP São Carlos terá participação de especialistas da Universidade e representantes de escolas estaduais da cidade

Uma pesquisa feita pelo governo de São Paulo, realizada no início de 2021 com mais de 20 mil alunos da rede estadual, apontou que o desempenho em matemática dos estudantes no 5º ano do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio despencou com a pandemia. Os dados foram divulgados em abril do mesmo ano pela Secretaria Estadual da Educação.

Para falar dos desafios de se ensinar e aprender matemática e como atuar num contexto de defasagem do ensino da disciplina na escola pública, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos vai promover o evento A Matemática Está em Tudo!, com a participação de especialistas da USP e representantes de escolas estaduais da cidade. O evento, nos dias 22 e 31 de agosto e 5 e 12 de setembro, é aberto a todos os interessados e será transmitido pelo canal do YouTube do IEA Polo São Carlos.

“O evento tem como foco a matemática devido à sua relevância na formação educacional. As escolas estaduais que participarão do encontro possuem direção e equipe docente com muito protagonismo e dedicação à educação dos seus alunos”, disse um dos organizadores do evento, o professor José Marcos Alves, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Ele destaca a participação ativa das instituições no evento. “O campus da USP em São Carlos tem uma relação muito produtiva e longínqua com a Direção Regional de Ensino.”

Coordenado pelo Polo de Ações Sociais do Campus e o Grupo de Estudos de Ações Sociais em São Carlos, o evento terá programação on-line e um dia presencial. No dia 12 de setembro, das 8 às 17h30, haverá visita ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) no campus da USP da cidade com bate-papo sobre a importância e a beleza da matemática e palestras sobre como funcionam as olimpíadas científicas de informática e matemática, sobre a área de robótica, empoderamento feminino e sobre o relógio mais pontual do mundo. A programação será a seguinte:

Mulheres na matemática
Dia 22/8, às 10 horas
Palestrante: Maria Aparecida Soares Ruas (ICMC)

Desafios de se ensinar e aprender matemática na escola pública
Dia 31/8, às 10 horas
Palestrantes: Edna Maura Zuffi e Renata Cristina Geromel Meneghetti (ICMC)

O legado da pandemia e os desafios da escola pública: ensinar e aprender num contexto de defasagens e de emoções à flor da pele
Dia 5/9, às 10 horas
Palestrantes: Débora Gonzales Costa Blanco (Diretoria Regional de Ensino da Região de São Carlos), Lucinei Aparecida Tavoni Bueno (Escola Estadual Sebastião de Oliveira Rocha), Juliana Maria Gastaldi de Almeida e Priscila Galvan (Escola Estadual João Batista Gasparin)

Visita à USP
Dia 12/9, a partir das 8 horas

“A Matemática está em tudo”: um bate-papo sobre a sua beleza e importância
Palestrantes: Hildebrando Munhoz Rodrigues e Tiago Pereira da Silva (ICMC USP)

Olimpíada Brasileira de Informática, Empoderamento Feminino, Laboratório de Matemática e Robótica
Palestrantes: Kalinka Castelo Branco, Edna Maura Zuffo e Roseli Aparecida Francelin Romero (ICMC USP)

Visita à Sala do Conhecimento do Instituto de Física de São Carlos e Palestra “O Relógio mais Pontual do Mundo”
Palestrantes: Herbert Alexandre João (IFSC USP) e Daniel Varela Magalhães (EESC USP).

Para acompanhar o evento on-line acesse o canal do YouTube do IEA Polo São Carlos (AQUI).

(Texto “Jornal da USP” / Imagem: Marcos Santos-USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de agosto de 2022

Professores da rede pública de ensino de São Carlos são homenageados por desempenho na CUCO-2022 (USP)

Professores homenageados

A sala “Vem Saber”, localizada no Centro de Apoio Didático (CAD) situado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, recebeu na última sexta-feira (12/08) uma homenagem aos professores da rede pública de ensino e à Diretoria de Ensino de São Carlos alusiva ao desempenho destacado que os mesmos tiveram na promoção do programa Competição Universitária de Conhecimento (CUCo – USP), que ocorreu no primeiro semestre deste ano. A homenagem foi coordenada pelo idealizador do projeto, que ocorre desde 2016, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes. A CUCo, que é um projeto gratuito, consiste em um desafio que é colocado aos estudantes do ensino médio das escolas públicas localizadas no Estado de São Paulo, buscando formá-los e incentivá-los a ingressar em instituições de ensino superior públicas, sendo dedicada a todos os estudantes das 1ª, 2ª, 3ª séries do ensino médio (EM) regular, EJA e CEEJA, regularmente matriculados nas escolas públicas do Estado de São Paulo.

Prof. Antonio Carlos Hernandes

Encontrando-se em tratativas para que, em face do manifesto sucesso alcançado, o projeto siga em frente, Antonio Carlos Hernandes mostra-se confiante dado o desejo já manifestado pelos professores e por todas as diretorias de ensino do Estado de São Paulo, atendendo a que as expectativas dos alunos aumentaram exponencialmente, haja visto, por exemplo, o número de alunos que participou no decurso das seis edições da CUCo – 500 mil. Para o docente do IFSC/USP, a principal meta atingida foi a impressionante mudança cultural que aconteceu em todo o Estado de São Paulo devido às informações pormenorizadas que foram passadas pelos professores aos alunos sobre o acesso ao ensino superior, e principalmente sobre o acesso à própria USP que, até há seis anos a esta parte, era considerado elitista, quando, afinal, o processo é muito simples… Basta querer e saber como fazer. “Antes, ninguém falava da USP, como ingressar nela ou em qualquer outra universidade, não se falava em vestibular da FUVEST, nada! Passados seis anos do início do programa CUCO, os alunos e professores estão motivados para atingirem essa meta”, enfatiza o docente.

A motivação dos professores

Premiação individual

A CUCo foi – e é – um trabalho de continuidade em prol da educação, que começa exatamente pelos professores. Para eles, a motivação tem a ver com o desejo de que cada aluno possa olhar para mais longe, buscando um futuro com mais oportunidades de vida. Por outro lado, Antonio Carlos Hernandes sublinha que o interesse dos alunos em cursar o ensino superior simplifica o trabalho dos professores em sala de aula, já que os jovens “sentem” que podem vencer e, por isso, se mostram muito mais interessados e colaborativos. “Quando a CUCo iniciou o programa em todo o Estado de São Paulo, e principalmente nas regiões onde a USP tem seus campi – quase desconhecidos, até então -, as informações sobre como ter acesso a um curso superior eram praticamente inexistentes, sendo que houve casos em que professores alegaram que seus alunos nunca conseguiriam atingir esse fim. Contudo, quando você leva as informações certas aos professores, fazendo com que eles se sintam seguros na disseminação delas entre os jovens, o conhecimento dos jovens aumenta exponencialmente e você vê resultados impressionantes através do entusiasmo deles. Ao longo destes seis anos da CUCo ingressaram nos diversos cursos da USP quatro mil alunos, não contando os muitos outros que entraram em outras instituições de ensino”, relata o docente, acrescentando que “quando você tem um impacto como esse na Universidade, imagine o impacto que tem na escola, dentro da sala de aula”.

Onze mil professores trabalham para o sucesso dos alunos

Noutra vertente, para o coordenador da CUCo, o trabalho feito pelas Diretorias de Ensino, de uma forma geral, estruturas essas que fazem o meio de campo entre os professores que lecionam nas cerca de quatro mil escolas que participam do programa e os seus alunos, o panorama mudou, fazendo com que fosse implementada uma cultura pró-ativa em benefício do acesso dos alunos ao ensino superior, sendo que, inevitavelmente, a USP está nos sonhos de muitos deles. Não sendo uma competição igual às das olimpíadas, a CUCo caracteriza-se por ser um processo de formação que transmite e ensina ao aluno que ele tem todas as chances de entrar em uma universidade e ganhar a sua independência. “O aluno que estava fora desse processo e dessa informação, ele entrou para a CUCo para compreender tudo e para enxergar o caminho que tem pela frente e isso irá fazer uma enorme diferença não só para ele, como para sua família e sociedade como um todo”, salienta o Prof. Hernandes, que cita, como exemplo, o fato de antes da implantação das cotas na USP haver cerca de 75% dos alunos oriundos das escolas particulares, com pouca diversidade, em contraponto com o momento atual, onde mais de 50% dos alunos são oriundos das escolas públicas, contribuindo com uma diversidade enorme. “Todo este processo da CUCo está voltado para a escola pública, que é o retrato do país”, argumenta o docente.

A cerimônia de premiação dos professores das escolas públicas da cidade de São Carlos e da respectiva Diretoria de Ensino reuniu cerca de trinta docentes e, segundo o coordenador da CUCo, tratou-se de reconhecer, de forma singela, o trabalho individual de cada um deles em prol dos alunos poderem ingressar em um curso superior, tendo em consideração que todo o esforço desenvolvido não passa pela quantidade de alunos, mas sim para aumentar a oportunidade deles para que tenham uma opção de vida melhor. “Desde 2017, temos onze mil professores que trabalham diariamente e na mesma direção para que seus alunos possam enxergar as portas que lhes darão acesso a uma nova vida”, destacou Hernandes em seu breve discurso perante os homenageados.

Herbert João Alexandre e a experiência de vida

Prof. Herbert João compartilha sua experiência de vida

Bastantes alunos do ensino médio são oriundos de famílias que não possuem qualquer histórico de passagem pelo ensino superior e esse fato parece contribuir para grande parte desses jovens não vislumbrem as oportunidades e se resignem a uma espécie de “destino. O Prof. Herbert João Alexandre, docente do IFSC/USP,  que em parceria com o Prof. Antonio Carlos Hernandes tem desenvolvido ativamente o programa CUCo, entre outras iniciativas similares, é um exemplo extraído da realidade acima citada, mas que conseguiu reverter o caminho graças à sua própria força de vontade e à oportunidade que o fez enxergar mais longe, tendo relatado sumariamente sua história perante os homenageados. “De fato, o que a CUCo quer mostrar, comprovadamente, é que os jovens alunos podem ser os primeiros a conquistar essa meta dentro de suas famílias, algo que é uma vitória imensa para todos. Eu próprio vivi uma história similar, da mesma forma que o Prof. Hernandes. Nascido e criado em São Carlos, vindo de família humilde, sem qualquer histórico relativo a ensino superior, minha educação foi toda feita em São Carlos, cidade de onde nunca tinha saído. Na então 8ª série do ensino médio me atrevi a participar de uma olimpíada de matemática e fui classificado para disputar a final na cidade de São Paulo, algo que para mim seria impossível, atendendo a que meus pais não tinham condições econômicas para cobrir os custos da viagem”, relatou Herbert. Enfrentando esse problema, os pais de Herbert decidiram falar com os professores de sua escola e com a Diretoria de Ensino, naquela época, e juntos conseguiram que um vendedor conhecido na região desse uma carona para São Paulo, para que o jovem Herbert João pudesse participar do evento acadêmico. “Fiquei extasiado quando entrei na cidade, quando olhei em redor, e quando descobri que havia um mundo além de São Carlos, de onde eu nunca tinha saído, só aí percebi que seria através da educação que eu poderia abrir a minha porta para o futuro. Agora sou professor… Essa é a missão da CUCo – abrir as portas dos jovens estudantes para o futuro e ajudá-los a alcançar suas metas”, sublinhou Herbert.

Já na parte final da cerimônia, a Dirigente de Ensino, Profª Débora Costa Blanco, teve a oportunidade de agradecer aos Profs. Hernandes e Herbert João o fato deles acreditarem na escola pública ao continuarem promovendo e realizando a CUCo. “Incentivaram-nos e aos nossos alunos a entender que a universidade é de todos. Por isso, queremos que nossos alunos ocupem as vagas disponíveis na USP. Nós temos excelentes alunos e podemos ajudar a transformar a vida deles, encaminhando-os para um projeto que lhes faculte um futuro brilhante. Nós, em São Carlos, temos duas das mais prestigiadas universidades do país e temos que mostrar esse caminho para nossos alunos, ou seja, que eles podem conquistar aquilo que quiserem. Parabéns para vocês, professores, parabéns aos alunos e às suas famílias”, concluiu a Dirigente Regional de Ensino.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2022

“Pyladies São Carlos”: o mundo da programação para meninas e mulheres

Realiza-se no dia 19 do corrente mês, às 12h00, no vão da Biblioteca do ICMC/USP, uma reunião de apresentação do “Pyladies São Carlos”, uma iniciativa sem fins lucrativos cujo objetivo é incluir meninas e mulheres na tecnologia a partir de uma das linguagens de programação mais populares e usadas no mundo – Python.

O “Pyladies” é uma comunidade mundial que tem o objetivo de incentivar as mulheres a entrarem e explorarem o mundo das ciências da computação, contrariando, assim, o domínio dos homens nessa área. Criado em 2011, em Los Angeles (EUA), o “Pyladies” foi concebido por sete jovens que tinham uma paixão comum: as ciências da computação. As fundadoras tinham perfis distintos, algumas com formação em cursos diretamente ligados à computação e atuantes no mercado de desenvolvimento de programas de computador, enquanto outras arriscavam os primeiros passos na área de programação.

A ideia de criar o “Pyladies”, que adquiriu um formato mundial, surgiu quando esse grupo de jovens decidiu organizar um workshop de “Django” –  um framework que utiliza o sistema “Python”, que é uma das linguagens mais amigáveis para novatos em computação. Esta linguagem é não só utilizada na Academia, principalmente nas áreas de biologia, astrofísica e mecânica quântica, como também no mercado de trabalho, em ciências de dados, que englobam procedimentos de pesquisa de mercado, organização de bases de dados, perfil do consumo de clientes, controle de estoques e  inteligência artificial, entre outros.

O “Pyladies São Carlos” está, assim, chamando todas as meninas e mulheres que tenham interesse em computação e que queiram desenvolver atividades de treinamentos, capacitações, estudos, minicursos e palestras.

Algumas perguntas que normalmente são feitas:

1) Eu preciso saber programação ou Python para entrar no Pyladies?

R: Não! Todas que querem aprender ou aprimorar seu conhecimento em Python são bem vindas! Se você é expert, sua participação será fundamental para ajudar no desenvolvimento do grupo e da comunidade. Se você quer aprender, você terá todo apoio para seguir do básico ao avançado.

2) Qual a idade necessária?
R: A sua! Para ser Pyladie não há idade ideal.

3) Sou não-binárie ou homem trans, posso participar?
R: Sim! Entendemos que o propósito do Pyladies e o da causa LGBTQIA+ dialogam em diversos sentidos, portanto aguardamos ansiosamente sua entrada.

4) Sou homem cis, posso participar?
R: Não! Somos um grupo que vem transcendendo as barreiras do incentivo e inserção de mulheres nas carreiras tecnológicas, oferecendo acolhimento e entendimento exclusivo para mulheres de diversas origens, idades e situações de vida.
Todavia, entendemos que sua contribuição é importante e ela pode acontecer de forma indireta: incentivando suas amigas, colegas e mulheres de seu círculo social a aderirem a iniciativas como as “PyLadies São Carlos. Caso queira participar da comunidade Python, recomendamos o Grupy-Sanca, que está de portas abertas para iniciativas com nosso mesmo propósito e dialogam com nossos ideais.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2022

“4º Encontro do Grupo de Trabalho em Fotônica do BRICS” – IFSC/USP marca presença

A cidade de Recife (PE) recebeu entre os dias 03 e 05 deste mês o “4º Encontro do Grupo de Trabalho de Fotônica do BRICS – WG Photonics”, uma iniciativa da Coordenação-Geral de Tecnologias Habilitadoras – CGTH do MCTI – Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, representada por Sandra Pacheco Renz, Helyne Gomes de Paiva e Felipe Silva Bellucci; em colaboração com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), representada pelos pesquisadores Anderson S. Leonidas Gomes e Joaquim Ferreira Martins Filho. O IFSC/USP esteve presente com pelos pesquisadores Prof. Vanderlei Salvador Bagnato e Sebastião Pratavieira.

Este encontro, que ocorre anualmente desde 2017, teve como principal objetivo intensificar a cooperação dos pesquisadores do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que trabalham nesta área do conhecimento. “Os avanços na pesquisa, inovação e no desenvolvimento de novas tecnologias na área de fotônica foram temas dominantes deste encontro, como, por exemplo, a fotônica integrada, sensores fotônicos, óptica não-linear, óptica quântica, biofotônica, entre outros. Todos estes temas, bem como notícias diversas, aulas online, oportunidades e estratégias de colaboração são devidamente divulgadas no “BRICS Virtual Institute of Photonics” (VER AQUI), salienta o Prof. Pratavieira.

Por outro lado, este evento também acolheu o “3ª Webinário do Sisfóton-MCTI”, o Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (Sisfóton) que é uma das principais ações estratégicas e estruturantes da Iniciativa Brasileira de Fotônica (IBFóton) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizada com o apoio do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, sendo uma rede nacional de laboratórios dedicados à fotônica, onde a USP está presente com o Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas – SisFóton-USP (VER AQUI).

O Prof. Sebastião destaca que diversos laboratórios da USP, em especial do IFSC/USP, estão inseridos nessa plataforma, dedicada a todos quantos desenvolvem suas atividades na área.  Estando à total disposição de todos os pesquisadores oriundos de instituições públicas e privadas que estejam interessados em utilizar as técnicas e os equipamentos disponíveis.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2022

A Festa do Livro da USP São Carlos está de volta – 23, 24 e 25 de agosto

A USP São Carlos anuncia o retorno presencial de um dos eventos mais aguardados do ano: a Festa do Livro da USP – FLUSP! Ela chega à sua sétima edição nos dias 23, 24 e 25 de agosto, das 10h às 20h, no vão livre do prédio E1, na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), área 1 do campus da USP, bem no centro da cidade.

Organizada anualmente pela Editora da USP – Edusp, a Festa do Livro é tradicional também em outras unidades da universidade por aproximar editoras e leitores. Em São Carlos, é realizada em parceria com as bibliotecas do campus, Centro Cultural, Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos e com o apoio da EESC. Neste ano, o evento está sob a coordenação da Biblioteca Achille Bassi, do ICMC.

Mais de trinta e seis editoras já confirmaram presença, trazendo milhares de títulos dos mais variados assuntos e o melhor de tudo: com descontos especiais! A FLUSP em São Carlos é ainda reconhecida pela programação literária e artística, incluindo apresentações musicais, mesas-redondas e bate-papos com renomados escritores e artistas. Participará da abertura, o ex-senador Eduardo Suplicy, para uma conversa sobre as consequências sociais da pandemia, os desafios de projetar futuros para o Brasil e a importância da informação e do conhecimento nesse contexto.

Eduardo Suplicy (crédito: Fernando Mazzola)

A referência temática da Festa neste ano é o Ciclo22 da USP, tendo na sigla o primeiro movimento de relação: FLUSP22. A Festa definiu como tema “Brasilidades”, direcionando sua programação de forma a contemplar os quatro marcos definidos pelo Ciclo22 para o Brasil: 1822, 1922, 2022 e 2122.

Já estão confirmados doze escritores, cinco apresentações musicais e uma de dança. Refletindo o passado, haverá um bate-papo sobre a história da violência no Brasil, histórias negras nunca contadas e o protagonismo das mulheres na Semana de Arte Moderna. Olhando para o presente, o evento trará a evolução dos debates políticos na internet e os sinais de movimentos antidemocráticos, bem como uma mesa-redonda sobre a ameaça aos povos indígenas, à Amazônia e ao meio ambiente, com Daniel Munduruku e Nicodemos Sena. Focando em um futuro próximo, a abertura com Suplicy trará os desafios futuros para o Brasil e, para a literatura um grupo de profissionais de Inteligência Artificial trará suas experiências e perspectivas sobre essa tecnologia na produção literária e de música, com a presença de uma autora contrabalanceando a tecnologia. Está confirmado também o escritor e cartunista Guilherme Infante, que falará sobre o uso de tirinhas na web, quadrinhos e ilustrações como linguagem e formato para a crítica social e o entretenimento.

Guilherme Infante (criador do personagem “O Capirotinho”) e Daniel Munduruku já confirmaram presença. (crédito: divulgação)

No último evento presencial, em 2019, houve recorde de vendas, atrações e público. A expectativa da organização é de um evento ainda mais participativo em 2022, uma vez que está sendo bastante aguardado como o primeiro evento presencial após o período crítico da pandemia.

“A FLUSP vem crescendo ano a ano e se tornando um marco para o campus e para a cidade de São Carlos. Alguns de seus objetivos são reunir ações de incentivo ao livro e à leitura, proporcionar atividades culturais que expandam as experiências da comunidade universitária e agreguem na formação acadêmica dos seus indivíduos. De forma semelhante, tais objetivos também impactam positivamente os cidadãos são-carlenses”, comentou a chefe técnica da Biblioteca do ICMC, Juliana Moraes.

A música é outro marco do evento. “Teremos uma linha do tempo das músicas brasileiras, do estilo popular ao erudito, que passará pelo samba, MPB e bossa nova. Está imperdível!  Lembrando que todas as atividades são gratuitas e não é preciso fazer nenhuma inscrição prévia. Basta vir pra USP nos dias e horários desejados, e que podem ser conferidos no site do evento. Essa é uma Festa dedicada a toda comunidade universitária e da cidade”.

Confira a programação:

23 DE AGOSTO (TERÇA-FEIRA)

12:00 – Abertura

Convidado de honra Eduardo Suplicy, que falará sobre as consequências sociais da pandemia, os desafios de projetar futuros para o Brasil e a importância da informação e do conhecimento neste cenário.

13:00 – Apresentação musical: Maria Butcher e André de Souza cantam a MPB.

14:00 – Bate-papo com o tema “A política na internet”.

Convidados: Rodrigo Vianna, autor, entre outros, do livro “De Lula a Bolsonaro”, publicado pela Kotter Editorial (2022), e Leandro Schenk, autor, entre outros, do livro “Os antidemocratas anônimos”, da editora Scienza (2022). Mediador Prof. Guilherme Sipahi – IFSC/USP.

16:00 – Mesa-redonda com o tema Territórios negros.

Convidados: Isabella Santos (Sampa Negra) e Joana D’Arc (IAU/USP).

18:00 – Apresentação musical: Conversa de Botequim apresenta linha do tempo dos compositores do samba.

20:00 – Mesa-redonda nobre com o tema “Povos indígenas, Amazônia e meio ambiente”.

Convidados: Daniel Munduruku, é escritor e professor, formado em Filosofia, História e Psicologia, pertence à etnia indígena Munduruku, é autor de 54 obras, sendo muitas premiadas no Brasil e no exterior, e o jornalista e escritor Nicodemos Sena, com vivência com os povos indígenas do Pará e Amazonas, e uma produção literária também premiada. Mediador Prof. Ruy Sardinha Lopes – IAU/USP.

24 DE AGOSTO (QUARTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação artística: Flamenco – patrimônio imaterial da humanidade.

14:00 – Bate-papo com o tema “A história da violência no Brasil”.

Convidado: Reinaldo Lopes, autor, entre outros, do livro “Homo Ferox: as origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la”, publicado pela editora HarperCollins (2021).

17:00 – Bate-papo com o tema “Mulheres na Semana de Arte Moderna”.

Convidada: Ana Paula Cavalcanti Simioni, autora, entre outros, do livro “Mulheres Modernistas: estratégias de consagração na arte brasileira”, publicado pela editora Edusp (2022). Mediadora: Prof.ª Amanda Ruggiero – IAU/USP.

20:00 – Apresentação musical: Num programa com canções de Tom Jobim, a cantora Luana Liaw, estudante de graduação do Curso de Música da FFCLRP-USP se apresenta acompanhada pelo maestro Rubens Russomanno Ricciardi (piano) e pelos bolsistas da USP Filarmônica, Alexandre Girio (contrabaixo) e Matheus Luís de Andrade (percussão).

25 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação musical: Coral USP São Carlos canta música brasileira.

14:00 – Mesa redonda: A inteligência artificial vai escrever literatura e música?

36 editoras já estão confirmadas, 12 escritores, 05 grupos de músicos e um grupo de dança. (crédito: Reinaldo Mizutani)

Pesquisadores e profissionais em IA Felipe Iszlaji (Dicionário Criativo e Clarice.ai), Carolinne Pinheiro (aplicativo Vinder) e a jornalista e escritora Ana Lis Soares, autora do livro “Domingo”, da editora Instante (2021).

16:00 – Bate-papo com o tema “Tirinhas, quadrinhos e ilustrações: crítica e entretenimento no papel e na web”.

Convidados:  Guilherme Infante, escritor e cartunista, criador do personagem “O Capirotinho” e autor do recém-lançado “Manifesto Proletário”, que satiriza pequenas situações do mundo corporativo; Shun Izumi,outro grande ilustrador, animador, quadrinista e designer de personagem, autor de “Sonhonauta”, da editora Conrad (2021); e também Talles Rodrigues, jornalista, ilustrador e quadrinista, com várias publicações de sucesso e premiadas como “Cortabundas” e “Mayara & Annabelle”, da editora Conrad.

18:00 – Apresentação musical: Quarteto Brasileiro. Formado e produzido pelo guitarrista Paulo Aggio, Gabi Milino na voz, Tinho Pereira no baixo e Alan Ramos na bateria. O repertório é um passeio pela música popular brasileira, com diversos compositores, intérpretes e estilos.

(Texto: Raquel Vieira)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de agosto de 2022

Estudantes de Minas Gerais concluem atividades de intercâmbio no IFSC/USP – A paixão pela laserterapia

Dr. Antonio de Aquino Junior entre as alunas da FACSETE

Concluiu-se no final de julho último mais um conjunto de atividades académico-científicas ao abrigo de um acordo de intercâmbio mantido entre o Grupo de Óptica do IFSC/USP e a Faculdade de Sete Lagoas (FACSETE-MG), com a permanência, entre os dias 25 e 29 desse mês, de quatro alunas dos cursos de odontologia e fisioterapia daquela faculdade, que acompanharam os protocolos dos tratamentos Pós-Covid idealizados e realizados em nosso Instituto.

Periodicamente, os pesquisadores do IFSC/USP realizam palestras e demonstrações na FACSETE, transmitindo aos alunos os últimos desenvolvimentos científicos desenvolvidos no IFSC/USP para a área da saúde, sendo que a partir dessas atividades são selecionados estudantes que visitam o nosso Instituto e aqui permanecem durante uma semana, com atividades intensas.

O Dr. Eduardo Aquino Junior, cuja missão é acompanhar os alunos visitantes, destaca que as atividades se concentram nas áreas clínica e acadêmica. “Este grupo teve a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento dos protocolos em pacientes pós-Covid, nas áreas de odontologia, nomeadamente na recuperação de paladar e olfato, e no tratamento de zumbido no ouvido e mucosite. Já na área de fisioterapia, as alunas acompanharam os tratamentos de pacientes para estabilização de feridas, bem como na recuperação de força muscular e dificuldades respiratórias, entre outros casos”, pontua o pesquisador. Além desses acompanhamentos, o grupo  desenvolveu e concluiu a produção de um artigo científico cujo foco foi igualmente o relato de situações de pacientes com sequelas pós-Covid. “As alunas destacaram quatro casos nessas duas áreas de tratamento. Na área odontológica, olfato e paladar, por um lado, e na área fisioterápica, dores musculares e articulares, parestesia (formigamento, principalmente nos membros superiores e inferiores), falta de equilíbrio, ausência de senso de direção, problemas respiratórios e falta de memória, sendo que neste último caso foi relatado o caso da reabilitação de memória de três pacientes, bem como outro caso, onde uma paciente que era obrigada a usar oxigênio diariamente, por dezoito horas, devido a uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), deixou de ser sujeita a esse procedimento após o tratamento”, acrescenta o pesquisador.

A paixão pela laserterapia

Jessica Altíssimo (27) e Alana Kohl (28), são alunas finalistas do curso de odontologia na FACSETE e ambas relataram que essa foi uma excelente oportunidade para se aproximarem mais das pesquisas que são feitas no Grupo de Óptica do IFSC/USP. “Já com uma formação complementar em física médica, antes de entrar na FCSETE, este intercâmbio vai me ajudar a abrir muitas portas no meu futuro profissional, já que pretendo seguir a área de bucomaxilofacial e certamente prosseguir meus estudos, fazendo mestrado e doutorado”, pontua Jessica. Por sua vez, Alana sublinha que sua experiência neste intercâmbio revelou uma paixão pela laserterapia. “Já com formação complementar em engenharia elétrica, na Alemanha, aqui tive a oportunidade de me confrontar com novas abordagens, principalmente no tratamento da disfunção temporomandibular e em casos de parestesia através da ação do laser, algo que irá contribuir para que eu possa, na minha profissão, melhorar a qualidade de vida das pessoas”, relata Alana, que pretende inicialmente fazer uma prática clínica em implantodontia e próteses, seguindo-se uma especialização em laserterapia para seguir a vida acadêmica.

Jacqueline Ferreira Guimarães (30), no seu último período do curso de fisioterapia, e Vitória Gomes (23), no 8º período, também reconhecem os benefícios deste intercâmbio. “Foi realmente muito bom, muito proveitosa esta semana aqui no IFSC/USP. Adquiri bastantes conhecimentos, já que o foco estava nos pacientes com sequelas pós-Covid e como utilizar os novos equipamentos desenvolvidos aqui no Instituto. Ou seja, entender como a inovação, como as novas tecnologias podem fazer a diferença no tratamento de pacientes. Meu interesse foi mesmo para os problemas de falta de ar, fraqueza muscular e falta de memória recente, tudo causado pela Covid”, sublinha Jacqueline, que pretende se especializar primeiro em fisioterapia ortopédica, para depois avançar com o seu mestrado. No que concerne a Vitória, este intercâmbio despertou seu interesse na área de insuficiência respiratória em pacientes com sequelas pós-Covid. “Foi algo que também me motivou muito a escrever o artigo científico, pois meu interesse é saber de que forma o Covid atua nesse comprometimento respiratório. E, o que vi é que as novas tecnologias desenvolvidas aqui no IFSC/USP atenuam muito esse mesmo comprometimento. Contudo, pretendo saber é como tudo isso funciona”, conclui a aluna.

Em breve, um novo grupo de estudantes da FACSETE marcará presença no nosso Instituto para mais uma etapa deste intercâmbio de sucesso.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de agosto de 2022

Tratamento do IFSC/USP comprova eficácia de novas tecnologias – Olfato e paladar recuperados

Prof. Vitor Hugo Panhóca

A continuidade dos tratamentos realizados a pacientes com sequelas odontológicas provocadas pelo COVID-19, principalmente nas áreas de perda de paladar e olfato, tem trazido aos pesquisadores do IFSC/USP um número elevado de indicações do sucesso desses protocolos, trazidos por inúmeros resultados.

O mais recente resultado foi constatado pelo tratamento que foi feito a Luiza Helena (60), moradora em Ribeirão Preto, que testou positivo para COVID-19 em abril de 2020, sendo que desde então apresentava confusão e/ou alteração no olfato e paladar.

Com a continuação prolongada desses sintomas, Luiza decidiu, no dia 1º de junho de 2022, submeter-se a uma avaliação na Unidade de Terapia Fotodinâmica, na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, tendo os pesquisadores do IFSC/USP diagnosticado  Parosmia (distorção dos odores) e Parageusia (distorção dos sabores) como sequelas do COVID-19. Na avaliação inicial feita pelos pesquisadores, a paciente relatou ter apenas uma sensibilidade de cerca de 1% em relação ao olfato e de 2% em relação ao paladar, tendo sido decidido aplicar 15 sessões do tratamento, sob a coordenação do pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vitor Hugo Panhóca.

“Ao final da 4º sessão, Luiza Helena relatou estar com 60% em relação a melhoras do paladar e 40% em relação ao olfato, enquanto que poucos dias depois, na 8º sessão, a sensibilidade em relação ao olfato chegou aos 70%, enquanto que em relação ao paladar a paciente relatou 80%. Já na 15ª e última sessão, a paciente relatou a completa recuperação de olfato e paladar (100%), confirmando-se esse diagnóstico sete dias após a conclusão dos tratamentos, durante a reavaliação que foi feita”, comemora o pesquisador responsável pelos tratamentos.

Este é mais um resultado que confirma a eficácia deste tratamento que utiliza a laserterapia internasal e intrabucal  (no dorso e na lateral da língua) para a recuperação de olfato e paladar.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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