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29 de setembro de 2023

Oportunidade – Bolsa de PD em Química Medicinal e Planejamento de Fármacos (ADME / Farmacocinética)

O consórcio MINDI (Molecules Initiative for Neglected Diseases) oferece uma 1 oportunidade de Pós-Doutorado com bolsa FAPESP, no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

Liderado por pesquisadores da USP e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o consórcio MINDI é apoiado pela FAPESP em parceria com as organizações sem fins lucrativos Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) e Medicines for Malaria Venture (MMV).

O pesquisador irá colaborar com a DNDi com foco na descoberta de novos tratamentos para doenças tropicais negligenciadas. O pesquisador executará estudos in vitro de farmacocinética/ADME (Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção), incluindo solubilidade, permeabilidade, coeficiente de distribuição e estabilidade metabólica, e ensaios fenotípicos em moléculas fornecidas pela DNDi.

Os candidatos devem possuir título de Doutor obtido há no máximo 7 anos, no país ou no exterior, e experiência em ensaios de farmacocinética/ADME e/ou ensaios fenotípicos. Fluência em inglês e capacidade de trabalhar em equipes interdisciplinares são obrigatórios.

Os interessados devem enviar Curriculum Vitae e carta de interesse para o Prof. Leonardo L. G. Ferreira (leonardo@ifsc.usp.br), pesquisador principal do consórcio.

O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado FAPESP no valor de R$ 9.047,40 mensais e Reserva Técnica, que equivale a 10% do valor anual da bolsa e se destina à atividades relacionadas ao projeto no seu período de vigência. Bolsistas que precisarem se mudar para São Carlos podem solicitar o Auxílio Instalação, sujeito à aprovação pela FAPESP. A bolsa tem início imediato com término em 31 de dezembro de 2024, e não é renovável.

Data limite para inscrições: 23 de outubro de 2023.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de setembro de 2023

IFSC/USP designa docente para apoiar ações junto aos egressos da Unidade

O Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, através da portaria IFSC-36/2023, designou o Prof. Dr. Jarbas Caiado de Castro Neto como docente responsável pelas atividades junto aos egressos de graduação e de pós-graduação, na promoção, apoio e supervisão de todas as ações dedicadas aos ex-alunos desta Unidade.

Tal como os objetivos traçados pela Alumni USP, esta ação do Instituto de Física de São Carlos visa a aprimorar sua própria rede de contatos acadêmicos e profissionais, reencontrar colegas e tomar conhecimento de oportunidades de trabalho e de pesquisa, entre outras possibilidades, e ao mesmo tempo poder acompanhar a trajetória de seus ex-alunos no mercado de trabalho, dando-lhes o apoio necessário.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de setembro de 2023

Prof. Adriano D. Andricopulo (IFSC/USP) é empossado como novo presidente da ACIESP

(Crédito – ACIESP)

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Adriano Andricopulo, foi empossado no dia 14 deste mês como o novo presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) – triênio 2023-2026.

A nova diretoria da ACIESP fica constituída da seguinte forma:

Presidente – Prof. Adriano D. Andricopulo (IFSC/USP);

Vice-Presidente – Profª Marie-Anne van Sluys (USP);

Diretor-Executivo – Prof. Josué de Moraes (UNG);

Diretor-Financeiro – Prof. Norberto Peporine Lopes.

Em seu discurso de posse, Adriano Andricopulo sublinhou que “A ciência deve estar à disposição de nossa sociedade, contribuindo com políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida da população”.

Para ler a notícia relativa a este evento, constante na última newsletter da ACIESP, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de setembro de 2023

Doutoranda do IFSC/USP à conquista da dupla titulação -Destino: Universidade de Bolonha (Itália)

Pollyana Firmino

Completamente mergulhada no trabalho, seus olhos estavam vidrados na tela do computador. Foi só no momento em que perguntamos “Você é Pollyana?”, que ela levantou o olhar e respondeu “sim”, com um largo sorriso. Pollyana Pereira Firmino tem 28 anos, nasceu em Nova Esperança do Piriá, no Pará, e seu destino a levou até à USP e ao nosso Instituto, onde se encontra no 2º ano de doutorado sob a orientação do Prof. Javier Ellena. Aluna brilhante desde o seu ensino fundamental e sempre em escola pública, a jovem doutoranda do IFSC/USP decidiu recentemente avançar na conquista de uma dupla titulação através de um edital do PRINT/CAPES – Programa Institucional de Internacionalização. Dessa forma, Pollyana está disposta a conquistar uma dupla titulação – USP e Universidade de Bolonha (Itália) -, tendo como grande incentivador e apoiador o seu próprio orientador.

Embora tenha nascido no Pará, Pollyana cresceu e estudou em Anápolis (GO) e ali fez o ensino fundamental em uma escola próxima de sua residência – escola de bairro -, tendo feito, posteriormente, o seu ensino médio e entrado na universidade, em Goiás. “Fiz seis meses do curso de Engenharia Florestal na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Ipameri, mas não me adaptei à cidade e ao curso e voltei para a cidade onde residia, tendo optado por fazer um curso em engenharia elétrica numa escola particular com auxílio da bolsa ProUni (100%). Com 22 anos de idade completei a graduação em engenharia elétrica e uma vez mais descobri que esse curso não era para mim. Depois disso tudo, fui fazer outra graduação, dessa vez em física (licenciatura), na UEG de Anápolis. Enquanto eu fazia essa graduação, decidi tentar o mestrado em ciências moleculares, também na UEG, e fiz a graduação de física junto com o mestrado, tendo completado as duas em 2021. Nesse meio tempo, fiz uma pós-graduação online em estatística aplicada. De fato, eu estava sedenta por estudar mais e ainda não tinha encontrado o meu caminho”, relata a jovem pesquisadora.

Encontrando o caminho

Assinando os documentos para consolidar sua conquista

Pollyana continuou o seu caminho tentando encontrar o rumo certo, sempre com o apoio de sua mãe e irmã, daí ter começado a fazer provas para o Exame Unificado de Física (EUF). Foi nesse momento que a jovem se apercebeu do histórico dos melhores professores da UEG de Goiás. “Vi que a maioria desses professores era originária do IFSC/USP, o que me despertou imediatamente o interesse em vir para cá. Fiz a prova e aqui estou eu no meu 2º ano de doutorado em Física Biomolecular, trabalhando para melhorar as propriedades físico-químicas de fármacos. Para quem não está por dentro dessa vertente científica, o fato é que existem diversos fármacos no mercado, onde uma grande parte deles apresenta algum problema, principalmente em termos de estabilidade ou de solubilidade, e o foco é fazer com que esses fármacos fiquem melhores, sem retirar os seus efeitos benéficos. Agora, surgiu a possibilidade de ir para a Itália com o intuito de obter a dupla titulação, ou seja, ser formada na USP e na Universidade de Bolonha”, salienta Pollyana.

Depois de ter concluído a obrigatória prova de inglês para se preparar para a viagem e estada em Itália, ela e seu orientador – Prof. Javier Ellena –  dialogaram com os docentes da Universidade de Bolonha para que os trabalhos de pesquisa de Pollyana possam continuar. “Eles abriram as portas da Universidade, escolhemos o laboratório de lá em função dos trabalhos que fazemos aqui e está tudo organizado para eu ir. Então, a Universidade de Bolonha dá uma oportunidade para avançar no que eu já faço aqui, dando, por isso, sequência à minha pesquisa e trazendo igualmente para o IFSC/USP todos os avanços científicos na minha área que estão sendo desenvolvidos lá”, comemora Pollyana.

Embora possa existir alguma hipótese de aceitar uma posição fora do país, a expectativa de Pollyana é voltar para o Brasil e se estabelecer a longo prazo: fazer um pós-doutorado, lecionar, abrir uma empresa, tudo está em aberto. “Eu gosto de ensinar, não importa o formato. Se eu tiver como disseminar o que eu sei e passar para as pessoas, para mim isso já me deixa satisfeita. Quanto a oportunidades no exterior, é algo para pensar. Contudo, o meu sonho não é ir para ficar em algum lugar de forma definitiva. Se eu precisar me ausentar para fora do país será sempre de forma temporária, em função de aprender mais e ajudar a sociedade, mas não é um sonho, não é uma prioridade, mas sim desenvolver a minha pesquisa em prol dos outros”, conclui a jovem pesquisadora.

Os benefícios de conquistar uma dupla titulação

Ter uma dupla titulação acadêmica/científica pode ser uma escolha valiosa, dependendo dos objetivos de carreira e das oportunidades disponíveis, sendo que as vantagens são enormes, exigindo, por outro lado, uma entrega quase total aos estudos e pesquisas. Poderemos enumerar dezenas de benefícios resultantes dessa entrega total de quem consegue trilhar e vencer os caminhos de uma dupla titulação, contudo, pode-se resumir alguns deles, começando pela ampliação de conhecimentos, onde existe a possibilidade de adquirir conhecimento em duas áreas diferentes, ou complementar e consolidar apenas uma delas, combinando habilidades e conhecimentos de diferentes disciplinas na carreira.

Universidade de Bolonha

Outro benefício é a vantagem competitiva, já que em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, ter uma dupla titulação pode destacar o aluno na concorrência, que hoje é desenfreada, tendo mais chances de atrair a atenção de empregadores que buscam candidatos versáteis e com conhecimentos interdisciplinares. Outro aspecto positivo é a internacionalização, já que se uma das titulações for obtida em um país estrangeiro, isso pode aumentar a experiência internacional do aluno e torná-lo preferencial para empregadores com uma perspectiva global. Por outro lado, se o foco for em uma carreira acadêmica, uma dupla titulação pode fornecer uma base sólida em duas áreas de estudo, o que pode ser benéfico na busca por oportunidades de pesquisa e bolsas. Por último, obter uma dupla titulação é, sem sombra de dúvidas, uma realização pessoal, na maioria das vezes uma forma de desafiar a si mesmo intelectualmente e alcançar metas acadêmicas significativas.

A Universidade de Bolonha

A Universidade de Bolonha é considerada uma das universidades mais antigas do mundo, tendo sido fundada em Bolonha, na Itália, em 1088. Constantemente é classificada entre as melhores do mundo, figurando entre as Universidades de elite mundial segundo indicadores como o ARWU, QS World, THE e US News.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de setembro de 2023

No IFSC/USP: Vaga de mestrado em biofísica molecular com bolsa FAPESP

O IFSC/USP está oferecendo uma vaga de mestrado em biofísica molecular com bolsa da FAPESP, relativa ao projeto denominado “Elucidando o impacto de condensados ‘líquidos’ e ‘sólidos’ funcionais de proteínas na via de secreção” (VER AQUI), sendo que o prazo de inscrição vai até dia 27 deste mês de setembro.

A vaga requer graduação em física biológica, ciências físicas e biomoleculares ou áreas afins, além de interesse em realizar estágio curto no exterior, sendo que uma experiência prévia em áreas relacionadas à biofísica (iniciação científica) será considerada um diferencial.

Para obter mais informações sobre esta vaga e inscrições, clique AQUI.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de setembro de 2023

IFSC/USP assina acordo de cooperação com a Universidade de Lucknow / Índia

Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Alok Kumar Rai

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) assinou em finais do último mês de julho, com duração de cinco anos, um acordo de cooperação com a Universidade de Lucknow, estabelecimento de ensino superior localizado na cidade de Shakti Nagar, estado de Uttar Pradesh – Índia.

Este convênio apresenta-se abrangente, já que se caracteriza por um intercâmbio que compreende  as áreas acadêmica, científica e cultural entre ambas as instituições. A criação e organização de atividades docentes coordenadas, ou programas de estudos de graduação, pós-graduação, pesquisa e formação permanente ou desenvolvimento profissional, são algumas das cláusulas deste acordo, incluindo o intercâmbio de pesquisadores e gestores.

Este convênio permite, ainda, a promoção e apoio à criação e funcionamento de redes, grupos de pesquisa e projetos de cooperação em qualquer área que seja de interesse de ambas as partes, sendo que não será exigida taxa de matrícula aos estudantes que fiquem incluídos neste intercâmbio.

Este acordo de cooperação, cujo coordenador do projeto é o Prof. Javier Ellena (IFSC/USP), foi assinado pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e pelo Vice-Chanceler da Universidade de Lucknow, Prof. Alok Kumar Rai.

O Vice-Chanceler da Universidade de Lucknow aproveitou as midias sociais de sua universidade para salientar que “Esta parceria resume o nosso compromisso inabalável com a expansão dos horizontes educacionais e de pesquisa globais. Ao aproveitar a experiência coletiva das nossas instituições, aspiramos impulsionar um progresso significativo em várias disciplinas.”

 

Universidade de Lucknow (Créditos – lkouniv.ac.in)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de setembro de 2023

Pesquisador do IFSC/USP conquista “Prêmio Willis E. Lamb de Ciência Laser e Óptica Quântica” (EUA)

O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, irá receber, em janeiro do próximo ano, o “Prêmio Willis E. Lamb de Ciência do Laser e Óptica Quântica” durante o “The Winter Colloquium on the Physics of Quantum Electronics (PQE), que ocorrerá na cidade de Snowbird (Utah – EUA).

O “Prêmio Willis E. Lamb de Ciência Laser e Óptica Quântica” é concedido anualmente a renomados cientistas mundiais por suas notáveis contribuições nas áreas de laser e óptica quântica, sendo que essa distinção homenageia Willis E. Lamb, físico e ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1955 por suas descobertas relativas à estrutura fina do espectro de hidrogênio. Por outro lado, um dos maiores destaques foi sua contribuição para a eletrodinâmica quântica, por meio do deslocamento de Lamb, sendo que na última parte de sua carreira ele se dedicou ao campo das medições quânticas.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de setembro de 2023

Patologias incomuns são agora um novo foco para estudos – pesquisas iniciais remetem para um novo tratamento

(Créditos: Homage)

Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), que desenvolvem seus trabalhos em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), na denominada Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), têm-se deparado várias vezes, ao longo do tempo, com pacientes procurando tratamento para patologias que não são muito vulgares. Habituados a tratar pacientes com tendinites, artrite reumatoide, ou mesmo artroses, os fisioterapeutas da UTF foram recentemente confrontados com um paciente apresentando artrite gotosa (hiperuricemia), uma doença inflamatória provocada pelo aumento da taxa  de ácido úrico no sangue causada pela deposição de cristais nas articulações e com tendências para um desgaste prematuro.

A pesquisadora do IFSC/USP e fisioterapeuta, Drª Ana Carolina Negraes Canelada, salienta os efeitos dessa doença, que apresenta um aumento significativo de dores e uma acentuada diminuição dos movimentos. “A hiperuricemia é derivada de uma má alimentação caracterizada por refeições ricas em carne, sal, açúcar e também pelo excesso de consumo de álcool”. Recentemente, os pesquisadores da UTF atenderam um paciente sofrendo com inúmeras crises intensas ao longo de um mês inteiro, tendo sido diagnosticado com  artrite gotosa (gota), tendo sido submetido ao tratamento com o uso de laser e ultrassom, obviamente sem interromper a medicação que se encontrava prescrita pelos médicos. “Realizei esse tratamento durante vinte sessões e o que mais me chamou a atenção durante esses dois meses e meio que durou o procedimento, foi que esse paciente não teve uma única crise durante esse período, retomando o seu cotidiano, mas dessa vez recuperando a sua qualidade de vida”, comemora a pesquisadora.

Ana Carolina Negraes Canelada

Por outro lado, na UTF estão sendo atendidos, atualmente, dois pacientes com a denominada “dor neuropática”, classificada igualmente no quadro de patologias incomuns. Essa dor deriva de uma lesão, de uma disfunção do sistema nervoso periférico e do sistema nervoso central. “Essa é uma dor diferente das outras mais comuns, agudas, já que ela se assemelha a agulhadas e queimações semelhantes  a choques elétricos. Essas dores são  instantâneas e não são prolongadas. Há um tempo atrás, atendi – e ainda estou atendendo – uma paciente com neuralgia  pós-herpética e também com neuralgia no nervo trigêmeo. Quanto à neuralgia  do trigêmeo, ela se dá na região crânio facial e surge devido a vários  fatores: uma compressão de vasos periféricos, lesões tumorais, podendo aparecer também através de uma reativação do vírus varicela zoster, que é a catapora. E a incidência normal dessa patologia gira em torno de 4,5 a cada cem mil indivíduos, principalmente mulheres com idades compreendidas entre os 60 e os 70 anos”, pontua Ana Carolina.

De fato, essa paciente tratada por Ana Carolina chegou até à UTF com dores na região da mandíbula, sensação de choques elétricos, pontadas, agulhadas, tendo informado os pesquisadores de que vinha sofrendo dessa condição há muito tempo, tendo, entretanto, testado vários tratamentos – sem sucesso -, mantendo a administração de analgésicos muito fortes, contudo, com pouco efeito na dor neuropática. “Quando a paciente chegou para fazer o tratamento, ela alegou que morria de medo de mastigar, de realizar o movimento da mastigação. Então, ela triturava antecipadamente os alimentos e tomava sopa e outros líquidos para não ter que realizar a mastigação. Ao final da quinta sessão, na visita seguinte, a paciente comentou com um sorriso: “Eu estou tão feliz! Participei de um churrasco, comi carne, mastiguei carne e estou tomando menos um comprimido do lote que tomava antes do tratamento”. Ainda não terminamos o processo com  ela, já que ainda está em tratamento. De zero a dez – sendo que o zero significa ausência total de dor -, segundo a própria avaliação da paciente, ela classificou o seu estado atual em 3”, conclui a pesquisadora.

O Dr. Antonio Eduardo Aquino Junior, coordenador dos tratamentos que se realizam na UTF, destaca a importância de futuramente se abrir uma nova fronteira para tratamentos de patologias incomuns. “Ao identificar esses casos raros, incomuns, cujas primeiras abordagens já nos deram uma orientação muito positiva,  nossa proposta é que, após a submissão dos artigos científicos relativos a esses estudos, podemos avançar em mais experimentos e pesquisas para, junto com novos pacientes, conseguirmos consolidar esse novo tratamento”.

Rui Sintra -Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de setembro de 2023

Internacionalização com Inclusão – América Latina com Diversidade (Intercâmbio de Graduação) – 35 vagas

Estão abertas entre os dias 18 e 25 deste mês as inscrições para o  Edital 1793/2023 – Internacionalização com Inclusão – América Latina com Diversidade (VER AQUI), programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para os Alunos de Graduação USP, com a concessão de 35 (trinta e cinco) vagas/bolsas para apoiar a produção de conhecimento, ações de cultura, extensão, inclusão e diversidade na Universidade.

O programa é dirigido a estudantes de graduação que realizaram todo o Ensino Médio em escola pública brasileira, que podem ser alunos de cursos diversos da USP, que tenham destacado desempenho acadêmico e que durante o intercâmbio desenvolverão o seguinte tema, em um dos destinos/tutores propostos:

A gramática dos direitos e as universidades  – A gramática dos direitos permeia nossa vida em sociedade. Direito à cidade, direito à memória, liberdade de expressão, direito à educação e à saúde, direito ao trabalho, à igualdade e à não-discriminação, presunção de inocência, devido processo legal além de muitos outros.

São muitas as conexões e os caminhos possíveis para expressar desejos e demandas de transformação por meio da forma-direito. Na maioria das vezes, busca-se uma convivência mais inclusiva e menos violenta. Na universidade não poderia ser diferente. Com isso, este projeto tem por objetivo ser um espaço para a reflexão das múltiplas relações entre a gramática dos direitos e o cotidiano das universidades latinoamericanas.

Os alunos interessados devem efetuar as inscrições online pelo Sistema Mundus da USP (AQUI).

Este Edital e todas as publicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais / Alunos de Graduação (não é necessário login), sob o código 1767 e responsabilidade da AUCANI, até consumada a providência que lhe disser respeito.

Para esclarecimento de eventuais dúvidas acerca de benefícios, requisitos gerais e específicos para participação, inscrições e todas as demais fases do processo seletivo, bem como sobre informações não constantes neste edital, o candidato deve consultar o escritório internacional da sua Unidade USP de origem.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de setembro de 2023

Resultado final dos editais PRPG PRINT-2023 com saídas em 2024

Informam-se todos os interessados sobre o resultado final dos editais PRPG PRINT-2023, para saídas no 1º semestre de 2024

Clique AQUI para acessar o Ofício CoPGR 112/2023 com os resultados.

Quaisquer dúvidas deverão ser encaminhadas para o email print@usp.br

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

5 de setembro de 2023

Atualização da produção científica do IFSC/USP em agosto de 2023

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de agosto de 2023, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP AQUI.

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio” em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Scientific Data” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de setembro de 2023

Inscrições abertas ao 6º edital de pesquisa conjunta do Programa Fiocruz-Pasteur-USP

Estão abertas até dia 30 de outubro de 2023 as inscrições ao 6º edital de pesquisa conjunta do Programa Fiocruz-Pasteur-USP  (VER AQUI) (Edital AUCANI nº 1809 – FIOCRUZ – PASTEUR – USP Call for Project Proposals 2023), com período de execução dos projetos de janeiro de 2024 a novembro de 2025.

Público-alvo: Docentes. Pela USP, os coordenadores de projetos deverão ser necessariamente docentes ativos do quadro permanente da Universidade. Pesquisadores de pós-doutorado poderão ser adicionados à lista de participantes, mas não serão elegíveis para financiamento.

Objetivo: facilitar a colaboração em áreas prioritárias de pesquisa e dos programas em saúde pública, particularmente no âmbito do acordo tripartite assinado entre o Institut Pasteur, a Fundação Oswaldo Cruz e a USP em 2015 e renovado em 2020. As propostas deverão apresentar em suas equipes ao menos um pesquisador de cada instituição.

O financiamento aos projetos aprovados na USP será realizado pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP), partícipe do convênio firmado com o Institut Pasteur, a Fiocruz e a USP em 2017 e aditado em 2020 e 2022, viabilizando o lançamento de editais de pesquisa do programa, atualmente em sua sexta edição.

O Edital Fiocruz-Pasteur-USP 2023 prevê apoio de até 30 mil euros por instituição, contemplando até 2 projetos de pesquisa conjunta entre as instituições parceiras.

Neste ano, o comitê coordenador do programa priorizará propostas que enfatizem estratégias inovadoras para aumentar a eficácia de terapias, acolhendo em especial projetos sobre abordagens de imunoterapia.

Link para a parte pública do Sistema Mundus (Editais > Docentes > n1809): (AQUI)

As dúvidas poderão ser encaminhadas pelo Fale Conosco do Sistema Mundus – https://uspdigital.usp.br/mundus/faleConosco “Editais de Pesquisa Conjunta”), ou para o e-mail international.networks@usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de setembro de 2023

Pesquisa do IFSC/USP aponta caminho para tratamento associativo na melhoraria da qualidade do sono – Aplicação conjugada de laser e ultrassom

(Créditos: Medical University of Vienna)

A partir de resultados obtidos no tratamento das consequências da fibromialgia, desenvolvido no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e no Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no mesmo Instituto, surge agora a possibilidade de se desenvolver  um tratamento específico para melhorar a qualidade do sono de quem sofre com esse incômodo que compromete a saúde e a qualidade de vida.

Vanessa Garcia

Os fisioterapeutas Vanessa Garcia (42) e Tiago Zuccolotto (23) são os pesquisadores-colaboradores do IFSC/USP que começaram a estudar e a testar este novo tratamento com base em Terapia Fotossônica, através da aplicação conjugada de laser e ultrassom. “Através dos tratamentos realizados em doentes fibromiálgicos começamos a perceber que uma de suas queixas era sobre a má qualidade do sono. Pelos relatos dos pacientes, soubemos que a maioria deles não conseguia ter uma boa noite de sono, o que, nesse caso, ia gerando mais estresse, alteração de humor e com um aumento das dores. Conforme íamos aplicando o tratamento, o primeiro testemunho dos pacientes foi na melhora da qualidade do sono, algo que também conseguimos verificar quando estivemos no projeto de tratamentos em pacientes Pós-COVID. Ou seja, o que conseguimos observar foi que o uso conjugado de laser e ultrassom consegue restabelecer a qualidade do sono, e foi aí que abrimos esta nova linha de pesquisa essencialmente dedicada a quem sofre com esse distúrbio”, pontua Vanessa Garcia.

Tiago Zuccolotto comemora o fato de estar entrando em um novo desafio, abrindo uma nova porta para um tratamento que poderá, em um futuro próximo, beneficiar muita gente. “Tem muitas pessoas que fazem uso de medicamentos fortes para induzir o sono. Nossa intenção é avançar nesta pesquisa e desenvolver um novo tratamento indolor que possa melhorar a ação dos medicamentos, agindo como uma terapia associativa, restabelecendo a qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse distúrbio”, sublinha Tiago.

Tiago Zuccolotto

Este projeto de pesquisa, que se iniciou em janeiro de 2022, já envolveu dezoito pacientes não fibromiálgicos, ou seja, apenas com distúrbios de sono – mulheres com idades acima dos trinta anos – em um teste inicial de dez sessões ao longo de vinte dias. Contudo, a pergunta é inevitável – só mulheres, porquê? “Para este início de pesquisa escolhemos mulheres com idades iguais ou situadas um pouco acima dos trinta anos, já que acima dos quarenta ou quarenta e cinco anos elas já entram na situação de menopausa, que provoca uma alteração hormonal que acaba também afetando tanto a parte emocional, quanto o sono, podendo desencadear crises de ansiedade e estado de depressão.

Assim, nos concentramos em pacientes mulheres com idades iguais ou acima dos trinta anos, nesta primeira fase do projeto”, conclui Tiago.

Os dados obtidos até o momento e que foram utilizados no trabalho de conclusão de curso dos pesquisadores acima identificados, alunos de fisioterapia da UNICEP, despontam como uma opção interessante para que a Terapia Fotossônica seja associada ao tratamento medicamentoso que é amplamente recomendado. O trabalho foi recentemente encaminhado a uma revista científica internacional para ser apreciado. Após a publicação do manuscrito, a técnica de tratamento será disponibilizada para profissionais interessados que queiram beneficiar seus pacientes, aponta o Dr. Antonio E. de Aquino Junior, coordenador do estudo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de setembro de 2023

Criptobiose – Um verme ressuscita depois de 46.000 anos

Figura 1 – Embaixo de espessas camadas de gelo, está o Permafrost – um solo formado por terra, rochas, sedimentos e muito gelo. Nele, congelados por milhares de anos, estão presentes vermes, vírus e bactérias. Uma cápsula do tempo e uma bomba relógio contendo uma gigantesca quantidade de gases de efeito estufa como dióxido de carbono e metano (Crédito: Sergey Pesterev/Unsplash)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Criptobiose é um estado de latência em que as atividades metabólicas de um organismo cessam devido a condições ambientais extremas como baixas temperaturas, desidratação e falta de oxigênio. Nos solos gelados da Sibéria, foram encontrados e ressuscitados vermes nematoides em animação suspensa há 46.000 anos!

Permafrost, como o próprio nome indica, é uma camada do subsolo permanentemente congelada. É uma mistura de rochas, terra, matéria orgânica e, claro, gelo. Ele se concentra na região do Ártico, principalmente na Rússia, Groenlândia, Canadá e Alasca (Figura 1).

O Permafrost recobre cerca de 25% das terras do hemisfério norte e abriga sob uma manta de gelo uma quantidade colossal de matéria orgânica, decomposta ao longo de milhões de anos. Estima-se que o Permafrost contenha 1,5 trilhões de toneladas de carbono, duas vezes mais do que aquela que existe (atualmente) na nossa atmosfera!

Um possível degelo do Permafrost libertará uma quantidade enorme dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa – o dióxido de carbono e o metano.  Vale lembrar que o Acordo de Paris, assinado por 195 países em 2015, prevê um esforço internacional para limitar o aumento da temperatura média global  a 1,5 graus Celsius.

Figura 2 – Duvanny Yar, no nordeste da Sibéria, é a região onde o material foi coletado. As amostras do solo foram colhidas a cerca de 40 m de profundidade. A datação por radiocarbono (das plantas contidas nessas amostras) estimou sua idade em 46.000 anos (com 95% de precisão) (Fonte: Imagem extraída de Shatilovich et al., PLOS Genetics)

E foi no Permafrost da Sibéria que o material contendo os vermes foi colhido cuidadosamente e levado para o laboratório (Figura 2). Um estudo filogenético, envolvendo tanto características morfológicas quanto o genoma do verme, concluiu que se tratava de uma nova espécie que os pesquisadores batizaram de Panagrolaimus kolymaensis (Figura 3). Os indivíduos dessa espécie que reviveram foram cultivados em laboratório e se reproduziram por mais de 100 gerações!

Através do sequenciamento e estudo do genoma do P. kolymaensis, os cientistas descobriram que a espécie é triplóide, isto é, seu genoma é composto por 3 conjuntos de cromossomos, como de alguns peixes e ostras.

Os mecanismos celulares (utilizados por esses vermes para sobreviverem a dessecação e ao congelamento extremos) são a biossíntese de trealose (um dissacarídeo) e a gliconeogênese (produção de glicose na ausência de carboidratos).

Na espécie encontrada, P. kolymaensis, a sobrevivência ao congelamento acontece graças a uma rápida desidratação (que pode chegar a mais de 95% da água do corpo) o que evita a formação de cristais de gelo no interior das células. Já na espécie encontrada na Antártica e estudada em 2015, P. davidi, descobriu-se inibidores que impediam a formação de gelo intracelular, ou seja, o organismo era capaz de sobreviver ao congelamento mesmo estando totalmente hidratado.

Figura 3 – Morfologia do P. Kolymaensis: A e C – imagens obtidas por microscopia eletrônica; E e F – fotografias obtidas por microscópio ótico; B, D e G – esboços gráficos. A barra de escala na figura A é de 0,002 mm. (Fonte: Imagem extraída de Shatilovich et al., PLOS Genetics)

Entender melhor os mecanismos que levam esses organismos a terem tanta tolerância à desidratação e ao congelamento, pode ser muito importante em campos de ciência relacionados como a crioterapia, criobiologia e  astrobiologia.

E fica a pergunta: quanto tempo o P. kolymaensis pode sobreviver em condições ambientais tão severas? Não sabemos. Até o momento, o organismo campeão por tempo de vida latente é uma bactéria que foi descoberta no abdômen de uma abelha preservada em âmbar (encontrada na República Dominicana) e que foi trazida de volta à vida após mais de 25 milhões de anos!

Dessa forma, para o bem ou para o mal, estamos alterando o processo de evolução natural ao reviver indivíduos que, de outra forma, pertenceriam a linhagens já extintas.

Ao despertarmos organismos anteriormente dormentes corremos o risco de introduzir espécies invasoras e prejudiciais àquelas nativas de uma determinada região. Elas não tiveram coevolução temporal e a adaptação correspondente. Foi pensando nisto que foi publicado, em julho de 2023, um artigo que investiga os riscos de ressuscitar patógenos. Eles, através da criptobiose, conseguiram viajar para o futuro.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

 

 

 

 

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2023

Composto combate bactérias resistentes em menos de uma hora

(Créditos – Agência FAPESP)

A eficácia dos antibióticos é um problema que alarma a comunidade médica e científica, não sendo raro encontrar bactérias resistentes a três tipos diferentes de medicamentos (chamadas multidroga resistentes, ou MDR), ou até mesmo a todos os tratamentos disponíveis na atualidade (pandroga resistentes, PDR). Elas estão associadas a infecções perigosas e são listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como patógenos prioritários para a busca de novos fármacos, com a máxima urgência.

Estudo publicado em edição especial da revista Antibiotics destaca um composto com atividade antibacteriana que apresentou resultados promissores nos testes in vitro, dentro da primeira hora de ação. A pesquisa, financiada pela FAPESP, foi liderada por Ilana Camargo e conduzida durante o doutorado de Gabriela Righetto no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Moleculares (LEMiMo) do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

“Trata-se de um novo peptídeo, denominado Pln149-PEP20, que possui arcabouço molecular planejado para melhorar a atividade antimicrobiana, com baixa toxicidade. Os resultados podem ser considerados promissores à medida que foram usadas nos testes bactérias patogênicas associadas a infecções multirresistentes em todo o mundo”, explica Adriano Andricopulo, um dos cientistas que assinam a publicação.

A busca por novos fármacos antibacterianos, apesar de extremamente necessária, tem sido pouco observada pela indústria farmacêutica, principalmente por causa das dificuldades de pesquisa, com longo período e alto custo para obter um composto ativo viável para ser colocado no mercado. O Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) tem entre seus objetivos encontrar moléculas que possam combater essas bactérias multidroga resistentes.

Camargo e Andricopulo são pesquisadores do CIBFar, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, assim como outros dois pesquisadores que assinam o trabalho e que se dedicam a estudar compostos bactericidas promissores, Leila Beltramini e José Luiz Lopes. Há mais de uma década o grupo formado pela colaboração entre Beltramini e Lopes analisa a Plantaricina 149 e seus análogos. Um dos primeiros trabalhos da equipe, em 2007, mostrou que o peptídeo é capaz de inibir bactérias patogênicas como Listeria sp. e Staphylococcus sp.. A partir daí, passaram a estudar análogos sintéticos [moléculas com pequenas diferenças estruturais] que tivessem atividade bactericida melhor que a do peptídeo original, ou seja, causando maior dano à membrana dos microrganismos que devem combater.

Bactérias do gênero Lactobacillus plantarum são amplamente distribuídas na natureza e produzem substâncias chamadas plantaricinas, que combatem outras bactérias. São frequentemente usadas na fermentação de vegetais, produtos derivados de carne, leite e embutidos. No caso da Plantaricina 149, o primeiro relato da ação bactericida foi feito em 1994, por pesquisadores japoneses e, desde essa época, há interesse em obter derivados sintéticos mais eficientes.

Righetto, com apoio de bolsa da FAPESP, sintetizou 20 análogos derivados da Plantarina 149 até encontrar a nova substância, que mostrou os melhores resultados até o momento e, ainda, é 50% menor do que o peptídeo original. “Os principais pontos da pesquisa constituem tanto no desenvolvimento da molécula menor, mais ativa e menos tóxica, quanto caracterizar sua ação e sua propensão no desenvolvimento de resistência. A molécula se mostrou muito promissora in vitro, sendo ativa contra bactérias de linhagens multidroga resistentes e extensivamente resistentes”, ressalta Camargo, orientadora do trabalho.

O LEMiMo, onde os estudos foram feitos, é um laboratório com experiência em caracterização de isolados bacterianos envolvidos em surtos em hospitais e, por isso, conta com uma coleção de bactérias selecionadas para esses testes em busca de novos compostos ativos. Esses microrganismos possuem os perfis de resistência mais preocupantes da atualidade, foram isolados durante surtos em hospitais e são conhecidos pelo acrônimo “ESKAPE” na comunidade científica.

Agora, novos estudos podem ser feitos tanto para investigar mais a fundo o mecanismo de ação da molécula quanto para buscar formulações e se aproximar de uma possível aplicação. “Em termos de mecanismo de ação, ainda é possível usar a morfologia celular bacteriana para identificar vias celulares afetadas pelo peptídeo. Quanto à otimização, é possível tanto funcionalizar a molécula, ligando-a com macroestruturas, quanto modificar novamente a sequência de aminoácidos”, diz Righetto. Há também a necessidade de investigações sobre a citotoxicidade e determinação do índice de seletividade, que indica se uma molécula afeta ou não as células saudáveis.

“Vivemos tempos de grandes ameaças à saúde pública mundial por causa da escassez de antimicrobianos para tratar infecções causadas por bactérias extremamente resistentes. Os peptídeos antimicrobianos são alvos de grande interesse para o desenvolvimento de novos candidatos a fármacos. Esta nova molécula tem potencial para ser usada como uma inovadora terapia antimicrobiana, mas novas modificações e otimizações moleculares ainda precisam ser investigadas”, ressalta Andricopulo.

A investigação também envolveu o Infectious Disease Institute da Harvard Medical School, em Boston (Estados Unidos), por meio dos pesquisadores Paulo José Martins Bispo e Camille André.

O artigo Antimicrobial Activity of an Fmoc-Plantaricin 149 Derivative Peptide against Multidrug-Resistant Bacteria pode ser lido em: www.mdpi.com/2079-6382/12/2/391

(Por: Ricardo Muniz / Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de agosto de 2023

Primeiro semestre 2024 – Editais para processos seletivos

Os editais para os processos seletivos de ingresso no 1º semestre de 2024, nas áreas Física Teórica e Experimental, Física Biomolecular e Física Computacional estão disponíveis AQUI, na aba Processo Seletivo.

É importante que todos leiam os Editais e antecipem suas dúvidas.

Lembramos que os(as) candidatos(as) para a área de Física Teórica e Experimental devem apresentar nota do EUF.

Os candidatos para as áreas de Física Biomolecular e Física Computacional devem apresentar nota de exame realizado pela CPG cuja inscrição estará aberta no período de 01/09 até 28/09/2023.

Informações detalhadas nos editais. Em caso de dúvidas, entrem em contato com o serviço de pós-graduação do IFSC (svposgrad@ifsc.usp.br).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2023

Resultado preliminar dos Editais PRPG 11-12-13 3 14/23 PRINT/USP

Para conhecimento e divulgação, informamos abaixo o resultado preliminar dos Editais PRPG 11, 12, 13 e 14/23 – Print USP, com lista dos candidatos deferidos e indeferidos.

Lembrando que o prazo para o encaminhamento de recursos quanto ao resultado, via formulário disponível no site do PrInt é até 30 de agosto/23.

Para conferir o resultado, clique AQUI.

Para acessar o formulário, clique AQUI.

Dúvidas, contatar via e-mail print@usp.br.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2023

Microbiota residencial: Projeto de pesquisa busca bactérias resistentes a antibióticos

Um projeto em curso no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Moleculares (LEMiMo), vinculado ao IFSC-USP, está buscando voluntários para participarem numa pesquisa destinada a encontrar bactérias resistentes a antibióticos na comunidade.

Para que se possa entender melhor esta pesquisa, os cães que vivem em residências contribuem diretamente para a microbiota da casa – que é o conjunto dos microrganismos que se encontram geralmente associados a tecidos ou órgãos de animais ou plantas e que estabelecem colônias permanentes dentro ou sobre o corpo sem produzir doenças, compondo a microbiota normal do corpo. Da mesma forma, os tutores desses animais também contribuem para essa microbiota, através de condições encontradas em ambientes externos e fontes internas, como, por exemplo, ventilação, materiais de construção e umidade, entre outras.

As fezes dos cães são as principais fontes de bactérias no ar externo do ambiente urbano, contribuindo indiretamente para a microbiota das casas, mesmo quando as famílias não têm cães. Por isso, este projeto de pesquisa denominado “Estratégias de intervenção da microbiota que limitam a seleção e a transmissão de resistência a antibióticos no domínio da saúde única (MISTAR)” pretende avaliar a poeira de casas e a microbiota dos residentes (tutor e cão) antes e durante um período de purificação de ar.

Para participar desta pesquisa, é necessário que os voluntários sejam maiores de 18 anos, residam em casa/apartamento térreo, ou primeiro andar, e que não tenham feito uso de antibióticos nos últimos três meses. No momento, os pesquisadores responsáveis por este projeto buscam voluntários que façam parte de dois grupos: um grupo que não possui animais de estimação, e um grupo que possui cães de estimação que estejam em tratamento, ou que tenham feito tratamento com antibióticos nos últimos três meses. A sequência dos trabalhos inclui, entre outros procedimentos, a coleta de poeira residencial e amostras de fezes de humanos e cães para análise.

O fundamento desta pesquisa é tentar detectar bactérias que sejam resistentes a antibióticos, preservando ambientes saudáveis para a saúde.

Os interessados em participar nesta pesquisa poderão entrar em contato com a equipe de pesquisadores através do email lemimo@ifsc.usp.br, ou pelo telefone (16) 33736690.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2023

USP de São Carlos recebe “Letramento Racial” – Palestras e oficinas reforçam ações afirmativas

Palestra no auditório do ICMC/USP

Numa iniciativa conjunta de todas as Comissões de Inclusão e Pertencimento do Campus USP de São Carlos e com o incondicional apoio dado pelas diretorias das Unidades aí sediadas, realizou-se no dia 21 do corrente mês nas instalações do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP, a iniciativa “Letramento Racial”, com a participação de Lucas Módolo, consultor em Relações Raciais com foco no tema das bancas de hereoidentificação e na modelagem de programas de diversidade e de ações afirmativas pelo Estado e pelo mundo corporativo. Com uma rica experiência em ações afirmativas, Módolo percorre essa ação tanto do ponto de vista para o entendimento da motivação das escolhas feitas através dos critérios que a USP e a legislação brasileira adotam para as cotas, como no processo antifraude que se deve instituir para garantir que haja justiça em todo o processo.

Através de uma palestra seguida de uma oficina, ambas repetidas nos dois períodos do dia, esta ação foi pensada tendo em consideração o momento importante pelo qual a Universidade passa, ao decidir discutir e adotar, também, as ações afirmativas no que concerne aos concursos para admissão de servidores técnicos administrativos e docentes. A reserva de 20% das vagas será aplicada para os concursos com abertura de três vagas ou mais. Para as seleções com uma ou duas vagas, os candidatos pretos, pardos ou indígenas receberão pontuação diferenciada a partir da regulamentação estadual.

Bancas de heteroidentificação

Lucas Módolo

O que a USP prevê, tanto nos processos de ingresso na graduação, como agora no ingresso de servidores não docentes e docentes, é a realização de um procedimento dividido em duas etapas. A primeira, diz respeito a uma autodeclaração, onde o candidato se autodeclara preto ou pardo, seguindo-se a realização de uma banca de heteroidentificação que, na prática, valida a etapa anterior e garante o acesso às vagas reservadas ou à pontuação diferenciada a que faça jus. A Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP tem já em curso uma iniciativa, em formato virtual, de formação das pessoas que pretendam fazer parte dessas bancas, só que as Comissões de Inclusão e Pertencimento do Campus da USP de São Carlos entenderam que essa iniciativa de formação deveria ser presencial, pela necessidade de se poder abranger o maior número de pessoas interessadas em se candidatar a compor as citadas bancas de heteroidentificação. Foi baseada nesses pressupostos que se promoveu a iniciativa “Letramento Racial”, cujos resultados foram extremamente positivos, conforme explica o Prof. Fernando Paiva, Presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do IFSC/USP.

“Lucas Módolo é um profissional da área de Direito, formado pela Faculdade de Direito da USP, que desde há algum tempo tenta entender a modelagem de programa de ações afirmativas e a consequente existência de fraudes na experiência brasileira de implementação da política de cotas raciais. Foram, como citado acima, uma palestra seguida de uma oficina, repetidas nos dois períodos do dia, onde os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre temas relacionados ao racismo no Brasil, que dão origem à desigualdade racial encontrada em diferentes espaços da sociedade, inclusive na universidade. Além disso, aprenderam sobre questões técnicas que nortearam as escolhas da USP no que se refere aos critérios adotados. As oficinas foram constituídas por simulações de bancas de heteroidentificação, incluindo questões protocolares, como, por exemplo, a recepção e abordagem feitas ao candidato, e questões mais técnicas acerca do processo de heteroidentificação propriamente dito”, pontua Paiva.

Desequilibrio racial

Prof. Fernando Paiva

A USP tem vindo a sofrer um forte desequilibrio racial, cuja origem reside na própria sociedade. Fernando Paiva sublinha que a lei de cotas veio com base nessa análise sociológica e histórica, que evoluiu para uma desigualdade muito acentuada, inclusive em termos de condições, sendo que o reflexo disso se evidenciou antes da instituição dessa política. “Anteriormente – e ainda hoje isso se verifica, embora com menos intensidade – no ingresso na graduação, a Universidade tinha essencialmente um conjunto de alunos brancos. Essa disparidade é de certa forma estranha, particularmente quando consideramos que a população brasileira possui considerável percentual de pessoas pretas ou pardas. Quando isso não se enxerga na Universidade,  você começa a perceber que tem algo errado. Não diferente é a situação quando consideramos servidores e docentes da USP”, observa o Prof. Fernando Paiva.

A partir deste ano, a USP toma uma decisão importante ao indicar que os concursos passam a ser regidos pela nova regra, ou seja, dando a oportunidade das pessoas se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas, com o intuito detendo acesso às vagas ou bonificações previstas na resolução aprovada pelo Conselho Universitário. As bancas de heteroidentificação, que deverão ser o mais heterogéneas possível em termos de representação racial, de gênero e nível de formação, assumem um papel crucial neste processo que visa reparar uma questão histórica que culmina em uma inadequada representação racial na Universidade, em todos os seus campi.

O Prof. Fernando Paiva faz questão de agradecer ao ICMC/USP pela disponibilização de suas infraestruturas que serviram de base para a realização da iniciativa “Letramento Racial”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de agosto de 2023

Alunos do 4º ano da EE Cel. Paulino Carlos participam do projeto “Kits Educativos da USP de São Carlos”

Yordania e a filha Tábatha

Os estudantes do 4º ano (turma B) da Escola Estadual Coronel Paulino Carlos, de São Carlos, tiveram no passado dia 24 do corrente mês uma aula especial sobre o tema “Microrganismos”. O trabalho apresentado pela estudante Tábatha Wilson Matos foi o resultado de uma pesquisa realizada durante o período das férias do mês de julho, que constituiu em um desafio da Profª Lucy Mary Soares Valentim para que os estudantes fizessem um trabalho de pesquisa de assunto de seu interesse pessoal nesse período em que não estariam na escola.

Assim que a Profª Lucy lançou o desafio de férias, Tábatha solicitou o apoio para desenvolver uma pesquisa sobre microrganismos, tema estudado em sala de aula e que despertou a curiosidade da estudante. Segundo sua mãe, doutora em ciências, Yordania Matos Gámez, desde o momento em que focou suas pesquisas em bactérias, Tábatha, mostrou interesse e vibrava em ver fotos desse mundo invisível.

Na USP de São Carlos, onde teve oportunidade de conhecer o laboratório dos kits educativos, sentiu que era o momento para conhecer o mundo invisível, utilizando o “Kit do Microscópio” com o tema “Observando os Microrganismos” e foi assim que iniciou suas descobertas.

Em sala, teve a oportunidade de apresentar seu trabalho para a Profª Lucy e para a Coordenadora Pedagógica da escola Profª Flávia Munduruca Pires Fracolli, bem como aos demais trinta e um colegas da sala.  Tábatha esteve acompanhada por sua mãe e, com o auxílio de seis microscópios cedidos pelo “Projeto Kits Educativos”, do Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, físico e pesquisador o Instituto de Física de São Carlos (USP), representado, na ocasião, por Mirian Barbosa, assessora executiva responsável pelo laboratório Kits didáticos do projeto, todos os estudantes puderam desfrutar da pesquisa realizada por Tábatha.

Tábatha desfrutando do mundo microscópico

Após a apresentação do trabalho, a estudante convidou a sua turma para observar os microrganismos pelos microscópios e todos ficaram admirados com tudo que podiam ver. Ao final, foi dada a oportunidade de expressarem suas impressões as observações e tiveram suas perguntas respondidas por Tábatha e sua mãe, Yordania.

A professora da turma foi presenteada pela equipe da USP, que igualmente agradeceu a toda a equipe escolar o apoio que deu ao projeto: Diretora, Rosangela Aparecida da Silva Fornazieri; Vices Diretoras, Alexsandra Alexandre do Carmo e Sandra Elaine Cortez M. Dias Guillen, e Coordenadoras Pedagógicas, Flávia Munduruca Pires Fracolli e Clarita Gliardin Gatti.

Rendemos nossa gratidão à USP – SP, na pessoa do Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, pela parceria na educação de estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. E, também, à pesquisadora Yordana Matos Gamez, que manifestou sua preocupação em estender o conhecimento de sua filha aos demais estudantes da turma do 4º ano B da E. E. Cel. Paulino Carlos.

Em maio, Tábatha esteve presente na palestra apresentada pelo Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato em comemoração ao “Dia Internacional da Luz, tendo, no final do evento, colocado no papel os momentos marcantes dessa palestra.

(Prof.ª Drª. Lucy Mary Soares Valentim)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP