Notícias Destaque

2 de janeiro de 2023

Inscrições para o Fox International Fellowship Program, Yale University (Pós-Graduação)

Estão abertas até às 12h00 do dia 20 de janeiro de 2023,  as inscrições para o Edital 1636 – Fox International Fellowship Programa, da Yale University, nos Estados Unidos (vaga e bolsa), dirigido a estudantes de pós-graduação – mestrado e doutorado – de diversos cursos, desde que seus projetos se relacionem diretamente com as áreas descritas no citado edital.

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente via Internet, por intermédio do Sistema Mundus (na área de acesso público). Leia atentamente o edital e inscreva-se, sob o código 1636, em Editais > Alunos de Pós-Graduação  (VER AQUI) (não é necessário login no sistema).

Em caso de dúvidas, entre em contato com o escritório internacional da sua Unidade USP.

Para conferir o edital, clique AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de dezembro de 2022

FAPESP faz chamada para fixação de jovens doutores em São Paulo

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), torna pública a presente Chamada e convida os interessados a apresentarem propostas de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e de inovação para obtenção de apoio financeiro no âmbito do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil, em conformidade com o Acordo de Cooperação Técnica FAPESP/CNPq, Processo SEI nº 01300.008822/2022-31.

Para acessar esta chamada, clique AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de dezembro de 2022

Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas – Abertas as inscrições para processo seletivo de novos alunos

O Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas (CPCEx) é um projeto fundado pela Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas (SACEx) da Universidade de São Paulo e mantém suas atividades desde 2007.

O CPCEx tem como principal objetivo democratizar o acesso à educação e promover preparação para os principais vestibulares.

No passado dia 06 do corrente mês, foram abertas as inscrições para o processo seletivo de novos alunos do cursinho. São um total de 40 vagas, sendo 50% reservadas a estudantes que estejam cursando ou tenham cursado o ensino médio integralmente em escola pública.

Existem duas formas de inscrição:

Inscrição virtual – Basta acessar o formulário (VER AQUI);

Inscrição presencial – Realizada no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) – Endereço: Rua Nove de Julho, 1227, Centro – São Carlos – SP

Telefone: (16) 3373-9772

Email: cdcc@cdcc.usp.br

Horário de funcionamento:

Segunda-feira: das 14h às 18h

Terça-feira a Sexta-feira: das 8h às 18h

Sábados: das 9h às 12h

Para mais informações, acesse o edital AQUI.

As inscrições encerram-se dia 06/01/2023.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de dezembro de 2022

Os 22 anos do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – Ao serviço da Ciência e Sociedade

O Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), sediado no Instituto de Física de São Carlos (USP) – ver AQUI, AQUI e AQUI –  e diretamente conectado com seu Grupo de Óptica, está comemorando o seu 22º aniversário mantendo os mesmos princípios que nortearam a criação deste CEPID da FAPESP no ano de 2000 e que o transformaram em um dos mais importantes centros de pesquisa do país.

E, à missão de desenvolver a ciência básica e aplicada, e de promover avanços tecnológicos na grande área de conhecimento, que é a Óptica, a vasta equipe do CEPOF soube adicionar com extrema eficiência uma ampla colaboração inter e multidisciplinar com universidades e outras instituições de pesquisa nacionais e estrangeiras, bem como com empresas e centros de pesquisas privados, além de uma intensa ação de difusão das ciências junto à sociedade, principalmente junto ao público mais jovem, nas escolas.

Feiras de ciências, criação de kits educacionais, workshops e simpósios, programas em colaboração com as diretorias de ensino, mostras e exposições públicas, bem como um canal de televisão próprio transmitindo vinte e quatro horas e onde são difundidas aulas e programas educativos, são alguns dos exemplos desse permanente “link” com a sociedade, tudo isso provocando impactos muito positivos de diversa ordem.

Prof. Vanderlei Salvador Bagnato

Com cerca de três centenas de colaboradores, entre pesquisadores, técnicos, pessoal administrativo e alunos de pós-graduação, um dos principais objetivos do CEPOF é o campo da inovação: ou seja, transformar o conhecimento gerado em protocolos, produtos e equipamentos que contribuam para a resolução dos diversos problemas que a sociedade enfrenta, principalmente na área da saúde, contribuindo, simultaneamente, para o avanço da economia do país.

Ao longo destes vinte e dois anos de trabalho, o CEPOF tem sido reconhecido pela sua competência, dinamismo e espírito inovador em desenvolver inúmeros projetos científicos importantes, contando até agora com mais de cem patentes concedidas e registradas, tendo-se destacado nacional e internacionalmente por sua atuação no combate à COVID-19 nos anos de 2020 e 2021, e em 2022 na recuperação de pacientes com sequelas provocadas pela doença, tudo através de protocolos e equipamentos desenvolvidos em seus próprios laboratórios.

Neste aniversário, falar do êxito do CEPOF é igualmente enaltecer os nomes de todos os pesquisadores* que fazem parte dessa vasta equipe coesa, liderada pelos pesquisadores, Vanderlei Salvador Bagnato, Euclydes Marega Junior e Jarbas Caiado Neto.

*Adriano Siqueira; Alessandra Rastelli; Ana Claudia Pavarina; Ben-Hur Borges; Carla Fontana; Clovis de Souza; Cristina Kurachi; Daniel Magalhães; Débora Pereira; Emanuel Henn; Ewweron Mima; Francisco Guimarães; Francisco Ednilson dos Santos; Glauco Caurin; Gustavo Telles; Hernane Barud; Juliana Ferreira-Strixino; Kilvia Farias; Kleber de Oliveira; Ladislau Neto; Lilian Moriyama; Luciano Bachmann; Marcelo Becker; Mônica Caracanhas Santarelli; Natália Inada; Patrícia Castilho; Paulino Villas Boas; Philippe Courteille; Raul Teixeira; Rodrigo Shiozaki; Romain Bachelard; Sebastião Pratavieira; Sérgio Muniz e Thiago Cunha.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de dezembro de 2022

Experimento com ultrassom neutraliza o SARS-CoV-2 – Pesquisadores da USP de São Carlos e Ribeirão Preto inativam vírus “in vitro” com ressonância acústica

Imagine eliminar uma infecção viral causada pelo SARS-CoV-2, sem medicamentos ou qualquer procedimento invasivo, utilizando apenas ondas acústicas. O procedimento seria rápido, indolor e seguro, bastaria ao paciente colocar um equipamento similar a um colar em seu pescoço, e em poucos minutos os vírus presentes em sua corrente sanguínea estariam neutralizados. Isso lembra muito os tratamentos médicos de filmes de ficção científica, como “Jornada nas Estrelas”, nos quais uma medicina avançada era capaz de curar doenças com equipamentos não invasivos. Até há pouco tempo, técnicas como estas estariam presentes apenas na ficção, mas um experimento realizado por cientistas da USP abre caminho para esse novo horizonte.

Pesquisadores da USP de São Carlos (Instituto de Física – IFSC/USP) e USP de Ribeirão Preto (Faculdade de Medicina / Faculdade de Ciências Farmacêuticas), desenvolveram um trabalho experimental realizado “in vitro”, que confirma, pela primeira vez, a hipótese matemática coordenada pelo cientista do MIT (Massachussets Institute of Technology), Tomasz Wierzbicki, a qual sugere que o ultrassom poderia ser utilizado para neutralizar o SARS-CoV-2. O experimento brasileiro demonstrou que esta hipótese é verdadeira, ou seja, o ultrassom de fato é capaz de entrar em ressonância com a proteína spyke presente na casca envoltória do vírus e quebrá-la, o que inativa o patógeno.

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Odemir Bruno, co-autor do trabalho brasileiro, afirma que quando se deparou com esse trabalho teórico viu nele uma excelente alternativa para revolucionar o combate à pandemia do COVID-19 e de outras doenças causadas por vírus. Para tanto, estabeleceu uma parceria com a USP de Ribeirão Preto que permitiu que o experimento pudesse ser desenhado e realizado. A aposta dos pesquisadores foi testar inúmeros aparelhos de ultrassom cujas frequências pudessem penetrar a pele humana e encontrar “aquela” frequência que seria capaz de entrar em ressonância e quebrar o vírus – tal como a frequência única do som de uma corda de violino que é capaz de estilhaçar uma taça de cristal.

“Tivemos a sorte de encontrar um único equipamento hospitalar que emite essa exata frequência (5/10 MHz). Conseguimos demonstrar experimentalmente que a técnica funciona “in vitro” sendo muito eficaz na inativação do vírus e na redução drástica da carga viral. Vamos ter que realizar muitos procedimentos ainda para compreender melhor o fenômeno, mas o certo é que o ultrassom destrói o vírus e tem potencial para se tornar uma poderosa arma que a medicina poderá usar para combatê-lo”, afirma o pesquisador.

Odemir Bruno, juntamente com cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, desenharam todo o experimento que obedeceu a logísticas complicadas, sendo que o próximo passo é saber qual é precisamente o local da “casca” do vírus que se rompe devido à ação do ultrassom e que vantagens – ou desvantagens – existem para os pacientes com essa destruição. “O que sabemos com precisão, neste momento, é que o vírus pode ser inativado por ultrassom e através de aparelhos simples que já foram aprovados pela ANVISA e pelo FDA (EUA).

Uma revolução fantástica

Prof. Odemir Bruno

As pesquisas seguem com algum cuidado para que os pesquisadores possam ter em mãos todas as informações necessárias. Atualmente, experimentos “in vivo” com cobaias estão sendo conduzidos e, dependendo destes resultados, poderão ser realizados experimentos clínicos em humanos. Muitos pormenores terão que ser investigados e analisados, sendo que um deles é ver qual o tempo que será necessário para aplicar o ultrassom nos pacientes e qual será a intensidade e frequência para otimizar a ressonância que é capaz de destruir o vírus. “Com a frequência e intensidade precisas, em poucos segundos o vírus fica inativado na cadeia sanguínea”, enfatiza o Dr. Odemir Bruno. A estratégia de aplicação do ultrassom, segundo o pesquisador, será bastante simples. “Por exemplo, através de um colar, parecido com um colar cervical, que é colocado no paciente. É a partir dele que o ultrassom irá funcionar, incidindo sua ação durante determinado tempo em todas as principais artérias que passam pelo pescoço”, explica o pesquisador. Um processo que se afigura sem dor, sem invasão, sem contra-indicações e sem medicamentos.

Prof. Flavio Veras (Créditos – FMRP/USP)

Para o Prof. Odemir Bruno, este método, que poderia ser administrado contra outros vírus ou doenças, tem potencial para uma autêntica revolução na virologia. “O combate à pandemia reuniu esforços de cientistas no mundo todo e nas mais diversas áreas de conhecimento. O que se descobriu sobre virologia nos últimos três anos, devido ao COVID-19, supera tudo aquilo que foi feito nessa área ao longo dos
Último meio século. Devemos ter muitas novidades na medicina nos próximos anos”, conclui o pesquisador.

O Prof. Flavio Veras, co-autor do trabalho e pesquisador da USP de Ribeirão Preto, complementa, afirmando que, embora ainda haja muito trabalho a ser realizado, o caminho para que o novo tratamento chegue até os pacientes está traçado. “Tudo vai depender do sucesso da próxima fase, que é verificar a evolução clínica das cobaias infectadas com o COVID. Estamos realizando este experimento atualmente. Precisamos saber até onde o ultrassom é capaz de inativar o SARS-CoV-2, considerando a corrente sanguínea, o sistema respiratório e em outros órgãos que podem ser afetados pela COVID-19. Após a conclusão destes estágios, em caso de real sucesso da técnica, poderão ser inicializados os testes clínicos com humanos. Mas, salientamos, ninguém deve tentar utilizar o tratamento por ultrassom como terapia, já que é um trabalho científico experimental, em andamento, e pode ser prejudicial e danoso. Somente após a conclusão dos estudos é que terapias poderiam ser recomendadas.”, comenta o pesquisador. Os cientistas estão esperançosos e trabalhando intensamente para que concluídas todas estas etapas, equipamentos de tratamento clínico com ultrassom cheguem ao mercado e ajudem a salvar vidas.

Assinam este artigo científico os pesquisadores: Flavio Veras, Ronaldo Martins, Eurico Arruda, Fernando Q. Cunha e Odemir M. Bruno.

Para conferir o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de dezembro de 2022

Coordenadora de difusão do CEPOF-IFSC/USP recebe prêmio

A coordenadora de difusão do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no IFSC/USP, Drª Wilma Regina Barrionuevo, foi uma das personalidades distinguidas com o “Prêmio Personalidade da Tecnologia”, em sua 36ª edição realizada no passado dia 08 de dezembro e promovida pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP).

Criado em 1987 para celebrar o Dia do Engenheiro, cuja data oficial é 11 de dezembro, a iniciativa homenageou profissionais que se destacaram em suas áreas de atuação.

Além de Wilma Barrionuevo (Segurança Alimentar), foram premiados Guilherme de Oliveira Estrella (Energia), Carlos Afonso Nobre (Mudanças Climáticas), Vicente Abate (Reindustrialização), Markus Francke (Transporte Sustentável) e Ivani Contini Bramante (Valorização Profissional).

As categorias e nomes escolhidos para a edição 2022 “representam as urgências do momento e apontam caminhos para o futuro de avanços socioeconômicos com sustentabilidade e qualidade de vida”, destacou o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro.

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina e em Gestão de Tecnologia da Informação pela Universidade Paulista, Wilma Barrionuevo tem mestrado e doutorado em Ecologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pela Universidade de Nevada (EUA). Tem ainda três pós-doutorados pela USP nas áreas de Engenharia Ambiental, de Química e Física Computacional.

Desenvolveu o projeto sobre automação de hortas verticais com uso de LED, visando a produção de hortaliças, leguminosas e ervas medicinais com a utilização de energia limpa. O objetivo é evitar o uso de pesticidas, de modo a proporcionar melhor qualidade de vida e segurança alimentar em classes sociais diversas, em todas as regiões brasileiras.

Atua no Instituto de Física de São Carlos da USP, sendo coordenadora de Difusão Científica do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), por meio do qual capacita professores e estudantes de escolas públicas e participa da formação de centenas de clubes de ciências.

É autora e coautora de obras nas áreas de ciências e saúde e também de inovação empresarial. Recebeu premiações como cientista emérita nas áreas de Tecnologia, Inovação e Educação.

Para conferir o CV dos premiados, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2022

Saliva indica a presença – ou não – do vírus COVID-19 – Novo biossensor detecta através de mudança de cor o vírus mesmo em início da contaminação

Pesquisadora Elsa Materón finalizando os testes no laboratório do IFSC/USP

Uma pessoa vai à farmácia, compra um pequeno tubo, abre a tampa e coloca um pouco de saliva no interior. Passados cinco minutos ela fica sabendo se contraiu – ou não – a COVID-19 graças a uma mudança de cor no interior do tubo.

Este poderá ser o cenário em um futuro muito próximo no que diz respeito a um novo e inovador teste para a COVID-19, que pode ser estendido para outros vírus, graças à criação de um novo biossensor desenvolvido por uma equipe de cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e de várias outras instituições. Parte dos resultados desses estudos foi publicada na “ACS Applied Materials & Interfaces”.

Tendo como principal autora da publicação científica a pesquisadora Elsa Materón (IFSC/USP), este novo biossensor é constituído por nanopartículas de ouro recobertas com um anticorpo. Ao entrarem em contato com a proteína espícula (Spike) do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, a dispersão com as nanopartículas muda de cor. Isso ocorre mesmo para concentrações baixas do vírus, ou seja, mesmo para os estágios iniciais da COVID-19, quando a carga viral ainda é pequena.

As alterações de cor

A mudança de cor acontece porque as nanopartículas recobertas com anticorpos se aglomeram em torno do vírus no tubo, obviamente se a saliva contiver o vírus. Para altas cargas virais, a mudança é facilmente visível, de vermelho para roxo, em apenas cinco minutos. Para pacientes com carga viral baixa, ou seja, que estejam no início da contaminação, a mudança de cor poderá ser quase imperceptível, podendo suscitar dúvidas devido à dificuldade de verificação. Essa dificuldade foi resolvida pelos pesquisadores, simplesmente fotografando o tubo com o biossensor usando um telefone celular. As fotos são processadas com um aplicativo (app) específico que permite determinar a carga viral, sendo que essa determinação é feita com uso de inteligência artificial para correlacionar imagens à carga viral.

Para o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo N. Oliveira Jr., que também assina o estudo: “Este método é inovador na medida em que permite diagnosticar a COVID-19 sem usar instrumentos (apenas um telefone celular). É possível facilmente estender o método para outros vírus, bastando alterar o anticorpo”, pontua o pesquisador.

Além de servir para o diagnóstico de COVID-19, o biossensor pode ser usado para verificar se há contaminação de águas com o vírus SARS-CoV-2. Nos testes publicados no artigo científico, comprovou-se a determinação da carga viral em águas colocadas diretamente no tubo contendo as nanopartículas (biossensor), sem necessidade de pré-tratamento. Assim, a tecnologia desenvolvida permite um monitoramento rápido de contaminação ambiental, sem necessitar instrumentos ou operadores especializados para as análises.

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr.

As pesquisas continuam com testes em voluntários em hospitais de Brasília, cujos resultados são excelentes. Numa bateria de testes, o diagnóstico com o biossensor de nanopartículas teve acerto de 100% em comparação ao padrão de PCR (teste molecular denominado polymerase chain reaction). Este trabalho foi feito no âmbito do projeto da Rede Nanoimunoteste, coordenada pelo Prof. Ricardo Bentes de Azevedo, da Universidade de Brasília (UnB), tendo recebido também os apoios da CAPES, CNPq e FAPESP.

Colaboraram neste estudo pesquisadores das seguintes instituições, cujos nomes se encontram mencionados no artigo científico (VER AQUI).

Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP); Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP); Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica (INCTBio – Campinas); Instituto de Física “Gleb Wataghin” (UNICAMP); Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Laboratório Nacional de Nanotecnologia para a Agricultura (EMBRAPA – Instrumentação); Instituto de Biologia (UNICAMP); Instituto Nacional do Câncer (RJ); Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), e Departamento de Física da Universidade del Valle, na Colômbia.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2022

Novo imunossensor para diagnóstico do COVID-19 – Equipamento distingue SARS-CoV-2 de Dengue e Zika vírus

(Crédito – Christoph Burgstedt SPL / Getty Images)

Com a disseminação do COVID-19 ao longo do tempo, através de suas mais diversas variantes, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) desenvolveram um novo imunossensor qualitativo baseado na detecção capacitiva das proteínas Spike do coronavírus, responsável pela síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), o agente causador do COVID-19.

Para o Prof. Valtencir Zucolotto, coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) “Este imunossensor foi desenvolvido a partir de eletrodos interdigitados que requerem um sistema de medição com um circuito elétrico simples, que pode ser miniaturizado, oferecendo uma alternativa para um diagnóstico rápido, eficiente e barato de COVID-19, destacando-se nele a particularidade de poder distinguir esse vírus de outros, por exemplo, a Zika e a Dengue, que apresentam sintomas semelhantes em estágios iniciais”.

Prof. Valtencir Zucolotto

Como é do conhecimento público, a detecção precoce do COVID-19 tem sido essencial para controlar a disseminação do vírus, sendo que vários sensores já foram, entretanto, desenvolvidos, mas mostraram-se limitados com o aparecimento das variantes de SARS-CoV-2 que sofreram mutações na proteína Spike.

Sumariamente, este novo imunossensor apresenta-se capaz de realizar testes simples, rápidos, específicos e de baixo custo com a particularidade de distinguir entre SARS-CoV-2, Dengue virus (DenV) e Zika virus (ZikV).

O estudo sobre o desenvolvimento desse equipamento  foi divulgado na revista científica “Microelectronic Engineering”, tendo como autores os pesquisadores Isabella Sampaio (autora principal), Nayla Kusimoto Takeuti, Beatriz Gusson, Thales Rafael Machado, e coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto.

Para conferir o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2022

“Pensar nunca fez mal a nenhuma sociedade” (Yvonne Primerano Mascarenhas)

Créditos – Léo Ramos Chaves / Revista FAPESP

A edição Nº 322 da Revista Fapesp, relativa a este mês de dezembro,  traz em um de seus destaques uma entrevista com a docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, tendo como retrospectiva a homenagem que o Instituto fez à docente no dia 16 de setembro do corrente ano.

Com 91 anos de idade e ainda bastante ativa em seus projetos e pesquisas, a Profª Yvonne reserva também uma boa parte de seu tempo na vertente de apoio à educação, ação que iniciou quando se aposentou de forma compulsiva, em 2001.

Sempre disponível para conversar sobre sua vida acadêmica de uma forma gentil, simples, despretensiosa, e a interagir de forma muito aberta com seus colegas (ver AQUI e AQUI), a Profª Yvonne Primerano Mascarenhas continua a ser a “jóia da coroa” da Ciência Nacional e da Universidade de São Paulo, mais uma vez irradiando intenso brilho nesta entrevista da Revista FAPESP, conduzida por Fabrício Marques, com a imagem reproduzida acima, da autoria de Léo Ramos Chaves.

Clique AQUI para acessar a entrevista.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2022

Um ´foie gras´ de Sódio – Artigo da autoria do Prof. Roberto N. Onody

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Caro leitor,

Na sexta-feira, dia 25 de novembro, enviei a todo o corpo discente a primeira edição da newsletter “Ciência em Panorama”. A newsletter seguiu, em formato pdf, como anexo ao e-mail. O objetivo é divulgar Ciência e Tecnologia através de múltiplos canais de comunicação. O site “Notícias de Ciência e Tecnologia” no portal IFSC-USP continuará funcionando. Quero agradecer ao empenho e competência do Sr. Rui Sintra, nosso assessor de comunicação. É ele quem faz a diagramação dos textos que envio, posicionando as figuras (que, obrigatoriamente, vão separadas do texto) e me alertando sobre fórmulas matemáticas que não podem ser digitadas diretamente no Word. Eu vejo nosso portal como um meio importante para se atingir um público fora dos muros universitários.

A newsletter “Ciência em Panorama” deve ter periodicidade mensal.  Pode ser subscrita por qualquer pessoa, docentes, funcionários etc.

Para receber a newsletter, basta enviar um e-mail para onody@ifsc.usp.br com seu nome e seu e-mail.

Cada newsletter “Ciência em Panorama” possuirá um certo número de artigos. A partir deles, selecionarei um para ser adaptado e publicado no portal. O de hoje se intitula: Um ´foie gras´ de Sódio 

Dezembro/2022

Boa leitura!

Um ´foie gras´ de Sódio  

Figura 1 – O cíclotron do RIKEN Nishina Center for Accelerator-Based Science, no Japão. Ele pode acelerar núcleos desde o hidrogênio até o urânio! (Crédito: Riken Nishina Center for Accelerator-Based Science)

O foie gras (fígado gordo) é um alimento muito apreciado na culinária francesa. É produzido a partir de fígados de patos e gansos que são engordados e forçados a comer sem parar através de tubos enfiados até o esôfago. O resultado é um fígado com muita gordura e um volume dez vezes maior do que o normal. É um procedimento cruel. Países como Alemanha, Itália, Turquia, Polônia, Tchecoslováquia e Finlândia baniram sua produção.

A ciência também opera um ´foie gras´ nos núcleos dos elementos químicos, só que com objetivos muito mais nobres. Poderosos aceleradores forçam núcleos atômicos engolirem mais nêutrons, construindo novos isótopos. Isso permite estudar vários modelos teóricos e, em particular, testar limites de estabilidade nuclear. Além disso, novos elementos radioativos acabam sendo criados que poderão vir a ser utilizados pela medicina.

Em experimento recente, o RIKEN (Radioactive Isotope Beam Factory) Nishina Center criou o isótopo mais pesado do 39 Sódio, com 11 prótons 28 nêutrons (Figura 1).

O sódio é um elemento químico abundante e fundamental à vida dos animais. Na sua forma iônica, é um dos responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e pelo balanço eletrolítico que influencia o crescimento, o apetite e o metabolismo de aminoácidos e de vitaminas.

Na sua forma composta de cloreto de sódio (NaCl), o sal é utilizado desde tempos imemoriais como tempero e na conservação de carnes. Uma pessoa de 50 kg possui cerca de 200 g de cloreto de sódio no seu corpo. Quando suamos nós perdemos sal que precisa então ser ingerido para ser reposto. A ingestão diária de sal deve estar entre 0,5 e 2 g. Nós, brasileiros, consumimos o dobro do recomendado.

O sódio foi separado quimicamente do cloro pelo inglês Humphry Davy, no começo do século XIX, utilizando eletricidade. Além do seu papel na manutenção química de nossas células, o sódio (quando associado ao Flúor) tem aplicações tecnológicas importantes como no diagnóstico de câncer através do PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons). Lembramos também que, até uma década atrás, eram as lâmpadas de sódio que iluminavam a maioria das nossas ruas. Paulatinamente, elas vêm sendo substituídas pelas lâmpadas de LED, mais econômicas.

Uma curiosidade… em 1998, observando uma chuva de meteoritos, astrônomos detectaram uma cauda (invisível) de átomos de sódio deixados para trás pela Lua. Sem atmosfera, esses meteoritos impactaram a superfície da Lua, liberando átomos de sódio que foram, em seguida, carregados pelo vento solar.

O núcleo de um átomo é formado pela ligação de um número Z de prótons (que têm carga elétrica positiva) com um número N de nêutrons (carga nula). Como sobre os prótons age a repulsão eletrostática, o que mantém um núcleo coeso é a força nuclear atrativa (mediada por mésons Pi) entre próton-próton, nêutron-nêutron e próton-nêutron.

Figura 2 – Uma fábrica de isótopos – o acelerador do Facility for Rare Isotope Beams da Universidade de Michigan, EUA. Foi inaugurado em maio/2022 e custou 730 milhões de dólares (Crédito: domínio público)

Um núcleo é chamado de instável se sua composição (caracterizada por Z e N) muda com o tempo. Isso pode acontecer de várias maneiras: o núcleo decai emitindo uma partícula alfa (composta por 2 prótons e 2 nêutrons), um nêutron se transforma em um próton, emitindo um elétron e um antineutrino (decaimento beta), um próton se transforma em um nêutron, emitindo um neutrino e um pósitron (a antipartícula do elétron), um próton captura um elétron da órbita se transformando em um nêutron e emitindo um neutrino, etc.

O número de prótons Z define o elemento químico. Núcleos com o mesmo Z mas diferentes valores de N são chamados de isótopos (Figura 2).

Figura 3 – O Sódio é menos denso do que a água. Ele se funde a 97,8 oC e evapora a 882,9 oC. No estado metálico, ele pode ser cortado com uma faca (Crédito: Hackaday)

Em geral, para núcleos estáveis, N é maior ou igual a Z.  Só existem duas exceções: o Hidrogênio (1H, Z=1, N=0) e o Hélio-3 (3He, Z=2, N=1). Dos 118 elementos químicos conhecidos até agora, o que tem maior número de isótopos estáveis é o Estanho (Z=50), com 10 isótopos estáveis. O elemento mais pesado, que ainda tem isótopos estáveis, é o Chumbo (Z=82), com 4 isótopos estáveis.

Voltando ao Sódio (Z=11), ele é um sólido metálico a temperatura ambiente. Ele reage violentamente com a água e ácidos. É altamente corrosivo para os olhos, para a pele e mucosas (Figura 3).

Há 22 isótopos de Sódio, mas, somente um é estável, o 23Na (Z=11, N=12). O isótopo 22Na (Z=11, N=11) emite pósitrons e é utilizado no equipamento chamado PET (tomografia por emissão de pósitrons), para a análise de tumores.

O experimento realizado no laboratório RIKEN produziu o isótopo 39Na (Z=11, N=28), o núcleo de sódio mais pesado conhecido até agora. Nenhum modelo teórico do núcleo previa a sua existência.

Toshiyuki Kubo é um físico nuclear que trabalha com uma equipe de 26 colaboradores, no cíclotron RIKEN. Eles lançaram núcleos de cálcio, 48Ca, contra o Berílio (Z=4) e os fragmentos da colisão passaram por uma sequência de magnetos. Após dispararem 500 quatrilhões (5.1017) de núcleos de 48Ca, eles confirmaram a criação de 9 (isso mesmo, apenas nove) núcleos de 39Na.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2022

14 de dezembro – Cerimônia de encerramento “Conferências FAPESP – 60 anos”

A FAPESP realiza no próximo dia 14 do corrente mês, a partir das 09h30, no auditório da Fundação, a cerimônia de encerramento do “Ciclo de Conferências FAPESP 60 Anos” e dos webinários “A ciência no desenvolvimento social” realizados nos anos de 20212 e 2022, em estreita parceria com a Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP).

Esta cerimônia de encerramento, cuja sessão de abertura será feita pelos Presidente e Vice-Presidente da FAPESP, Profs. Marco Antonio Zago e Ronaldo Pilli,  terá como destaques a realização de uma conferência que irá debater o impacto do apoio da FAPESP às atividades de pesquisa e inovação e os desafios colocados para a pesquisa no Brasil, dois temas que terão a participação dos Profs. Hernan Chaimovich e Carlos Henrique de Brito Cruz. Seguidamente, será apresentado o livro da ACIESP que apresenta alguns dos temas que foram debatidos nos webinários, apresentação essa que estará a cargo do Diretor Científico da FAPESP, Prof. Luiz Eugênio Mello, e do Diretor Executivo da ACIESP, Prof. Adriano Andricopulo, com a presença da Profª Vanderlan Bolzani, Presidente da ACIESP.

Para participar deste evento e obter mais informações sobre o mesmo, acesse – https://60anos.fapesp.br

(O auditório da FAPESP está localizado na Rua Pio XI, 1500 – Alto da Lapa – CEP-05468-901 – São Paulo, SP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de dezembro de 2022

Exótica fase da matéria pode ser útil para desenvolver computadores quânticos

 A edição Nº 322 da Revista FAPESP, relativa a dezembro do corrente ano, apresentou em um de seus destaques o trabalho publicado na revista científica “Physical Review Letters” de julho deste ano, que aborda a utilização de um material magnético bidimensional que pode ser a base para uma nova forma da computação quântica.

Assinado pelo pesquisador do IFSC/USP, Prof. Eric de Castro e Andrade e pelo pesquisador Vitor Dantas, ex-aluno de mestrado, o conteúdo deste artigo científico pode levar a uma resposta para solucionar (parcial ou totalmente) algumas das  dificuldades que atualmente se apresentam para a construção dos computadores quânticos.

Eric de Castro e Andrade possui graduação (2004) e doutorado (2010) em Física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Entre Outubro/2010 e Dezembro/2013 realizou um pós-doutorado na Technische Universität Dresden (TU Dresden – Alemanha). Entre Fevereiro/2014 e Janeiro/2016 desenvolveu um projeto de Jovens Pesquisadores FAPESP no Instituto de Física Teórica em São Paulo (IFT/Unesp).

Entre 2016 e 2022 foi professor no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sendo atualmente professor associado no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF/USP). Tem experiência em Física da Matéria Condensada, nas áreas de Sistemas Eletrônicos Fortemente Correlacionados, Sistemas Heterogêneos e Magnetismo Frustrados.

Para acessar o artigo publicado na Revista FAPESP, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2022

Produção científica do IFSC/USP em novembro de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  novembro de 2022, clique AQUI,  ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca do IFSC/USP.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC/USP, no periódico “Physical Review D” (VER AQUI)

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2022

Parâmetro universal obtido por pesquisador do IFSC/USP foi incluído no principal compêndio da física de partículas

Representação esquemática com todos os componentes do Modelo Padrão da Física de Partículas (crédito: Wikimedia Commons)

A interação forte é um ingrediente fundamental para a existência do Universo, tal como o conhecemos. É ela que aglutina os quarks para formar prótons e nêutrons. Estes, por sua vez, compõem os núcleos dos átomos. Recebe o nome de “forte” porque, na escala do núcleo, é de fato muito mais forte do que as outras três interações conhecidas: a gravitacional, a eletromagnética e a fraca. Por ser tão forte, é impossível encontrar quarks livres de forma estável na natureza.

O cálculo da força forte depende de um parâmetro que pode ser considerado uma das grandezas fundamentais da física: a constante de acoplamento forte, conhecida como “alpha_s”. Este é um número puro, adimensional, que vale, na média atual, 0,1179 ± 0,0009.

O valor da constante é estabelecido pela média das determinações consideradas mais confiáveis, feitas por diferentes grupos de pesquisa espalhados pelo mundo. Em colaboração com pesquisadores de quatro países diferentes, O Prof. Diogo Boito, (IFSC/USP), determinou recentemente o valor da constante de acoplamento forte alpha_s em quatro processos diferentes.

Os resultados obtidos por Boito e colaboradores foram publicados nos últimos anos na “Physical Review D” (em 2018 e 2021), na “Physics Letters B” e no “Journal of High Energy Physics”. A novidade é que esses resultados foram incorporados agora à média divulgada pela edição de 2022 da “Review of Particle Physics”, contribuindo ao valor recomendado atualmente 0,1179 ± 0,0009.

A “Review of Particle Physics” é uma espécie de compêndio, bastante extenso e altamente especializado, que sumariza os principais resultados da pesquisa em física de partículas e cosmologia. A edição de 2022 agrega 2.143 novas medições relativas às propriedades de quarks, léptons, bósons etc. A publicação é mantida pelo Particle Data Group (PDG), uma colaboração internacional que reúne pesquisadores de 172 instituições de 26 países. Sua coordenação principal está sediada no Lawrence Berkeley National Laboratory (LBNL), nos Estados Unidos.

“Quatro determinações nossas para alpha_s entraram na média mundial dessa constante feita pelo PDG”, disse Boito à Agência FAPESP. E acrescenta: “A teoria não permite prever o valor da constante de acoplamento forte. Por isso, para determiná-la, temos que combinar cálculos teóricos com dados experimentais”.

O pesquisador informa que, para extrair o valor da constante, ele e colaboradores calcularam diferentes processos, como decaimentos de partículas, espalhamentos em colisões etc., e compararam seus cálculos com resultados experimentais obtidos em grandes aceleradores de partículas, como o Large Hadron Collider (LHC), da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern).

“Nossas determinações resultaram de cálculos teóricos de dois tipos de processos: decaimentos do lépton tau em partículas formadas por quarks, conhecidas como hádrons; e produção de hádrons na interação do elétron com sua antipartícula, o pósitron”, afirma Boito.

Aqui, é preciso abrir dois parágrafos explicativos.

O chamado “modelo padrão” enquadra todas as partículas conhecidas e consideradas elementares em três famílias: quarks, léptons e bósons. A família dos quarks possui seis integrantes (up, down, charm, strange, top e bottom). A família dos léptons também possui seis integrantes (elétron e neutrino do elétron, múon e neutrino do múon, tau e neutrino do tau). A família dos bósons possui quatro integrantes que medeiam as relações entre as outras partículas (fóton, glúon, Z e W) e mais o bóson de Higgs (H), que supostamente explica o fato de as partículas elementares possuírem massa.

Essa divisão pode sugerir a ideia de que os integrantes das diferentes famílias não se misturam, por assim dizer. Mas não é isso que acontece. Nas colisões, o que ocorre são reconfigurações da energia, que podem transformar quarks em léptons e léptons em quarks, com os bósons entrando nas contas. É a isso que Boito se refere quando fala do decaimento do tau, o lépton mais pesado, formando hádrons, constituídos por quarks; e na produção de hádrons devido à colisão de dois léptons leves, o elétron com sua antipartícula.

“Comparamos nossos cálculos teóricos com resultados experimentais obtidos em vários aceleradores de partículas pelo mundo, tais como os experimentos ALEPH e OPAL, do Cern (Suíça), BES (China), Belle (Japão), KEDR (Rússia), para citar apenas alguns”, prossegue Boito.

“Nossos trabalhos foram feitos no contexto de duas colaborações internacionais. Uma delas focada nos decaimentos do lépton tau, com a importante participação de nosso estudante de mestrado Marcus Rodrigues, bolsista da FAPESP, e dos professores Maarten Golterman [San Francisco State University], Kim Maltman [York University] e Santiago Peris [Universitat Autonoma de Barcelona]. A outra em parceria com o professor Vicent Mateu Barreda, da Universidad de Salamanca [Usal], na Espanha, com quem temos um projeto de pesquisa financiada por FAPESP e Usal no âmbito do programa SPRINT [São Paulo Researchers in International Collaboration].Todos os quatro trabalhos nossos acolhidos agora pelo PDG se deram sob o guarda-chuva de meu projeto de pesquisa ‘Determinação precisa de parâmetros fundamentais da QCD’, financiado por meio do programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes [JP-FAPESP]”, relata Boito.

A edição de 2022 da “Review of Particle Physics” pode ser acessada AQUI.

(In: Agência FAPESP / José Tadeu Arantes)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de dezembro de 2022

Prof. Luiz Eugênio Mello fala sobre a FAPESP e o avanço da ciência paulista

O IFSC/USP levou a efeito no dia 02 de dezembro mais um colóquio, desta vez com a presença do Prof. Luiz Eugênio Mello, Diretor Científico da FAPESP, e que na oportunidade abordou o papel da FAPESP no avanço da ciência paulista, num momento em que a Fundação completa sessenta anos de existência.

Embora os desafios provocados pela pandemia tenham sido imensos, o certo é que a FAPESP soube gerir esses momentos, continuando a manter seus objetivos e implementando novas medidas destinadas a enriquecer a diversidade – gênero, etnia ou origem – na força estadual de pesquisa.

Quais são as principais metas a longo prazo que a FAPESP visa atingir? A esta pergunta feita pela Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, o Prof. Luiz Eugênio Mello respondeu que, embora a pandemia tenha prejudicado grandemente a ação da FAPESP, o certo é que as grandes metas propostas pela Fundação não se alteraram. “Essa é uma perspectiva que eu tenho buscado enfatizar, já que a Fundação tem procurado trabalhar com projetos cada vez maiores, mais ambiciosos e com um potencial de impacto cada vez maior. Evidentemente, o projeto em si pode ter um recorte que possa variar, mas nesse sentido a FAPESP continua o seu caminho, por exemplo, com a criação de centros de pesquisa – CEPID’s -, onde vários deles se encontram sediados aqui, no IFSC/USP, e que conjugam a produção de ciência fundamental de qualidade, a inovação e a transmissão de conhecimento para a sociedade, através da difusão”, pautou o entrevistado.

Para o Prof. Luiz Eugênio Mello, a FAPESP, de forma progressiva, tem buscado alcançar esses objetivos por meio de outros instrumentos. Assim, mais recentemente, foram criados os centros de pesquisa em engenharia, que também podem ser chamados de centros de pesquisa aplicada, que têm uma vertente mais de interação com a área empresarial. “Na sequência, vieram os centros de ciência para o desenvolvimento, já durante a minha gestão, que obviamente têm que ter um parceiro que vá aplicar o conhecimento que foi produzido, e por fim, está em vias de ser efetivada uma profunda revisão do programa de pesquisa em políticas públicas, que embora seja um programa antigo da FAPESP, está sendo revisado de forma a apresentar uma maior ambição e duração. Em essência, se olharmos em retrospecto, isso já estava programado há algum tempo, daí que eu entenda que é uma sequência lógica, sem interrupção”, pontuou o Diretor Científico da FAPESP..

Em seu colóquio, o Prof. Luiz Eugênio Mello fez essa mesma retrospectiva da transformação por que passou a FAPESP nas últimas três décadas, onde no início apenas financiava pequenos projetos, com bolsas e auxílios individuais. Três décadas depois, a FAPESP oferece uma carteira de fomento atenta às diversas necessidades e modalidades de atuação dos pesquisadores, sendo que essa evolução acompanhou quantitativamente e impulsionou qualitativamente a expansão do sistema de pesquisa estadual no período.

Para o Diretor Científico da FAPESP, atualmente, o estoque de projetos contratados compreende pesquisa básica, aplicada e voltada para a inovação; pequenas e grandes equipes; trabalho intra-departamental e colaborações internacionais; infraestrutura de pesquisa e programas especiais para jovens talentos; e grandes iniciativas com alvos específicos. Os temáticos, as bolsas BEPE, o BIOTA, o PIPE e o CPE são apenas alguns exemplos de programas duradouros bem sucedidos.

Em sua apresentação, o Prof.  Luiz Mello procurou mostrar que todo esse avanço só foi possível porque a Diretoria Científica da FAPESP se pauta por três princípios, a saber: seleção de projetos com base na qualidade da pesquisa proposta; avaliação por pares; e diálogo com a comunidade.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de dezembro de 2022

Programa “Top Espanha Santander” – Mobilidade Internacional para alunos de Graduação

Estarão abertas entre os dias 30 de janeiro e 06 de fevereiro de 2023 as inscrições ao Edital 1643 / 2022 – “Programa TOP Espanha Santander Universidades – Mobilidade Internacional de Alunos de Graduação”, para oferecimento de 3 (três) vagas para realização de intercâmbio acadêmico do Programa TOP Espanha Santander Universidades na Universidade de Salamanca, Espanha, que acontecerá entre junho e julho de 2023.

Os alunos interessados devem efetuar as inscrições online pelo Sistema Mundus da USP (VER AQUI) (entre 30 de janeiro e 06 de fevereiro de 2023) e no Santander Universidades, por meio da plataforma on-line (VER AQUI), até o dia 06 de fevereiro de 2023.

Este Edital e todas as publicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais > Alunos de Graduação (não é necessário login), sob o código 1643 e responsabilidade da AUCANI, até consumada a providência que lhe disser respeito.

Para esclarecimento de eventuais dúvidas acerca de benefícios, requisitos gerais e específicos para participação, inscrições e todas as demais fases do processo seletivo, bem como sobre informações não constantes neste edital, o candidato deve consultar o escritório internacional da sua Unidade USP de origem.

Para conferir o Edital, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2022

Destaques da produção científica do IFSC/USP (Jul/Ago -2022)

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de Jul./Ago. de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Carbon-based materials in photodynamic and photothermal therapies applied to tumor destruction 

Electrochemical immunosensors using electrodeposited gold nanostructures for detecting the S proteins from SARS-CoV and SARS-CoV-2

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

findMySequence: a neural-network-based approach for identification of unknown proteins in X-ray crystallography and cryo-EM

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

The past and the future of Langmuir and Langmuir-Blodgett films  

Plasmonic biosensing: focus review

Wearable sensors made with solution-blow spinning poly(lactic acid) for non-enzymatic pesticide detection in agriculture and food safety

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: surface properties and gas sensing application

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: a comparative approach

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

ADMET modeling approaches in drug discovery

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2022

IFSC/USP homenageia o Prof. Máximo Siu Li: “Laboratório Avançado de Física” com o nome do docente

Foi perante uma plateia com cerca de oitenta convidados que o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou no dia 30 de novembro, em um de seus auditórios localizados no edifício dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), a cerimônia de homenagem a um de seus mais destacados docentes e pesquisadores: o Prof. Máximo Siu Li.

Com uma atividade científica e acadêmica impressionante ao longo de cinco décadas, onde se destacam centenas de artigos publicados, orientações de alunos nos mais diversos níveis e responsável pelo seu pioneirismo nos grupos de óptica e de crescimento de materiais, Máximo Siu Li foi, também, um pioneiro no desenvolvimento e modernização de diversos laboratórios e oficinas de apoio à pesquisa do Instituto, com especial destaque para o “Laboratório Avançado de Física”, infraestruturas que são consideradas, hoje, como exemplos de sucesso em níveis nacional e internacional.

Vida dedicada à ciência, ao IFSC/USP e aos alunos

Incansável, ultrapassando em muito seu horário laboral, o homenageado também se destacou pelo intenso trabalho desenvolvido junto aos seus alunos, muitos deles hoje singrando a vida acadêmica – seus colegas, portanto. Por esse motivo, foram muitas dezenas as mensagens escritas e vídeos enviados para o  IFSC/USP, dirigidos ao Prof. Máximo, oriundos de ex-alunos, colegas, técnicos de laboratórios e admiradores, além dos depoimentos que foram dados presencialmente pelos Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ulian de Araújo (diretor e vice-diretora do IFSC/USP), Euclydes Marega Junior, Tito José Bonagamba, Roberto Mendonça Faria e Vanderlei Salvador Bagnato – alguns deles ex-alunos do homenageado -, bem como da Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, que recordou os trabalhos e projetos desenvolvidos por seu saudoso marido, Prof. Sérgio Mascarenhas, junto com o homenageado.

Profª Yvonne Primerano Mascarenhas

Em um dos depoimentos enviados, neste caso pelo Prof. Claudio Magon (IFSC/USP), o docente sublinhou: “(…) Você interagiu com as pessoas, entregando o seu conhecimento com simplicidade e carinho, eliminando obstáculos de nossa jornada e, sobretudo, sem nunca tirar proveito próprio. Você simplesmente incapaz de ter segundas intenções, de ajudar para ganhar depois, ou de ter interesses em alguém em particular em detrimento de outros (…). (…) O Curso de Física Avançada foi totalmente reestruturado pelo Prof. Máximo e, ao longo de vários anos, com o auxílio de recursos financeiros que ele angariou, foi se ampliando e resultando em um ambiente agradável e que engloba experimentos para os conhecimentos básicos de quase todas as áreas da física experimental (…). (…)Hoje, o Curso de Física Avançada tem um nível altíssimo, salientado pelo seu formato de avaliação, com prévias, pós-apresentações e workshops (…).

Visivelmente emocionado, o Prof. Máximo Siu Li agradeceu as palavras de todos, tendo sublinhado que o trabalho desenvolvido ao longo dos anos não se devia só a ele, tendo envolvido professores, alunos e técnicos dos laboratórios.

Prof.Máximo Siu Li após o descerramento da placa com seu nome, com sua família, o Diretor do IFSC/USP e técnicos do laboratório

No encerramento da sessão, procedeu-se ao descerramento da placa que passa a identificar o “Laboratório Avançado de Física” com o nome do Prof. Máximo Siu Li.

Organizada pelo IFSC/USP, pelos Profs. Sebastião Pratavieira, Emanuel Henn e Osvaldo Novais de Oliveira Junior, esta cerimônia contou ainda com a colaboração de técnicos dos laboratórios e de muitos docentes do Instituto.

O “Laboratório Avançado de Física”

Os agradecimentos do Prof. Máximo

Durante os primeiros anos da criação do curso de Bacharelado de Física, na década de 1970, o atual Laboratório Avançado de Física (LAvFis) era oferecido como disciplina de Laboratório de Física Moderna. Após alguns anos passou a ter o nome  de Laboratório de Estrutura da Matéria. O LAvFis chegou a ser oferecido em 4 semestres, mas com as reformas curriculares, o atual LAvFis é oferecido em 2 semestres.

As práticas desenvolvidas para o LAvFis foram propostas não somente tomando em consideração os conteúdos de Estrutura da Matéria e de Física Moderna mas, também, aspectos de outras áreas como: Física do Estado Sólido (Semicondutores), Óptica, Espectroscopia, Ressonância Magnética, Cristalografia, Física Nuclear, dentre outras.

Com o passar dos anos e contando com a participação de vários professores, monitores e técnicos, foi possível estabelecer um conjunto de práticas bem como elaborar suas respectivas apostilas – as quais, aliás, estão em constante atualização.

 

 

Quem é o Prof. Máximo Siu Li

O Prof. Máximo Siu Li possui graduação em Ciências (Física) pela Universidad Nacional de Ingenieria – Perú (1968), mestrado em Física pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) (1973) e doutorado em Física pelo mesmo Instituto (1978). Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, estudo de defeitos em sólidos, propriedades ópticas, elétricas e fotoestruturais, filmes finos por evaporação PVD, filmes finos por spin coating, absorção óptica e fotoluminescência até baixas temperaturas, e em diversos tipos de materiais, isolantes e semicondutores, cristalinos, amorfos, nanoestruturados.

O homenageado com sua família

Para conferir tudo sobre esta cerimônia, consulte a página dedicada ao homenageado (em atualização) – https://www.ifsc.usp.br/eventos/msl2022/

Acesse o vídeo da cerimônia AQUI.

(Fotos: Maria Zilda / Assessoria de Comunicação IFSC/USP)

(Vídeo PROVE / Brás José Muniz e Anderson Muniz)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2022

Empregando a neuroproteômica na compreensão do cérebro humano

O Prof. Daniel Martins-de-Souza (IB-UNICAMP) foi o palestrante convidado em mais um colóquio promovido pelo IFSC/USP no dia 25 de novembro, subordinado ao tema “Empregando a neuroproteômica na compreensão do cérebro humano”

A proteômica evoluiu nas últimas duas décadas de uma ferramenta metodológica para uma ciência capaz de fornecer a compreensão biológica de sistemas complexos.

Tal evolução, possível devido a desenvolvimentos significativos em equipamentos e metodologias de laboratórios “molhados” e “secos”, permitiu retratar vias bioquímicas e processos biológicos associados à saúde e à doença.

Sendo o cérebro o mais enigmático dos órgãos humanos, a proteômica passou a desempenhar um papel fundamental na sua compreensão. Esta história, que começou há mais de 20 anos, ainda está sendo escrita, tendo fornecido, por exemplo, respostas sobre como o SARS-CoV-2 pode afetá-lo.

Em sua palestra, o Prof. Daniel Martins-de-Souza abordou alguns capítulos dessa história, ao investigar transtornos psiquiátricos e, mais recentemente, a COVID-19.

Surpreendentemente (e infelizmente), existem algumas características comuns desencadeadas pelo SARS-CoV-2 no proteoma cerebral que são observáveis também no proteoma cerebral da esquizofrenia, como alterações em proteínas associadas a eventos moleculares (neuro)degenerativos, fatos que foram igualmente abordados pelo palestrante convidado.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de novembro de 2022

“Laboratório Avançado de Física” na USP de São Carlos – Prof. Máximo Siu Li: uma homenagem merecida

O “Laboratório Avançado de Física”, localizado no edifício denominado “Laboratórios de Ensino de Física” (LEF), é a principal estrutura do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) por onde passam os alunos que estão finalizando seus cursos, e dotado das ferramentas essenciais dedicadas aos mais atuais e revolucionários experimentos postos à disposição dos jovens estudantes. Já com quarenta anos de existência, pode-se dizer que esse laboratório não envelheceu – muito pelo contrário -, graças ao empenho e dedicação daquele que sempre viveu (e vive) em prol da ciência e do ensino em nossa cidade e, particularmente, na USP de São Carlos – o Prof. Dr. Máximo Siu Li. Embora esteja aposentado há cerca de dez anos, o Prof. Máximo continua a se preocupar e a colaborar com aquilo que é sua paixão ao longo de praticamente meio século de atividade: ajudar os alunos do IFSC/USP e de outras áreas do conhecimento a superarem suas dificuldades e a encontrarem os caminhos ideais após a graduação.

Por esse laboratório já passaram nomes que hoje são colegas de Academia: Osvaldo Novais de Oliveira Junior, Vanderlei Salvador Bagnato e Sebastião Pratavieira são três desses nomes que atestam o quanto o Prof. Máximo Siu Li foi – e é – importante para o Instituto de Física de São Carlos, através de sua dedicação em dotar e manter o “Laboratório Avançado de Física” como uma pedra basilar do Instituto, considerado o núcleo central para os alunos dos cursos de graduação do IFSC/USP.

“São quatro décadas de um trabalho inacreditável no “Laboratório Avançado de Física” feito pelo Prof. Máximo em duas vertentes. A primeira, diz respeito ao intenso trabalho que ele tem feito na idealização e implementação de todos os experimentos que compõem esse laboratório, que está dividido por salas temáticas, sendo que cada uma delas corresponde a um determinado tipo de experimento. A segunda vertente de seu trabalho é relativa à elaboração de apostilas e roteiros que auxiliam os alunos a encontrar os caminhos para o sucesso dos seus experimentos. Foram quatro décadas de trabalho ininterrupto nessa direção, uma atividade que não parou”, pontua o Prof. Sebastião Pratavieira, docente e pesquisador do IFSC/USP..

Prof. Máximo Siu Li dá seu nome ao “Laboratório Avançado de Física”

Mesmo aposentado, o Prof. Máximo Siu Li continua a dar sua contribuição para o pleno funcionamento do “Laboratório Avançado de Física”, juntamente com outros docentes, pesquisadores e técnicos que seguem o caminho traçado pelo mestre, como, por exemplo, os pesquisadores Luiz Antonio de Oliveira Nunes, Leonardo De Boni, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, Emanuel Henn e Cláudio José Magon, dentre outros, a que se junta um conjunto de técnicos, entre os quais se destacam, por exemplo, Marcos Semenzato, Leandro Oliveira, Danielle Santini, Amauri, Ércio, Antenor Fabbri e Cláudio Boense  Bretas.

O Prof. Máximo Siu Li possui graduação em Ciências (Física) pela Universidad Nacional de Ingenieria – Perú (1968), mestrado em Física pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) (1973) e doutorado em Física pelo mesmo Instituto (1978). Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, estudo de defeitos em sólidos, propriedades ópticas, elétricas e fotoestruturais, filmes finos por evaporação PVD, filmes finos por spin coating, absorção óptica e fotoluminescência até baixas temperaturas, e em diversos tipos de materiais, isolantes e semicondutores, cristalinos, amorfos, nanoestruturados.

Devido a essa entrega, a esse amor, competência e paixão pela ciência e pelo ensino que o Prof. Máximo Siu Li tão bem transmitiu a seus alunos, quer no laboratório, quer em suas aulas, o IFSC/USP decidiu dar o nome desse formidável professor e pesquisador ao “Laboratório Avançado de Física”, cuja homenagem ocorrerá no próximo dia 30 de novembro, às 10h00, no LEF – Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – Área-1 do Campus USP de São Carlos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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