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9 de fevereiro de 2023

De São Carlos para Salvador (BA): IFSC/USP difunde técnica para tratamento de feridas falciformes

Enfermeira Elisandra, no treinamento, utilizando o equipamento M-Light da MMO no tratamento de um dos pacientes

Uma representação do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – deslocou-se nos dias 29, 30 e 31 de janeiro último ao Complexo Hospitalar de Salvador, ligado a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde promoveu um treinamento para médicos e enfermeiros daquele centro, no sentido de ser implementado o tratamento de feridas falciformes com técnicas fotônicas desenvolvidas no Instituto.

A doença falciforme é uma anomalia genética hereditária e bastante frequente em todo mundo, sendo caracterizada por alteração da forma e função dos glóbulos vermelhos existentes no sangue (hemácias). Esta alteração de forma, que transforma a configuração das células, dificulta a circulação e a chegada do oxigênio aos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como, dores crônicas, infecções e, principalmente, feridas difíceis de cicatrizar. No Brasil, mas de vinte mil novos casos são detectados todos os anos (fração semelhante segue em todo o planeta). A doença não tem cura e, portanto, é considerada crônica, persistindo por toda a vida, sendo que Bahia é o estado do Brasil com a maior incidência, ocorrendo em 1 a cada 600 nascimentos, motivo pelo qual a UFBA recebeu do governo estadual a verba necessária para o treinamento acima citado.

A delegação do IFSC/USP foi constituída pelo coordenador do CEPOF, Prof. Vanderlei Bagnato e pela enfermeira parceira do centro, especialista no tratamento de feridas, Elissandra Moreira, que, com os equipamentos desenvolvidos pelo IFSC/USP e por  empresas parceiras, explicaram e demonstraram aos profissionais de saúde como aplicar o procedimento, tendo toda a equipe, na ocasião, iniciado o tratamento em seis pacientes com a doença falciforme.

O procedimento, que tem se mostrado muito bom para outros tipos de úlceras, consiste em uma descontaminação com ação fotodinâmica da ferida, seguindo-se a foto-bioestimulação, que promove vascularização, uma melhor oxigenação e a regeneração tecidual, dentre outros efeitos benéficos.

O grupo participante – médicos, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos do Centro da Bahia

A maioria dos pacientes tem este tipo de feridas há mais de cinco anos e este tratamento agora implementado na Bahia é bastante esperado por todos.  Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, “Este tipo de cooperação torna todo nosso trabalho ainda mais útil de de grande abrangência, demonstrando o valor social de nossas pesquisas. Já somos referência em pesquisa e isto deve vir acompanhado  de uma determinação em sermos parceiros de toda sociedade brasileira – e mesmo mundial –  na disponibilização do conhecimento para virar tecnologia inovadora“.

O tratamento tem a duração de entre seis a dez semanas no sentido de promover a cicatrização das úlceras falciformes, devendo abranger milhares de pessoas que necessitam deste atendimento. Os equipamentos transportados pela delegação do CEPOF ficaram no Complexo Hospitalar de Salvador, como forma de garantir o início do tratamento junto da população local.

Na Bahia, o projeto é coordenado pelos Drs.  José Valber Menezes e Vitor Fortuna, ambos da UFBA.

Projeto “Atividades Além Fronteiras”

O CEPOF vem promovendo o chamado Projeto “Atividades Além Fronteiras”, com iniciativas que ocorrem nos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Moçambique, Chile, Equador, Colômbia, Mexico e Cuba,  entre outros, procurando ter uma atuação realmente internacional, além de sua componente nacional. “Esperamos ser úteis e continuar a ter colaborações em todo Brasil, mas também com diversas instituições em diversas partes do mundo, como já acontece em alguns países. Queremos que nossas atividades e seus respectivos financiamentos tenham em consideração esta aposta internacional, já que é desta forma que se promove a internacionalização de projetos”, finaliza Bagnato.

Rui Sintra – jornalista – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de fevereiro de 2023

Chamada “Fulbright Distinguished Scholar Award em Ocean Governance”

Estão abertas até 15 de setembro do corrente ano as inscrições à chamada para o ciclo 2024-25 em “Ocean Governance da Comissão Fulbright” (Cátedra Fulbright-USP) (VER AQUI).

Para a comunidade USP, a chamada está voltada aos docentes que têm interesse em serem anfitriões de pesquisadores visitantes dos EUA, embora a inscrição seja de responsabilidade do professor visitante em potencial.

As áreas contempladas serão aquelas ligadas aos impactos sociais e econômicos que afetam a vida humana:

*Desafios científicos

*Exploração sustentável de recursos minerais e energéticos

*Oceanografia Geológica

*Bioeconomia

*Transporte e turismo

*Monitoramento tecnológico

*Geopolítica e Direito dos Oceanos

*Políticas sobre água e poluição

Para dúvidas gerais, enviar email para westhem@iie.org.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de fevereiro de 2023

Atualização da produção científica do IFSC/USP – janeiro 2023

Para ter acesso às atualizações da produção científica do IFSC/USP cadastradas no mês de  janeiro  de 2023, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI)

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio” em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Physica A: Statistical Mechanics and its Applications” (VER AQUI)

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de fevereiro de 2023

Por meio de fotólise da água – Pesquisadores aumentam em 30 vezes a capacidade de um semicondutor produzir hidrogênio verde

Fotólise para produção de H2 utilizando o Mo:SrTiO3/NiO@Ni(OH)2 como fotocatalisador

Através de uma inovadora forma para gerar hidrogênio verde, pesquisadores liderados pelo Prof. Renato Vitalino Gonçalves (IFSC/USP), conseguiram aumentar em trinta vezes a capacidade de um material semicondutor produzir hidrogênio verde por intermédio da fotólise da água, processo este que consiste em dividir a molécula de água usando luz como única fonte de energia.

Segundo matéria publicada no portal da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), este avanço contribui para o desenvolvimento de formas eficientes de gerar hidrogênio verde, que é o combustível produzido usando energia renovável e limpa.

No citado artigo é descrito o procedimento e as considerações do Prof. Renato Vitalino Gonçalves.

“Para que a fotólise ocorra, é necessário contar com um fotocatalisador suspenso na água. O fotocatalisador é um material semicondutor capaz de absorver luz e, a partir disso, gerar as cargas (elétrons e buracos) necessárias às reações de oxidação e redução que provocam a dissociação das moléculas de água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2). Além disso, o material deve ser estável em ambiente aquoso.

“O titanato de estrôncio (SrTiO3) é um dos principais materiais semicondutores aplicados à fotólise para produção de hidrogênio verde por atender os requisitos físico-químicos para oxidar e reduzir a molécula de água”, diz o professor Renato Vitalino Gonçalves, autor correspondente do artigo que reporta esta pesquisa no periódico ACS Applied Energy Materials. “Contudo, existem algumas limitações intrínsecas a este material que cerceiam seu potencial fotocatalítico, como, por exemplo, seu largo bandgap de ~3,2 eV, que restringe sua absorção óptica à região do UV, a qual corresponde a apenas 4%, aproximadamente, do espectro solar”, completa o cientista. Outra limitação deste material, comum a todos os semicondutores, é a rápida recombinação de elétrons e buracos, a qual impede que essas cargas fluam livremente e possam promover as reações de oxidação e redução.

Dessa forma, a equipe brasileira, conduzida pelo professor Gonçalves, decidiu modificar o titanato de estrôncio para aumentar a sua eficiência na fotólise. Inicialmente, os pesquisadores doparam o semicondutor com o metal de transição molibdênio (Mo) e obtiveram partículas cúbicas desagregadas com faces bem definidas. O dopante, não convencional, foi responsável por tornar o material capaz de absorver luz na região do visível, a qual representa cerca de 43% do espectro solar.

Em um segundo momento, os autores do trabalho depositaram nanopartículas de níquel de cerca de 2 nm na superfície das partículas obtidas. O resultado foi uma junção de semicondutores de dois tipos: o Mo:SrTiO3, de tipo n, e o NiO@Ni(OH)2, de tipo p. “Nesta nova configuração, os buracos fotogerados são direcionados para a estrutura de NiO@Ni(OH)2, enquanto os elétrons migram para a superfície do Mo:SrTiO3, resultando em uma melhor separação de cargas e, consequentemente, redução na taxa de recombinação de elétrons e buracos”, explica Gonçalves.

Os fotocatalisadores foram colocados em suspensão em uma solução aquosa com 20% de metanol como agente de sacrifício – uma estratégia amplamente utilizada para incrementar a produção de hidrogênio e, ainda, gerar subprodutos de alto valor para a indústria química. “Quando misturado em água, este álcool é preferencialmente oxidado, em detrimento do lento processo de oxidação da água”, diz o professor Gonçalves. “Ainda assim, o H2 produzido é a partir da redução da molécula de água e não como subproduto da oxidação do metanol”, completa.

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) do Mo:SrTiO3/NiO@Ni(OH)2 e mapeamento EDS

Ao aumentar a luz absorvida e diminuir a perda de cargas fotogeradas, o material “turbinado” apresentou um excelente resultado na produção de hidrogênio por fotólise: um aumento da sua atividade fotocatalítica de cerca de 30 vezes com relação ao semicondutor puro.

Cooperação científica brasileira

O trabalho científico foi liderado pelo professor Renato Vitalino Gonçalves, que coordena o Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCA) e o Laboratório de Fotossíntese Artificial e Nanomateriais (LAPNano) no IFSC-USP. A síntese dos materiais e o estudo das suas propriedades estruturais, ópticas e eletrônicas, bem como o seu desempenho fotocatalítico para a produção de hidrogênio verde foram desenvolvidas no IFSC-USP, dentro da pesquisa de doutorado de Higor Andrade Centurion, orientada pelo professor Gonçalves.

A identificação e caracterização das nanopartículas de níquel no material foi realizada com a colaboração de uma equipe da UFABC e do LNNano-CNPEM, formada pelo professor Flávio Leandro de Souza, a pós-doutoranda Ingrid Rodriguez-Gutierrez  e o pesquisador Jefferson Bettini. Em colaboração com a professora Liane M. Rossi (IQ-USP), foi realizada a quantificação do níquel utilizando a técnica de espectroscopia de absorção atômica por chama.

Além disso, com a colaboração do professor Heberton Wender (UFMS) foi possível realizar medidas de fotoluminescência que corroboraram a supressão da recombinação das cargas fotogeradas pela formação da junção p – n.

Finalmente, simulações computacionais que permitiram entender o comportamento dos materiais foram realizadas junto ao professor Matheus M. Ferrer, da UFPel, e ao mestrando Lucas Gabriel Rabelo, do IFSC-USP, que também teve orientação do professor Gonçalves.

O trabalho foi financiado, principalmente, pela FAPESP e, através do RCGI, pela FAPESP/Shell. Também contou com apoio financeiro da FAPERGS”.

Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

(Com informações da SBPMat)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de fevereiro de 2023

Lançado o livro “Reabilitação com Terapias Combinadas – Uma nova visão de otimização terapêutica”

Através de uma leitura técnica especialmente dedicada aos profissionais de saúde, foi lançado recentemente (em versão eletrônica) o livro intitulado “Reabilitação com Terapias Combinadas: Uma nova visão de otimização terapêutica”, assinado pelos pesquisadores Karen Cristina Laurenti, Elissandra Moreira Zanchin, Vitor Hugo Panhoca e Vanderlei Salvador Bagnato.

Esta publicação é um verdadeiro compêndio sobre laserterapia e seu entendimento nas aplicações em reabilitação realizado de maneira conjugada a outras terapias, como ultrassom, pressão negativa e pressão positiva, onde os profissionais de saúde têm à sua disposição protocolos desenvolvidos por pesquisadores clínicos experientes, tendo como principal objetivo levar a saúde aos diversos pacientes, associando ciência e tecnologia com a prática terapêutica, de forma adequada.

Este livro contém, ainda, os artigos científicos que foram publicados ao logo do tempo sobre a conjugação do laser com outras técnicas e que derivaram em novas terapias conjugadas, bem como os protocolos relativos aos tratamentos que entretanto se iniciaram.

Para acessar ou baixar esta publicação, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de fevereiro de 2023

Na USP de São Carlos – Técnica monitora órgãos para transplante

 

(Crédito – Healthgrades)

 

Um grupo de pesquisadores pertencentes ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP) e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale da Paraíba (UNIVAP/São José dos Campos), desenvolveu recentemente uma pesquisa que resultou no desenvolvimento de uma nova abordagem que ajuda a estimar a taxa de sobrevida dos pacientes sujeitos a transplantes do fígado.

A técnica, chamada de “espectroscopia de fluorescência óptica”, utiliza um sistema composto por fibras ópticas que emite luz laser de cor violeta. Bastando apenas um contato com o local especifico do corpo do paciente, o novo sistema consegue excitar as moléculas que se encontram presentes no órgão e coletar a fluorescência produzida na forma de um conjunto de padrões que fornecem uma espécie de “impressão digital” do que está acontecendo no órgão, em tempo real.

A pesquisa foi desenvolvida com procedimentos de transplante realizados na Unidade Especial de Transplante de Fígado (UETF), do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP), sendo que a análise dos dados coletados ficou a cargo do Laboratório de Biofotônica do Departamento de Física e Ciência dos Materiais, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), financiado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CEPOF (programa CePID/FAPESP) e o INCT de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (CNPq/FAPESP).

A coleta de dados abrangeu 15 enxertos provenientes exclusivamente de doadores falecidos, após morte encefálica oficializada e informada de acordo com os protocolos vigentes. O monitoramento dos enxertos deu-se durante as etapas do transplante que envolveram a perfusão fria – fase em que o sangue do órgão é substituído no doador por uma solução de preservação resfriada, e a reperfusão quente, quando a solução de perfusão, perfundindo o órgão, é substituída novamente por sangue, já no paciente receptor.

O que acontece com um órgão transplantado ou sujeito a cirurgia

Quando um órgão é transplantado, ou sujeito a uma cirurgia, acontece uma alteração metabólica bastante acentuada, já que um número expressivo de biomoléculas são alteradas. No caso de um transplante – e aqui nos reportamos ao fígado –, o órgão deve ter suas condições metabólicas preservadas de modo a permanecer viável para o transplante. Isto significa que há um padrão de “normalidade” para a emissão de fluorescência que a técnica usa como referência. Quando a resposta de fluorescência se mostra diferente desse “normal”, é possível correlacionar tal mudança com alterações indesejadas no órgão transplantado, que podem indicar que este não é mais viável para o procedimento. Assim, a nova técnica está correlacionada com a sobrevida do paciente.

O pesquisador José Dirceu Vollet Filho, pós-doutorando do Departamento de Física e Ciência dos Materiais (IFSC/USP), que é o primeiro autor do trabalho que foi publicado em meados do ano passado sobre este tema, comenta: “Este estudo vem sendo desenvolvido desde 2006, quando foram elaboradas as primeiras investigações clínicas. Até a etapa presente, viemos aprendendo o passo-a-passo, a reconhecer os padrões do que é esperado, ou não, em termos da resposta óptica para o tecido transplantado, pois ela reflete as condições desse tecido. Com isso, espera-se obter parâmetros ópticos que sirvam como referência para desenvolver instrumentos de monitoramento em tempo real da qualidade e viabilidade do órgão transplantado. Por um lado, monitorar a qualidade das perfusões fria e quente por meio da luz deverá auxiliar a prever problemas de isquemia e má perfusão, que podem comprometer o órgão transplantado. Por outro, associar a fluorescência do tecido a parâmetros bioquímicos mensuráveis por análises clínicas bem estabelecidas deverá acelerar e aumentar a segurança de procedimentos de transplante, já que essa fluorescência reflete as moléculas presentes, e pode indicar desequilíbrios bioquímicos indesejados. Normalmente, as informações bioquímicas usadas para determinar a viabilidade do órgão dependem de análises laboratoriais mais invasivas e demoradas. Por isso, a correlação dessas informações com a luz, obtidas em tempo real por meio de uma fibra óptica, poderá vir a tornar as decisões dos cirurgiões mais rápidas e seguras, oferecendo mais elementos de análise do procedimento de transplante enquanto ele ocorre e, com isso, reduzindo riscos ao paciente receptor.”

(Crédito – Arquivo pessoal dos autores do artigo científico)

Apoiando os profissionais de saúde

Técnicas ópticas para diagnósticos em geral têm-se mostrado excelentes, porque são rápidas, e o desenvolvimento das técnicas de análise espectral, como neste caso concreto de transplantes de fígado, têm demonstrado uma grande segurança. “É uma técnica muito boa e eficaz não só para o acompanhamento de todo o processo de remoção do órgão do doador, como também no acompanhamento do desenrolar dos procedimentos do transplante para o paciente receptor”, sublinha o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto, acrescentando que este processo é uma técnica de biópsia óptica não-invasiva e que, entre outras funções, serve para identificar muitas anomalias em diversos órgãos do corpo humano, sendo uma ferramenta de apoio aos profissionais de saúde.

Sendo uma técnica relativamente nova para este tipo de procedimentos, Bagnato afirma sua convicção do grupo estar contribuindo para que os transplantes ocorram cada vez com mais sucesso. “O processo utiliza uma fibra óptica que transmite uma luz, coletando seguidamente uma resposta do fígado transplantado através de fluorescência. Para obter essa resposta basta encostar a fibra óptica no local exato do corpo do paciente e obter os dados, fornecendo ao corpo médico as oportunidades de desenvolver as ações necessárias”, finaliza Bagnato.

Assinam este artigo científico os pesquisadores: José Dirceu Vollet-Filho (IFSC/USP, Juliana Ferreira-Strixino (IFSC/USP e UNIVAP/São José dos Campos), Rodrigo Borges Correa (FMRP/USP), Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), Orlando de Castro e Silva Júnior (FMRP/USP) e Cristina Kurachi (IFSC/USP).

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

(Créditos das imagens – Healthgrades / University California San Francisco (UCSF) – Benioff Childrens Hospitals)

Rui Sintra – Jornalista e Assessor de Comunicação – IFSC/USP

1 de fevereiro de 2023

No ICMC/USP: IX Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais

O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) realiza entre os dias 06 e 10 deste mês de fevereiro, nas instalações do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), (de forma presencial) o “IX Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais”.

O evento é voltado a profissionais do setor produtivo e de outras áreas do conhecimento, pesquisadores em matemática, estatística e computação e áreas correlatas, estudantes de pós-graduação e alunos do último ano de bacharelado em ciências matemáticas.

O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) tem como objetivo básico promover e fomentar a cooperação interdisciplinar entre profissionais das ciências matemáticas e o setor produtivo.

Os Workshops de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais têm se mostrado um modelo eficiente na aproximação universidade-indústria. Tratam-se de grupos de trabalho intensivo em problemas específicos, trazidos pelo setor produtivo para a análise por cientistas matemáticos, estatísticos e computacionais.

Estes grupos de trabalho foram inicialmente desenvolvidos na Universidade de Oxford na década de 60. Com o enorme sucesso dos resultados obtidos, foram sendo difundidos como uma atividade regular em diversos países, dentre os quais África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e Portugal.

Informações e inscrições (gratuitas) podem ser encontradas (AQUI).

Para os participantes da IFSC/USP não haverá necessidade de carta de apresentação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de fevereiro de 2023

Disciplina optativa no IFSC/USP é um sucesso e regressa em 2023 – “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes”

Prof. Daniel Magalhães

A realização da disciplina optativa “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes”, iniciativa levada a efeito no segundo semestre de 2022 (agosto/novembro) e organizada pelo IFSC/USP, com a participação do Escritório de Ações para Imersão no Mercado de Trabalho (EAIMT), resultou na aprovação de cerca de 85 alunos, dentre os 150 que se inscreveram.

Totalmente online e aberta a todos os alunos que frequentam cursos no ensino superior  – seja qual for a área do conhecimento -, esta disciplina optativa tem o objetivo de complementar o conhecimento que os alunos estão adquirindo em seus respectivos cursos, transmitindo-lhes a importância de cultivar algo que já é tradicional em nosso Instituto – a inovação e o empreendedorismo -, neste caso com foco na produção de patentes.

Esta disciplina optativa, ministrada pelos Profs. Daniel Magalhães e Vanderlei Salvador Bagnato, tem como principais fundamentos:

– Apresentar o papel das instituições de ensino e pesquisa no contexto da inovação e empreendedorismo;

– Apresentar aos alunos de graduação quais são os conhecimentos, as habilidades e as atitude que necessitam ser desenvolvidas para possibilitar, a partir da concepção da ideia, a obtenção de uma marca e patente;

– Estimular a criatividade do aluno na geração de ideias e sistemas inovadores, que possam se tornar marcos com seu domínio institucional garantido.

Ênfase na produção de patentes – propriedade intelectual

“Muitas disciplinas falam de algo que já constitui uma longa cultura aqui no IFSC/USP, que é a inovação e o empreendedorismo, e algumas delas têm mais foco em aspectos gerais de empreendedorismo e empreendedorismo para “startups” – como criar uma “startup”, etc. O foco desta disciplina optativa é a ênfase que ela dá na produção de patentes, que é, de fato um objetivo muito interessante. Quando alguém decide empreender, e se tem uma ideia ou um produto novo, inovador, essa pessoa tem a necessidade de se proteger, de proteger sua ideia ou produto, até porque isso facilitará muito a captação de investimentos no futuro para que a entrada dela no mercado seja uma realidade”, relata o Prof. Daniel Magalhães, que, além de ministrar a disciplina, é um dos coordenadores de inovação do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP.

Empreendedorismo em São Carlos – Startups

(Créditos – Shutterstock)

A questão da produção de patentes está intimamente ligada ao empreendedorismo, algo que ainda não faz parte do cotidiano de nossa cidade, necessitando de ações mais robustas, como explica o Prof. Magalhães. “Muitas vezes, empreender pode acontecer na sua sala, no seu ambiente de trabalho. Fala-se muito em “intra-empreendedorismo”, algo que é apenas desenvolvido dentro de uma empresa graças a ideias e projetos de seus colaboradores no sentido de implementar algo novo. Tem grandes empresas que estimulam os funcionários e colaboradores a proporem inovações, mesmo patenteáveis. Por exemplo, temos ex-alunos que têm patentes junto com grandes empresas, recebendo royalties só por isso”, pontua Magalhães.

A propriedade em São Carlos já deu origem à criação de cerca de duzentas “startups” e elas continuam florescendo em nossa cidade, embora em um ritmo lento. “Muitas dessas “startups” estão diretamente focadas na ideia ou no produto proposto na patente, com a intenção de virarem um negócio, ou serem absorvidas por uma empresa de grande expressão, consoante a inovação que for apresentada. A “startup” tem a agilidade de ser criada e de repente sumir caso não dê certo, com pouco ônus.

Regresso da disciplina no segundo semestre de 2023

A disciplina optativa “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes” vai regressar no segundo semestre de 2023 (data a anunciar), mantendo os dias e os horários que foram instituídos no ano passado – quartas-feiras entre as 19h00 e as 20h00 -, ao longo de três meses, no formato online.

Quanto ao conteúdo da disciplina, ela estará organizada da seguinte forma:

–  Considerações gerais, histórico e definição;

– Principais tratados;

– Sistema de Propriedade Intelectual;

Legislação de propriedade intelectual (internacional e brasileira);

– Formas legais de proteção/exemplos;

– Patentes (definição e requisitos legais exigidos);

– Informação tecnológica a partir dos documentos de patente / Busca de anterioridade;

– Elaboração de relatórios de patente;

– Depósito e gestão de patente;

– Fases do patenteamento;

– PCT (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes);

– – Exemplos de patentes;

– Da ideia ao produto;

– Como escolher a proteção adequada;

– Marcas;

– Procedimentos para registro e gestão da marca;

– Atividades.

Fique atento às noticias veiculadas no portal e nas mídias sociais do IFSC/USP em relação ao anúncio relativo ao início desta disciplina.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de janeiro de 2023

USP passa a utilizar sistema próprio de ingresso a partir de notas do ENEM

ENEM/USP substitui o SISU e alunos se inscrevem diretamente na FUVEST

A partir de agora, a Universidade de São Paulo (USP) institui uma nova forma de seleção em seu vestibular, substituindo o Sistema de Seleção Unificada (SISU) pelo denominado ENEM/USP. Com essa medida, sincroniza-se o calendário dos aprovados pela FUVEST e através do ENEM.

Esta nova forma de seleção veio da constatação de que muitas vagas do SISU não estavam sendo preenchidas porque havia um problema de atraso na liberação dos resultados. De fato, a escolha via SISU só ocorre semanas após a divulgação das notas do ENEM. A USP fez um acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” (INEP) para ter acesso imediato aos resultados do ENEM. Ao contrário do que acontecia antes, em que candidatos(as) tinham que se inscrever no SISU, agora podem se inscrever diretamente na FUVEST. Assim, concorrerão diretamente a uma das vagas para a USP através dos resultados do ENEM.

Candidatos(as) só terão que entrar no site da FUVEST (VER AQUI)-, colocarem seus dados e se candidatarem a uma das vagas disponíveis no curso de sua preferência. Caso seja selecionado(a), esse(a) candidato(a) vai poder fazer a matrícula juntamente com ingressantes da FUVEST.

Confira todas as informações AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de janeiro de 2023

Novo Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil na USP – PAPFE-2023

A Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento da USP (PRIP) divulgou recentemente um vídeo contendo explicações sobre o novo Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil – PAPFE-2023”.

Além do citado vídeo, também está disponível o edital para o PAPFE 2023 que já está com o prazo de inscrições aberto.

Para consultar o edital, clique AQUI.

Para assistir ao vídeo, clique na imagem abaixo.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de janeiro de 2023

Microscópio visualiza moléculas usando elétrons em vez de luz: Ex-aluno da USP de São Carlos é o responsável pelo equipamento

Vitor Hugo Serrão, ex-aluno do Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares da USP de São Carlos, do Instituto de Física, é um dos pesquisadores especialistas que trabalham com o potente crio-microscópio recentemente instalado no novo centro de crio-microscopia eletrônica, na Universidade de Califórnia, Santa Cruz (UCSC-EUA) – o “Glacios 20 kV Transmission Electron Microscope”, um dos poucos existentes no mundo e uma ferramenta que está ajudando a revolucionar a biologia estrutural.

Este microscópio permite aos pesquisadores  visualizarem proteínas, colhendo imagens delas congeladas em um fino filme de gelo. A operação consiste em colocar uma pequena gota que contém a proteína em uma pequena grade de metal de 3 milímetros de diâmetro. Essa grade é então mergulhada em etano líquido a cerca de -196 °C, congelando  tão rapidamente a amostra que  as moléculas de água vitrificam. Em seguida, essa amostra é colocada dentro do microscópio eletrônico onde um feixe de elétrons permite a formação da imagem. Ou seja, os elétrons funcionam como uma luz que, através da lente de uma sofisticada câmera, cria assim um grande conjunto de imagens que representam projeções das proteínas presentes na amostra. A partir destas projeções são construídos modelos tridimensionais que são posteriormente refinados e analisados.

As novas instalações da UCSC

O novo microscópio e as novas instalações da UCSC, gerenciadas pelo Dr. Vitor Hugo Serrão – que estão abertas para qualquer pesquisador nacional ou internacional e para empresas de biotecnologia -, foram destaques em uma das edições de dezembro de 2022 do jornal “Santa Cruz Sentinel”. Nessa edição, uma das constatações foi que  computadores poderosos ajudam a analisar milhares de imagens para serem montadas em um modelo 3D das moléculas em estudo. Esse modelo 3D, que os cientistas chamam de “estrutura resolvida”, pode ser usado para projetar medicamentos ou aprender sobre doenças, dando como exemplo a imagem da proteína presente na superfície do coronavírus – aquela que apareceu em todos os artigos sobre o COVID-19 nos últimos dois anos. De fato, essa imagem foi gerada usando crio-microscopia eletrônica. Foi um dos principais motivos pelos quais os pesquisadores foram capazes de projetar tratamentos e vacinas de forma tão rápida, mostrando-se muito mais rápida e automatizada do que as técnicas tradicionais, como a cristalografia de proteínas e difração de raios-X.

O pesquisador da UCSC, Vitor Hugo Serrão, junto ao “Glacios Cryo-Transmission Electron Microscope”. (Foto – Elise Overgaard – Santa Cruz Sentinel)

A importância de entender a estrutura de moléculas

Sabendo-se que as proteínas estão na pele, sangue, ossos e em todos os outros tecidos do corpo, elas controlam seu relógio biológico, estão envolvidas em doenças, movimentam os músculos e ativam todos os sentidos, mesmo sendo muito, muito pequenas. Para referência, o diâmetro de um cabelo humano é de cerca de 100.000 nanômetros, enquanto o diâmetro de uma única proteína é em média de cerca de 5 nanômetros.

Em declarações ao citado jornal, o pesquisador Vitor Hugo Serrão confirmou a importância do novo microscópio, afirmando: “Se queremos entender a biologia, que é a ciência que estuda a vida, é importante entender a estrutura de moléculas”. De fato, os biólogos estruturais estudam as formas das proteínas, sendo que a forma determina a função. Proteínas que têm a forma original alterada podem causar doenças, como Alzheimer e Parkinson, e a maioria das drogas são baseadas nas formas das  proteínas alvo. Mas, para estudar as estruturas das proteínas, os cientistas precisam ser capazes de observá-las, algo que o novo microscópio faz com extrema eficiência e rapidez, projetando-se como uma nova ferramenta para avançar nas mais complexas pesquisas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de janeiro de 2023

Pesquisa/tratamento – Chamada de voluntárias com distúrbios do sono

(Créditos: UCLA)

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), está promovendo uma chamada de pesquisa para trinta mulheres voluntárias com idades entre 30 e 50 anos, que tenham distúrbios no sono.

Esta chamada visa desenvolver e avaliar um tratamento para distúrbios do sono com base na aplicação de laser e ultrassom, visando restabelecer os padrões de qualidade nas pessoas que sofrem com esse problema.

As trinta mulheres voluntárias serão divididas em dois grupos de quinze: o primeiro grupo será constituído por voluntárias que tomam medicamentos controlados, enquanto o segundo grupo será composto por voluntárias que não fazem uso de medicamentos controlados.

Não poderão se candidatar grávidas, pessoas com marca-passo e com histórico oncológico.

Esta pesquisa estará sob a responsabilidade do pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino, com supervisão do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, sendo que as inscrições para esta chamada poderão ser feitas através do telefone da Unidade de Terapia Fotodinâmica / Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, pelo telefone (16) 3509-1351.

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

20 de janeiro de 2023

“Brazilian School and Workshop on Statistical Mechanics – Recent Developments” – 23 a 27 de janeiro de 2023

Com os patrocínios da FAPESP, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP e Universidade de São Paulo (USP), realiza-se entre os dias 23 e 27 de janeiro de 2023, nas instalações do IFSC/USP, o “Brazilian School and Workshop on Statistical Mechanics – Recent Developments”, uma Escola dedicada às comunidades científicas das áreas de teoria de matéria condensada e física estatística, cujo foco se irá concentrar em descrever matematicamente fenômenos complexos em sistemas fortemente interativos, reunindo os pesquisadores em um ambiente onde os conceitos e técnicas possam ser disseminados e discutidos.

Esta Escola – integralmente apresentada em idioma inglês – contará com três minicursos na fronteira das áreas de física estatística e matéria condensada, bem como um workshop, atividades estas que procurarão promover novas linhas de pesquisa e angariar mais colaborações através do leque de tópicos que irão ser abordados, como, por exemplo: supercondutividade não convencional, transições de fase, líquidos de spin, dinâmica de sistemas quânticos fechados e dinâmica de sistemas clássicos de não equilíbrio, entre outros.

Para conferir o programa dos Minicursos, clique AQUI.

Para conferir o programa do Workshop, clique AQUI.

Para assistir ao vivo pelo Canal Youtube do IFSC/USP, clique AQUI.

Para se inscrever neste evento, clique na imagem abaixo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de janeiro de 2023

Unidade EMBRAPII do IFSC/USP já contemplou mais de 60 projetos – Total de R$ 30 milhões em recursos

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) é uma instituição governamental cujo foco é apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, fomentando a inovação na indústria brasileira. Ao auxiliar a modernizar as empresas através de produtos e/ou processos, a ação da EMBRAPII tem como principal meta fazer com que as empresas sejam mais competitivas, trazendo para a sociedade brasileira as soluções para os seus problemas cotidianos.

Criada em julho de 2017, a Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) dedica-se a transformar a ciência produzida em tecnologias nas áreas da óptica, robôtica, instrumentação e novos fármacos. Com mais de sessenta projetos executados e/ou em execução, contemplando um elevado número de empresas – desde as startups até às já consolidadas -, o principal foco da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP está relacionada com a saúde humana, animal, vegetal e na defesa do meio ambiente. Os projetos já entregues (38) resultaram em diversos produtos e processos já presentes no mercado.

Coletor solar baseado na redução de perdas térmicas

Uma centena de empresas trabalha com tecnologias desenvolvidas no IFSC/USP

Pesquisador Prof. Vanderlei Bagnato testa sistema portátil para captação de veias para procedimentos intravenosos

Entre as empresas que têm projetos EMBRAPII, sediadas em todo o território nacional, e outras que nasceram no Instituto de Física de São Carlos – perto de quarenta -, existe cerca de uma centena que trabalha com tecnologias que foram desenvolvidas no próprio Grupo de Óptica do IFSC/USP e no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID que se encontra alocado no Instituto, todas elas tendo em consideração as necessidades sociais. “Como a Unidade EMBRAPII do IFSC/USP trabalha com pequenas e médias empresas, é óbvio que o nosso foco seja desenvolver equipamentos que resolvam alguns dos principais problemas do país. Um dos exemplos é um equipamento desenvolvido em nossos laboratórios, que tem a missão de realizar exames do solo para determinar a sua qualidade, tendo em vista melhorar a produtividade”, sublinha o Prof. Vanderlei Bagnato, coordenador da Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Contudo, as pesquisas realizadas pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP e pelo CEPOF são bastante diversificadas, abrangendo outras áreas importantes, tendo sido desenvolvidos, até agora, outros equipamentos, principalmente na área médica – lasers terapêuticos, microscopia, análises clínicas e instrumentação cirúrgica, entre outros -, produtos que já estão disponíveis nas diversas necessidades do mercado, com a particularidade de serem de baixo custo.

Novos horizontes: colaboração internacional mais intensa e destaque para a saúde pública

Embora o sucesso da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP seja claramente visível, a intenção do Prof. Vanderlei Bagnato é atingir uma nova etapa com a intensificação da colaboração internacional, atendendo ao sucesso alcançado até agora, sendo necessário ultrapassar as fronteiras nacionais e trazer recursos e empresas diretamente da Europa e dos Estados Unidos. Segundo Bagnato, já se encontram em curso ações no âmbito do programa europeu “Eureka” que deverão gerar parcerias entre empresas brasileiras e europeias não apenas determinando novas tecnologias para o mundo, como também contribuindo para a inserção do know-how brasileiro na Europa. “Além desse programa, a participação no projeto “Global Health” também se mostra de vital importância, já que ela deverá gerar produtos e processos relacionados com um dos tipos

Sistema portátil de captação de veias para procedimentos intravenosos

de câncer mais recorrente no mundo – câncer de colo de útero -, projeto que pretende melhorar os procedimentos para o tratamento das lesões colo-uterinas em países que necessitam de alta tecnologia com baixo custo. Como vê, temos projetos para produzir melhores medicamentos, para treinar profissionais e, principalmente, para preparar melhor as empresas a produzirem o máximo no país”, diz Bagnato. No IFSC e na EESC a Unidade EMBRAPII conta com mais de dez professores participando e cerca de quarenta bolsistas desenvolvendo os projetos. Uma característica importante é que a Unidade EMBRAPPI do IFSC/USP procura ter uma participação ativa das empresas parceiras em todos os projetos, sendo que isso simplifica e cria o compromisso para se alcançar ainda mais sucesso.

Trabalhar mais com startups, promover a formação de novas empresas e incentivando-as a apoiar as áreas mais deficitárias do país, é uma das apostas de Bagnato. “Um dos projetos mais importantes que temos em desenvolvimento é dedicado à área de descontaminação ambiental de espaços fechados, incluindo áreas hospitalares. Trata-se de um combate a fungos e bactérias, algo que se tornou recentemente um dos grandes desafios da saúde pública mundial”, enfatiza o pesquisador. Neste contexto e também na área da saúde pública está sendo desenvolvido, em parceria com uma empresa, um sistema portátil dedicado ao tratamento da pneumonia resistente a antibióticos, de forma não-invasiva e de baixo custo, equipamento que em um futuro próximo poderá estar disponível nos consultórios médicos, postos de saúde e hospitais.

Aplicação fotônica no tratamento da alopecia androgenética (calvicie feminina)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de janeiro de 2023

Chamada de voluntários para projeto que limita a seleção e a transmissão de resistência a antibióticos

Continua aberta a participação de voluntários para o projeto “Estratégias de intervenção da microbiota que limitam a seleção e a transmissão de resistência a antibióticos no domínio da saúde única (MISTAR)”, sob responsabilidade da Profa. Dra. Ilana Camargo do LEMiMo (IFSC-USP).

Esta chamada tem como objetivo estudar a ocorrência de bactérias resistentes aos antibióticos na comunidade, pelo que os pesquisadores se propõem avaliar a poeira existente nas casas e a microbiota de residentes (tutor e cão) antes e durante um período de purificação de ar do ambiente doméstico em diferentes grupos, a saber:

– casas sem cão;

– casas com cão que não tomou antibiótico nos últimos 3 meses;

– casas com cão que tomou antibiótico nos últimos 3 meses.

Para isso, o IFSC/USP busca voluntários que se enquadrem em um desses grupos para participarem do projeto.

Os interessados em participar podem enviar email para lemimo@ifsc.usp.br para que o grupo de pesquisa entre em contato.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de janeiro de 2023

USP – Nota em defesa da Democracia Brasileira

08 de janeiro de 2023

“A Universidade de São Paulo não aceita, não tolera e não admite agressões à democracia.

Comprometida com a Constituição Cidadã de 1988 e com os Direitos Humanos, a USP repudia os atos criminosos e terroristas praticados por vândalos ridículos, que depredaram as sedes dos três poderes da República hoje em Brasília.

Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje.

Entidades do mundo todo, representantes de governos estrangeiros e instituições democráticas rechaçam a baderna e se solidarizam com o novo governo brasileiro, eleito e empossado legitimamente.

Pela presente nota, a USP vem se somar aos que defendem a nossa República e rechaçar os que promovem a destruição, movidos pelo ódio e pela ignorância.

A USP exige o esclarecimento imediado dos fatos e a punição dos responsáveis pelo terrorismo.

Ditadura nunca mais.

Democracia sempre.

Carlos Gilberto Carlotti

Reitor da USP

Maria Arminda do Nascimento Arruda

Vice-reitora da USP”

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de janeiro de 2023

Pesquisadora do IFSC/USP lança livro: “Clô, a bactéria”

“Quando meu filho Valentin teve que tomar a última dose da vacina contra o tétano, ele não entendia a importância de se vacinar… Foi quando “Clô, a bactéria” surgiu na minha vida”, pontua a docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Ilana Camargo, autora deste livro da “Editora Dialética”

Clostridium tetani é uma bactéria carinhosamente chamada de “Clô” nesta obra. O livro, dedicado às crianças e à família, conta como a Clô se multiplica, sobrevive no ambiente e de que forma causa o tétano… Por outro lado, Clô também sabe como a vacina contra o tétano funciona e conta tudo de forma didática, muito simples

“Clô, a bactéria” é uma forma de educar a família e conscientização para os adultos.

Clô dá dicas para as crianças se protegerem e ajuda a convencer os pequenos de que temos que nos vacinar!

O livro pode ser adquirido em sua forma de eBook em vários sites, dentre eles o Google livros (VER AQUI), ou na sua forma física em vários marketplaces, dentre eles o site da editora (CONFIRA AQUI).

 

Durante este mês de Janeiro, a iniciativa “Tarde de Férias do CDCC” irá dedicar um pouco de sua programação sobre a temática das bactérias e sobre a história da Clô.

Consulte a programação do CDCC.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de janeiro de 2023

Pesquisadores da USP criam sensor que detecta metais pesados no suor

Imagem – Anderson M. de Campos

Metais pesados, como chumbo e cádmio, estão presentes em ambientes e itens utilizados no dia a dia, como baterias, produtos de beleza e até alimentos. Por serem tóxicos, seu efeito cumulativo no organismo pode causar uma série de problemas para a saúde. E para detectá-los em fluidos corporais são necessários instrumentos analíticos caros e ambiente controlado para testes. Como alternativa, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram, com materiais simples, um sensor portátil capaz de verificar a presença desses elementos no suor, cuja amostra pode ser facilmente obtida.

O estudo, apoiado pela FAPESP, envolveu grupos dos institutos de Física (IFSC/USP) e de Química (IQSC/USP) de São Carlos, além de colaboradores da Universidade de Munique (Alemanha) e da Chalmers University of Technology (Suécia), sendo que os resultados foram divulgados na revista “Chemosensors”.

“Determinar a exposição a metais pesados pode oferecer informações importantes sobre a saúde de uma pessoa: altos níveis de cádmio podem levar a problemas fatais no trato respiratório, fígado e rins; enquanto a intoxicação por chumbo pode retardar o crescimento e o desenvolvimento, além de causar irritabilidade, aumento de comportamento violento, dificuldades de aprendizagem, fadiga, perda de memória e apetite, infertilidade, pressão alta, perda auditiva em crianças e declínio no funcionamento mental em adultos”, afirma Paulo Augusto Raymundo Pereira, idealizador do trabalho e pesquisador do IFSC-USP.

Segundo o pesquisador, esses metais são eliminados do organismo principalmente pelo suor e pela urina. A análise desses fluidos corporais, portanto, pode auxiliar em estudos toxicológicos e terapêuticos.

Pesquisador Paulo Augusto Raymundo Pereira (IFSC/USP)

“Dessa forma, o design e a fabricação de sensores flexíveis usando métodos de prototipagem fáceis, baratos e rápidos para produção em larga escala, como é o caso do nosso dispositivo, são fundamentais para o monitoramento e a detecção in loco do estado de saúde dos indivíduos, em análises descentralizadas.”

Ao contrário de outras técnicas padrão-ouro para detectar metais pesados em fluidos biológicos, todos os materiais e as etapas de produção do sensor da USP são simples.

“Feito sobre polietileno tereftalato [PET], o dispositivo utiliza uma fita adesiva condutora de cobre flexível e uma etiqueta de papelaria que contém o desenho dos sensores, além de esmalte de unhas ou spray como camada protetora. Para remover o cobre exposto, é realizada uma imersão em solução concentrada de cloreto férrico por 20 minutos, seguida de lavagem com água, o que promove a corrosão necessária. Tudo isso se traduz em maiores velocidade e escalabilidade, com baixos consumo de energia e custo”, detalha Robson R. da Silva, pesquisador da Chalmers University of Technology e coautor da pesquisa.

Depois de pronto, o dispositivo é conectado a um instrumento portátil chamado potenciostato, que executa a análise por meio de um potencial aplicado que produz uma corrente elétrica proporcional à concentração de cada metal. O resultado é obtido em um aplicativo, que pode ser instalado em equipamentos eletrônicos como notebooks, tablets ou smartphones.

Por sua simplicidade, pode ser manuseado tanto por analistas quanto por pessoas não especializadas ou treinadas, em ambientes de saúde como postos, hospitais e consultórios. Outra vantagem é que seu uso pode ser estendido para outras áreas, como a ambiental.

“Poços artesianos, por exemplo, são regulamentados e precisam passar por análise de metal. Nosso sensor poderia ser extremamente útil nesses casos”, afirma Anderson M. de Campos, pesquisador da Universidade de Munique e integrante da equipe.

Melhorias e possível patente

O desempenho do sensor na detecção de chumbo e cádmio foi avaliado em estudos feitos com amostras de suor artificial enriquecido sob condições experimentais ideais. Porém, ainda são necessárias adaptações para que o dispositivo possa ser patenteado.

“Até a finalização desta invenção, não encontramos nenhum relato sobre o uso de sensores flexíveis de cobre para detecção de metais tóxicos no suor, mas uma busca de anterioridade provavelmente deve encontrar algo semelhante, o que dificultaria nosso processo”, diz o pesquisador do IQSC-USP Marcelo L. Calegaro, coautor da pesquisa.

Para ultrapassar essa barreira, o cientista trabalha em melhorias e na expansão de aplicação. Uma das ideias é substituir a etapa de corrosão, que gera detritos e resíduos, pelo corte em uma máquina de papel. Outra é utilizar o mesmo desenho de sistema para detectar também pesticidas na água e em alimentos, por exemplo.

O artigo “Design and Fabrication of Flexible Copper Sensor Decorated with Bismuth Micro/Nanodentrites to Detect Lead and Cadmium in Noninvasive Samples of Sweat” pode ser lido AQUI.

(Por: Julia Moióli /Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de janeiro de 2023

Produção científica do IFSC/USP no mês de dezembro de 2022

Para ter acesso às atualizações da produção científica do IFSC/USP cadastradas no mês de dezembro de 2022, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, localizado em frente à entrada da Biblioteca do IFSC/USP.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Biosensors and Bioelectronics” (VER AQUI).

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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