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“Campanha USP do Agasalho” lança série de lives do projeto “Café com Floquinho
A Campanha USP do Agasalho, um projeto de voluntariado formado por alunos da USP do Campus de São Carlos, tem como objetivo a arrecadação e distribuição de roupas, além de outras ações voltadas para a população vulnerável são-carlense.
Com a questão da pandemia e o distanciamento, buscam-se novas formas de dar alcance ao projeto e uma delas é a iniciativa Café com Floquinho, o nome da mascote do projeto. Nessa iniciativa, estão sendo organizadas uma série de Lives na página do Facebook do projeto, onde serão abordados temas relacionados ao trabalho voluntário.
Como convidados, estarão presentes participantes de extracurriculares, profissionais de diversas áreas de atuação e representantes de instituições parceiras.
Confira na Página do Facebook (AQUI).
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IceCube: Opening a new window on the Universe from the South Pole
Na edição do “Colloquium diei” relativa ao dia 13 de novembro de 2020, transmitida ao vivo no Canal Youtube do IFSC/USP, Francis Halzen (Wisconsin IceCube Particle Astrophysics Center / Department of Physics, University of Wisconsin–Madison – USA) dissertou sobre o tema “IceCube: opening a new window on the on the Universe from the South Pole.
Recorde, clicando na imagem abaixo, como foi esse colóquio promovido pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Lefaudeux consegue a melhor fotografia astronômica de 2020
Por: Prof. Roberto N. Onody*
Na 12ª. edição do concurso de fotografia Astronomy Photographer of the Year, patrocinado pela Royal Observatory Greenwich, BBC Sky at Night Magazine e a Insight Investment, o vencedor geral, entre todas as categorias, foi o francês Nicolas Lefaudeux.
Ele fotografou a galáxia de Andrômeda utilizando um efeito chamado tilt-shift, com as bordas externas da foto desfocadas (veja foto). O valor do seu prêmio foi de 10.000 libras esterlinas. Sua foto foi selecionada entre 5.000 imagens concorrentes de vários continentes.

A melhor fotografia astronômica de 2020 (Crédito: Nicolas Lefaudeux – França)
O concurso também premiou categorias como Nossa Lua, Aurora, planetas, cometas e asteroides etc. Na categoria pessoas e espaço, o vencedor foi o húngaro Rafael Schmall, que fotografou a estrela dupla Albireo. Em longa exposição, a foto mostra as trilhas deixadas pelos satélites da Starlink que obstruem a imagem1.
Referência:
1 https://gizmodo.uol.com.br/melhores-fotos-astronomia-2020/
*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP
(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IFSC/USP produz “pseudo-virus” SARS-Covid-2 em laboratório comum
Uma pesquisa realizada no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) permitiu desenvolver um “pseudo-vírus” do SARS-Covid-2 destinado a estudar a ação e eficácia de novos fármacos em laboratórios de classe-2, ou seja, em laboratórios considerados perfeitamente comuns, existentes nas universidades e em centros de pesquisa
O pesquisador do IFSC/USP, Prof. Francisco Gontijo Guimarães, coordenador das pesquisas relacionadas ao “pseudo-vírus”, explica que esse falso vírus – produzido pelo bolsista da FAPESP, Dr. Mohammad Sadraeian – é uma partícula viral que possui todas as propriedades do vírus SARS-Covid-2, com a diferença que ele não infecta as células, permitindo que se estude aprofundadamente a eficácia de um fármaco no vírus real, ou a neutralização de sua ação nas células
Produzido nos laboratórios do IFSC/USP, o “pseudo-vírus” já foi sujeito a um estudo aprofundado sobre sua interação e internalização em células pulmonares, a neutralização do vírus pelos anticorpos específicos que o corpo humano produz, e, ainda, suas características físicas.
Por outro lado, estão sendo realizados estudos no sentido de se netutralizar o vírus por ação de Terapia Fotodinâmica e o uso de radiação UVC (in vivo). “ A grande vantagem do desenvolvimento do “pseudo-vírus” é que podemos fazer as pesquisas de forma fácil em laboratórios menos complexos. Assim, em vez de trabalharmos com o vírus real, que é impossível neste momento, trabalhamos com uma cópia fiel e inofensiva”, sublinha Francisco Guimarães.
Esta pesquisa está inserida em um projeto aprovado pela CAPES para o fomento às pesquisas da COVID-19, projeto esse que também aprovou outras duas pesquisas realizadas em nosso Instituto e que serão divulgadas em breve, pelo que todas elas se cruzam entre si em uma única direção. A primeira, desenvolvida pelo Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto, tem como objetivo criar sistemas de entrega de moléculas para tratamento da COVID-19, enquanto a segunda, desenvolvida no Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), coordenada pelos Profs. Glaucius Oliva e Rafael Guido, tem como objetivo o desenvolvimento de novos fármacos para combater a COVID-19.
Estes trabalhos de pesquisa vêm consolidar a tradição que o IFSC/USP tem em estudos para o tratamento de vírus, como, por exemplo, aquele que foi feito para o HIV.
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

EMBRAPii-IFSC/USP lança entrega de projetos de empresas parceiras
A Unidade EMBRAPii do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – primeira unidade Embrapii credenciada na região – irá realizar a partir do dia 27 de novembro, o lançamento dos mais significativos resultados dos projetos tecnológicos mais relevantes desenvolvidos no Instituto, em parceria com cerca de duas dezenas de empresas, cujo foco se centraliza na área da saúde humana, saúde ambiental ou melhoria na produção de alimentos, com grandes benefícios para a sociedade.
Assim, no dia 27 de novembro, às 17h00, será lançado o projeto intitulado Desenvolvimento de Instrumentação para monitoramento da fermentação do mosto de bebidas por espectroscopia infra-vermelho e da bebida final, realizado em parceria com a empresa BR Tecnologia em Bebidas Lda.. Nesta apresentação, serão divulgados os resultados do citado projeto e a apresentação de um novo produto que auxiliará as cervejarias de todos os tipos a avaliar a cor e o amargor da cerveja.
O segundo projeto a ser apresentado será lançado no dia 04 de dezembro, às 17h00, subordinado ao tema Desenvolvimento de Processo e Planta para a Síntese Química de Curcumina e Aplicações do Ativo como Fotossensibilizador em Estudos que envolvam Terapia Fotodinâmica, pela empresa PDT Pharma Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Lda..
Todos os eventos serão online e abertos à participação de todos os interessados, com explicações e demonstrações sobre os temas.
A Unidade EMBRAPPii do IFSC/USP tem plena certeza de que as parcerias estabelecidas com os setores empresarial e industrial são as formas mais eficazes de transferir o conhecimento inovador gerado na Universidade diretamente para a sociedade, consolidando, assim, a contribuição da cidade de São Carlos para o desenvolvimento do País.
Para participar nos eventos acima citados, clique AQUI.
Para obter informações adicionais, utilize o email gussen@ifsc.usp.br
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Divulgado o “Prêmio Ciência-Tecnologia São Carlos – 2020”

Divulgação dos Classificados na Feira Virtual de Ciência e Tecnologia
Foram conhecidos no dia 18 de novembro os vencedores do “Prêmio Ciência-Tecnologia – 2020”, honraria promovida pela Prefeitura Municipal de São Carlos e que tem o intuito de reconhecer o trabalho desenvolvido por cientistas e professores que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento cientifico nacional e internacional. A Comissão de Avaliação do “Prêmio Ciência –Tecnologia São Carlos -2020”, é composta por Professores Universitários, Pesquisadores e Secretários Municipais.
Vencedores
Na categoria Pesquisador Sênior, com empate, foram vencedores: o Prof. Dr. Victor Carlos Pandolfelli, da Universidade Federal de São Carlos e o Prof. Dr. Osvaldo de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
Na categoria Jovem Pesquisador o vencedor foi o Prof. Dr. Hugo Miguel Preto de Morais Sarmento, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Na categoria Clubes de Ciências também houve um empate, e os vencedores foram: Profª Caroline Paganelli Correa dos Santos, da escola E.E. João Jacinto Nascimento, e o Clube de Ciências do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica do IFSC/USP, em parceria com a Diretoria Regional de Ensino de São Carlos, composta pelos pesquisadores e professores: Profª Wilma Regina Barrionuevo, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, Prof. Dr. Euclydes Marega Junior, Profª Débora Gonzalez Costa Blanco e a Profª Marilia Faustino da Silva.
Na categoria Professor de Ciências, foi vencedora a Profª Joice Bissolati Brigati, da E.E. André Donatoni.
Na categoria Jovem Cientista, a vencedora foi a estudante Stefany de Mello da EE. João Jorge Marmorato.
No ano de 2019, a Comissão uma homenagem aos Cientistas Eméritos de São Carlos, onde o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, José Galizia Tundisi, apresentou as opções de “Prêmio aos Cientistas Eméritos”, que por concordância dos membros presentes, foram aprovados. E são eles os homenageados de 2020: A Profª Drª Odete Rocha da UFSCar, o Prof. Dr. João Batista Fernandes da UFSCar e a Profª Wilma Regina Barrionuevo do CEPOF- IFSC da USP.
CEPOF-IFSC/USP e Diretoria de Ensino realizam Feira Virtual de Ciências
Durante as últimas semanas foram realizados a “Feira Virtual de Ciência e Tecnologia do CEPOF/USP/DE 2020”, bem como o evento de “Homenagem aos Professores da Rede Estadual de Ensino” nos 7 municípios de abrangência da Diretoria de Ensino-Região de São Carlos.
O tema da Feira de Ciências foi: “As Grandes Invenções que Mudaram o Mundo”. Ao refazer a trajetória dos principais cientistas e inventores e aprender o princípio das suas invenções os jovens estudantes e seus professores puderam adentrar, de modo expressivo, na produção da ciência e não apenas no uso da mesma.
A fase preparatória da Feira iniciou-se em novembro de 2019, por meio da capacitação dos professores e coordenadores interessados. Em seguida, foram formados 91 Clubes de Ciências, os quais desenvolveram seus experimentos e pesquisas desde o início do ano de 2020. Com o imprevisto contexto de pandemia e isolamento social, optou-se por realizar a feira em caráter virtual. Os Clubes de Ciências produziram, então, vídeos educacionais e uma monografia, a partir da pesquisa sendo realizada. Ao longo do ano os estudantes e professores foram orientados por meio de encontros virtuais realizados com a coordenadora de difusão científica do CEPOF, Profa. Wilma Barrionuevo. Durante o mês de outubro tais materiais foram julgados por cerca de 30 professores e pesquisadores da USP, coordenados pelos professores do IFSC/USP Vanderlei Bagnato, Euclydes Marega Junior e Sebastião Pratavieira. Ao final, foram classificados cerca de 50 Clubes, sendo que 10 Clubes empataram em primeiro lugar. A divulgação foi feita durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Os Clubes classificados receberam troféus, além de medalhas de ouro, prata, e bronze. Todas as escolas receberam troféus de participação. As coordenadoras pela Diretoria de Ensino foram a Dirigente Débora Gonzalez Costa Blanco e a professora Marília Faustino, representando o Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino.
Ao longo desses 5 anos de existência dos Clubes de Ciências, as atividades desenvolvidas incluíram as seguintes ações:
(1) Criação de mais de 200 Clubes de Ciências em escolas públicas estaduais; (2) Capacitação de professores e coordenadores, (3) Capacitação dos alunos e montagem dos experimentos, (4) Realização de aulas técnicas ao vivo, pela internet; (5) criação e distribuição de kits educacionais de áreas diversas da ciência para todas as escolas estaduais inscritas; (6) Realização da Feira de Ciência e Tecnologia da USP para exposição dos experimentos e para atrair estudantes ao ambiente universitário; (7) Exposição dos experimentos produzidos nas escolas estaduais e em espaços públicos; (8) videoaulas pela TV e internet; (9) Aulas eletivas em escolas estaduais para capacitação na plataforma computacional Arduino e em Robótica e formação de novos Clubes de Ciências. Ao final, foram alcançadas cerca de 40 mil pessoas, por meio dos Clubes de Ciências, capacitações de Professores, Feiras de Ciências, Exibições em Praça Pública, videoaulas pela internet e aulas pela TV.
Escolas que foram agraciadas com Medalha de Ouro:
EE Attília Prado Margarido -Clube de Ciências: Regando Conhecimento – São Carlos
EE Luciano Ivo Tognetti – Clube de Ciências: ERROR 404 – Descalvado
EE José Ferreira da Silva – Clube de Ciências: FrankSTEM – Descalvado
EE Aracy Leite Pereira Lopes, D.- Clube de Ciências: Velozes e Fumegantes – Descalvado
EE José Ferreira da Silva-Clube de Ciências: Enigma – Descalvado
EE Maria Ramos – Prof.ª- Clube de Ciências: MaRa Sabino – São Carlos
EE Orlando Perez- Clube de Ciências: Rainha Vermelha – São Carlos
EE Maria Ramos – Profª – Clube de Ciências: Incríveis Máquinas Voadoras! – São Carlos
EE Orlando Perez- Clube de Ciências: Força Jovem – São Carlos
EE Edésio Castanho- Clube de Ciências: Estrelas da Ciência – Ibaté
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Uma nova liga que é superelástica num grande intervalo de temperatura
Por: Prof. Roberto N. Onody*
Ligas superelásticas são ligas metálicas que podem sofrer grandes deformações, de até 20%, e retornam, automaticamente, à sua forma original. Essa característica desejável tem aplicações importantes em medicina e ortodontia. Explica-se o surgimento da superelasticidade em materiais nos quais a tensão induz a presença de transformações martensíticas (transformações martensíticas são aquelas em que nenhum átomo da estrutura cristalina se desloca mais do que um parâmetro de rede, ou seja, são transformações praticamente reversíveis).
Um exemplo, muito comum, de liga superelástica é a liga de Níquel-Titânio. Largamente utilizado em aplicações médicas tem, além de suas ótimas propriedades mecânicas, excelente resistência à corrosão. Há, porém, dois problemas. O primeiro é o efeito destruidor da superelasticidade pela temperatura. O segundo está no custo do material. Dessa forma, os pesquisadores vêm investigando materiais mais baratos e que permaneçam, na fase superelástica, num grande intervalo (“janela”) de temperatura. Fundamentalmente, todos esses protótipos se baseiam no elemento químico Ferro 1.
Recentemente, em um estudo publicado na Science 2, um grupo de pesquisadores da Universidade de Tohoku do japão investigou as propriedades de uma liga de Fe-Mn-Al-Ni com adição de Cromo. Eles demonstraram que o acréscimo do Cromo praticamente não leva a nenhuma variação da entropia. Para isso, eles utilizaram a relação de Clausius-Clapeyron, que é uma relação linear entre a variação de entropia e a variação da tensão crítica com a temperatura. A tensão crítica é a tensão acima da qual o material tem deformação plástica, não mais retornando ao seu estado original.
Figura: Legenda: B) As “Janelas” de temperatura’ (na escala Kelvin) de vários materiais. Compare, em particular, a diferença entre o novo material (em vermelho) e a usual liga de Níquel-Titânio (preto); C) As “janelas” de variações de temperatura durante o dia e à noite na Lua, Marte e Terra. Crédito: Ji Xia et al. 2
Eles obtiveram uma liga que se mantém superelástica num grande intervalo de temperatura. Mais especificamente, para temperaturas entre -263 oC e + 200 oC (veja figura B). Claro, talvez as aplicações médicas ou odontológicas não necessitem dessa enorme “janela” de temperatura, mas certamente desperta o interesse da indústria aeroespacial, pois as variações de temperatura de dia e à noite na Lua, em Marte e na Terra se enquadram perfeitamente na “janela” de temperatura em que o novo material é superelástico.
1 https://science.sciencemag.org/content/369/6505/855
2 Ji Xia , Yuki Noguchi , Xiao Xu , Takumi Odaira , Yuta Kimura , Makoto Nagasako , Toshihiro Omori1, Ryosuke Kainuma , Science 14 Aug 2020: Vol.369, Issue 6505, pp. 855-858
*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP
(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Carreira e Diversidade na Física
O IFSC-USP OSA Student Chapter e USP-SC SPIE Student Chapter estão organizando o evento online “Carreira e Diversidade na Física”, que irá ocorrer entre 10 à 20 de novembro.
Para mais informações, confirme presença no evento AQUI.

II SUSTENTARE e V WIPIS – Workshop Internacional sobre Sustentabilidade, Indicadores e Gestão de Recursos Hídricos
Ocorrerá entre os dias 17 e 19 de novembro, de forma remota, o II Sustentare e V WIPIS – Workshop Internacional sobre Sustentabilidade, Indicadores e Gestão de Recursos Hídricos, resultado de uma parceria da Pontifícia Universidade Católica (campus de Campinas – PUC Campinas), a Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (EESC/USP) e os Comitês PCJ por meio das CT-RN e CT-ID, integradas no GT-Indicadores e Monitoramento.
O Prof. Tadeu Malheiros, da EESC/USP, Assessor Técnico da Superintendência de Gestão Ambiental/USP, explica que este evento científico tem como principal meta discutir referenciais e promover trocas de experiências entre praticantes e pesquisadores, nacionais e estrangeiros sobre sustentabilidade, indicadores e gestão de recursos hídricos, com uma programação diversificada e palestrantes de diferentes países.
O Prof. Duarcides Mariosa, da PUC-Campinas, destaca a importância da parceria das duas universidades e os Comitês PCJ, no contexto da aproximação da academia com profissionais de instituições governamentais e não governamentais envolvidos na gestão dos recursos hídricos e sustentabilidade.
Embora o prazo para inscrição de trabalhos já esteja encerrado, os organizadores fortemente recomendam e convidam a comunidade científica e praticantes interessados no tema de indicadores de sustentabilidade para se inscreverem e participarem das mesas redondas e debates.
Para fazer sua inscrição, clique AQUI.

Na Escola de Medicina de Yale: Removendo células neuronais mortas
Por: Prof. Roberto N. Onody*
Um grupo da Escola de Medicina de Yale1 conseguiu captar imagens do processo de remoção de neurônios mortos no cérebro de camundongos vivos. A morte das células e sua remoção é essencial à saúde dos animais e vegetais, um mal funcionamento desse mecanismo pode acarretar o surgimento de processos cancerígenos, comprometer a regulagem do sistema imunológico e a defesa contra patógenos infecciosos intracelulares.
Em geral, as células morrem ou de maneira acidental, com necrose provocada por trauma, interrupção do fluxo sanguíneo etc. ou por apoptose – a morte celular programada. No ser humano morrem, todo dia, bilhões de células entre as cerca de 30 trilhões de células que temos no nosso corpo. A observação da morte de células por apoptose é particularmente difícil por dois motivos: não sabemos quando e nem onde ocorrerá a sua morte e a remoção dessas células moribundas, feita pelos fagócitos, é muito rápida.
Damisah et al 1, empregaram técnicas fotoquímicas e de metodologias virais para induzirem a morte de células que, combinadas com imagem de microscopia intravital, permitiram o mapeamento e acompanhamento dos fagócitos envolvidos na eliminação do neurônio morto 2. Os fagócitos envolvidos na eliminação do neurônio foram o astrócito e a micróglia. O estudo revelou um trabalho harmônico, equilibrado e coordenado entre os dois fagócitos, com cada um desempenhando uma função bem especializada. As micróglias encarregam-se do corpo e do núcleo do neurônio enquanto os astrócitos destroem os dendritos.
O estudo também comparou a resposta de camundongos novos, com cerca de 4 meses de idade, com camundongos mais velhos com média de 26 meses de idade. Logo após aplicação do método de morte induzida nas células, chamado de 2Phatal (utiliza laser pulsado de fentossegundos), o núcleo das células neuronais se condensa, isso é uma sinalização para a entrada em ação dos fagócitos que removerão as células mortas. Não houve grande discrepância entre o número de células mortas em camundongos jovens e velhos. Entretanto, quando se comparou o tempo de limpeza e remoção dessas células mortas, a diferença foi enorme. O grupo jovem teve a limpeza completada em cerca de 26 horas, já no grupo idoso levou aproximadamente 58 horas. Essa demora em descartar o lixo pode ser um novo mecanismo de quebra de equilíbrio homeostático levando eventualmente a processos neurodegenerativos e de autoimunidade.
Legenda da foto: Células especializadas chamadas micróglias engolfam o corpo do neurônio morto, enquanto os astrócitos destroem as conexões desse neurônio.
Crédito: Eyiyemisi et al 1
1 Eyiyemisi C. Damisah, Robert A. Hill, Anupama Rai , Fuyi Chen , Carla V. Rothlin, Sourav Ghosh, Jaime Grutzendler, Science Advances, jun/2020, vol. 6, no. 26, eaba3239
DOI: 10.1126/sciadv.aba3239
2 https://www.youtube.com/watch?v=_BixMMfPkhU&feature=emb_title
*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP
(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Pesquisadores do IFSC/USP entre os mais influentes do mundo
Um estudo publicado na revista Plos Biology, em sua edição de 16 de outubro último, revela um banco de dados com os rankings atualizados dos cientistas entre os 2% mais influentes do mundo ao longo da carreira e no ano de 2019 (100.00 pesquisadores).
A pesquisa foi conduzida por uma equipe da Universidade de Stanford (EUA), liderada por John Ioannidis e intitulada “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”.
Nos quadros abaixo apresentamos a lista de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) incluídos no ranking dos mais influentes do mundo ao longo da carreira (1) e os que se destacaram em 2019 (2).
Para consultar o ranking, clique AQUI.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Reunião plenária da Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano

Plataforma virtual da reunião plenária da Pontifícia Academia das Ciências
Outubro, 2020
Por: Pablo Aurelio Gómez García
A sessão plenária anual da Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano (PAS) ocorreu nos passados dias 7, 8 e 9 de outubro e, pela primeira vez na sua história, de forma virtual —devido às restrições impostas pela pandemia do coronavírus— longe, portanto, quer da Capela Sistina, ou dos solenes jardins do Vaticano.
Cerca de sessenta pessoas participaram, incluindo acadêmicos e palestrantes convidados. Alguns minutos antes de que o presidente da PAS, o economista Joachim von Braun, abrisse oficialmente o evento, os membros da Academia se cumprimentaram através das câmeras e dos microfones. Atrás deles, os cômodos típicos da agremiação: amplitude e tetos altos, móveis de madeira, livros empilhados em mesas ou estantes e uma variedade de objetos singulares, colheita das suas viagens pelo mundo. A cena surpreende pela ternura: os cientistas mais renomados do nosso tempo, dispostos na tela como um conclave de sábios, estavam realmente felizes por se encontrarem mais um ano. Então alguém disse: “Not too many women…”, um desequilíbrio que já pauta a agenda das principais instituições científicas, assim como da Igreja Católica. Em seguida, conversaram informalmente sobre o Prêmio Nobel, concedido uns dias atrás, e concordaram em que o veredito fora justo.
O encontro intitulou-se: “Um olhar sobre o SARS-CoV-2 e as relações entre os riscos em grande escala à vida neste planeta e as oportunidades da ciência para lidar com eles”. A leitura da carta papal deu início ao evento. Nela, o Papa Francisco defendeu as principais teses da bioética, advogando pelo cuidado do planeta e dos mais desfavorecidos em ações coordenadas que transcendam as fronteiras. Ele depositou suas esperanças nos cientistas para resolver os problemas causados pela pandemia do coronavirus e prevenir à humanidade dos problemas que virão. Nessa mesma linha, Tedros Adhanom, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), fez uma breve declaração em que argumentou que os problemas globais exigem soluções globais. “As vacinas da COVID-19, quando estiverem prontas, devem chegar a todos”, disse. As discussões que aconteceriam ao longo daquele dia e dos seguintes mostraram que, dada a atual ordem do mundo, tão desigual e delimitada por interesses discrepantes, nem sempre é fácil colocar em prática essas ideias.

Participação do Prof. Ara Darzi discorrendo sobre políticas de saúde pública
Nas palestras, foram apresentados resultados de ciência básica (objetivos terapêuticos e mecanismos moleculares da infecção) e ciência aplicada (desenvolvimento de vacinas, terapias e métodos diagnósticos). Percebe-se que o evento é importante, os acadêmicos são pessoas exigentes e de uma extrema competência, mas parece que nas reuniões da PAS não há lugar para hostilidades: o ambiente é familiar. O físico brasileiro Vanderlei Bagnato, que participou do encontro como membro do conselho da PAS, apresentou diversas aplicações da terapia fotodinâmica desenvolvidas no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC, USP) que, por sua alta relação “eficácia-custo”, têm capacidade para atender uma grande parte da população. Os acadêmicos se mostraram orgulhosos dos avanços atingidos pela ciência nos últimos meses. Concordaram em que nunca se tinha visto tamanha velocidade na produção e divulgação de resultados científicos rigorosos. Eles também discutiram possíveis estratégias para a implementação desses desenvolvimentos nos sistemas de saúde pública dos diferentes países. Em particular, o médico e professor do Imperial College de Londres, Ara Darzi, forneceu uma ampla gama de dados e argumentos, tanto clínicos como econômicos, a favor da medicina preventiva. “É necessária uma mudança de paradigma nos sistemas públicos de saúde; investir na prevenção é a coisa mais rentável e eficiente a fazer”, disse. Depois justificou que a saúde pública deveria ser elevada ao grau de questão de “segurança nacional” e advogou por uma lei que obrigue às empresas farmacêuticas e de biotecnologia a compartilhar dados relevantes com as instituições públicas.
Os acadêmicos consideram que boa parte do destino do ser humano está nas mãos da ciência e se sentem chamados e capazes de dar respostas. O neurocientista alemão Wolf Singer o expressou numa frase: “nós, cientistas, devemos cuidar da sustentabilidade do mundo”. Por isso o tom geral da reunião foi de responsabilidade face à “gravidade dos acontecimentos”, mas não de renúncia ou derrota. A pandemia era vista como o último desafio a superar: uma oportunidade para aprender e inovar. Em suas análises, que foram além das causas e consequências imediatas da pandemia, os acadêmicos procuravam responder à pergunta: o que nos faltou para dar uma resposta melhor a esta crise? E houve um grande consenso: a ciência funciona, mas para levar adiante uma luta eficaz contra o coronavírus e outros riscos futuros, existem certos elementos indispensáveis. Para isso, a nossa sociedade precisa de: cooperação internacional, educação de qualidade em todos os países, transparência, sistemas de saúde fortes e globais, desenvolvimento econômico sustentável, igualdade e estabilidade social, aumento do investimento em pesquisa e decisões políticas baseadas no conhecimento científico. Também houve um grande consenso de que é fundamental reconquistar a confiança da população nas instituições. Mas como evitar que essas grandes mensagens soem como slogans vazios? Como recarregá-los com conteúdo?

Participação do Prof. Vanderlei Bagnato apresentando o desenvolvimento de métodos terapêuticos
O matemático David Spiegelhalter reconheceu que a ciência não é infalível e que depende primeiro das interpretações: “(…) os dados não falam por eles mesmos”, e das implementações práticas depois. “A responsabilidade dos cientistas é, em última instância, ser claros na apresentação dos resultados e reconhecer as incertezas”, disse ele, ciente da problemática de participar na vida pública de maneira “objetiva”. Sob esse tipo de questões, implicitamente, se coloca a pergunta: é possível, por meio do conhecimento científico, distinguir de forma clara e “neutra” entre o bem e o mal? A moral não é, em última análise, arbitrária? A experiência mostra que, apesar de ter —como os acadêmicos e a comunidade científica em geral têm— bem definido que os objetivos principais são a sobrevivência e o progresso da humanidade, os dilemas surgem constantemente. Durante a plenária da PAS, foram discutidos dois temas de relevância que ilustram essas dificuldades.
O primeiro foi levantado pela geofísica Marcia McNutt, diretora da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS), quando apresentou seu projeto de colaboração com os principais buscadores da internet (Google, Bing, etc). O objetivo é combater os perigos representados por informações “falsas” que circulam na Internet. Assim, por meio do programa “Based on Science” esses buscadores privilegiam conteúdos baseados em evidências científicas acima de outros. O médico hondurenho Salvador Moncada apontou a controvérsia: “(…) esse tipo de manobra poderia limitar a liberdade dos cidadãos”. Foram muitos os que participaram no debate, que finalmente ficou em aberto.
O segundo foi proposto pelo físico norte-americano William Phillips: “(…) seria correto fazer estudos clínicos de vacinas em que os voluntários são expostos intencionalmente ao vírus ativo?” Com esse tipo de ensaio, a eficácia seria avaliada mais rapidamente, mas a saúde dos participantes seria colocada em risco. Diante dessa questão tão atual, defendeu-se, por um lado, a seguinte posição: desde que a participação seja voluntária e que o benefício coletivo ultrapasse o prejuízo individual, seria eticamente correto. Em uma posição contrária, o cirurgião e professor de Harvard Francis Delmonico declarou-se a favor da preservação da integridade pessoal acima de tudo: “(…) sem um tratamento disponível, estes tipos de estudos clínicos são inaceitáveis”, afirmou. O debate também ficou em aberto.
A plenária estava quase no fim e uma pergunta ainda pairava no ar; é a mesma que todo o mundo se faz: quando teremos a vacina do coronavírus? Ou colocada de outra maneira: quando poderemos retomar nossas vidas “normais”? O geneticista Francis Collins, atual diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), declarou-se relativamente otimista, mas cauteloso: “(…) ainda temos de esperar para dar uma resposta; talvez nos primeiros meses de 2021 possamos começar a vacinar: os profissionais de saúde e as pessoas de risco terão prioridade”, afirmou, mas deixando a porta aberta para complicações e atrasos inesperados.
Em seu discurso final, Monsenhor Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da PAS, assinalou o caminho do concílio entre a verdade revelada e a verdade obtida pela razão: “(…) este vírus é mais um exemplo de nossa limitada compreensão do mundo”, disse. “Para um entendimento completo, o conhecimento científico deve ser enriquecido pela fé”, e convidou aos acadêmicos, e ao resto dos cristãos, à reza. As propostas deste caráter tendem a chiar nos ouvidos das pessoas modernas, mas não deveriam ser descartadas tão levianamente, já que apontam para o centro da epistemologia; para os fundamentos do eterno problema do “o que eu posso conhecer?” Uma questão que os pensadores de referência da nossa civilização, desde a antiga Grécia até os tempos atuais, têm tratado infatigavelmente de resolver. De maneira que, seja por meio da cultura ou de outras fontes ainda mais difusas, o problema do conhecimento vive dentro de nós, embora não o percebamos. Por último, Joachim von Braun propôs uma série de pontos para a redação do relatório oficial da reunião, coletou as reflexões de alguns participantes e encerrou o evento. Os acadêmicos, sorridentes, despediram-se dizendo “bye bye; good bye” e balançando as mãos no ar. Para alguns, era hora de ir para a cama, para outros, de continuar com o trabalho. Estavam muito contentes por terem se encontrado.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Encontro Inovações na Formação de Professores para a Educação Básica no Brasil
A Pró-Reitoria de Graduação e a Cátedra de Educação Básica do Instituto de Estudos Avançados da USP realizam nos dias 16 e 20 de novembro, entre as 09h00 e as 13h00, através do sistema ZOOM, o Encontro Inovações na Formação de Professores para a Educação Básica no Brasil.
Participam deste evento representantes de várias pró-reitorias e instituições de ensino superior, com o objetivo de realizar uma cartografia de modelos e práticas inovadoras na formação inicial de professores para a educação básica.
A programação dos dois dias do evento pode ser acessada AQUI.
Link de acesso para participar no dia 16 (Painel Formação de Professores) clique AQUI – ID da reunião: 997 0131 5711 e caso necessite senha de acesso: 195126.
Link de acesso para participar no dia 20 (Painel Sistematização) clique AQUI – ID da reunião: 945 7226 6468 e caso necessite de senha de acesso: 210118.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Atualização da produção científica do IFSC/USP em outubro de 2020
Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de outubro de 2020, clique AQUI ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).
A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico ACS Applied Materials and Interfaces (AQUI)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP