All posts by: Rui Sintra

Sobre Rui Sintra

27 de outubro de 2023

23 anos do CEPOF – Um dos centros de pesquisa mais antigos de São Carlos

Falar do Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica, usualmente conhecido por CEPOF, é abordar um dos mais antigos redutos de ciência na cidade de São Carlos, alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Criado em 01 de outubro de 2000, comemorando, portanto, vinte e três anos de criação e num País onde existem grandes dificuldades em manter projetos duradouros, o CEPOF é um motivo de orgulho não só para o Instituto onde se encontra sediado, mas também para a cidade, para o Estado e para a Nação, com imensa repercussão internacional.

Sob a gestão de cientistas de elevado padrão – permitimo-nos destacar aqui os nomes dos Profs. Vanderlei Salvador Bagnato, Euclydes Marega Junior, Sebastião Pratavieira, Cristina Kurachi, Daniel Varela Magalhães, Francisco Gontijo Guimarães e Natália Inada, dentre largas dezenas de jovens pesquisadores -, o CEPOF começou sua jornada agregando pessoas que tinham competência reconhecida na área da óptica e com vontade de desenvolver da melhor forma possível a chamada ciência básica. Além de tudo isso, a esse primeiro contingente foi exigida uma disponibilidade quase total, porque, ao mesmo tempo que se gerasse conhecimento, o mesmo deveria ser repassado para a sociedade. Então, esse grupo de pessoas do CEPOF, agora bem mais dilatado, ao mesmo tempo que avança o conhecimento da ciência com seus trabalhos de laboratório, com suas orientações e teses, também fica atento, observando aonde é que esse conhecimento pode ser aplicado, principalmente nas demandas mais urgentes, como foi o caso da pandemia, com a aprovação de cerca de cem patentes. Além disso, o CEPOF formou centenas de pessoas, tendo contribuído para a criação de mais de quarenta empresas na região de São Carlos, com a geração de milhares de empregos.

Ao longo dos anos, o CEPOF tem marcado a sua rota trabalhando incansavelmente para que sejam gerados novos projetos na fronteira do conhecimento, em pé de igualdade com os outros países, sempre tendo como meta beneficiar a sociedade. Por outro lado, veja-se os equipamentos desenvolvidos nesse centro de pesquisa e que estão aí na área do câncer, do diagnóstico, oftalmologia,  metrologia, e na área de descontaminação, de um modo geral, de linhas de produção de empresas, etc.. Vanderlei Salvador Bagnato é um dos cientistas – senão o principal – que coordena esse centro de pesquisa, várias vezes salientou que a sociedade tem o direito de saber e conhecer o que se faz nesse centro “(…) principalmente porque a gente trabalha com dinheiro público e eu sou um desses cientistas que acham que  todo momento de prestar contas para sociedade deve ser usado. Eu não tenho que prestar contas só para os burocratas; eu tenho que prestar contas para o cidadão que paga seu imposto e que quer saber qual o retorno que eu estou dando para ele e para o resto da sociedade (…)”. Parabéns ao Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de outubro de 2023

“Ciência, Tecnologia, Inovação e o futuro de São Carlos” – Livro apresenta a realidade do avanço tecnológico na cidade

(Foto – Região Destake)

Integrado na “1ª Conferência de Ciência, Tecnologia  e Inovação de São Carlos”, evento que se iniciou no dia 17 do corrente mês e que se prolongará até dia 27, realizou-se no último dia 20 o lançamento do livro intitulado “Ciência, Tecnologia, Inovação e o futuro de São Carlos”, um trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com a Fundação Pró-Memória.

Nesta publicação, o leitor poderá ficar por dentro da importância que tem os avanços científicos e tecnológicos para a resolução dos principais problemas com que se debatem as cidades, tendo em vistas um futuro sustentável, quer no desenvolvimento urbano, quer, ainda na qualidade de vida das populações.

A cerimônia de lançamento da publicação, que ocorreu no auditório do Paço Municipal, reuniu diversas individualidade, dentre as quais destacamos, por parte do município, os secretários municipais de Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. José Galízia Tundisi, e de Comunicação, Leandro Severo, representando o prefeito, Airton Garcia, enquanto que por parte da Fundação Pró-Memória marcou presença a sua diretora presidente, Isabel Alves Lima. Por parte da Câmara Municipal de São Carlos esteve presente o vereador Robertinho Mori, enquanto que representando a Academia estiveram presentes os Profs. Adriano Andricopulo, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e atual presidente da Academia Brasileira de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), e Tito José Bonagamba, igualmente docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Dentre os diversos discursos alusivos ao lançamento deste livro, permitimo-nos destacar a intervenção do Prof. Adriano Andricopulo que destacou: “O futuro de São Carlos vai depender da ciência, da tecnologia e da educação, por isso é preciso ampliar essa discussão e falar do futuro do Estado de São Paulo, do país, e do mundo, e de todos os desafios que viveremos ao longo deste século, principalmente com o aumento e o envelhecimento populacional”.

Este livro mostra, de uma forma abrangente, como a ciência, inovação e tecnologia têm impactado positivamente o desenvolvimento da cidade de São Carlos ao longo dos anos.

Para conferir toda a programação da “1ª Conferência de Ciência, Tecnologia  e Inovação de São Carlos”, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de outubro de 2023

A busca pelo raríssimo diamante cor de rosa – Por: Prof. Roberto N. Onody

Figura 1 – O diamante cor de rosa Graff – O famoso colecionador de diamantes Laurence Graff (conhecido como King of Bling) comprou esse diamante em 2010, num leilão realizado pela Sotheby´s. Ele tem 24,78 quilates (1 quilate = 0,2 gramas) e foi comprado por 46 milhões de dólares! Até aqui, o mais caro diamante cor de rosa vendido por quilate! Na gema havia 25 imperfeições (inclusões) superficiais. Com assessoria da GIA (Gemological Institute of America, seus certificados são o padrão-ouro na classificação de diamantes), especialistas da empresa Graf fizeram um novo polimento da pedra. Hoje ela tem 23,88 quilates, é magnífica e sem defeito. Feita de puro carbono, como os diamantes brancos (incolores).

Entre todas as pedras preciosas, os diamantes são os mais cobiçados. Desempenhando um papel cultural importante há milênios, os diamantes evocam sentimentos associados a beleza, brilho, luxo, poder, amor e compromisso. Eles são eternos.

Há diamantes azuis, verdes, laranjas e incolores, mas, o mais desejado é o diamante cor de rosa (Figura 1). Até seu fechamento em 2020, a mina de Argyle (situada numa região remota da Austrália Ocidental) era responsável por 90% do suprimento mundial dos diamantes cor de rosa! Para saber por que o local onde ficava a mina de Argyle produziu tantos diamantes, cientistas fizeram um estudo minucioso das suas características geológicas. E identificaram duas causas principais: a colisão de placas tectônicas e a deriva continental.

Para os gregos e os romanos, os diamantes seriam frutos das lágrimas derramadas pelos deuses ou pedaços de estrelas cadentes. Mitologia à parte, na verdade os diamantes naturais foram forjados entre 1 e 3 bilhões de anos atrás nas profundezas da Terra, quando o carbono, sob efeito de enormes pressões e altas temperaturas, adquire a sua forma cristalina (metaestável) de rede cúbica (Figura 2). Em baixas pressões e baixas temperaturas o carbono se estabiliza numa estrutura planar hexagonal – o grafite.

Figura 2 – Cada célula unitária da rede cristalina do diamante contém 8 átomos de carbono. As esferas azuis são átomos de carbono que se encontram ou nos 8 vértices ou nas 6 faces do cubo; as esferas pretas são átomos de carbono que estão no interior do cubo. O diamante é o material mais duro produzido pela natureza (dureza 10, máxima na Escala de Mohs)

Os diamantes se formam entre 40 e 600 km de profundidade no manto superior da Terra e são trazidos à superfície pelo magma dos vulcões. As condições termodinâmicas para a formação do diamante ou do grafite dependem criticamente da temperatura e da pressão local. A título de exemplo, numa temperatura de 950 graus Celsius e em profundidades maiores do que 150 quilômetros (o que equivale a pressões maiores do que 44.400 atmosferas) o grafite se transforma em diamante.

Diamantes também podem ser produzidos na queda de grandes meteoritos. A pressão e a temperatura geradas no impacto são mais do que suficientes para formar diamantes, desde que haja carbono ou no próprio meteorito ou nas rochas presentes no local da queda. Foi o que ocorreu há 35 milhões de anos atrás, quando um meteoro com diâmetro de 5 a 8 km, abriu a cratera de Popigai (na Sibéria, Rússia) com 100 km de diâmetro e cerca de 150 metros de profundidade. Ao redor da cratera, encontra-se uma quantidade enorme de pequenos diamantes (milimétricos) semelhantes aos diamantes sintéticos (veja abaixo). Além disso, incrustado nas rochas e no interior da cratera, acredita-se que existe uma quantidade de diamante maior do que em todas as outras jazidas do mundo juntas!

Diamantes também se formam nas estrelas, mais especificamente, nas anãs brancas. A anã branca BPM 37093 está a cerca de 49 anos-luz da Terra, tem raio de 4.000 km e é composta por carbono e oxigênio. O carbono presente (que está cristalizado) tem massa de 5 1029 kg, ou seja, um valor cem mil vezes maior do que a massa da Terra.  Trata-se do maior diamante existente na nossa vizinhança! Ele foi apelidado de Lucy, em homenagem à música dos Beatles Lucy in the Sky with Diamonds.

Figura 3 – Os maiores produtores mundiais de diamantes naturais em 2022. A Rússia lidera com folga, produzindo quase 42 milhões de quilates ou 8,4 toneladas de diamantes (Crédito: M. Garside)

Tudo o que dissemos até aqui se refere aos diamantes naturais (Figura 3). A partir da década de 1950 os diamantes passaram também a ser produzidos e manufaturados pelo homem – são os chamados diamantes sintéticos ou industriais. Dois métodos são utilizados na fabricação dos diamantes sintéticos: o CVD (Carbon Vapor Deposition), que faz a deposição química de vapor de carbono e o HPHT (High Pressure High Temperature) que imita a forma de produção da natureza.

Para olhos não preparados pode ser difícil distinguir um diamante natural de um sintético. Mas, existem hoje no mercado cerca de 40 dispositivos que detectam a diferença entre eles. Ainda bem, porque a diferença de preço é enorme – os diamantes sintéticos são muito mais baratos do que os diamantes naturais.

Figura 4 – Diamantes naturais adquirem a cor: (a) marrom devido a deformações plásticas na sua rede cristalina; (b) amarelo pela presença de átomos de nitrogênio; (c) azul pela presença de átomos de boro; (d) verdes pela exposição a material radioativo durante a sua formação ou depois (diamantes brancos se tornam verdes quando irradiados). O material radioativo cria vacâncias de átomos de carbono

Hoje, um quilate de diamante sintético custa três vezes menos do que um quilate de diamante natural. E, com o avanço das técnicas empregadas, o preço do diamante sintético deve recuar ainda mais. O maior produtor mundial de diamantes sintéticos é a China que responde por quase 90% do consumo mundial.

Figura 5 – Os 9 diamantes Cullinan. O maior de todos eles (indicado pela seta), conhecido como Estrela da África, tem 530,2 quilates e dimensões de 58,9 mm x 45,4 mm x 27,2 mm. Ele está montado no topo do cetro real da monarquia britânica.

Mas, por que os diamantes naturais têm várias cores? Resumidamente, a resposta é pela presença de vacâncias ou de defeitos (átomos de carbono são substituídos por outros elementos) que retiram da gema sua integridade cristalina ou sua pureza e alteram sua cor (Figura 4).

Os diamantes brancos ou incolores são praticamente feitos de carbono puro. Entre eles, certamente, o mais famoso é o diamante de Cullinan. Descoberto em 1905 na África do Sul, o diamante tinha, originalmente, 3.025 quilates e foi cortado e lapidado em 9 diamantes que hoje fazem parte das joias da coroa britânica (Figura 5).

Ainda sobre diamantes brancos, em 2019 a Alrosa (empresa russa e maior mineradora de diamantes do mundo) descobriu um diamante duplo – um diamante que contém no seu interior outro diamante. O diamante interno se move livremente numa cavidade do diamante externo (veja vídeo). À semelhança com a tradicional boneca russa, o diamante duplo foi batizado de matrioska.

Voltemos agora aos raríssimos diamantes cor de rosa. Eles são realmente os mais raros? De fato, não. Os diamantes vermelhos são os mais raros. Tão raros que, no mundo, só existem cerca de 30 diamantes considerados realmente vermelhos (Figura 6). Por esse motivo, não existe empresa mineradora de diamantes vermelhos. Mas, existem mineradoras de diamantes cor de rosa na Austrália, África do Sul e Índia. E, como dissemos no preâmbulo, a maior delas, a Argyle, fechou em 2020. Desde então, cientistas vêm tentando descobrir os pré-requisitos geológicos para a formação dos diamantes cor de rosa.

Como os diamantes cor de rosa (e o vermelho) não apresentam vacâncias (provocadas por radiação) e nem defeitos (pela presença de outros elementos químicos além do carbono) de onde vem a sua cor?

A única explicação plausível é que, durante o processo de sua formação, esses diamantes sofreram deformação plástica. Mas, de que tipo? Quais são os ingredientes por trás da formação dos diamantes cor de rosa?

Figura 6 – O diamante Mussaieff é o maior diamante vermelho do mundo. Descoberto na década de 1990 em Minas Gerais, Brasil, ele tem 13,9 quilates. O joalheiro Shlomo Mussieff é o seu atual proprietário

Em artigo publicado na Nature, Olierook et al. lançaram duas hipóteses novas. Há mais de um bilhão de anos atrás, no supercontinente Nuna ou Colúmbia Figura 7), as placas tectônicas em que hoje se encontram o Norte da Austrália e Kimberley (Austrália Ocidental) colidiram. A região da mina de Argyle se formou na sutura dessas placas.  Primeiro ingrediente: colisão de placas tectônicas.

Olierook et al. fizeram, então, uma datação geológica muito precisa dessa região e concluíram que ela se formou há 1,3 bilhão de anos. Isso coincide com o momento (estimado entre 1,3 e 1,22 bilhão de anos) em que o supercontinente Nuna ou Colúmbia iniciava seu processo de fratura e desagregação! O continente do que é hoje a Austrália não se partiu ou se desagregou, mas a região da mina de Argyle foi ´esticada´. Segundo ingrediente: estiramento geológico.

Se os pesquisadores estiverem corretos, esses ingredientes podem balizar buscas por novas minas de diamantes em locais que tenham um histórico geológico semelhante. Pelos magníficos diamantes cor de rosa, esperamos que sim.

Figura 7 – O supercontinente Nuna ou Colúmbia há 1,6 bilhão de anos atrás. (Crédito: Alexandre DeSotti)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

Para acessar todo o conteúdo do site “Notícias de Ciência e Tecnologia” dirija a câmera do celular para o QR Code abaixo

 

 

 

 

Se você gostou, compartilhe o artigo nas redes sociais

 

 

 

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2023

Auxílio financeiro para participação em eventos científicos no Brasil e no exterior (2º/2023) – 3ª Chamada

A Comissão de Pós-Graduação (CPG) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estabeleceu as normas e critérios para a solicitação, avaliação e concessão de recurso financeiro para estudantes matriculados no Programa de Pós-Graduação em Física participarem de eventos científicos no Brasil e no Exterior com apresentação de trabalhos.

Acesse AQUI o edital completo da 3ª Chamada do Programa.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de outubro de 2023

“Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” – Em prol de sua comunidade – IFSC/USP adere ao “Apoia USP”

Mesa de abertura com a presença da Vice-Diretora do IFSC/USP, Profª Ana Paula Ullian de Araújo

O grande destaque dentre os vários eventos que aconteceram no IFSC/USP nos dias 03 e 04 de outubro, foi certamente a realização da iniciativa “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade”, que teve o foco de congregar ao seu redor toda a comunidade universitária do Campus USP de São Carlos – estudantes e servidores docentes e não docentes – e ainda a comunidade externa à Universidade.

Promovido pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das Unidades do Campus USP de São Carlos, em conjunto com o “Apoia USP” – Serviço de Apoio Psicossocial do Campus -, este evento contou com o apoio da Diretoria do IFSC/USP e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do nosso Campus.

De fato, esta iniciativa abriu um espaço importante para uma reflexão sobre o modelo de cuidado em saúde mental na USP de São Carlos, bem como uma discussão sobre os vários desafios que se colocam, relacionados ao autismo na Universidade e as possibilidades que se apresentam no cuidado que deverá ser implementado em situações de crise. Em simultâneo, este evento assinalou o ingresso do IFSC/USP no “Apoia USP”, que abre portas para ampliar o atendimento psicossocial no Instituto, iniciado anteriormente com a iniciativa “IFSC e o bem estar de sua comunidade”.

Através de vários palestrantes, especialistas, o evento abordou temas que remeteram à necessidade de se pensar em um ambiente universitário mais saudável em termos de inclusão de pessoas com diferentes necessidades, especialmente aquelas que se inserem em quadros de neurodivergência, com destaque para o espectro autista no âmbito escolar. “Hoje, sabemos de casos de alunos do nosso Instituto diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA) e essa informação chegou até nós por mero acaso, ou seja, não de forma oficial. Já passou da hora de debatermos isso!. Nós temos que trabalhar para construir esse caminho no sentido de abrir um canal de informação e poder criar políticas – quer no IFSC, quer na própria USP – para apoiar essas pessoas, e todas as demais que apresentem qualquer necessidade, e ajudar a tornar o nosso ambiente mais inclusivo”, destaca o Prof. Fernando Paiva, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

 

No que diz respeito ao evento, o Presidente da CIP do IFSC/USP sublinha que ele superou todas as expectativas, quer em termos do número de participantes, quer ainda – e mais importante – no envolvimento e participação do público na reflexão e discussão dos temas. “Essa participação justificou todo o esforço”, comemora Fernando Paiva, acrescentando que “esta foi uma porta que se abriu para que eventos como este possam ser periódicos no Campus, em todas as Unidades. Tudo isso, associado às campanhas que a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP vem desenvolvendo, irá gerar uma comunidade mais atenta e receptiva a esse tipo de assunto. Estou muito feliz!”, conclui o docente.

“Apoia USP”

Prof. Fernando Fernandes Paiva

Para a assistente social da Prefeitura do Campus USP de São Carlos e integrante da equipe “Apoia USP”, Drª Emanuela Pap da Silva,a avaliação que faz sobre este evento é, de fato, bastante positiva. “Foram dois dias em que pudemos estar presencialmente conversando sobre temas tão importantes e atuais no contexto da nossa Universidade, e foi muito bom termos um público significativo de estudantes, funcionários e docentes do nosso Campus e também da comunidade externa, que participou e debateu ativamente conosco estes temas. Penso, também, que foi um evento inaugural e muito representativo para a entrada do IFSC no “Apoia USP”, que chega somando e colaborando com as demais unidades de ensino e da Prefeitura do Campus na consolidação e expansão do “Apoia USP” para a nossa comunidade universitária. É muito bom ver os esforços coletivos na construção de uma comunidade acadêmica mais acolhedora e mobilizada pelo bem-estar das pessoas que fazem parte dela”, sublinhou.

Testemunho

Mariana (nome fictício) veio com 17 anos para o IFSC/USP. Aluna brilhante, de excelência máxima em todo o seu percurso escolar, vencedora de prêmios em diversas olimpíadas do conhecimento, praticando natação, canto e piano, eis que após o período da pandemia entrou em depressão, com grandes dificuldades em fazer amigos, algo que nunca tinha acontecido anteriormente. A mãe, Arminda (nome fictício), sublinha o fato de a família ter dado todo o apoio quando da mudança da jovem para São Carlos. Contudo, o caminho de Mariana estava sendo cada vez mais penoso, já que além de não conseguir fazer amizades no IFSC/USP, a jovem começou a enfrentar dificuldades em terminar os exercícios, algo que para ela era impensável devido ao seu currículo escolar – de excelência. Em face a esse quadro, Arminda levou a filha a psicólogos e psiquiatras e o diagnóstico foi que a jovem estava inserida no espectro autista. “Neste momento está sendo acompanhada. Já perdeu um ano e meio no seu curso. Embora ela saiba perfeitamente as matérias, os seus conteúdos, o fato é que não consegue sentar e estudar. ‘Estou só, isolada’, desabafa ela comigo, ao que eu respondo que ela precisa interagir com seus colegas, criar vínculos, amizades, embora tenha havido situações em que foram os seus próprios colegas que se afastaram dela”, relata Arminda.

O caso de Mariana insere-se exatamente nos objetivos do evento “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” e nesse espaço que está sendo aberto no Campus USP de São Carlos para uma reflexão e ação sobre o modelo de cuidado em saúde mental. Arminda acompanhou todo o evento e, no final, afirmou que retirou dele todas as informações, dialogou com os demais participantes, colocou questões e estabeleceu contatos com os profissionais que poderão ajudar na resolução do problema de Mariana. “Essa ajuda vai ser determinante para a recuperação de minha filha”, conclui a mãe de Mariana.

Os participantes

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de outubro de 2023

Curso de Proteção Radiológica

O Comitê Assessor de T&D do IFSC divulga a todos o oferecimento do “Curso de Radioproteção: Proteção Radiológica com ênfase para uso, manuseio e preparo de fontes radioativas não seladas”, a ser ministrado presencialmente por especialistas do Grupo de Trabalho em Proteção Radiológica da USP, no período de 21 de novembro a 1º de dezembro, com oferta de 60 vagas, sob a responsabilidade do físico Walter Siqueira Paes e coordenação do Prof. Guilherme Matos Sipahi, Presidente da CCEx-IFSC.

Trata-se de um treinamento de grande relevância e que tem como público alvo funcionários, docentes e alunos de pós-graduação do campus USP de São Carlos que trabalham com radioisótopos, ou que tenham a possibilidade de vir a envolver-se com o uso de fontes emissoras de radiação ionizante em instalações de pesquisa bem como providências relacionadas ao licenciamento de laboratórios.

As inscrições online ocorrerão no período de 9 a 17/10/2023 e os interessados poderão obter todas as informações clicando AQUI, e principalmente no Sistema Apolo (VER AQUI).

16 de outubro de 2023

Navegando na C&T e Educação – Um leve apanhado da vida nesta estrada – Alegrias, tristezas e curiosidades

Foi com grande expectativa que a comunidade do IFSC/USP acompanhou o Colóquio Especial ocorrido no dia 06 de outubro do corrente ano, subordinado ao tema “Navegando na C&T e Educação – Um leve apanhado da vida nesta estrada – Alegrias, tristezas e curiosidades” e apresentado pelo Prof. Roberto L. Lobo e Silva Filho, presidente do Instituto Lobo de Pesquisa e Gestão Educacional, ex-reitor da USP e ex-diretor do IFQSC/USP.

No resumo de sua palestra, o Prof. Lobo optou apenas por informar os tópicos de sua apresentação oral, tais como: Revolta contra a desigualdade / Busca do conhecimento – a beleza da física / A luta pela ciência brasileira – inovanddo / Gestão da educação / Defesa da autonomia universitária e da gestão consequente / Experiência internacional USA e Europa / A formação de quadros para a educação superior / O combate à evasão / A tecnologia e formação de engenheiros CAPES e CNI / e, levantando debates em assuntos de educação, ciência e tecnologia, subtemas que aumentaram ainda a curiosidade de como seria a sua intervenção.

Antes mesmo do início deste colóquio, tivemos a oportunidade de dialogar com o palestrante, principalmente sobre duas das particularidades do título apresentado – alegrias e tristezas. Para o Prof. Lobo, no capítulo das alegrias, existiram duas de grande significado. A primeira foi ter sido convidado, em 1972, pelo Prêmio Nobel da Química (1968), Prof. Lars Onsager, para viajar até Miami (EUA) e participar em um simpósio de homenagem a esse laureado, onde, em sua alocução, apresentou um trabalho da autoria do Prof. Lobo. “Eu era ainda muito novo e ele era já um senhor. Sem nos conhecermos pessoalmente, o Prof. Lars me chamou para casa dele e foi sensacional essa troca de experiências e de conhecimentos. Conversamos longamente e chegou um momento em que eu expliquei para ele que estava tentando trazer para o Instituto gente madura. Sorrindo, ele disse que eu não precisava de gente madura, já que alguém como eu, que era capaz de conduzir um grupo lato, aos trinta e poucos anos, não precisaria de muito mais. Foi um incentivo muito grande que recebi dele”, comemorou, sorrindo, o Prof. Lobo. Outra alegria do Prof. Lobo foi quando ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Purdue (EUA), uma honraria que foi sugerida por seu orientador.

No capítulo dedicado às tristezas, o Prof. Lobo sublinhou que a maior delas foi quando saiu da reitoria da USP depois de, segundo ele, “terem sido quatro anos de imenso trabalho, muito cansaço, além de ter minha mãe doente”. O Prof. Lobo foi o primeiro reitor da USP sob o conceito da autonomia. “Tive que reeducar toda a Universidade de São Paulo com um orçamento próprio, sem o controle do Estado. Tive que mudar a forma de distribuição de recursos e tudo isso originou um trabalho muito grande, com ‘brigas’ com o governador Fleury sobre as cotas de ICMS, etc.. Quando você tem um orçamento fixo, quanto mais alunos você coloca na universidade melhor é para qualquer governo, sendo que é pior para a própria universidade, já que ela fica com muito mais gente para gerir, com a mesma verba”, sublinhou o Prof. Lobo.

Outra tristeza mencionada pelo pesquisador foi que, nesse mesmo período que esteve à frente dos destinos da USP e por ocasião da aquisição de um equipamento oriundo de Israel, ele terá sido acusado injustamente de superfaturamento do material. Nesse período, a USP era invejada por muitas outras instituições, graças à sua pujança. Então, recebemos vários equipamentos de Israel, sendo que o pagamento era feito através de troca por café, uma negociação que nesse tempo era perfeitamente legal, sem a introdução de divisas. De repente, surgiu um escândalo nos jornais provocado por um professor do Estado de São Paulo, alegando que esse equipamento estava superfaturado, algo perfeitamente absurdo, constatado, inclusive, pelos mais diretos colaboradores, todos docentes da USP. Isso me desgastou muito, mas, o que que mais me entristeceu foi que ninguém da Universidade de São Paulo levantou um dedo para me defender publicamente. Então, em face a isso, eu não tinha mais nada que fazer na USP, até porque a partir daí a Universidade começou a ser objeto de briga entre os partidos políticos”, concluiu o palestrante.

Este colóquio especial contou com uma introdução feita pelo Prof. Glaucius Oliva, tendo o Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, agraciado o palestrante com uma placa de homenagem em nome da Unidade.

(Rui Sintra – Jornalista)

16 de outubro de 2023

“Prêmio Ciência-Tecnologia São Carlos 2023” – Prof. Antonio Carlos Hernandes (IFSC/USP) conquista prêmio na “Modalidade Cientista Emérito – Prêmio Dietrich Schiel”

(Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, divulgou os nomes dos vencedores do “Prêmio Ciência-Tecnologia São Carlos 2023”, que tem como objetivo estimular e reconhecer o trabalho dos cientistas e pesquisadores de São Carlos. Dentre os vencedores está o docente e pesquisador do IFSC/USP, ex-diretor da Unidade e ex-vice-reitor da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, que conquistou o prêmio na “Modalidade Cientista Emérito – Prêmio Dietrich Schiel”

Confira abaixo a lista de premiados.

Prêmio Ciência-Tecnologia São Carlos – 2023

*Modalidade Pesquisador Sênior – Prêmio Sérgio Mascarenhas de Oliveira:
Silvio Crestana;
Fernando Mauro Lanças;

*Modalidade Pesquisadora Sênior – Prêmio Yvonne Primerano Mascarenhas:
Debora Marcondes Bastos Pereira Milori;
Maria Bernadete Amâncio Varesche;

*Modalidade Jovem Pesquisador – Prêmio Antônio Pereira de Novaes:
Thiago Boaventura Cunha;

*Modalidade Jovem Pesquisadora – Prêmio Wanda Aparecida Machado Hoffmann:
Patrícia Hennig Osmari;
Laís Canniatti Brazaca;

*Modalidade Cientista Emérito – Prêmio Dietrich Schiel:
Antonio Carlos Hernandes;
Vanderlan da Silva Bolzani;

*Modalidade Professor de Ciência: 
Clezio Aniceto;

*Modalidade Professora de Ciência – Prêmio Odete Rocha: 
Milene Aparecida Rodrigues de Oliveira;

*Modalidade Jovem Cientista de São Carlos – Prêmio Silvio Crestana
Gustavo Ferragini Batista;
Yasmin Freire Soares;

*Modalidade Clube de Ciências – Prêmio Gilberto Orivaldo Chierice
SmartStation: Maximizando a Previsão Climática com Tecnologia Embarcada- EE Jesuíno de Arruda;
Bioplástico – Desenvolvimento de materiais biodegradáveis João Pedro Mardegan Ribeiro e Vanessa Cristina Correa; Seisdedos – EE Dona Aracy Leite Pereira Lopes;

O Prêmio é um reconhecimento do município aos cientistas que contribuíram para a ciência nacional e internacional, como também aos professores de ciências, aos alunos de ciências, aos clubes de ciências, enfim todos que participaram de alguma atividade científica relevante.

A cerimônia de premiação ocorrerá no próximo dia 26 de outubro, a partir das 19h00, na Câmara Municipal de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de outubro de 2023

Modernização na infraestrutura do IFSC/USP – Aquisição de equipamento avançado para Microscopia Eletrônica de Proteínas

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) se prepara para dar outro salto na sua infraestrutura para pesquisas em biologia estrutural com a aquisição de equipamentos multiusuário de última geração para crio-microscopia eletrônica (crio-EM) de proteínas – tema do Prêmio Nobel em Química de 2017 (VER AQUI) – marcando um novo capítulo na história da pesquisa biomolecular.

A história começou há mais de três décadas, quando o IFSC/USP foi o pioneiro na América Latina nas pesquisas de cristalografia de proteínas, contribuindo para o entendimento das bases moleculares de processos biológicos básicos além de diversas doenças e o desenvolvimento de candidatos a medicamentos inovadores. Hoje, a instituição se prepara para explorar novas fronteiras com a introdução de crio-EM biológico. Este avanço metodológico supera as limitações da cristalografia, permitindo aos pesquisadores preparar e analisar amostras biológicas grandes e heterogêneas (inerentemente resistentes à cristalização), isoladas ou em seu ambiente nativo celular, com precisão inigualável. A equipe vem se preparando para este momento faz alguns anos via estágios realizados por estudantes e pesquisadores do IFSC em instituições de ponta no exterior.

Foto 1 – Equipes de pesquisadores e técnicos do IFSC e do IQSC receberam treinamento local do LNNano para operar o equipamento de vitrificação de grades e o módulo criogênico do microscópio eletrônico (Fotos 1 e 2).

Os equipamentos foram concedidos pela FAPESP dentro da chamada para Equipamentos Multiusuários para Uso Científico – 2022, pelo Programa de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa (PAIP) do Estado de São Paulo (VER AQUI). Estes são o microscópio eletrônico de transmissão Tundra (100 kV, ThermoFisher Scientific) e um microscópio de duplo feixe (iônico e de varredura), Aquilos 2 (ThermoFisher Scientific) com capacidade para microscopia de luz correlativa, coletivamente avaliados em quase R$12 milhões, complementando infraestrutura em preparação, seleção e análise de amostras biológicas, inclusive em ambientes celulares nativos, para acelerar o entendimento da biologia básica e o desenvolvimento de tratamentos médicos inovadores.

A expectativa é que os novos microscópios, a serem instalados em espaço físico gentilmente cedido pelo Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag/IFSC/USP), entrem em comissionamento na segunda metade de 2024 e estejam disponíveis abertamente à comunidade científica em 2025.

Uma Jornada de Colaboração e Inovação

(Foto – 2)

A conquista foi possível graças à colaboração entre docentes dos grupos de Biofísica e Cristalografia, o Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar (FCI), a diretoria do IFSC/USP, e importantes parceiros externos, como o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano/CNPEM), parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), e a Central de Análises Químicas (CAQI), do IQSC/USP. O movimento, iniciado em 2021, partiu da aquisição de um equipamento de vitrificação de grades de microscopia (Vitrobot Mark IV, ThermoFisher Scientific) e um porta amostras criogênico (ELSA cryo-transfer holder, Gatan Inc.) para adaptação de microscópio já existente no CAQI, ambos financiados pela FAPESP via Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar/CEPID).

O LNNano/CNPEM, que oferece acesso à infraestrutura ímpar à microscópios de alto desempenho para a coleta de dados de alta resolução, como o Titan Krios (ThermoFisher Scientific, 300 kV), desempenhou um papel crucial neste processo do IFSC, auxiliando na seleção da infraestrutura e oferecendo treinamento especializado para garantir que os pesquisadores e estudantes maximizem o potencial do novo equipamento. O treinamento inicial para utilização do Vitrobot e avaliação qualitativa no CAQI foi realizado entre 15 e 16 de junho de 2023, inaugurando oficialmente as atividades locais em crio-EM de proteínas (anexarei fotos). O treinamento foi conduzido pela equipe do Dr Rodrigo Portugal, do LNNano/CNPEM, e financiado com recursos da Chan Zuckerberg Initiative (CZI), contando com apoio e participação da equipe do Prof. Laudemir Varanda, do IQSC/USP.

Olhando para o futuro

À medida que o IFSC/USP abre suas portas para a comunidade científica, a parceria com LNNano e CAQI promete impulsionar a pesquisa em alta resolução, marcando o início de uma rede robusta de microscopia eletrônica em São Paulo e para o Brasil, pavimentando o caminho para descobertas científicas sem precedentes e um futuro promissor na arena global da biologia estrutural.

Na ocasião desta matéria, os docentes envolvidos na iniciativa expressam seus profundos agradecimentos ao IFSC/USP e CIERMag, FAPESP, CIBFar/CEPID, LNNano/CNPEM, CAQI/IQSC/USP, CZI e EU-LAC/FAPESP, pela disponibilização e adequação de infraestrutura, suporte técnico e apoios financeiros.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de outubro de 2023

Prof. Antonio Carlos Hernandes recebe homenagem da Câmara Municipal de Ribeirão Preto

O ex-diretor do IFSC/USP (2010-2014), Prof. Antonio Carlos Hernandes, que exerceu as funções de vice-reitor da Universidade de São Paulo no mandato 2018-2021, foi homenageado no dia 05 de outubro pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto por ocasião das comemorações dos quinze anos da instalação do Curso de Graduação da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (USP), tendo em consideração suas  “relevantes contribuições acadêmicas” ao longo desse período.

Na circunstância, também foram homenageados os professores Vahan Agopyan, ex-reitor da USP (mandato 2018-2021), Suely Vilela, ex-reitora da USP (mandato 2005-2009), a qual iniciou o funcionamento da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, e o atual reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Para o Prof. Antonio Carlos Hernandes, no Brasil não existe a cultura do reconhecimento público pelos trabalhos realizados pelas pessoas, pelo que seu sentimento foi de muita felicidade pelo ato realizado conjuntamente pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto e pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (USP), na pessoa de seu diretor, Prof. Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de outubro de 2023

II Workshop de Cristalografia de São Carlos (LaMuCrEs) – Um sucesso

Os dias 05 e 06 de outubro ficaram marcados, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), pela realização do “II Workshop de Cristalografia de São Carlos”, um evento apoiado pela FAPESP e promovido pelo Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LaMuCrEs), uma instalação de ponta sediada no nosso Instituto e dedicada à descoberta científica e inovação tecnológica, sendo um símbolo para o entendimento do mundo dos cristais e do seu profundo impacto em diversos campos, que vão da ciência dos materiais à medicina e que se iniciou a partir do trabalho pioneiro da Profa. Yvonne P. Mascarenhas, que começou seus primeiros trabalhos no estudo de materiais ainda na década de 60 do século passado.

Sob a direção do pesquisador Prof. Javier Ellena (IFSC/USP), este evento do LaMuCrEs teve o foco de intensificar o conhecimento sobre a utilização das técnicas de difração de raios-x por pó e por monocristal na elucidação estrutural de diferentes tipos de materiais, com o objetivo de aprofundar os conceitos da cristalografia para pesquisadores e alunos de pós-graduação.

Com a participação de um conjunto lato de pesquisadores que dissertaram sobre os fundamentos da cristalografia e desenvolveram atividades práticas de coleta, processamento, determinação e refinamento de estruturas cristalinas, este workshop foi também uma forma de apresentar aos potenciais usuários de nossa região a infraestrutura do LaMuCrEs, bem como as técnicas disponíveis para a comunidade. Em simultâneo, o evento procurou promover o treino de novos usuários nas técnicas experimentais abordadas, bem como capacitá-los nas novas tecnologias, com o intuito de permitir que eles possam desenvolver as habilidades e pensamento crítico nas abordagens das técnicas.

Profs. Javier Ellena e Yvonne Primerano Mascarenhas

Grande participação de pesquisadores e alunos de pós-graduação

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP