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10 de setembro de 2018

Docentes da USP São Carlos em missão especial na Colômbia

O Brasil é um país líder na América Latina e, dentro dele, a Universidade de São Paulo é considerada uma referência para o ensino e pesquisa. Dessa forma, um líder tem a função de promover, organizar e colaborar com todos, e isto é o que o Brasil vem fazendo com seus congêneres da América Latina.

No intuito de tornar ainda mais forte estes laços e organizar algumas colaborações ainda não fortalecidas, uma missão de docentes da USP foi convidada pelo cônsul brasileiro em Bucaramanga (Colômbia), Dr. Jorge A. Zuluaga Villegas, juntamente com a embaixada brasileira, em Bogotá, a realizar um evento conjunto USP/Universidad Antonio Narino ( UAN).

Reunião da missão brasileira com o embaixador na Colômbia, Dr. Julio G. Bitelli (ao centro).

O objetivo do evento foi mostrar as mais modernas pesquisas que ocorrem na USP, bem como discutir as formas pelas quais a Universidade de São Paulo poderá receber alunos daquele pais para complemento de sua educação de pós-graduação. Estiveram presentes o Prof. Marcelo Becker e o Prof. Thiago Boaventura, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e o Prof. Vanderlei Bagnato, diretor de nosso Instituto (IFSC/USP), bem como o Prof. Luiz A. Daniel ( Unicamp e Centro Paula Souza ) e o Dr. Javier Martinez Silva, da Escola Politécnica (USP). Por parte da Colômbia participaram diversos professores da UAN.

Com uma plateia constituída por cerca de oitocentas pessoas oriundas de diversas partes da Colômbia, as palestras (três por participante) cobriram as diversas áreas de pesquisa, tendo sido discutido um plano para que a Universidade de São Paulo possa receber alunos da Colômbia para a realização de pós-graduação, por períodos de doze a dezoito a meses, com recursos advindos das próprias universidades colombianas, com a disponibilização da infraestrutura da USP, pelo lado brasileiro.

Segundo o diretor do IFSC/USP, “Ter uma boa relação com a Colômbia é motivar vizinhos com preparo científico e tecnológico e ter nossos laboratórios como referência na procura por formação de nível superior. Temos que liderar o processo de formação da América Latina, para que junto com todos estes países possamos diminuir o “gap” tecnológica existente entre nós todos desta região com relação aos EUA e Europa. Só unindo todos, num grande consórcio científico, é que seremos relevantes como potência científica e tecnológica”.

Auditório da Universidade Antonio Marino, em Bogotá: cerca de 800 participantes para verem as novidades em ciência e tecnologia da USP

Além das palestras e discussões, uma reunião especial ocorreu na Embaixada Brasileira, em Bogotá, com o Embaixador Julio G. Bitelli, cujo foco se centrou em discussões de cooperação em várias frentes, envolvendo a USP. Dentre as diversas iniciativas, esteve a de um programa de inovação tecnológica que permita às empresas brasileiras nascentes encontrarem na Colômbia parcerias comerciais adequadas, para que suas soluções possam também estar disponíveis para a sociedade colombiana. Também se pretende, num futuro próximo, organizar um evento de ensino experimental pré-universitário, à semelhança daquele que já ocorre no nosso país (em especial em são Carlos e região), utilizando os kits educativos em ciência.

Com liderança do Prof. Marcelo Becher, um programa de cooperação em pós-graduação, na área de robótica, já está em andamento entre a EESC/USP e UAN. Segundo a equipe da USP, esta nova etapa de cooperação com a Colômbia deverá ser o primeiro passo para ampliar as relações já existentes entre os dois países, só que agora de uma forma mais abrangente, institucional, através da mediação da embaixada brasileira.

Com um elevado número de estudantes colombianos em São Carlos, a própria cidade beneficia com os aspectos culturais trazidos por esses jovens que contribuem para o desenvolvimento da economia local. “São Carlos já é um local muito apreciado pelos latino-americanos, principalmente para a aquisição de conhecimento e de boa formação profissional. É assim que queremos nos consolidar no mundo, como local provedor de excelente educação e detentor do estado da arte nas várias áreas do conhecimento. A USP, juntamente com a UFSCar e a UNICEP, poderão ser pontos de destaque na formação de uma América Latina forte, independente e economicamente viável”, sublinha Vanderlei Bagnato.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de setembro de 2018

Do IFSC/USP rumo ao universo da engenharia de materiais

Celso Donizetti de Souza Filho, Físico Metalurgista, conta que antes mesmo de começar o colegial já tinha grande paixão pela matemática. Nessa época, tomou conhecimento de um projeto que ocorria na E. E. Profº Sebastião de Oliveira Rocha, organizado pela Profa. Dra. Yvonne Mascarenhas – uma das pioneiras do IFSC-USP -, que fornecia livros e materiais didáticos com a finalidade de apoiar os alunos que pretendiam ingressar na universidade pública. Assim, Celso saiu da pequena cidade de Ibaté e veio para São Carlos onde cursou o colegial nessa escola estadual. Durante essa fase de estudos, Celso começou a se interessar pela física, principalmente por óptica: “Essa área me fascinava e eu queria trabalhar com lasers, lentes e microscópios, principalmente com lasers, que eram a minha grande paixão naquela época”, revela o ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos.

Durante o ensino médio, Celso ouviu de várias pessoas que o estudo de física no IFSC era forte. No terceiro colegial, ficou sabendo sobre a prova do curso ministrado pelos Profs. Drs. Milton Ferreira de Souza e Sérgio Carlos Zílio, ambos do Instituto, que ofereciam vagas numa escola particular em São Carlos aos jovens que fossem aprovados na avaliação. Celso prestou a prova e foi selecionado, porém, dias antes, ele tinha passado em física na UFSCar, onde ficou por seis meses até pedir transferência para a USP, já que a óptica o fascinava.

A vinda de Celso Donizetti para a Universidade de São Paulo rendeu-lhe a chance de fazer monitoria na escola onde havia feito o colegial. Para ele, essa oportunidade foi uma forma que conseguiu para retribuir a possibilidade de ter ingressado tanto na UFSCar, quanto na USP, o que é difícil nos dias de hoje. Assim, Celso fez monitoria por dois anos e seguidamente deu inicio a uma iniciação científica com o Prof. Milton. Nesse intervalo de tempo, optou por ser um teórico-experimental, ao mesmo tempo em que cursava as disciplinas de óptica. Posteriormente, começou a estagiar na Engemasa, em São Carlos, quase que cumprindo um desígnio, já que seu pai tinha também trabalhado nessa empresa: após ter conversado com o diretor da Engemasa, a empresa abriu suas portas para que o jovem realizasse um estágio de seis meses. A partir daí, o ex-aluno do IFSC-USP percebeu que a área industrial era de fato um desafio e uma boa opção de ter um emprego de longa duração, com expectativas de ascensão na carreira: “Além de ter um retorno financeiro rápido, você sempre está sendo testado. Então, você tem que dar o seu melhor para não ser passado para trás por um concorrente ou até mesmo por alguém com quem você trabalha junto”. Três anos depois, em 2009, Celso foi contratado pela Engemasa, mas o que ele não imaginava é que, passados alguns meses, sua área de atuação mudaria por completo.

Assim que foi contratado pela empresa, surgiu um problema técnico grave para a indústria petroquímica: para Celso foi colocada a missão de descobrir alguma forma de analisar um dano causado pelo ingresso de carbono no aço inox, algo que poderia comprometer a fabricação de diversos produtos na Engemasa. Nessa época, o Prof. Dr. Luís Nunes (IFSC-USP) deu uma palestra abordando o ferromagnetismo e, nesse evento, Celso teve a oportunidade de dialogar com vários pesquisadores do Instituto, explicando a problemática detectada na empresa. O Prof. Dr. Tito J. Bonagamba ofereceu-se, então, para dar todo o apoio e ajudar a solucionar o problema. A partir daí, Celso começou a trabalhar intensamente com Bonagamba, um trabalho que serviu como base para seu mestrado e que atualmente complementa no seu doutorado na área de Engenharia “para obter um maior enfoque”, segundo suas próprias palavras.

Ainda de acordo com o ex-aluno, há uma falha muito grande na profissão de físico metalurgista, já que não é uma atividade regulamentada: “A Física não tem, por exemplo, o CREA, um sistema de proteção onde o profissional possa assinar documentos e projetos”. Sendo assim, a ocupação do físico metalurgista foi criada para enquadrar os físicos que atuam na área de engenharia de materiais. Na Engemasa, Celso atua no laboratório de pesquisa, desenvolvimento e processo, com ênfase na vertente petroquímica, onde cria ligas metálicas que trabalham em altas temperaturas e são bastante utilizadas em reformas para obtenção de etileno.

Para ele, um profissional com graduação ou pós-graduação é tido como “caro” no mercado de trabalho, porém, essas pessoas conseguem dar um retorno enorme para as empresas. Celso afirma que a área pública é o setor que melhor paga. Pesquisadores concursados conseguem salários maiores do que aqueles que trabalham na área privada, campo que sofre muito com a competitividade: “No Brasil, o encargo financeiro é muito alto, então, para uma empresa brasileira competir com uma empresa da China ou da Malásia, não tem qualquer chance, porque a carga tributária é muito alta”, explica.
Em suma, para Celso, as indústrias brasileiras ainda carecem de proteção. Como exemplo, ele cita a produção de refinarias de petróleo no Brasil, cujos 70% a 80% de itens produzidos devem ser fornecidos no Brasil, mas, fornecido não significa produzido, já que quando esses pedidos são repassados a outras empresas, as construtoras realizam a aquisição de equipamentos oriundos de companhias da China, Malásia e até da Índia. Ou seja, uma firma brasileira acaba fornecendo e não produzindo: “A empresa nacional perde muito com isso. Falta uma política de proteção para as indústrias nacionais”. Segundo o nosso entrevistado, a maior dificuldade que um físico enfrenta quando entra na área industrial é justamente o preconceito de que físicos só fazem pesquisas teóricas. Para Celso, é difícil um aluno de física estagiar na área de Engenharia, por exemplo: “Eu dei sorte, porque na Engemasa, entre os oito pesquisadores existentes, só eu e meu superior hierárquico é que somos físicos”.

Quanto ao salário, Celso diz que um profissional recém-formado, aqui na região do interior paulista, pode auferir aproximadamente R$ 2.500,00. Um pesquisador, com cerca de dez anos de carreira, recebe entre R$ 6.500,00 e R$ 7.500,00. Já os iniciantes que pretenderem trabalhar em São Paulo podem receber perto de R$ 5.000,00.

Para Celso Donizetti, o primeiro ponto essencial para os alunos que estão cursando a graduação na física, é o foco. De acordo com ele, o aluno precisa decidir o que quer fazer e se focar completamente: “Acho que a graduação é uma experiência muito boa, porque, além de aprender sobre o curso, o aluno aprende sobre ele mesmo. Digo isso, porque eu entrei na física querendo trabalhar numa área e fui para outra totalmente diferente”. Além disso, ele frisa a importância do valor que o aluno deve dar, tanto para as ferramentas de estudo quanto para a capacidade e excelência de seus professores, e isto porque, além de ter uma ótima estrutura, o aluno precisa de disciplina e força de vontade.

Por fim, Celso acredita que o importante é traçar sempre um rumo e seguir pelo caminho desejado, independente dos obstáculos, entendendo que ter um resultado ruim, hoje, ainda é um resultado e ele tem que saber interpretá-lo: se cair uma vez é sempre possível levantar novamente: “Quando sonhar sonhe grande”, finaliza Celso, com uma frase que utilizou no slide final de sua apresentação de mestrado.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de setembro de 2018

Cidade de Santos (SP): 43º Congresso da Sociedade Brasileira de Biofísica

A cidade de Santos (SP) vai receber entre os dias 27 e 30 deste mês de setembro, no Mendes Plaza Hotel, a 43ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Biofísica.

Este evento científico apresentará 16 simpósios, quatro palestras plenárias e duas sessões de pôsteres para discussões sobre desenvolvimentos em Biofísica e suas interfaces com Bioquímica, Medicina, Farmácia, entre outras disciplinas.

Entre os palestrantes convidados, que se deslocarão a Santos para participar do evento, estão Angela Gronenborn (University of Pittsburgh, Estados Unidos), Koji Kinoshita (University of Southern Denmark, Dinamarca), Nuno Santos (Universidade de Lisboa, Portugal), Rachel Nechushtai (Hebrew University of Jerusalem, Israel) e Beate Roder (Humboldt University of Berlin, Alemanha).

As atividades serão separadas em eixos temáticos como “Cell and model membranes Biophysics”, “Central Nervous System Electrophysiology”, “Biophysics of Proteins”, “Nanostructures and Drug Delivery”, “Modern Methods in Computational Biophysics”, “Antimicrobial peptides” e “Photobiology and its Applications in Health Sciences”.

As inscrições custam entre R$ 150 e R$ 750 e podem ser feitas pelo site do Congresso.

Para obter mais informações , clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de setembro de 2018

Em nome da ESPERANÇA: o carinho e cuidado de quem ajuda a combater o câncer

Um enorme abismo se abre repentinamente sob os pés e parece que todos os projetos simplesmente vão por água abaixo: a vida passa a ter um sentido diferente (ou não ter sentido), amargo, e a prostração toma conta do indivíduo. Há pressa em viver o que resta (por pouco que seja).

Estas são, talvez, de forma sucinta – com certeza sem vislumbrar nem de perto o verdadeiro sentimento de drama e de clamor à vida -, as primeiras impressões de quem recebe a notícia de que desenvolveu um câncer – seja ele de que tipo for. E, se esse drama, se esse sentimento de pânico e de perda total ficam completamente instalados em um paciente, não é menos verdade de que quem está do outro lado, do lado do atendimento e da prestação de serviços de saúde, sente que tem em suas mãos a responsabilidade e a contribuição importantes para renovar a esperança das pessoas, de sua qualidade de vida, da recuperação de sua saúde.

Alessandra Keiko Fujita é uma pós-doutoranda no IFSC/USP, integrando atualmente a equipe de técnicos e outros profissionais de saúde que desenvolvem suas atividades na Unidade de Terapia Fotodinâmica, na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, tendo como especialidade administrar os tratamentos de quelóide*, psoríase** e câncer de pele. Quando decidiu fazer Física, há uns anos atrás, Alessandra não fazia a menor ideia de que um dia iria mergulhar profundamente na aplicação da Física na área da saúde. “No meu curso, comecei a entrar em uma das áreas da medicina nuclear, sem olhar para todo espectro, e quando vim para o Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) continuei a não enxergar o quão vasto é o mundo da Física na área da saúde. Paulatinamente, na medida em que fui sendo apresentada a todo esse conjunto de conceitos, os meus olhos foram abrindo e a paixão por essa área me arrebatou por completo”, comenta Alessandra com um brilho intenso no olhar.

No Grupo de Óptica do IFSC/USP e apesar de sua formação inicial ser outra, Alessandra Keiko (como é carinhosamente chamada) encontrou a oportunidade para fazer de tudo um pouco e também aprender de tudo um pouco, tendo como meta ajudar os pacientes. “Amo lidar com pessoas, amo tentar dar a elas tudo aquilo que eventualmente esteja nas minhas mãos para proporcionar bem-estar, esperança, qualidade de vida. Às vezes me sinto presa, de alguma forma impotente para ir mais longe, porque, como é óbvio, a equipe é multidisciplinar e tenho que ter do meu lado outros colegas, o médico e/ou a enfermeira”. Nós tratamos os pacientes pelo seu nome próprio: eles não são meros números ou presenças ocasionais” pontua Alessandra, que recorda um episódio com uma paciente com câncer de pele que a marcou profundamente.

“Certa vez, chegou na Unidade de Terapia Fotodinâmica uma senhora que apresentava uma pequena lesão na ponta do nariz. Diagnosticada pelos médicos a quem então recorreu, observou-se que essa pequena lesão era um câncer em seu estado inicial. Antes de ter decidido visitar a Unidade, a senhora consultou um outro médico que lhe receitou dez sessões de radioterapia, um tratamento que ela mesmo constatou, através da Internet, que era de certa forma violento e cujos resultados poderiam não ser aquilo que esperava. Quando chegou na Unidade, a senhora estava em pânico completo e mais em pânico ficou quando foi informada que o tratamento seria na base de laser e ultrassom: desconhecedora da metodologia do tratamento, ela confessou, mais tarde, ter pensado que tudo aquilo iria virar uma verdadeira tortura. De uma forma muito tranquila explicamos todos os procedimentos, mostramos que não causaria qualquer dor, acarinhamo-la, brincamos com ela, rimos juntas e cuidamos dela ao longo de todas as sessões. No final do tratamento, o câncer dela desapareceu e ela tornou a sorrir, a gargalhar. É extraordinariamente gratificante você poder participar de um momento como esse, de saber que você ajudou alguém, que você aplicou nessa pessoa todo seu conhecimento e treinamento adquirido ao longo de vários anos… É maravilhoso…”, ressalta Alessandra, visivelmente comovida.

As pessoas que procuram a Unidade de Terapia Fotodinâmica para realizar os diversos tratamentos combinados com laser e ultrassom são provenientes dos mais variados extratos sociais, mas a maioria delas são pessoas carentes, de baixa renda, sendo que no caso de pacientes com câncer de pele eles apresentam um histórico de vida de trabalho intenso na roça, sob sol escaldante – daí a propensão para o aparecimento de um câncer de pele que surge lenta e dissimuladamente, através de uma pinta ou de um pequeno machucado que, ao longo do tempo, se transforma em algo dramático.

(…) Às vezes me sinto presa, de alguma forma impotente para ir mais longe (…)

Devidamente aprovados pela ANVISA, os tratamentos realizados através dos equipamentos desenvolvidos pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP são gratuitos e deverão ser entendidos como uma contribuição que a Universidade de São Paulo dá à sociedade, que é quem sustenta a própria USP.

Além da Unidade de Terapia Fotodinâmica, instalada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, e que conta com supervisão médica, tratamentos similares também estão sendo feitos no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP), sob a coordenação da Drª Gabriela Sávio, responsável pela Unidade de Pele daquele estabelecimento de saúde.

É um orgulho para o IFSC e para a USP poder apoiar a população, a sociedade que tanto contribui para elas.

*Queloide – É um crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele. É uma alteração benigna, portanto sem risco para a saúde, na qual ocorre uma perda dos mecanismos de controle que normalmente regulam o equilíbrio do reparo e regeneração de tecidos. O queloide pode afetar os dois sexos igualmente, embora exista uma maior incidência em mulheres. Indivíduos com pigmentação mais escura, pessoas negras e pessoas asiáticas são mais propensos a desenvolver queloides. A frequência de queloides em pessoas com pele mais pigmentada é 15 vezes maior do que em pessoas com pele menos pigmentada. A idade média de seu início gira entre 10 e 30 anos. As pessoas em extrema idade raramente desenvolvem queloides. Os queloides podem ocorrer em 5% a 15% das feridas cirúrgicas e apesar de benignos, tendem a recidivar mesmo depois de serem removidos por cirurgia. Se uma pessoa tem tendência a formar queloides, qualquer lesão que possa causar cicatriz pode levar à sua formação. Isso inclui um simples corte, uma cirurgia, uma queimadura ou até mesmo cicatrizes de acne severa. Algumas pessoas podem desenvolver um queloide depois de furar a orelha para colocar brincos e piercings ou mesmo apenas no trauma da tatuagem. Um queloide também pode se formar em feridas de catapora após a doença ter passado. Em casos muito raros, os queloides se formam em pessoas que não feriram a pele. São chamados de “queloides espontâneos”. Os locais mais envolvidos são as áreas do tórax, do colo, do pescoço anterior, dos ombros, dos braços e das orelhas, mas outros locais podem ser afetados. (Informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia);

**Psoríase – Doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos. Iniciam-se, então, respostas imunológicas que incluem dilatação dos vasos sanguíneos da pele e infiltração da pele com células de defesa chamadas neutrófilos, como as células da pele estão sendo atacadas, sua produção também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das células. Esse ciclo faz com que ambas as células mortas não consigam ser eliminadas eficientemente, formando manchas espessas e escamosas na pele. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. É importante ressaltar: a doença não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado. É frequente a associação de psoríase e artrite psoriática, doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor. A patogênese das comorbidades em pacientes com psoríase permanece desconhecida. Entretanto, há hipóteses de que vias inflamatórias comuns, mediadores celulares e susceptibilidade genética estão implicados. (Informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia).

(Fotos: Getty Images/iStockphoto/IFSC)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de setembro de 2018

Produção científica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – Agosto

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de Agosto de 2018, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico: Scientometrics, v. 116, n. 2, p. 1113-1121, Aug. 2018.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de setembro de 2018

Do IFSC/USP para o mundo: um físico na Bolsa de Valores de São Paulo

Bruno Fernandes Bessa de Oliveira nasceu na cidade de Diadema, São Paulo e hoje tem 30 anos. O ensino fundamental ocorreu na escola estadual Wallace Simonsen, em São Bernardo do Campo (SP), e nessa época as ciências exatas já preenchiam, por paixão, grande parte da vida escolar do jovem, até porque ele contou desde cedo com o entusiasmo e apoio de um professor que o incentivou bastante a se interessar pela área da física, da mesma forma que seus pais, sempre atentos quando o assunto era escola. “Eles sempre pegavam no meu pé para que eu nunca tirasse notas ‘vermelhas’”, relembra Bruno.

A transição para o ensino médio, para a escola estadual Philadelpho Gouvêa Netto, em São José do Rio Preto (SP), foi “tranquila”, segundo o jovem. Além de se dar bem com as ciências exatas, Bruno também mostrava empatia com a área das ciências humanas, onde se destacou nas disciplinas de história e língua portuguesa. Porém, as redações desta disciplina não eram tão estimulantes quanto os cálculos: “Quando o tema era matemática, isso me chamava muito atenção, apesar de agora não considerar que fosse um aluno brilhante nesse período”, diz Bruno. A escolha do jovem em realizar um ensino superior em São Carlos deveu-se à influência de um amigo que era aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e, através deste exemplo, Bruno conheceu nosso Instituto e gostou do que viu.

Nessa época, ele já tinha feito um curso técnico de informática, fator que, com certeza, contribuiu para que ele decidisse cursar Física Computacional no IFSC. “Eu percebi que tinha perfil para essa vertente”, comenta Brno. A mudança de São Bernardo do Campo para São Carlos foi um desafio na vida deste jovem, principalmente por ter sido sua primeira experiência fora de casa, longe da família e dos amigos. Na graduação, ele enfrentou um momento “chocante”, uma vez que teve alguma dificuldade em aprender, de forma rápida, os principais conceitos da física, algo que a partir do quarto semestre acabou sendo superado, já que Bruno conseguiu conciliar todas as disciplinas, tendo obtido resultados bastante bons.

No início do curso, seu objetivo era permanecer na área acadêmica, já que a intenção era concluir uma pós-graduação, mas, principalmente devido a questões financeiras, seu foco começou a ficar retido no setor industrial, mesmo ainda no decurso da graduação: “Na época da Universidade, meus pais me bancavam; então, senti a necessidade de ter os meus próprios meios para seguir minha vida”. Bruno diz que, para se tornar realmente independente, de forma rápida, teve que fazer essa escolha, um caminho em que, de acordo com a maioria dos físicos que atuam na indústria, os resultados dos trabalhos aparecem de forma mais célere. “Trabalhar em equipe faz com que você aprenda as coisas de maneira mais rápida. O seu desempenho melhora muito quando opera ao lado de pessoas experientes”, explica Bruno.

Decidido a enfrentar o setor produtivo, Bruno frequentou diversos programas de seleção de talentos voltados à área tecnológica, em São Paulo, com a intenção de chegar ao quarto ano da graduação já trabalhando em alguma empresa. Todavia, nenhuma dessas seleções deu certo. Depois de concluir seu curso, o ex-aluno do IFSC mudou-se definitivamente para São Paulo e, após a realização de diversas entrevistas, recebeu uma proposta de trabalho na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa), prestigiada instituição onde Bruno trabalha até hoje, com as funções de Analista de Administração de Risco – estudo das probabilidades de ganhos e perdas associados a contratos: o modelo de risco é o modelo matemático responsável pelo cálculo destas probabilidades -, utilizando técnicas de programação de bancos de dados e modelagem para produzir informações úteis ao controle de risco associado aos negócios da instituição.

Bruno diz, ainda, que ao longo do tempo em que trabalha na BM&F Bovespa, foi acumulando diversas responsabilidades na medida em que apresentava resultados. “Durante todo o tempo que eu trabalho nesse setor, tenho visto que é extremamente difícil contratar mão-de-obra qualificada e abrangente”, revela. Hoje, sua meta principal é crescer ainda mais dentro da Bolsa de Valores e ser reconhecido pelo trabalho que faz. “A única maneira para você alcançar esses objetivos dentro de uma grande empresa ou instituição, com vários talentos competindo com você, é mantendo sua produtividade em alta”.

Com a experiência adquirida, quer no IFSC-USP, como também no setor produtivo, o jovem diz que quando se está na graduação é preciso ter bastante curiosidade pela ciência e não deixar que as dificuldades apresentadas por algumas disciplinas diminuam o interesse pela física. Além disso, Bruno conta que é importante valorizar o tempo livre e fazer uma série de disciplinas que seja adequada ao momento de lazer que o estudante terá, para que o horário não fique sobrecarregado e para que possa se dedicar ainda mais às matérias escolhidas.

Para o nosso entrevistado “quando um jovem está na universidade é importante que avalie o próprio perfil e anseio profissional e não se limite apenas à área acadêmica ou à industrial.”, finaliza Bruno.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista – Foto principal: Rafael Matsunaga)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de setembro de 2018

USP é selecionada para novo programa da Capes – “Print”

A USP foi uma das universidades selecionadas para fazer parte do Programa Institucional de Internacionalização (Print), criado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O Print é um novo programa da Capes que visa a fomentar o desenvolvimento de planos estratégicos de internacionalização como meio de melhorar a qualidade dos cursos de pós-graduação nacionais e de conferir maior visibilidade internacional à pesquisa científica realizada no Brasil.

Para isso, as instituições cujos projetos foram contemplados receberão recursos para o financiamento de atividades, como auxílio para missões de trabalho no exterior; manutenção de projetos; bolsas no exterior (doutorado sanduíche e professor visitante) e no País (pós-doutorado e jovem talento com experiência no exterior).

O anúncio dos contemplados foi feito pela Capes no dia 20 de agosto. Os recursos de 2018 serão destinados a 25 instituições de ensino superior que participaram do processo de seleção, iniciado em 2017. Os projetos escolhidos serão iniciados em novembro, com um prazo de duração de quatro anos. A partir de 2019, a Capes investirá R$ 300 milhões anuais no programa.

A USP deverá receber R$ 144 milhões.

A proposta da USP foi elaborada por um grupo de trabalho coordenado pelo pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Júnior. Segundo o pró-reitor, dentre os resultados esperados estão a consolidação das parcerias internacionais, um fluxo maior de estudantes de doutorado no exterior e a mobilidade mais estruturada de docentes.

Em abril, a Pró-Reitoria promoveu encontros com diretores de unidades de ensino e pesquisa, presidentes das Comissões de Pós-Graduação e de Pesquisa e coordenadores dos Programas de Pós-Graduação da Universidade para discutir a proposta da USP, apresentar sugestões e propor aprimoramentos.

(Com informações de Adriana Cruz – Sala de Imprensa USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de setembro de 2018

A conquista do prêmio de melhor trabalho de iniciação científica

Cerimônia de entrega do prêmio – Da esquerda para a direita: Prof. Fábio Almeida – presidente da AUREMN -, Prof. Eduardo Azevedo (IFSC/USP) e Raquel Gama

A jovem Raquel Gama, estudante do 4º ano do Curso de Bacharelado em Física (IFSC/USP), foi a grande vencedora do Prêmio AUREMN em Ressonância Magnética 2018 – Melhor Trabalho de Iniciação Científica, conquistado no decorrer da Jornada Brasileira de Ressonância Magnética, promovida pela Associação de Usuários de Ressonância Magnética (AUREMN) e que ocorreu na cidade de Bento Gonçalves (RS), entre os dias 31 de julho a 03 de agosto.

Orientada pelo Prof. Eduardo Ribeiro de Azevedo (IFSC/USP), Raquel Gama, que pela primeira vez participou de um encontro da AURENM, apresentou o trabalho Uso combinado de RMN de estado sólido em alto e baixo campo magnético para caracterização de mobilidade molecular: aplicação em polímero com propriedade de autorregeneração.

Sucintamente, o trabalho de Raquel, que está sendo feito em colaboração com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), tem o objetivo de aplicar técnicas combinadas de RMN em um polímero que se autorregenera, que poderá ser usado para a criação de um sensor que detecta trincas em aeronaves.

Como prêmio, Raquel Gama ganhou sua inscrição e hospedagem no próximo evento promovido pela AUREMN,que, tudo indica, ocorrerá em Angra dos Reis (RJ).

O IFSC/USP congratula efusivamente Raquel Gama pela conquista alcançada.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de setembro de 2018

Brasileiros e americanos se destacam na “Physical Review Materials” (PRM)

O artigo intitulado Anomalous remnant magnetization in dilute antiferromagnetic Gd1-xYxB4, da autoria* de pesquisadores do Instituto de Física da USP, Centro Universitário FEI, Universidade da Caifórnia (USA) e Universidade Estadual de San Diego (USA), foi destaque na conceituada revista Physical Review Materials (PRM) (Projetos FAPESP: 2013/07296-2, 2013/20181-0 e 2014/19245-6)

A impossibilidade de satisfazer interações magnéticas concorrentes e de maneira simultânea resulta em um fenômeno conhecido como frustração magnética. Um caso típico de frustração geométrica pode ser visualizado em um material com rede triangular, onde o alinhamento antiferromagnético AFM entre três íons magnéticos posicionados nos vértices do triângulo não pode ser satisfeito simultaneamente.

Um caso mais geral de frustração em uma rede em duas dimensões (2D) foi abordado por Sriram Shastry e Willian (Bill) Sutherland no início da década de 80 e é denominado de rede SS. Neste contexto, sistemas AFM frustrados têm atraído bastante interesse e motivado extensa pesquisa devido à observação de novos fenômenos e fases exóticas que se correlacionam com a frustração. Importante mencionar também que o interesse renovado em sistemas AFM frustrados, oriundo no processo físico que ocorre tanto nos domínios AFM presentes nos materiais, assim como nas paredes de domínio, deve-se à sua relevância para as interações antiferromagnéticas que ocorrem, por exemplo, na spintrônica.

Figura 1 – Estrutura magnética do GdB4 ao longo do plano ab da rede cristalina. Os átomos de Gd e os átomos de B são representados pelas cores verde e azul, respectivamente.

Compostos de tetraboretos de terras raras RB4 (R = elemento terra-rara) são de interesse nesse cenário pois oferecem uma realização experimental rara de redes frustradas do tipo SS. As interações magnéticas concorrentes em materiais RB4 resultam em diversos fenômenos físicos de interesse na matéria condensada incluindo plateaus de magnetização, formação de dímeros, estruturas magnéticas complexas e diagramas de fase muito ricos. O composto GdB4, em particular, pode ser considerado como um sistema do tipo SS, em que os momentos formam uma estrutura magnética não-colinear. A anisotropia necessária para estabilizar essa estrutura magnética também é responsável por fazer a orientação de magnetização dura ao longo do eixo perpendicular ao plano basal (veja Figura 1).

O surgimento de um ferromagnetismo fraco exótico (wFM) promovido por substituição iônica não magnética no sítio R foi observado recentemente no sistema frustrado geometricamente R1-xYxB4 (R = Tb e Dy). A substituição parcial de Tb ou Dy por Y (não magnético), resulta no decréscimo da temperatura de ordem AFM (TN) e no aparecimento de uma componente ferromagnética fraca wFM abaixo de TN. Este ferromagnetismo fraco é bastante anisotrópico e só pode ser observado quando o campo magnético externo é aplicado ao longo do plano magnético. O início e a magnitude da componente wFM inicialmente escala com o nível de dopagem Y. No entanto a saturação da magnetização ocorre ao redor de x ≈ 0,35, sugerindo que a formação do wFM não é usual. A ocorrência de ferromagnetismo fraco nos R1-xYxB4 (R = Sm, Gd, Tb, Dy, Er) magneticamente frustrados é uma característica geral, sugerindo que apresenta origem comum. A fim de investigar isso mais a fundo, foi realizado um estudo detalhado da magnetização em cristais de Gd1-xYxB4; x = 0, 0,2 e 0,4. Os resultados indicam um comportamento universal para cristais com diluições diferentes, nas quais a componente ferromagnética do wFM satura em campos magnéticos relativamente baixos. As magnetizações obtidas em diferentes campos magnéticos também exibem comportamento universal.

A ocorrência de ferromagnetismo fraco e magnetização remanente nos cristais diluídos correlaciona-se com a substituição parcial de Y por Gd e é consistente com a formação de paredes de domínio nos materiais. Os dopantes não magnéticos são possivelmente os centros de ancoramento e o ferromagnetismo fraco resulta de uma ligeira descompensação dos íons nas paredes do domínio. Embora domínios magnéticos sejam observados em outros materiais antiferromagnéticos diluídos, tanto quanto sabemos, cristais de Gd1-xYxB4 são os únicos sistemas magneticamente frustrados com redes SS que exibem a formação de domínios antiferromagnéticos após diluição.

Para acessar o artigo, clique AQUI.

Para mais informações sobre este artigo, contatar Prof. Renato Figueiredo Jardim, através do email rjardim@if.usp.br

*Autores do artigo – S. H. Masunaga, V. B. Barbeta, R. F. Jardim, C. C. Becerra, M. S. Torikachvili, P. F. S. Rosa, e Z. Fisk,

(Imagem: Videoteca IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de setembro de 2018

Aula de laboratório em escola do Bairro Cidade Aracy

Despertar nos alunos o interesse pelas ciências, integrando-os a um ambiente laboratorial de alguma forma similar ao que existe em uma universidade: este foi o principal objetivo de uma ação desenvolvida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizada no dia 22 de agosto último, na EE Cidade Aracy IV, um estabelecimento de ensino pertencente à Diretoria de Ensino de São Carlos, cuja qualidade de suas instalações propicia a que seus alunos possam ter experiências muito positivas, auxiliando-os no seu desenvolvimento educacional.

Aproveitando um espaço da escola devidamente preparado para laboratório, o Prof. Euclydes Marega Júnior, docente e pesquisador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, coordenou uma aula dedicada a experimentos laboratoriais, onde os alunos realizaram diversas práticas de Física com o material que lhes foi disponibilizado pela equipe de nosso Instituto.

Sem nunca terem tido qualquer experiência em atividades de Física, os alunos se mostraram entusiasmados em manusear pela primeira vez alguns dos materiais disponíveis, tendo, por consequência, colocado inúmeras questões ao docente.

Paulatinamente, o IFSC/USP segue sua incansável missão de levar a Universidade até a sociedade, não só nas áreas educacional e de pesquisa, como, também, e principalmente, no aspecto social.

Esta foi uma experiência que deverá ser repetida várias vezes.

(Foto Destaque: São Carlos Agora)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2018

No IQSC/USP: “Química às 16h”: “Inovação, Ciências Básicas e Exemplos”

“A Inovação é hoje um componente necessário na vida das Universidades. Embora muitas achem que se trata de opção, ela é na verdade obrigação”. As afirmações são do Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, que profere palestra no Instituto de Química de São Carlos (IQSC), no próximo dia 05 de setembro, em mais uma edição do Ciclo de Palestras e Seminários Química às 16h (Q16).

“Diferentes aspectos de inovação, bem como exemplos, serão abordados na apresentação”, afirmou o convidado, que coordenou a Agência USP de Inovação de 2011 a março de 2018 e realiza atividades de inovação tecnológica e difusão de ciências.

Bagnato é professor Titular e Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Atua na área de física atômica e aplicações da óptica nas ciências da saúde. Publicou seis livros, 24 capítulos de livros e cerca de 500 artigos em periódicos especializados. Orientou mais de uma centena de trabalhos entre mestrado e doutorado, nas áreas de Física, Odontologia e Medicina. Recebeu diversos prêmios e homenagens, dentre os quais estão: Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia (2015) e Prêmio Jovem Cientista atribuído pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas. é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano, entre outras.

O Q16 discute temas atuais envolvendo ciência, universidade, academia e gestão do conhecimento, com cientistas de diferentes áreas e suas atividades são abertas a todos os interessados gratuitamente. A atividade é coordenada pelos professores doutores Fabio Henrique Barros de Lima e Danilo Manzani.

O seminário será às 16 horas no anfiteatro térreo do edifício Q1 do IQSC. Os interessado devem formalizar inscrição através do site www.iqsc.usp.br/eventos.

Endereço: Av. Trabalhador São-carlense, 400 – área 1 do campus USP

Contato: (16) 3373-8272

(Por Sandra Zambon – Comunicação IQSC)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2018

IFUSP – Posição de Pós-Doc: Ciência de superfícies via primeiros princípios

O grupo SAMPA/Nanopetro, do Instituto de Física da USP (IFUSP), está selecionando candidatos(as) pró-ativos(as) e motivados(as) para posições de pós-doutorado em modelagem de superfície e interfaces via cálculos de primeiros princípios.

O(a) candidato(a) integrará uma equipe vibrante que abordarará tópicos relacionados ao estudo de adsorção em superfícies de minerais e interfaces sólido-líquido.

Buscam-se candidatos(as) com experiência prévia em cálculos de primeiros princípios.

As bolsas são financiadas pela Repsol/Sinopec com forte colaboração com grupos experimentais no Cepetro e Instituto de Química da Unicamp e no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

As posições são por três anos, a partir de Setembro 2018, renovadas ano a ano. Valores compatíveis com a FAPESP.

Interessados(as) devem enviar um CV em formato PDF, uma carta de apresentação e informações de contato para 2 referências para Caetano Miranda através do e-mail: crmiranda@usp.br (Assunto: Pos-doc – Superficie)

(Com informações do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2018

No IFSC/USP – “Colloquium diei”: “USP : 30 anos de autonomia”

O Prof. Dr. José Roberto Drugowich de Felício, ex-docente do IFSC, chefe de gabinete do reitor da USP (1990-92 e 2014-2015) e diretor do CNPq (2004-2010), foi o palestrante convidado de mais um Colloquium diei, edição que aconteceu no dia 31 de agosto no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP).

O foco da apresentação do palestrante esteve centrado no tema USP: 30 anos de autonomia, recordando como a universidade pública paulista implementou a autonomia – financeira e de gestão -, reconhecida por um decreto estadual em 1989.

Apesar das manifestações de intelectuais, da imprensa e de ações pontuais de dirigentes, a burocracia e as pautas corporativas e populistas insistiram em ancorar a instituição aos padrões estatais, em desacordo com as congêneres internacionais e as possibilidades da autonomia.

Recentemente, o crescimento das despesas e o descontrole de gestão exigiram que a Universidade criasse uma agenda de reformas e refletisse sobre seu futuro, enquanto a garantia de uma fatia do imposto, destinado exclusivamente ao sistema universitário, ainda persiste como experiência única no ambiente acadêmico.

Neste colóquio foram tratados também outros temas de interesse, como a gratuidade, o processo de nomeação de dirigentes, a flexibilidade dos contratos de trabalho, a avaliação, a representação externa e a prestação de contas à sociedade, que definirão o modelo organizacional adequado para enfrentar os desafios à universidade no século XXI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2018

Docentes do IFSC/USP recebem “Prêmio USP Trajetória pela Inovação”

No dia 23 de agosto, uma cerimônia no auditório do Instituto de Eletrotécnica e Meio Ambiente (IEE) marcou a entrega do Prêmio USP Trajetória pela Inovação, concedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e pela Agência USP de Inovação.

A iniciativa premia professores da Universidade que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do País.

Nesta primeira edição do prêmio, cinco professores foram homenageados: Glaucius Oliva, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC); Ismar de Oliveira Soares, da Escola de Comunicações e Artes (ECA); Kazuo Nishimoto, da Escola Politécnica (Poli); José Roberto Postali Parra, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq); e Marcelo Britto Passos Amato, da Faculdade de Medicina (FM).

Também foi outorgado, por indicação do reitor Vahan Agopyan, o Prêmio USP Trajetória pela Inovação in memoriam para o professor do IFSC, Horácio Carlos Panepucci.

A escolha dos laureados foi feita por uma Comissão do Conselho de Pesquisa da USP a partir de uma lista com 43 nomes propostos pelas unidades, museus e institutos especializados, cujas indicações foram aprovadas pelas respectivas Congregações ou Colegiado.

“A maior riqueza da USP são seus recursos humanos. Essa diversidade e qualidade são basicamente a confluência de trajetórias individuais. Com este prêmio, reconhecemos essas trajetórias notáveis”, destacou o coordenador da Agência USP de Inovação, Antonio Carlos Marques.

O pró-reitor de Pesquisa da Universidade, Sylvio Roberto Accioly Canuto, falou sobre a ideia da criação do prêmio. “Estamos premiando pessoas com carreiras de destaque, que são modelos a serem seguidos por aqueles que almejam alcançar essa excelência”, afirmou.

Glaucius Oliva (à dir.) recebeu o prêmio das mãos do diretor do IFSC/USP, Vanderlei Bagnato

Para o reitor da USP, Vahan Agopyan, “inovação não deve ser apenas uma palavra da moda. Na USP, é uma proposta de trabalho. Este prêmio é o coroamento dos resultados de nossas pesquisas colocados à disposição de sociedade. Os laureados têm logrado êxito em democratizar esse conhecimento com a sociedade”.

(Com informações de Adriana Cruz – USP / Fotos – USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de agosto de 2018

No IQSC/USP: “Desafios para a Ciência no estado de São Paulo”

Como aumentar o impacto (científico, social e econômico) da Ciência produzida no estado de São Paulo? É crucial que cada projeto e pesquisador demonstre impacto nestas três dimensões?

Estas perguntas serão respondidas pelo Diretor Científico da FAPESP, professor doutor Carlos Henrique de Brito Cruz, que estará no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) no dia 17 de setembro e às 10h30 proferirá a palestra “Desafios para o aumento do impacto (intelectual, social e econômico) da pesquisa em São Paulo”. “A busca por maior impacto da ciência em benefício da sociedade é item da agenda de C&T nos principais países e também no Brasil, especialmente para a pesquisa financiada com recursos do contribuinte. Como se pode avançar nessa direção em São Paulo, onde já há um vigoroso sistema de C&T?”, questiona o palestrante.

O convite foi formulado pelo Presidente da Comissão de Pós-Graduação do IQSC, professor doutor Roberto Gomes de Souza Berlinck. A discussão do tema busca esclarecer a comunidade acadêmica no período em que se discutem planos de ações e metas docentes para os próximos cinco anos.

Brito Cruz é professor titular na Universidade Estadual de Campinas, onde já assumiu funções de diretor do Instituto de Física, Pró-Reitor de Pesquisa e Reitor. Foi presidente da FAPESP de 1996 a 2002. Foi Foi Presidente do Conselho Superior de Tecnologia e Competitividade da FIESP (2005 a 2011). É membro da Academia Brasileira de Ciências e é Fellow da American Association for the Advancement of Science. Recebeu a Ordre des Palmes Academiques da França, a Ordem do Mérito Científico do Brasil e a Ordem do Império Britânico (OBE).

A palestra acontece no anfiteatro térreo do IQSC, é gratuita e aberta aos interessados mediante inscrição no site www.iqsc.usp.br/eventos.

Endereço: Av. Trabalhador São-carlense, 400 – área 1 no campus USP São Carlos

Contato: (16) 3373-8272

(Por: Sandra Zambon – Comunicação IQSC)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de agosto de 2018

Equipe da USP de São Carlos vence “1º CubeDesign”

A equipe Zenith EESC USP, grupo extracurricular da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), venceu a primeira edição do CubeDesign, competição que foi organizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e cujo foco foi desafiar os jovens participantes na preparação de um projeto consistente de construção de um “Cubesat”, pequeno satélite que, ao ser lançado no espaço, poderá desenvolver diversas tarefas, entre elas a execução de inúmeras experiências científicas.

A competição desenrolou-se entre os dias 25 e 28 de julho último, em São José dos Campos (SP), na sede do INPE, tendo congregado quatro equipes oriundas da PUC de Minas Gerais, Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Engenharia de Sorocaba e USP de São Carlos, todas elas competindo na categoria “Cubesat”. O Grupo Zenith, constituído por cerca de trinta alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), começou em março deste ano a elaborar o projeto de construção do “cubesat” que iria participar da competição, sendo que a apresentação desse projeto esteve sob a responsabilidade de oito desses alunos.

Já com os protótipos dos pequenos satélites prontos, foram muitos os desafios lançados às equipes, começando pelas missões, conforme explica Marco Aurélio Bonaldo, integrante da equipe: “O “cubesat” que utilizamos foi do tipo 2U: cada U corresponde a um cubo com uma aresta de 10 centímetros. Na primeira missão, tivemos que realizar uma missão de imageamento dentro de um ambiente simulado (uma sala), como se o “cubesat” estivesse no espaço. A missão consistiu em enviar e receber dados via telemetria, através de diversos comandos, entre a base (nosso computador) e o “cubesat”. Igualmente através de telemetria, tivemos que ativar e comprovar a recepção de informação de que os pequenos painéis solares que faziam parte do “cubesat” estavam sendo carregados. Outro desafio foi fazer uma estabilização do instrumento em torno de um eixo, por meio da identificação da posição do sol, representado por uma luz no ambiente simulado, sendo necessário um projeto de visão computacional”, pontua Marco.

Depois de todos esses desafios e provas, o “cubesat” da equipe da USP de São Carlos foi ainda sujeito a testes de vibração nos três eixos, simulando o lançamento do instrumento para o espaço e ainda um teste térmico que oscilou entre os -10ºC e 50ºC.

Marco afirma que além de ter sido muito legal vencer a competição, o mais proveitoso foi o intercâmbio de informações que a equipe conseguiu coletar e que provavelmente poderá ser aproveitada para projetos futuros ligados à tecnologia aeroespacial do Brasil, principalmente no que diz respeito ao lançamento de “cubsats” no espaço. Essas tecnologias são mais acessíveis e baratas, e poderão auxiliar no desenvolvimento de inúmeros experimentos científicos relacionados com biologia, física, química, etc., sendo que a intenção da equipe da USP de São Carlos é construir, em um futuro muito próximo, um “cubesat” robusto, completamente pronto para ser lançado no espaço.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2018

“High Energy Physics” recebe o pesquisador italiano Tassos Vladikas

Tassos Vladikas, pesquisador do Instituto Nacional de Física Nacional (INFN) – Roma (Itália), foi o palestrante convidado de mais uma edição do programa High Energy Physics, realizada no dia 29 de agosto nas instalações de nosso Instituto.

Review of Neutral Kaon oscillations in and beyond the Standard Model from Lattice QCD foi o tema da apresentação do pesquisador italiano, que atualmente desempenha as funções de diretor de pesquisa do INFN e docente na Universidade de Tor Vergata, estabelecimento de ensino superior igualmente localizado em Roma.

Bacharel em engenharia elétrica, Tassos Vladikas fez todo seu percurso acadêmico de pós-graduação no Imperial College London (Inglaterra), nomeadamente nas áreas de Física-Matemática e Física-Teórica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2018

“Single Photon Sources Based on InGaN/GaN Single Quantum Dots”

Em mais uma edição da iniciativa Café com Física, realizada no dia 29 de agosto, o IFSC/USP recebeu o pesquisador Stanko Tomic, da Universidade de Salford (Inglaterra), que apresentou o seminário subordinado ao tema Single Photon Sources Based on InGaN/GaN Single Quantum Dots, onde o palestrante evidenciou, entre outros sub-temas, que demonstrações de prova de princípio com sistemas de materiais compatíveis com InAs / GaAs [1], GaN / AlN [2] e fosforosos mostraram que pontos quânticos de estado sólido (QDs) podem ser fontes quase ideais de luz quântica, embora cobrindo faixas de comprimento de onda.

O Prof. Tomic tem vasta experiência em pesquisa na área de modelagem de nanoestruturas semicondutoras, projeto de dispositivos optoeletrônicos e física teórica em estado sólido. Seu mais recente trabalho tem como objetivo a compreensão das propriedades eletrônicas e ópticas, bem como dos processos radiativos e não-radiativos (relacionados a Auger e phonon) nos dispositivos de células solares de terceira geração ,baseados em pontos quânticos semicondutores.

Tomic Publicou já mais de cem artigos científicos de revisão por pares e cinco capítulos de livros, sendo especialista no uso de supercomputadores em modelagem e análise de materiais e interpretação teórica dos resultados experimentais obtidos nas nanoestruturas semicondutoras.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP