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16 de setembro de 2021

IFSC/USP inicia novo tratamento para capsulite adesiva (ombro congelado)

Com a inauguração da nova Unidade de Terapia Fotodinâmica (UFT), sediada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) mediante uma parceria entre essa instituição e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), uma série de novas pesquisas realizadas no Grupo de Óptica do IFSC/USP proporcionam oferecer à sociedade tratamentos para diversos tipos de doenças, a maioria delas como consequência, ou efeito colateral, de quem teve Sars-CoV-2 (Covid-19), ou de quem ficou isolado em sua residência, ou hospitalizado por longo tempo.

Desta forma, a UTF iniciou no dia 13 deste mês a convocação de pacientes voluntários para tratamentos de dores e inflamação provocadas por  artrite, prevenção e tratamento para a má circulação sanguínea nos membros inferiores, tratamento de úlceras venosas e tratamento da capsulite adesiva (ombro congelado), tudo através de novos protocolos com a utilização de equipamentos desenvolvidos pelo IFSC/USP. Hoje vamos falar da capsulite adesiva e de um artigo científico publicado recentemente no Journal of Novel Physiotherapies sobre um caso concreto relativo a este novo tratamento que agora está disponível na UTF.

As causas da capsulite adesiva não estão bem determinadas, mas dentre as possibilidades encontram-se alguns fatores, como traumatismo (com ou sem fratura associada), cirurgias, ou causas sistémicas, como a diabetes ou doenças da tiróide. Rigidez muscular e dor são os principais sintomas, que limitam os movimentos ativos e passivos do ombro. A prevalência é estimada entre 2% a 5% da população geral, sendo as mulheres de 40 a 60 anos a população mais acometida pela doença.  Dentre os diversos tipos de tratamento atualmente aplicados contam-se a termoterapia, crioterapia eletroterapia, cinesioterapia e massagem direta, com um período de recuperação que varia entre 2 e 3 anos.

A fisioterapeuta bolsista Ana Carolina Negraes Canelada, mestranda em Biotecnologia pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e participante no Projeto Fotodinâmica do IFSC/USP,  em parceria com a SCMSC, é a autora principal do artigo científico acima citado, tendo como foco a avaliação do caso de um paciente de 57 anos, da cidade de São Carlos, que apresentava os dois ombros comprometidos, com bastantes dores e impedindo movimentos, como a flexão dos ombros, abdução e rotação interna. “O paciente foi submetido a este novo tratamento, utilizando um novo equipamento portátil desenvolvido pelo IFSC/USP, constituído por duas esferas que, conjugadas com a aplicação de laser, ao deslizarem  e comprimirem o músculo afetado, provocam a mobilização da fácia muscular (pele que envolve o músculo), promovendo uma recuperação da amplitude do membro. Aplicado durante 15 minutos, duas vezes por semana, verificou-se que no espaço de seis semanas o paciente teve uma recuperação total de todos os movimentos, sem qualquer vestígio de inflamação e com ausência completa de dores, colocando-o, assim, apto para o trabalho normal”, relata Ana Carolina, salientando que estes resultados mostram uma nova e promissora possibilidade de tratamento para a capsulite adesiva (ombro congelado), permitindo o retorno da qualidade de vida aos pacientes em menos tempo.

Para conferir o artigo científico, clique AQUI.

Este tratamento estará sendo feito na UTF às terças e quintas, entre as 08h00 e as 17h00.

Nas duas primeiras imagens observa-se o paciente com comprometimento na mobilidade antes do tratamento. Nas duas imagens inferiores, o paciente após o tratamento

Para informações e marcações, ligue (16) 3509-1351.

(Banner/Imagem – Bruno de Souza Teixeira)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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