Notícias

13 de setembro de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em agosto de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  agosto  de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório de Produção, USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Nature Communications” (VER AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de setembro de 2024

Inscrições abertas para o “Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher” (SBPC)

Estão abertas até dia 31 de outubro do corrente ano as inscrições para a 6ª edição do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher”, uma iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Este prêmio mantém os mesmos objetivos das edições anteriores, ou seja, reconhecer jovens talentosas cujas pesquisas de iniciação científica demonstrem criatividade, rigor metodológico e potencial para contribuir com o futuro da ciência no país, sendo que a edição deste ano é dedicada a estudantes do ensino médio e de nível superior que tenham a intenção de seguir a carreira científica.

As interessadas em participar deste prêmio – cujas indicações deverão ser feitas por seus professores, orientadores, coordenadores de escola ou organizadores de olimpíadas e feiras científicas nacionais – deverão se inscrever no formulário online disponibilizado para o efeito (AQUI), devendo, contudo, consultar todas as informações que se encontram disponíveis no edital do prêmio (VER AQUI).

A organização deste prêmio selecionará seis vencedoras – três alunas do ensino médio e outras três do ensino superior -, sendo que as alunas do ensino superior poderão escolher qual a área onde pretendem competir – Exatas e Ciências da Terra, Humanidades, Biológicas e Saúde, e Engenharias.

As vencedoras serão conhecidas no dia 20 de janeiro do próximo ano, sendo que a cerimônia de premiação acontecerá no dia 11 de fevereiro, data em que é comemorado o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de setembro de 2024

Empresa de tecnologia americana – “Turing” – com vagas abertas para estudantes e pesquisadores

A “Turing” (VER AQUI), empresa de tecnologia americana sediada em Palo Alto (CA/USA), está recrutando estudantes em formação, pesquisadores e/ou profissionais já formados para trabalharem em projetos de inteligência artificial, principalmente na área de Física, para trabalho totalmente remoto.

A “Turing” tem como missão ajudar empresas a alavancar seus processos, aprimorar e treinar grandes modelos de linguagem, e entregar uma ampla gama de projetos tecnológicos.

As inscrições para a candidatura às vagas disponíveis deverão ser formalizadas no respectivo formulário (VER AQUI).

Confira os requisitos para as candidaturas das vagas relativas à área de Física (AQUI).

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de setembro de 2024

Físicos têm um enorme mercado de trabalho à sua disposição

“Os alunos devem se aventurar para descobrirem novas fronteiras”

Docente aposentado do IFSC/USP apela para que alunos de graduação se aventurem por novos caminhos.

A palestra proferida pelo Prof. Sylvio Goulart Rosa, Diretor Presidente da Fundação Parque Tecnológico de São Carlos (ParqTec), no dia 23 de agosto do corrente ano, no âmbito da apresentação intitulada “Geradores de conhecimento, poder e riqueza”, integrada na Disciplina de Direcionamento Acadêmico, foi um enorme exercício de conscientização dirigido aos alunos de graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), alertando-os para o fato de que existe um enorme mercado de trabalho disponível para eles, e não apenas a expectativa única de virarem professores universitários. Enfaticamente, a apresentação de Sylvio Goulart Rosa teve a particularidade de despertar consciências e de estimular os alunos a fazerem muito mais coisas rumo a expectativas profissionais que talvez eles ainda não tenham vislumbrado.

Atuando há cerca de vinte e sete anos nas áreas de empreendedorismo, inovação, transferência de tecnologia e desenvolvimento regional, o Prof. Sylvio Goulart Rosa carrega em seu vasto curriculum vitae uma das missões que, segundo ele, mais prazer desempenhou: docente no antigo Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC), instituição que viria a se desmembrar nas atuais e prestigiadas unidades da USP – Instituto de Física e Instituto de Química de São Carlos. Para ele, se um ex-aluno falar para alguém que foi formado pela USP, as portas do mercado automaticamente se escancaram. “Essa particularidade, esse prestígio que existe não só na USP como nas melhores universidades do mundo, facilita enormemente os resultados de uma entrevista de emprego, no início da carreira de um aluno de física, principalmente no momento atual em que o mercado se dilatou. Há alguns anos atrás, quando a rede de universidades federais no Brasil estava crescendo, havia uma demanda muito grande por físicos, principalmente para serem professores universitários. Agora, esse crescimento abrandou muito e a taxa de reposição desses profissionais é muito baixa e lenta, embora continuem a ser formados contingentes de físicos no país”, pondera o Prof. Sílvio Goulart Rosa. Para o docente, o mercado de trabalho, como se apresenta atualmente, retirou a quase obrigatoriedade que os físicos tinham em desenvolver unicamente suas atividades dando aulas. “Agora, o físico pode trabalhar onde quiser, inclusive nas áreas industrial e financeira, só para dar dois exemplos, ou criar sua própria empresa, já que ele pode beneficiar de inúmeros apoios e financiamentos com riscos mínimos – SEBRAE, FAPESP, CNPq e FINEP, entre outros agentes”, pontua o professor.

Aluno tem que ser “egoísta” – Ciência é um instrumento de poder

Para Sylvio Goulart Rosa, o aluno de física tem que ser “egoísta”, tem que querer o melhor de tudo para ele mesmo, para que possa desbravar horizontes. Para o docente, por vezes um aluno passa por um laboratório e não conversa com o professor, fica intimidado pela situação, não tem a coragem de se aproximar, de dialogar, tirar dúvidas. “Os alunos têm que ser mais agressivos, mais atrevidos, mais curiosos, sendo que é obrigação do professor acatar e educar a curiosidade desses alunos e não ter qualquer medo de investir neles – muito pelo contrário. É bom convidar o professor para beber uma cerveja ou um café e trocar opiniões com ele fora da sala de aula, porque dessa forma fica feito um vínculo de relacionamento diferente, mais próximo, mais salutar, mais descontraído”, sublinha o professor, acrescentando que tudo isso orbita no fato de se poder exercer a ciência de uma forma aberta, desinibida, até porque essa ciência é um instrumento de poder e de riqueza, que caracteriza a própria história da humanidade.

Prof. Sylvio Goulart Rosa sempre a instigar os alunos durante sua palestra

O Prof. Sylvio Goulart Rosa enfatiza que o conhecimento começou com os sábios, sublinhando o exemplo de Portugal e de sua epopeia marítima. “Poder e riqueza! Veja o que aconteceu com Portugal, que criou e desenvolveu a arte das ciências náuticas, a formação de cartógrafos, marinheiros e pilotos, tudo isso ministrado na Escola de Sagres, um importante centro de estudos de navegação e cartografia localizado na região do Algarve, em Portugal, durante o século XV. Foi fundada pelo Infante Dom Henrique, conhecido como “O Navegador”, e teve como objetivo principal o desenvolvimento de técnicas de navegação, aprimoramento de embarcações e estudos astronômicos. A Escola de Sagres desempenhou um papel crucial no período das Grandes Navegações, contribuindo para a expansão marítima portuguesa, para o desenvolvimento do comércio e de descobertas de novas terras”, pontua o professor, salientando o fato de a ciência continuar a avançar muito rapidamente.  Dos descobrimentos marítimos à inteligência artificial (IA) foi um “pequeno salto” e o Prof. Sylvio Goulart afirma que os avanços não param. “Por exemplo, reparem que vocês já vestem tecnologia: é a invenção das roupas inteligentes, dos óculos inteligentes, dos sapatos que geram energia. Estamos vivenciando uma era de mudanças muito rápidas e se vocês não participarem nesta geração de conhecimento serão apenas meros consumidores”, enfatiza o docente.

O IFSC e o ParqTec como exemplos

Para o Prof. Sylvio Goulart Rosa, o Brasil tem um poder científico extraordinário, sendo que o exemplo de primeira linha é a ciência aplicada no agronegócio, com a EMBRAPA a marcar a cadência e a aumentar o nível competitivo com o resto do mundo. “A par com a EMBRAPA se posicionam outras instituições científicas de prestígio, entre elas o IFSC/USP, com novos desenhos de fármacos, vacinas, medicação, combate a diversos tipos de câncer e o desenvolvimento de fármacos personalizados. O Brasil é um “monstro” entre os seus pares no mundo inteiro e o Instituto de Física de São Carlos e a Universidade de São Paulo são os maiores exemplos disso”, argumenta o docente.

Considerando que nos últimos setenta anos foram investidos no IFSC/USP muitos recursos estaduais e federais, Sylvio Goulart Rosa recorda que tudo começou com a criação da Escola de Engenharia de São Carlos. “Foi montada, ao longo dos anos, uma superestrutura de ciência e tecnologia. Laboratórios, programas de graduação e de pós-graduação, colaborações internacionais, o despontar de pesquisas de qualidade, de prestígio e a formação de cientistas de prestígio mundial. Então, o IFSC/USP foi se armando e agora começa a dar os frutos. Foram investimentos feitos em pessoas e em educação de qualidade desde a base. E, toda essa riqueza tem que ser empregada para resgatar a periferia, puxá-la para dentro, tornar a sociedade mais simétrica: essa é a nova riqueza – a inovação tecnológica que geramos. As características e potencialidades científicas e tecnológicas da cidade de São Carlos já estão sendo copiadas por outras instituições, em outros locais, tendo em consideração que o ParqTec é o grande laboratório mestre. E é ele que dá o exemplo de como se devem criar interfaces entre a academia e o mercado, oferecendo a oportunidade aos jovens que se formam em física de poderem vir a ser empresários, serem donos de seu próprio negócio, de ultrapassarem fronteiras e aplicarem todo o seu conhecimento científico ao serviço de sua cidade, de seu estado e de seu país”, finaliza o docente.

(Fotos: Brás José Muniz / Anderson Muniz)

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de setembro de 2024

“Prêmio CAPES de Tese – 2024” é conquistado por Gabriela Dias Noske, aluna do Programa de Pós-Graduação do IFSC/USP

Gabriela Dias Noske, aluna do Programa de Pós-Graduação do IFSC/USP, conquistou no último dia 27 o “Prêmio CAPES de Tese”, na 19ª edição deste prêmio relativo ao ano de 2024, na área de “Astronomia e Física”.

A tese de Gabriela Noske foi subordinada ao tema “Caracterização estrutural e busca por inibidores das proteases dos vírus emergentes: Vírus da Febre Amarela e SARS-CoV-2”, tendo como orientador o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Glaucius Oliva.

Gabriela Dias Noske possui graduação em Ciências Físicas e Biomoleculares pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), durante o qual fez iniciação científica na área de cristalografia, com enfoque no estudo estrutural e funcional da protease de febre amarela.

É Doutora pelo IFSC/USP, onde desenvolveu projeto de pesquisa em cristalografia e crio-microscopia eletrônica, com enfoque na descoberta e desenvolvimento de fármacos para a febre amarela baseados na estrutura do complexo NS2B-NS3 protease, sob orientação do Prof. Dr. Glaucius Oliva.

A premiada fez parte do projeto colaborativo, também sob supervisão do Prof. Dr. Glaucius Oliva, que teve como objetivo a descoberta e desenvolvimento de candidatos antivirais contra o SARS-CoV-2, baseado nas suas proteínas não estruturais, particularmente tendo como alvo as proteases virais.

Entre 2022-2023, realizou estágio de pesquisa no exterior (BEPE-FAPESP) no Centre for Structural System Biology (Desy, Hamburgo, Alemanha) onde trabalhou com as técnicas de crio-microscopia eletrônica e crio-tomografia (cryo-EM e cryo-ET), sob orientação do prof. Dr. Kay Grünewald. Atualmente trabalha como pesquisadora em crio-microscopia eletrônica, no Laboratório Nacional de Nanotecnologia, Centro Nacional para Pesquisa em Energia e Materiais (LNNao/CNPEM) (Fonte: Currículo Lattes).

Recordamos que o Prêmio CAPES de Tese – 2024” é considerado o Óscar da Ciência Brasileira, reconhecendo os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 2023.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de setembro de 2024

IFSC/USP – Processo Seletivo – 1º semestre de 2025

Os editais para os processos seletivos de ingresso no 1º semestre de 2025, nas áreas Física Teórica e Experimental, Física Biomolecular e Física Computacional estão disponíveis em: www.ifsc.usp.br/posgraduacao na aba Processo Seletivo.

É importante que todos leiam os Editais e antecipem suas dúvidas.Lembramos que os(as) candidatos(as) para a área de Física Teórica e Experimental devem apresentar nota do EUF.

Os candidatos para as áreas de Física Biomolecular e Física Computacional devem apresentar nota de exame realizado pela CPG cuja inscrição estará aberta no período de 19/08 até 20/09/2024.

Informações detalhadas nos editais. Em caso de dúvidas, entrem em contato com o serviço de pós-graduação do IFSC (svposgrad@ifsc.usp.br).

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de agosto de 2024

Após período de férias – USP Filarmônica retoma concertos na USP São Carlos no dia 28 de agosto

Após o habitual período dedicado a férias (julho), a “USP Filarmônica” vai retomar os seus habituais concertos mensais na USP São Carlos já com o primeiro concerto marcado para o final do corrente mês.

Com entrada gratuita, a “Série Concertos USP”, que comemora os 30 anos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), regressa no próximo dia 28 de agosto, às 20h00, com o “204º Concerto da USP Filarmônica”, apresentando obras de Georges Bizet, Giuseppe Verdi, Antônio Carlos Gomes, Rubens Russomanno Ricciardi e Ary Barroso, sob a regência do maestro Prof. Dr. Rubens Russomanno Ricciardi.

Este concerto ocorrerá no Saguão do Teatro (Centro de Convenções), na Área 2 do Campus USP de São Carlos (Avª. José Antônio Santilli, 1050, Bela Vista São-Carlense  – São Carlos), contando com os apoios da USP, Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Centro Cultural da USP São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), Núcleo de Pesquisa, Ciências da Performance e Música (FFCLRP-USP), Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão do Campus USP de São Carlos (GCACEX) e USP Filarmônica.

A distribuição antecipada dos convites para este concerto ocorrerá nos próximos dias 26 e 27 de agosto, na Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, entre as 09h30/11h30 e 14h00/17h30, e no dia do concerto, na entrada do Centro de Convenções, na Área-2 do Campus USP São Carlos, entre as 18h30/19h55.

Rui Sintra – Jornalista do IFSC/USP

24 de agosto de 2024

“9ª Festa do Livro da USP São Carlos” despede-se com uma programação especial infanto-juvenil

A “9ª Festa do Livro da USP São Carlos” termina hoje (24/08), mas nem por isso a programação deste sábado soará a nostalgia, muito pelo contrário, com as energias bem altas já clamando pela 10ª edição de 2025.

A programação deste sensacional evento literário/cultural para este sábado, cujo destaque vai para as atrações dedicadas ao público infanto-juvenil, começará, como é hábito, logo às 10h00, com a abertura dos estandes das editoras presentes (mais de 40), oferecendo a oportunidade de o público ainda poder adquirir livros com descontos sensacionais.

Às 11h00 a garotada vai se “amarrar” com a apresentação do grupo “PiafraUs”, que trará o sensacional espetáculo “Bichos do Brasil”. A “Pia Fraus” é um grupo de teatro de bonecos que existe há 40 anos, tendo já produzido dezenas de espetáculos e se apresentado em todos os estados do Brasil e em 25 países. “Bichos do Brasil” é um espetáculo que busca mostrar a riqueza da fauna brasileira através de recursos plásticos. Pautado nos bonecos, na música e na coreografia, procura criar o ambiente da mata sem exigir um comportamento humano de seus personagens.

A primeira atração musical deste dia acontecerá às 12h30, com o “Coral Afro Soul Jazz”, um espetáculo a não perder.

Às 13h00, Celina Bodenmüller e Cintia da Silva Santos iniciam um gostoso bate-papo com os mais novos, com a “Contação de Histórias da Mãe África”. Celina Bodenmüller é autora de livros de ficção e não-ficção. Seus livros foram escolhidos para vários programas públicos de leitura. Um de seus livros foi representar o Brasil na “Feira de Bolonha”, em Itália. “Ubuntu”, um livro de contos africanos, foi vencedor do prêmio da  Assoc. dos Escritores de Literatura Infantil e Juvenil na categoria de reconto e também integra a biblioteca da ONU de desafios sustentáveis. Tem livro com selo da FNLIJ e outro recebeu o Prêmio Jabuti Acadêmico de 2024 na categoria de ilustração. Seus livros são adotados em escolas brasileiras e norte-americanas, onde a língua portuguesa é estudada como 2o. idioma e língua de herança. Este ano chega ao 20º. livro de sua carreira

Cintia Almeida da Silvia Santos é escritora de obras antirracistas com protagonismo negro não estereotipado. Autora das obras ‘Minha mãe usa touca de cetim’, ‘Meu pai também usa touca de cetim?’, ‘In vitro: escrevivências poéticas de uma mãe preta’. Ela integra a Academia Araraquarense de Letras, com Patronesse de Ruth Cardoso, ocupando a cadeira de Nº1. Realiza intervenções literárias em escolas de educação infantil e fundamental. Realiza palestras e eventos acadêmicos-literários sobre literatura infantil antirracista e formação de leitores.

Às 15h00 ocorrerá o penúltimo debate desta “Festa do Livro”, com a participação de Xico Sá através do tema “Brasil na crônica do sufoco, do alívio e da ressaca democrática”. Xico Sá, escritor e jornalista, nasceu no Crato, na região do Cariri cearense, e iniciou sua trajetória profissional no Recife. Participou de programas de televisão como “Amor & Sexo” (Globo), “Saia Justa”, “Papo de Segunda” (GNT), “Redação SporTV” (Globo), “Cartão Verde” (TV Cultura) e é ganhador de importantes prêmios do jornalismo, como Esso, Folha, Abril e Comunique-se. É atualmente colunista do Diário do Nordeste e apresentador do ICL Notícias.  Um dos principais cronistas brasileiros contemporâneos, Xico é autor de “A Pátria em Sandálias da Humildade” (editora Realejo), “Os machões dançaram – crônicas de amor & sexo em tempo de homens vacilões (ed. Record), “O Livro das Mulheres Extraordinárias” (ed. Três Estrelas), “Big Jato” (ed.Companhia das Letras), “Modos de Macho & Modinhas de Fêmea” (ed. Record) e “Chabadabadá – o macho perdido e a fêmea que se acha” (ed. Record), “Sertão Japão” (Ed. Casa de Irene), entre outros livros. Participa ainda das antologias “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras” (ed. Objetiva), “Boa Companhia – crônicas (ed. Companhia das Letras) e “Essa história está diferente” (Companhia das Letras), com recriações fictícias de canções de Chico Buarque. A seis mãos, com Maria Ribeiro e Gregorio Duvivier, Xico lançou em 2019, na Bienal do Livro do Rio, “Crônicas para ler em qualquer lugar” (editora Todavia). Em 2022, seu novo romance “A Falta”, pelo selo Tusquets da Editora Planeta – finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Na Feira do Livro de 2024, lançou o “Cão Mijando no Caos” pelo selo Galáctico.

Às 17h00 regressará a programação para os mais novos, com o “Dr. Terremoto” – Palhaçaria Científica com “Uma viagem ao interior da Terra”, enquanto que a essa mesma hora, mas no palco do evento, acontecerá o último debate desta “Festa do Livro”, com a presença de Breno Altman que mergulhará no tema “A questão palestina: sionismo, colonialismo e autodeterminação”. Breno Altman é jornalista de origem judaica, tem militado ativamente nas redes sociais e participado de protestos contra Israel. É fundador de Opera Mundi, um canal de notícias, reportagens especiais e análises críticas sobre os principais acontecimentos do mundo. Fundado em 2008, Opera Mundi informa sobre o mundo a partir de uma perspectiva brasileira e sul-americana. É o canal dos programas de entrevistas “20 Minutos” e os programas de debate “Outubro” e “Rodamundo”.

Às 17h30 acontecerá a última apresentação dedicada ao público infanto-juvenil, com a participação de “Tio Antônio”, com muitas brincadeiras musicais para crianças de todas as idades.

Por último, às 19h00, a “9ª Festa do Livro da USP São Carlos” fará a sua despedida com muito samba para “sacudir o esqueleto” de todos, com a apresentação de “Leme – Samba D’antiga”, um musical de samba-rock e gafieira”.

Com todas estas atrações literário-culturais que desfilaram ao longo destes quatro dias de evento, ficam as despedidas – até 2025!!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2024

Penúltimo dia (23/08) da “9ª Festa do Livro da USP São Carlos” (FLUSP-2024) apresenta debates com Alexandre Callari, Helo D’Angelo e Andre Dahmer

A programação do penúltimo dia da “9ª Festa do Livro da USP São Carlos” (23) inicia-se da mesma forma que os dias anteriores, ou seja, com a abertura, às 10h00, dos estandes das mais de 40 editoras presentes neste evento, muitas delas vendendo suas publicações com em até 30% de desconto. Novamente, a Academia Literária de  São Carlos (ALSCAR) abre a programação literária às 10h30, com mais um “Café Literário”, desta vez com as participações  dos jovens escritores da cidade de São Carlos – Além Santos, Jeniffer Aldrighi e Raphael Samaniego -, que dialogarão com o público sobre “Escritores na era digital. Em foco estarão discussões sobre o tema proposto, algo que vivenciam enquanto jovens escritores contemporâneos: como reinventar a literatura, tanto em aspectos da escrita quanto da leitura, em nossa Era Digital?

Já no período da tarde, às 14h00, o escritor, editor e tradutor  Alexandre Callari participará do debate subordinado ao tema “De fã a editor e autor – A trajetória de Alexandre Callari”. Alexandre Callari foi editor da “Panini Brasil” de 2011 a 2018, cuidando majoritariamente de quadrinhos da “DC Comics”, tendo traduzido mais de trinta romances e centenas de histórias em quadrinhos.

Às 16h30 será a vez de Helo D’Angelo falar e debater “Mulheres HQ”. Cartunista e ilustradora brasileira, Helo é uma artista que conta com a publicação de duas Hqs de sua autoria e uma em conjunto com outros artistas, atuando também como chargista para o jornal “Brasil de Fato”. Indicada na Categoria Webtiras pelo troféu “HQMIX” em 2020, a artista possui uma produção constante de tirinhas e charges jornalísticas, além de quadrinhos institucionais, encomendas e trabalhos autorais. Através do financiamento coletivo a artista foi capaz de realizar a publicação de suas duas histórias em quadrinhos autorais longas, além do trabalho “Webnona”, uma coletânea de tirinhas que reúne outros artistas brasileiros e as zines “Cineterapia”, “Nem todo homem” e “O pequeno livro dos grandes xingamentos”.

Por último, às 19h00, Andre Dahmer debaterá o tema “A arte de subverter a realidade: política e crítica social nos quadrinhos”. André Dahmer Pereira é um desenhista brasileiro e suas criações já apareceram no “Jornal do Brasil”, no portal de internet “G1”, no jornal “O Globo”, na “Folha de S. Paulo”, nas revistas “Sexy Premium”, “Piauí” e “Caros Amigos”. Ganhador de cinco prêmios “HQmix” e um troféu “Jabuti”, Dahmer publica tiras diárias nos jornais “O Globo” e “Folha de S. Paulo”. Principais trabalhos: “Malvados”, “Quadrinhos dos Anos 10”, “Rei Emir” e “Apóstolos”

Recordamos que no final de cada debate haverá uma sessão de autógrafos.

Tal como tem acontecido nesta “9ª FLUSP-2024”, também neste terceiro dia do evento haverá um destaque especial para atividades artísticas e culturais. Desta forma, pelas 12h30 haverá uma sensacional demonstração de instrumentos de percussão japoneses pelo grupo “Yanagui Taiko”, grupo esse que ensina a arte do Taiko, um instrumento de percussão japonesa que é praticada em conjunto, que envolve além das batidas ritmadas nos tambores, movimentos corporais e instrumentos que carregam o sentimento e a história nipônica que as músicas se propõem a passar aos espectadores.

Por último, às 21h00, será tempo para dançar ao ritmo da “Buena Salsa”, com ritmos latinos”. A banda “Buena Salsa” é formada por músicos da região de São Carlos com grande experiência em diversas formações e linguagens musicais, desde o blues, o rock, o pop internacional, a música brasileira, até o jazz. A intenção do grupo é divulgar a música afrolatina, com toda a alegria e exuberância de seus ritmos variados. O grupo segue uma formação intermediária entre os quartetos rítmicos das ruas de Havana e os grandes combos de músicos dos salões de baile, orquestras que animaram os grandes bailes das noites das capitais de toda a América Central. Composição do grupo – Adriana Gennari (voz), Fabiano Nunes (baixo), Bruno Bernini (bateria), Vlad Percussa (percussão), Everton Pera (sax e flauta) e Gabriel Techi (trumpete), além de Murilo, no piano.

Amanhã, sábado (24), será a despedida da “9ª FLUSP-2024” com os últimos debates literários e uma programação inteiramente dedicada ao público infanto-juvenil.

Fique atento à programação!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2024

No segundo dia da “9ª FLUSP-2024” – Debates com Sérgio Vaz, Elizandra Souza, Cesar Calejon e Jean Wyllys

Tal como aconteceu no primeiro dia da “9ª Festa do Livro da USP São Carlos” (21), a abertura dos estandes das editoras no segundo dia do evento (22) ocorrerá às 10h00, com a oportunidade do público poder adquirir livros com em até 30% de desconto. A partir das 10h30, a Academia Literária de São Carlos (ALSCar) realiza um “Café Literário” com as participações das escritoras da cidade de São Carlos – Adriana Lins, Jeniffer Aldrighi e Rosemeire Trebi -, juntas em uma conversa sobre “Afinal, o que faz (e o que deveria fazer uma academia literária?”. O foco desta participação tem o intuito de dar a conhecer as inciativas da ALSCar, como, por exemplo, visitas a escolas, auxílio prático para escritores interessados em publicar livros, participação em feiras, integração da comunidade literária da região e a promoção de autores locais.

No período da tarde, às 14h00, o destaque vai para o debate subordinado ao tema “Literatura periférica: Direito à literatura, promoção do acesso e a pluralidade de vozes literárias”, com a participação dos escritores Sérgio Vaz e Elizandra Souza.

Já às 16h30, o escritor Cesar Calejon participará num debate sobre ‘A ascensão do bolsonarismo e a formação de uma teocracia miliciana no Brasil”. Cesar Antonio Calejon Ibrahim é um jornalista e escritor brasileiro, tendo participado de debates na TV e no rádio, principalmente no “Grupo Jovem Pan”, nos quais se envolveu em algumas polêmicas com outros comentaristas. O jornalista contribuiu como colunista da revista “Carta Capital”, da revista “Trip” e do portal “Brasil 247”. Calejon é graduado em comunicação social pela Universidade São Marcos, possui especialização em Relações Internacionais pela Fundação Getúlio Vargas e mestrado em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP).

Coral da USP

O último bate papo deste dia ocorrerá às 19h00, com Jean Wyllys a debater o tema “Desinformação, discurso do ódio e questão LGBTQIA+”. Jean Wyllys é doutorando em Ciência Política na Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade de Barcelona, pesquisador da Open Society Foundation e professor-visitante no Afro-Latin American Research Institute, do Hutchins Center, da Harvard University, nos EUA. Mestre em Letras e Linguística pelo Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, Wyllys é autor de cinco livros, sendo o mais recente “O que não se pode dizer” (2022, Editora Civilização Brasileira), em parceria com a filósofa e novelista Marcia Tiburi. Ativista de Direitos Humanos com prestígio internacional, em especial na área dos direitos das pessoas LGBTQ, Jean Wyllys exerceu dois mandatos consecutivos como deputado federal. Antes de iniciar o terceiro, ameaças de morte contra ele e sua família obrigaram-no a se exilar, em 2019. Ganhou prêmios internacionais por sua atuação intelectual e política e já figurou na lista das “50 pessoas que mais defendem a diversidade no mundo”, entre elas alguns Nobel da Paz, elaborada pela revista “The Economist”. Há três anos se dedica à pesquisa sobre as relações entre o fenômeno da desinformação programada e dirigida, o contágio por fake news e a ascensão de governos, partidos e/ou personalidades autoritárias.

Recordamos que no final de cada debate haverá uma sessão de autógrafos.

Tal como aconteceu no primeiro dia da “9ª FLUSP-2024”, também neste segundo dia do evento haverá um destaque especial para atividades artísticas e culturais. Desta forma, o conceituado “Coral USP”, sob a regência do maestro Sergio Alberto Oliveira, irá apresentar-se às 12h30, enquanto a banda “Vinil78” trará o melhor do “FlashBack” a partir das 21h00.

Uma programação a não perder!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de agosto de 2024

Ignácio de Loyola Brandão, Marcia Tiburi e Fernando Mitre no primeiro dia da “FLUSP-2024”

Os autores Ignácio Loyola Brandão, Marcia Tiburi e Fernando Mitre serão os primeiros convidados na série de debates que irão ocorrer na tenda cultural e no vão livre do Prédio E1 da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) – Campus USP de São Carlos -, no âmbito da “9ª Festa do Livro da USP São Carlos” (FLUSP-2024).

No primeiro dia do evento (21/08), às 14h00, o debate com Ignácio Loyola Brandão mergulhará no tema “Como os professores formaram um acadêmico da brasileira de letras”. Ignácio de Loyola Lopes Brandão é um contista, romancista, jornalista brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras. Possui uma vasta produção literária, tendo sido traduzido para diversas línguas. Recebeu, entre alguns prêmios, o Jabuti em 2008.

Mais tarde, às 16h30, o segundo encontro será com a escritora Marcia Tiburi num debate subordinado ao tema “Mundo em Disputa: design de mundo e distopia naturalizada”. Marcia Tiburi é escritora, professora de filosofia e artista plástica. Publicou ensaios de filosofia, entre eles “Olho de Vidro: “A Televisão e o Estado de Exceção da Imagem”, “Como conversar com um fascista” e, o mais recente, “Mundo em Disputa: design de mundo e distopia naturalizada”, além de sete romances, entre eles “Com os sapatos aniquilados, Helena avança na neve”.

O último debate deste primeiro dia da “9ª Festa do livro da USP São Carlos” acontecerá às 19h00, com a participação de Fernando Mitre, que comentará sua obra intitulada “Debate na veia – a democracia no centro do jogo”. Fernando Mitre é jornalista, atual diretor nacional de jornalismo da Rede Bandeirantes desde março de 1999. Fernando Mitre apresenta aos domingos à noite o programa de televisão Canal Livre e apresenta na BandNews-TV a coluna eletrônica “A Notícia”. Na Band, faz as críticas políticas e econômicas no “Jornal da Noite”.

No final de cada debate haverá sempre uma sessão de autógrafos.

Em todos os dias do evento, as mais de quarenta editoras presentes iniciarão a venda de livros (muitos com descontos de em até 30%) a partir das 10h00, sendo que durante este primeiro dia serão apresentadas duas atrações culturais. A primeira acontecerá às 12h30, com a exibição da “Bateria do CAASO”, e a segunda às 21h00, com a participação do “Forró Trio Mana Flor”.

Evento com entrada livre e gratuita.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de agosto de 2024

“ComCiência” publica “O jardim de Yvonne Primerano Mascarenhas”

(Imagem – FAPESP)

A pioneira Yvonne Mascarenhas ficou conhecida pela científica como a Rainha da Cristalografia, área da ciência aplicada a proteínas, novos fármacos e doenças negligenciadas. Com uma riquíssima trajetória acadêmica, ganhou inúmeros prêmios e fundou, com outros pesquisadores, a Sociedade Brasileira de Cristalografia.

Aos 92 anos, recebeu o prêmio Carolina Bori Ciência e Mulher 2024, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A ComCiência publica este mês a biografia da cientista: O jardim de Yvonne Primerano Mascarenhas. A obra foi concebida pelo biofísico Pablo Aurelio durante sua bolsa de Jornalismo Científico financiada pela Fapesp, sob orientação do coordenador do Labjor, professor  Carlos Vogt.

Durante seis meses, Pablo e a professora Yvonne se encontraram semanalmente para conversar, e esses diálogos serviram de base para esta obra, escrita em forma de crônica literária.

Pablo é doutor em física/fotônica pelo Instituto de Ciências Fotônicas (ICFO, Barcelona) e atua como biofísico especializado no desenvolvimento de tecnologias de imagem para resolver problemas de biologia celular. Integra atualmente o Departamento de Biologia do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique ( ETH Zurich).

A biografia pode ser conferida na íntegra AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de agosto de 2024

Delegação da University of South Africa (UNISA) visita o IFSC/USP

Delegação da UNISA acompanhada pelo diretor e pesquisadores do IFSC/USP

Uma delegação da University of South Africa (UNISA), constituída por onze professores e pesquisadores, incluindo o próprio reitor da instituição, foram recebidos no dia 13 do corrente mês pelo diretor do IFSC/USP, numa visita programada para o estabelecimento formal de relações científicas e acadêmicas entre a universidade sul-africana e o IFSC/USP, bem como, também, entre o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP).

Já com um projeto estabelecido no âmbito dos BRICS junto ao docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Igor Polikarpov, na área de biocombustíveis e energias renováveis, a delegação sul-africana pretende agora expandir essa colaboração com outras áreas de nosso Instituto, incluindo o intercâmbio de pesquisadores e alunos, com o foco de desenvolver projetos comuns.

Com campi instalados nas cidades de Pretoria e Joanesburgo, a UNISA é uma universidade de grande porte e com múltiplas áreas de pesquisa, o que, certamente, irá favorecer as pesquisas que irão ser realizadas em colaboração com o IFSC/USP e com o IQSC/USP.

Estando já sendo confeccionado o respectivo memorando de colaboração entre o nosso Instituto e a UNISA, a visita desta delegação da universidade sul-africana foi agendada e acompanhada pelo presidente da Comissão de Relações Internacionais do IFSC/USP, Prof. Dr. Gregório Couto Faria, e pelo próprio diretor de nosso Instituto, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

Pesquisadora da UNISA apresenta as linhas de pesquisa da universidade sul-africana

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de agosto de 2024

Professor do IFSC/USP é homenageado pelo Governador do Texas com o titulo de “Distinguished Researcher”

Temporariamente afastado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC -USP) para realizar pesquisas e organizar um centro de biofotonica na “Universidade do Texas A&M”, o docente e pesquisador, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, recebeu das mãos do governador do Texas, Greg Abbott, uma homenagem com distinção honrosa premiando e enaltecendo o seu desempenho e relevância nas pesquisas, da mesma forma que tem feito, desde 2017, a um grupo restrito de cerca de vinte pesquisadores americanos e de outras nações.

A cerimónia de homenagem ocorreu no último dia 7 de agosto, na residência oficial do governador – Texas Governor’s Mansion -, localizada na cidade de Austin – Texas. Segundo o homenageado, em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, tratou-se de uma distinção por ter aceitado atuar no estado do Texas para o avanço da área do conhecimento em biofotônica, além de outras de contribuições para a ciência. Segundo Bagnato, em seu discurso, o governador Abbott, deixou claro a importância que tem em se olhar para o futuro atraindo para o estado cientistas que poderão fazer a diferença. Segundo ele, os cientistas escolhidos para serem homenageados são considerados “estrelas científicas brilhantes” que ajudam a brilhar mais intensamente o estado do Texas. Abbott elogiou ainda o reforço da conexão científica entre o seu estado e o Brasil,  considerando as vocações similares que ambos têm – agricultura, agropecuária, inovação cientifica e tecnológica, e, principalmente, ter os cidadãos como alvos de todas as prioridades. o cidadão como alvo das prioridades.

Em conversa mantida com a Assessoria de Comunicação do Prof. Vanderlei Bagnato, o pesquisador deixou claro que sua missão – entre outras – é mostrar que os brasileiros são extremamente importantes no mundo em vários aspectos relacionados com o desenvolvimento científico e tecnológico. Ao deixar claro a sua paixão pela cidade de São Carlos, pelo Instituto de Física de São Carlos e pela USP, como um todo, Vanderlei Bagnato sublinhou suas saudades de tudo e de todos e que  “Temos que apreciar os pequenos sucessos e reconhecimentos que recebemos. Estou plenamente convencido que a caminhada ao longo da carreira é muito mais prazeirosa  do que quando chegamos no final dela. Tenho tido sorte de ter excelentes colaboradores num instituto que comprova todos os dias a sua excelência nacional e internacional – o IFSC/USP, e de estar estar ao serviço de uma instituição – a USP – que nunca mediu esforços para apoiar todos os desenvolvimentos que fazemos, e que, inclusive, me tem apoiado nesta missão temporária, no Texas, consubstanciada na criação de um grupo de pesquisa, num centro de biofotônica com as mesmas características daquele que existe no IFSC/USP, e com o objetivo principal de desenvolver estudos e pesquisas bilaterais relacionadas com o câncer de pele e no combate às bactérias resistentes. Então, não é o Vanderlei Bagnato que está no Texas: é o IFSC, a USP  e o Brasil que estão no estado do Texas”, sublinha Bagnato

O pesquisador são-carlense espera retornar em breve e de vez à sua cidade, ao seu país, de uma forma mais consolidada, independente da idade. “Espero retornar uma pessoa ainda melhor, mais experiente e humilde o suficiente para enfrentar todos os problemas junto com meus colegas do IFSC/USP. Como eu disse ao governador, certamente não mereço a honraria, por isso vou trabalhar mais para poder merecê-la. Só tenho receio de ter medo frente aos desafios, mas isso não me impedirá de continuar”.

Para o IFSC/USP, a honraria atribuída ao Prof. Vanderlei Bagnato e sua decisão de a compartilhar com todos os seus colaboradores e instituições só demonstra o caráter firme de um grande pesquisador entre seus iguais e a sua humildade perante toda a sociedade. É um privilégio poder contar com o Prof. Vanderlei Bagnato no IFSC e na USP.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de agosto de 2024

Livro “Eletrofiação e nanofibras: Fundamentos e aplicações” vence “1º Prêmio Jabuti Acadêmico” – pesquisadores do IFSC/USP colaboram com a publicação

Daniel S. Corrêa, Luiza Mercante e a editora executiva da Atena Editora, Natália Oliveira (foto: divulgação)

O livro digital intitulado “Eletrofiação e nanofibras: Fundamentos e aplicações”, da autoria dos pesquisadores Luiza Mercante e Daniel S. Corrêa (Atena Editora-2023), foi um dos vencedores do “Prêmio Jabuti Acadêmico”, em sua primeira edição, tendo obtido o 1º lugar no Eixo Ciência e Cultura – Química e Materiais.

Com a participação de vários pesquisadores e ex-alunos do IFSC/USP, apresentando, inclusive, um capítulo escrito pelo Grupo de Fotônica do Instituto, a publicação aborda desde aspectos históricos da técnica de eletrofiação, seus princípios físicos e modelagem matemática, até suas inúmeras aplicações.

A técnica de eletrofiação é um processo eletro-hidrodinâmico, no qual uma gota de uma solução, geralmente um polímero dissolvido, é eletrificada por meio da aplicação de um campo elétrico elevado – podendo atingir 30 mil volts – para gerar um jato, que passa por processos de estiramento e alongamento levando à formação de fibras, que são depositadas em um coletor.

Além das colaborações de pesquisadores do IFSC/USP para a elaboração deste livro, os autores reuniram cerca de setenta autores de mais de vinte instituições, de diversas áreas de conhecimento, que enriqueceram os 19 capítulos desta publicação que buscam contribuir para um melhor conhecimento da técnica e de suas potencialidades, servindo como um guia para estudantes, pesquisadores e profissionais da indústria e da academia. Além disso, o livro traduz a experiência do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação e de parceiros no desenvolvimento de sensores e biossensores para análise da qualidade de alimentos, bem como em sistemas para remediação ambiental e no desenvolvimento de curativos multifuncionais para tratamento de feridas cutâneas.

Quem são os autores:

Daniel S. Corrêa

Possui graduação em Engenharia de Materiais (2004) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais (2009) pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-doutorado no Instituto de Física de São Carlos – USP (2010). Fez estágio de pesquisa (visiting scholar) durante o doutorado na Harvard University (USA) e durante a graduação na Friedrich-Schiller-University Jena (Alemanha). É Pesquisador-A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) desde 2010, atuando na Embrapa Instrumentação. Foi secretário-executivo do Comitê Técnico Interno (CTI) no período de 2017-2021, e desde 2022 ocupa a Chefia de PeD desta unidade.

É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2012, atualmente no nível 1C, e também professor orientador credenciado em programas de Pós-Graduação na UFSCar e na USP. É autor/coautor de mais de 190 artigos científicos internacionais (Índice H=40 no Web of Science, H=43 no Scopus, e H= 48 no Google Scholar), 33 capítulos de livro, 7 depósitos de patentes, coeditor de 2 livros técnico-científicos, e tem algumas centenas de trabalhos apresentados em congressos no Brasil e exterior.

Já orientou/coorientou mais de 30 alunos de graduação (IC ou monografia de conclusão de curso), 14 alunos de mestrado, 16 alunos de doutorado e supervisionou/co-supervisionou 16 pós-doutorandos.

É atualmente Editor Associado da revista ACS Applied Polymer Materials (ACS) e membro do corpo editorial das revistas Sensors and Actuators Reports (Elsevier) e Advanced Sensor and Energy Materials (Elsevier). Foi editor associado das revistas Journal of Cluster Science (Springer), IEEE Sensors Journal (IEEE) e Frontiers in Sensors – Section: Chemical Sensors (Frontiers) e também membro do corpo editorial da revista Scientific Reports (Nature).

Tem experiência na área de Ciência e Engenharia de Materiais e Nanotecnologia, com foco em polímeros e nanomateriais compósitos para aplicações na agricultura, meio ambiente e biotecnologia. Tem interesse nos seguintes temas: nanofibras poliméricas e compósitas, filmes nanoestruturados, sensores e biossensores, sistemas de liberação lenta de insumos, sistemas de adsorção de poluentes, embalagens ativas, microfabricação a laser e espectroscopia de materiais.

Luiza A. Mercante

Graduada em Química Industrial (2008) pela Universidade Federal Fluminense – RJ, com doutorado (2013) em Química pela mesma Universidade.

Durante o doutorado, realizou estágio sanduíche na University of Massachusetts – Amherst (USA) na área de síntese e funcionalização de nanopartículas magnéticas visando aplicações biomédicas. Atuou como pós-doutoranda na Embrapa Instrumentação – São Carlos/SP no período de 2013 a 2018.

Em 2015 realizou estágio no Instituto Catalão de Nanociência e Nanotecnologia – Barcelona (Espanha).

Desde 2019, é Professora Adjunta no Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2021, e também professora orientadora credenciada à Programas de Pós-Graduação da UFBA.

É Editora Associada da revista Journal of Cluster Science (Springer). Tem experiência na área de Química de Materiais e Nanotecnologia, com foco em nanomateriais compósitos para aplicações ambientais e biotecnológicas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de agosto de 2024

Curso para educadores na área da Física: “Da mecânica Aristotélica à mecânica Newtoniana” – Um espelho que pode refletir o futuro dos jovens alunos

 

Prof. Luiz Antonio de Oliveira Nunes

 

As comemorações do 30º aniversário do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que se prolongam até o último dia de dezembro deste ano, irão ter um atrativo especial com a realização, no dia 14 de agosto, entre as 08h30 e as 12h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, de um curso para educadores na área da Física.

Intitulado “Da mecânica Aristotélica à mecânica Newtoniana”, este curso é dedicado, principalmente, aos professores dos ensinos fundamental e médio, público e privado, tendo como ministrantes dois dos mais consagrados docentes e pesquisadores do Instituto – Profs. Luiz Nunes de Oliveira e Luiz Antonio de Oliveira Nunes.

O foco é, num primeiro momento, apresentar e expandir uma discussão, um diálogo, primeiramente sobre os aspectos filosóficos sustentados por Aristóteles e depois por Galileu Galilei, descrevendo os experimentos deste último, para, finalmente, se chegar a Newton, formalizando toda a mecânica como ela é conhecida hoje. A segunda parte do curso irá mostrar a comprovação experimental das leis de Newton e dos fenômenos observados por Galileu.

Para o Prof. Luiz Antonio de Oliveira Nunes, a importância deste curso é que nele serão discutidos todos os aspectos teóricos e experimentais, sendo que os experimentos que irão ser apresentados são modernos e de fácil execução. “Transmitir estes conceitos aos professores significa dizer que eles poderão incentivar seus alunos a executá-los com relativa facilidade, até para que possam ser exibidos, por exemplo, em feiras de ciência. É bom lembrar que tudo o que for apresentado está intimamente ligado com tecnologia. Então, acho que é importante que os professores participem e sinalizem para os seus alunos o que eles podem fazer”, salienta o docente.

Este é um evento onde os professores e alunos podem construir os seus próprios experimentos, podendo verificar que tipo de softwares são utilizados, sendo que é a primeira vez que se realiza um curso desta natureza no IFSC/USP. Para o Prof. Luiz Antonio, se este curso vai, ou não, ter continuidade, isso dependerá do interesse da plateia. Claro que para a Universidade de São Paulo é importante, pois ela não se dedica apenas à formação final de profissionais, como também na formação de matéria-prima para captar esses candidatos dos ensinos fundamental e médio a ingressarem na instituição. “Estes aspectos mais tecnológicos, esta modernização tecnológica dos experimentos que serão explicados no curso, tudo está ligado com coisas que se usam na indústria. Então, são coisas que obrigam os estudantes a pensar diferente, já que eles não vão estar vendo só a física pela física; eles vão estar vendo a física pelo prisma da tecnologia, e, quem sabe, por um espelho que possa refletir o seu futuro. Todo o jovem que está na escola gosta de estudar coisas que ele entenda e coisas em que ele observe uma aplicação tecnológica”, pontua o docente.

O intuito é, através dos professores, “contaminar” os jovens por interesses científicos, sendo que é no início de suas carreiras de estudantes, nos primeiros anos, que eles estão abertos a aprender coisas novas. “É muito importante que os professores participem desse curso. Depois, se tiverem interesse, nós poderemos fazer um curso mais específico relativo aos experimentos, mostrando tudo em detalhes nos experimentos, para que eles, uma vez mais, possam reproduzir isso com seus alunos em sala de aula”, conclui o docente.

Os interessados em participar desta iniciativa deverão se inscrever em AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

11 de agosto de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em julho de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de julho de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP  (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC/USP, no periódico “International Journal of Biological Macromolecules” (VER AQUI).

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de agosto de 2024

Quando o sucesso das pesquisas no IFSC/USP depende de vários atores – Técnicos e cientistas trabalhando juntos

Conferindo os equipamentos

A execução das mais variadas pesquisas e estudos dentro dos laboratórios das universidades e de outros centros de investigação não só requer o conhecimento dos cientistas em suas áreas específicas, como também um intenso trabalho desenvolvido, em paralelo, pelos inúmeros técnicos que apoiam os projetos.

O IFSC/USP não foge a essa regra, pelo que, recentemente, o cientista Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica, iniciou a criação do Laboratório de Física Atômica no Instituto, onde irá ser instalado o novo armadilhamento de átomos para estudo dos chamados “Processos Quânticos”. Trata-se de uma infraestrutura moderna que se insere no avanço do conhecimento quântico, inclusive dedicada a novas tecnologias, sendo que o estabelecimento desse laboratório é considerado de grande importância porque não existe outro parecido com esse tipo de armadilhamento no Brasil e no Hemisfério Sul. “Este é um tema dominado pelos europeus, no que diz respeito aos chamados “Condensados de Bose-Einstein” e este laboratório vai incluir o IFSC/USP nessa área, realizando determinadas pesquisas com os chamados “gases quânticos uniformes”, esclarece o pesquisador.

A criação deste laboratório obedeceu a uma cuidadosa montagem de um sistema elétrico de alto nível, incluindo o recabeamento geral e a inserção de linhas limpas e não-limpas para a alimentação de toda a infraestrutura, sendo que, para o Prof. Bagnato “(…) foi um trabalho extremamente cuidadoso e muito bem feito (…), tendo em consideração que essa responsabilidade imensa recaiu nos ombros de um dos mais conceituados técnicos do IFSC/USP – João Gazziro.

“Estou muito feliz” – menciona João Gazziro

Com 60 anos de idade e 42 anos dedicado ao IFSC/USP, o técnico João Gazziro entrou com 18 anos no campus USP de São Carlos, tendo três anos depois ingressado no antigo Laboratório de Vidros e Luminescência do Instituto. Para João Gazziro foi uma autêntica surpresa e um desafio imenso aceitar a tarefa de montar o laboratório, já que, segundo ele, apenas existiam as paredes. “Comecei por fazer um projeto elétrico simples, muito simples mesmo, tendo começado a cogitar de que forma iria fazer a requisição e compra do material, já que ele é muito especial para a finalidade do trabalho que será desenvolvido nesse laboratório, principalmente material contra explosões. Não é fácil encontrar esse tipo de material, mas consegui através de informações repassadas pela Petrobras e dessa forma formatei todos os equipamentos para funcionarem com perfeição no laboratório”, pontua o técnico.

Outra missão delicada para João Gazziro foi a montagem dos quadros de energia, sendo que a tensão utilizada no laboratório não é uma tensão normal de 110V ou 220V, mas sim uma de 380V. Essa particularidade obrigou o técnico a construir um autotransformador trifásico de 50KVA, com entrada de 220V e saída de 380V. “Foi desafiador elaborar os cálculos e construir esse equipamento, mas correu tudo muito bem. Nesse projeto foram também instalados dois “chillers” para resfriamento de água, equipamentos que têm a função de refrigerar o reator que está montado no laboratório. “Esses “chillers” funcionam através da retirada de calor de um líquido, podendo ser por compressão de vapor ou ciclo de refrigeração por absorção. É um equipamento que pode ser utilizado em diversas indústrias, como: a plástica, metal mecânica e médico hospitalar. Resumidamente, os “chillers”, neste laboratório, servem para resfriar o reator quando ele aquece”, explica Gazziro. Além destes equipamentos, João Gazziro projetou a instalação de um exaustor trifásico de 220V comandado por um inversor de frequência – que controla a velocidade do exaustor -, bem como todo o restante material elétrico – interruptores, luminárias, tomadas, painéis, etc.), tudo isso prevenindo qualquer tipo de explosão.

Após um mês e meio de trabalho ininterrupto, a criação do novo laboratório ficou pronto e João Gazziro não esconde o orgulho de ter feito um trabalho impecável. “É uma satisfação enorme ter conseguido terminar este trabalho apenas com projetos simples que derivam de minha própria experiência profissional de longos anos de trabalho. Fiquei extremamente feliz por ter recebido elogios e mais feliz fiquei ainda quando um engenheiro de uma grande empresa me procurou, pedindo se eu podia passar informações e dicas de como tinha elaborado o projeto, para que ele pudesse aplicá-lo em outro local. Projeto??? Este projeto foi concebido e desenhado em simples folhas de papel!…”, finaliza João Gazziro, sorrindo.

João Gazziro junto ao reator no Laboratório de Física Atômica

Este é um trabalho que orgulha toda a comunidade do IFSC/USP – docentes, pesquisadores, alunos e servidores não docentes – e a própria Universidade de São Paulo.

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de agosto de 2024

Falecimento do ex-aluno do IFQSC/USP e IFSC/USP – Prof. Dr. Fábio Augusto Meira Cássaro

(Créditos da imagem: Jéssica Natal – UEPG)

Faleceu no último sábado, dia 03 de agosto, o Prof. Dr. Fábio Augusto Meira Cássaro, docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), professor associado do Departamento de Física desde 2010, e ex-aluno do IFQSC/USP e IFSC/USP.

O Prof. Fábio era bacharel em Física pelo IFQSC/USP (1991), e durante sua graduação foi bolsista Fapesp na modalidade IC sob orientação da Profa. Dra. Maria Cristina Terrile.

Obteve seu Mestrado pelo IFSC/USP (1994) sob orientação do pesquisador Dr. Sílvio Crestana do CNPDIA/Embrapa de São Carlos e, Doutorado sob orientação do Prof. Dr. Klaus Reichardt no Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA/USP (2002).

Entre os anos de 1999 e 2001 esteve como pesquisador visitante na Rutgers – The State University of New Jersey, na modalidade de doutorado sanduíche, com a supervisão do Prof. Dr. Daniel Gimènez.

Entre 2011 e 2012 fez Pós-Doutorado no CNPDIA/Embrapa de são Carlos, sob supervisão do pesquisador Dr. Carlos Manoel Pedro Vaz.

O docente possuía experiência na área de Física, com ênfase na investigação do Solo: simulação computacional da estrutura de solos, estudos sobre a condutividade hidráulica e a curva retenção de água pelo solo.

O IFSC/USP rende homenagem à memória do Prof. Fábio Cássaro, enviando aos familiares e amigos, e á comunidade da UEPG, os mais sentidos votos de pesar.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de agosto de 2024

Novo sensor detecta paraquat e carbendazim em menos de 70 segundos – Tecnologia identifica contaminação de agrotóxicos em urina de trabalhadores rurais

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), em colaboração com o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ-UFRJ) e o Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), desenvolveram um novo sensor capaz de detectar a presença dos defensivos agrícolas paraquat e carbendazim, ainda utilizados, apesar de proibidos, em menos de 70 segundos.

O pesquisador Thiago S. Martins, do IFSC/USP e atualmente na Imperial College London, é o autor principal do artigo recentemente publicado na revista científica “Chemical Engineering Journal”. Ele destaca que a importância do desenvolvimento deste sensor, que utiliza uma técnica eletroquímica, reside na capacidade de monitorar rapidamente e com precisão a exposição dos trabalhadores rurais a esses agrotóxicos. Portátil e de fácil utilização, o sensor pode ser usado pelos próprios trabalhadores em seus locais de trabalho ou em suas residências, bastando coletar um pequeno volume de urina e obter o resultado em aproximadamente setenta segundos.

Para a equipe de pesquisadores, a detecção de pesticidas em águas e fluidos corporais é crucial para proteger o meio ambiente e a saúde humana, especialmente nas zonas rurais onde ocorre a aplicação dos defensivos agrícolas.

Esta pesquisa envolveu a participação de 9 trabalhadores rurais da região de Barretos, com idades entre 18 e 65 anos e incluiu a criação de tiras impressas contendo um nanomaterial orgânico denominado “RIO 17” (Reticular Innovative Organic Framework 17), desenvolvido no IQ-UFRJ. Utilizando um método eletroquímico, o sensor pode detectar os dois agrotóxicos no corpo humano com apenas 100 microlitros de urina, bem como na água e em outras amostras, se necessário.

Pesquisador Thiago S. Martins (foto arquivo pessoal)

Thiago S. Martins enfatiza a importância desta pesquisa, que revelou que todos os nove trabalhadores rurais testaram positivo para pelo menos um pesticida. “Isso é extremamente preocupante, pois não há nível seguro de exposição a esses químicos. Nossa pesquisa evidencia a necessidade de desenvolver soluções acessíveis para monitorar a exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos durante a pulverização. Atualmente, não existem tecnologias viáveis para realizar esse monitoramento in loco e garantir a proteção da saúde desses trabalhadores,” afirma o pesquisador.

Como tudo começou

Esta pesquisa, que se estendeu por mais de cinco meses, teve início com uma colaboração entre o IFSC/USP, o IQ-UFRJ e o Hospital do Amor, sendo que este último já desenvolvia um projeto destinado a monitorar os níveis de pesticidas em trabalhadores rurais, suas famílias e nas águas circundantes. “O hospital usava métodos cromatográficos e espectroscópicos para detectar os pesticidas individualmente. Ao saber que desenvolvíamos dispositivos miniaturizados, a parceria foi rapidamente estabelecida. O IQ-UFRJ então contribuiu com o nanomaterial para as tiras sensores e assim foi criado um dispositivo semelhante a um glicosímetro, que não exige tratamento ou diluição das amostras. Com apenas 100 microlitros, o resultado é obtido em cerca de setenta segundos.” explica Thiago S. Martins.

A importância do IQ/UFRJ nesta pesquisa

Foi fundamental para o sucesso desta pesquisa a participação do docente e pesquisador do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ/UFRJ), Prof. Pierre Mothé Esteves, co-autor do artigo científico já mencionado nesta matéria. O Prof. Pierre possui Graduação em Química (1994) e doutorado (1999) em Química Orgânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com período Sandwich na Universidade de Estrasburgo (1998), Pós-Doutoramento em Química de Hidrocarbonetos e Petróleo pelo Loker Hydrocarbon Research Institute da University of Southern California (USC, 2000-2001).

Prof. Dr. Pierre Mothé Esteves (foto arquivo pessoal)

A formação do pesquisador é na área de Química, com ênfase em Físico-Química Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: nanociência, nanotecnologia, química reticular, materiais porosos, carbocátion, hidrocarboneto, superacido, carbônio, substituição eletrofílica aromática, hidratos de gás natural e garantia de escoamento.

A colaboração para esta pesquisa começou de forma furtuita, através de uma conversa e convite feito pelo atual diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior. Ao estudar as demandas desta pesquisa, o Prof. Pierre e seu grupo acabaram por construir um novo material nanoestruturado equivalente a um engradado molecular. “Conseguimos construir esse engradado, extremamente poroso, feito de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, constituído por poros bastante seletivos, o que aumenta muito a sensibilidade. Entreguei uma amostra desse material ao IFSC/USP com a finalidade de testar o sensor que estava sendo proposto. Esse material tem uma grande afinidade para detectar pesticidas e afins, já que ele absorve coisas que estão muito diluídas, devido à sua grande área específica e organofilicidade. Por exemplo, proteínas não passam pelos poros, apenas pequenas moléculas, como as que se encontram nos pesticidas. Considero este novo material como se fosse uma grande “esponja seletiva”, pontua o pesquisador.

O pesquisador considera uma agradável surpresa saber que esse material desenvolvido por seu grupo foi um sucesso nesta pesquisa. Atendendo às inúmeras denominações registradas na International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), o grupo do Prof. Pierre Esteves decidiu batizar este novo material de “Reticular Innovate Organic From Work 17” (RIO-17). “Fiquei extremamente feliz, pois descobrimos um material com nanoporos que tem um potencial enorme de aplicações e que se destina perfeitamente à finalidade desta pesquisa, dentro da classe de materiais porosos orgânicos. O Brasil é o grande celeiro do mundo e talvez essa seja a razão por se utilizar tanto defensivo agrícola. Há quem diga que no Brasil já não existe agricultura orgânica, de tanto agrotóxico que é utilizado. Por cada metro quadrado de agricultura existem em torno de 10 miligramas de pesticidas e eles são dispersos pelo vento, se entranham na terra, entram nos lençóis freáticos, etc., e por isso não são demais todos os esforços que possam ser feitos para detectá-los”, pontua o pesquisador.

Para o pesquisador da UFRJ, este sensor, dedicado aos agrotóxicos paraquat e carbendazin, abre portas para que, no futuro, se possa ter a esperança de ser possível detectar outros tipos de agrotóxicos, já que “temos a capacidade para desenhar não só o formato, quanto o tamanho desse “engradado molecular”, tal como fizemos para utilizar nesta pesquisa. Somos uma espécie de alfaiates moleculares”, finaliza o pesquisador.

A parceria com o Hospital do Amor

Dr. Henrique Santejo Silveira (foto arquivo pessoal)

O Dr. Henrique Santejo Silveira é igualmente um dos co-autores do artigo científico publicado na revista “Chemical Engineering Journal”. Pesquisador no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), ele é docente da Pós-Graduação em Oncologia do Instituto de Ensino e Pesquisa também no Hospital de Câncer de Barretos, e tem experiência em Genética e Biologia Molecular e Prevenção de Câncer, atuando principalmente nos seguintes temas: populações expostas ocupacionalmente, câncer relacionado ao trabalho, interações genes e ambiente e sua influência na carcinogênese, resposta ao estresse ambiental e saúde ambiental.

O Hospital do Câncer de Barretos já mantém uma profícua parceria com o IFSC/USP em diversas áreas. Assim, a contribuição com o fornecimento de amostras de urina oriundo de um grupo de trabalhadores rurais que foram estocadas no Biobanco do Hospital do Câncer de Barretos foi essencial para os testes do sensor. “Estas amostras derivam de um projeto de coorte (RUCAN study) que reunirá cerca de 2.200 trabalhadores rurais daquela região e cujo objetivo é acompanhar, ao longo do tempo, a incidência de diversas doenças causadas pela exposição aos agrotóxicos, incluindo o câncer e doenças neurológicas, sublinha o pesquisador. O Dr. Henrique Silveira salienta, ainda, que uma eventual evolução deste sensor poderá ser utilizada com mais eficácia e rapidez na prevenção e vigilância da saúde dos trabalhadores rurais, principalmente nas intoxicações causadas por agrotóxicos. “O -paraquat e o carbendazim são muito utilizados aqui na região e não só. Até para o próprio Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que tem inúmeras unidades dispersas pelo país, seria fantástico poder utilizar este sensor na vigilância do trabalhador rural”, pontua o pesquisador.

O pesquisador Thiago S. Martins ressalta: “É crucial evitar a aplicação de químicos proibidos e assegurar a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) apropriados durante a pulverização de agrotóxicos”, finaliza.

Para conferir o artigo científico, clique (AQUI).

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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