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18 de dezembro de 2024

A formação de novos centros de excelência no IFSC/USP – Universidade inova na forma de produzir ciência e tecnologia

Para abrigar o CEPIX CEPOF, um novo prédio com 7.000 m2 está já em fase final de construção. Mais uma modernização do Campus da USP de São Carlos – Área-2

Apesar da USP ser uma referência nacional e mesmo internacional em quase tudo que faz, o mundo moderno exige mudanças na forma de produzir o conhecimento e desenvolver novas tecnologias. A conjugação de competências que promovem a multidisciplinariedade, aliadas às colaborações que transcendem as fronteiras do nosso País, permite que se imprima uma velocidade maior e uma forma mais relevante nos temas que são abordados e nas soluções que a Universidade de São Paulo propõe. E, como diz o ditado “Ninguém consegue mudar nada se continuar fazendo o mesmo, o tempo todo”, ele indica que é preciso avançar para se fazer algo diferente; contudo, as mudanças devem ocorrer quando se consegue reunir as condições para que isso aconteça.

Ao longo de muitos anos, foram feitos investimentos em diversas áreas que tiveram a oportunidade de se consolidar, tanto em maturidade científica quanto em infraestrutura construída, e uma dessas áreas foi a Óptica e Fotônica, conforme sublinha o pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato. “Ao longo de mais de três décadas de trabalho, pesquisadores, estudantes, professores, técnicos e colaboradores, trabalharam de forma conjunta para gerar um dos polos mais relevantes nesta área do país. Com o apoio de programas como os CEPID’s, da FAPESP, dos INCT’s do CNPq  e da Finep, a criação de mais de vinte e seis laboratórios  permitiu atingir a maturidade para transformar este polo que congrega a óptica e fotônica em um centro de excelência. O programa CEPIX-USP – Centros de Pesquisa e Inovação foi lançado pela USP com o intuito de dar um passo em frente nos trabalhos que são desenvolvidos nesses laboratórios, nos quais foram idealizados e concretizados grandes projetos, estabelecendo-se, a partir daí, as condições para que esses espaços de ciência possam se transformar em locais com potenciais diferenciados”, salienta o cientista.

Em visita a São Carlos no início deste mês de dezembro, o Magnifico Reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, concedeu a dois grupos de professores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) os agora denominados CEPIX, que assim substituem os CEPID’s da FAPESP. Embora estejam vinculados ao Instituto, esses CEPIX abrigam professores e cientistas de outras unidades que irão operar com determinada  autonomia para facilitar as diversas ações que pretendem realizar. No caso do CEPIX CEPOF – Ótica e Fotônica, áreas como física atômica e molecular, biofotônica, plasmônica, pulsos curtos, nanomedicina e mecatrônica deverão conviver entre si e promover avanços em diversas áreas do conhecimento, gerando, dessa forma, diversas tecnologias que permitirão avançar o estado da arte no tratamento de doenças, na metrologia de tempo, nas aplicações quânticas para modernas tecnologias e também no desenvolvimento de robótica. “De imediato, o maior centro de robótica da região será instalado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, com excelentes infraestruturas laboratoriais para podermos investigar e desenvolver novas tecnologias destinadas a combater o câncer e controle microbiológico”, pontua o Prof. Bagnato.

Prof. Dr. Adriano Andricopulo – coordenador do CEPIX CEPIMED

Por outro lado, em parceria com a Unidade Embrapii do IFSC/USP, o CEPIX CEPOF pretende alavancar tecnologias em convênio com empresas, nas mais diversas frentes, com o principal intuito de se poder promover a economia da cidade de São Carlos e da região. Mesmo focalizado nas aplicações e desenvolvimento, este CEPIX não deixará de promover o avanço do conhecimento com novos experimentos em física atômica, naquilo que é considerado ser um avanço no conhecimento já existente. Noutra vertente, laboratórios especializados em pulsos curtos deverão trabalhar nas melhores aplicações do uso da chamada “espectroscopia resolvida no tempo”, para se poderem entender problemas desafiadores, enquanto que “metrologia de tempo e frequência”, bem como a criação e funcionamento do primeiro laboratório com aprisionamento de ions, e estudos da chamada “computação quântica”, serão colocados em uso. “Com quase uma centena de estudantes trabalhando em seus projetos, este CEPIX de Óptica e Fotônica deverá corresponder, com toda a certeza, a uma mudança no patamar da ciência e tecnologia desenvolvidas nesta área”, conclui o cientista.

Segundo os pesquisadores envolvidos, pretende-se também que o CEPIX CEPOF de Óptica e Fotônica abrigue um grande centro de desenvolvimento de instrumentação para a saúde, o que significa dizer que este CEPIX será uma ferramenta importante e marcante para o avanço dessas áreas do conhecimento na cidade de São Carlos e região.

Outro CEPIX de grande importância que já está igualmente instalado no IFSC/USP é o Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos – CEPIMED, coordenado pelo docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Dr. Adriano Andricopulo, que reúne cerca de 25 pesquisadores de nove instituições sediadas no Estado de São Paulo: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (USP); Instituto de Química da UNICAMP / Escola Paulista de Medicina / Instituto de Química de São Carlos (USP); Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP; Universidade Federal de São Carlos; Universidade de Guarulhos; e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

O CEPIMED integra, assim, um vasto lote de áreas de conhecimento para a realização de pesquisas de ponta, de forma interdisciplinar e transferência de tecnologia, como, por exemplo: química medicinal, biologia molecular e estrutural, inteligência artificial, química de produtos naturais, química orgânica sintética, parasitologia, farmacocinética e farmacologia, entre outras. Dessa forma, o CEPIMED segue o legado deixado pelo CEPID da FAPESP – CIBFar, que teve a coordenação do Prof. Glaucius Oliva, e que agora integra todas as áreas cima citadas com a proposta de levar por diante o cumprimento de seu papel, com uma forte interação com as indústrias farmacêuticas e organismos nacionais e internacionais.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2024

Desenvolvido no IFSC/USP e no CEPOF -Tratamento fotossônico para fibromialgia pode potencializar o efeito dos medicamentos

O equipamento desenvolvido no IFSC/USP

Um levantamento feito pela equipe de pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF-IFSC/USP), que iniciou há alguns anos os tratamentos para atenuar as consequências da fibromialgia, numa parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC) – que já dura há cerca de dez anos – levanta a possibilidade de que o tratamento fotossônico (conjugação de laser e ultrassom) utilizado para essa finalidade pode potencializar os efeitos dos medicamentos usados pelos pacientes portadores dessa doença.

Tiago Zuccolotto, fisioterapeuta formado na UNICEP e desde há três anos como pesquisador do IFSC/USP, confirma que a equipe de cientistas resolveu conferir a relação que existe entre grupos de pacientes que não tomam qualquer medicação para a fibromialgia e outros que tomam – ansiolíticos, antidepressivos, anti-inflamatórios, etc. – quando ambos se submeteram ao tratamento fotossônico. A análise foi feita através dos questionários feitos pelos pacientes portadores de fibromialgia, mas que, no caso concreto, tomavam medicação antidepressiva. Tiago Zucolotto confirmou que após dez sessões do tratamento e segundo o relatado por esses pacientes no início, meio e conclusão dos tratamentos, os resultados indicaram uma reversão quase total nos quadros relativos a dores e inflamação, se comparados com pacientes que não tomaram qualquer medicação.

“Foi a primeira vez que fizemos essa relação entre o tratamento fotossônico junto com os medicamentos, tendo como foco pacientes mulheres, já que elas são mais propensas a ter fibromialgia. Embora em ambos os casos o tratamento fotossônico tenha obtido ótimos resultados, o que constatamos é que esse tratamento potencializa a eficácia dos medicamentos, atingindo níveis muito grandes na eliminação da dor e da inflamação”, relata Zucolotto.

Para os pesquisadores Antonio Aquino e Tiago Zucolotto, tratamento fotossônico pode potencializar os efeitos dos medicamentos usados pelos pacientes com fibromialgia

Para o coordenador dos tratamentos que estão sendo realizados na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na SCMSC, pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, o próximo passo após este levantamento será realizar um estudo aprofundado para analisar uma avaliação e acompanhamento caso-a-caso de pacientes com fibromialgia e dessa relação benéfica entre o tratamento fotossônico e a medicação prescrita pelos médicos, no sentido de se obter uma quantificação precisa dessa potencialização. “O importante é que essa potencialização ocorre, contudo é necessário haver um acompanhamento muito próximo a esses pacientes para constatar a efetiva eficácia” ao longo do tempo, pontua Antonio Aquino.

Este levantamento surgiu após um estudo anterior a 2024, feito pela mesma equipe de pesquisadores, mas relativo a distúrbios do sono, onde houve um primeiro indício de que o tratamento fotossônico exercia um efeito benéfico em pacientes que tomavam medicamentos controlados, comparativamente àqueles que não tomavam qualquer medicamento. “Estamos compreendendo que o tratamento fotossônico poderá ser benéfico em outros casos clínicos que utilizam medicação, já que ele gera uma ação sistêmica, daí que tenhamos que fazer estudos-pilotos”, enfatiza Antonio de Aquino.

Liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, está no horizonte dos pesquisadores cogitar se este tratamento poderá – ou não – ser aplicado em pessoas inseridas no denominado espectro autista, lembrando que em São Carlos existem cerca de sete mil pessoas com essa variedade de quadros. “Vamos estudar essa hipótese também, pois o nosso trabalho é tentar servir a sociedade o melhor possível com aquilo que é desenvolvido e pesquisado no IFSC/USP e no CEPOF”, conclui Antonio de Aquino.

Confira AQUI o artigo científico relativo a este estudo, publicado na revista “Journal of Novel Physiotherapies”, assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior1, Tiago Zuccolotto Rodrigues, Matheus Henrique Camargo Antônio, Ana Carolina Negraes Canelada, Carolayne Carboni Bernardo, Vanessa Garcia, Fernanda Mansano Carbinatto e Vanderlei Salvador Bagnato.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2024

No âmbito da visita da delegação da Bélgica à USP – Universidade de Ghent (UGhent) assina novos convênios de pesquisa com o IFSC/USP

Universidade de Gent

Na visita realizada pela Princesa Astrid – filha do Rei Alberto II da Bélgica – ao Brasil, em novembro último, chefiando uma missão econômica com aproximadamente quatrocentas pessoas, entre autoridades, empresários, acadêmicos e cientistas representando universidades da Bélgica,  a USP foi, certamente, um destaque para os visitantes, atendendo a que temas como ciência, tecnologia e inovação estão sempre presentes em nível internacional, principalmente quando o intuito é estabelecer acordos bilaterais. Nesse sentido, dois novos acordos de cooperação acadêmica foram assinados entre a Universidade de Ghent (UGhent) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com as participações do reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, e pelo reitor da UGhent, Prof. Rik Van de Walle, em cerimônia presidida pela princesa. O primeiro acordo visa a colaboração na pesquisa e produção intelectual, bem como o intercâmbio de pesquisadores. Já o segundo acordo celebra a dupla titulação de doutorado entre o IFSC/USP e a UGhent. Ambos os acordos são coordenados pelo Prof. Odemir Bruno (IFSC/USP) e pelo Prof. Jan Baetens (UGhent), reforçando, assim, uma colaboração que já dura há mais de quinze anos entre as duas instituições.

A colaboração entre os grupos do IFSC/USP e da UGhent enfoca os temas de Sistemas Complexos e Inteligência Artificial, com destaque nas aplicações em Engenharia de Biociências. Esta parceria de longa duração já rendeu muitos artigos científicos, projetos acadêmicos e o intercâmbio de vários alunos, inclusive com dupla titulação. Logo após a assinatura dos acordos, o Prof. Jan Baetens, esteve no IFSC/USP onde foi realizado um workshop apresentando as atividades de pesquisas realizadas entre os dois grupos.  Neste momento, o Prof. Odemir Bruno, que é credenciado como orientador na universidade belga, está recebendo um de seus co-orientados de doutorado na IFSC/USP, enquanto que, simultaneamente, um aluno de mestrado do IFSC/USP está realizando suas pesquisas na UGhent.

Dois novos convênios consolidam as relações entre a Universidade de Ghent e o IFSC/USP

Profs. Odemir Bruno (IFSC/USP), Jan Baetens e o reitor da UGhent Prof. Rik Van de Walle

Além de permitir o intercâmbio de doutorandos, o novo convênio assinado, poder ser estendido a alunos de Iniciação Científica e Mestrado, através de intercâmbio, favorecendo uma experiência internacional já no início da carreira científica. “Um dos destaques destes novos convênios, que foi apoiado pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, estabelece a atribuição de dupla titulação em doutorado, prevendo que estudantes brasileiros e belgas possam viajar e obter seus títulos com permanências mínimas de seis meses”, sublinha o Prof. Odemir Bruno.

Projeto entre a FAPESP e a FWO

Os grupos participam atualmente de um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP e FWO – Research Foundation – Flanders (Fundação de Pesquisa da Flandres – Bélgica), visando fortalecer a colaboração científica entre pesquisadores do Estado de São Paulo e a região de Flandres, com financiamentos mútuos para projetos conjuntos de pesquisa. Na missão belga também foi manifestado o interesse de ampliar as colaborações entre as duas agências de pesquisa, fortalecendo ainda mais a interaçãoo científica entre São Paulo e Flandres.

Quanto ao futuro próximo, o Prof. Odemir Bruno confirmou que a visita desta delegação belga ao Brasil e nomeadamente ao Estado de São Paulo provocou reações muito positivas nos visitantes, já que a maioria deles não conhecia nosso país, o Estado de São Paulo e a Universidade de São Paulo. “Há a previsão para que em 2025 a cidade de São Carlos possa receber uma importante conferência científica internacional sobre Inteligência Artificial e sistemas complexos aplicados em biociências, com a participação de inúmeros representantes de universidade belgas, um evento que, certamente, estará aberto à participação de pesquisadores de outras universidades brasileiras”, finaliza o docente.

Visita de delegação da UGhent à USP, chefiada pelo reitor Prof. Rik Van de Walle, podendo se identificar à direita o Prof. Odemir Bruno junto com o Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, entre outros dirigentes da USP e da universidade belga

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2024

Comemorações dos 30 anos do IFSC/USP fecham com chave de ouro – Inaugurações e Sessão Solene da Congregação com a presença do Reitor da USP

Diretor do IFSC/USP – Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

As comemorações dos 30 anos da criação do IFSC/USP tiveram o seu epílogo no dia 02 de dezembro do corrente ano, com as inaugurações de novas instalações na Área-2 do campus USP de São Carlos, bem como uma Sessão Solene da Congregação desta Unidade da USP, na Área-1 do mesmo campus, ambas com a presença do Reitor da USP, Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Inaugurações programadas

Logo cedo, pelas 09h00, a diretoria do IFSC/USP, juntamente com diversos professores, funcionários e convidados receberam a visita do Reitor, acompanhando-o numa breve visita ás obras concluídas da revitalização da Área de Convivência do Prédio CFBio/NACA, do descerramento da placa evocativa da criação do novo Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos CEPIX – CEPIMED (antigo CEPID da FAPESP – CIBFar), junto com o coordenador do novo centro, Prof. Dr. Adriano Andricopulo. De igual forma, foi inaugurado o Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas (CEMEB), e ainda a re-inauguração de uma escultura da autoria de Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, que foi transportada da Área-1 do campus para a Área-2, destacando-se como peça emblemática na renovada Área de Convivência.

Coube ao Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, dar as boas-vindas ao Reitor da USP e agradecer todo o apoio que a Reitoria tem dado às várias demandas apresentadas pelo IFSC/USP ao longo dos últimos anos, agradecimentos esses que foram extensivos aos trabalhos realizados pela Divisão de Espaços Físicos e Prefeitura do Campus, nomeadamente em relação à recuperação do espaço de convivência já citado, bem como a outras obras, entretanto concluídas. Em seu curto improviso, o Diretor do IFSC/USP destacou a importância que se reveste a inauguração de dois novos CEPIX sediados no Instituto e que continuarão o caminho traçado pelos anteriores CEPID’s da FAPESP rumo a um renovado e mais intenso desenvolvimento de pesquisas, inovação e transferência de conhecimento para a sociedade.

Área de Convivência

Em relação ao CEPIMED (que substitui o antigo CEPID CIBFar), o diretor do IFSC/USP salientou que o nome aparentemente pode não remeter diretamente à área da Física, mas, contudo, ele reflete a grande interação e parceria que o nosso Instituto mantém com inúmeras entidades no Brasil e no exterior, de forma interdisciplinar, visando a resolução de problemas com que se debate a sociedade, principalmente no quesito da saúde pública. Sobre o CEPIMED, o coordenador desse centro, Prof. Dr. Adriano Andricopulo, teve a oportunidade de, em seu curto discurso, enfatizar que a pesquisa interdisciplinar que irá prosseguir no novo centro visa manter e intensificar o legado deixado pelo CIBFar ao longo dos seus treze anos de duração sob a gestão do Prof. Dr. Glaucius Oliva. “Este CEPIX vai continuar esse caminho já trilhado anteriormente, vencendo desafios, identificando alvos candidatos a fármacos para combater doenças infecciosas e algumas formas de câncer, evoluindo assim na pesquisa em prol da sociedade”, pontuou.

Prof. Dr. Adriano Andricopulo – Coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos (CEPIMED)

Prof. Glaucius Oliva explica as particularidades da escultura ao Reitor da USP e Diretor do IFSC/USP

Nesta primeira cerimônia, coube ao Prof. Glaucius Oliva, docente e pesquisador do IFSC/USP e atual Vice-Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para a Região de São Paulo, destacar as obras que foram feitas visando a requalificação do espaço de convivência, que ostenta agora um bonito jardim de plantas medicinais, um trabalho meticulosamente coordenado pela docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Drª Leila Beltramini, onde cada espécie apresenta informações consideradas importantes para a área da saúde, sendo que a revitalização deste espaço contou com a participação da Vice-Diretora do Instituto, Profª Drª Ana Paula Ulian de Araújo. Coube também ao Prof. Dr. Glaucius Oliva fazer a memória descritiva da escultura que igualmente foi inaugurada pelo Reitor da USP e que se destaca na nova área de convivência, uma obra de arte da autoria de Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, escultor autodidata. Nascido em São Paulo, em 5 de fevereiro de 1941, o artista foi funcionário administrativo-financeiro do IFQSC/USP por 32 anos. Após sua aposentadoria, iniciou em São Carlos suas atividades artísticas e complementou sua tendência artística inata participando de vários cursos com artistas de renome de São Paulo. A obra de arte remete à história da criação do primeiro CEPID do IFSC/USP – Centro de Pesquisa, Inovação e Biotecnologia Biomolecular Estrutural – que reunia pesquisas emergentes. “Nessa altura, por volta do ano 2000, convidamos o Antonio Galvão para fazer esta escultura, que ficou instalada em um pequeno jardim no edifício do IFSC/USP, na Área-1 do campus. Agora, ela foi transportada para aqui, em lugar de destaque, continuando a remeter sua simbologia à origem da vida”, salientou o docente.

Seguidamente, coube ao Prof. Dr.  Andre Luis Berteli Ambrosio falar e justificar,como coordenador, a criação do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas – CEMEB, enaltecendo a sua importância como facility multiusuário. Ao agradecer todo o apoio prestado pela FAPESP, o docente explicou de forma sintética os objetivos dos dois crio-microscópicos adquiridos recentemente, que, segundo ele, representam um marco importantíssimo para o IFSC/USP e para a região. “Estes equipamentos vão expandir a atuação na grande área de Biologia Estrutural, uma área que é o primeiro exemplo de sucesso de interdisciplinaridade na história das ciências modernas, como comprovam os cinquenta “Prêmios Nobel” entretanto conquistados ao longo dos anos”, sublinhou o pesquisador. Na oportunidade, ao agradecer a todos os colegas pela forma como contribuíram para a instalação deste centro, o docente anunciou a homenagem – entrega de placas – que foi prestada aos três servidores que contribuíram para o que novo centro ficasse operacional. Francisco Fernando Falvo – placa entregue pelo Prof. Dr. Glaucius Oliva; José Augusto Lopes da Rocha – placa entregue pelo Prof. Dr. André Luís Berteli Ambrosio; e Humberto D’Muniz Pereira – placa entregue pelo Prof. Dr. Richard Garratt.

Prof. Dr. Richard Garratt; José Augusto Lopes da Rocha; Prof. Dr. André Luís Berteli Ambrosio; Humberto D’Muniz Pereira; Francisco Fernando Falvo e Prof. Dr. Glaucius Oliva

O último discurso no decurso destas inaugurações foi o do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho, que, na circunstância, representou o Diretor Científico da FAPESP, Prof. Dr. Márcio de Castro Silva. Em sua intervenção, o docente parabenizou o IFSC/USP pelo seu 30º aniversário e sublinhou que sua curta oratória iria verter sobre os dois principais itens relacionados com a FAPESP: a inauguração dos dois CEPIX e a inauguração do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas, tendo destacado a importância deste centro exatamente por ser multiusuário. “O termo “multiusuário” é bem específico, muito embora ainda exista uma certa mentalidade coronealista, já que muitos pesquisadores pensam que esses equipamentos são propriedades deles. Não são. O termo “multiusuário” é bem explícito e temos que insistir nisso. Os equipamentos são para todos os usuários que necessitam deles e o histórico do IFSC/USP demonstra isso mesmo, ou seja, o compartilhamento de seus equipamentos com todos os usuários que precisam. Talvez, por isso, o IFSC/USP seja a instituição que mais possui equipamentos multiusuários no Estado de São Paulo. Aqui tem uma história de sucesso humano em todos os níveis e, por isso, dou os parabéns a todos os envolvidos”, concluiu o pesquisador.

 

Inauguração do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas – Profs. Drs.: André Luiz Berteli Ambrosio – Richard Charles Garratt – Nelma Regina Bossolan (Dir. CDCC) – Ana Paula Ulian de Araújo (Vice-Diretora IFSC/USP) – Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor IFSC/USP) – Carlos Gilberto Carlotti Junior (Reitor da USP) -Yvonne Primerano Mascarenhas – Leila Beltramini – Jorge Guimarães – Glaucius Oliva

Após esse último discurso, o Reitor da USP presidiu à cerimônia de descerramento da placa evocativa da inauguração do novo centro, momento que foi acompanhado por todos os convidados, com um destaque especial para as presenças do Prof. Dr. Jorge Guimarães – Doutor “Honoris Causa” da USP, a Profª Drª Yvonne Primerano Mascarenhas – Professora Emérita da USP – e Prof. Luiz Nunes – Decano do IFSC/USP.

Sessão Solene da Congregação

Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do CEPOF –  Conexão a partir dos EUA

Esta Sessão Solene da Congregação do IFSC/USP ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), já na Área-1 do campus, logo após as inaugurações que se realizaram no início da manhã, e consistiu na inauguração dos dois novos CEPIX do IFSC/USP, na circunstância, o Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos – CEPIMED, e o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CEPOF, tendo presidido à Mesa de Honra o Reitor da USP, Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior. A mesa foi composta pelo Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, pelo representante do Diretor Científico da FAPESP, Prof. Dr. Luíz Vitor de Souza Filho, o coordenador do CEPIMED, Prof. Dr. Adriano Andricopulo e, de forma remota a partir dos EUA, o coordenador do CEPOF, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato.

Abrindo a sessão, o Diretor do IFSC/USP fez uma breve abordagem à história do IFSC/USP e às suas principais conquistas em pesquisa, ensino e extensão universitária, tendo-se seguido as intervenções orais complementares aos discursos proferidos no início da manhã pelos Profs. Drs. Adriano Andricopulo e Luiz Vitor de Souza Filho. Para o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, conectado a partir dos EUA em missão profissional, ter um CEPIX não é fazer mais do mesmo, sendo, sim, um novo grau de maturidade. “Não se pretende fazer mais do que se fazia anteriormente, quando o CEPOF era um CEPID, mas sim fazer de forma diferente para que possam ser atingidos novos patamares, principalmente em nível internacional, procurando também obter investimentos externos para financiamento de nossas pesquisas”, sublinhou Bagnato. Para o pesquisador, existe a necessidade de se manter um grande compromisso com a excelência, combinando competências com grande responsabilidade social, como tem sido ao longo dos últimos vinte anos “(…) com uma produção científica de mais de cinquenta artigos por ano, de centenas de alunos formados nos cerca de vinte laboratórios dedicados a diversas áreas de pesquisa (…)”.

Por último, na sua oratória, o Reitor da USP citou alguns aspectos relacionados com as atividades-fins da Universidade, tendo colocado o IFSC/USP dentro desse conceito. Com relação à graduação, segundo o Reitor, a USP está fazendo um movimento muito grande para modificar a graduação, principalmente para torná-la mais próxima daquilo que os alunos esperam e também muito mais próxima ao que o mercado de trabalho espera. “Quando falo de mercado de trabalho refiro-me à sociedade, não ao mercado onde só se pretende ganhar dinheiro; e todas as unidades estão convidadas a fazer esse pensamento, essa análise. Nós vamos entregar agora para vocês, no IFSC/USP, duas ferramentas: uma relacionada com a evasão, no sentido de podermos estudar esse fenômeno, e uma outra relativa ao desempenho individual dos nossos alunos, desde o primeiro ano, para acompanhá-los mais de perto até eles se formarem. Vamos olhar quais alunos precisam de uma atenção especial, quais alunos estão bem, qual aluno saiu da média, qual o aluno que caiu no rendimento, qual o grupo de alunos que precisa de um cuidado mais intenso. Eu tenho visto alguns dados preliminares e acho que a matemática é um ponto que está muito fraco no ensino médio aqui no Estado de São Paulo, em relação a outras disciplinas. O desempenho dos alunos de humanas e biológicas está razoável, mas quando você olha para matemática, física e engenharia, tenho a sensação de que os nossos alunos estão entrando na Universidade com alguns conceitos que não foram dados ainda no ensino médio. Temos que ver o que podemos fazer para melhorar o desempenho desses alunos na área de matemática, seja no ensino médio, ou mesmo depois quando eles entrarem na Universidade”, sublinhou o dirigente.

Reitor da Universidade de São Paulo (USP) – Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior

O Reitor da USP também abordou a contratação de novos docentes. “A contratação de docentes aqui, na Universidade de São Paulo, está na faixa etária dos 42 anos. Eu acho que já é uma idade um pouco avançada. Nós gostaríamos de ter os professores entrando na USP com 30 e poucos anos e não acima dos 40. E a culpa não é do professor; a culpa é nossa, que ficamos demorando muito a entregar esses jovens para a formação depois dos seus doutorados, e, obviamente, depois dos pós-doutorados. É muito raro alguém entrar ao USP, hoje, sem o pós-doutorado. Quando você acaba o doutorado com 38 anos, e depois com o pós-doutorado, você vai ser contratado com cerca de 42 anos. Quando você vai nos EUA, com 33 anos os professores vão entrando nas universidades. Nós precisamos atrair esses jovens para a Universidade através de um novo programa a ser implementado.

O Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior também evidenciou o fato da USP estar criando centros internacionais, sendo que o maior deles vai ser o Centre National de Recherche Scientifique – CNRS (França), que já tem sete pilares – o pilar quer dizer uma linha de pesquisa, um pesquisador brasileiro, um pesquisador francês e a vida de pesquisadores franceses trabalhando dentro da Universidade. “Os responsáveis pelo CNRS vieram aqui em São Carlos e ficaram impressionados tanto com a engenharia quanto com a física, e eles querem criar, dentro desses pilares, um centro de engenharia que ficará muito concentrado aqui em São Carlos”, pontuou o dirigente, acrescentando que se torna importante trazer a internacionalização para junto dos alunos da USP. “Nós não podemos enviar os nossos 90 mil alunos para o exterior, mas podemos trazer os centros internacionais para junto dos nossos alunos. O aluno vai conversar com o pesquisador francês, com o pesquisador inglês, com o italiano, e isso tudo inserido no seu cotidiano. Com isso, acredito que vamos melhorar ainda mais o nível de pesquisa que nós temos na Universidade de São Paulo”, sublinhou o Reitor, tendo no final parabenizado o IFSC/USP por sua história e agradecendo pelo seu brilhantismo ao longo dos seus 30 anos de existência.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2024

Sociedade são-carlense visita laboratórios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

No último dia 04 de dezembro o IFSC/USP abriu as portas de seus laboratórios à comunidade, no âmbito da iniciativa denominada “Física Quântica em Ação”, onde jovens alunos dos ensinos fundamental e médio, acompanhados por suas famílias, tiveram a oportunidade de contactar – muitos pela primeira vez – alguns aspectos teóricos e práticos da Física.

Tendo como introdução que no final do Século XIX ficou demonstrado que a Física conseguia explicar quase tudo que nos cerca, com exceção do mundo microscópico, ou seja, os átomos, que já se sabia serem muito pequenos (cerca de um milhão de vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo), esta iniciativa do IFSC/USP teve como um dos objetivos dar a conhecer e permitir que os visitantes colocassem a “mão na massa” e testassem os principais experimentos que desvendaram o mundo atômico e levaram à criação da Física Quântica, experimentos esses que mostram o comportamento dos átomos, elétrons, das partículas de luz – chamadas fótons -, os raios e o laser, entre muitos outros. A iniciativa, que teve a participação de cerca de sessenta visitantes, foi, também, um “aperitivo” para se discutir como a Física Quântica revolucionou a tecnologia moderna, a eletrônica, computação, fibras óticas, a ressonância magnética na saúde e … muito mais.

Esta ação derivou de uma demanda da Comissão de Graduação do IFSC/USP, na pessoa da Prof. Tereza Mendes, para que os seus alunos pudessem interagir com a comunidade dentro de uma disciplina obrigatória, no caso “Laboratório Avançado de Física I”. Segundo o Prof. Sebastião Pratavieira, um dos coordenadores desta ação, a ideia é que durante o bacharelado no IFSC/USP, os alunos repassem para o público as principais informações do que estão aprendendo ao longo de sua graduação, os trabalhos que estão executando nos laboratórios, a finalidade de suas ações e os fundamentos e objetivos da Física, sendo uma espécie de “prestação de contas” à sociedade que, com seus impostos, mantêm todas as universidades públicas do País.

O Prof. Sebastião Pratavieira explicou que esta ação se insere numa iniciativa promovida pelo governo federal, que obriga todos os cursos de graduação das universidades públicas do País a interagirem com a sociedade, algo que está sendo executado em nível nacional. “Foi uma experiência muito gratificante, com todo o mundo a fazer perguntas e a tentar entender os experimentos feitos nos laboratórios do IFSC/USP. Esperamos agora que todos os anos possamos realizar um dia dedicado a trazer a sociedade para dentro da USP”, finalizou o Prof. Sebastião Pratavieira.

Já o  Prof. Francisco Guimarães, também organizador desse evento, destaca que “A atividade realizada marcou um importante passo inicial na construção de um vínculo permanente entre os alunos do nosso instituto e a sociedade. Com simplicidade e entusiasmo buscamos compartilhar um pouco de nossas experiências em física quântica com os cidadãos da nossa comunidade. Não esperamos um retorno direto dessa ação, mas acreditamos que iniciativas como esta contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e esclarecida”.

Agradece-se a visita de todos, em especial de professores e familiares dos estudantes de São Carlos e região que nos deram o privilégio da vista. Estiveram envolvidos os docentes e pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Paulo Miranda, Tomaz Catunda, Sérgio Carlos Zilio, Francisco E. G. Guimarães e Lino Misoguti, com o apoio dos técnicos dos laboratórios do Ensino, Oficinas Mecânica e de Óptica e da Biblioteca do IFSC/USP. .

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2024

“São Carlos OpenLab 2024” – No mundo da Cristalografia

Um dos momentos do “São Carlos OpenLab-2024”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou entre os dias 02 e 08 deste mês  a 5ª edição do “São Carlos OpenLab 2024”, uma escola organizada  por membros da Associação Latino-Americana de Cristalografia, tendo como base a última edição realizada em 2018, em Montevidéu – Uruguai –, bem como nas experiências organizativas dos eventos anteriores, incluindo os “IUCr-UNESCO Bruker OpenLabs”, em 2014 e 2016, tendo estado representados neste evento quatro países da América Latina

O programa desta escola esteve dividido em aulas teóricas e práticas, incluindo os princípios de solução e refinamento de estruturas cristalinas, ministradas por renomados especialistas na área, sendo que esta iniciativa teve o intuito de contribuir para a capacitação dos estudantes latino-americanos na área de cristalografia.

A lista de tópicos desta escola incluiu: Visão geral da cristalografia; Simetria; Cristalização e manipulação de cristais; Difração de raios X; Determinação da estrutura: o problema das fases; Refinamento Estrutural; Relatórios e análises de estrutura;

O pesquisador Michele Zema foi um dos palestrantes que participaram neste evento. Professor associado na Universidade de Bari (Itália), o Prof. Zema é químico e cristalógrafo com mais de vinte anos de experiência em pesquisas e ensino nas áreas de mineralogia e química estrutural. Ex-gerente de projeto do Ano Internacional da Cristalografia (ONU 2014) e diretor executivo de divulgação da International Union od Christallography (IUCr), o palestrante convidado abordou, em uma de suas palestras, a história da cristalografia e os impactos positivos que essa área tem promovido no mundo da ciência.

Prof. Michele Zema

A história da cristalografia é muito longa e é oriunda das escolas mais antigas da ciência, abordando a compreensão dos cristais e suas propriedades, Segundo Zema, houve uma evolução rápida na forma como os cientistas adquiriram uma comprensão sobre as estruturas dos materiais, tudo isso tendo em consideração as suas propriedades. “A cristalografia é uma disciplina vital porque ela é a base para se ter um entendimento sobre as qualidades dos materiais, para que possamos descobrir novas formas de trabalhar em cima de suas propriedades. E é isso que tentamos ensinar aos jovens alunos neste “São Carlos OpenLab-2024”, aqui no IFSC/USP. Ou seja, tentar demonstrar como os alunos podem usar as diversas técnicas disponíveis para que possam dar informações precisas sobre como se distribuem os átomos nos cristais, entre outros fatores”, enfatiza o pesquisador italiano.

A prova desse aprendizado, neste evento, ficou bem patente através dos inúmeros trabalhos apresentados pelos alunos participantes, em forma de pôsteres, uma mostra que espelhou bem como esta área do conhecimento é interdisciplinar em termos da ciência dos materiais, envolvendo química, física, mineralogia e biologia, entre outras, algo que o Prof. Zema classificou de “(…) uma mostra com um nível muito alto de qualidade, mostrando o quanto os alunos se encontram entusiasmados (…)”.

Com um novo cenário colocado através da Inteligência Artificial (IA) e do Aprendizado de Máquina (AM), o palestrante convidado salienta que quando se trabalha com a cristalografia, em que um dos pormenores é poder lidar com milhões de estruturas cristalinas inseridas em bases de dados, fica patente a facilidade e utilidade dessas novas ferramentas. “Analisando do ponto de vista estatístico de como um cristal se pode transformar em um novo material, você tem uma quantidade enorme de informações que necessitam ser investigadas, analisadas e comparadas. É aí que a IA e o AM surgem para dar uma sensacional ajuda nesse trabalho, embora, obviamente, tenha que haver sempre algum cuidado, pois essas novas ferramentas, como todas as outras que antecederam estas, possuem lados “sombrios”. Contudo, são ferramentas que neste momento são indispensáveis, não só agora como também no futuro, sendo que elas serão fundamentais para a evolução científica destes jovens alunos que participaram no “São Carlos OpenLab-2024”, aqui no IFSC/USP”, conclui o Prof. Zema.

Os participantes do “São Carlos OpenLab-2024”

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em novembro de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de novembro de 2024, clique (AQUI), ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Chemical Engineering Journal” (AQUI).

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Novo projeto da Unidade EMBRAPII – IFSC/USP: Inovação na desinfecção e descontaminação de colchões hospitalares

Plácido Neto – Empresa “EcoStove”

Um novo projeto apoiado pela Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi testado com sucesso na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC), correspondendo a um equipamento desenvolvido pela empresa “EcoStove”, sediada na cidade de Salto (SP), em colaboração com a fábrica “Relux”, de Ribeirão Pires (SP), para desinfecção e descontaminação de colchões hospitalares, um produto já patenteado em colaboração com a USP.

O citado equipamento será disponibilizado em duas versões – portátil, com capacidade para 06 colchões, e fixo, neste caso podendo fazer a descontaminação de 12 colchões.

A inovação deste novo equipamento está na combinação que é feita através de UVC, ozônio e índice de temperatura, incluindo a pulverização de Quartenário de Amônio 5, cujo processo total demora apenas entre 60 e 90 minutos. Para o inventor deste equipamento e proprietário da empresa, Plácido Neto, “A utilização do equipamento portátil torna-se bastante interessante para os hospitais e casas de saúde, já que, sendo uma prestação de serviço, os custos são muito atrativos”. O equipamento consegue desinfectar e descontaminar os colchões em até 99,99% nas superfícies externas e 90% na superfície interna das espumas, com a particularidade de apresentar um software que foi concebido unicamente para essa operação e que armazena os dados completos de cada processo de descontaminação, ficando os mesmos disponíveis para serem consultados pelos responsáveis clínicos.

Confira AQUI o relatório técnico emitido pelo IFSC/USP.

Engº Daniel Chianfrone (LAT-IFSC/USP)

Não necessitando de qualquer mão de obra dos estabelecimentos hospitalares, já que o equipamento é operado apenas por um funcionário da empresa, este equipamento portátil foi inicialmente testado no Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP antes de ser submetido à prova na SCMSC. O Engº Daniel Chianfrone (LAT) sublinha que é uma inovação que é entregue à sociedade e que numa primeira fase irá atender as demandas da SCMSC. “É um equipamento que dá uma resposta muito positiva às atuais necessidades dos hospitais, que estão cada vez mais impactados pela disseminação de infecções e contaminações transmitidas pelos colchões das enfermarias, pelo que nos sentimos felizes por estar contribuindo com esse desenvolvimento científico e tecnológico. Por outro lado, também foi uma experiência muito gratificante, já que podemos mergulhar em novas tecnologias, e, neste caso concreto, na combinação entre o ozônio e a temperatura”.

Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães – Pesquisador EMBRAPII-IFSC/USP

Para o pesquisador da Unidade EMBRAPII – IFSC/USP, Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães, este projeto usa a inovação no sentido de uma ação de descontaminação e de controlo microbiológico, sendo que, por isso, ela tem um apelo social muito grande já que o alcance é imediato na área da saúde. “Foi um projeto que saiu da área de pesquisa há pouco tempo e já está sendo aplicado. Além do tempo relativo às pesquisas realizadas para este projeto, e que como era de se esperar demoraram alguns anos até ficarem concluídas, este projeto demorou cerca de um ano para ficar pronto e agora está sendo apresentado este protótipo do equipamento, praticamente igual ao que vai ser o modelo final. Este protótipo ficará em ambientes relevantes, que são as dependências da SCMSC, naquilo que usualmente chamamos de “estágio de maturidade tecnológica”, onde realizaremos todos os últimos testes de segurança avançada”, finaliza o pesquisador.

Recordamos que a EMBRAPII é extremamente importante para a pesquisa e inovação industrial, já que ela permite compartilhar os riscos por que passam as empresas. Assim a EMBRAPII divide esses riscos com as empresas, fazendo com que elas tenham um melhor “arcabouço” para poderem desenvolver seus projetos junto com as universidades, já que com essa interação elas têm caminhos menos arriscados para trilhar. São esses recursos a fundo perdido, oriundos da EMBRAPII, que consolidam os projetos das empresas.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Aluna de doutorado do IFSC/USP conquista “Grande Prêmio CAPES de Tese”, edição de 2024

(Créditos – CNPEM-LNNano)

A Dra. Gabriela Dias Noske, egressa do Programa de Pós-Graduação em Física do IFSC/USP – Opção Física Biomolecular – e atualmente pesquisadora do Laboratório Nacional de Nanotecnologia – LNNano/CNPEM, conquistou neste mês de novembro o “Grande Prêmio CAPES de Tese Elisa Esther Maia Frota Pessôa – Edição 2024” (Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar).

Em setembro último, Gabriela Dias Noske já havia conquistado o “Prêmio CAPES de Tese – 2024 – Astronomia e Física”, uma premiação que distingue os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 2023, em cada uma das 54 áreas do conhecimento definidas pela CAPES, e agora foi anunciada como a vencedora do Grande Prêmio CAPES de Tese, concorrendo com outros ganhadores das 19 áreas de conhecimento do Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar.

A tese de Gabriela Noske foi focada no tema “Caracterização estrutural e busca por inibidores das proteases dos vírus emergentes: Vírus da Febre Amarela e SARS-CoV-2”, tendo como orientador o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Glaucius Oliva e como co-orientador o pesquisador pós-doutorando Dr. Andre Schutzer de Godoy.

Gabriela Dias Noske possui graduação em Ciências Físicas e Biomoleculares pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), durante o qual fez iniciação científica na área de cristalografia, com enfoque no estudo estrutural e funcional da protease de febre amarela.

É Doutora pelo IFSC/USP, onde desenvolveu projeto de pesquisa em cristalografia e crio-microscopia eletrônica, com enfoque na descoberta e desenvolvimento de fármacos para a febre amarela baseados na estrutura do complexo NS2B-NS3 protease.

A premiada fez parte do projeto colaborativo, também sob supervisão do Prof. Dr. Glaucius Oliva e do pesquisador Andre Schutzer de Godoy, que teve como objetivo a descoberta e desenvolvimento de candidatos antivirais contra o SARS-CoV-2, baseado nas suas proteínas não estruturais, particularmente tendo como alvo as proteases virais.

Entre 2022-2023, realizou estágio de pesquisa no exterior (BEPE-FAPESP) no Centre for Structural System Biology (Desy, Hamburgo, Alemanha) onde trabalhou com as técnicas de crio-microscopia eletrônica e crio-tomografia (cryo-EM e cryo-ET), sob orientação do prof. Dr. Kay Grünewald. Atualmente trabalha como pesquisadora em crio-microscopia eletrônica, no Laboratório Nacional de Nanotecnologia, Centro Nacional para Pesquisa em Energia e Materiais (LNNano/CNPEM)

(Fonte: Currículo Lattes e https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/resultados-dos-editais/18112024_Edital_2497653_SEI_2497210_Edital_N__04_2024___RESULTADO_PRELIMINAR.pdf).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2024

Com participação de pesquisador do IFSC/USP – Todos os observáveis da Natureza podem ser medidos com uma única constante , o “segundo”

(Créditos – aeditorialbow1/Best of Web)

Um grupo de pesquisadores brasileiros apresentou proposta inovadora para resolver um debate que já dura décadas entre físicos teóricos: quantas constantes fundamentais são necessárias para descrever o universo observável? Aqui, a expressão “constantes fundamentais” refere-se aos padrões básicos necessários para medir tudo.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, teve a participação de George Matsas e Vicente Pleitez, ambos do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp), além de Alberto Saa, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (Imecc-Unicamp), e Daniel Vanzella, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

O grupo argumenta que o número de constantes fundamentais depende do tipo do espaço-tempo em que as teorias são formuladas. E que, em um espaço-tempo relativístico, esse número pode ser reduzido a uma única constante, utilizada para definir o padrão de tempo. O estudo é uma contribuição original à polêmica instaurada em 2002 por um artigo famoso de Michael Duff, Lev Okun e Gabriele Veneziano publicado no  Journal of High Energy Physics.

A história toda começou dez anos antes, no verão de 1992, quando os três renomados cientistas se encontraram no terraço da cafeteria do Cern, a organização europeia para pesquisa nuclear. Em uma conversa informal, descobriram que divergiam em relação ao número de constantes fundamentais. “No verão de 2001, voltamos ao assunto e descobrimos que as nossas opiniões ainda divergiam. Decidimos, então, explicar nossas posições”, escrevem os três no Abstract de seu artigo.

Em resumo, Okun afirmou que três unidades básicas – metro (comprimento), quilograma (massa) e segundo (tempo) – eram necessárias para medir todas as grandezas físicas. Vale dizer que reafirmou aquilo que era conhecido como Sistema MKS (M, de metro; K, de quilograma; S, de segundo), posteriormente incorporado ao Sistema Internacional de Unidades (SI). Veneziano, por seu lado, argumentou que, em certos contextos, bastariam duas unidades: uma para o tempo e outra para o comprimento. Duff não ficou nem lá nem cá, afirmando que o número de constantes podia variar dependendo da teoria em questão.

Justificando o novo artigo agora publicado, Matsas afirma: “O objetivo é buscar a descrição mais fundamental possível da física. A questão que Okun, Duff e Veneziano levantaram não é, de forma alguma, trivial. Como físicos, somos confrontados com a necessidade de entender qual é o número mínimo de padrões de que precisamos para medir tudo”.

Os pesquisadores brasileiros – apoiados pela FAPESP (projetos 22/10561-9, 21/09293-7 e 23/04827-9) – sustentam que a quantidade de constantes fundamentais depende do espaço-tempo em que as grandezas físicas são consideradas. E analisam dois tipos de espaço-tempo: o galileano, sobre o qual Isaac Newton (1642-1727) construiu a mecânica clássica; e o relativístico, que oferece o substrato para a teoria da relatividade geral de Albert Einstein (1879-1955).

Há vários espaço-tempos relativísticos, que correspondem a diferentes soluções das equações de Einstein. O mais simples deles é o espaço-tempo de Minkowski, assim nomeado em referência ao matemático judeu-lituano de cultura alemã Hermann Minkowski (1864-1909). Trata-se de um espaço-tempo vazio (livre de partículas e tudo mais), homogêneo (em que todos os pontos apresentam as mesmas propriedades) e isotrópico (em que todas as direções espaciais se equivalem). Por uma questão de facilidade, o artigo em pauta utiliza o espaço-tempo de Minkowski. Mas seus autores advertem que as conclusões a que chegaram podem ser generalizadas para qualquer espaço-tempo relativístico.

“No espaço-tempo galileano, são necessárias réguas e relógios para medir todas as variáveis físicas. No espaço-tempo relativístico, porém, relógios são suficientes. Isto porque, na relatividade, o espaço e o tempo estão de tal forma interligados que basta uma única unidade para descrever todas as grandezas. Relógios de alta precisão, como os relógios atômicos utilizados atualmente, são capazes de atender a todas as necessidades de medição”, diz Matsas.

Como se percebe pela frase anterior, até mesmo no espaço-tempo galileano já é possível uma simplificação de grandezas fundamentais que deixa a massa de fora. “Historicamente, a partir de um esforço de padronização adotado durante a Revolução Francesa (1789-1799), o quilograma foi definido como sendo a massa de um litro de água pura em determinada condição de pressão e temperatura. Em termos práticos, é muito conveniente ter um padrão de massa, mas, do ponto de vista fundamental, ele não é necessário”, afirma Vanzella. “A massa de um corpo é dada pela aceleração com que uma partícula é atraída quando está a uma certa distância da massa.”

Em sua versão atual, o Sistema Internacional de Unidades (SI) utiliza sete unidades básicas: metro (comprimento), segundo (tempo), quilograma (massa), kelvin (temperatura), ampere (corrente elétrica), candela (intensidade luminosa) e mol (quantidade de moléculas ou átomos). “Mas essas unidades são básicas apenas porque atendem a objetivos práticos. Por exemplo, se alguém precisa comprar uma lâmpada, o número de candelas informa quanta intensidade luminosa essa lâmpada deverá fornecer. Porém, há muito tempo é sabido que essas unidades apresentam redundâncias. Isto é, que muitas delas podem ser definidas a partir de outras. Após uma revisão realizada em 2019, essas unidades passaram a ser associadas a constantes da natureza, como a velocidade da luz [c] e a constante de Planck [h]”, pontua Matsas.

Pelo critério usado por Duff, Okun e Veneziano, o número de constantes fundamentais está relacionado ao número mínimo de padrões independentes necessários para expressar todas as grandezas físicas. Repetindo, no espaço-tempo de Galileu todos os observáveis podem ser expressos em termos de unidades de tempo e espaço, que, usualmente, são o “segundo” e o “metro”. Em espaços-tempos relativísticos, a unidade de tempo – vale dizer, o “segundo” – é suficiente para expressar qualquer observável.

E a definição de “segundo” é estabelecida, atualmente, a partir de uma constante da natureza: a diferença de energia entre dois níveis específicos da camada eletrônica do césio-133. Um segundo (1s) corresponde ao tempo de 9.192.631.770 oscilações da radiação emitida quando um elétron transita entre esses dois estados do césio-133. “Qualquer artefato capaz de contar com regularidade 9.192.631.770 oscilações dessa radiação terá medido 1s e poderá ser considerado um relógio honesto”, informa Matsas.

Resumindo: no espaço-tempo relativístico (que é o espaço-tempo no qual o estudo em pauta considera que vivemos), qualquer grandeza física pode ser medida a partir do “segundo”, que constitui a unidade de tempo. O tempo é uma variável, pois está em incessante mudança; mas o “segundo” é definido a partir de uma constante, associada a um certo nível de energia da camada eletrônica do átomo de césio-133. “O veredicto de que um observável seja ou não uma constante da natureza é absoluto, pois é proclamado pelos relógios honestos, que precisam existir para que o próprio conceito de espaço-tempo faça sentido. Mas a eleição de qual ‘constante fundamental’ será usada para defini-los é uma construção social e histórica que depende da conveniência”, comenta Vanzella.

O artigo The number of fundamental constants from a spacetime-based perspective pode ser lido na íntegra em: www.nature.com/articles/s41598-024-71907-0

(Agência FAPESP – José Tadeu Arantes)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2024

Pós-Doutoranda do IFSC/USP recebe prêmio de melhor pôster apresentado no Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER)

A Pós-Doutoranda do IFSC/USP, Drª Ana Clara Sampaio Pimenta (bolsista FAPESP), conquistou o prêmio de melhor pôster apresentado na oitava edição do “Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER)”, realizado entre os dias 06 e 08 deste mês de novembro, que ocorreu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG).

No decurso desse encontro, Ana Clara teve a oportunidade de apresentar um pôster relativo ao seu trabalho de pesquisa subordinado ao tema “Exploring Raman scattering of MoS₂ monolayer on a circular plasmonic gold grating”, algo que muito orgulha o IFSC/USP.

O Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER) foi criado com o objetivo de reunir especialistas, usuários e iniciantes na técnica, em um ambiente propício para discussões sobre desenvolvimentos recentes e perspectivas futuras da técnica e seus desenvolvimentos.

O encontro esteve planejado para abordar tanto os fundamentos quanto as aplicações da espectroscopia Raman, com ênfase especial na resolução espacial, instrumentação, metodologia e medidas operando, sendo também uma oportunidade de integrar no congresso outras espectroscopias como IR, fluorescência ou abordagens não lineares.

O IFSC/USP congratula nossa jovem pós-doc.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de novembro de 2024

Laboratórios do IFSC/USP com portas abertas para jovens estudantes – “Física Quântica em Ação”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP0 vai abrir as portas dos Laboratórios de Física Moderna no próximo dia 04 de dezembro, a partir das 14h00, para todos os jovens estudantes do Ensino Médio e quaisquer outros interessados que desejem conhecer ou aprofundar seus conhecimentos nessa área do conhecimento.

No final do Século XIX ficou demonstrado que a Física conseguia explicar quase tudo, com exceção do mundo microscópico, ou seja, os átomos, que já se sabia serem muito pequenos (cerca de um milhão de vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo).

No Laboratório de Física Moderna do IFSC/USP os jovens estudantes irão conhecer – e “meter a mão na massa” – os principais experimentos que desvendaram o mundo atômico e levaram à criação da Física Quântica, experimentos esses que mostram o comportamento dos átomos, elétrons, das partículas de luz – chamadas fótons -, os raios e o laser, entre muitos outros.

Será também um “aperitivo” para se discutir como a Física Quântica revolucionou a tecnologia moderna, a eletrônica, computação, fibras óticas, a ressonância magnética na saúde e … muito mais.

Inscreva-se, enviando um email para o Prof. Tomaz Catunda – tomaz@ifsc.usp.br

Acredite… Vão ser momentos inesquecíveis!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2024

IFSC/USP conquista Menção Honrosa no “Prêmio Alumni USP 2024”

A terceira edição do “Prêmio Alumni USP” homenageou, no passado dia 25 de novembro, profissionais que se destacaram na ciência, no empreendedorismo, na cultura, na promoção da qualidade de vida, na inclusão social e na sustentabilidade ambiental.

O prêmio é dividido em seis categorias: Contribuições em Arte e Cultura; Contribuições em Ciência e Tecnologia; Contribuições em Inovação e Empreendedorismo; Contribuições na Qualidade de Vida das Pessoas; Contribuições nas Relações Humanas e Inclusão Social; e Contribuições na Sustentabilidade Ambiental.

Além do premiado, cada categoria também homenageia um egresso com menção honrosa, como foi o caso da ex-aluna do IFSC/USP Mariana Zuliani Theodoro de Lima, graduada em Ciências Físicas e Biomoleculares e mestre em Física. Atua na área de inovação de produtos para serviços financeiros, foi cofundadora da fintech “Brazilian Investment Technology” e desenvolveu pesquisa entrelaçando a inteligência artificial e a análise de dados para o tratamento oncológico de pacientes com câncer de mama e pulmão. Seu projeto, que uniu a responsabilidade social à inovação científica, levou à criação da deeptech OncoAI, que é uma startup focada na predição de recidiva de câncer superficial de bexiga. A empresa está atualmente participando do programa de aceleração Start Deeptech do Sebrae, que apoia startups inovadoras. Atualmente é docente na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Conforme matéria publicada pelo “Jornal da USP”, este prêmio tem o objetivo de fortalecer o relacionamento da Universidade com seus egressos, criando uma rede profissional que reconecta antigos estudantes com seus colegas.

Organizado pelo Escritório Alumni USP, o prêmio é uma homenagem aos egressos da Universidade que se destacaram por suas contribuições e que impactaram positivamente a sociedade.

O IFSC/USP parabeniza a Profª Mariana Zuliani Theodoro de Lima pela conquista desta nobre Menção Honrosa.

(Rui Sintra IN: Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2024

Colar bovino estimula a reprodução e apoia a saúde animal – Unidade EMBRAPII do IFSC/USP faz testes no Texas (USA)

Equipes brasileira e do Texas testando o colar de estímulos automáticos desenvolvido na Unidade Embrapii do IFSC-USP em parceria com a empresa “BRL Life-Tec”

Uma das formas de promover a ovulação nas vacas para que possa ocorrer a inseminação e a consequente gravidez se procede através da administração de hormônios aplicados de forma periódica, sendo que essa operação é normalmente feita por veterinários.

Agora, através de um processo inovador, pode ser colocado um colar no pescoço das vacas que, devidamente programado, pode realizar a injeção automática de hormônios de forma periódica para estimular a reprodução. Esta foi uma tecnologia desenvolvida dentro da Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), tendo já gerado uma patente e um protótipo que foi testado por especialistas da Texas A&M University (USA).

O sistema permite, de forma simples, o manuseio de milhares de vacas simultaneamente, gerando impactos diversos no agronegócio. O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa “BRL LIFE-Tech”, uma startup sediada no Estado de São Paulo e com apoio do SEBRAE, sendo que o protótipo foi devidamente testado perante Luís Gustavo Teodoro – Médico Veterinário (BRL Live Tech) -, Washington Coimbra (EMBRAPII-IFSC/USP), Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) e ainda os especialistas em reprodução animal Dr. R. Cook (Animal Science – Texas A&M University) e Dr. Ramiro Oliveria (Especialista em fecundação – Estado do Texas).

Nesta versão inicial, o colar foi idealizado para injetar três hormônios, e como um deles precisa de refrigeração, o colar também tem a capacidade de se transformar em um mini-refrigerador com o auxílio de uma bateria, podendo assim manter os reservatórios refrigerados em até quinze dias.

Teste iniciais já haviam sido feitos no Brasil, mas os testes no Estado do Texas foram fundamentais para a consolidação da ideia e deste inovador projeto.

Os testes consistiram em manter o animal por diversos dias com o dispositivo, avaliando a fixação do colar no pescoço do mesmo em relação ao seu posicionamento correto, a inserção da agulha e a aplicação de soro fisiológico para simulação da aplicação. Seguidamente, foram feitos testes com hormônio, monitoramento da temperatura interna do reservatório e do hormônio entre 5 a 8 ºC e armazenamento de dados da temperatura e aplicações.

O protótipo passou pelos diversos testes com diversas observações feitas pelos especialistas, tendo em vistas algumas melhorias. O mais curioso, no entanto, foi o interesse que a ideia despertou nos próprios texanos, já que se trata de um dispositivo leve, que pode estimular de forma autônoma a reprodução animal, sendo que esse colar poderá administrar antibióticos em caso de necessidade, tornando-se, assim, um elemento de grande valia para a área da pecuária, uma das principais atividades econômicas do Estado do Texas.

Animal com colar de estímulo reprodutivo em teste

As discussões entre as equipes da Universidade do Texas e da EMBRAPII do IFSC/USP evoluíram no sentido de se introduzirem melhorias consideráveis no dispositivo, que, a partir de agora, se transformará em uma verdadeira plataforma de saúde animal. Os novos protótipos já deverão ter sua produção iniciada no IFSC/USP, sendo que as equipes e a empresa envolvidas neste projeto se encontram extremamente animadas com os resultados e com as possibilidades que esta inovação poderá trazer para a pecuária brasileira e mundial.

Segundo o coordenador da EMBRAPII-IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, “A contribuição em termos de inovação que este projeto poderá trazer é imensa. Por exemplo, hoje, animais jovens em transporte ficam doentes muito facilmente e ter um colar como este que foi projetado e desenvolvido – plataforma para saúde animal – deverá minimizar perdas e aumentar a eficiência da produção de carne e leite “.

A unidade EMBRAPII do IFSC/USP é especializada no desenvolvimento de instrumentação para a saúde e tem uma preocupação não apenas com a saúde humana, mas também com a saúde animal e ambiental. Há grandes perspectivas que a evolução deste projeto produza agora uma patente mundial e que venha a ter um grande impacto, pois os novos protótipos irão se apresentar muito para além da injeção, ou seja, com muito mais funções e, portanto, caracterizando de fato uma plataforma de apoio à saúde animal de um modo geral.

Os engenheiros Coimbra, Vinicius e Guilherme, da unidade EMBRAPII, continuarão com sua dedicação para o desenvolvimento dos novos modelos, marcando este desenvolvimento como mais uma grande contribuição tecnológica para uma das áreas de grande importância da economia brasileira, a nossa pecuária.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2024

Prof. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) conquista “Prêmio de Ciência e Tecnologia de São Carlos -2024” – Categoria “Cientista Emérito”

A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, divulgou os vencedores do “Prêmio Ciência – Tecnologia São Carlos – 2024”, sendo que o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, é um dos vencedores desse prêmio – na vertente “Prêmio Dietrich Schiel” – Categoria “Prêmio Cientista Emérito), juntamente com o Prof. Sylvio Goulart Rosa Junior.

Confira abaixo os restantes vencedores:

“Prêmio Sérgio Mascarenhas” – Categoria Pesquisador Sênior – Ladislau Martin Neto;

“Prêmio Yvonne Primerano Mascarenhas” – Categoria Pesquisadora Senior – Maria do Carmo Calijuri;

“Prêmio Antônio Pereira de Novaes” – Categoria Pesquisador Junior – Thomas Kauê Dal’Maso Peron e Arthur Vieira da Silva Oliveira;

“Prêmio Wanda Ap. Machado Hoffmann” – Categoria Pesquisadora Junior – Bianca Chieregato Maniglia;

“Prêmio José Galizia Tundisi” – Categoria Professor de Ciência – Tamar Rafael Alves Silva e Rogerio Vargas;

“Prêmio Odete Rocha” – Categoria Professora de Ciência – Ludmila De Marco Zanelatto, Tatiane Agostini Fantin e Luciane Akemi Sato:

“Prêmio Silvio Crestana – Categoria Jovem Cientista de São Carlos – Anita Ilhesca Kramer, Maria Alice da Silva e Thiciany Pereira Evangelista;

“Prêmio Gilberto Orivaldo Chierice – Categoria Clube de Ciências – H2O: O que vive aqui? Aprendendo sobre microorganismos presentes na água de reuso da escola (EE Antonio Adolfo Lobbe); Despertando a consciência: Projeto de redução de desperdício de alimentos (EE Professor Luíz Viviane Filho).

A entrega dos prêmios ocorrerá no dia 29 de novembro, às 14h00, no Paço Municipal.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2024

“18º WFLD Internacional Congress” – IFSC/USP: A única instituição de pesquisa brasileira presente no evento

Inúmeros visitantes no estande do IFSC/USP

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi a única instituição de pesquisa brasileira presente no “18º WFLD Internacional Congress”, através de pesquisadores e bolsistas do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), um encontro internacional que ocorreu na cidade de São Paulo entre os dias 11 e 13 de novembro.

O World Federation for Laser in Dentistry (WFLD) é uma associação internacional que reúne os seus membros a cada dois anos, sendo que esta edição do congresso foi coordenada pelo dentista pesquisador, Dr. Aldo Brugnera Jr., reunindo cerca de seiscentos participantes oriundos de todo o mundo.

A programação deste congresso compreendeu a realização de diversas apresentações, bem como contribuições orais e na forma de painéis de inúmeros congressistas. Participaram neste encontro pesquisadores que desenvolvem tecnologias e também procedimentos clínicos na área do laser em odontologia” e em diversas áreas afins, tendo participado instituições de pesquisa e empresas na forma de expositores.

Segundo o pesquisador do CEPOF, Dr. Antônio Aquino Junior, “Estamos presentes não só para conhecer o que se faz no mundo na área de óptica e fotônica, mas principalmente para mostrar as tecnologias que temos desenvolvido sobre aplicações do laser no controle e manutenção de doenças crônicas, como a Fibromialgia, Artrites, e mesmo o Parkinson”.

Ao apresentar um conjunto de pôsteres sobre as pesquisas realizadas e os dispositivos construídos para fins de pesquisa clínica, a equipe do IFSC/USP mostrou sua preocupação com o bem-estar das pessoas acometidas com doenças crônicas diversas, tendo se prontificado a verificar, em seu estande, as condições de operação dos lasers terapêuticos de qualquer marca.

Equipe do CEPOF-IFSC/USP

Segundo Antônio Aquino, “Os lasers terapêuticos devem ser constantemente verificados para que seu efeito seja de fato o esperado, já que eles são instrumentos delicados e que precisam de constante cuidado. Os profissionais devem ficar atentos às condições operacionais de seus aparelhos”, salientou o pesquisador, tendo enaltecido o grande número de visitantes ao pequeno estande do IFSC/USP.

Em exposição – Tecnologia das botas pneumáticas foto-assistidas, um projeto EMBRAPII em parceria com empresas e que agora está próximo de ser um produto final

O esforço feito pelos diversos participantes, estudantes bolsistas e demais pesquisadores para estarem presentes no evento, mostra o quanto o CEPOF está preocupado em ter a devida inserção internacional com seus trabalhos. De fato, os trabalhos do CEPOF, tanto na área do câncer como na terapia de doenças crônicas, são referências nacionais, tendo mesmo o Sistema Único de Saúde (SUS) adotado a terapia fotodinâmica para o tratamento do câncer de pele. “Nosso constante trabalho, mantendo as pesquisas clínicas na Santa Casa de São Carlos e em diversos outros locais, mostra o quanto nossos pesquisadores estão comprometidos com a realização de ciência com responsabilidade social“, salientou Aquino, que trabalha coordenando a unidade de terapias junto com a Santa Casa de São Carlos.

Um dos destaques do IFSC/USP na área de aplicações de laser não fica reduzido às pesquisas, mas também às parcerias proporcionadas pela Unidade Embrapii de Instrumentações Ópticas para a Saúde, abrigada no IFSC/USP. “Através dos mais de quarenta projetos de parcerias realizadas com empresas de todo Brasil, nosso centro de pesquisa vem tornando uma realidade a sua interação com a população, já que os diversos desenvolvimentos feitos são pensando no bem-estar da sociedade.

Pesquisas pagas pelas empresas, em conjunto com a EMBRAPII, têm permitido que a população receba os maiores benefícios em um curto intervalo de tempo, sendo que os desenvolvimentos e produtos gerados já extrapolam as fronteiras do país”, conclui Antonio Aquino.

De fato, a unidade Embrapii do IFSC/USP tem feito um grande esforço para que as ciências desenvolvidas no IFSC/USP tenham não só um impacto técnico-científico, mas também um impacto econômico pensando na sociedade.

Parabéns aos esforços e à participação do IFSC/USP nos eventos internacionais e de relevância para a saúde.

 

 

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2024

Simpósio comemora os 30 anos do IFSC/USP e do IQSC/USP

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP) recebeu no dia 14 deste mês de novembro o “Simpósio Comemorativo dos 30 anos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP)”, onde foram abordados os principais destaques acadêmicos e científicos destas duas prestigiadas Unidades da Universidade de São Paulo, congregadas num caminho de excelência conquistada ao longo dos anos.
Com a abertura a cargo dos diretores das duas Unidades – Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior (IFSC/USP) e Hamilton Brandão Varela de Albuquerque, o evento ficou marcado pelas apresentações de renomados pesquisadores, que, uns oriundos do antigo Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC), e outros já “filhos” das duas unidades irmãs entretanto fundadas separadamente, ofereceram um conjunto lato de informações que corroboram com a excelência alcançada pelos dois Institutos.
Assim, a programação deste evento contou com as participações, além dos diretores das duas Unidades da USP, dos seguintes oradores:
* Prof. Dr. Silvio Crestana – Pesquisador da Embrapa-Instrumentação;
* Prof. Dr. Emanuel Carrilho – Docente e pesquisador do Departamento de Química e Física Molecular – IQSC/USP;
* Prof. Dr. Antonio José da Costa Filho – Docente e pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP/USP;
* Prof. Dr. Fabio Henrique Barros de Lima – Docente e Pesquisa do Departamento de Físico-Química – IQSC/USP;
Confira como foi este Simpósio, clicando AQUI.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP
21 de novembro de 2024

IFSC/USP conquista “Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia 2024” – Categoria – “Estudante Universitário”

Esquema de possíveis resultados

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram na semana passada os vencedores do “17º Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2024”, uma iniciativa da Reunião Especializada de Ciência e Tecnologia do Mercosul (RECyT) e dos organismos de ciência e tecnologia dos países-membros, cujo tema desta edição foi “Nanotecnologia Aplicada à Saúde”. O aluno Vitor Ribeiro de Almeida Reis (22), do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC/USP, conquistou o primeiro lugar na categoria “Estudante Universitário”, tendo direito, assim, a um prêmio pecuniário no valor de R$ 25 mil.

Este prêmio tem o objetivo de reconhecer e enaltecer os melhores trabalhos de estudantes, jovens pesquisadores(as) e equipes de pesquisa que representem potencial contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países membros e associados ao Mercosul, bem como incentivar a realização de pesquisa científica e tecnológica e a inovação no âmbito do bloco e contribuir para o processo de integração regional entre os países, mediante incremento na difusão das realizações e dos avanços no campo do desenvolvimento científico e tecnológico no bloco.

Teste rápido para detecção simultânea de tuberculose e pneumonia

Esquema do dispositivo

Natural de Juiz de Fora (MG), Vitor Reis ingressou na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) no curso de Biotecnologia, tendo realizado entre 2023 e 2024 a sua Iniciação Científica no GNano – IFSC/USP sob orientação do Prof. Valtencir Zucolotto no projeto “Desenvolvimento de Testes Rápidos nanoestruturados para detecção diferencial de Tuberculose e Pneumonia”, com bolsa da FAPESP. Com esse projeto, Vitor concorreu e venceu a competição na categoria “Estudante Universitário”.

“A ideia inicial foi fazer um dispositivo que diagnosticasse uma doença que fosse importante no contexto da saúde pública e como a tuberculose e a pneumonia se encontram inseridas nesse contexto e como têm sintomas parecidos, decidimos avançar nessas pesquisas”, salienta Vitor, complementando que a grande diferença que existe nesse projeto foi a utilização de duas nanopartículas – uma de ouro e outra de prata. “De fato, nesses testes a nanopartícula de ouro apresenta uma coloração avermelhada, enquanto a de prata tem uma coloração amarela.  Os diagnósticos para tuberculose e pneumonia são dados e apresentados exatamente através da cor que é apresentada em uma fita que está impregnada com um anticorpo para tuberculose e uma proteína oriunda da pneumonia, bastando, para isso, a coleta de escarro dos pacientes”, pontua o jovem pesquisador. Segundo Vitor Reis, este estudo conduzirá no futuro ao desenvolvimento de um biossensor inovador, de baixo custo e que apresente resultados rápidos.

Segundo a Dra. Isabella Sampaio, co-orientadora e participante do trabalho “(…) Esse dispositivo representa um importante avanço no diagnóstico dessas doenças ao oferecer a possibilidade de testagem no ponto de atendimento, o que é especialmente relevante para áreas periféricas, com resultados rápidos, os quais permitem um tratamento mais eficiente”.

Vitor Ribeiro de Almeida Reis

O tema escolhido para este prêmio – “Nanotecnologia Aplicada à Saúde”, relaciona-se com a crescente tendência de aplicação da nanomedicina e pela possibilidade que ela representa de trazer inúmeros benefícios, como o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos, além de ajudar na prevenção e diagnóstico de doenças, aumentando, assim, a qualidade de vida da população.

Para o Prof. Valtencir Zucolotto, coordenador do GNano, a temática do prêmio não poderia ter sido mais bem escolhida pelo CNPq, pois “A Nanotecnologia já é uma revolução industrial e não apenas tecnológica. Essa revolução ocorreu inicialmente na área da Saúde, catalisada principalmente pela pandemia de Covid-19, com o desenvolvimento das vacinas de RNA e dos testes rápidos, ambos à base de nanopartículas. Nossa missão é implementar essa revolução em outras áreas, como o agronegócio”, enfatiza Zucolotto.

O “Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia” contempla 5 categorias: Iniciação Científica, Estudante Universitário, Jovem Pesquisador, Pesquisador Sênior e Integração. Nesta 17ª Edição foram recebidas 130 inscrições, distribuídas da seguinte forma: 6 na categoria Iniciação Científica, 23 na categoria Estudante Universitário, 47 na categoria Jovem Pesquisador, 48 na categoria Pesquisador Sênior e 6 na Categoria Integração.

 

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de novembro de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em outubro de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de outubro de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI)

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Physical Review Letters” (VER AQUI).

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de novembro de 2024

Novo sistema de avaliação dos(as) alunos(as) do Programa em 2025

Por decisão da CPG, a partir de 2025 a avaliação dos(as) alunos(as) do Programa será realizada através da apresentação de relatórios.

As orientações detalhadas estão disponibilizadas na página do PPG (AQUI) no menu ALUNOS—>Relatório de Atividades.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP