Notícias

22 de fevereiro de 2011

Intercâmbio entre docentes e alunos de física dos EUA e Brasil

A Sociedade Brasileira de Física (SBF) e a American Physical Society (APS) anunciaram o lançamento de um novo programa de intercâmbio para estudantes de pós-graduação e professores de física nos EUA e no Brasil.

Através do Programa Visitas de Estudantes de Física Brasil-EUA, estudantes de pós-graduação poderão se candidatar a bolsas de viagem para uma variedade de oportunidades em física, tais como:

1) participar de cursos de curta duração ou escolas de verão;

2) visita a um professor na sua área específica de pesquisa;

3) trabalho temporário em laboratórios; ou

4) qualquer outra sugestão de atividades que professores e alunos julguem merecedoras de apoio para a viagem.

As bolsas têm um valor máximo de 3.000 dólares americanos

O Programa Cátedras Brasil–EUA patrocina os físicos no Brasil e nos Estados Unidos que desejem ministrar cursos de curta duração ou série de palestras no outro país. As bolsas tem um valor máximo de 4.000 dólares americanos.

Maiores informações sobre o programa, incluindo instruções de como submeter os projetos estão presentes nos sites www.sbfisica.org.br e

www.aps.org/programs/international/.

Os candidatos brasileiros devem enviar seus projetos para Maria Beatriz Mattos biamattos@sbfisica.org.br e os americanos para Michele Irwin, APS Office of International Affairs, Irwin@aps.org.

Assessoria de Comunicação

Data: 22/02/2011


22 de fevereiro de 2011

Nanopartículas para diagnóstico e tratamento de doenças

Segue, abaixo, reportagem publicada pela revista, “Ciência Hoje”, sobre a pesquisa realizada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), pelo docente Valtencir Zucolotto. A matéria foi publicada na edição nº 278, de janeiro de 2011.

Assessoria de Comunicação

Data: 22 de fevereiro

21 de fevereiro de 2011

Workshop de Astrofísica de Partículas inicia ciclo de seminários

O Workshop de Astrofísica de Partículas, evento internacional voltado à discussão de experimentos recentes e das perspectivas futuras da área, teve sua abertura oficializada no dia 21 de fevereiro, no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas.

Uma cerimônia de abertura do evento teve início às 13h30, após o registro e recepção dos inscritos. Às 14h, uma palestra do pesquisador alemão Gerhard Jacob inaugurou o ciclo dos seminários do workshop. Jacob se dedica atualmente à política científica, principalmente à cooperação internacional, e discutiu em sua fala as últimas realizações da aliança Brasil-Alemanha de Ciência e Tecnologia, para uma platéia de cerca de 100 interessados.

Este evento é, aliás, uma realização comemorativa do Ano Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação (abril-2010 a março-2011), e tem o intuito de avaliar os últimos resultados dos experimentos mais importantes da área de Astrofísica de Partículas, bem como a próxima geração de experimentos ainda a serem realizados. Ainda nesta segunda-feira, foi discutido o futuro do Observatório Pierre Auger a partir da fala de Carola Dobrigkeit, o qual planeja-se expandir e aprimorar, e a construção de um novo observatório, o CTA – Cherenkov Telescope Array, que será voltado à investigação da radiação gama, o tipo de luz mais alta do Universo. Peter Biermann, pesquisador de grande renome na área, também esteve presente neste primeiro dia de workshop, discutindo Raios Cósmicos.

Além destes seminários, ainda foi organizado um coffee break no meio da tarde, do qual os participantes puderam desfrutar enquanto observavam a exposição de pôsteres dos alunos inscritos.

A programação terá início dia 22 de fevereiro, às 8h30, no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas, com a discussão do KASCADE-Grand Experiment, experimento voltado ao estudo da composição dos raios cósmicos, seminário que será proferido por Andreas Haungs.

Ainda neste dia, Xavier Bertou falará sobre o inovador projeto ANDES Underground, que se baseia na construção de um túnel subterrâneo na Cordilheira dos Andes para a coleta de dados em um lugar privilegiadamente silencioso.

No seu primeiro dia, o evento já impressiona pela quantidade de interessados e pela importância das discussões para os próximos passos a serem tomados para a definição do futuro da Astrofísica de Partículas.

Acompanhe a programação completa do evento emhttp://www.astro.ifsc.usp.br/workshop.php

Nicolle Casanova / Assessoria de Comunicação

Data: 21 de fevereiro

21 de fevereiro de 2011

Abertura da XIII Semana de Recepção aos Calouros da USP

Dando início ao ano letivo no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), a programação aos calouros é variada. Entre os dias 21 e 25 de fevereiro, os novos graduandos prestigiarão a “XIII Semana de Recepção aos Calouros da USP”, onde haverá palestras, encontros com docentes, atividades de integração, gincanas, entre outras coisas.

Pela manhã do dia 21 de fevereiro, os aprovados nos cursos de Física, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares puderam prestigiar uma Aula Magna, realizada no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, além da entrega do prêmio “Berhnard Gross” aos melhores alunos dos respectivos cursos.

Para os dias 21 e 22, segue abaixo a programação completa:

FÍSICA, FÍSICA COMPUTACIONAL E CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOMOLECULARES

Segunda-feira – 21:

-12h: almoço com os veteranos

-14h: atividades de integração com o Centro de Estudos da Física de São Carlos (CEFISC)

Terça-feira 22:

-8h30: conversa com os representantes do programa “USP Recicla” (anfiteatro José Panepucci)

-9h15: palestra sobre álcool e drogas- Polícia Militar do Estado de São Paulo (anfiteatro Horácio Panepucci)

-10h30: encontro com os coordenadores de curso: Física (anfiteatro Horácio Panepucci), Física Computacional (sala 149), Ciências Físicas e Biomoleculares (anfiteatro Horácio Panepucci)

-12h: almoço com os veteranos (restaurante universitário)

-14h: atividades de integração com o Centro de Estudos de Física de São Carlos (CEFISC) (Espaço de Vivência Prof. Horácio Panepucci)

-19h: entrega do “Prêmios Prof. Horácio Panepucci e Paulo Freire” (auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”)

-21h: apresentação da peça teatral pelos alunos do IFSC (auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”)

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS:

Segunda-feira – 21:

-12h: almoço com os veteranos

-14h: atividades de integração com a Secretaria Acadêmica do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas- SACEx (Espaço de Vivência Prof. Horácio Panepucci)

-19h: abertura da Semana dos Calouros: conversa com os diretores e com a comissão coordenadora do curso (anfiteatro Horácio Panepucci)

-19h30: entrega do Prêmio Berhnard Gross (anfiteatro Horácio Panepucci)

-20h: conversa com os representantes do programa USP Recicla (anfiteatro Horácio Panepucci)

-20h: apresentação da empresa IFSC Junior (anfiteatro Horácio Panepucci)

-21h: conversa com os representantes da Secretaria Acadêmica do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas- SACEx (anfiteatro Horácio Panepucci)

Terça-feira – 22:

-10h: visita ao colégio CAASO

-12h: almoço com os veteranos (restaurante universitário)

-14h: atividades de integraçãon com a Secretaria Acadêmica do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas- SACEx (espaço de vivência Horácio Panepucci)

-19h: entrega do “Prêmios Prof. Horácio Panepucci e Paulo Freire” (auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”)

-21h: apresentação da peça teatral pelos alunos do IFSC (auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”)

Assessoria de Comunicação

Data: 21 de fevereiro

21 de fevereiro de 2011

Possibilidade aos novos alunos

Com uma infraestrutura desenvolvida e conhecimento transmitido por pesquisadores de ponta, alunos de graduação criam projetos surpreendentes

Passado o estresse dos estudos, a ansiedade na espera pelos resultados e, finalmente, a imensa euforia pela aprovação, recém-graduandos, depois de dias de comemoração, iniciam a nova rotina estudantil.

Para aqueles aprovados na Universidade de São Paulo, considerada a melhor universidade brasileira e sonho de grande maioria dos aspirantes a uma vaga no ensino superior, as possibilidades são infinitas, mas o sucesso só será garantido com dedicação individual.

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC), igualmente renomado e com uma infraestrutura de primeiro mundo, as possibilidades são diversas. Prova disso são os alunos, Lucas Assirati e Fernando Arruda Mendes de Oliveira, orientandos por projetos de iniciação científica do docente, Luiz Antônio de Oliveira Nunes.

Tanto Lucas como Fernando, ao longo de um ano, desenvolveram estudos que resultaram em instrumentos de grande utilidade e já atraíram o interesse de empresários.

Ambos desenvolvem seus projetos no laboratório do Instituto de Nanotecnolgia para Marcadores Integrados (INAMI), do qual Luiz Antônio é membro, que tem como linha de pesquisa o desenvolvimento de marcadores fluorescentes.

Tecnologia em laboratório

Lucas está no último ano de graduação e começou seu trabalho no INAMI há quatro anos.

Sua pesquisa consiste na criação de interface para aparelhos, trazendo conhecimentos adquiridos em sala de aula para aplicação em laboratório. “Na sala de aula só retemos o conhecimento, mas o mercado exige que esse conhecimento seja aplicado”, afirma Lucas.

O instrumento desenvolvido por Lucas é um sensor de imagem. Para seu projeto, foram desenvolvidos novos hardwaresoftware, e através desses programas, em conjunto com o aparelho, é possível detectar espectros químicos. Esses espectros- linhas gráficas- terão comprimentos de onda específicos, dependendo do produto químico identificado.

Na prática, se há adulteração em algum produto, o aparelho pode identificar. “Há algum tempo, quando ocorreu a adulteração do leite, por exemplo. Se colocássemos uma amostra do leite adulterado no aparelho, teríamos espectros incomuns. Os espectros apontariam a presença da água oxigenada e poderíamos saber que ele estava adulterado”, explica Lucas. “O gráfico para o leite puro é diferente do gráfico para o leite adulterado”, exemplifica.

Dessa forma, é possível identificar alterações em remédios, combustíveis e quaisquer outros compostos.

Lucas desenvolveu, também, a interface de um segundo projeto: softwaree hardware para uma câmera de infravermelho, capaz de compor imagens térmicas. De acordo com a temperatura do corpo, cores diferentes são mostradas no monitor do computador. Ela pode ser aplicada para identificar tecidos cancerígenos. “Como o metabolismo fica mais acelerado nas partes do corpo que têm um tumor, essas partes ficam mais quentes e são identificadas pela cor vermelha”.

A real inovação do projeto de Lucas foi construir a câmera, que se conecta ao computador, através de portas USB. “Antigamente, essa câmera era presa a um computador específico. Com as portas USB, ela pode ser carregada e conectada a qualquer máquina. Você pode, por exemplo, levar a câmera em um hospital, para fazer exames. Basta levar junto um leptop para conectá-la”, conta Lucas.

O novo instrumento pode ser utilizado para identificar outras doenças, relacionadas a problemas de circulação- regiões afetadas são mais frias.

“As vantagens de participar de um projeto como esse são diversas: em relação ao custo, construir um aparelho como esse em laboratório é infinitamente mais barato do que se fôssemos comprá-lo. Em relação ao aprendizado, é ver acontecer na prática tudo o que aprendemos em sala de aula. Essa experiência, para o meu futuro, pode ser aproveitada para outros projetos ou até mesmo para o meio profissional, pois pude aprender como se lida com projetos, prazos de entrega, enfim, responsabilidades”, conta Lucas.

Tecnologia renascida da sucata

Um aparelho sucateado, adquirido por Luiz Antônio, depois de “reformado”, foi adaptado para o uso em portas USB e tem como princípio separar comprimento de ondas de uma luz que passe por ele, com cores previamente selecionadas. “Já temos o domínio da técnica para construir um novo dispositivo”, explica Fernando, responsável pela reconstrução do antigo aparelho.

Um software, também criado para uso específico, constrói um gráfico, com mais detalhes. “Podemos analisar alguns equipamentos através desse aparelho. Um escapamento de um carro, por exemplo. Através dos gráficos formados, podemos analisar se houve gasolina que não foi queimada, quantidade de monóxido de carbono emitida… As grandes fábricas de automóveis, hoje, certamente utilizam algum aparelho semelhante, para analisar se a queima de combustível está sendo eficiente”, explica Fernando.

No programa criado por Fernando, é possível, também, a análise matemática dos gráficos construídos. “Se você faz todo esse trabalho para a construção de um gráfico e envia para outra pessoa, basta que ela saiba analisar o gráfico, não é necessário que ela tenha conhecimento de como isso foi feito”, explica. “O interessante é o valor agregado no aparelho, pois era um aparelho sem uso, que não valia nada. Em funcionamento, este dispositivo passa a valer cerca de 100 mil dólares, ou seja, foi uma sucata transformada em equipamento valioso”, diz Fernando.

A importância da pesquisa

Lucas e Fernando afirmam que, embora a base do conhecimento tenha início na sala de aula, só é finalizada com a prática.

Guiados pela curiosidade e disposição, mas, sobretudo pelo interesse no conhecimento, esses estudantes têm, em mãos, muitas possibilidades. “O tempo que o estudante passa aqui pode, realmente, ser revertido em conhecimento para si próprio”, diz Luiz Antônio.

Ele enfatiza que a importância maior da participação em projetos é a capacidade que isso tem de mostrar aos alunos a ligação do que é aprendido em sala de aula com a realidade. “Muitas vezes, isso não fica claro, apenas em sala de aula. Através da participação em pesquisas é que o aluno consegue, realmente, enxergar a importância do conhecimento científico”.

Luiz Antonio afirma que, no caso específico do IFSC, muitos conhecimentos são oferecidos aos alunos. “São Carlos é um lugar, onde, realmente, o estudante pode crescer muito! Aqui no Instituto são oferecidas inúmeras possibilidades, não existe algo que você queira e não consiga”.

A formação acadêmica, somada à experiência em laboratório, direcionará o aluno ao sucesso. “Fazer pesquisa é um vício em descobrir coisas novas, e isso exige uma enorme dedicação. Para um futuro empreendedor, essa experiência é necessária e imprescindível”. E o docente finaliza com o seguinte conselho: “A sociedade não suporta mais amadores. Assim como numa maratona, o preparo deve vir desde o começo da graduação. De nada adiantará o aluno deixar para se preparar no final do curso, afinal não se ganha uma maratona iniciando os treinos dias antes que ela ocorra. Minha mensagem aos alunos é que comecem esse treino agora. Com isso em mente, com certeza, no futuro, esse aluno será um profissional diferenciado e terá seu sucesso garantido”.

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 21 de fevereiro

18 de fevereiro de 2011

Resultado das eleições

Comunicamos o resultado da Eleição de Representantes dos Empregados para a composição da CIPA do IFSC, Gestão 2011, que ocorreu em 16 de fevereiro:

* Ademir Morais: 35 votos;

* João Roberto Casimiro Machado: 68 votos;
* Márcio Donizetti Soares: 33 votos;
* Maria Eliza Tessarin Gatti: 44 votos;
* Votos em branco: 1 voto;

* Votos nulos: não houve.
* Número de votantes: 94.

Abaixo, os candidatos eleitos, sendo os mais votados dentre os quatro candidatos inscritos, dois titulares e dois suplentes, respectivamente:

1. João Roberto Casimiro Machado – 1o. Titular
2. Maria Eliza Tessarin Gatti – 2o. Titular
3. Ademir Morais – 1o. Suplente
4. Márcio Donizetti Soares – 2o. Suplente

Assessoria de Comunicação

Data: 18 de fevereiro

18 de fevereiro de 2011

Digitalização de Teses e Dissertações do IFSC

A Biblioteca do IFSC, em parceria com a Comissão de Pós-Graduação e apoio da Diretoria, desenvolveu um projeto para digitalização das teses e dissertações defendidas na Unidade, anteriores a 17 de abril de 2007, com o objetivo de disponibilização das mesmas na BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.

Também foram digitalizadas as teses e dissertações do Programa de Ciência e Engenharia de Materiais, cuja coordenação do programa foi de responsabilidade do IFSC, até 6 de dezembro do ano passado.

No entanto, para que o depósito das teses e dissertações ocorram, é necessária autorização do autor. No intuito de alcançar a totalidade das dissertações e teses defendidas no IFSC e no Programa de Ciência e Engenharia de Materiais na BDTD, pede-se que os autores, com teses e dissertações defendidas até aquela data, e que ainda não tenham emitido a autorização, entrem em contato com a Biblioteca, para  obter os esclarecimentos necessários.

Lembramos que para as teses e dissertações defendidas após o data acima, o depósito na BDTD tornou-se obrigatório, em comunicado emitido pela portariaCoPGr-5401

Assessoria de Comunicação

Data: 18 de fevereiro

18 de fevereiro de 2011

“Café com física”

Periodicamente, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), através dos docentes José Hoyos, Leonardo Maia, Vitor de Souza e Daniel Vanzella, realiza o evento “Café com Física”, com o intuito principal de promover discussões científicas entre pesquisadores das mais diversas áreas da física, através de seminários de pesquisa.

Para promover a interação entre os participantes, optou-se por um formato descontraído de apresentação, sendo informal e dividido em duas partes: meia hora para exposição do assunto e mais meia hora para discussões e reflexões, contando, obviamente, com a participação de todos.

O público-alvo abrange, principalmente, docentes e alunos, de graduação e pós-graduação.

As discussões giram em torno das linhas de pesquisa consolidadas e emergentes, e a participação de alunos nos debates é encorajada e esperada.

O primeiro “Café com Física” está marcado para o dia 24 de fevereiro, às 10h30, na sala F210, e debaterá o tema “The first stars ever in the Universe”.

Para mais informações, assim como sugestões e críticas, basta enviar e-mail para hoyos@ifsc.usp.br ou acessar o site

www.ifsc.usp.br/~cafecomfisica

Assessoria de Comunicação

Data: 18 de fevereiro

17 de fevereiro de 2011

Biologia Sintética e Robótica

No dia 24 de fevereiro será realizado, em São Paulo, por iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o simpósio sobre Biologia Sintética e Robótica.

O evento, que integra a parceria Brasil-Reino Unido em Ciência e Inovação, contará com a participação de três cientistas britânicos e três brasileiros, para discussões pertinentes ao tema principal e, entre eles, irá figurar o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Otávio Thiemann.

A contribuição do docente diz respeito à modificação de estrutura de proteínas, em conjunto com o pesquisador, Alexander Henning Ulrich, do Instituto de Química (IQ) da USP, que estuda moléculas específicas que inibem o desenvolvimento de tumores.

Ainda tendo como foco principal a interdisciplinaridade entre as áreas de biologia, química, bioquímica e física, somando-se os conhecimentos necessários na área de computação, o simpósio pretende trazer um novo olhar sobre a biologia e a união entre a biologia clássica e moderna, a respeito de estudos nas diversas áreas e suas aplicações.

Informações adicionais podem ser conseguidas pela internet, no sitewww.fapesp.br/workshopsynthetic ou por telefone, através do número (11) 3838-4216/4362.

Assessoria de Comunicação

Data: 17 de fevereiro

15 de fevereiro de 2011

Semáforo utiliza inovador sistema óptico para amenizar problemas de trânsito

A cidade de São Carlos está vivenciando, desde o mês de janeiro, uma nova experiência de trânsito:  um novo modelo de semáforo, construído a partir de um conjunto de diodos emissores de luz (LEDs) de alta potência e grande eficácia óptica.

O equipamento, que é construído pela empresa DirectLight em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), é um forte candidato a resolver problemas dos semáforos convencionais, como o chamado “efeito fantasma” (reflexo de raios solares  dando a impressão de falso aceso das luzes), panes devido à falta de energia, o próprio gasto de energia e o descarte de lâmpadas incandescentes no meio ambiente.

O coordenador do projeto, Luís Fernando Bettio Galli, contou à Agência Fapesp que o gasto de energia desses novos modelos de semáforos podem ser reduzidos em até 90% do gasto dos semáforos convencionais. “Um semáforo convencional utiliza lâmpadas incandescentes de 100W, que consomem 400W em apenas um cruzamento de quatro vias, enquanto os LEDs do sinalizador de trânsito que projetamos consomem apenas 40W”, explicou.

Outra notável vantagem é a vida útil do emissor LED, que pode funcionar por até 50 mil horas, enquanto as lâmpadas incandescentes funcionam por, no máximo, 4 mil horas. Ainda Segundo Galli, depois de seis anos de funcionamento, o LED perderá apenas 25% da sua capacidade inicial.

Outros países também utilizam o semáforo à base de LED, mas a vantagem do sistema brasileiro está no inovador sistema óptico. O modelo brasileiro utiliza apenas sete diodos emissores de luz, enquanto os antigos, desenvolvidos na década de 1960, utilizam uma centena de LEDs. Os diodos do novo semáforo são mais modernos, mais confiáveis, e têm maior potência ao mesmo tempo em que consomem menos energia.

Para conseguir chegar a este nível, os pesquisadores se empenharam nos últimos dois anos para desenvolver um conjunto de três tipos de lentes que, disposto próximo aos LEDs, ocasiona um melhor aproveitamento e distribuição da luz emitida pelos diodos, além de um melhor direcionamento. Isso reduz significativamente a quantidade necessária de LEDs e dispensa a necessidade de refletores – o que elimina o “efeito fantasma” que tanto engana os motoristas no verão.

Outra inovação é o sistema eletrônico embarcado, que permite que o semáforo seja alimentado tanto pela rede de energia convencional como por energia solar ou por um conjunto de baterias no caso de uma emergência. A cada milissegundo, um sistema de gerenciamento inteligente faz uma avaliação e decide qual a melhor maneira de alimentação para o semáforo naquele momento.

A prioridade do equipamento é o trabalho com a energia solar, mas, caso isso não seja possível, ele é programado para receber energia elétrica. Se acontecer um blecaute, ele começará a operar a partir do sistema de baterias, que deve funcionar por 40 minutos, tempo suficiente para guardas de trânsito controlarem a situação.

Segundo Galli, já existem semáforos a energia solar e blecaute em outros países, mas nenhum conseguiu integrar as três formas de alimentação utilizadas pelo equipamento brasileiro.

Os semáforos testados em três lugares de São Carlos estão operando, inicialmente, apenas com energia elétrica. O equipamento ainda está em fase de avaliação, mas os testes indicam que está funcionando muito próximo do que era esperado. Mesmo nesta fase, anterior à obtenção de certificados e distribuição para comércio, os semáforos já despertam a atenção e interesse de prefeituras de outros municípios. “Os resultados dos testes em campo estão sendo muito positivos”, completa Galli.

Nicolle Casanova / Assessoria de Comunicação

Fonte: Agência Fapesp

Data: 15 de fevereiro

15 de fevereiro de 2011

Matrícula dos aprovados movimenta o IFSC

Entre os dias 14 e 15 de fevereiro são realizadas as matrículas dos novos ingressantes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), nos cursos de Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas.

Como é de costume, os veteranos do curso recepcionaram os calouros com entusiasmo, trazendo grande movimentação de pais e alunos ao Prédio dos Laboratórios de Ensino (LEF), local onde as matrículas foram realizadas.

A visão de quem chega

Desde o colegial, Gustavo Schimiti tinha afinidade com as ciências exatas, em especial matemática e física. “Fiquei na dúvida, mas, no fim, achei a física mais legal”, conta o calouro.

Nascido em Londrina e aprovado em primeiro lugar na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Gustavo trocou o Paraná por São Paulo, pois “um professor da minha cidade disse que o curso de física, aqui, era muito bom”.

“Gustavo teve que convencer o pai a deixá-lo fazer uma faculdade longe de casa. Para isso, ele fez pesquisas sobre o curso, sobre o que é estudado, currículo lattes dos professores”, explica Josi, mãe de Gustavo.

No final, Gustavo conseguiu ser aprovado e teve a benção do pai, Uraci, para iniciar sua graduação no Instituto de Física de São Carlos e já define a área com a qual tem mais afinidade e pretende seguir com sua pesquisa, nos próximos anos: física de partículas.

A visão de quem já está

Para Alexandre Benatti, aluno do segundo ano do curso de física, a pesquisa sempre foi sua meta, e através da formação fornecida pelo IFSC, pretende juntar-se aos cientistas, para desenvolver seus estudos.

Tânia Benatti, mãe do aluno, conta que o filho sempre foi vencedor das Olimpíadas de Física e Matemática, realizadas em sua cidade natal, Bariri. “O Alexandre, desde criança, sempre foi bom em exatas. Ele passou na melhor universidade que, inclusive, também se destaca em física, e estamos sempre aqui, dando apoio às suas decisões”, afirma.

Alexandre já optou pelos estudos em física teórico-experimental e conta que, embora ainda não tenha definido a área específica na qual pretende atuar, uma coisa tem concretizada: “Quero atuar em pesquisas, para o desenvolvimento do país”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 15 de fevereiro

14 de fevereiro de 2011

Instituto de Física de São Carlos (IFSC) é destaque no número de registro de patentes

Matéria publicada pelo jornal da TV Record, “Record News Paulista”, aponta São Carlos como a cidade que mais registra número de patentes em território nacional. São 15 patentes para cada 100 mil habitantes.

Ainda, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) é apontado como um dos maiores responsáveis pela estatística, já que nos últimos oito anos registrou 30 patentes, baseada em pesquisas desenvolvidas na Unidade.

Na matéria, o destaque vai para trabalhos realizados pelo Grupo de Óptica do IFSC.

Para ter acesso à notícia exibida pela emissora, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

Data: 14 de fevereiro

14 de fevereiro de 2011

Prof. Richard Garratt faz balanço positivo

Decorreu nos dias 10 e 11 de fevereiro, nas instalações do IFSC-USP, o IV Workshop de Integração e Acompanhamento do INBEQMeDI, um evento que reuniu cerca de vinte pesquisadores envolvidos neste INCT sediado no Instituto de Física, tendo-se registrado a presença do recém-empossado Presidente do CNPq, Prof. Glaucius Oliva, coordenador-geral do projeto.

Além de terem sido apresentados e discutidos os projetos científicos em curso, este workshop deu a conhecer, igualmente, os trabalhos realizados nas áreas de Difusão e Inovação.

Para o Prof. Richard Charles Garratt, que coordenou os trabalhos, o balanço final desta reunião foi positivo, tendo destacado o marcante fortalecimento das interações entre todos os membros da equipe, no momento em que está prestes a finalizar a primeira fase do projeto deste INCT (três anos).

Contudo, Garratt sublinhou que ainda é possível fazer mais no campo das interações entre os membros: Estão surgindo, cada vez mais, interações entre os grupos que fazem, por exemplo, Biologia Molecular, Química, etc; mas precisamos melhorar essas correlações. Uma das conclusões extraída desta reunião é a necessidade de criar, em um futuro próximo, um grupo de trabalho que irá tentar coordenar a integração das equipes de uma forma ainda mais eficaz, já que essa integração tem acontecido, até hoje, de uma forma espontânea. Assim precisamos ser mais proativos, de tal forma que possamos avançar mais rapidamente nos nossos objetivos.

Garratt referiu que o entusiasmo dos pesquisadores do INBEQMeDI está aumentando e sublinhou o excelente trabalho que está sendo feito na área da Difusão, cujo foco são os professores e alunos das escolas públicas.

Na área da produção científica, Richard Garratt mostrou-se também bastante otimista, principalmente no que diz respeito ao diálogo entre a academia e o setor produtivo: Como seria de esperar, ao longo destes três anos têm surgido inúmeros trabalhos científicos, coletivos e individuais, com uma grande diversidade de temas, e é natural que alguns desses trabalhos tenham um pouco mais de destaque que outros. Contudo, é muito bom ver a dinâmica e a produtividade desta grande equipe, de tal forma que todo este trabalho está levando a um crescente interesse por parte da indústria farmacêutica: por exemplo, o Prof. Otávio Thiemann, do IFSC, tem já uma proposta de trabalho com a empresa Sanoffi Aventis, e a Profa. Arlene Correa, do Departamento de Química da UFSCar – Universidade Federal de São Carlos recebeu um convite da empresa GSK. Isso já demonstra que o diálogo entre a academia e o setor produtivo está melhorando substancialmente e que os pesquisadores estão sendo procurados: a nossa competência está sendo reconhecida e isso é um aspecto muito positivo – finaliza.

Num futuro próximo existe a intenção dos workshops do INBEQMeDI poderem ser abertos aos alunos de todos os laboratórios envolvidos neste INCT, de forma a que seja ainda mais enriquecida a troca de idéias com os pesquisadores.

Rui Sintra – jornalista – Assessoria de Comunicação

Data: 14/02/2011

11 de fevereiro de 2011

Grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos estuda a eletrônica do futuro

Com estudos que parecem ficção científica, grupo já domina algumas técnicas e busca o aperfeiçoamento das aplicações, diariamente, para colocar o Brasil em um patamar de produtor da nova tecnologia

Ultimamente, tem-se comentado, exaustivamente, sobre a degradação do meio ambiente, causada, principalmente, pela produção contínua de “energia suja”, tendo como matéria-prima carvão, gás natural e diesel, por exemplo.

Por outro lado, pelo mesmo motivo, muito esforços vêm sendo empreendidos na produção da chamada “energia limpa”, e, provavelmente, você ainda não deve ter ouvido falar a respeito da Eletrônica Orgânica (EO). Saiba, então, que ela já é apontada como a energia do futuro e, nos próximos parágrafos, você entenderá o porquê.

Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO)

O transistor é o elemento fundamental da eletrônica, que permite o processamento de informação, e foi testado, pela primeira vez, nos Estados Unidos, em 1947. Desde então, este minúsculo dispositivo tem sido responsável por toda tecnologia relacionada, principalmente, às telecomunicações e à ciência da computação, e tem muito a ver com a Revolução Eletrônica ocorrida de 1950 até agora. “A segurança de qualquer país e a sua riqueza, hoje, dependem do quanto ele é evoluído em eletrônica e o Brasil, nesse aspecto, tem um enorme déficit, que tende a aumentar”, conta Roberto Mendonça Faria, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e pesquisador na área de Eletrônica Orgânica. “Hoje vale muito mais um país dominar a tecnologia aplicada à segurança nacional do que ter um exército bem montado. Portanto, o Brasil precisa tirar, obrigatoriamente, esse atraso”.

O docente, também coordenador do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO), afirma que “não há dúvidas de que a EO será um ramo da eletrônica extremamente importante ao longo do século XXI, e como é uma área nova, tanto em pesquisa científica, quanto em aplicações, pode ser que esteja aí a chance de o Brasil recuperar seu espaço entre os países produtores de tecnologias avançadas”, afirma Faria.

O INEO, que conta com mais de 30 grupos de pesquisa em EO em todo o Brasil, deve contribuir para resolver essa problemática nacional. O grupo começou a estudar propriedades elétricas e orgânicas de polímeros- macromoléculas sintéticas e naturais-, com propriedades eletrônicas, desde a década de 70, e, a partir de então, tem sintetizado tais polímeros e estudado suas aplicações. “Economicamente falando, essa nova eletrônica movimentará centenas de bilhões de dólares a partir da década de 20, e a tendência é aumentar cada vez mais sua inserção na economia do planeta. Nesse mercado global, o Brasil deve agregar conhecimento para uso interno e sair do papel de comprador, apenas, para se tornar também um vendedor dessa nova tecnologia”, completa Faria.

O INEO no IFSC

No grupo de pesquisa do IFSC, do qual fazem parte diversos docentes do Instituto, muitos projetos já estão sendo estudados e aplicados. No caso do professor Faria, este orienta alguns projetos de pesquisas, de alunos de pós-graduação, dedicados, exclusivamente, a desenvolver essa nova tecnologia.

Atualmente, o grupo conta com parcerias privadas, sendo a CSEM, empresa suíça que implantou uma unidade no solo brasileiro, uma delas, disposta a financiar os estudos realizados no Instituto.

Um dos orientandos do docente, Giovanni Fornereto Gozzi, desenvolve seu doutorado na área de luminescentes, onde faz o uso de polímeros específicos, capazes de emitir luz. O conceito de “eletroluminescência” é trabalhado pelo aluno, num processo da geração de luz, utilizando-se de fontes limpas para isso. “Os polímeros são processados em solução, que são tipo uma tinta. Ou seja, você transforma energia elétrica em luz, usando processos semelhantes ao de impressão com tinta. Aqui, o grande desafio é transformar o processamento atual no processamento em solução, utilizando-se apenas de materiais orgânicos”, explica Giovanni. “A tecnologia orgânica nos abrirá a possibilidade de telas de televisão ainda mais finas e flexíveis e também painéis de iluminação de altíssima eficiência, por exemplo”, conta.

Já Alexandre de Castro Maciel transforma a solução polimérica em filmes muito finos. Depois de pronto, esse filme se torna o elemento ativo de um transistor. “Com um transistor feito de polímeros, que será fino, leve e de baixo custo, é possível o descarte. Assim sendo, ele pode ser usado em embalagens, substituindo o tradicional código de barras”, explica Alexandre.

Essa troca pode trazer o “supermercado do futuro”, onde através dos dispositivos poliméricos instalados nas embalagens, em conjunto com outro dispositivo instalado em um carrinho de supermercado, a soma das mercadorias no carrinho vem pronta, eliminando a fila nos caixas, e o estresse do comprador.

As telas extremamente flexíveis, estudadas por Pedro Henrique Pereira Rebello e Josiani Cristina Stefanelo, trarão facilidade e satisfação imediata. A televisão do novo século poderá ser impressa: seus circuitos eletrônicos serão feitos de soluções poliméricas orgânicas. Um exemplo prático: um circuito de computador não será mais composto de tantos fios. A famosa plaquinha verde será flexível e lisa, já que todos os fios que a compõe estarão impressos nela. “Os circuitos integrados de agora, por ser metal, precisam de substratos rígidos. Isso é uma desvantagem! Hoje se fala muito em eletrônica flexível. No futuro, você irá numa palestra, com seu computador, desenrola a tela e o liga. Quando terminar, enrola e coloca de volta no bolso”, exemplifica Pedro. Pedro e Josiani, na prática, têm caracterizado a tinta de uma impressora comercial para criar uma tinta polimérica com as mesmas características.

Células solares

O efeito fotovoltaico, ou seja, a transformação de energia solar em elétrica, foi observado, pela primeira vez, em 1839, pelo físico Edmund Becquerel. Quase dois séculos depois, temos placas compostas por células voltaicas, mas, diferentemente de suas antecessoras, que tinham como base o silício, compostas por materiais orgânicos. “O custo para a produção desse tipo de placa ainda é muito alto, e precisamos de uma alternativa de baixo custo, para que essa energia renovável seja viável e amplamente utilizada”, explica Douglas José Coutinho, mestrando de Faria.

Nos Estados Unidos, a empresa Konarka já fabrica as placas de energia solar, feitas de material orgânico. O que Douglas tenta fazer, hoje, auxiliado por Faria, é descobrir a “fórmula” da tecnologia já aplicada e trazê-la ao Brasil. “Já temos condições de competir com essas empresas e já busco a aplicação do dispositivo. Já chegamos à eficiência de 2,5%, enquanto grandes laboratórios dos Estados Unidos e Europa têm uma eficiência de 3,5 a 4%. Estamos muito próximos!”, esclarece Douglas.

O laboratório no qual todo o grupo dos pesquisadores do INEO-IFSC trabalha, já possui equipamentos modernos, que possibilita a viabilidade e aplicação dos estudos.

Com base nessas pesquisas, portanto, é possível, de fato, acreditar que o Brasil esteja próximo do papel de protagonista nessa nova tecnologia, que tem todas as características para tornar-se a mais popular, em um futuro próximo. “Estamos classificados para a final de um mundial, mas, obviamente, não somos os favoritos. Mas, o Brasil tem, sim, potencial, para entrar nessa final e ser um dos candidatos a uma boa colocação. Dependerá da atitude dos pesquisadores da área, da política industrial do país e do investimento contínuo nessa política”, finaliza Faria.

 

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 11 de fevereiro

10 de fevereiro de 2011

Workshop reúne diversos especialistas de renome na área

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) promoverá, entre 21 e 23 de fevereiro, a primeira edição do Workshop de Astrofísica de Partículas, um evento internacional realizado em comemoração ao Ano Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação (abril-2010 a março-2011).

 O evento, direcionado a alunos de pós-graduação e inteiramente gratuito, pretende reunir especialistas de várias áreas do conhecimento para discutir os resultados dos experimentos mais recentes realizados na área de Astrofísica de Partículas, e traçar diretrizes para as próximas gerações de experimentos. Também serão discutidas possíveis medidas para expandir e aprimorar o Observatório Pierre Auger, na Argentina, maior instalação do mundo voltada à pesquisa das partículas energéticas geradas em objetos astrofísicos e que chegam à Terra, da qual o IFSC é membro, e a construção de outro observatório, o CTA – Cherenkov Telescope Array, um conjunto de telescópios a ser localizado também na Argentina voltado à investigação da radiação gama (o tipo de luz de mais alta energia no Universo).

Ainda, o workshop trará a discussão da inovadora idéia chamada “ANDES Underground”, uma proposta da Argentina e do Chile que se baseia na construção de um túnel subterrâneo na Cordilheira dos Andes, já que o espaço subterrâneo de grandes montanhas é um lugar muito apropriado para experimentos com partículas devido à ausência de ruídos que possam “poluir” os dados. O evento, portanto, destaca-se em importância, pois estará incumbido da tarefa de designar, através de discussão entre os maiores especialistas da área, os passos futuros da Astrofísica de Partículas.

Esta área é reconhecida como uma área extremamente multidisciplinar, principalmente pelo fato de envolver dois extremos da Física: o microscópico, com as partículas, e o macroscópico, que são as fontes do Universo. É por essa razão que a área necessita de diversos tipos de especialistas. A construção de um experimento requer, por exemplo, profissionais dedicados à construção do detector, outros profissionais especializados no estudo de partículas de alta energia (Física de Partículas), e ainda outros que entendam da geração dessas partículas no interior dos astros que as produziram (Astrofísica). Desta forma, pode-se dizer que existe inúmeras possibilidades para o envolvimento com o estudo do que se chama hoje por Astrofísica de Partículas.

O IFSC, que é reconhecido como portador de um grande potencial de desenvolvimento da área, sediará o evento por iniciativa do docente Luiz Vitor de Souza Filho, membro do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto e participante de três importantes projetos de pesquisa na área de Astrofísica de Partículas: o Observatório Pierre Auger, o CTA (Cherenkov Telescope Array), e o KASCADE-Grand Experiment (voltado à investigação da composição primária de raios cósmicos).

Com essa oportunidade, espera-se incentivar a organização de outros eventos na região, agregando mais professores e despertando o interesse dos alunos, inclusive de outras áreas. “E, claro, esperamos tornar esse evento permanente, a ser realizado a cada dois anos”, completa o professor Souza Filho.

Entre os seminários da programação, o professor destaca as abordagens de dois experimentos de medida de matéria escura, que é um dos assuntos mais comentados hoje em Física, em parte por ainda se tratar de um grande mistério. Esse tipo de matéria não emite luz, e suspeita-se de sua presença no Universo devido aos efeitos gravitacionais que causa em matérias visíveis e luminosas como estrelas. “Pelo fato da comunidade científica não saber exatamente o que é a matéria escura, haverá convidados falando de detecções diretas dessa matéria, em experimentos feitos aqui na Terra, e outros falando de satélites feitos para buscá-la em ambientes astrofísicos”, explica o docente.

 Também ocorrerá um seminário de Gerhard Jacob, pesquisador alemão que hoje se dedica à política científica, mais especificamente à área de cooperação internacional, que irá discutir os principais feitos da colaboração entre Brasil e Alemanha em Ciência e Tecnologia. Além dele, estará presente Peter Biermann, pesquisador de renome que investiga Raios Cósmicos, e Eduardo do Couto e Silva, vice-diretor do Centro de Operações Científicas do telescópio principal do Observatório GLAST da NASA (rebatizado de Fermi Gamma-ray Space Telescope), que acaba de produzir uma leva de resultados significativos. Muitos outros convidados de renome estarão ainda presentes ministrando palestras durante os três dias evento, e será realizada uma sessão de pôsteres de alunos que desenvolvem pesquisas na área.

Aproveite para ver a programação na íntegra e fazer sua inscrição na página do evento: http://www.astro.ifsc.usp.br/workshop.php

 

Nicolle Casanova / Assessoria de Comunicação

Data: 10 de fevereiro

9 de fevereiro de 2011

“Ciência às 19 horas”

No dia 22 de março será realizada, através do projeto “Ciência às 19 horas”, a palestra “Células Tronco: promessas e realidade da terapia celular”. Como de costume, o evento ocorrerá no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC, localizado no prédio da Administração, campus I da USP-São Carlos, com início às 19 horas.

A palestra será ministrada pela docente do Instituto de Biociências (IB) da USP, Lygia da Veiga Pereira.

Sobre a palestrante

Lygia possui bacharelado em física, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e doutorado em Ciências Biomédicas pelo Mount Sinai Graduate School, em Nova Iorque (1994).

Atualmente é Professora Associada e Chefe do Laboratório nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: síndrome de Marfan, modelos animais, células-tronco embrionárias, herança epigenética e inativação do cromossomo X.

Para ter acesso ao currículo lattes da professora, na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

Data: 9 de fevereiro

9 de fevereiro de 2011

Prêmio Mário Covas

A Sétima Edição do Prêmio Governador Mario Covas está com suas inscrições abertas.

O objetivo do prêmio é prestigiar e promover iniciativas inovadoras ou de excelência – de servidores estaduais que impliquem em melhorias no serviço prestado ao cidadão.

Além de valorizar as experiências dos servidores e motivá-los, o prêmio divulga os trabalhos e estimula a troca de informações sobre tais projetos entre os órgãos estaduais.

As inscrições vão até o dia 15 de fevereiro e podem ser realizadas neste site.

Mais informações:

Site: www.premiomariocovas.sp.gov.br

Data: 09/02/2011

8 de fevereiro de 2011

Fuvest divulga lista de aprovados na primeira chamada do vestibular

A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) divulgou nesta terça-feira, dia 8, a lista de aprovados na primeira chamada do exame. Clique aqui para ver a relação ou acesse o site Fuvest.

Os aprovados deverão se matricular nos dias 14 e 15, na unidade em que foram aprovados, conforme consta do manual do vestibular. A próxima chamada será divulgada no dia 19.

Para saber informações sobre o campus de São Carlos, acesse o Hotsite Calouros 2011.

Mais informações: (11) 3093-2300

Data: 8 de fevereiro

 

8 de fevereiro de 2011

Em parceria com a Organização Mundial de Saúde pesquisador busca a cura para Doença de Chagas

A participação em conjunto com a OMS, somada à interdisciplinaridade do grupo de pesquisa, vem trazendo resultados animadores e otimistas para o tratamento da doença que afeta cerca de 16 milhões de pessoas ao ano

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o grupo de pesquisa coordenado pelo docente, Adriano D. Andricopulo, preocupa-se e direciona suas pesquisas a um assunto preocupante, que tem pouca atenção da mídia, mas que faz milhões de vítimas: doenças infecciosas negligenciadas, onde se incluem a malária, leishmaniose, esquistossomose, dengue, entre outras, além da Doença de Chagas, a qual ganha atenção maior do professor.

A Doença de Chagas, descoberta, inclusive, por um cientista brasileiro, Carlos Chagas, foi diagnosticada há mais de um século, mas, até agora, não possui tratamento adequado ou cura. Sua incidência é em toda América Latina, porém a preocupação começa a aparecer, também, em países da América do Norte. O número médio de afetados gira em torno de 16 milhões, levando a cerca de 20 mil mortos. “É uma doença grave, de fato, pela morbidade que causa”, explica Adriano.

A doença é dividida em duas fases: na fase aguda, ou seja, inicial, onde os sintomas são febre, dores de cabeça, na maior parte das vezes a vítima confunde tais sintomas com gripes ou resfriado. “Na fase aguda, onde a cura ainda é possível, não se consegue diagnosticar a doença e, depois desses sintomas iniciais, o doente fica 10, 20 anos sem sentir nada. Passado esse período, os sintomas voltam, de forma mais grave, e já não há mais nenhuma alternativa terapêutica”, explica Adriano.

Graças aos esforços do professor e de seu grupo de pesquisa, do IFSC, a Organização Mundial de Saúde (OMS) convidou-os para fazer parte de seu Centro de Pesquisa, sediado no Brasil, e o primeiro da América Latina, que se preocupa com esse tipo de problema e sua erradicação.

Através do estudo de sistemas moleculares, que vão sendo preparados para atuar contra alvos vitais de sobrevivência dos parasitas, o grupo de pesquisa de Adriano, que também conta com a colaboração dos professores Otavio Thiemann, Rafael Guido e Glaucius Oliva, do IFSC, e Luiz Carlos Dias, da Universidade de Campinas (Unicamp), tem avançado de forma positiva em seus estudos.

As especificidades da pesquisa

Um medicamento, quando administrado, passa por diversas barreiras, em nosso organismo, para chegar até a via sistêmica. Percorrido esse caminho, é possível alcançar a proteína alvo, que é quando um fármaco consegue desenvolver seu efeito terapêutico, sua função de combate. “De nada adianta você encontrar uma molécula com grande potência para matar um parasita, se essa mesma estrutura química não contiver propriedades corretas para ter-se o processo de administração, distribuição, metabolismo e excreção, que é necessário para que o fármaco seja válido”, conta Adriano. Os estudos direcionados a descobrir esse “caminho” necessário que o fármaco irá percorrer, denominado estudo fármacocinético, também têm a atenção do grupo do pesquisador, e disponibiliza a primeira base de dados da América Latina, PK/DB, para acesso e acompanhamento de outros estudiosos do assunto.

Sobre os estudos de um medicamento que possa trazer a cura da doença de Chagas, o grupo de Adriano já desenvolve estudos in vitro, in vivo e a relação com a OMS e com os grupos da rede tem sido importantes e fundamentais para a evolução dos estudos.

Na pesquisa do docente, há vários aspectos inovadores: primeiramente, a grande interdisciplinaridade. Conta com pesquisadores de áreas diversas, como parasitologia, química medicinal e biologia molecular e estrutural. “A OMS desenvolve um sistema de projetos do tipo empresa farmacêutica, muito detalhado e estabelecido. Dessa rede, participam universidades importantes do mundo todo, com o nome da USP, que figura nessa lista. Há também a participação de diversas indústrias farmacêuticas, como a Merck, Pfizer e Farmacopeia, só para citar algumas”, diz Adriano. “A OMS consegue coordenar toda essa rede e fazê-la funcionar corretamente”.

A busca por uma nova alternativa terapêutica

No caso da doença de Chagas, o grupo de pesquisa de Adriano tem trabalhado com algumas proteínas-alvo do Trypanosoma cruzi, o agente causador da doença, isolando tais proteínas para, posteriormente, produzi-la e encontrar pequenas moléculas que possam inibir sua atividade, causando uma condição letal à sobrevivência e desenvolvimento do parasita. “Através de ensaios in vitro, realizados nos laboratórios, fazemos os testes com moléculas candidatas a fármaco, que irão inibir as enzimas responsáveis pela sobrevivência do parasita”.

Atualmente, uma média de 300 compostos foi sintetizada, com moléculas que já foram confirmadas como inibidoras. A próxima fase será trabalhar as propriedades fármacocinéticas, ou seja, a melhoria para percorrer todo o “caminho” num organismo infectado. “Precisamos observar diversas propriedades como absorção do composto, solubilidade, biodisponibilidade. Esse trabalho é conjunto e cada um dos grupos que faz parte da rede da OMS presta auxílio, cada um na parte que lhe cabe”. Adriano explica que a fase final, também chamada de fase clínica, quando empresas farmacêuticas irão financiar testes em seres humanos, dos possíveis candidatos a fármaco, deve ser acelerada. “Esse tipo de pesquisa é diferente das pesquisas acadêmicas. Busca-se com mais rapidez a aplicação dos estudos desenvolvidos”.

O docente afirma que o grande mérito de sua pesquisa consiste na integração de diferentes componentes, uma multidisciplinaridade raramente encontrada no Brasil e de forma tão consolidada. “A capacidade de trabalhar com moléculas sintéticas e fazer ensaios biológicos é algo difícil de encontrar e isso tem nos trazido credibilidade de grupos externos, onde se inclui a OMS”.

Projeções futuras

Em comemoração ao Ano Internacional da Química, os debates serão intensos. “Teremos a reunião anual da Sociedade Brasileira de Química, a Escola Avançada de Química, da FAPESP, e nesses eventos as atividades e discussões serão grandes, também com o objetivo de atrair estudiosos para essa área”, conta Adriano. “A pesquisa está muito favorável para 2011! Nosso maior desafio é encontrar um candidato clínico, ou seja, aquele que a indústria farmacêutica irá escolher para realizar testes em humanos. E nossa confiança nisso, no presente momento, é muito grande”, finaliza o docente.

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 8 de fevereiro