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19 de junho de 2015

Mecanismos Neurais do Olfato

Decorreu na manhã do dia 19 de junho, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), mais um Colloquium diei, onde o Prof. Dr. Fábio Marques Simões de Souza, da Universidade Federal do ABC (UFABC), ministrou a palestra Mecanismos Neurais do Olfato.

Animais utilizam o olfato para identificar alimentos, parceiros sexuais e predadores. Comportamentos olfatórios inatos e aprendidos são essenciais para a identificação de informações ambientais fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies. Porém, apesar da ampla importância do olfato, os mecanismos neurais dessa capacidade ainda não são completamente entendidos.

O grande desafio é compreender como o cérebro interpreta os sinais ambientais e transforma essas informações para guiar o comportamento. As bases computacionais do olfato podem ser estudadas utilizando a construção de modelos computacionais, o registro da atividade elétrica do córtex olfatório e a manipulação da percepção olfatória por fármacos que agem nas vias de sinalização bioquímica associadas com a transdução em neurônios sensoriais olfatórios.

FABIO_SOUZA_350Com isso, em sua palestra, Fábio Souza apresentou os resultados de estudos recentes realizados para se entender efeitos de alterações na atividade da camada receptora do sistema olfatório de ratos, sobre a atividade elétrica do córtex olfatório e o comportamento observado em procedimentos de discriminação de odores.

Souza tem graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, mestrado e doutorado em Psicobiologia, também pela USP, e pós-doutorado pela The University of Texas, EUA, University of Colorado, EUA, Osaka University, Japão, pelo Okinawa Institute of Science and Technology, Japão, e Instituto de Medicina Molecular, Portugal. Além disso, o docente realizou curso técnico e profissionalizante na ETEP Faculdades, no interior de São Paulo.

Atualmente, Fábio Souza é pós-doutorando na USP, tendo experiência em Biofísica, com ênfase em Biofísica de Processos e Sistemas, atuando com olfato, neurociência e neurociência computacional.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

Competição nacional “Sua ideia na prática”

Entre os dias 30 de abril e 9 de junho, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) sediou o evento “Sua ideia na prática”, uma iniciativa da Ideation Brasil, start-up fundada por ex-alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de incentivar o lado empreendedor de estudantes universitários do país.

Em São Carlos, a competição foi liderada por alunos dos cursos de graduação da EESC, e teve a duração de cinco semanas, com um encontro presencial toda semana, tendo o objetivo de desenvolver ideias que pudessem transformar-se em algum tipo de negócio. “Na última semana do evento, as equipes participantes apresentaram seus projetos para uma banca composta por cinco jurados e formada tanto por professores universitários como por empreendedores em início de carreira”, explica Rodrigo Faria Matheucci, um dos organizadores do evento.

EESC-_Sua_ideia_na_praticaA competição ocorreu em diversas cidades, sendo que São Carlos bateu o recorde de participantes do país. Ao todo, houve 120 inscritos de diversas Unidades da USP, incluindo alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e de outras universidades, como Unesp e UFSCar.

Rodrigo, que também faz parte do Clube de Empreendedorismo da USP São Carlos, comentou sobre a dificuldade em atrair alunos para participação de eventos diversos. Porém, em relação ao “Sua ideia na prática”, ele conta que o formato diferenciado e dinâmico do evento trouxe um retorno muito maior. “Como notamos grande interesse dos participantes na competição, daremos continuidade ao projeto através de encontros periódicos e a realização de uma nova edição do evento em 2016”, adianta Rodrigo.

Na competição, o IFSC também se fez presente, não somente através da participação de alunos da Unidade, mas também em relação à colaboração na divulgação do evento, fornecendo a impressão de todos os materiais utilizados, como flyers, banners, cartazes etc.

Para conhecer os vencedores da competição em São Carlos, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

Ao serviço da difusão científica

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Em 1996, por intermédio dos professores Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e Frederico Dias Nunes*, ocorreu  a primeira edição da Semana da Óptica – Semóptica, uma iniciativa que esteve sob responsabilidade organizativa do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF/IFSC), em parceria com o Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF): o intuito foi divulgar a óptica ao público em geral, por meio de diversas demonstrações científicas. Para a promoção desse evento, os docentes contrataram o serviço de Brás José Muniz, técnico de produção de conteúdos audiovisuais, que elaborou o primeiro vídeo bilíngue dessa edição da Semóptica.

Devido às diversas palestras e outras iniciativas que começaram a ser organizadas com maior intensidade pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, o trabalho de Muniz começou a ser periódico (uma vez por semana), por forma a que todos os eventos ficassem devidamente registrados. O técnico aceitou o desafio, mas a demanda por coberturas de eventos e cursos cresceu exponencialmente. Bagnato e Muniz constataram, então, que não só a população, como a própria comunidade da USP, começaram a manifestar um interesse cada vez mais crescente pelos assuntos que eram abordados na área de audiovisual do IFSC/USP, tendo-se criado um estúdio próprio para essa finalidade maior.

Com a colaboração do editor Marcel Bras_300Eduardo Firmino, que é graduado e mestre em Física pelo IFSC/USP, Muniz começou a gravar grande parte das palestras que ocorriam na Unidade, mantendo-se esse trabalho até hoje, com produção e realização no estúdio localizado próximo à área I do Campus USP – São Carlos. Mesmo com um local de gravação apropriado e a agenda lotada de filmagens, Muniz sempre procura aprimorar seu trabalho. Após a gravação e edição desses eventos, disponibilizamos na biblioteca do IFSC, onde então, graças a essa divulgação, atingimos um grau muito maior de visualização do material, vindo do interesse crescente da população em geral, pelos assuntos tratados pelos vídeos e outros materiais por nós disponibilizados, pontua Brás Muniz.

A partir daí, em parceria com outras universidades, faculdades e centros de pesquisa da região e mesmo de fora do estado de São Paulo, criou-se o Canal 10 da NET São Carlos, cuja maior parcela da grade de programação atual é baseada nas palestras e nos programas gravados por Brás José Muniz e editados por seu filho, Anderson Rodrigues Muniz (Chitão, como é conhecido), em conjunto com Marcel Eduardo Firmino – equipe essa que ficou conhecida como Produção de Vídeos Educacionais – PROVE/IFSC.

Acredita-se que cerca de seis mil pessoas tenham acesso ao Canal, diariamente, tendo à disposição programas com conteúdos educacionais, palestras, incluindo as do conhecido programa Ciência às 19 Horas – evento que ocorre mensalmente no IFSC/USP -, além de aulas com conteúdos de Física, disponibilizados 24 horas por dia durante toda semana. Para dar continuidade à difusão científica, Brás José Muniz espera melhorar cada vez mais a ANDERSON_200infraestrutura do estúdio de gravação, bem como investir em melhores equipamentos, oferecendo ao público conteúdos sempre de boa qualidade.

Anderson Muniz, que integra a pequena – mas muito eficiente – equipe desde 2000, é o responsável pela edição dos vídeos, cuja grande parte fica também disponível na biblioteca do Instituto de Física de São Carlos, além da montagem da grade de programação do Canal 10. Atuar no IFSC é muito prazeroso. E como a USP é uma universidade de renome, sempre temos a oportunidade de conhecer pessoas interessantíssimas, conta ele, acrescentando que o MARCEL_200objetivo da equipe é sempre aperfeiçoar os recursos utilizados no cotidiano da profissão.

Assim como Anderson, Marcel Eduardo Firmino é responsável por parte da edição dos materiais filmados, principalmente das aulas ministradas por Vanderlei Bagnato, especialmente para o Canal 10. A ideia é ampliar nosso trabalho de acordo com a demanda das novas tecnologias e aumentar a nossa área de atuação, abrangendo outros campos do conhecimento, conclui ele.

Análises sobre a difusão científica brasileira

Há vinte anos divulgando a ciência para o público em geral, Brás José Muniz comenta que tem observado algumas lacunas no meio científico, que, segundo ele, se devem um pouco à falta de cooperação entre os pesquisadores do próprio Instituto e da USP em geral, além do pouco interesse que a sociedade tem pela ciência, devido a uma fraca divulgação. É comum, segundo Muniz, cientistas se envolverem com suas próprias pesquisas, deixando de analisar o que os colegas de profissão executam. Na própria divulgação científica é possível perceber que falta parceria entre nossos cientistas, declara ele, sugerindo que as universidades incentivem esse maior contato entre docentes e pesquisadores através de encontros, ou de outras formas que aproximem ainda mais esses profissionais, direcionando a força da pesquisa construída por esses brasileiros para o real desenvolvimento da tecnologia, da inovação tão necessária para o progresso da ciência no país. Essa união, fortalecida entre os especialistas, poderá contribuir, inclusive, para a própria divulgação científica feita para a sociedade, que mantém as universidades e tem o direito de saber o que acontece nas instituições de ensino, conclui Brás Muniz.

*Frederico Nunes é docente no Departamento de Eletrônica e Sistemas da Universidade Federal de Pernambuco.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2015

Dinâmica de transporte de fotossensibilizadores é tema de palestra

Decorreu na tarde do dia 18 de junho, mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde o pesquisador Renan Arnon Romano, mestrando do Instituto, apresentou a palestra Dinâmica de transporte de fotossensibilizadores em células por meio de microscopia confocal e espectroscopia de fluorescência correlacionada.

RENAN_ROMANO_350Nos últimos anos, os estudos sobre técnicas fotônicas não-invasivas têm ganhado destaque devido à grande preocupação com a saúde. Nestes estudos, o uso de fotossensibilizadores na terapia fotodinâmica desempenha um papel fundamental para os avanços da área e tem sido utilizado com sucesso em diversas aplicações, tais como na remoção de contaminantes ambientais, descontaminação de alimentos e tratamento de infecções localizadas, infecções fúngicas, acnes e câncer.

Apesar de tal sucesso, a dinâmica de transporte dessas substâncias fotossensíveis nos alvos a serem tratados ainda não é um processo completamente compreendido. Assim, torna-se importante estudar a dinâmica de difusão e entrada destes fotossensibilizadores em células e bactérias. Neste âmbito, Romano discutiu um projeto cujo objetivo é utilizar técnicas, como, por exemplo, microscopia confocal e espectroscopia de fluorescência correlacionada (Fluorescence Correlation Spectroscopy – FCS), de modo a compreender tal transporte em bactérias gram-positivas e gram-negativas, pesquisando diferenças na dinâmica de difusão entre elas.

Além disso, Renan Romano explicou que, com este projeto, espera-se caracterizar e modelar toda a dinâmica de transporte destes fotossensibilizadores em bactérias gram-positivas e gram-negativas, buscando encontrar diferenças entre os grupos de modo a possibilitar a seletividade de um único grupo de interesse para terapia fotodinâmica.

Romano, que graduou-se em física pelo IFSC, atualmente realiza o seu mestrado no Grupo de Óptica do nosso Instituto. Além disso, já fez estágio na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, em  São Carlos, onde desenvolvia modelos para características físicas e químicas de solos, através de técnicas espectroscópicas e de imagens. Aliás, o jovem pesquisador tem experiência na área de reconhecimento de padrões e geração de modelos estatísticos multivariados, bem como em instrumentação óptica.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2015

NAPOF oferece bolsa de pós-doutorado

Foi publicado novo edital de seleção de bolsistas para o Núcleo de Apoio à Pesquisa em Óptica e Fotônica (NAPOF), para contratação de pós-doutores dentro das áreas de atuação do NAPOF, a saber: Fisica de átomos frios e fluidos quânticos, domínio de técnicas numéricas nesta área e disposição para interface com experimentos.

Os interessados deverão se inscrever entre os dias 22 e 26 de junho de 2015, através do e-mail secretariago@ifsc.usp.br, para o qual também deverão enviar os seguintes documentos: currículo Lattes e descrição de interesse de pesquisa.

Para acessar o edital de bolsas para pós-doutoramento do NAPOF, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2015

Mais um concerto com a USP – Filarmônica

Sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomano Ricciardi, a USP – Filarmônica caio_pagano-200realiza mais um concerto no Teatro Municipal de São Carlos, no dia 24 de junho, pelas 20 horas, inserido na série Concertos-USP / Prefeitura Municipal de São Carlos.

Neste concerto, que contará com a participação do consagrado pianista Caio Pagano, serão interpretadas as seguintes obras:

As Bodas de Fígaro (Abertura), de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791);

Concerto para piano e orquestra nº 3 em Dó menor Op. 37: I – Allegro con brio / II – Largo / III – Rondo – Allegro, de Ludwig van Beethoven (1770-1827);

Sinfonia nº 40 – “Júpiter” em Dó maior: I – Allegro vivace / II – Andante cantábile / III – Menuetto – Allegretto / IV – Molto alegro, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791);

As entradas para este concerto são gratuitas, mediante apresentação de convite.

Os convites estarão sendo distribuídos entre os dias 18 e 24 de junho, na Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (USP), no horário compreendido entre as 08h/12h e entre as 14h/17h, e no Teatro Municipal de São Carlos.

Tal como tem acontecido nos anteriores concertos, não haverá reservas de lugares.

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

IFSC/USP em destaque no programa “Como Será?”

O IFSC/USP será destaque no programa da TV-Globo, intitulado Como Será?, através de uma reportagem sobre a utilização da terapia fotodinâmica na área da saúde pública, realizada no Grupo de Óptica de nosso Instituto.

O citado programa será exibido para todo o Brasil, no próximo dia 20 de junho, no canal aberto da TV-Globo, entre as 07 e as 09 horas, sendo reprisado no domingo, dia 21 de junho, às 06h, na Globo News ,e às 15h no Canal Futura.

A não perder.

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

IFSC/USP presta tributo aos novos membros titulares

O IFSC/USP, através de sua diretoria, cumprimenta e presta tributo aos novos membros titulares da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), na certeza da justeza da escolha, perante os altos serviços que cada um deles já prestou, não só à ciência do estado de São Paulo, como do próprio país, em uma manifesta contribuição para o desenvolvimento nacional e bem-estar da sociedade.

ÁREA DE BIOCIÊNCIAS – Antonio Salatino (IB/USP); Célio Fenando Baptista Haddad (UNESP); Emer Suavinho Ferro (ICB/USP); Fernando de Queiroz Cunha (FMRP/USP); Francisco Silveira Guimarães (FMRP/USP); Gonçalo Pereira Amarante (UNICAMP); Gustavo Henrique Goldman (FCFRP/USP); José Rubens Pirani (IB/USP); Marcelo Ribeiro da Silva Briones (UNIFESP); Marie Anne van Sluys (IB/USP); Paulo Arruda (CBMEG/UNICAMP); Adriano Defini Andricopulo (IFSC/USP);

ÁREA DE CIÊNCIAS APLICADAS – Alicia Juliana Kowaltowski (IQ/USP); Edecio Cunha Neto (FM/USP); Rubens Belfort Junior (EMP/UNIFESP); Rubens Maciel Filho (FEQ/UNICAMP);

ÁREA DE GEOCIÊNCIAS – Claudio Riccomini (IG/USP); Edmo José Dias Campos (IP/USP); Jose Antonio Marengo Orsini (CEMADEN/MCTI); Mangalathayil Ali Abdu (INPE);

ÁREA DE MATEMÁTICA – Roberto Marcondes Cesar Jr. (IME/USP);

ÁREA DE QUÍMICA – Hamilton Brandão Varela de Albuquerque (IQSC/USP); Joaquim de Araújo Nóbrega (UFSCAR); Lucio Angnes (IQ/USP); Luiz Henrique Catalani (IQ/USP); Maurício da Silva Baptista (IQ/USP);

ÁREA DE FÍSICA – George Matsas (IFT/UNESP); Marco Aurélio Pinheiro Lima (IF/UNICAMP); Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva (UFSCAR); Maria Teresa Moura Lamy (IF/USP); Marilia Junqueira Caldas (IF/USP); Marina Nielsen (IF/USP); Mário José de Oliveira (IF/USP); Nilson Dias Vieira Junior (IPEN); Renata Zukanovich Funchal (IF/USP); Sylvio Roberto Accioly Canuto (IF/USP); Antonio Carlos Hernandes (IFSC/USP); Tito José Bonagamba (IFSC/USP).

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

Docente da University of Minnesota discute IRM

Na tarde de 17 de junho, realizou-se o Café com Física, onde o Prof. Michael Garwood, da University of Minnesota, Estados Unidos, ministrou a palestra Frequency- and Gradient-Modulated MRI: Imaging with Extreme Field Inhomogeneity, que aconteceu na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

MICHAEL_GARWOOD_250Em sua apresentação, o docente ressaltou os principais desafios da Imagem por Ressonância Magnética (IRM), técnica que se tornou uma ferramenta poderosa graças às impressionantes inovações que decorreram ao longo das últimas quatro décadas. Com isso, Garwood também enfatizou o STEREO, um método que deverá ampliar o campo de aplicações que, com as técnicas utilizadas atualmente, não podem ser executadas na área de Imagens por Ressonância Magnética.

Michael Garwood obteve seu bacharelado em biologia e química, bem como seu doutorado em química pela University of California, Estados Unidos. Entre suas principais áreas de interesse, destaca-se o desenvolvimento de métodos envolvendo Imagens por Ressonância Magnética, através de altos campos magnéticos.

A University of Minnesota integra os departamentos de Ciências Biológicas, Design, Desenvolvimento Humano e Educacional, Direito, Medicina, Farmácia, Ciência e Engenharia, entre outros.

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

Docente do IFSC é eleito para o conselho (SP)

A biomédica e professora titular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Helena Bonciani Nader, foi reeleita presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para um novo mandato de dois anos, de julho de 2015 a julho de 2017. Para os dois cargos de vice-presidente, foram eleitos o físico Ildeu de Castro Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Vanderlan da Silva Bolzani, da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Para o de secretário geral, foi eleita a pesquisadora Claudia Mansini D’avila Levy, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Para o Conselho referente ao estado de São Paulo foram eleitos Regina Pekelmann Markus (USP), Glaucius Oliva (IFSC/USP) e Rubens Belfort Mattos Junior (UNIFESP).

Os eleitos serão empossados no dia 16 de julho, durante a 67ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada em São Carlos, entre os dias 12 e 18. A apuração das eleições na SBPC ocorreu na tarde do dia 15 de junho, na Unidade Administrativa da entidade, em São Paulo, sob a coordenação da conselheira da SBPC, Letícia Veras Costa Lotufo (USP), presidente da Comissão Eleitoral. O período de votação foi aberto no dia 21 de maio e encerrado em 12 de junho. Os eleitores votaram somente pela internet.

(CONFIRA AQUI A NOTICIA NA ÍNTEGRA)

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

Escola de Física Contemporânea – 2015

Terminou, no dia 08 de junho, o prazo para a pré-inscrição na Escola de Física Contemporânea do IFSC/USP (EFC-2015), um evento de extensão que ocorrerá nas instalações do Instituto de Física EFC_2015-150de São Carlos, entre os dias 20 e 26 do próximo mês de julho.

Com periodicidade anual e com o objetivo de congregar, ao longo de uma semana e em regime parecido com internato, alunos talentosos do ensino médio que apresentam interesse particular pela área de Física, os selecionados (que serão conhecidos no dia 30 de junho) terão a oportunidade de assistir a aulas ministradas por professores da USP, de conviver com cientistas de um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina, de visitar laboratórios de pesquisa do mais alto nível e de conhecer indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios de pesquisa do IFSC.

No final da EFC-2015, os alunos, em grupos de três, serão submetidos a uma prova final de avaliação, realizada em forma de seminário.

Nesta edição de 2015 inscreveram-se 212 alunos, com o estado de São Paulo a apresentar o maior contingente, logo seguido pelos estados de Goiás, Minas-Gerais, Bahia e Paraná, além de outros alunos oriundos dos estados de Santa Catarina, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Alagoas, Distrito Federal, Ceará e Amazonas.

Como curiosidade, registra-se nesta edição um recorde de participações de alunos da cidade de São Carlos e região, num total de 37, oriundos não só de nossa cidade, como também de Araras, Araraquara, Ribeirão Preto, Brotas, Descalvado e Ibaté.

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Participantes da EFC-2014, com professores e monitores

Assessoria de Comunicação

16 de junho de 2015

As muitas faces da Ressonância Magnética

Na sequência do sucesso alcançado com a realização do 15º Nuclear Magnetic Resonance Users Meeting, um evento que ocorreu entre os dias 08 e 12 de junho, TJB2015-300em Angra dos Reis (RJ), sob os auspícios da Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear (AUREMN), o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) promoveu no dia 17 de junho um minissimpósio subordinado ao tema As muitas faces da ressonância Magnética, um evento que contou com a presença de alguns dos mais importantes pesquisadores internacionais que participaram na jornada realizada no Rio de Janeiro.

Coordenado pelos docentes do IFSC/USP, Profs. Eduardo Ribeiro de Azevedo e Tito José Bonagamba (atual diretor de nossa Unidade), este minissimpósio teve a particularidade de confrontar ideias e trabalhos nas diversas áreas da ressonância magnética e facultar um diálogo profícuo entre os pesquisadores do IFSC/USP que se dedicam a esta área do conhecimento, com seus colegas estrangeiros, fortalecendo colaborações já existentes entre alguns dos pesquisadores presentes e iniciar novas interações.

Iniciando o evento, o diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, fez a apresentação institucional do Instituto, tendo igualmente apresentado e sumarizado a missão do Grupo de Ressonância Magnética, tendo destacado a figura do saudoso Prof. Horácio Carlos Panepucci.

Desta forma, o evento contou com as seguintes presenças e apresentações:

Carel Windt (Institute of Bio and Geosciences – Germany – NMR for the Plant Science – Engineering for Sensor – like, Outdoor Use;

Michael Ryan Hansen (Westfälische Wilhelms – Universität M6unster – Germany) – Molecular packing and Dynamics in Functional Organic Materials from Solid-State NMR;

Dimitrios Sakellarion (CEA – France) – Interface between High and Low Field NMR;

Gunnar Jescke (ETH Switzerland) – What EPR Spectroscopy could tell on Glasses;

Michael Garwood (University of Minnesota – USA) – far out Experiments in MRI using FM Pulses;

Tatyana Smirnova (Rússia).

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O 15º Nuclear Magnetic Resonance Users Meeting, ocorrido no Rio de Janeiro, contou com uma participação massiva de pesquisadores do IFSC/USP, principalmente nos setores de gestão do evento. Com o Prof. Eduardo Ribeiro de Azevedo inserido no Comité Organizador, coube aos docentes Alberto Tannús, Claudio José Magon e Fernando Fernandes Paiva desempenharem funções no Comité Científico.

Por último, outro destaque relativo a esse evento foi a conquista do 2º lugar na apresentação de pôsteres pelo aluno do IFSC/USP, Everton Lucas de Oliveira, com o trabalho intitulado Translational Diffusion Of Nuclear Spins In Porous Media: A Computational Physics Approach To Understand Nmr Data (CONFIRA AQUI O POSTER PREMIADO).

Assessoria de Comunicação

16 de junho de 2015

USP discute cursos de extensão

Nos próximos dias 22 e 23 de junho, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária promoverá um debate sobre os cursos de extensão na USP, um evento que ocorrerá no Auditório István Jancsó, Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (Rua da Biblioteca s/n, na Cidade Universitária, em São Paulo).

A proposta é discutir a origem da extensão na Universidade e tratar do cenário atual, entender a relevância acadêmica e profissional desses cursos e discutir as diretrizes e normativas do embasamento jurídico sobre o assunto, sendo que as discussões finais do evento privilegiarão propostas para o futuro.

Este debate será coordenado pela Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, a socióloga e pesquisadora em políticas culturais, Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda, para quem a discussão pública e aberta reforça também o caráter democrático e de valorização da transparência na atuação da Pró-Reitoria. Para a dirigente trata-se de um tema muito importante na Universidade e que, ao mesmo tempo, tem sido alvo de muita polêmica, pelo que se torna fundamental a discussão do assunto de forma ampla e franca, envolvendo todos os interessados.

Para conferir a programação completa do evento, clique AQUI.

 

A entrada é livre para TODOS os interessados, não sendo necessário efetuar inscrição prévia.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

15 de junho de 2015

O LHC pode ser comparado a um supermicroscópio?

O Grande Colisor de Hádrons, mais conhecido por sua sigla em inglês LHC (Large Hadron Collider) e instalado no laboratório da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), é o maior e mais energético acelerador de partículas do mundo. Porém, para que o entendimento sobre o funcionamento do LHC não fique restrito somente aos cientistas, abaixo segue uma explicação mais simples sobre a poderosa máquina que já trouxe valiosas informações sobre a constituição de tudo aquilo que nos rodeia.

O LHC pode ser comparado a um supermicroscópio?

Pense numa mesa comum, por exemplo: sua massa é a soma das partes que a compõe, como os pés e o tampo. A massa do tampo é a soma dos átomos o compõem. Da mesma maneira, a massa dos átomos é a soma dos prótons, nêutrons e eLuiz_Vitor-_LHClétrons que o compõem. E a massa do elétron, é a soma do quê? “Esse era o próximo passo que não sabíamos como explicar, e que o LHC, quando foi construído, tinha como objetivo responder, e conseguiu, com a descoberta do Bóson de Higgs, que é definido como a energia que dá massa às partículas elementares”, explica o docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (FCIA-IFSC/USP), Luiz Vitor de Souza Filho.

Para chegar a tal detalhamento da matéria, o LHC precisou “enxergar” os menores constituintes dela, mesma função de um supermicroscópio. Qual a falha dessa comparação, então? Exatamente no mecanismo de funcionamento.

Para enxergar os pequenos constituintes da matéria, microscópios de qualquer tipo (óptico, de varredura etc.) lançam uma sonda sobre a matéria analisada. No caso do microscópio óptico, muito comum nos laboratórios de ciências, essa sonda é a luz. A luz “bate” no objeto analisado e o reflete na lente do microscópio que, por sua vez, amplifica o sinal da sonda. O LHC não funciona dessa forma: para enxergar componentes da matéria invisíveis a olho nu, ele os implode. “Imagine que você quer estudar os componentes de uma caneta. No LHC, essas canetas seriam jogadas uma contra a outra, e se analisaria os pedaços espatifados. É isso que o LHC faz com os prótons: joga-os uns contra os outros e analisa os pedaços que resultam”, compara Luiz Vitor.

“Espatifar” prótons, no entanto, não é uma tarefa simples. Para realizá-la com sucesso, o LHC possui milhares de detectores que ficam em volta do local onde a colisão acontece. Na colisão, pedaços de prótons e outros tipos de partículas voam por todos os lados, e os detectores enxergam esses pedaços, sendo que a partir deles é que os pesquisadores tentam descobrir o funcionamento interno das partículas elementares.

Quando se fala na “descoberta do Bóson de Higgs”, por exemplo, é interessante voltar à analogia descrita no 2º parágrafo: imagine que os átomos que formam a mesa foram parar no LHC. Ao espatifa-los e depois juntá-los novamente, a massa total da mesa não é encontrada. “Para que a massa seja encontrada na íntegra, é preciso somar os átomos da mesa e a energia na interação entre eles. Da mesma forma, se somarmos o próton e nêutron do átomo de qualquer elemento, não teremos a massa total desse átomo. Novamente, é preciso incluir a massa da energia de interação entre eles para se chegar à massa total”, exemplifica o docente.

Making off da destruição de partículas elementares

Quem já leu notícias sobre o LHC e conseguiu entender o porquê de ele ter sido construído, pode continuar com algumas- ou muitas- dúvidas a seu respeito. Se o LHC aparece em alguma notícia, provavelmente “feixe de prótons” seria uma frase que acompanharia a matéria- trocadilho intencional.

Luiz_Vitor-_LHC_1Para que os “espatifamentos” do LHC ocorram, a primeira coisa a ser feita é a formação de um feixe das partículas elementares citadas, que nada mais é do que essas partículas organizadas num tipo de “fila indiana”. Mas como esse enfileiramento é feito com partículas elementares?

Para organizar elétrons em um feixe, por exemplo, a primeira coisa a ser feita é a retirada dos mesmos de algum material. Qualquer material metálico, quando aquecido fortemente, libera elétrons. Mas estes não saem do material organizadamente: para organizá-los, são utilizados campos elétricos ou magnéticos.

Logo depois que os elétrons são organizados, eles são “jogados” num pequeno anel metálico do acelerador de partículas, que começa a rodar numa velocidade baixa. Depois de um tempo, os elétrons são jogados para outro anel metálico maior, que irá acelerar em maior velocidade. Está formado um feixe de elétrons. “O LHC junta um monte de prótons num pacotinho, e joga esses pacotes um contra o outro. A cada batida, ocorrem diversas colisões de prótons e o surgimento de diversas partículas, restos da colisão. Esses restos é que serão analisados pelos pesquisadores”, elucida Luiz Vitor.

E o que vem depois da partícula de Deus?

Desde que foi reinaugurado no CERN, em 2009, o que destacou o LHC no mundo foi, justamente, a confirmação, em 2013, da existência do Bóson de Higgs- popularmente conhecido como Partícula de Deus, fato que tornou o LHC mundialmente falado. Passado o êxtase da descoberta, pouco se ouve falar do acelerador de partículas, mesmo que ele ainda esteja funcionando a todo vapor e milhões de euros ainda continuem sendo investidos em pesquisas relacionadas a ele. Isso não é à toa.

Luiz_Vitor-_LHC_3Para aqueles inseridos no mundo científico, especialmente na área de física de partículas, o LHC pode fornecer ainda muitos dados importantes para confirmar ou refutar teorias atuais. “Embora já se tenha confirmado a descoberta do Bóson de Higgs, ainda se tem muitas perguntas a respeito dele, e o LHC será essencial para respondê-las”, afirma Luiz Vitor.

De acordo com o docente, os restos de colisões das partículas elementares vêm sendo analisados por diversos cientistas para se confirmar- ou não- outras diferentes teorias científicas, como a Supersimetria (proposta de que todas as partículas elementares têm uma partícula “irmã”) e a existência de matéria escura. “Temos provas irrefutáveis da existência de matéria escura em boa parte do universo, mas não sabemos qual partícula forma essa matéria. Caso essa partícula exista, o LHC pode ser capaz de encontrá-la”, explica.

Até o momento, não há qualquer tipo de comprovação da existência de partículas supersimétricas ou de componentes da matéria escura. Mas aqueles que continuarem investindo tempo e dinheiro nas pesquisas do CERN e, mais especificamente, naquelas que envolvam o LHC, certamente terão novas surpresas. Como no caso do Bóson de Higgs, futuros ganhadores do Prêmio Nobel podem ter suas pesquisas relacionadas aos resultados fornecidos pelo poderoso acelerador de partículas.

Crédito das imagens:

– Imagem 1: LHC (www.veja.abril.com.br)

– Imagem 2: Partículas elementares (www.ideonexus.com)

– Imagem 3: Simulação de Supersimetria (www.particleadventure.org)

Assessoria de Comunicação

14 de junho de 2015

Prof. Hamilton Varela (IQSC-USP) é indicado como membro titular

hamilton-varela-72Tal como aconteceu com os docentes do IFSC-USP, Profs. Tito José Bonagamba, Adriano Delfini Andricopulo e Antonio Carlos Hernandes, também o Prof. Hamilton Brandão Varela de Albuquerque (IQSC-USP) foi indicado para membro titular da ACIESP – Academia de Ciências do Estado de São Paulo, na área de Química.

Vice – Coordenador do IEA-São Carlos (Instituto de Estudos Avançados da USP – Polo de São Carlos), e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Sistemas Complexos, do mesmo instituto, Hamilton Brandão Varela de Albuquerque possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1998), mestrado em Físico-Química pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado no Fritz Haber Institut der Max Planck Gesellschaft, tendo defendido tese em Química na Freie Universität Berlin – Alemanha (2003) e realizado estágio de Pós-Doutoramento no Departamento de Física Experimental (E19) da Technische Universität München – Alemanha.

É Professor Associado no Instituto de Química de São Carlos – USP e foi eleito, em 2009, membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências para o período 2010-2014.

Assessoria de Comunicação

13 de junho de 2015

Universidade vai oferecer disciplinas da graduação em língua estrangeira

A Universidade de São Paulo irá oferecer disciplinas optativas livres, em língua estrangeira, nos seus cursos de graduação, a partir do segundo semestre deste ano, uma resolução que foi aprovada recentemente pelo Conselho de Graduação.

Para o Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, essa decisão reflete uma mudança de paradigma, já que até agora só era permitida a oferta de uma disciplina em língua estrangeira, caso a mesma fosse também oferecida em língua portuguesa, o que inviabilizava, em grande parte, a iniciativa. Com essa nova possibilidade, a USP dá um passo importante para a modernização do ensino de graduação, fortalecendo o seu processo de internacionalização, pontuou o dirigente.

A criação das novas disciplinas é de responsabilidade das Unidades de Ensino e Pesquisa, mediante aprovação pelo colegiado e adequação à legislação específica. Para os cursos que exigem carga horária em disciplinas optativas livres, cada Unidade precisa garantir o número de disciplinas em língua portuguesa suficiente para a conclusão do curso.

Embora não havendo, de momento, uma estimativa do número de disciplinas que serão ofertadas, Antonio Carlos Hernandes afirmou que a expectativa é grande, já que praticamente todas as Unidades da Universidade de São Paulo possuem grande parte de docentes fluentes no idioma inglês, além de professores de origem estrangeira que poderão ministrar disciplinas em tópicos especiais.

Assessoria de Comunicação

13 de junho de 2015

Será que o mundo microscópico possui uma realidade?

No início do século XX, houve uma grande revolução na física, quando os pesquisadores perceberam que as regras mudavam no que dizia respeito aos objetos microscópicos, como, por exemplo, fótons (luz) ou átomos. As novas regras, chamadas quânticas, parecem bastante absurdas: a interpretação que atualmente se dá a elas consiste em dizer que, na verdade, não podemos dizer nada sobre o fenômeno e que a única coisa que podemos fazer é calcular as probabilidades de obtermos certos resultados.

Porém, há outra possível interpretação, em termos de trajetórias, que é totalmente consistente. Isso nos leva naturalmente à questão da existência das partículas. Após ter resumido como as ideias se desenvolveram, o Prof. Dr. Patrick Peter, pesquisador do Institut d’Astrophysique de Paris (IAP), França, convidado para dar diversas palestras no nosso Instituto, no mês de junho, mostrou como é possível resolver o debate, por enquanto filosófico, através de experiências puramente físicas.

Para o pesquisador francês, as novas regras da física parecem bastante absurdas porque são regras que não falam realmente sobre o que está acontecendo, apontando apenas o que realmente se pode medir: ou seja, antever um pouco aquilo que pode acontecer em um aparelho de medida, mas não o que vai acontecer de verdade. Existe uma versão da mecânica quântica que tem certa realidade que podemos encontrar, ou não. Isso é meio difícil, confuso, pontua Patrick, que sorri com a insistência de nossa pergunta: mas, existe outra interpretação?

Para Patrick,PATRICK350 não é bem o caso de haver outra interpretação, mas sim o fato de existir outra maneira de formular, outra visão da mecânica quântica que, segundo alguns, está mais perto da formação clássica e daí o fato de haver muita gente que não gosta. Ela é bem diferente, traz os mesmos resultados e implica que há uma realidade, mas se fosse apenas isso, seria só uma questão filosófica, porque as predições seriam as mesmas. Agora, existem algumas situações – inclusive na cosmologia primordial – em que as previsões podem ser diferentes, dependendo muito das condições iniciais, porque a teoria é a mesma… Essa formulação da mecânica quântica é a mesma coisa do que a formulação usual. Elas têm as mesmas predições em quase todas as situações. Existem algumas situações bem difíceis de obterem, mas quando isso acontece podemos ter uma predição um pouco diferente. Com sorte, já temos visto essas predições diferentes, elucida Patrick Peter.

Por outro lado, na cosmologia, mais que uma interferência direta, essa área é sensível ao que chamamos de perturbações originais, já que todo o universo advém delas. Tem aquele príncipe cosmológico que diz que o universo deve ser homogêneo e isotrópico; bem, se fosse exatamente homogêneo e isotrópico não existiria ninguém para falar disso. Então, acontece que, às vezes, o vácuo inicial (o início do universo foi o vácuo) tem aquelas flutuações que são originárias da COSMOLOGIAmecânica quântica, que é a origem de tudo o que observamos no universo, hoje. Agora, essas flutuações podem ser exatamente iguais às da mecânica quântica, ou diferentes, como achamos que podem ser. Se for esse o caso, as predições que vemos, por exemplo, na radiação cósmica de fundo (medida feita recentemente pelo Satélite Planck*), podem ter algumas diferenças e estamos estudando justamente isso agora, salienta Patrick Peter.

Com um debate profundo e por vezes controverso sobre o tema, é óbvio que existem muitas diferenças científicas, cuja única conclusão pode ser obtida apenas através de experimentos. O pesquisador francês afirma que existem várias predições para algumas teorias, outras predições para outra teoria mais específica, mas o certo é que só fazendo experimentos é que se chegará à conclusão certa, aliás, como é apanágio na ciência.

Ainda na área da cosmologia, onde Patrick Peter é especialista, o caminho para a resolução de muitas questões ainda se antevê bastante longo, embora do ponto de vista dos pesquisadores se tenha avançado muito. Faltam algumas coisas… Podemos fazer a descrição total de tudo o que aconteceu no universo nos últimos quatorze bilhões de anos, o que já é bom. Mas, essa descrição tem pequenas coisas que realmente não entendemos – como a energia e matéria escuras, que são coisas que se tornarão extremamente importantes no futuro. Hoje, a cosmologia é uma área muito bem entendida, na qual tem muitos mistérios profundos ainda para serem descobertos. Então, eu digo que é uma situação perfeita para um pesquisador. Tem a ver com a observação, justamente, sublinha Patrick.

O telescópio Hubble, QUANTUM200por exemplo, é apenas um grão de areia na observação infinita do universo, já que ele apenas capta até um determinado ponto. Contudo, segundo Patrick Peter, daqui a cinco ou dez anos deverão ser lançados outros satélites, existindo, por isso, muitos projetos que certamente irão fornecer muitos dados e resultados. Existe uma fenomenologia da cosmologia que está bem entendida, faltando, contudo, desenvolver e alcançar uma teoria mais profunda e interessante, por forma a se chegar a um conjunto de dados novos, previstos para serem obtidos exatamente daqui a cinco ou dez anos. Mesmo com isso, o cientista nunca termina e iremos chegar a um ponto onde se poderão preencher lacunas e abrir outras fronteiras. Isso sempre acontece na ciência. Por isso é legal“, conclui Patrick Peter.

*Satélite europeu lançado em 2009 pela European Space Agency (ESA), com o intuito de detectar o rastro da primeira luz emitida depois do Big Bang. Desde 2013, o satélite tem fornecido medições precisas envolvendo diversos parâmetros cosmológicos.

Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em maio de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Electrochimica Acta.

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Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2015

Programa Unificado de Bolsas para Graduação abre inscrições em julho

O Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes de Graduação 2015/2016 da USP abre inscrições para estudantes no dia 2 de julho.

O programa é uma ação da USP, visando congregar os programas de bolsas Ensinar com Pesquisa, Tutoria Científico-Acadêmica, Aprender com Cultura e Extensão e Iniciação Científica em um único programa de bolsas de estudos integrado à Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil.

Os alunos devem se inscrever pelo Sistema Júpiter até dia 5 de agosto.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2015

II Workshop sobre Laser em Química Analítica

Após o sucesso obtido no I Workshop sobre Laser em Química Analítica, que aconteceu em julho de 2014, será realizada a segunda edição do evento (WLQA – 2015) entre WLQA_200os dias 27 e 31 de Julho deste ano, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O Workshop, que tem como objetivo reunir pesquisadores e profissionais interessados em aplicações de laser em química analítica, é organizado pela Dra. Débora Milori (Embrapa) e pelo Prof. Dr. Edenir R. Pereira Filho (Departamento de Química – UFSCar).

O WLQA 2015 trará 12 palestras, incluindo um seminário do Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), 6 apresentações orais, 2 minicursos, bem como algumas atividades práticas. Abaixo, confira os palestrantes já confirmados para o II Workshop sobre Laser em Química Analítica:

Dra. Aida Bebeachibuli Magalhães (Embrapa): Utilização da espectroscopia de fluorescência induzida por laser e imagem de fluorescência para diagnóstico precoce e não invasivo de estresses em citros e soja.

Prof. Dr. Bruno Marangoni (Departamento de Física – UFSCar): O LIBS ressonante e suas possíveis aplicações.

Profa. Dra. Cassiana Seimi Nomura (Instituto de Química – USP): Desafios das medições quantitativas em amostras ambientais por LIBS.

Prof. Dr. Célio Pasquini (Instituto de Química – UNICAMP): Espectroscopia Terahertz no Domínio do Tempo (THz-TD) – Instrumentação e Aplicações.

Profa. Dra. Fabíola Manhas Verbi Pereira (Instituto de Química – UNESP): Expeditious prediction of fiber content in sugar cane: a new possibility with LIBS and Chemometrics.

Prof. Dr. Francisco José Krug (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP): Análise de plantas por espectrometria de emissão óptica com plasma induzido por laser (LIBS) para a determinação de elementos essenciais e benéficos.

Dr. Francisco Wendel Batista de Aquino (Departamento de Química – UFSCar): Applications of LIBS in the analysis of electronic waste and related materials.

Dr. Gustavo analisis_cuantitativo-_350Nicolodelli (Embrapa): Double pulse LIBS e os principais resultados em amostras de solos, plantas e fertilizantes.

Prof. Dr. Javier Laserna (Universidad de Málaga – Espanha): Underwater LIBS. Atomic composition revealed in complex scenarios.

Dr. Jhanis J. Gonzales (Lawrence Berkeley National Labortory e Applied Spectra – Estados Unidos): Simultaneous elemental and isotopic chemical analysis by LIBS and LA-ICP-MS.

Prof. Dr. José Almirall (Florida International University – Estados Unidos): From Basic Research to Routine Use in the Courtroom: Elemental Analysis and Comparisons of Materials with a Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry e Analytical LIBS in the Forensic Science Laboratory.

Dra. Lidiane Cristina Nunes (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP): Análise de fertilizantes por espectrometria de emissão óptica com plasma induzido por laser (LIBS).

Dr. Marcelo Braga Bueno Guerra (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP): Estratégias analíticas para a análise direta de folhas de cana-de-açúcar por LIBS e EDXRF.

Profa. Dra. Montserrat Hidalgo (Universidad de Alicante – Espanha): The use of Liquid-Liquid Microextraction Procedures as a Method to Improve the Analytical Performance of LIBS in the Analysis of Liquid Samples.

Dr. Reinhard Noll (Fraunhofer-Institut für Lasertechnik ILT – Alemanha): Laser-induced breakdown spectroscopy – progresses and breakthroughs for industrial applications.

Prof. Dr. Renato Lajarim Carneiro (Departamento de Química – UFSCar): Espectroscopia Raman e suas aplicações na análise de fármacos.

Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato (Instituto de Física de São Carlos – USP): Laser e óptica para uma saúde melhor: diagnóstico e tratamento do câncer e controle microbiológico.

Prof. Dr. Valderi Luiz Dressler (Universidade Federal de Santa Maria – UFSM): Aplicação da LA-ICP-MS na análise de materiais biológicos.

Dr. Dinesh Asogan (Teledyne CETAC Technologies – Estados Unidos): Lasers in Analytical Chemistry: Past, Present and Future.

Para saber mais informações sobre o WLQA 2015, acesse AQUI.

Assessoria de Comunicação