Notícias

17 de junho de 2015

IFSC/USP presta tributo aos novos membros titulares

O IFSC/USP, através de sua diretoria, cumprimenta e presta tributo aos novos membros titulares da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), na certeza da justeza da escolha, perante os altos serviços que cada um deles já prestou, não só à ciência do estado de São Paulo, como do próprio país, em uma manifesta contribuição para o desenvolvimento nacional e bem-estar da sociedade.

ÁREA DE BIOCIÊNCIAS – Antonio Salatino (IB/USP); Célio Fenando Baptista Haddad (UNESP); Emer Suavinho Ferro (ICB/USP); Fernando de Queiroz Cunha (FMRP/USP); Francisco Silveira Guimarães (FMRP/USP); Gonçalo Pereira Amarante (UNICAMP); Gustavo Henrique Goldman (FCFRP/USP); José Rubens Pirani (IB/USP); Marcelo Ribeiro da Silva Briones (UNIFESP); Marie Anne van Sluys (IB/USP); Paulo Arruda (CBMEG/UNICAMP); Adriano Defini Andricopulo (IFSC/USP);

ÁREA DE CIÊNCIAS APLICADAS – Alicia Juliana Kowaltowski (IQ/USP); Edecio Cunha Neto (FM/USP); Rubens Belfort Junior (EMP/UNIFESP); Rubens Maciel Filho (FEQ/UNICAMP);

ÁREA DE GEOCIÊNCIAS – Claudio Riccomini (IG/USP); Edmo José Dias Campos (IP/USP); Jose Antonio Marengo Orsini (CEMADEN/MCTI); Mangalathayil Ali Abdu (INPE);

ÁREA DE MATEMÁTICA – Roberto Marcondes Cesar Jr. (IME/USP);

ÁREA DE QUÍMICA – Hamilton Brandão Varela de Albuquerque (IQSC/USP); Joaquim de Araújo Nóbrega (UFSCAR); Lucio Angnes (IQ/USP); Luiz Henrique Catalani (IQ/USP); Maurício da Silva Baptista (IQ/USP);

ÁREA DE FÍSICA – George Matsas (IFT/UNESP); Marco Aurélio Pinheiro Lima (IF/UNICAMP); Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva (UFSCAR); Maria Teresa Moura Lamy (IF/USP); Marilia Junqueira Caldas (IF/USP); Marina Nielsen (IF/USP); Mário José de Oliveira (IF/USP); Nilson Dias Vieira Junior (IPEN); Renata Zukanovich Funchal (IF/USP); Sylvio Roberto Accioly Canuto (IF/USP); Antonio Carlos Hernandes (IFSC/USP); Tito José Bonagamba (IFSC/USP).

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

Docente da University of Minnesota discute IRM

Na tarde de 17 de junho, realizou-se o Café com Física, onde o Prof. Michael Garwood, da University of Minnesota, Estados Unidos, ministrou a palestra Frequency- and Gradient-Modulated MRI: Imaging with Extreme Field Inhomogeneity, que aconteceu na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

MICHAEL_GARWOOD_250Em sua apresentação, o docente ressaltou os principais desafios da Imagem por Ressonância Magnética (IRM), técnica que se tornou uma ferramenta poderosa graças às impressionantes inovações que decorreram ao longo das últimas quatro décadas. Com isso, Garwood também enfatizou o STEREO, um método que deverá ampliar o campo de aplicações que, com as técnicas utilizadas atualmente, não podem ser executadas na área de Imagens por Ressonância Magnética.

Michael Garwood obteve seu bacharelado em biologia e química, bem como seu doutorado em química pela University of California, Estados Unidos. Entre suas principais áreas de interesse, destaca-se o desenvolvimento de métodos envolvendo Imagens por Ressonância Magnética, através de altos campos magnéticos.

A University of Minnesota integra os departamentos de Ciências Biológicas, Design, Desenvolvimento Humano e Educacional, Direito, Medicina, Farmácia, Ciência e Engenharia, entre outros.

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

Docente do IFSC é eleito para o conselho (SP)

A biomédica e professora titular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Helena Bonciani Nader, foi reeleita presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para um novo mandato de dois anos, de julho de 2015 a julho de 2017. Para os dois cargos de vice-presidente, foram eleitos o físico Ildeu de Castro Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Vanderlan da Silva Bolzani, da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Para o de secretário geral, foi eleita a pesquisadora Claudia Mansini D’avila Levy, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Para o Conselho referente ao estado de São Paulo foram eleitos Regina Pekelmann Markus (USP), Glaucius Oliva (IFSC/USP) e Rubens Belfort Mattos Junior (UNIFESP).

Os eleitos serão empossados no dia 16 de julho, durante a 67ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada em São Carlos, entre os dias 12 e 18. A apuração das eleições na SBPC ocorreu na tarde do dia 15 de junho, na Unidade Administrativa da entidade, em São Paulo, sob a coordenação da conselheira da SBPC, Letícia Veras Costa Lotufo (USP), presidente da Comissão Eleitoral. O período de votação foi aberto no dia 21 de maio e encerrado em 12 de junho. Os eleitores votaram somente pela internet.

(CONFIRA AQUI A NOTICIA NA ÍNTEGRA)

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2015

Escola de Física Contemporânea – 2015

Terminou, no dia 08 de junho, o prazo para a pré-inscrição na Escola de Física Contemporânea do IFSC/USP (EFC-2015), um evento de extensão que ocorrerá nas instalações do Instituto de Física EFC_2015-150de São Carlos, entre os dias 20 e 26 do próximo mês de julho.

Com periodicidade anual e com o objetivo de congregar, ao longo de uma semana e em regime parecido com internato, alunos talentosos do ensino médio que apresentam interesse particular pela área de Física, os selecionados (que serão conhecidos no dia 30 de junho) terão a oportunidade de assistir a aulas ministradas por professores da USP, de conviver com cientistas de um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina, de visitar laboratórios de pesquisa do mais alto nível e de conhecer indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios de pesquisa do IFSC.

No final da EFC-2015, os alunos, em grupos de três, serão submetidos a uma prova final de avaliação, realizada em forma de seminário.

Nesta edição de 2015 inscreveram-se 212 alunos, com o estado de São Paulo a apresentar o maior contingente, logo seguido pelos estados de Goiás, Minas-Gerais, Bahia e Paraná, além de outros alunos oriundos dos estados de Santa Catarina, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Alagoas, Distrito Federal, Ceará e Amazonas.

Como curiosidade, registra-se nesta edição um recorde de participações de alunos da cidade de São Carlos e região, num total de 37, oriundos não só de nossa cidade, como também de Araras, Araraquara, Ribeirão Preto, Brotas, Descalvado e Ibaté.

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Participantes da EFC-2014, com professores e monitores

Assessoria de Comunicação

16 de junho de 2015

As muitas faces da Ressonância Magnética

Na sequência do sucesso alcançado com a realização do 15º Nuclear Magnetic Resonance Users Meeting, um evento que ocorreu entre os dias 08 e 12 de junho, TJB2015-300em Angra dos Reis (RJ), sob os auspícios da Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear (AUREMN), o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) promoveu no dia 17 de junho um minissimpósio subordinado ao tema As muitas faces da ressonância Magnética, um evento que contou com a presença de alguns dos mais importantes pesquisadores internacionais que participaram na jornada realizada no Rio de Janeiro.

Coordenado pelos docentes do IFSC/USP, Profs. Eduardo Ribeiro de Azevedo e Tito José Bonagamba (atual diretor de nossa Unidade), este minissimpósio teve a particularidade de confrontar ideias e trabalhos nas diversas áreas da ressonância magnética e facultar um diálogo profícuo entre os pesquisadores do IFSC/USP que se dedicam a esta área do conhecimento, com seus colegas estrangeiros, fortalecendo colaborações já existentes entre alguns dos pesquisadores presentes e iniciar novas interações.

Iniciando o evento, o diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, fez a apresentação institucional do Instituto, tendo igualmente apresentado e sumarizado a missão do Grupo de Ressonância Magnética, tendo destacado a figura do saudoso Prof. Horácio Carlos Panepucci.

Desta forma, o evento contou com as seguintes presenças e apresentações:

Carel Windt (Institute of Bio and Geosciences – Germany – NMR for the Plant Science – Engineering for Sensor – like, Outdoor Use;

Michael Ryan Hansen (Westfälische Wilhelms – Universität M6unster – Germany) – Molecular packing and Dynamics in Functional Organic Materials from Solid-State NMR;

Dimitrios Sakellarion (CEA – France) – Interface between High and Low Field NMR;

Gunnar Jescke (ETH Switzerland) – What EPR Spectroscopy could tell on Glasses;

Michael Garwood (University of Minnesota – USA) – far out Experiments in MRI using FM Pulses;

Tatyana Smirnova (Rússia).

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O 15º Nuclear Magnetic Resonance Users Meeting, ocorrido no Rio de Janeiro, contou com uma participação massiva de pesquisadores do IFSC/USP, principalmente nos setores de gestão do evento. Com o Prof. Eduardo Ribeiro de Azevedo inserido no Comité Organizador, coube aos docentes Alberto Tannús, Claudio José Magon e Fernando Fernandes Paiva desempenharem funções no Comité Científico.

Por último, outro destaque relativo a esse evento foi a conquista do 2º lugar na apresentação de pôsteres pelo aluno do IFSC/USP, Everton Lucas de Oliveira, com o trabalho intitulado Translational Diffusion Of Nuclear Spins In Porous Media: A Computational Physics Approach To Understand Nmr Data (CONFIRA AQUI O POSTER PREMIADO).

Assessoria de Comunicação

16 de junho de 2015

USP discute cursos de extensão

Nos próximos dias 22 e 23 de junho, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária promoverá um debate sobre os cursos de extensão na USP, um evento que ocorrerá no Auditório István Jancsó, Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (Rua da Biblioteca s/n, na Cidade Universitária, em São Paulo).

A proposta é discutir a origem da extensão na Universidade e tratar do cenário atual, entender a relevância acadêmica e profissional desses cursos e discutir as diretrizes e normativas do embasamento jurídico sobre o assunto, sendo que as discussões finais do evento privilegiarão propostas para o futuro.

Este debate será coordenado pela Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, a socióloga e pesquisadora em políticas culturais, Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda, para quem a discussão pública e aberta reforça também o caráter democrático e de valorização da transparência na atuação da Pró-Reitoria. Para a dirigente trata-se de um tema muito importante na Universidade e que, ao mesmo tempo, tem sido alvo de muita polêmica, pelo que se torna fundamental a discussão do assunto de forma ampla e franca, envolvendo todos os interessados.

Para conferir a programação completa do evento, clique AQUI.

 

A entrada é livre para TODOS os interessados, não sendo necessário efetuar inscrição prévia.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

15 de junho de 2015

O LHC pode ser comparado a um supermicroscópio?

O Grande Colisor de Hádrons, mais conhecido por sua sigla em inglês LHC (Large Hadron Collider) e instalado no laboratório da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), é o maior e mais energético acelerador de partículas do mundo. Porém, para que o entendimento sobre o funcionamento do LHC não fique restrito somente aos cientistas, abaixo segue uma explicação mais simples sobre a poderosa máquina que já trouxe valiosas informações sobre a constituição de tudo aquilo que nos rodeia.

O LHC pode ser comparado a um supermicroscópio?

Pense numa mesa comum, por exemplo: sua massa é a soma das partes que a compõe, como os pés e o tampo. A massa do tampo é a soma dos átomos o compõem. Da mesma maneira, a massa dos átomos é a soma dos prótons, nêutrons e eLuiz_Vitor-_LHClétrons que o compõem. E a massa do elétron, é a soma do quê? “Esse era o próximo passo que não sabíamos como explicar, e que o LHC, quando foi construído, tinha como objetivo responder, e conseguiu, com a descoberta do Bóson de Higgs, que é definido como a energia que dá massa às partículas elementares”, explica o docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (FCIA-IFSC/USP), Luiz Vitor de Souza Filho.

Para chegar a tal detalhamento da matéria, o LHC precisou “enxergar” os menores constituintes dela, mesma função de um supermicroscópio. Qual a falha dessa comparação, então? Exatamente no mecanismo de funcionamento.

Para enxergar os pequenos constituintes da matéria, microscópios de qualquer tipo (óptico, de varredura etc.) lançam uma sonda sobre a matéria analisada. No caso do microscópio óptico, muito comum nos laboratórios de ciências, essa sonda é a luz. A luz “bate” no objeto analisado e o reflete na lente do microscópio que, por sua vez, amplifica o sinal da sonda. O LHC não funciona dessa forma: para enxergar componentes da matéria invisíveis a olho nu, ele os implode. “Imagine que você quer estudar os componentes de uma caneta. No LHC, essas canetas seriam jogadas uma contra a outra, e se analisaria os pedaços espatifados. É isso que o LHC faz com os prótons: joga-os uns contra os outros e analisa os pedaços que resultam”, compara Luiz Vitor.

“Espatifar” prótons, no entanto, não é uma tarefa simples. Para realizá-la com sucesso, o LHC possui milhares de detectores que ficam em volta do local onde a colisão acontece. Na colisão, pedaços de prótons e outros tipos de partículas voam por todos os lados, e os detectores enxergam esses pedaços, sendo que a partir deles é que os pesquisadores tentam descobrir o funcionamento interno das partículas elementares.

Quando se fala na “descoberta do Bóson de Higgs”, por exemplo, é interessante voltar à analogia descrita no 2º parágrafo: imagine que os átomos que formam a mesa foram parar no LHC. Ao espatifa-los e depois juntá-los novamente, a massa total da mesa não é encontrada. “Para que a massa seja encontrada na íntegra, é preciso somar os átomos da mesa e a energia na interação entre eles. Da mesma forma, se somarmos o próton e nêutron do átomo de qualquer elemento, não teremos a massa total desse átomo. Novamente, é preciso incluir a massa da energia de interação entre eles para se chegar à massa total”, exemplifica o docente.

Making off da destruição de partículas elementares

Quem já leu notícias sobre o LHC e conseguiu entender o porquê de ele ter sido construído, pode continuar com algumas- ou muitas- dúvidas a seu respeito. Se o LHC aparece em alguma notícia, provavelmente “feixe de prótons” seria uma frase que acompanharia a matéria- trocadilho intencional.

Luiz_Vitor-_LHC_1Para que os “espatifamentos” do LHC ocorram, a primeira coisa a ser feita é a formação de um feixe das partículas elementares citadas, que nada mais é do que essas partículas organizadas num tipo de “fila indiana”. Mas como esse enfileiramento é feito com partículas elementares?

Para organizar elétrons em um feixe, por exemplo, a primeira coisa a ser feita é a retirada dos mesmos de algum material. Qualquer material metálico, quando aquecido fortemente, libera elétrons. Mas estes não saem do material organizadamente: para organizá-los, são utilizados campos elétricos ou magnéticos.

Logo depois que os elétrons são organizados, eles são “jogados” num pequeno anel metálico do acelerador de partículas, que começa a rodar numa velocidade baixa. Depois de um tempo, os elétrons são jogados para outro anel metálico maior, que irá acelerar em maior velocidade. Está formado um feixe de elétrons. “O LHC junta um monte de prótons num pacotinho, e joga esses pacotes um contra o outro. A cada batida, ocorrem diversas colisões de prótons e o surgimento de diversas partículas, restos da colisão. Esses restos é que serão analisados pelos pesquisadores”, elucida Luiz Vitor.

E o que vem depois da partícula de Deus?

Desde que foi reinaugurado no CERN, em 2009, o que destacou o LHC no mundo foi, justamente, a confirmação, em 2013, da existência do Bóson de Higgs- popularmente conhecido como Partícula de Deus, fato que tornou o LHC mundialmente falado. Passado o êxtase da descoberta, pouco se ouve falar do acelerador de partículas, mesmo que ele ainda esteja funcionando a todo vapor e milhões de euros ainda continuem sendo investidos em pesquisas relacionadas a ele. Isso não é à toa.

Luiz_Vitor-_LHC_3Para aqueles inseridos no mundo científico, especialmente na área de física de partículas, o LHC pode fornecer ainda muitos dados importantes para confirmar ou refutar teorias atuais. “Embora já se tenha confirmado a descoberta do Bóson de Higgs, ainda se tem muitas perguntas a respeito dele, e o LHC será essencial para respondê-las”, afirma Luiz Vitor.

De acordo com o docente, os restos de colisões das partículas elementares vêm sendo analisados por diversos cientistas para se confirmar- ou não- outras diferentes teorias científicas, como a Supersimetria (proposta de que todas as partículas elementares têm uma partícula “irmã”) e a existência de matéria escura. “Temos provas irrefutáveis da existência de matéria escura em boa parte do universo, mas não sabemos qual partícula forma essa matéria. Caso essa partícula exista, o LHC pode ser capaz de encontrá-la”, explica.

Até o momento, não há qualquer tipo de comprovação da existência de partículas supersimétricas ou de componentes da matéria escura. Mas aqueles que continuarem investindo tempo e dinheiro nas pesquisas do CERN e, mais especificamente, naquelas que envolvam o LHC, certamente terão novas surpresas. Como no caso do Bóson de Higgs, futuros ganhadores do Prêmio Nobel podem ter suas pesquisas relacionadas aos resultados fornecidos pelo poderoso acelerador de partículas.

Crédito das imagens:

– Imagem 1: LHC (www.veja.abril.com.br)

– Imagem 2: Partículas elementares (www.ideonexus.com)

– Imagem 3: Simulação de Supersimetria (www.particleadventure.org)

Assessoria de Comunicação

14 de junho de 2015

Prof. Hamilton Varela (IQSC-USP) é indicado como membro titular

hamilton-varela-72Tal como aconteceu com os docentes do IFSC-USP, Profs. Tito José Bonagamba, Adriano Delfini Andricopulo e Antonio Carlos Hernandes, também o Prof. Hamilton Brandão Varela de Albuquerque (IQSC-USP) foi indicado para membro titular da ACIESP – Academia de Ciências do Estado de São Paulo, na área de Química.

Vice – Coordenador do IEA-São Carlos (Instituto de Estudos Avançados da USP – Polo de São Carlos), e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Sistemas Complexos, do mesmo instituto, Hamilton Brandão Varela de Albuquerque possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1998), mestrado em Físico-Química pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado no Fritz Haber Institut der Max Planck Gesellschaft, tendo defendido tese em Química na Freie Universität Berlin – Alemanha (2003) e realizado estágio de Pós-Doutoramento no Departamento de Física Experimental (E19) da Technische Universität München – Alemanha.

É Professor Associado no Instituto de Química de São Carlos – USP e foi eleito, em 2009, membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências para o período 2010-2014.

Assessoria de Comunicação

13 de junho de 2015

Universidade vai oferecer disciplinas da graduação em língua estrangeira

A Universidade de São Paulo irá oferecer disciplinas optativas livres, em língua estrangeira, nos seus cursos de graduação, a partir do segundo semestre deste ano, uma resolução que foi aprovada recentemente pelo Conselho de Graduação.

Para o Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, essa decisão reflete uma mudança de paradigma, já que até agora só era permitida a oferta de uma disciplina em língua estrangeira, caso a mesma fosse também oferecida em língua portuguesa, o que inviabilizava, em grande parte, a iniciativa. Com essa nova possibilidade, a USP dá um passo importante para a modernização do ensino de graduação, fortalecendo o seu processo de internacionalização, pontuou o dirigente.

A criação das novas disciplinas é de responsabilidade das Unidades de Ensino e Pesquisa, mediante aprovação pelo colegiado e adequação à legislação específica. Para os cursos que exigem carga horária em disciplinas optativas livres, cada Unidade precisa garantir o número de disciplinas em língua portuguesa suficiente para a conclusão do curso.

Embora não havendo, de momento, uma estimativa do número de disciplinas que serão ofertadas, Antonio Carlos Hernandes afirmou que a expectativa é grande, já que praticamente todas as Unidades da Universidade de São Paulo possuem grande parte de docentes fluentes no idioma inglês, além de professores de origem estrangeira que poderão ministrar disciplinas em tópicos especiais.

Assessoria de Comunicação

13 de junho de 2015

Será que o mundo microscópico possui uma realidade?

No início do século XX, houve uma grande revolução na física, quando os pesquisadores perceberam que as regras mudavam no que dizia respeito aos objetos microscópicos, como, por exemplo, fótons (luz) ou átomos. As novas regras, chamadas quânticas, parecem bastante absurdas: a interpretação que atualmente se dá a elas consiste em dizer que, na verdade, não podemos dizer nada sobre o fenômeno e que a única coisa que podemos fazer é calcular as probabilidades de obtermos certos resultados.

Porém, há outra possível interpretação, em termos de trajetórias, que é totalmente consistente. Isso nos leva naturalmente à questão da existência das partículas. Após ter resumido como as ideias se desenvolveram, o Prof. Dr. Patrick Peter, pesquisador do Institut d’Astrophysique de Paris (IAP), França, convidado para dar diversas palestras no nosso Instituto, no mês de junho, mostrou como é possível resolver o debate, por enquanto filosófico, através de experiências puramente físicas.

Para o pesquisador francês, as novas regras da física parecem bastante absurdas porque são regras que não falam realmente sobre o que está acontecendo, apontando apenas o que realmente se pode medir: ou seja, antever um pouco aquilo que pode acontecer em um aparelho de medida, mas não o que vai acontecer de verdade. Existe uma versão da mecânica quântica que tem certa realidade que podemos encontrar, ou não. Isso é meio difícil, confuso, pontua Patrick, que sorri com a insistência de nossa pergunta: mas, existe outra interpretação?

Para Patrick,PATRICK350 não é bem o caso de haver outra interpretação, mas sim o fato de existir outra maneira de formular, outra visão da mecânica quântica que, segundo alguns, está mais perto da formação clássica e daí o fato de haver muita gente que não gosta. Ela é bem diferente, traz os mesmos resultados e implica que há uma realidade, mas se fosse apenas isso, seria só uma questão filosófica, porque as predições seriam as mesmas. Agora, existem algumas situações – inclusive na cosmologia primordial – em que as previsões podem ser diferentes, dependendo muito das condições iniciais, porque a teoria é a mesma… Essa formulação da mecânica quântica é a mesma coisa do que a formulação usual. Elas têm as mesmas predições em quase todas as situações. Existem algumas situações bem difíceis de obterem, mas quando isso acontece podemos ter uma predição um pouco diferente. Com sorte, já temos visto essas predições diferentes, elucida Patrick Peter.

Por outro lado, na cosmologia, mais que uma interferência direta, essa área é sensível ao que chamamos de perturbações originais, já que todo o universo advém delas. Tem aquele príncipe cosmológico que diz que o universo deve ser homogêneo e isotrópico; bem, se fosse exatamente homogêneo e isotrópico não existiria ninguém para falar disso. Então, acontece que, às vezes, o vácuo inicial (o início do universo foi o vácuo) tem aquelas flutuações que são originárias da COSMOLOGIAmecânica quântica, que é a origem de tudo o que observamos no universo, hoje. Agora, essas flutuações podem ser exatamente iguais às da mecânica quântica, ou diferentes, como achamos que podem ser. Se for esse o caso, as predições que vemos, por exemplo, na radiação cósmica de fundo (medida feita recentemente pelo Satélite Planck*), podem ter algumas diferenças e estamos estudando justamente isso agora, salienta Patrick Peter.

Com um debate profundo e por vezes controverso sobre o tema, é óbvio que existem muitas diferenças científicas, cuja única conclusão pode ser obtida apenas através de experimentos. O pesquisador francês afirma que existem várias predições para algumas teorias, outras predições para outra teoria mais específica, mas o certo é que só fazendo experimentos é que se chegará à conclusão certa, aliás, como é apanágio na ciência.

Ainda na área da cosmologia, onde Patrick Peter é especialista, o caminho para a resolução de muitas questões ainda se antevê bastante longo, embora do ponto de vista dos pesquisadores se tenha avançado muito. Faltam algumas coisas… Podemos fazer a descrição total de tudo o que aconteceu no universo nos últimos quatorze bilhões de anos, o que já é bom. Mas, essa descrição tem pequenas coisas que realmente não entendemos – como a energia e matéria escuras, que são coisas que se tornarão extremamente importantes no futuro. Hoje, a cosmologia é uma área muito bem entendida, na qual tem muitos mistérios profundos ainda para serem descobertos. Então, eu digo que é uma situação perfeita para um pesquisador. Tem a ver com a observação, justamente, sublinha Patrick.

O telescópio Hubble, QUANTUM200por exemplo, é apenas um grão de areia na observação infinita do universo, já que ele apenas capta até um determinado ponto. Contudo, segundo Patrick Peter, daqui a cinco ou dez anos deverão ser lançados outros satélites, existindo, por isso, muitos projetos que certamente irão fornecer muitos dados e resultados. Existe uma fenomenologia da cosmologia que está bem entendida, faltando, contudo, desenvolver e alcançar uma teoria mais profunda e interessante, por forma a se chegar a um conjunto de dados novos, previstos para serem obtidos exatamente daqui a cinco ou dez anos. Mesmo com isso, o cientista nunca termina e iremos chegar a um ponto onde se poderão preencher lacunas e abrir outras fronteiras. Isso sempre acontece na ciência. Por isso é legal“, conclui Patrick Peter.

*Satélite europeu lançado em 2009 pela European Space Agency (ESA), com o intuito de detectar o rastro da primeira luz emitida depois do Big Bang. Desde 2013, o satélite tem fornecido medições precisas envolvendo diversos parâmetros cosmológicos.

Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em maio de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Electrochimica Acta.

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Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2015

Programa Unificado de Bolsas para Graduação abre inscrições em julho

O Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes de Graduação 2015/2016 da USP abre inscrições para estudantes no dia 2 de julho.

O programa é uma ação da USP, visando congregar os programas de bolsas Ensinar com Pesquisa, Tutoria Científico-Acadêmica, Aprender com Cultura e Extensão e Iniciação Científica em um único programa de bolsas de estudos integrado à Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil.

Os alunos devem se inscrever pelo Sistema Júpiter até dia 5 de agosto.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2015

II Workshop sobre Laser em Química Analítica

Após o sucesso obtido no I Workshop sobre Laser em Química Analítica, que aconteceu em julho de 2014, será realizada a segunda edição do evento (WLQA – 2015) entre WLQA_200os dias 27 e 31 de Julho deste ano, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O Workshop, que tem como objetivo reunir pesquisadores e profissionais interessados em aplicações de laser em química analítica, é organizado pela Dra. Débora Milori (Embrapa) e pelo Prof. Dr. Edenir R. Pereira Filho (Departamento de Química – UFSCar).

O WLQA 2015 trará 12 palestras, incluindo um seminário do Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), 6 apresentações orais, 2 minicursos, bem como algumas atividades práticas. Abaixo, confira os palestrantes já confirmados para o II Workshop sobre Laser em Química Analítica:

Dra. Aida Bebeachibuli Magalhães (Embrapa): Utilização da espectroscopia de fluorescência induzida por laser e imagem de fluorescência para diagnóstico precoce e não invasivo de estresses em citros e soja.

Prof. Dr. Bruno Marangoni (Departamento de Física – UFSCar): O LIBS ressonante e suas possíveis aplicações.

Profa. Dra. Cassiana Seimi Nomura (Instituto de Química – USP): Desafios das medições quantitativas em amostras ambientais por LIBS.

Prof. Dr. Célio Pasquini (Instituto de Química – UNICAMP): Espectroscopia Terahertz no Domínio do Tempo (THz-TD) – Instrumentação e Aplicações.

Profa. Dra. Fabíola Manhas Verbi Pereira (Instituto de Química – UNESP): Expeditious prediction of fiber content in sugar cane: a new possibility with LIBS and Chemometrics.

Prof. Dr. Francisco José Krug (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP): Análise de plantas por espectrometria de emissão óptica com plasma induzido por laser (LIBS) para a determinação de elementos essenciais e benéficos.

Dr. Francisco Wendel Batista de Aquino (Departamento de Química – UFSCar): Applications of LIBS in the analysis of electronic waste and related materials.

Dr. Gustavo analisis_cuantitativo-_350Nicolodelli (Embrapa): Double pulse LIBS e os principais resultados em amostras de solos, plantas e fertilizantes.

Prof. Dr. Javier Laserna (Universidad de Málaga – Espanha): Underwater LIBS. Atomic composition revealed in complex scenarios.

Dr. Jhanis J. Gonzales (Lawrence Berkeley National Labortory e Applied Spectra – Estados Unidos): Simultaneous elemental and isotopic chemical analysis by LIBS and LA-ICP-MS.

Prof. Dr. José Almirall (Florida International University – Estados Unidos): From Basic Research to Routine Use in the Courtroom: Elemental Analysis and Comparisons of Materials with a Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry e Analytical LIBS in the Forensic Science Laboratory.

Dra. Lidiane Cristina Nunes (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP): Análise de fertilizantes por espectrometria de emissão óptica com plasma induzido por laser (LIBS).

Dr. Marcelo Braga Bueno Guerra (Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP): Estratégias analíticas para a análise direta de folhas de cana-de-açúcar por LIBS e EDXRF.

Profa. Dra. Montserrat Hidalgo (Universidad de Alicante – Espanha): The use of Liquid-Liquid Microextraction Procedures as a Method to Improve the Analytical Performance of LIBS in the Analysis of Liquid Samples.

Dr. Reinhard Noll (Fraunhofer-Institut für Lasertechnik ILT – Alemanha): Laser-induced breakdown spectroscopy – progresses and breakthroughs for industrial applications.

Prof. Dr. Renato Lajarim Carneiro (Departamento de Química – UFSCar): Espectroscopia Raman e suas aplicações na análise de fármacos.

Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato (Instituto de Física de São Carlos – USP): Laser e óptica para uma saúde melhor: diagnóstico e tratamento do câncer e controle microbiológico.

Prof. Dr. Valderi Luiz Dressler (Universidade Federal de Santa Maria – UFSM): Aplicação da LA-ICP-MS na análise de materiais biológicos.

Dr. Dinesh Asogan (Teledyne CETAC Technologies – Estados Unidos): Lasers in Analytical Chemistry: Past, Present and Future.

Para saber mais informações sobre o WLQA 2015, acesse AQUI.

Assessoria de Comunicação

10 de junho de 2015

Singularidade Cosmológica e Mecânica Quântica

Em mais uma edição do High Energy Physics Seminars, que decorreu na tarde do dia 10 de junho, na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o pesquisador Patrick Peter, do Institut d’Astrophysique de Paris – IAP (França), ministrou o seminário Singularidade Cosmológica e Mecânica Quântica.

A relatividade geral implica que o Universo PATRICK_PETER_250começou com uma singularidade, o que, afinal, não quer dizer nada, senão que não se pode usar essa teoria até esse momento, e que portanto é necessário quantizar a gravidade. De fato, existem outras indicações semelhantes: as perturbações primordiais são entendidas atualmente como flutuações quânticas do vácuo.

Partindo desse pressuposto, é possível explicar todos os dados que tangem o universo primordial, inclusive os recentes do Planck. Por outro lado, esse regime quântico é bem diferente de tudo que se pode testar em laboratório. Dessa forma, o estudo dessa fase nos permite testar diferentes teorias, como, por exemplo, as de variáveis escondidas ou as que implicam em uma equação de Schrödinger modificada não-linearmente. Com um exemplo simples, Patrick Peter mostrou quais são as consequências possíveis e como vinculá-las.

Assessoria de Comunicação

10 de junho de 2015

O caminho de Louis de Broglie até a mecânica ondulatória

ROBERTO_MARTNS_350Decorreu no dia 10 de junho, pelas 10h45, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), mais um Journal Club, onde o Dr. Roberto de Andrade Martins, pesquisador visitante do IFSC/USP, apresentou o seminário O caminho de Louis de Broglie até a mecânica ondulatória.

Em 1923 e 1924, o físico francês Louis de Broglie desenvolveu a primeira teoria dualística onda-partícula válida tanto para a luz, quanto para corpúsculos, tal como o elétron. Costuma-se descrever apenas a relação entre momentum e comprimento de onda, como sendo a principal contribuição de Broglie, mas ele elaborou uma sofisticada teoria fundamentada tanto na relação de Planck entre energia e frequência, quanto na teoria da relatividade especial, para estabelecer as propriedades ondulatórias associadas a uma entidade quântica qualquer.

O físico também estabeleceu a relação entre a probabilidade de interação e amplitude da onda associada ao quantum – antes do físico alemão Max Born -, bem como as propriedades fundamentais da emissão estimulada. Assim, nesse seminário, Roberto Martins apresentou o desenvolvimento das ideias acimas descritas, da autoria de Louis de Broglie, que levaram até esses resultados, tendo discutido também as limitações de sua teoria.

Roberto Martins, que é físico formado pela Universidade de São Paulo, obteve seu doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Além de experiência em História da Física, Filosofia da Física e Ensino de Física, através do Instituto de Física “Gleb Wataghin”, UNICAMP (IFGW/UNICAMP), o pesquisador dedica-se a pesquisas sobre pensamento religioso e filosófico indiano. Martins foi docente do IFGW/UNICAMP, sendo atualmente pesquisador visitante do IFSC/USP e professor visitante da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Assessoria de Comunicação

10 de junho de 2015

Novo método de combate a uma das principais doenças tropicais

reportagem_rafael_3200Uma nova pesquisa realizada pelos Profs. Drs. Rafael V. C. Guido e Glaucius Oliva, ambos do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e chefiada pela Profa. Dra. Célia Regina da Silva Garcia, do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/USP), apresenta uma nova forma de combate ao Plasmodium falciparum – parasita causador da forma mais grave de malária – através da nanoencapsulação de metaloporfirinas, moléculas presentes no sangue e que são tóxicas para o citado parasita.

A malária é uma doença tropical infecciosa, transmitida ao homem através da picada do mosquito hospedeiro (fêmea) Anopheles. Calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, delírios, sonolência, ou vômitos, são alguns dos principais sintomas causados pela doença, que atualmente é responsável por aproximadamente 600 mil mortes por ano, sendo que crianças com menos de cinco anos representam 78% desse índice; acredita-se que, a cada minuto, uma pessoa morre de malária no mundo. Além disso, estima-se que três bilhões de pessoas correm o risco de serem acometidas por essa doença.

Rafael Guido explica que atualmente existem tratamentos para a malária, porém, em países como China ou Camboja, os medicamentos para combater a doença têm apresentado falhas, devido ao fato de muitos parasitas terem se tornado, de forma progressiva, resistentes aos fármacos disponíveis: Isso é um problema enorme. Com o mundo totalmente globalizado, a chance de esta situação se espalhar pelo resto do mundo é muito grande, já que um turista, por exemplo, pode ser acometido pela forma resistente de malária em uma dessas regiões, transmitindo a doença em outros países, diz ele, acrescentando que no Brasil, por exemplo, o parasita mais comum é o Plasmodium vivax, que raramente é responsável por mortes, porém, normalmente causa morbidade nos pacientes infectados, ou seja, os indivíduos portadores dessa espécie do parasita dificilmente morrem de Malária, mas comumente ficam debilitados, incapazes de trabalhar e oneram o sistema público de saúde.

Para combater o Plasmodium, é preciso conhecer as proteínas e células que são importantes para a sua sobrevivência dentro do organismo humano. Com isso, a Profa. Célia Garcia utilizou metaloporfirinas – porfirinas ricas em metais – para combater o parasita, uma vez que o Plasmodium, ao invadir o organismo humano, se instala nas células vermelhas do sangue: ou seja, em seus primeiros estágios dentro do hospedeiro, o parasita vive na mesma região onde existem as metaloporfirinas.

Infelizmente, segundo o Prof. Rafael Guido, essas moléculas possuem baixa solubilidade, e para matar o parasita é preciso aumentar a concentração dessas moléculas. Para sobreviver dentro do hospedeiro, o Plasmodium necessita de aminoácidos, os quais são obtidos pela digestão das moléculas de hemoglobina do sangue, contudo, a degradação da hemoglobina gera heme – metaloporfirina de ferro – solúvel como um subproduto tóxico que danifica as membranas do parasita e inibe uma ampla diversidade de enzimas essenciais para o desenvolvimento do Plasmodium. Para evitar o efeito tóxico do heme solúvel na célula, o parasita desenvolveu um mecanismo sofisticado que torna o heme insolúvel, logo, ele deixa de ser nocivo.

Foi analisando esse processo, RAFAEL_GUIDO_350que os pesquisadores da USP tiveram a ideia de testar qual metaloporfirina seria a mais tóxica para o parasita, tendo concluído que a zinco-porfirina é a mais indicada para combatê-lo. Assim como as outras metaloporfirinas, a zinco-porfirina possui baixa solubilidade, daí que os pesquisadores partiram para um processo de nanoencapsulação dessa proteína. A vantagem da nanoencapsulação é que essas cápsulas têm alta solubilidade. Quando inserimos uma molécula pouco solúvel em algo muito solúvel, aumentamos a solubilidade dela, podendo agora a nanocápsula ser absorvida pela célula onde está o parasita, explica o docente do IFSC/USP.

São essas cápsulas que ajudam as zinco-porfirinas no combate ao parasita. As células do sangue, onde vive o Plasmodium, são cobertas por membranas seletivas que as protegem, impedindo que determinadas biomoléculas invadam essas células. Quando a cápsula é colocada em contato com a célula contaminada com o parasita, ela é absorvida e se degrada, liberando zinco-porfirinas em alta concentração, o que permite que as zinco-porfirinas invadam a célula, intoxicando e combatendo o Plasmodium. Essa nova abordagem, idealizada pela Profa. Célia, permitiu aumentar a concentração das metaloporfirinas em até 80%, explica Guido. A publicação que descreve o impacto da nanoencapsulação de metaloporfirinas no desenvolvimento do Plasmodium falciparum tem recebido grande atenção da comunidade científica mundial. De acordo com o relatório de acesso da Nanomedicine: Nanotechnology, Biologyand Medicine, o artigo foi acessado, aproximadamente, 450 vezes desde sua publicação em fevereiro de 2015.

A próxima etapa desse trabalho será tentar tornar o processo de nanoencapsulamento das zinco-porfirinas mais barato, uma vez que o método é de alto custo e a maior parte dos pacientes acometidos pela Malária vive em regiões com elevado índice de pobreza. No entanto, Guido explica que a transformação desse processo em um medicamento, bem como sua comercialização, deverá demorar cerca de quinze anos, talvez, vinte. Contudo, cada etapa do trabalho realizado pelos pesquisadores uspianos têm demonstrado significantes avanços, o que tem acarretado satisfação e entusiasmo na continuação dos objetivos propostos, que são caracterizados pela luta constante contra essa e outras doenças tropicais.

(Ilustração: Arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação

10 de junho de 2015

USP lidera ranking das melhores universidades da América Latina

Na edição 2015 do QS University Rankings Latin America, a USP ocupa o primeiro lugar entre as universidades latino-americanas. Entre as brasileiras mais bem colocadas, a Unicamp ficou em 2º lugar, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 5º e a Unesp na 8ª posição.

Publicado desde 2011 pela Quacquarelli Symonds – organização internacional de pesquisa em educação,especializada em instituições de ensino superior – o ranking é uma variação que classifica as 300 melhores universidades da América Latina, de acordo com sete indicadores: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, proporção de professor para estudante, citações científicas, publicações por faculdade, quantidade de professores com doutorado, impacto na internet.

De acordo com o reitor Marco Antonio Zago Apesar de oscilações anuais que são comuns com essas abordagens semiquantitativas, há uma tendência geral a progresso, confirmado mutuamente por diferentes rankings. Nossa Universidade tem grande expressão internacional porque propicia formação de qualidade na Graduação em todas as áreas de conhecimento. Os egressos da USP são admirados no mercado de trabalho, ocupam posições de liderança nos setores público e privado, no mundo político e na vida acadêmica. Nossa Pós-Graduação é uma das grandes forças do desenvolvimento das ciências, da tecnologia e das humanidades do país. A USP é também o mais importante instituto de pesquisa do Brasil, responsável por mais de um quinto de todos os artigos de especializados publicados pelo país, e principal instituição geradora de patentes. Somos uma grande universidade de massa, com mais de 90 mil alunos, enquanto a maioria de universidades que lideram os rankings são muito menores. Apesar disso, temos pesquisa altamente competitiva e formamos recursos humanos de qualidade.

Entre as dez primeiras colocadas, cinco são brasileiras: a Unicamp subiu uma posição e agora ocupa o 2º lugar, a UFRJ está na 5ª posição, a Unesp é a 8ª melhor colocada e a Universidade de Brasília (UnB) é a 10ª.

Quacquarelli Symonds Rankings

No ranking geral, o QS World University, que avalia mais de 3 mil universidades do mundo, a USP ocupa a 132º posição, sendo a instituição latino-americana melhor classificada.

Em outro ranking da organização – o QS Rankings by Subject, publicado em 29 de abril – a USP ficou entre as 50 melhores do mundo em 8 das 36 áreas de concentração avaliadas: Odontologia (12ª); Agricultura e Silvicultura (24ª posição); Arquitetura (33ª); Arte e Design (34ª); Ciência Veterinária (36ª); Filosofia (37ª); Engenharia Civil (47ª); Farmácia e Farmacologia (46ª).

Confira, abaixo, as dez primeiras colocadas no QS University Rankings Latin America:

1º Universidade de São Paulo (USP);

2º Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);

3º Pontifícia Universidade Católica do Chile;

4º Universidade do Chile;

5º Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

6º Universidade Nacional Autônoma do México (Unam);

7º Universidade de Los Andes ­ Colômbia;

8º Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp);

9º Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey;

10º Universidade de Brasília (UnB);

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

9 de junho de 2015

Docentes do IFSC/USP são indicados como membros titulares

A Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) acaba de indicar os nomes dos trinta e oito novos membros titulares, oriundos das áreas de Biociências, Ciências Aplicadas, Física, Geociências, Matemática e Química, sendo que três são docentes e pesquisadores do IFSC/USP.

Desta forma, serão eleitos em outubro próximo os Profs. Tito José Bonagamba – atual Diretor da Unidade – e Antonio Carlos Hernandes – atual Pró-Reitor de Graduação da USP -, ambos inseridos na área da Física, e ainda o Prof. Adriano Delfini Andricopulo, da área de Biociências, e que recentemente foi nomeado Fellow da Royal Society of Chemistry, por relevantes contribuições à Química.

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Sem dúvida, este é um momento de comemoração na nossa Unidade.

Assessoria de Comunicação

9 de junho de 2015

Desenvolvimento de aparelho 100% brasileiro

IRMFIT-200Daniel Consalter, que é aluno de doutorado do CIERMag*, do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), gerenciou o desenvolvimento do Specfit, primeiro espectrômetro comercial de ressonância magnética nuclear (RMN), 100% brasileiro. O equipamento, fabricado pela Fine Instrument Technology (FIT), foi lançado no final do mês de maio e já está instalado no Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NIDF/UFRJ), sendo que um dos componentes do referido espectrômetro também foi adquirido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, de São Carlos.

Esse equipamento, um relaxômetro – sistema capaz de executar medidas analíticas -, nasceu através de um projeto aprovado em R$ 1,8 milhão pela FINEP e é constituído por um console – o “cérebro” que controla inteiramente o aparelho -, além de bobina, amplificador, magneto, entre outros componentes.

Segundo Daniel Consalter, que DANIEL_CONSALTER_350além de doutorando do IFSC/USP é gerente de projetos da FIT, o citado espectrômetro pode ser aplicado em diversos setores, seja no alimentar, petrolífero, ou de saúde. No que se refere aos alimentos, o Specfit é capaz de analisar a qualidade de azeite ou a quantidade de frutas em sucos industrializados, além de executar outras medições de líquidos em diversos produtos. Utilizando o nosso aparelho, foi possível descobrir que a diferença entre uma geléia diet e normal estava na quantidade de água. A diet, por exemplo, tinha mais água, o que diminuiu a porcentagem de caloria e açúcar, explica ele.

Esse espectrômetro também pode ser aplicado no processo de extração de petróleo, na análise de rochas, bem como na área de biodiesel. O Specfit é voltado aos pesquisadores e são eles que definem qual será a aplicação do espectrômetro, diz Consalter, acrescentando que a empresa firmou recentemente um convênio com o IFSC/USP, por meio do Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC, com o intuito de desenvolver equipamentos voltados à área médica. Através dessa parceria, a FIT e o CIERMag darão, juntos, os primeiros passos para a elaboração de um equipamento médico nacional de imagens via ressonância magnética.

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Equipe e o aparelho da FIT

Futuros projetos da FIT

Através de um novo projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, a FIT já está fabricando um novo equipamento voltado a imagens de pequenas amostras, que deverá ser utilizado em laboratórios de ensino universitários.

Com a colaboração do Dr. Giancarlo Tosin, que atuou durante vinte e um anos como chefe do departamento de ímãs do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – LNLS, em Campinas, São Paulo, o doutorando do IFSC deverá desenvolver um novo equipamento de ressonância magnética com magnetos nacionais, já que essas peças normalmente são fabricadas no exterior. O Tosin tem elaborado desenhos inovadores de magnetos para ressonância magnética, então, a expectativa é de que tenhamos esse novo aparelho daqui a alguns meses, revela ele.

Consalter diz que ainda há um preconceito com equipamentos nacionais. Por isso, espera que a FIT receba o apoio da comunidade científica, para que a empresa possa continuar oferecendo suporte aos pesquisadores e se consolidar no mercado como desenvolvedora de tecnologia de ponta em ressonância magnética, suprindo parte da excelente mão de obra existente no país.

*Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética.

Assessoria de Comunicação

8 de junho de 2015

US$ 1 milhão em bolsas de estudo

O Google vai financiar pesquisas acadêmicas de ponta em computação em universidades da América Latina, sendo que no total, a empresa pretende gastar US$ 1 milhão com bolsas de mestrado e doutorado em até 20 projetos de pesquisa ao longo de três anos.

O programa, que foi anunciado no dia 1º de junho, durante evento em Belo Horizonte, receberá inscrições de projetos de computação, engenharia e áreas relacionadas até o dia 6 de julho pela internet.

Os mestrandos selecionados receberão bolsa de US$ 750 (R$ 2.384) ao longo de, no máximo, dois anos. Os alunos de doutorado poderão receber bolsa de US$ 1.200 (R$ 3.814) por até três anos. Os professores orientadores também recebem pelo trabalho no projeto de pesquisa.

Com a valorização do dólar, as bolsas oferecidas pela empresa norte-americana são mais atrativas que aquelas fornecidas pela Capes, órgão federal de fomento da pós-graduação. Hoje a bolsa de mestrado da Capes é de R$ 1.500 e a de doutorado é de R$ 2.200.

Qualquer professor de universidade brasileira poderá inscrever seu projeto de pesquisa e concorrer ao financiamento.

De acordo com o diretor de Engenharia do Google, Berthier Ribeiro Neto, a seleção levará em conta três critérios: alinhamento com a estratégia da empresa, potencial impacto da pesquisa e qualidade geral do projeto.

A previsão é que os vencedores sejam anunciados em agosto.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação