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21 de dezembro de 2015

Festa no IFSC/USP

1-250O dia 16 de dezembro foi de festa no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com a realização da cerimônia de Colação de Grau da 23ª turma do curso de Bacharelado em Física, da 7ª turma do curso de Bacharelado em Física Computacional, da 7ª turma de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC/USP, e da 20ª turma do curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), um evento que ocorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP).

A mesa de honra foi composta pelos Profs. Drs. Osvaldo Novais de Oliveira Jr., vice-diretor do IFSC/USP que representou o Prof. Dr. Tito José Bonagamba (diretor desta Unidade), que presidiu a mesa, Luis Gustavo Marcassa, presidente da Comissão 2-250de Graduação (IFSC/USP), Rodrigo Gonçalves Pereira (IFSC/USP), paraninfo escolhido pela 23ª turma de formandos do curso de Bacharelado em Física, Luiz Antônio de Oliveira Nunes (IFSC/USP), paraninfo escolhido pela 7ª turma de formandos do curso de Bacharelado em Física Computacional, Luiz Nunes de Oliveira (IFSC/USP), paraninfo escolhido pela 7ª turma de formandos do curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, Sérgio Ricardo Muniz (IFSC/USP), paraninfo escolhido pela 20ª turma do curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, e Miriam Cardoso Utsumi (ICMC/USP), coordenadora da Comissão Coordenadora do curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, tendo Osvaldo Novais dado as boas-vindas aos formandos e a amigos e familiares presentes.

3-Marcassa250Posteriormente, o Prof. Luis Gustavo Marcassa aproveitou a oportunidade para rememorar a história da cerimônia de Colação de Grau, que surgiu entre 1200 e 1300 com a origem das primeiras instituições de ensino superior. Quando se fala em Colação de Grau, é comum se lembrar da tradicional beca que, segundo o Prof. Marcassa, era usada pelos antigos mestres, devido ao frio. O docente também citou o chapéu, item que surgiu no clero e que hoje complementa o traje da cerimônia, representando poder e elevado status intelectual e eclesiástico.

Por seu turno, a Profa. Miriam Utsumi destacou a alegria que sentia ao participar da cerimônia e comentou que, embora 4-MiriamUt-300os estudantes já tenham finalizado seus cursos, suas formações só serão concluídas ao longo do exercício das profissões. A docente, que os parabenizou pela conclusão desta etapa, reconheceu que a formação acadêmica geralmente é construída com épocas boas, mas também com momentos não tão bons, contudo, construtivos. A coordenadora da Comissão Coordenadora do curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas disse também que os formandos estão preparados para fazerem escolhas éticas, de modo a honrar o nome da Universidade de São Paulo. “A quem muito é dado, muito será cobrado”, pontuou ela.

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Em seguida, os representantes de cada turma presente na cerimônia fizeram as habituais oratórias e homenagens aos paraninfos. O formando Lucas Henrique Francisco, que representou a 23ª Turma do Curso de Bacharelado em Física, comentou sobre a primeira vez 6-LucasCG2015-250que esteve no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, durante a recepção dos calouros no Instituto, onde assistiu à apresentação dos cursos do IFSC e a uma aula magna. Ele relembrou também da excitação e tensão que o dominaram naquele primeiro dia como estudante universitário; dos incontáveis dias e das longas noites de estudo sobre as diferentes áreas da física; do engajamento em atividades extracurriculares; e dos sentimentos essenciais que contribuíram para que Lucas e seus colegas concluíssem esta trajetória acadêmica. O formando também destacou a competência e zelo do Prof. Rodrigo Pereira, cujas características refletem no importante trabalho que o docente desenvolve nas áreas de ensino e pesquisa.

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Prof. Rodrigo e Lucas Henrique

Representante da 7ª Turma do Curso de 7-WalterCG2015250Bacharelado em Física Computacional, o formando Walter José Gomes Juste Faria rememorou as aulas marcantes de Laboratório Avançado que foram ministradas pelo Prof. Luiz Antônio. Segundo Walter, o docente é guiado por um ideal essencial para qualquer físico. Em todas as aulas, Luiz Antônio afirmava que era necessário saber das coisas e entender de verdade os fenômenos que eram analisados por Walter e seus colegas de curso. Essas, bem como outras atitudes, demonstraram, segundo o orador, a paixão que o docente sente pela física.

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Walter Faria e o Prof. Luiz Antônio

8-GuilhermeCG2015-250Por sua vez, o formando Guilherme Eduardo de Souza, que representou a 7ª Turma do Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, sublinhou o fato de seu curso oferecer aplicações em diversas áreas, principalmente no campo da saúde, fornecendo grande potencial de transformação social. Na ocasião, o estudante agradeceu a todos aqueles que, de alguma forma, ensinaram algo a ele e a seus colegas, e comentou sobre o Prof. Luiz Nunes, que, nas suas palavras, sempre transmitiu a todos o conhecimento, com especial brilho nos olhos.

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Guilherme de Souza e o Prof. Luiz Nunes

A estudante Patrícia Fernanda Rossi representou 9-PatriciaCG2015-250a 20ª Turma do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas. Em sua fala, Patrícia não poupou elogios ao paraninfo de sua turma, o Prof. Sérgio Muniz. Segundo ela, além de ter demonstrado grande interesse pelo curso de licenciatura, Sérgio se aventurou com os licenciandos nos desafios da Semana da Licenciatura em Ciências Exatas – X SeLIC*. “São de educadores assim que nos lembraremos sempre”, pontuou ela, tendo destacado algumas das características do docente – como seu companheirismo e amizade – que marcaram os alunos de sua turma.

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Patrícia Rossi e o Prof. Sérgio Muniz

Após as oratórias e homenagens aos paraninfos, os formandos Camila Cardoso e Guilherme Mourão Broca proferiram o termo de compromisso dos cursos de bacharelado e de licenciatura, juntamente com seus colegas. Em seguida, o Prof. Osvaldo Novais solicitou que os formandos ficassem em pé e proferiu a fórmula da Colação de Grau.

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Camila Cardoso proferiu o termo de compromisso dos cursos de bacharelado

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Formandos dos cursos de bacharelado durante o juramento

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Guilherme Broca proferiu o termo de compromisso do curso de licenciatura

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Formandos do curso de licenciatura durante o juramento

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Outros formandos do curso de licenciatura durante o juramento

O evento teve continuidade com os discursos dos paraninfos e a entrega dos certificados 15-RodrigoCG2015-300(confira as imagens da entrega dos certificados, AQUI). O Prof. Rodrigo Pereira falou sobre as características de um bom físico. Para ele, um bom profissional dessa área deve ser capaz de enxergar a simplicidade; de separar o que é essencial do que não é; e de usar essas habilidades como ponto de partida para a resolução de diversos problemas, por mais complexos que sejam. Em razão da comemoração dos 100 anos da Teoria da Relatividade Geral, em 2015, o Prof. Rodrigo citou Albert Einstein, que publicou o primeiro artigo sobre a Teoria e disse que “tudo deve ser feito da maneira mais simples possível, mas não simples demais”.

O Prof. Luiz Antônio afirmou ter ficado muito 16-LuizAntonioCG2015-250feliz com a homenagem feita pelos formandos da 7ª Turma de Bacharelado em Física Computacional. Ele reconheceu a difícil trajetória da formação na área de ciências exatas, em especial na área da física, que trouxe diversos desafios, mas fez com que os alunos aprendessem e fossem capazes de lidar com diversos problemas. Após esta etapa, disse ele, alguns estudantes deverão ingressar no mercado de trabalho, enquanto outros darão continuidade à formação acadêmica. “Vocês estudaram num lugar muito bom. Aqui é o lugar”.

17-LuizNunesCG2015250Em seguida, o Prof. Luiz Nunes falou sobre o futuro desses jovens, que, segundo ele, está “desenhado” no certificado que receberam nesse dia. De acordo com ele, o certificado está preenchido com “letras invisíveis, mas indeléveis”, significando que seu portador demonstrou ter foco e determinação suficientes para engrandecer a vida daqueles que estão em sua volta. Para ele, cada um dos formandos tem uma boa ideia do que quer para a vida e isso é o suficiente, porque aqueles que têm foco e determinação realizam seus sonhos.

Visivelmente emocionado com a homenagem que recebeu da 20ª Turma do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, o Prof. Sérgio Muniz baseou sua fala em um tema bastante simples, mas fundamental: a felicidade. Nesse discurso, Sérgio desejou que os formandos possam ser felizes. Apenas isso… Nada mais… Nada menos… Segundo o docente, para que isso seja possível, a tarefa dos alunos não será fácil. Para ele, a felicidade não 18-SergioMunizCG2015-300corresponde ao sucesso, prestígio, reconhecimento e muito menos à segurança financeira (embora esses itens não sejam ruins). Ela é um processo. A felicidade, segundo Sérgio, significa viver uma vida que valha a pena ser vivida. “Felicidade é fazer aquilo que você acha que é importante; que você faria até de graça. Ou seja, não é aquilo que você faz pelo salário ou pelo reconhecimento. É aquilo que você faz porque te dá orgulho e te deixa feliz”, pontuou, dizendo que, se os jovens ainda não a encontraram, precisam continuar procurando.

Antes de encerrar a cerimônia, o Prof. Osvaldo Novais discursou sobre a missão da USP, cujo intuito é formar pessoas, gerar conhecimento e transmiti-lo a sociedade. Em sua opinião, nas últimas décadas, a USP tem trabalhado sua missão de maneira lenta. Contudo, ele comentou que o IFSC/USP é uma das unidades uspianas que mais contribuem para a geração e transmissão do conhecimento. O docente também destacou o momento difícil que os brasileiros 19-OsvaldoNCG2015300têm enfrentado ao longo deste ano e que é reflexo, principalmente, da educação deficiente oferecida no país. “A USP tem a obrigação de contribuir para que essa educação melhore. Ao longo das décadas, o IFSC/USP tem se esforçado enormemente não apenas para formar alunos, mas também para gerar conhecimento, tecnologia e inovação”, disse ele, tendo complementado que a qualidade da educação só será melhorada quando houver a valorização do trabalho docente que é desenvolvido nos ensinos infantil, fundamental e médio.

*Evento organizado por alunos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Campus USP – São Carlos, que promove a realização de diversas atividades, como, por exemplo, apresentações de trabalhos científicos, minicursos, palestras e oficinas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de dezembro de 2015

Procuradora da USP/SC é internada após ação truculenta de advogados

A Procuradora da USP – São Carlos, Dra. Alessandra Pinto Magalhães, foi internada às pressas na segunda-feira (14/12), depois de ter sido ofendida, humilhada e confrontada com a agressividade em ações perpetradas por advogados e familiares de pacientes que queriam obter fosfoetanolamina, truculência essa que se estendeu também a diversos servidores da USP – São Carlos que prestam serviço na referida Procuradoria e que foram igualmente vítimas de ofensas e humilhações, obrigando, inclusive, a intervenção da Guarda Universitária da USP para restabelecer a ordem e evitar consequências mais graves.

A Procuradora ficou internada durante todo o dia 14, tendo havido a suspeita inicial de um AVC ou infarto, suspeitas essas que foram descartadas após a realização de uma bateria de exames. Após ter alta no dia seguinte, a Dra. Alessandra Pinto Magalhães só hoje (17) regressou ao serviço na Procuradoria da USP – São Carlos, por orientação médica.

Os lamentáveis atos registrados no dia 14 obrigaram a USP a tomar medidas imediatas no sentido de salvaguardar a integridade física de seus servidores, pelo que a partir da próxima segunda-feira (21) todas as demandas judiciais relacionadas com a fosfoetanolamina serão recebidas por um grupo específico de atendimento que estará localizado na Área – 2 do Campus USP de São Carlos – Edifício da Biblioteca.

A USP compreende a ansiedade das pessoas que buscam por soluções relacionadas com seu bem-estar e saúde. Contudo, a Universidade sempre se norteará pelas decisões judiciais cabíveis, rejeitando, em simultâneo, toda e qualquer forma de violência que atente a integridade física de seus servidores.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de dezembro de 2015

Concluída a construção de nova cabine de alta tensão do IFSC/USP

Há 31 anos, o servidor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) João Gazziro supervisionou a construção de uma cabine de medição de alta tensão (12.800 V) que seria responsável por manter em funcionamento os inúmeros equipamentos e máquinas das salas e laboratórios das edificações do Instituto (naquela época, ainda IFQSC/USP). Montou-se, portanto, uma estrutura moderna e eficiente que atendia a todas as normas técnicas e de segurança exigidas na época.

Apesar de possuir uma boa infraestrutura, e mesmo cumprindo o objetivo para o qual foi construída, viu-se a necessidade de modernização da cabine que, obviamente, carecia da atualização de alguns equipamentos para o cumprimento das novas normas criadas e estabelecidas durante os anos posteriores à sua construção. “Toda edificação que consome uma grande quantidade de energia, que é o caso das nossas, precisa de transformadores de alta tensão. A antiga estrutura tornou-se muito perigosa, especialmente para feitura da manutenção”, explica João Gazziro.

Tendo recebido um investimento de quase R$1,5 milhão*, nos últimos meses, foi construída uma nova cabine de alta tensão, projetada de tal forma que continuasse alimentando as edificações do Instituto (prédios dos departamentos e prédio dos laboratórios de ensino de física) e estivesse de acordo com as novas normas técnicas e de segurança exigidas atualmente. “Uma boa transmissão de energia elétrica para esses prédios do IFSC é essencial, já que muitos dos experimentos e estudos realizados aqui dependem do funcionamento ininterrupto das máquinas e equipamentos em geral”, explica Rodrigo Aparecido Porcatti, funcionário da Seção de Obras Civis, Manutenção Predial e Elétrica do IFSC.

Hoje, a nova cabine conta com transformadores individuais e é capaz de separar a “energia suja” (gerada para o funcionamento de condicionadores de ar, tornos etc.) da “energia limpa” (gerada para o funcionamento dos laboratórios de pesquisa e salas de aula). Ela também possui infraestrutura pronta para receber geradores de alta tensão e seu consumo pode ser medido a distância pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), graças à instalação de um sistema digital de medição. “Caso um transformador queime, com apenas uma manobra consigo energizar os barramentos do mesmo, derivando energia de outro transformador até que o danificado seja substituído”, explica Gazziro. “Atualmente, também consigo substituir um fusível de alta tensão sem desligar toda a cabine, algo que era impossível de ser feito na cabine anterior. O que temos hoje aqui é uma infraestrutura de última geração”, afirma.

Confira abaixo algumas imagens da nova cabine de medição de alta tensão do IFSC:

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*O investimento total na construção da nova cabine foi de R$ 1.473.976,00

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

17 de dezembro de 2015

Nanomateriais teranósticos: sistemas multifuncionais para aplicações

No início da tarde de 17 de dezembro, na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a pesquisadora Valéria Spolon Marangoni (IFSC/USP) apresentou o seminário Nanomateriais teranósticos: sistemas multifuncionais para aplicações.

Valeria_Marangoni_300Na ocasião, ela discutiu os nanomateriais multifuncionais (ou teranósticos) que combinam funções terapêuticas e de diagnóstico em um complexo nanoestruturado. Segundo a pesquisadora, esses nanomateriais podem ser úteis para diversas aplicações, principalmente ao diagnóstico precoce e tratamento de doenças, como, por exemplo, o câncer. Com base nisso, ela falou sobre um novo sistema que permite tanto o diagnóstico e tratamento de tumores sólidos quanto o rastreamento de partículas in vivo.

Valéria Marangoni é bacharel em Química pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e mestre em Ciências – Física Biomolecular pelo IFSC/USP, onde atualmente desenvolve o doutorado. A pesquisadora realizou estágio sanduíche no Laboratory for Nanophotonics da Rice University (EUA) e tem experiência na área de síntese, caracterização e funcionalização de nanomateriais metálicos, magnéticos e poliméricos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de dezembro de 2015

Reitor faz balanço de ações desenvolvidas em 2015

Em mensagem dirigida a alunos, docentes e funcionários técnico-administrativos da Universidade de São Paulo, o reitor, Prof. Dr. Marco Antonio Zago apresenta em vídeo o balanço das atividades que a USP desenvolveu no decurso deste ano de 2015, bem como as expectativas para 2016.

Clique AQUI para assistir ao vídeo.

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

16 de dezembro de 2015

Ressonância Paramagnética Eletrônica na datação arqueológica

Data – 6 de agosto de 1945: Hora – 8h15: Mais um dia despertava e o habitual movimento crescia nas avenidas e ruelas de Hiroshima, no Japão, sob o intenso calor do sol. Aproximando-se sorrateiro, o Boeing B-29 da Força Aérea norte-americana – Enola Gay -, lançou a primeira bomba atômica (batizada de Little Boy) sob a cidade japonesa, matando e ferindo largas dezenas de milhar de civis, emitindo uma radiação e calor similar à temperatura do astro rei. Acredita-se que esse ataque, ainda com sabor de vingança pela destruição da frota americana em Pearl Harbour, terá sido decisivo para a rendição do exército japonês às tropas aliadas (Estados Unidos, União Soviética e Império Britânico), já no declínio da Segunda Guerra Mundial. Há exatos 70 anos, portanto.

Outra data – 1956: Os Profs. Drs. Sérgio e Yvonne Mascarenhas, pioneiros no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), partem do Rio de Janeiro rumo à cidade de São Carlos (SP), para iniciarem seus trabalhos no Departamento de Física* da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), onde começaram a atuar na área de Física do Estado Sólido (hoje conhecida como Física da Matéria Condensada). Aí, eles se envolveram com estudos interdisciplinares, trabalhando com física ligada a diversas técnicas, incluindo cristalografia e ressonância magnética. Nessa época, Sérgio também iniciou alguns trabalhos em física aplicada à medicina, mais especificamente às moléculas – hoje conhecidos como Biofísica Molecular -, área de pesquisa ainda presente no Instituto através do Grupo de Biofísica Molecular que leva seu nome – “Sérgio Mascarenhas”.

Em razão de seu interesse pela física-médica, o professor Mascarenhas Sergio1-300contatou alguns médicos da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP/USP), propondo algumas inovações para pesquisas nessa área. Com o tempo, as conversas entre o docente do IFSC e os médicos da USP progrediram, e o Departamento de Física da EESC se fortaleceu no campo da física-médica, conduzindo Sérgio a trabalhar com uma técnica chamada Ressonância Paramagnética Eletrônica, que detecta o spin (espécie de uma minúscula “bússola”) de elétrons (partículas) e faz com que essas partículas mudem de orientação em um campo magnético.

Mas, o que isso tem a ver com Hiroshima, Enola Gay e Little Boy???

Ainda nessa época, Sérgio atuou na Faculdade de Medicina, onde descobriu que, ao atingir um osso, a radiação provocada por Raios-X produz um efeito chamado paramagnetismo. Além disso, o docente verificou que esse efeito é capaz de ficar registrado no osso durante anos – como se fosse uma impressão digital. Na verdade, o osso é constituído por várias proteínas, incluindo o colágeno, que tem propriedades que permitem a estabilidade, bem como a hidroxiapatita, que é um material inorgânico que se quebra quando o osso é irradiado. “Quando a hidroxiapatita se quebra, alguns de seus elétrons ficam desemparelhados, ou seja, os ossos ficam com o magnetismo aparente”, explica o docente, acrescentando que o paramagnetismo permite fazer a dosimetria de radiação, processo em que se mede quantos fótons de Raios-X atingiram o osso. Em 1973, a revista Anais da Academia Brasileira de Ciências publicou o artigo intitulado On the paramagnetism of bone irradiated in vivo, referente à pesquisa desenvolvida por Sérgio Mascarenhas, juntamente com os docentes Horácio C. Panepucci (1937-2004), do IFSC/USP, Fritz Köberle (1910-1983), do Departamento de Patologia da FMRP/USP, e Maria Cristina Terrile, do IFSC/USP.

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Datação arqueológica

Em face dos resultados obtidos no citado trabalho, o espírito científico e a perseverança de Sérgio Mascarenhas levaram-no à conclusão que, se os ossos eram capazes de registrar as radiações como se tivessem uma espécie de memória, uma espécie de impressão digital, então talvez fosse possível datá-las. De forma inovadora, Sérgio Mascarenhas idealizou uma técnica de datação arqueológica mais eficiente, tendo desenvolvido, em parceria com colegas acadêmicos, estudos e experimentos com ossos de seres humanos encontrados em sambaquis – pequenos montes formados por conchas, cascas de ostras e outros materiais descartados por indivíduos pré-históricos, próximos a rios e mares, locais que comprovadamente atraíram antigos habitantes por causa da abundância de alimentos marinhos. “A datação arqueológica não está tão relacionada com a física, mas é algo essencial à antropologia. Ela é um instrumento geral para entendermos as civilizações”, comenta o Prof. Sérgio que, atualmente, coordena o Instituto de Estudos Avançados do Campus USP São Carlos (IEA/USP).

Os trabalhos sobre dosimetria e datação elaborados por Sérgio Mascarenhas chamaram a atenção de pesquisadores japoneses. Durante uma de suas visitas ao Japão, o decano do IFSC/USP foi ao Atomic Bomb Research Center, em Hiroshima, e teve acesso a amostras de ossadas de vítimas do ataque à cidade japonesa, tendo então executado a dosimetria da radiação emitida pela Little Boy. Não foi fácil obter as amostras, já que os japoneses ficaram muito desconfiados quando Sérgio Mascarenhas, um pesquisador latino-americano recém chegado ao Japão, afirmou que havia desenvolvido uma nova técnica e pedindo parte de ossos valiosíssimos para dar continuidade aos seus estudos. Contudo, os pesquisadores cederam ao seu pedido quando Sérgio Mascarenhas os informou que analisaria o efeito da bomba atômica nos ossos, na Harvard Medical School (HMS), nos Estados Unidos. “Foi um momento interessantíssimo. Sergio4-350Os pesquisadores japoneses abriram um cofre e eu pude ver um monte de ossos. De uma maneira um pouco invasiva, peguei parte desses ossos e perguntei se poderia fazer as medições no Japão, porque os japoneses já tinham um equipamento de Ressonância. Não achei que fosse necessário retirar as amostras do país. Então, fui para uma universidade em Hiroshima e vi que a memória paramagnética estava registrada naqueles órgãos, também”, relembra sorrindo ainda de entusiasmo.

A análise dos ossos de cadáveres encontrados em sambaquis e nos ossos das vítimas do ataque à cidade de Hiroshima foi o que o Prof. Mascarenhas precisava para comprovar a eficácia da técnica de datação arqueológica, capaz de detectar irradiações registradas há um milhão de anos. “Até então, o método padrão-ouro utilizado para fazer a datação era baseado em carbono-14, que permitia analisar ossos que tinham sido irradiados há, no máximo, mil anos”, explica.

Com base em suas pesquisas, Sérgio publicou outros artigos referentes à dosimetria e datação arqueológica de ossos humanos, sendo eles o ESR Dosimetry of Bones from Hiroshima A-Bomb site (Bulletin of the American Physical Society; 1973) e o ESR Dating of Human Bones from Brazilian Shell-Mound Sambaqui (American Journal of Physical Anthropology; livro1-2001982).

Em razão dos estudos envolvendo paramagnetismo e datação arqueológica, Sérgio Mascarenhas também participou como co-autor do livro New applications of Electron Spin Resonance – Dating, Dosimetry and Microscopy, escrito pelo falecido Prof. Motoji Ikeya (Osaka University) e publicado em 1993.

A contribuição que Sérgio Mascarenhas fez para o conteúdo deste livro é apenas uma parte do resultado dos esforços que o docente tem realizado em parceria com outros cientistas durante o desenvolvimento dos trabalhos envolvendo dosimetria e datação. Graças aos estudos e ao trabalho do Prof. Sérgio Mascarenhas, hoje já é comum a realização de uma série vasta de conferências internacionais voltadas apenas para a discussão sobre o método de datação arqueológica.

*Anos depois, o Departamento de Física e o Departamento de Química da EESC seriam desvinculados da Escola, para formar o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP). Em 1994, os dois departamentos seriam separados para formar dois novos institutos de ciências básicas na USP São Carlos:o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP);

Imagem 4: Osso do maxilar de uma das vítimas do ataque à cidade de Hiroshima, com marca de queimadura devido à onda de calor provocada pela bomba atômica Little Boy. O osso foi entregue ao Prof. Sérgio Mascarenhas pelo então embaixador brasileiro no Japão.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de dezembro de 2015

School on Theoretical High Energy Physics

STHEP-250Entre os dias 22 e 26 de fevereiro de 2016, ocorrerá no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) a School on Theoretical High Energy Physics – Introduction and current research.

Organizada pela Profa. Dra. Betti Hartmann, do Grupo de Física Teórica desta Unidade, a escola reunirá estudantes de graduação e pós-graduação do Brasil e do exterior, que poderão assistir a palestras e participar de discussões sobre física de altas energias, cosmologia e astrofísica, mais especificamente sobre buracos negros, relatividade geral, teorias de Gauge, cordas cósmicas, campos quânticos, teoria das perturbações e radiação cósmica de fundo em micro-ondas (confira a programação completa da escola, AQUI).

“Nosso objetivo é apresentar importantes conceitos aos estudantes interessados em fazer pesquisa na área de física de altas energias”, disse a Profa. Betti, que integra o time de palestrantes constituído por outros quatro especialistas: Profs. Drs. Luiz Agostinho Ferreira (IFSC/USP), Daniel Vanzella (IFSC/USP), Jon Urrestilla (University of the Basque Country – Espanha) e o pesquisador Vincent Vennin (University of Portsmouth – Inglaterra).

As inscrições para o evento devem ser feitas até o dia 31 de janeiro próximo, através do envio de um e-mail para bettihartmann@googlemail.com.

(Créditos – Imagem 1: NASA)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2015

Optical Imaging Technologies for Clinical and Pre-Clinical Applications

No dia 15 de dezembro, pelas 09h, na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Javier A. Jo (diretor do Laboratory for Optical Diagnosis and Imaging, da Texas A&M University – EUA) apresentou a palestra Optical Imaging Technologies for Clinical and Pre-Clinical Applications.

JAVIER_JO_250Neste seminário, Javier Jo comentou sobre o esforço que sua equipe tem feito para desenvolver instrumentação óptica e métodos computacionais, com foco em aplicações pré-clínicas e clínicas. Na ocasião, ele também discutiu dois projetos que estão em andamento no citado laboratório: o primeiro corresponde ao diagnóstico de câncer bucal via Fluorescence Lifetime Imaging (FLIM); e o segundo é focado na combinação de FLIM com a técnica Optical Coherence Tomography (OCT), para o estudo de aterosclerose coronária.

O Prof. Javier é graduado em Engenharia Elétrica pela Pontificia Universidad Católica del Perú (Chile), mestre em Engenharia Elétrica pela University of Southern California (EUA) e doutor em Engenharia Biomédica pela University of Southern California. Além disso, o docente realizou pós-doutorado em Engenharia Biomédica na Cedars-Sinai Medical Center (EUA) e na University of California at Davis (EUA).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2015

Programa USP – Santander – Mobilidade Docente

AUCANI-250A USP lançou recentemente o Edital 496/2015 para concessão de auxílio financeiro para 25 (vinte e cinco) missões internacionais de implantação de convênios de Duplo Diploma ou Dupla Titulação, cujas inscrições terminam às 12 horas do dia 26 de fevereiro de 2016.

O denominado Programa USP – Santander de Mobilidade Docente para o Estabelecimento de Duplo – Diploma ou Dupla – Titulação Internacional, está sendo implantado pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI), em parceria com as Pró-Reitorias de Graduação e Pós-Graduação, sendo que serão financiadas 25 missões de dois docentes da Universidade de São Paulo para tratativas e implementação de convênios de duplo diploma de graduação ou pós-graduação.

O objetivo deste programa é expandir a experiência do sucesso alcançado dos duplos-diplomas na USP e estimular um papel ativo dos cursos de graduação e programas de pós-graduação da Universidade, na definição de parceiros internacionais e estratégicos.

As dúvidas poderão ser encaminhadas ao setor de Mobilidade, pelo Fale Conosco do sistema Mundus – https://uspdigital.usp.br/mundus/faleConosco

Para acessar o edital, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de dezembro de 2015

IFSC/USP recebe “Cosmic Strings@Brazil”

Entre os dias 15 e 19 de fevereiro próximo, csab-200o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizará, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP), o Cosmic Strings@Brazil, um workshop que reunirá estudantes e pesquisadores do Brasil e de outros países interessados no tema “defeitos cósmicos”, que participarão de sessões de pôsteres e de discussões sobre a origem desses defeitos, suas estruturas microfísicas, evoluções em redes, consequências cosmológicas, assinaturas observacionais, entre outros tópicos.

O Cosmic Strings@Brazil é organizado pela Profa. Dra. Betti Hartmann, do Grupo de Física Teórica desta Unidade, juntamente com os especialistas Patrick Peter (Institut d’Astrophysique de Paris – França), Danièle Steer (Université Paris Diderot – França) e Jon Urrestilla (University of the Basque Country – Espanha).

A programação completa do workshop pode ser conferida AQUI.

Os interessados em participar do Cosmic Strings@Brazil devem enviar um e-mail para bhartmann@ifsc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Nanoscale.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

10 de dezembro de 2015

Prof. Sérgio Mascarenhas aborda quebra de paradigmas

Em 04 de dezembro, pelas 20h30, o Centro Cultural Espaço 7, em São Carlos, recebeu o Prof. Sérgio Mascarenhas, decano do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que, juntamente com o maestro Júlio Medaglia e o músico Turíbio Santos, participou de uma mesa redonda na qual discutiu o tema Do Batuque a Bach. O evento fez parte da programação da 12ª edição do Festival Internacional de Música Instrumental ChorandoSemParar – Edição Heitor Villa-Lobos – Do Batuque a Bach.

A mesa redonda, que reuniu esses três convidados (um físico modernista e visionário, que ao longo dos anos têm acompanhado a evolução de diversas áreas, e dois especialistas em música), teve como objetivo abordar a quebra de paradigmas com fatos da modernidade e rememorar a conexão que há entre ciência e arte.

Em sua fala, o Prof. Sérgio discutiu importantes quebras de paradigmas que ocorreram no campo da ciência e da arte, tendo destacado a conexão que há entre ambas as áreas. O docente iniciou seu discurso, mostrando uma imagem da pintura Escola de Atenas (1511), do italiano Rafael. “A Escola de Atenas é a mensagem cultural mais poderosa que conheço na história da arte; ela diz muito para nós, mesmo agora, no século XXI”. No centro da pintura podemos ver Platão, apontando para cima, para as ideias abstratas, e Aristóteles, estendendo a mão para baixo, para o empirismo. Após ter feito essa observação, o docente citou Albert Einstein que disse que a teoria sem experimentação é vazia, mas que a experimentação sem teoria é cega. “Essa frase tem um valor epistemológico extraordinário…”, disse o acadêmico, que rememorou os grandes pontos divergentes que ainda existem entre cientistas teóricos e experimentais.

O Prof. Mascarenhas também comentou bastante sobre Janus, o deus romano que tinha duas faces (um rosto masculino e com expressões marcadas pelo tempo, que olhava para um FOTO_1_-_SM350lado, e uma face feminina e jovem que olhava para frente – para o futuro). “Essa junção do passado e do futuro é muito significativa. Não devemos deixar de olharmos o passado, mas ele não pode ser o nosso mestre. Se o passado for o nosso mestre, não seremos capazes de construir o futuro”, argumentou o acadêmico. Além disso, Sérgio Mascarenhas destacou o filósofo Karl Popper, que, no seu ponto de vista, permite definir os limites da ciência com mais clareza, além de grandes quebradores de paradigmas dos campos da arte, saúde, educação, e da informação, comunicação e do discurso, tais como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Charlie Chaplin, Cândido Portinari, Ludwig van Beethoven, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Anísio Teixeira, Paulo Freire, Jacques Lacan e Sigmund Freud.

No que se refere à arte musical, o Prof. Sérgio disse que a música é a expressão dos anseios. “Basta ver o que ela fez na religião e o que tem feito, em termos de comunicação social. No sentido estruturalista, ela representa o papel de uma metalinguagem”, disse ele, que dissertou também sobre o feminismo, tendo ressaltado o orgulho que tem de suas filhas, netas e de sua primeira esposa, a Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, que também foi pioneira no IFSC/USP. “A Profa. Yvonne é um exemplo maravilhoso de mulher. Acho que as mulheres salvarão a humanidade, com um destino muito mais nobre e virtuoso do que este em que vivemos”, disse ele, tendo sublinhado o quanto a mulher tem cumprido um papel extraordinário na sociedade ao longo da existência humana.

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Da esquerda à direita: Turíbio Santos, Júlio Medaglia e Sérgio Mascarenhas

Ainda de acordo com o docente do IFSC, é preciso haver uma maior convergência entre humanismo (música, literatura, etc.) e ciência. “É para esse lado que devemos caminhar. Essa é a nossa missão no século XXI”. O Prof. Mascarenhas também disse que é necessário unir ciência e tecnologia, pois “tudo está misturado” e essa junção deve ser estimulada nos jovens pelas instituições educacionais.

Por sua vez, o maestro Júlio Medaglia FOTO_3_-_JM300fez criticas negativas sobre a falta de criatividade que existe em uma era rica em tecnologia. “Não temos mais avalanches de criatividade na área da arte. Há um ou outro artista que cria algo interessante. A tecnologia não tem sido muito útil para a indústria artística”, disse ele, acrescentando que ninguém deseja obter um milhão de músicas em um dispositivo eletrônico, mas, sim, uma única canção de boa qualidade. “Essa nossa reunião é muito importante, pois nos permite discutir o que será da música em um futuro próximo”.

Logo após sua fala, o músico Turíbio Santos fez alguns comentários sobre FOTO_4_-_TS300Heitor Villa-Lobos. “Ele dizia que a música é igual ao ser humano. Ela tem cabeça, tronco e membros. A cabeça é a melodia; o tronco é a harmonia; e os membros representam os ritmos”, disse, tendo acrescentado que não consegue mais ensinar música sem transmitir esse conceito de Villa-Lobos. Além disso, Turíbio fez questão de comentar sobre o público são-carlense, que tem uma particularidade que lhe agrada muito: “Aqui, as pessoas sorriem facilmente. O público de São Carlos é muito entusiasmado, ele aplaude com vontade, com o coração”.

Em entrevista à assessoria de FOTO_5_-_FC300comunicação do IFSC/USP, a organizadora do festival ChorandoSemParar, Fátima Camargo, comentou sobre a importância dessa mesa redonda, na qual se destacou a relação existente entre ciência e arte. “Esse debate ajudou a expandir o interesse do público e enriqueceu a programação dessa edição do festival”, pontuou ela, que destacou a necessidade de unir o humanismo com a ciência. “Mostrar essa importância ao público, que certamente acaba refletindo sobre isso, é algo que devemos repetir sempre”.

FOTO_6_-DeG300Para Diego Adorno, que assistiu à mesa redonda, a relação entre o humanismo e a ciência foi o aspecto que mais o atraiu nesse debate. “Parece que a ciência e o humanismo são vias paralelas que nunca se cruzam, mas que devem passar por avanços. Não podemos ficar presos às tecnologias e nos esquecermos da parte humana. E a música é um meio poderoso que permite fazer com que ambas as vias se cruzem”.

A relação entre essas vias também atraiu Georgia Buainain, que, assim como Diego, acompanhou a mesa redonda. “Achei muito interessante o fato de ser possível unir o humanismo com a ciência, para tentar, inclusive, amenizar o capitalismo selvagem que não tem feito muito bem à humanidade”, pontuou.

ChorandoSemParar

Organizado pelo Projeto Contribuinte da Cultura, o ChorandoSemParar é um festival que ocorre no início de dezembro de cada ano, com apresentações musicais, exposições, debates, oficinas, palestras e ações em escolas públicas. Através dessas atividades, o festival busca homenagear alguns gêneros brasileiros, em particular, o Choro Brasileiro, celebrando também o trabalho de algum importante compositor do país. Nesta edição, por exemplo, a programação do evento foi inspirada em Heitor Villa-Lobos (1887-1959), considerado o maior compositor do Brasil.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2015

Correlation functions of integrable quantum spin chains

O Prof. Dr. Andreas Klümper, da University Andreas_Klmper_250of Wuppertal (Alemanha), participou do programa Café com Física, que decorreu em 09 de dezembro, às 16h30, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Em sua palestra, intitulada Correlation functions of integrable quantum spin chains, o docente discutiu um sistema integrável capaz de permitir o cálculo de resultados exatos.

Andreas Klümper tem graduação (em física) e doutorado pela University of Cologne (Alemanha), tendo adquirido experiências profissionais na University of Melbourne (Austrália) e na University of Dortmund (Alemanha). Hoje, atua na University of Wuppertal.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2015

Alunos do Ensino Médio discutem projetos de Pré-Iniciação Científica

Em 7 de dezembro, dois grupos de alunos do ensino médio da ETEC “Paulino Botelho” (São Carlos-SP), que participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC/EM), reuniram-se com os Profs. Drs. Tito José Bonagamba (diretor do Instituto de Física de São Carlos – IFSC/USP), Sérgio Muniz (IFSC/USP) e João Renato Muniz (IFSC/USP), com o educador do IFSC/USP e co-coordenador dos grupos, Herbert João, e com os monitores Vitor Mendes, Mariana Ribeiro e Paula Silveira, no anfiteatro novo desta Unidade, onde apresentaram parte de seus projetos, que têm sido desenvolvidos no Instituto, com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP. As bolsas tiveram início em setembro com término programado para o segundo semestre de 2016.

O PIBIC/EM é um programa que objetiva IC-Pre-IFSC250estreitar a relação entre alunos do ensino público e a universidade. Os estudantes que se apresentaram nesta Unidade foram selecionados pelo excelente desempenho escolar e pela afinidade com os projetos propostos pelos docentes do IFSC. Além de serem úteis para a vida destes jovens, os conhecimentos adquiridos durante o desenvolvimento destes projetos deverão contribuir para a formação dos estudantes, já que aprendem, entre outras coisas, a fazer pesquisas e a elaborar seminários.

A primeira apresentação foi realizada pelo grupo que trabalha com o projeto Computação Física: usando minicomputadores, sensores, imagem e som para aprender e ensinar física, voltado a plataformas computacionais. Neste seminário, foi exemplificado o uso do Raspberry Pi na elaboração de semáforos para veículos e pedestres que funcionam com sincronia e sensores. Aos sábados, os quatro integrantes desta equipe (Ingrid Porto, Leticia Dias, Milena Lemos de Oliveira Basílio e Sérgio Renan Matos) vêm ao Instituto, onde realizam práticas com interfaces computacionais relacionadas à física.

Sérgio Matos, de 16 anos, está no primeiro ano do ensino médio. Para ele, o projeto orientado pelo Prof. Sérgio Muniz tem possibilitado ao aluno adquirir novos conhecimentos e aprimorar seus estudos. “A melhor etapa do projeto até agora foi ter aprendido a programar um sistema, o que não é fácil”, disse ele.

Leticia Dias, que também cursa o primeiro ano do ensino médio, destacou a oportunidade que tem tido de adquirir novos conhecimentos e experimentar práticas que a sala de aula não oferece. “Eu conhecia bem pouco sobre a programação e suas linguagens”, afirmou, acrescentando que o projeto lhe ajudou, inclusive, a treinar o idioma inglês, já que ele está presente em vários conteúdos que ela tem aprendido ao longo do desenvolvimento deste trabalho.

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Em seguida, o segundo grupo, que desenvolve um trabalho sobre o etanol de segunda geração, falou sobre parte do projeto Estudos estruturais e funcionais de proteínas envolvidas na obtenção de etanol de segunda geração, coordenado pelo Prof. João Renato. Constituída pelos alunos Ana Clara Soares, Mariana Mayumi Yamashiro Delfino, Suellen Romão e Jonathan Vancetto, a equipe utiliza o Laboratório de Biologia do IFSC/USP para desenvolver o estudo em questão.

Suellen Romão tem notado uma grande evolução do grupo no desenvolvimento do projeto. “Estamos aprendendo muito. Por enquanto, estudamos conceitos mais simples, mas que estão nos ajudando bastante”, revelou a aluna, que, assim que terminar o ensino médio, pretende cursar engenharia de materiais. Outro aspecto comentado pela estudante foi o aprendizado através de conteúdos práticos. “No microscópio do IFSC, por exemplo, pude ver células que havia estudado em sala de aula, de modo teórico”, comentou a aluna.

Sua colega, Ana Clara, disse que o projeto lhe permite experimentar atividades práticas que são trabalhadas apenas em cursos de nível superior. “Isso ajuda muito, porque, quando estiver em uma universidade, já terei mais facilidade com determinadas técnicas e conceitos”.

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Além destes trabalhos, o IFSC/USP conta com um terceiro projeto. Intitulado Loucos por física: uma abordagem experimental, este trabalho é coordenado pelo Prof. Dr. Fernando Paiva (IFSC/USP).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2015

Internal structure of the B meson

Na manhã de 8 de dezembro, o pesquisador BENOIT_BLOSSIER_250Benoit Blossier, da Université Paris-Sud (França), apresentou o seminário intitulado Internal structure of the B meson. O evento, inserido na programação do High energy physics seminars, ocorreu na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), no qual Blossier falou sobre cronodinâmica quântica (QCD, na sigla em inglês), carga e distribuição de matéria do Méson B, além de outros tópicos.

O pesquisador Benoit Blossier é pesquisador no Laboratoire de Physique Théorique d’Orsay, da Université Paris-Sud, onde trabalha com física de partículas, mais especificamente com a fenomenologia dos Mésons B e Matéria QCD.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

8 de dezembro de 2015

Universitário por Um Dia

1Dia para estudantes indígenas

Na tarde da última terça-feira, 2 de dezembro, o programa Universitário por Um Dia (1Dia) realizou uma edição especial e exclusiva para uma turma de 12 estudantes de duas tribos indígenas do Acre: Suruí e Yawanawá.

FOTO_1DIAESPECIAL_3_-_500Acompanhados pela consultora da ONG Forrest Trends Maria Barcellos, que trabalha com comunidades indígenas há mais de quatro décadas, os estudantes, a maioria deles no 3º ano do ensino médio, puderam ter uma autêntica experiência universitária, passando por algumas Unidades do campus (no período da manhã, eles visitaram o ICMC/USP*), conhecendo o alojamento e almoçando no restaurante universitário.

No período vespertino, foi a vez de o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebê-los quando, logo no início, tiveram um breve bate-papo com o diretor do Instituto Tito José Bonagamba. Logo depois, os estudantes foram acompanhados pela monitora do 1Dia Letícia Paradela para fazer uma breve tour pela biblioteca do Instituto e por alguns dos laboratórios de pesquisa, tendo a visita sido finalizada com o Show da Física, durante o qual os indígenas tiveram a oportunidade de interagir com a física através dos diversos experimentos interativos realizados, algo inédito para a maioria deles.

O estudante Thiago Luiz Yawanawá nunca havia visitado uma universidade, e ficou encantado com a infraestrutura tanto do IFSC como da USP como um todo. “Viajamos oito horas de barco para chegar à capital [Rio Branco], e mais quatro dias de ônibus para chegar a São Paulo. Para nós, tudo está sendo uma grande aventura! Em nossa aldeia, não tínhamos ideia que a universidade tinha uma estrutura tão grande!”, contou.

FOTO_1DIAESPECIAL_1_-300Mesmo para a estudante Sara da Silva Luiz Yawanawá, que já tinha tido oportunidade de visitar a Universidade de Brasília (UnB), a USP foi uma surpresa. “Já tínhamos ideia de que a USP era muito grande e que se tratava de uma universidade muito importante, mas não sabíamos, por exemplo, que havia vários campi espalhados pelo estado”.

Ela afirma que tanto ela quanto seus parentes que participaram da visita ficaram muito felizes por terem vindo, e poder visualizar pessoalmente tudo aquilo que só conheciam por meio dos noticiários foi uma experiência marcante.

Na imaginação de Thiago, a USP seria como uma escola tradicional de ensino, e foi uma grande surpresa para ele ver que há pessoas que, inclusive, moram no campus. “A moradia é muito boa, e recebe as pessoas muito bem. Tive a informação de que você pode até escolher o quarto onde irá morar!”, declarou entusiasmado.

Tanto Thiago quando Sara nunca tinham tido contato com a física da maneira que se tem na universidade, e até mesmo no ensino médio. Para essas tribos, de acordo com os dois alunos, as explicações para os fenômenos são descritas pela sabedoria popular e intuição de cada integrante da tribo, e não pelo método científico, como é costume no meio acadêmico.

1Dia para funcionários

Já no dia 3 de dezembro, realizou-se outra edição especial do 1Dia, da qual participaram apenas funcionários terceirizados e parentes de docentes e servidores do IFSC/USP.

Logo pela manhã, os cerca de 10 participantes assistiram a uma apresentação feita pelo monitor Robson Martins, que falou sobre a estrutura da USP, além dos cursos oferecidos pela Unidade. Em seguida, Robson apresentou o tradicional Show da Física. O público participante também visitou a infreaestrutura do IFSC/USP.

FOTO_1DIAESPECIAL_4_-300Nesse 1Dia, os participantes também conversaram com o educador e coordenador do programa, Herbert João, que citou o investimento da USP em novas formas de ingresso à Universidade – neste ano, por exemplo, a USP adotou o ENEM** como uma das vias de acesso aos estudantes que pretendem ingressar na Universidade. Aos jovens e adultos presentes, Herbert falou que é preciso quebrar paradigmas e optar por uma profissão, tendo como base as preferências pessoais, e não apenas a estabilidade financeira que uma carreira oferece.

Vanessa Saldanha, funcionária terceirizada que é responsável pela limpeza de alguns laboratórios do Instituto, participou dessa edição e pôde notar que a física faz parte do cotidiano das pessoas. “Achei muito importante essa edição do programa, porque muitos servidores trabalham no IFSC, mas não sabem o que é estudado aqui”, comentou, tendo salientado a necessidade de se trabalhar essa divulgação científica, em especial nas escolas. “Muitas pessoas acham que a Universidade é aberta apenas para os universitários, mas o programa Universitário por Um Dia mostra que a USP é um local que todos podem vir e conhecer”.

FOTO_1DIAESPECIAL_5_-_500A estudante Thainá Leme, filha do servidor Paulo Horácio Leme, também participou dessa edição do programa. “Prestei vestibular neste ano para cursar química, mas achei interessante participar do Universitário por Um Dia, porque também gosto de física”, disse ela, que ainda está em dúvida entre cursar física ou química.

Além da orientação que Herbert deu sobre como escolher uma área profissional, um experimento sobre Óptica, demonstrado no Show da Física, também atraiu a jovem de 18 anos. “Durante o programa, conhecemos alguns aparelhos desenvolvidos no Grupo de Óptica, inclusive um que trata o câncer de pele através da aplicação de uma pomada e luz. Achei muito legal”.

*Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação;

**Exame Nacional do Ensino Médio.

Imagens:

1- Turma de estudantes indígenas na sala da congregação ao final do bate-papo com o diretor Tito José Bonagamba e com o educador e coordenador do 1Dia Herbert Alexandre João

2- À direita, a estudante Sara da Silva Luiz Iyauanaua

 

 

 

 

3- Funcionárias terceirizadas na edição do 1Dia para funcionários

4- Funcionários e familiares que participaram do 1Dia para funcionários

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

4 de dezembro de 2015

“Dia D nos Laboratórios”

Em 30 de novembro, a Comissão Gespública de Qualidade e Produtividade do Instituto de Física de São Carlos (CGQP- IFSC/USP) realizou o Dia D nos Laboratórios. Ocorrido no âmbito do programa IFSC 5S, que promove melhorias no ambiente de trabalho e o bem-estar dos servidores desta Unidade, a ação em questão permitiu que houvesse o recolhimento de antigos resíduos químicos não biológicos dos laboratórios de pesquisa do Instituto.

Esses materiais, Dia_D_nos_Labs_do_IFSC_-_2_-_300que estavam em desuso, foram coletados pela química do Laboratório de Resíduos Químicos (LRQ) do Campus USP São Carlos, Maria Cecília H. Tavares Cavalheiro. O LRQ atua na coleta e no tratamento de resíduos químicos, evitando que estes materiais cheguem até o meio ambiente e educando profissionais e instituições que trabalham com esse tipo de resíduo que, geralmente, oferece riscos à saúde.

Segundo Maria Cecília, nesta ação promovida pela Comissão, foi possível coletar resíduos de laboratórios, onde atuam cinco grupos de pesquisa desta Unidade, nomeadamente: o Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia, Grupo de Ressonância Magnética Nuclear, Grupo de Semicondutores, Grupo de Óptica e o Grupo de Fotônica.

Dia_D_nos_Labs_do_IFSC_-_3_-_250Para a Dra. Kilvia Mayre Farias, pesquisadora do IFSC/USP e membro da citada Comissão, é importante que os pesquisadores saibam como manter esse tipo de resíduo nos laboratórios e como descartá-los de maneira adequada. No IFSC há um número elevado de pessoas que têm contato com os laboratórios. Então, é importante que os pesquisadores e docentes procurem orientação para descartar os resíduos e que não deixem esses materiais em frascos sem etiquetas que permitam a identificação das substâncias.

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Da esquerda para a direita: Antonio Donizetti Alves (Seção de veículos do IFSC/USP), a química Maria Cecília e as integrantes da Comissão, Flávia Lisboa, Simone Delgado e Kilvia Farias

Segundo a Dra. Kilvia, uma nova edição do Dia D nos Laboratórios do IFSC/USP deverá ocorrer durante o primeiro semestre de 2016.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2015

Física de precisão com o lépton tau

Nessa sexta-feira, 04, o Prof. Dr. Diogo Boito, do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), participou do programa Colloquium diei, que decorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, desta instituição.

DIOGO_-_300O tau é o lépton mais pesado: sua massa é cerca de 3500 vezes maior que a do elétron. Os decaimentos do tau podem ser calculados e medidos com grande precisão e constituem um excelente laboratório para diversos aspectos da física de partículas. Pelo fato de ter massa suficiente para decair em hádrons, os decaimentos do tau são muito úteis para os estudos de cromodinâmica quântica (QCD). Nesse colóquio, intitulado Física de precisão com o lépton tau, o docente discutiu a física de precisão que pode ser feita com esses decaimentos, tendo enfatizado os aspectos da QCD.

O Prof. Diogo é graduado e mestre em Física pelo Instituto de Física da USP (IF/USP), além de mestre e doutor em Física pela Universitat Autònoma de Barcelona – UAB (Espanha). Desde setembro último, ele integra o corpo docente do Instituto de Física de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2015

Membros de Secretaria do Estado visitam o IFSC

Na tarde da última quarta-feira, visitaaa-35002, o Prof. Dr. Tito Bonagamba, Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), recebeu a visita da Profa. Dra. Ana Abreu, Subsecretária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, que conheceu a Unidade, juntamente com as pesquisadoras da Secretaria, Andréa Franco e Margareth Lopes Leal, e com o Prof. Dr. Sylvio Goulart Rosa Junior, Diretor e Presidente da Fundação Parque Tecnológico de São Carlos (ParqTec). Também participaram deste encontro os Profs. Drs. Richard Garratt (IFSC/USP), José Carlos Egues de Menezes (IFSC/USP), Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (IFSC/USP), Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC/USP), o educador Herbert João (IFSC/USP), o Analista Administrativo da Agência USP de Inovação do Campus USP São Carlos, Eduardo Brito, e a Chefe Administrativa do Serviço de Convênios desta Unidade, Ana Paula Plazza.

Na ocasião, o Prof. Tito Bonagamba fez uma apresentação, na qual falou sobre a Universidade de São Paulo, cujo número da população – que inclui alunos, docentes, pesquisadores e funcionários – é da ordem de 120 mil pessoas. Logo após ter dissertado sobre a USP, o Prof. Tito falou TITO-350sobre o IFSC, uma unidade que surgiu em 1953 e que hoje é constituída por cerca de 83 docentes, que atuam em 17 grupos de pesquisa dedicados aos estudos sobre biofísica molecular, cristalografia, filmes finos, física computacional e instrumentação aplicada, nanomedicina e nanotoxicologia, ressonância magnética, crescimento de cristais e materiais cerâmicos, óptica, fotônica, polímeros, semicondutores, bem como a outras áreas da física.

O diretor do IFSC também citou os laboratórios de ensino desta Unidade, que contam com a atuação de quinze técnicos e quatro docentes. Ainda em sua apresentação, o Prof. Bonagamba destacou o fato do IFSC/USP ser a Unidade mais produtiva do Campus USP São Carlos, sendo a responsável por 40% do total de patentes produzidas neste Campus e por 8% do total de patentes produzidas na Universidade de São Paulo. Ao longo das últimas décadas, os pesquisadores do Instituto têm trabalhado intensivamente não apenas com estudos teóricos e experimentais, mas também com pesquisa, desenvolvimento e inovação, pontuou Tito, que sublinhou a parceria que o IFSC/USP tem com várias empresas e instituições, tais como Braskem, Faber-Castell, Bayer, Embrapa, Petrobras, entre outras. O docente também ressaltou as atividades científicas e culturais promovidas pelo Instituto, como, por exemplo, o Universitário por 1 Dia, a Escola de Física Contemporânea e os Concertos USP-Filarmônica. Tais iniciativas buscam estreitar o contato da Universidade com a sociedade e atrair os estudantes do ensino médio.

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Após a fala de Tito Bonagamba, Ana Abreu elogiou o trabalho realizado pelo IFSC/USP tanto no âmbito da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação, como no sentido de tentar atrair o público pré-universitário. Acredito que São Carlos seja a cidade da física, porque há diversas pesquisas, know-how e inovações aqui, pontuou ela, tendo acrescentado que todo esse esforço do IFSC – e também da USP – se perde, quando não há um bom ensino de física na educação básica. Na escola pública não se fala sobre o ensino de física, e as universidades não têm ações que mantêm os alunos em cursos de ciências exatas. 

Ser apresentado à física por um doutor é diferente do que ser apresentado à ela por um pedagogo, afirmou a docente, tendo comentado sobre a necessidade de se estabelecer políticas públicas que sejam capazes de desmistificar essas áreas do conhecimento. Fico feliz em saber que o IFSC tem buscado atrair alunos do ensino médio e que se preocupa com o número de evasão dos estudantes nos cursos de ciências exatas da Universidade. Este Instituto é referência no Brasil e no exterior.

No que se refere à crise que abarca o Brasil, Ana Abreu comentou que é necessário dar continuidade aos recursos orçamentários do país. Embora estejamos no início de uma crise, não iremos interromper as ações públicas destinadas às reorganizações ou ao sistema de inovações do Estado de São Paulo, disse a subsecretária, em entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP.

Apesar do Estado de São Paulo ser o responsável por 2/3 de toda a pesquisa executada no Brasil, muitos pesquisadores se queixam da falta de verba da União para desenvolverem suas pesquisas. Muitos especialistas, inclusive, já cogitam deixar o Brasil para darem continuidade aos seus trabalhos no exterior. Contudo, para Ana Abreu, a FAPESP* movimenta 70% da pesquisa nacional, o que torna o Estado destaque no que se refere ao desenvolvimento de pesquisas e ao subsídio de bolsas. O que podemos fazer é rever as linhas de financiamento da FAPESP. Por exemplo, podemos cogitar a possibilidade de redirecionar as verbas para linhas diferenciadas e de criar novas linhas, dialogando com as transformações sociais necessárias para o momento em que vivemos, concluiu.

*Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

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Na imagem: Eduardo Brito, Andréa Franco, Tito Bonagamba, Ana Abreu, Sylvio Goulart, Margareth Lopes e Ana Paula Plazza

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de dezembro de 2015

IFSC recebe visita de delegação da University of Bordeaux

Em 02 de dezembro, pelas 14h, uma delegação da University of Bordeaux (França) veio ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde foi recebida pelo Prof. Dr. Roberto Mendonça Faria, docente do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, desta Unidade.

Na ocasião, os membros da delegação francesa tiveram a oportunidade de conhecer não só os laboratórios e as linhas de pesquisa do IFSC/USP, como também de manter contato com docentes do Instituto. Um dos motivos da visita é o eventual estabelecimento de acordos de cooperação.

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Docentes do IFSC/USP e membros da delegação francesa

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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