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15 de junho de 2022

Artigos do IFSC/USP mais citados no Essential Science Indicators – Bimestre Jan/Fev 2022

 

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de jan/fev de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2022

Cientistas do IFSC/USP são homenageados com o “Prêmio Trajetória pela Inovação”

Diretor do IFSC/USP Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior com o premiado Prof.Jarbas Castro Neto – Foto de Marcos Santos (USP)

Homenagem da USP aos que se destacaram na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais

Numa iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da USP (PRPI/USP), foi atribuído no dia 07 de junho p.p o “Prêmio USP Trajetória pela Inovação” a diversos cientistas da Universidade de São Paulo que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo para a excelência da USP e para o desenvolvimento do País.

Na cerimônia de entrega dos Prêmios, o coordenador  da Agência USP de Inovação (Auspin), Luiz Henrique Catalani, afirmou que a USP, em seus 88 anos de existência, tornou-se a universidade brasileira que mais produz ciência e também soluções na área de inovação. “Temos 2.284 empresas com DNA USP, ou seja, empresas que nasceram a partir de pessoas da Universidade. Dos 21 unicórnios brasileiros, sete nasceram na USP; dois terços de seus fundadores são formados pela USP; e, ao todo, esses 21 unicórnios empregam 2.400 alumni da Universidade. Geramos cientistas inovadores e empreendedores, sendo importante celebrar aqueles que têm se destacado e que devem ser reconhecidos pela inovação, uma atividade que agora é reconhecida como atividade-fim da Universidade”.

Dos seis prêmios, três vieram para a USP de São Carlos

Receberam o prêmio os professores Antonio Adilton Oliveira Carneiro (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP), Akemi Ino (Instituto de Arquitetura e Urbanismo – IAU/USP São Carlos), Daniela Prócida Raggio (Faculdade de Odontologia – FO), Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC/USP São Carlos), Maria Rita dos Santos e Passos Bueno (Instituto de Biociências – IB) e Sérgio Mascarenhas de Oliveira (IFSC/USP São Carlos e Instituto de Estudos Avançados – IEA), in memoriam.

Prêmio USP Trajetória pela Inovação: Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC); Antonio Adilton Oliveira Carneiro (FFCLRP); Fausto Medeiros Mendes, representando a laureada Daniela Prócida Raggio (FO); Yvone Mascarenhas, filha do homenageado Sérgio Mascarenhas de Oliveira (in memoriam), Akemi Ino (IAU) e Maria Rita dos Santos e Passos Bueno (IB) – Foto: Marcos Santos (USP)

Para o diretor do IFSC/USP, Prof Osvaldo Novais de Oliveira Junior, trata-se de uma grande honra ter dois agraciados com este “Prêmio Trajetória pela Inovação”. “Inovação é uma das áreas mais relevantes no país e nós precisamos transformar o conhecimento que é gerado nos institutos  de pesquisa das universidades em riqueza para a sociedade e isso é feito através da inovação. São Carlos tem um histórico já longo de contribuições na geração de tecnologia e em particular o nosso Instituto , o que para nós é motivo de grande orgulho ter dois agraciados entre os premiados pela USP – Os Profs. Jarbas Caiado Neto e Sérgio Mascarenhas (in memoriam).

Prof.Vanderlei Bagnato

Já na opinião do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, estrutura onde pertence o Prof. Jarbas Caiado Neto “A USP, por intermédio do “Prêmio Trajetória pela Inovação”, procura valorizar uma atividade que está hoje no discurso e nas ações do governo, bem como em praticamente todos quantos se propõem dirigir instituições brasileiras”, Para o Prof. Bagnato, a necessidade da inovação é a necessidade de fortalecer a transformação do conhecimento em riqueza de forma disseminada para a população, para a melhoria da economia brasileira e para fortalecer a ação social. “Através da inovação, as universidade podem também gerar novos empregos, com novos produtos destinados a solucionar problemas da sociedade. Esse ano, o fato de termos tido dois cientistas do IFSC/USP entre os cinco ganhadores do prêmio mostra a vitalidade que a nossa unidade tem para a realização da inovação tecnológica, que converte o conhecimento em benefícios para a própria sociedade”, enfatiza o pesquisador.

Quanto ao Prof. Jarbas Castro Neto, um dos ganhadores do prêmio, apresenta uma trajetória enorme, com inúmeras contribuições para a formação de diversas empresas em São Carlos e região, tendo gerado muitos empregos e, com eles, muitos produtos que hoje apoiam as pessoas em diversos segmentos.

Quanto ao segundo premiado, o Prof. Sérgio Mascarenhas (in memoriam) foi o fundador do IFSC/USP e desde o início deu diretrizes para que aqui se estabelecessem atividades de inovação, quando essa palavra ainda não estava no dicionário das instituições de pesquisa do Brasil.

Sublinhando igualmente o prêmio atribuído à Profª Akemi Ino (IAU/USP), o Prof. Vanderlei Bagnato classificou essa conquista como uma valorização das obras e a maneira como o Instituto de Arquitetura e Urbanismo lida com a produção e com a preservação da arquitetura no País. “Tudo isso coloca a cidade de São Carlos e Universidade de São Paulo dentro do panorama social nacional. É um orgulho muito grande para a cidade que dos seis premiados de toda a USP, três sejam do Campus USP de São Carlos e dentre eles dois sejam do IFSC/USP.

Criado em 2016, o prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar as ações dos docentes da USP que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do País.

(Com colaboração de Erika Yamamoto – USP)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2022

O Quadriculo – Uma figura geométrica intermediária entre o quadrado e o círculo

Figura 1 – A equação da superelipse em coordenadas cartesianas, com a ≠ 0 e b ≠ 0 e o expoente p ≥ 0. O quadrículo corresponde ao caso a = b e p ≥ 2 (Crédito: R. N. Onody)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Confesso que quando fui escolher o título desse trabalho, hesitei muito antes de optar pela palavra quadrículo. Isso porque, nos dicionários esse termo já existe, mas com significado bem diferente daquele que eu quero emprestar aqui. Nos dicionários, quadrículo significa quadrado pequeno.

Figura 2 – Curvas da superelipse para os valores a = b = 1, temos: (A) Um formato Apple Watch, para p = 4; (B) Um formato estrela, para p = 1/3 (Crédito: R. N. Onody)

Peço vênia ao leitor mais atento às questões de língua portuguesa ou brasileira, para atribuir à palavra quadrículo um novo significado – uma figura geométrica intermediária entre o quadrado e o círculo. Dessa maneira, quadrículo é um neologismo incompleto construído por aglutinação. O acento tônico é necessário para distinguir da primeira pessoa (no tempo presente) do verbo quadricular. A palavra inglesa correspondente é – squircle (square + circle), com o mesmo significado matemático. Descartei, por sua tenebrosa sonoridade, a alternativa do neologismo quadráculo.

Há que se tomar cuidado com a palavra quadrículo (squircle), pois ela tem 2 significados matemáticos bem diferentes [1].

Um deles se refere à curva de uma superelipse.  A superelipse foi proposta por Gabriel Lamé em 1818 (veja Figura 1). Na equação, temos os ´semieixos´ a ≠ 0 e b ≠ 0 e o expoente p ≥ 0. O quadrículo corresponde ao caso particular em que os ´semieixos´ são iguais (a = b) e o expoente p ≥ 2. Quando p = 2, temos o círculo de raio a e no limite p → ∞ obtemos, assintoticamente, o quadrado com aresta 2a.

Vemos na Figura 2 (A) que, com a = b = 1 e p = 4, o quadrículo ganha a forma de um design da Apple. Para o parâmetro p no intervalo (0,2), a curva adquire o formato de uma estrela de 4 pontas [Figura 2 (B)]. No limite p → 0, ela colapsa no formato do sinal aritmético +.

Figura 3 – A equação do quadrículo de Fernández Guasti em coordenadas cartesianas. Diferentemente do parâmetro p da superelipse (que só forma um quadrado no limite do infinito), o parâmetro s varia continuamente no intervalo [0,1]. Para s = 0 é um círculo de raio r, para s = 1 é um quadrado de aresta 2r (para |x| ≤ r e |y| ≤ r) (Crédito: R. N. Onody)

Uma outra definição matemática do quadrículo, foi proposta por Fernández Guasti [2], ao estudar padrões de difração da luz através de aberturas com contornos na forma do quadrículo (Figura 3).

Na Figura 4, temos as curvas do quadrículo de Fernández Guasti (que abreviaremos FG) para diferentes valores do parâmetro s [3]. Para s = 0 é um círculo de raio r e para s = 1 é um quadrado de aresta 2r.

Figura 4 – Curvas do quadrículo FG para vários valores do parâmetro s. Ela é um círculo para s = 0 e um quadrado para s = 1 (para |x| ≤ r e |y| ≤ r) (Crédito: ref. [3])

Se na equação do quadrículo de FG (Figura 3) fizermos r = s, obteremos uma outra transição contínua para 0 ≤ s ≤ 1 [4]. Só que, desta vez, começa como um único ponto em s = 0 que se transforma num quadrado com aresta de tamanho 2 em s = 1 (Figura 5).

O quadrículo de FG pode ser estendido para três dimensões (veja equação na Figura 6). Nesse caso, temos em s = 0 uma esfera e em s = 1, um cubo (Figura 7).

Figura 5 – Curvas do quadrículo FG quando r = s para diferentes valores do parâmetro s. Ela é um ponto para s = 0 e um quadrado de aresta igual a 2 para s = 1 (para |x| ≤ 1 e |y| ≤ 1) (Crédito: ref. [4])

A palavra ´squircle´ também tem sido usada como uma forma de pensar, agir e desenvolver novas habilidades num mundo cada vez mais complexo e competitivo. Nesse contexto, o objetivo é fazer caminhar juntos a razão (square) e a intuição (circle) de maneira sinérgica [5].

 

 

Figura 6 – Equação da versão tridimensional. Crédito: ref. [3]

 

 

Figura 7 – Superfícies 3D. Para s = 0 temos uma esfera de raio r, para s = 1 temos um cubo com aresta 2r para |x| ≤ r, |y| ≤ r e |z| ≤ r. (Crédito: ref. [3])

 

 

 

 

 

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Squircle — from Wolfram MathWorld

[2] doi:10.1016/j.ijleo.2005.01.018 (uam.mx)

[3] Chamberlain Fong, squircular calculations (arxiv.org)

[4] Chamberlain Fong, Mappings for Squaring the Circular Disc (arxiv.org)

[5] Francis Cholle, “Squircle: a new way to think for a new world”, ed. Squircle Academy (2020).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2022

Futuros professores dão aulas com novos métodos de trabalhar conteúdos

Alunos da E.E Aracy Leite Pereira Lopes protagonizam ação

Numa interessante ação de integração dos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP com as escolas do ensino médio sediadas na cidade de São Carlos, realizou-se no dia 31 de maio, na Escola Estadual Aracy Leite Pereira Lopes, um minicurso de física subordinado ao tema “Conservação de Energia”.

Este minicurso traduziu-se em uma aula de física com a participação de dois futuros professores, inserida no Estágio Supervisionado de Ensino de Física, disciplina obrigatória de Habilitação em Física  do citado curso, uma ação que foi coordenada pelo docente do IFSC/USP, Prof. Marcelo Barros. “Esta ação foi preparada como parte de uma disciplina eletiva para os alunos do ensino médio – 1ª, 2ª e 3ª séries. O que se notou nesta ação foi que os alunos se engajaram bastante nesta aula, já que ela ocorreu fora dos parâmetros normais, fazendo com que todos eles participassem mais ativamente. Os futuros professores que participaram desta aula mostraram-se perfeitamente sintonizados com a metodologia de ensino utilizada, tendo implementado uma aula muito ativa, com a criação de trabalhos em grupo, interação com materiais e realização de testes conceituais, algo que deixou para trás a imagem de uma aula tradicional, o que, de fato, entusiasmou os alunos”, enfatiza o Prof. Marcelo Barros, que transportou para essa aula uma miniatura de montanha-russa (apoio e patrocínio do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CEPOF – IFSC/USP), tendo, a partir daí e junto com os futuros professores, motivado os alunos a compreenderem os conceitos de energia.

Bruna Borges Freri (21), aluna do último ano do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas – Habilitação em Física, foi uma das futuras professoras que participou deste minicurso, relatando que é sempre interessante pensar e criar novos métodos de trabalhar os conteúdos. “Principalmente neste período pós-pandemia, a atenção dos alunos está bem dispersa; já era esperado que isso acontecesse, principalmente por causa dos mecanismos que eles utilizavam para estudar. Assim, quando usamos as metodologias mais ativas, vemos que os alunos se entregam totalmente às ações, tornando-se protagonistas, o que faz com que a participação deles seja muito maior. Está sendo muito interessante toda esta experiência, algo que certamente levarei para a minha futura vida profissional, um contato que está sendo muito valioso para mim”, sublinha Bruna, que  já está dando aulas de matemática e que já aplica, com muito sucesso, algumas dessas metodologias.

Brenda Santos é aluna do 1ºA da Escola Estadual Aracy Leite Pereira Lopes e, tal como seus colegas, participou ativamente desta aula. “Está sendo muito interessante ter estes conhecimentos sobre um tema tão vasto como este “Conservação de Energia”, e principalmente observar quais são e como se revelam os conceitos de energia potencial, energia gravitacional e energia cinética, através da miniatura de uma montanha-russa que o Prof. Marcelo trouxe para a aula. Foi muito legal”, comentou a jovem estudante que, apesar do seu entusiasmo com a aula, pretende seguir a área de psicologia, ou de direito.

A Coordenação do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP está a cargo da Profª Cibelle Celestino Silva.

Por último, um destaque muito particular para a Escola Estadual Aracy Leite Pereira Lopes, um estabelecimento de ensino que está sendo devidamente melhorado em termos de estrutura, extraordinariamente limpo e arrumado, com um ambiente interno bastante calmo e acolhedor. Parabéns à diretoria da escola.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2022

Pesquisador-colaborador e aluno do IFSC/USP são premiados pela SBQ e RSC

O Prof. Dr. Alzir Azevedo Batista, docente e pesquisador do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ-UFSCar), que desde há anos mantém uma colaboração ininterrupta com o Grupo de Cristalografia do IFSC/USP, foi homenageado com a outorga da Medalha “Simão Mathias” no dia 31 de maio p.p pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), no decurso da abertura da 45ª reunião anual da instituição, ocorrida na cidade de Maceió.

Desenvolvendo no IFSC/USP pesquisas para o desenvolvimento de fármacos, principalmente para o tratamento de câncer com base em metais, bem como na parte estrutural, que é bastante importante para o desenvolvimento global de suas pesquisas, para o homenageado, o significado desta premiação é um reconhecimento pelos trabalhos realizados ao longo do tempo. “Ninguém faz ciência sozinho e para ter conquistado este reconhecimento de nossa comunidade foi através de um trabalho árduo, longo, mas com muito apoio, principalmente de meus colegas e dos meus colaboradores. E, dentro desse lote de colaboradores, cito alguns do IFSC/USP, como os Profs. Eduardo Castellano, Javier Elenna, Glaucius Oliva, Otaciro Nascimento e Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, entre outros, que desde sempre me deram apoio em toda a minha longa carreira e que contribuíram grandemente para este prêmio”, realça o cientista.

Para o premiado, a medalha conquistada tem duas faces: uma dedicada aos colegas do IFSC/USP e a outra em agradecimento a todos os colegas do Departamento de Química da UFSCar, de onde o Prof. Alzir é oriundo. “Sempre tive um grande apoio dos colegas do meu departamento e da área biológica, bem como de outros que estão fora de São Carlos, como são os casos da Profª Denise (UNIFRAN) e do Prof. Pavan (UNESP de Araraquara), entre outros, não esquecendo, claro, os meus alunos de graduação e de pós-graduação”, complementa o pesquisador.

A Medalha Simão Mathias foi instituída pela Diretoria e Conselho Consultivo da SBQ para homenagear personalidades que se destacaram em suas contribuições para o desenvolvimento da Química, em nosso país, e por importantes contribuições à Sociedade Brasileira de Química.

“Prêmio Jovem Pesquisador” atribuído pela SBQ e RSC

Na mesma cerimônia realizada pela Sociedade Brasileira de Química foi atribuído o “Prêmio Jovem Pesquisador” ao aluno de Pós-Doutorado do IFSC/USP, João Honorato de Araújo Neto, instituído conjuntamente pela SBQ e Royal Society of Chemistry (RSC), tratando-se de um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por jovens pesquisadores no Brasil nas mais diversas áreas, quer através de publicações científicas e pesquisas inovadoras, quer ainda na amplitude de suas colaborações no decurso de seus trabalhos, estando este prêmio dividido em duas categorias – para doutorandos e para doutorados concluídos recentemente.

João Honorato afirma que o destaque de toda a sua obra se deve a uma espécie de “teia” onde sobressaem os Profs. Eduardo Castellano, Javier Ellena e Alzir Batista. “Fiz o mestrado e doutorado com o Prof. Alzir, sendo que nossa área, que é a biorgânica, é completamente interdisciplinar. Não somos especialistas em técnicas, mas sabemos utilizar o que há de bom em todas elas, e nesses trabalhos realizados com o Prof. Alzir tive a oportunidade de trabalhar com várias técnicas espectroscópicas em síntese e caracterização de compostos. Tive também contato com biólogos que faziam e nos ensinavam as aplicações de novos compostos, principalmente para os tratamentos de câncer, tuberculose, leishmaniose e Doença de Chagas”, enfatiza João.

Foi essa característica interdisciplinar que permitiu a João Honorato  conhecer de tudo um pouco e poder saber qual a informação que cada técnica poderia fornecer. “A coroa do bolo veio através dos Profs. Eduardo Castellano e Javier Elenna, que permitiram que eu conhecesse a designada “rainha das técnicas”, que é a caracterização do estado sólido – a difração de raios-x -, algo que foi fantástico. Tudo isso contribuiu, creio eu, para que conquistasse este prêmio de que muito me orgulho”, comemora o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de junho de 2022

Atualização da produção científica do IFSC/USP em maio de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de maio de 2022,  clique AQUI ou acesse o Repositório da Produção USP, clicando AQUI.

A figura acima foi extraída do artigo intitulado “Functional graphitic carbon (IV) nitride: A versatile sensing material”, publicado na “Coordination Chemistry Reviews” (VEJA AQUI)

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2022

O regresso das visitas monitoradas às unidades de ensino e institutos de pesquisa da USP

Suspensa desde março de 2020 devido à pandemia de covid-19, a programação relativa às visitas monitoradas (gratuitas) às unidades de ensino e institutos de pesquisa da USP, bem como aos museus e centros de cultura, integradas no programa “USP e as Profissões”, regressam já a partir deste mês de junho com a consequente reabertura dos agendamentos.

Estas visitas monitoradas são especialmente dedicadas aos estudantes do ensino médio e dos cursos pré-vestibulares que estão em processo de escolha de carreira para ingresso no ensino superior, promovendo assim um contato direto dos estudantes e de seus familiares com os locais onde são ministrados os cursos e desenvolvidas as pesquisas da Universidade, o que permite visitar salas de aula e laboratórios, e interagir com pesquisadores e técnicos.

Confira abaixo as datas de agendamento e das visitas nas unidades do Campus USP de São Carlos:

29 de agosto 08h00 
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) São Carlos;
100 Vagas – Inscrições a partir de 01/08 ;

29 de agosto 08h00 e 14h00
Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) São Carlos;
50 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

29 de agosto 14h00 
Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) São Carlos;
90 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

29 de agosto 14h30
Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC); 200 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

30 de agosto 08h00 e 14h00 
Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) São Carlos;
50 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

30 de agosto 08h00 
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) São Carlos;
100 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

30 de agosto 14h00 
Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) São Carlos;
90 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

O agendamento para visitar o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inicia-se no dia 01 de agosto, oferecendo, no total, 240 vagas, sendo que as visitas se realizam nos dias 29 e 30 de agosto, às 13h00.

Para se inscrever, a partir do dia 01 de agosto, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2022

Contratação de 08 docentes para o Instituto de Física da USP (IFUSP)

Estão abertas até às 23h59min do dia 15 de junho as inscrições para o processo seletivo para contratação de 08 (oito) docentes por prazo determinado (até 31/07/23), como Professor Contratado junto ao Departamento de Física Experimental, na Área de Física.

Os pedidos de inscrição deverão ser feitos, exclusivamente, por meio do link (VER AQUI).

O Edital, bem como as orientações para o processo, estão disponíveis AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de junho de 2022

Simpósio de Homenagem aos 70 anos do Prof. Roberto Mendonça Faria

“Tenho que dar um respiro… Ninguém faz nada sozinho… Estou muito emocionado …”

Foram muitos os que quiseram demonstrar, quer presencialmente, quer de forma remota, o apreço, carinho, admiração e respeito pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Roberto Mendonça Faria, durante o simpósio que ocorreu no dia 03 de junho, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” e que marcou o septuagésimo aniversário do cientista, sublinhando, inevitavelmente, todo o trabalho desenvolvido ao longo de várias décadas em prol da ciência brasileira. Os depoimentos de colegas, técnicos, ex-alunos, parceiros nacionais e de além fronteiras, bem como de familiares, marcaram este evento carregado de emoção para todos os participantes, mas de uma forma muito especial para o homenageado.

Visivelmente emocionado em todos os momentos deste evento, o Prof. Roberto Mendonça Faria fez questão de sublinhar, durante seu discurso, que o trabalho desenvolvido ao longo dos anos e que viria a ser integrado em uma rede vastíssima  do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Eletrônica Orgânica, nada teria sido se não fosse o trabalho árduo desenvolvido pela vasta equipe que tem acompanhado o pesquisador. Para o homenageado, essa simbiose se deu não só às atividades que foram, e estão sendo desenvolvidas, mas também a um conjunto de relações humanas, onde as pessoas se tornaram muito amigas.

“Ninguém faz nada sozinho… Não foi o Faria que foi o grande agregador! Foram as EQUIPES que contribuíram para que tudo acontecesse e uma característica que sempre me definiu é o fato de ser muito teimoso, algo que acabou me ajudando em algumas coisas (…) Estou muito emocionado (…)”, sublinhou o homenageado.

Para conferir como ocorreu este simpósio, acesse o link do Youtube clicando na imagem abaixo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de junho de 2022

Equipamento desenvolvido no IFSC/USP monitora os sinais vitais em doentes acamados

Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto, liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, concluíram os testes finais relativos ao desenvolvimento de um sistema integrado especialmente concebido para monitorar os sinais vitais de pacientes acamados em unidades hospitalares.

Através de uma série de sensores estrategicamente colocados no leito hospitalar e integrados através de um sistema online, o equipamento permite que médicos e enfermeiros acompanhem e monitorem os sinais vitais de um paciente acamado, através de dados que chegam em tempo real à estação de enfermagem que controla os setores de internação.

O sistema de sensores disponibiliza o monitoramento do sistema de oximetria – níveis de oxigênio que são administrados ao paciente -, a frequência dos batimentos cardíacos, e o monitoramento da entrega de soro, sendo que a relação da taxa de gotejamento e volume programados acionam um alarme para substituição.

Da mesma forma, um outro sensor monitora a movimentação do paciente na cama, acionando alarmes quando são detectados espasmos ou movimentos intensos anormais. Para complementar, o sistema tem ainda a particularidade de monitorar a temperatura e níveis de suor e pressão arterial do paciente, disparando alarmes em caso dos níveis normais sofrerem alterações.

O IFSC/USP aguarda agora o estabelecimento de parcerias com empresas  para que este sistema possa, em breve, estar disponível para utilização.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de maio de 2022

Colóquio do IFSC/USP – Física Social: revelando as leis da sociedade

O IFSC/USP realizou no dia 27 de maio, às 10h30, mais um colóquio, desta vez com a participação do docente e pesquisador doe nosso Instituto, Prof. José Fernando Fontanari.

Em sua apresentação, o palestrante começou por colocar a questão se é possível estudar  fenômenos sociais com o mesmo grau de rigor com que a Física trata  da matéria inanimada, cuja resposta foi dada na primeira metade do século XIX pelo polímata belga Adolphe Quételet no livro “Sobre o homem e o desenvolvimento de suas faculdades: ensaios de uma Física Social”.

Esse livro  lançou as bases para a construção da Física Social, cuja meta era descobrir as leis da sociedade e, assim,  colocar as ciências sociais no mesmo nível da astronomia,  cujas leis Newton havia revelado pouco mais de um século antes.

O insight de Quételet  é que a distribuição das observações  é fundamental e  tem um caráter universal.

O Prof. Fontanari apresentou, de forma resumida, a aplicação desse insight na caracterização de nosso universo  artificial –  textos e cidades –  e mais profundamente no entendimento do ainda misterioso fenômeno da sabedoria das massas, descoberto por Francis Galton  em 1907:  a  média das previsões  de um grupo de pessoas  – a previsão coletiva –  é melhor do que a previsão  de cada uma delas ou, pelo menos, melhor do que a maioria delas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de maio de 2022

“Semana da Óptica 2022”- motivando os mais novos para a ciência – A luz para o bem estar do ser humano

A Óptica é o ramo da Física que se dedica ao estudo de fenômenos relacionados à luz. Nessa importante parte da Física, são estudados os fenômenos da refração, reflexão, difração, dispersão, formação de imagens em espelhos e lentes, interação entre a luz e os objetos e os diversos instrumentos ópticos.

É com base nestes princípios que os cientistas se têm debruçado desde há décadas em pesquisas que visam utilizar a luz para as mais diversas vertentes, incluindo a área da saúde, promovendo novas abordagens para diagnóstico e combate a doenças consideradas graves. E todos esses estudos se originaram a partir da luz do Sol e de suas radiações, atendendo a que todos os seres vivos dependem dessas duas componentes para sobreviver. Os vegetais, por exemplo, só conseguem realizar a fotossíntese através do Sol (da luz), enquanto os humanos precisam da  vitamina D para que fiquem fortes.

Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou esse ano como o “Ano Internacional da Luz”, reconhecendo a importância das tecnologias que foram desenvolvidas à base de luz para beneficiar a humanidade, e como o entendimento da luz e da interação da luz com a matéria foram importantes tanto para o avanço do conhecimento quanto para a melhoria da qualidade de vida.

Exposição paleontológica “Dinossauros”

Em artigo publicado na Scielo (2015), os pesquisadores Prof. Vanderlei Bagnato e Sebastião Pratavieira salientaram que “Quando falamos de luz, há diversos pontos importantes. Primeiro, toda a luz deve ser produzida, podendo as fontes serem naturais ou artificiais. Uma vez produzida, ela apresenta propriedades que em geral dependeram da forma como foi produzida. Finalmente, temos sua interação com a matéria e as consequências desta interação.

Dentre as fontes de luz, não há dúvida que a mais importante para nós é o Sol. A luz do Sol, produzida através de mecanismos nucleares, percorre uma grande distância até chegar ao nosso planeta, onde, encontrando aqui matéria, transforma-se em calor e energia química, dando a vida ao planeta.

Show da Física

Se por alguma razão o Sol interrompesse seu fornecimento de luz, em poucas horas começaria um inverno intenso, não haveria forma adequada de formarmos moléculas essenciais à vida através das fotoreações e a partir daí a vida seria extinta. Todos os seres vivos são um “pequeno pedaço” do Sol através da energia química que carregam. Neste sentido, as civilizações antigas tinham razão ao afirmar que “somos filhos da luz”. A vida, hoje, depende integralmente da energia do Sol que chega até nós através da luz por ele emitida. A nossa dependência com a luz é muito mais íntima do que se possa imaginar e neste sentido não se pode poder entender o mundo ao nosso redor se não entendermos a luz e sua interação com a matéria”.

Este é, assim, um pressuposto importantíssimo para que anualmente se comemore o “Dia Internacional da Luz”, algo que o Grupo de Óptica, e o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), vem fazendo anualmente através da realização da Semana da Óptica (SEMÓPTICA), e que tem angariado apoios institucionais de diversas entidades e órgãos públicos. Uma semana inteira para repassar aos jovens estudantes e seus professores não só a importância da luz, mas também o contexto onde ela se insere dentro da imensidão de conhecimentos que é a ciência. Enquanto que em países mais desenvolvidos o ensino da ciência mais fundamental é repassada inicialmente às crianças em idade pré-escolar, preparando-as para o seu desenvolvimento escolar e, eventualmente, para se apaixonarem pela ciência, em outros países, como o Brasil, esse ensino, na maior parte das vezes, só é facultado – com deficiências de diversa ordem – aos jovens estudantes no ensino médio. Para suprir algumas dessas dificuldades e para atrair os mais jovens para a ciência, a “Semana da Óptica – 2022” cumpriu seus objetivos, levando até esse público diversas iniciativas que ocorreram entre os dias 16 e 20 de maio, quer nas instalações do IFSC/USP, quer ainda no Museu da Ciência “Prof. Mário Tolentino”, em São Carlos, que congregou centenas de jovens alunos dos ensinos fundamental e médio, juntamente com seus professores.

“SEMÓPTICA – 2022” – Programação rica e diversificada

“Razões para ser um físico”, com o Prof. Vanderlei Bagnato

A edição de 2022 da “SEMÓPTICA” foi realmente fantástica, com uma programação intensa e divertida, com palestras, minicursos, apresentação e demonstração dos kits didáticos “Aventuras na Ciência”, inúmeras atividades interativas inseridas na exposição “Vida – do visível ao invisível”, shows de física, exposição paleontológica intitulada “Dinossauros”, e um planetário onde os jovens puderam observar “O nascimento do sistema solar”. Já de uma forma mais intimista. Coube ao Prof. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP), promover uma palestra aberta a professores e alunos subordinada ao tema “Razões para ser um físico”, onde partilhou suas experiências pessoais, enquanto cientista, ao serviço da ciência e tecnologia, comemorando, assim, o “Dia do Físico” (19/05).

Para o Prof. Euclydes Marega Junior, que juntamente com o Prof. Sebastião Pratavieira coordenou este evento, a ideia de inserir o “Dia Internacional da Luz” e o “Dia do Físico” nesta “Semana da Óptica” foi algo muito importante, já que estimulou os jovens estudantes a entenderem a ciência de uma forma mais consistente. “O objetivo deste evento foi tentar atrair os jovens estudantes para a ciência, incentivá-los a desenvolverem suas habilidades e conhecimentos e tentar incutir neles que a ciência é algo importante e fundamental para a sociedade. O papel do cientista na sociedade é algo que todos eles também podem fazer, já que a sociedade sempre irá apoiar os cientistas a partir do momento em que ela saiba exatamente o que eles estão fazendo por ela. Isso é muito importante”, sublinha o pesquisador.

A “SEMÓPTICA 2022”, teve os apoios da FAPESP, CNPq, MCTI, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Secretaria de Educação de São Carlos e Diretoria de Ensino – Região de São Carlos.

Para o ano tem mais.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2022

Parceria entre Texas A&M University e IFSC/USP – Pesquisador norte-americano exalta integração em nosso Instituto

Prof. Vladislav Yakovlev com seus colegas e alunos (Crédito: Biomedical Engineering Texas A&M University website)

É a segunda vez que o docente e pesquisador do Departamento de Engenharia Biomédica da Texas A&M University (EUA), Prof. Vladislav Yakovlev (57), visita o IFSC/USP, numa parceria científica que se encontra estabelecida entre as as duas instituições, até porque, segundo o pesquisador, os EUA consideram o Brasil como um parceiro estratégico, sendo que esta parceria é considerada particularmente importante para o Estado do Texas, dadas as similaridades científicas com aquilo que se faz nos institutos de pesquisa e nas universidades sediadas no Estado de São Paulo.

Texas A&M University

Nascido em Moscou (ainda na antiga URSS), Vladislav Yakovlev obteve seu PhD em física e eletrônica quântica na Universidade Estadual de Moscou, em 1990, tendo-se mudado para os EUA, em 1991 e trabalhado inicialmente em uma startup (Novatec Laser Systems), onde construiu um sistema amplificador oscilador de Ti – safira de femtosegundo para uso na ablação de córnea, descobrindo o que agora é conhecido como Bladeless Lasik. Ao longo dos anos, o cientista foi-se integrando na área de ciências biomédicas, estando neste momento desenvolvendo trabalhos na área de desenvolvimento de ferramentas para o estudo de sistemas biológicos, com foco no aperfeiçoamento de instalações médico-cirúrgicas com abordagens científicas avançadas. Apesar desta área não ser nova no mundo científico, o Prof. Yakovlev afirma que ela é cada vez mais popular devido à sua expansão  nas fronteiras da ciência e tecnologia mundiais.

“É um campo de conhecimento que fica bem no meio de um cruzamento científico onde interagem a ciência, propriamente dita, a engenharia, química, biologia, matemática e física, entre outras, por forma a que todas elas contribuam para o desenvolvimento e aprimoramento de novas ferramentas e conceitos que auxiliem os médicos a tratar as principais doenças que continuam a ameaçar a vida do ser humano”, esclarece o pesquisador.

A colaboração com o IFSC/USP

Prof. Vladislav Yakovlev

A importância desta colaboração entre a Texas A&M University e o IFSC/USP é, para o pesquisador norte-americano, uma das mais importantes que sua universidade mantém com o Brasil e principalmente com o Estado de São Paulo, por intermédio da USP, algo que nasceu mesmo antes da pandemia, já que é a área de medicina que mais está sendo estudada e pesquisada pelas duas instituições, até porque os problemas relacionados com a saúde são um dos maiores destaques  e preocupações no futuro da humanidade. “Esta colaboração com o Instituto de Física de São Carlos surgiu, principalmente, visando uma atuação conjunta na área de doenças infecciosas, o que tem ocasionado intercâmbios valiosos entre nós, permitindo que pesquisadores da minha universidade e do IFSC/USP se tenham visitado mutuamente no passado recente, realizando pesquisas conjuntas”, salienta Yakovlev, acrescentado que a importância fundamental para os dois países e para as duas universidade é que hajam bastantes trocas de ideias, com a expansão da ciência e da multidisciplinaridade nas pesquisas que são feitas e no conhecimento gerado. “Existem muitos problemas na área médica que precisam ser estudados e resolvidos no mundo, como é o caso das doenças infecciosas que atingem simultaneamente os dois países, além da prevenção e combate ao câncer, que se encontra na agenda de muitos grupos de pesquisa de ambas as instituições. O Estado do Texas tem um dos maiores centros de combate ao câncer do mundo, sendo que numerosas instituições existentes no Estado de São Paulo e no Brasil, como um todo, não ficam atrás, daí a necessidade de trabalharmos juntos. A população está crescendo e temos que trabalhar muito para que os diagnósticos e os tratamentos sejam cada vez mais eficazes, menos dispendiosos e menos demorados, por isso temos que que encontrar alternativas e soluções. O IFSC/USP, e principalmente o seu Grupo de Óptica, é um dos poucos lugares que tem trabalhado com extrema eficiência nesses alvos, com técnicas inovadoras que poderão auxiliar as populações. Por isso temos que unir esforços para que estes grupos de pesquisa espalhados pelo mundo lutem lado a lado no mesmo sentido, na mesma direção, motivos pelos quais terá que haver uma maior interação entre China, EUA, Europa, Rússia, etc.”, pontua o Prof. Yakovlev.

No IFSC/USP todas as áreas da Física trabalham juntas

Para o Prof. Vladislav Yakovlev, o IFSC/USP é um modelo de organização no seu conjunto, com um destaque natural para o Grupo de Óptica, atendendo a que os trabalhos desenvolvidos nesse grupo estão diretamente ligados aos estudo do pesquisador norte-americano, principalmente na área da saúde. “Este grupo, liderado pelo Prof. Vanderlei Bagnato, tal como os outros grupos que se dedicam a esta área particular, está a fazer um trabalho verdadeiramente incrível e fomentando as interações que falei atrás. Há muita sinergia neste Grupo de Óptica, principalmente no que diz respeito à multidisciplinaridade nos estudos e pesquisas, tudo isso representando a ciência do futuro, ao contrário do que acontecia antigamente, onde as áreas do conhecimento eram estanques. Está mais do que provado que não podemos separar as áreas do conhecimento, porque elas fazem parte de um todo, elas têm que estar unidas para a resolução dos problemas que surgem diariamente na ciência e esta é a única maneira de seguir em frente”, sublinha o pesquisador, que exalta, como maior destaque, a integração de toda a infraestrutura do IFSC/USP, com todas as áreas da Física a trabalharem juntas em muitos projetos. Para ele, a transferência de conhecimento no IFSC/USP é bastante relevante e tem atraído a atenção de muitos grupos internacionais, dando como exemplo a Texas A&M University, bem como as pesquisas de ponta que são feitas em diversos níveis e para diversos problemas. “É um trabalho incrível que vejo aqui”, afirma Yakovlev.

Ver mais alunos e cientistas a se visitarem para realizarem pesquisas conjuntas que possam atingir níveis ainda mais elevados na ciência e inovação é, para o pesquisador norte-americano, o próximo passo que deverá ser dado nesta parceria.

A carreira do Prof. Yakovlev reflete uma enorme quantidade de trabalhos pioneiros em óptica de alta velocidade. Algumas dessas realizações incluem seu trabalho em amplificadores paramétricos ópticos de luz branca contínua, amplamente adaptados como fontes amplamente sintonizáveis de pulsos de laser ultracurtos usados para imagens de alta velocidade e espectroscopia.

O Prof. Vladislav Yakovlev recebeu em 2021 o “Prêmio Harold E. Edgerton em Óptica de Alta Velocidade” da Sociedade Internacional de Óptica e Fotônica (SPIE).

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2022

Hibernação, torpor e sono – Distinguir os animais que hibernam daqueles que passam por um estado de torpor diário

Figura-1: Diagrama esquemático para distinguir torpor diário e hibernação. (a) A variação da temperatura do corpo de um animal entorpecido, abaixa durante a noite e aumenta durante o dia. (b) A variação da temperatura de um animal que hiberna, dura meses, e é entremeado por breves intervalos de despertar fisiológico. Durante esses pequenos intervalos, os parâmetros fisiológicos retomam seus valores pré-hibernação (Crédito: ref. [1])

Por: Prof. Roberto N. Onody *

A saúde das células de um organismo vivo depende de parâmetros vitais como temperatura, osmolaridade e oxigenação. Para sua preservação, os animais têm que dar respostas fisiológicas às mudanças ambientais, num processo chamado homeostase.

Alguns animais dão uma resposta extraordinária às alterações ambientais – a hibernação. A hibernação é um conjunto de estratégias fisiológicas escolhidas para enfrentar um ambiente muito hostil e adverso, como grandes mudanças de temperatura, falta de comida ou de água. Em geral, o estado de hibernação se caracteriza por uma diminuição da temperatura do corpo, decréscimo da pulsação e da pressão arterial, diminuição do metabolismo e de toda a atividade do animal. A palavra hibernação vem do latim hibernare, que significa ´passar o inverno´.

De maneira surpreendente, o número de animais diferentes que se beneficiam da hibernação é, realmente, muito grande. Inclui tanto animais heterotérmicos (isto é, que não mantêm a temperatura do seu corpo constante, aproximando-a da temperatura ambiente) como répteis, anfíbios e peixes, e os animais homeotérmicos (isto é, que mantêm a temperatura do seu corpo, aproximadamente, constante) como os mamíferos e aves.

É preciso distinguir os animais que, de fato, hibernam daqueles que passam por um estado de torpor diário. Na Figura 1, temos um gráfico esquemático mostrando a diferença [1].  A variação da temperatura de um animal que hiberna é pontuada por breves intervalos de despertar fisiológico (entrementes, o animal não está acordado, consciente). Durante esses curtos intervalos, os parâmetros fisiológicos retomam seus valores pré-hibernação. Esses intervalos de despertar não existem no estado de torpor. Sabe-se que, durante esses intervalos de despertar, a máquina biológica entra em ação: ocorre divisão celular para produzir proteínas e reparar células, estímulo do sistema imunológico e reversão das contrações dos dendritos dos neurônios. Essas contrações sempre ocorrem durante o torpor.

Figura-2: O noitibó-de-nuttal (Phalaenoptilus nuttallii), única ave conhecida que hiberna (por até 100 dias) (Crédito: VeVET : Ahhh o frio… )

Para não sofrer os efeitos de mudanças climáticas, as aves migram em vez de hibernar. Só se conhece uma ave que hiberna – é a noitibó-de-nuttal, uma ave norte-americana (Figura 2).

Aves como o beija-flor não dormem e nem hibernam, mas passam por um torpor diário. Durante o dia, sua temperatura corporal é de cerca de 40oC, batendo o coração num ritmo frenético (1.200 vezes por minuto). À noite, sua temperatura cai para 18oC e coração desacelera para cerca de 50 batidas por minuto.

Nós, seres humanos, durante o sono, temos um decaimento de 1 a 2 graus Celsius da nossa temperatura corporal, uma diminuição de cerca de 10% do nosso metabolismo e da pressão arterial. Quando a temperatura aumenta, nós transpiramos e perdemos calor na forma de suor; quando a temperatura diminui, nós trememos para aumentar a produção de calor.

Todos os animais, para sobreviverem, devem manter a temperatura corporal dentro de um certo intervalo. Abaixo de 0oC, cristais de gelo podem se formar no interior das células, rompendo suas membranas. Acima de 40oC, as proteínas se desnaturam, perdendo sua função.

Para controlar sua temperatura, o animal tem que produzir calor (animal endotérmico ou, popularmente, de ´sangue quente´) ou receber (ou mesmo perder) calor do sol (animal ectotérmico, de ´sangue frio´). Um animal endotérmico pode ser homeotérmico ou heterotérmico. Por outro lado, todo animal ectotérmico é heterotérmico.

A hibernação de animais de sangue frio (peixes, répteis e anfíbios) é chamada de brumação.  Ao contrário dos animais de sangue quente (que, antes de hibernarem, se empanturram de alimentos), eles não precisam se alimentar antes de brumar. Quando está muito frio, colocam-se em um lugar que tenha sol, abaixam a temperatura corporal aproximando-a da temperatura ambiente, diminuem o ritmo metabólico, a respiração e as batidas cardíacas. Se está muito quente, as alterações fisiológicas se repetem, só que desta vez, o animal procura um lugar fresco e à sombra. Este último caso também é chamado de estivação. Entre exemplos de animais que brumam estão algumas espécies de serpentes, tartarugas, jacarés, sapos, peixes, abelhas e até o pequeno caracol.

Figura-3: O fofinho lêmure anão (Fat-tailed Dwarf Lemur). Antes de hibernar, seu peso aumenta em 40%. Essa gordura extra se acumula na sua cauda, daí seu nome ´Fat-tailed´ (Crédito: ref. [2])

Entre os animais de sangue quente que hibernam, o destaque fica para os mamíferos, principalmente aqueles de pequeno porte. São esquilos, morcegos, porcos-espinhos, gambás e marmotas. Estas últimas, famosas por, supostamente, conseguirem prever se o próximo inverno será muito rigoroso ou não, hibernam por 5 meses. Neste período perdem um quarto do seu peso, diminuem seus batimentos cardíacos de 100 para apenas 10 batimentos por minuto e sua temperatura corporal de 37 para apenas 2 graus Celsius!

Quando falamos em hibernação, a imagem imediata que nos vem à cabeça é a de um urso. Essa é uma percepção comum – o urso como modelo de hibernação. É, porém, equivocada. Hoje, a maioria dos biólogos prefere caracterizar como torpor! Isto porque a temperatura corporal dos ursos cai apenas 5oC durante a ´hibernação´ e as batidas cardíacas diminuem de 50 para 20 por minuto (muito pouco quando comparamos, por exemplo, com a marmota). Os ursos são animais enormes (que pesam entre 400 e 700 kg) e muito fortes – a mordida de um urso pardo pode esmagar uma bola de boliche. Antes do inverno eles precisam engordar muito (cerca de 1,5 kg por dia!) para queimar calorias durante a dormência. Mas, é uma obesidade saudável.  Saem do inverno bem ´fit´, com um peso 30 % menor.

O único primata conhecido que hiberna é um lêmure anão encontrado na ilha de Madagascar (Figura 3). Sua temperatura corporal, que é de 37oC diminui para 16 oC. Seu batimento cardíaco despenca de 180 para apenas 8 batidas por minuto [2]. Eles podem hibernar por até 7 meses!

Vamos agora, analisar os mecanismos biológicos envolvidos na hibernação. Entre eles, o controle térmico corporal tem um papel fundamental e o sistema nervoso autônomo é o encarregado desse controle.

A sensitividade térmica do nosso corpo se deve à presença de termorreceptores [3]. Termorreceptores são terminais nervosos livres encontrados na pele, fígado, músculos esqueléticos e no hipotálamo. No ser humano, o número de termorreceptores para o frio é 3,5 vezes maior do que para o quente.

No hipotálamo (Figura 4), neurônios termicamente sensíveis disparam os mecanismos de resposta ao calor e ao frio. Essa resposta é dada por diversos órgãos. Diretamente, pelo fígado e músculos esqueléticos e, indiretamente, pelo coração e a tiróide.

Na parte anterior do hipotálamo fica uma região chamada de pré–óptica. Ela é o verdadeiro centro de coordenação térmica, pois recebe sinais de termorreceptores periféricos (pele e medula espinhal) e os compara com aqueles vindos de termorreceptores centrais (hipotálamo). Ela os integra e escolhe a melhor resposta regulatória para dadas condições térmicas internas e externas (ambientais).

Figura-4: O hipotálamo é um órgão multifuncional. Ele controla a temperatura corporal, a fome, a sede, a fadiga e o ritmo circadiano. (Crédito: Medical News Today)

É também nessa região pré–óptica do hipotálamo que se dispara o sinal de alarme contra invasores no nosso corpo. O metabolismo de bactérias e vírus e a ação defensiva dos leucócitos, produzem pirogênios (moléculas de polissacarídeos ou peptídeos).  A presença dessas substâncias pirogênicas, diminui a atividade de neurônios sensíveis ao calor e aumenta a atividade dos neurônios sensíveis ao frio, causando a febre. O alarme defensivo foi acionado.

Experimentos realizados em mamíferos demonstraram que o aquecimento (resfriamento) da região pré–óptica reduz (aumenta) a taxa metabólica. Em outras palavras, a variação de temperatura nessa região altera a atividade dos neurônios. Voltaremos a esse assunto mais adiante.

Guardadas as devidas proporções (e precauções), o sono se assemelha muito à hibernação. Basicamente, o sono pode ser dividido em quatro fases: REM – movimento rápido dos olhos (Rapid Eye Moviment) e NREM – não REM, com 3 fases denominadas N1, N2 e N3, detectadas pelo eletroencefalograma. Quando nos deitamos para dormir, o sono se inicia com as 3 fases N1, N2 e N3 (nessa ordem). Cerca de 90 minutos depois vem a primeira fase REM, que dura de 10 a 60 minutos. Em seguida, elas vão se alternando com diferentes durações.

Durante a fase REM, as ondas cerebrais, a respiração e a pulsação aumentam de tal forma que se parecem com o da vigília. É a fase mais cheia de sonhos (agitados). Nessa fase, para evitar danos a nós mesmos e aos outros, nossos músculos estão paralisados!

Durante a fase NREM, há uma diminuição da temperatura corporal e do ritmo metabólico. Os vasos sanguíneos da nossa pele se dilatam, favorecendo a dissipação de calor. Exceto pelas amplitudes envolvidas (nos valores da queda da temperatura e do ritmo metabólico), a fase NREM é muito semelhante ao torpor.

Vejamos agora as diferenças. Ao contrário do que acontece na vigília, importantes experimentos demostraram que, durante a fase REM, alterar a temperatura da região pré-biótica não modifica a atividade dos neurônios. Ao contrário da fase NREM, durante o torpor não se observou dilatação de vasos cutâneos.

O torpor natural é caracterizado por uma diminuição espontânea da atividade metabólica e, consequentemente, da temperatura corporal. A temperatura do corpo pode se aproximar da temperatura ambiente, desde que esta fique acima de 0oC. Isso mostra, que a regulação térmica está deprimida, mas, ainda está presente.

Uma vez que o estado de torpor existe em todas as ordens de mamíferos (incluindo os primatas), acredita-se que a característica de supressão da taxa de metabolismo já estivesse presente em algum ancestral evolutivo. Portanto, em algumas espécies, os genes responsáveis pelo torpor foram silenciados.  Será possível reativá-los?

Existe um caso humano, reportado na literatura [4], que se aproxima do torpor. Um senhor de 51 anos tinha ataques de suor violentíssimos, várias vezes por dia. Esses ataques eram unilaterais, pois atingiam somente o lado esquerdo do seu corpo. Aconteciam, estando o paciente em pé ou deitado. Começaram após uma infecção identificada como do tipo influenza. Os ataques de suor duravam cerca de uma hora e meia, após o que ele sentia muita fraqueza, lentidão mental, tremores e muito frio. Sua temperatura baixava para apenas 31oC por, aproximadamente, 80 minutos. Todos os exames foram feitos, diagnósticos possíveis e medicamentos testados, sem resultado. Após 1 ano os sintomas simplesmente desapareceram.

A hipotermia terapêutica em seres humanos é muito utilizada em casos de injúrias cerebrais e coronárias. No processo de hipotermia, a cada 1oC de queda na temperatura de nosso corpo, há uma redução de 6% no consumo de oxigênio nos tecidos e de 10% no nosso cérebro. Porém, abaixo de 32oC esse ritmo diminui. Quando a temperatura chega a 15oC, nosso cérebro está consumindo apenas 17% do oxigênio daquele utilizado em nível normal. Mas, esses níveis de hipotermia só podem ser atingidos com enorme suporte de equipamentos clínicos especializados e coordenação humana.

Uma maneira alternativa (e, talvez, mais eficaz) de conseguir induzir torpor em mamíferos, seja reduzindo o seu metabolismo. O metabolismo envolve a ação de múltiplas enzimas e inclui o catabolismo – em que uma molécula complexa é quebrada em moléculas mais simples liberando energia e o anabolismo – que é o processo oposto, utiliza energia e moléculas mais simples para produzir moléculas mais complexas.

Buscando-se provocar torpor em mamíferos de maneira artificial (o chamado torpor sintético), várias substâncias têm sido testadas. Sulfeto de hidrogênio, N6-cyclohexyladenosine, 3-iodothyronamine (um hormônio da tiróide), etc. Na maioria dos casos, essas substâncias tiveram sucesso apenas em mamíferos de pequeno porte como ratos e esquilos.

O torpor sintético em seres humanos tem particular interesse em longas viagens espaciais. Um astronauta metabolicamente quiescente, ensejaria uma diminuição de consumo de oxigênio, comida, água, e quem sabe, até uma redução dos efeitos nocivos nos ossos e nos músculos da microgravidade.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Cellular, Molecular, and Physiological Adaptations of Hibernation: The Solution to Environmental Challenges | Annual Review of Cell and Developmental Biology (doi.org) 

[2] Fat-tailed Dwarf Lemur – Duke Lemur Center

[3] The Central Control of Energy Expenditure: Exploiting Torpor for Medical Applications | Annual Review of Physiology (annualreviews.org)

[4] Paroxysmal episodic central thermoregulatory failure

https://doi.org/10.1212/WNL.58.8.1300

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de maio de 2022

Um Mestre se foi…

Pessoas mais qualificadas do que eu, e que conheceram o PROFESSOR DJALMA MIRABELLI REDONDO há mais tempo, já falaram sobre ele, de suas contribuições pessoais, profissionais e, sobretudo, didáticas na rica vida do campus da USP em São Carlos. Mesmo assim, sinto-me compelido, por profunda gratidão e respeito, a dar meu testemunho pessoal.

Já quando eu estava em meu segundo ano de faculdade, ouvia os
comentários dos veteranos acerca da disciplina de Física-Matemática: “Aquela matéria onde você tirará todas as suas dúvidas sobre física que acumulou desde a primeira aula de Cálculo.” “Equação de Poisson? Não se preocupe, quando você a vir em Eletromagnetismo, já terá resolvido de n formas, do avesso e de trás para frente, em Física-Matemática.”

“Você não se forma aqui sem passar pelo Djalma!”

Com o tempo, comecei a prestar atenção no Djalma ao encontrá-lo pelo campus, um senhor andando calma mas resolutamente no final da tarde, da biblioteca para a saída do campus na rua Miguel Petroni. Ou, então, em frente à biblioteca, conversando com estudantes com sua voz baixa e seus gestos expansivos.

Fiquei com uma imagem de serenidade, cultivando expectativas que foram correspondidas quando me tornei um de seus estudantes em 2004. Divido meu curso de graduação entre antes e depois do Professor Djalma. Suas aulas eram extremamente bem-estruturadas, com começo, meio e fim. Nas suas explicações, havia o rigor das demonstrações matemáticas, com seus épsilons e deltas que tanto me assustaram nas disciplinas de Cálculo, mas agora de forma compreensível. Eu conseguia entender tópicos extremamente elaborados – como as condições de Cauchy-Riemann, integrações por resíduo ou transformadas de Laplace – em cada detalhe, algo que não conseguira antes (talvez por minha própria imaturidade). Isso, para mim – como para qualquer estudante de exatas – era enriquecedor e gratificante.

Em suas exposições, exibia para nós também seu amplo conhecimento de história e filosofia, procurava nos transmitir a motivação e o contexto científico da época em que determinado conceito ou resultado havia se originado. Não era possível acompanhar seu curso tendo apenas um único livro-texto: cada tópico possuía suas próprias referências, mencionadas na ocasião, de livros consagrados como Morse e Feshbach, Butkov ou Kreyszig, aos menos conhecidos da extinta editora soviética Mir como Tikhonov e Samarskii, ou Budak e Fomín. Eu adorava procurar os volumes nas bibliotecas – do IFSC ou do ICMC – para fazer as minhas anotações, ir em sua sala para tirar dúvidas e, então, entrar em uma conversa demorada, recebendo outras indicações de leitura.

Uma característica do Professor Djalma que, com certeza, chamava a atenção de todos: ele já era aposentado há anos e, mesmo assim, ia todos os dias ao IFSC, fazia questão de ainda lecionar. Não havia pego uma disciplina qualquer, mas justamente Física-Matemática, decisiva para o curso de Física. Longe de apenas repetir o mesmíssimo conteúdo, de folhas manuscritas e amareladas preparadas anos antes, sua forma de
apresentar a disciplina mudava a cada ano! Várias vezes ao ir em sua sala eu o encontrava reescrevendo suas notas de aula, mudando o enfoque e a seqüência dos tópicos, ou até mesmo excluindo algum específico para aquele semestre, para dar lugar a algum que julgasse mais importante com base em conversas com os professores das demais disciplinas. Quando achava que algum tópico seria importante para nossa formação, mas o tempo previsto para a disciplina não seria suficiente para abordá-lo, o Professor Djalma se dispunha a ministrar aulas extras. Inclusive, ministrou para nós um curso de férias de preparação matemática para a Mecânica Quântica, que veríamos no último ano de faculdade.

Impossível não lembrar seu método exigente de avaliação. Em primeiro lugar, listas de exercícios semanais, que exploravam bem o conteúdo e demandavam dedicação. O restante da média seria referente às provas escritas individuais, cada uma com sua própria substitutiva na semana seguinte; quem ficasse com nota menor do que 5 em alguma prova (depois da oportunidade de recuperá-la com a substitutiva), mesmo que conseguisse compensar nas seguintes, já estaria automaticamente de recuperação. Por que o trabalho, para um professor aposentado, de corrigir listas e ficar aplicando provas a mais? Porque o conteúdo de Física-Matemática é vital para qualquer físico, não é possível ter lacunas, simplesmente ignorar determinado tópico. Pelo contrário, deveríamos demonstrar uma proficiência mínima em cada aspecto da disciplina.

Em meu ano como seu estudante ele escreveu um artigo, logo publicado no European Journal of Physics, onde analisava vibrações em membranas variando as condições de contorno, tendo como um dos co-autores o monitor da disciplina na época, Leonardo Castelano, hoje também professor. O destaque deste trabalho era o uso do software MAPLE para fazer simulações, lembro-me do entusiasmo do Djalma ao projetar as animações durante as aulas, ilustrando as aplicações das funções de Bessel. Tratava-se de um entusiasmo pela tecnologia e pelo potencial
pedagógico por ela proporcionado digno de um jovem recém-contratado.

Creio que a maioria dos professores (pelo menos comigo isso acontece com freqüência) já recebeu uma pergunta em sala-de-aula sobre algum aspecto da explicação, que pode até ser banal, mas que nos pega desprevenidos, obrigando-nos a uma pausa momentânea para pensar no assunto, às vezes até mesmo com ajuda do autor da pergunta – não deixa de ser um processo estimulante. Tínhamos histórias assim com nossos professores, provavelmente meus estudantes terão também comigo, porém
nunca vi, enquanto aluno, isso ocorrer com o Professor Djalma,
tampouco escutei relatos nesse sentido. Cada questionamento era sempre respondido prontamente, sem sinal de insegurança.

O Professor Djalma nunca se apressava, cada passo era explicado no tempo certo, e só quando havia a certeza de ter sido exposto da forma mais transparente possível, passava para o seguinte. Sem pular etapas, sem passagens misteriosas. Eu admirava muito sua calma e sua organização, a dignidade, a segurança e o respeito com que conduzia as aulas, e espero algum dia chegar à sua altura. É o modelo do professor
que eu gostaria de ser.

Descanse em paz, Mestre Djalma!

(Carlos Alexandre Brasil)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2022

Produção de cerveja é melhorada com aplicação de luz

Crédito (FAPESP)

Pesquisadores do IFSC-USP descobriram que o uso de luzes de LED pode acelerar a fase de fermentação na produção de cerveja, reduzindo o tempo gasto nesse processo de 15% a 20%, sem alterar a qualidade da bebida.

O uso de luz para análise do processo de produção de cerveja permite o controle de reações enzimáticas e fermentativas que antes não passavam de metodologias empíricas. Com as técnicas ópticas, a produção de cerveja passa a ser otimizada, atingindo melhora na qualidade final.

Este foi o resultado inicial de uma pesquisa realizada no IFSC/USP a partir do trabalho de doutorado do aluno Éverton Sérgio Estracanholli, com o objetivo de ultrapassar as dificuldades em monitorar, em tempo real, a transformação do amido do malte de cevada em açúcares e, consequentemente, em álcool, garantindo assim a qualidade da cerveja.

Os métodos de análise atualmente praticados são demorados, havendo a necessidade de colher uma amostra, levar para um equipamento e fazer a quantificação.

Éverton Sérgio Estracanholli (FAPESP)

Nesse contexto e com base nesse estudo foi desenvolvido um conjunto de equipamentos, começando por um espectrômetro que compila os dados da produção de cerveja durante a produção em diferentes etapas. “Durante a produção de uma cerveja, você começa com a mosturação, que é o processo de cozimento dos grãos de malte de cevada, conhecido também como brassagem, onde acontece uma quebra do amido do malte em açucares. É esse açúcar que vai ser usado para a alimentação da levedura para a produção do álcool, no passo seguinte, a fermentação. Durante todo esse processo, desde a mosturação até à fermentação, o equipamento que vai fazer as medidas é o espectrômetro e os açúcares, juntamente com o álcool, são quantificados através de uma rede de inteligência artificial. Com o espectrômetro é possível monitorar em tempo real as propriedades da cerveja antes do processo ser finalizado, quantidade de açucares e de álcool, o que permite um controle da produção nunca feito antes.”, explica o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira.

O segundo equipamento, também baseado em leituras ópticas, é um medidor de cor e amargor que atua tanto na bebida em sua fase de produção, quanto com a bebida pronta, sendo possível determinar essas propriedades e adequá-las, atingindo com maior precisão o objetivo final desejado.

No IFSC/USP foram realizados testes de medida de amargor com cervejas de mercado, onde se verificou que, mesmo tolerando variações de 10% entre os valores reais de amargor e os valores declarados em rótulo, ainda assim 2/3 das cervejas foram incondizentes.

“Em um mercado onde cervejas amargas vêm sendo cada vez mais exploradas, com valores de amargor expostos em rótulos como meio de propaganda, torna-se indispensável o uso de técnicas para controle” acrescenta Éverton Sérgio Estracanholli.

Esta pesquisa está integrada na Unidade EMBRAPII – Centro de Pesquisa e Inovação em Biofotônica e Instrumentação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – Empresa: BR Tecnologia em Bebidas Ltda.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2022

Canal CEPOF-IFSC/USP (Canal 10 da NET São Carlos) ao vivo na Twitch TV

O Canal CEPOF, cuja programação é transmitida 24 horas por dia no Canal-10 da NET São Carlos, está agora a ser transmitido também na Twitch TV – Internet.

Esta é mais uma nova forma de disseminar a programação do Canal CEPOF através de streaming, cujos destaques continuarão a ser programas científicos, culturais, educativos e sociais, além de aulas de Física.

Confira a transmissão do Canal CEPOF na Twitch-TV, clicando AQUI.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2022

Com o apoio da USP: ”Maio Amarelo” – “Atenção pela vida”

O ”Maio Amarelo” é um movimento internacional de conscientização para redução de sinistros no trânsito. Em 2022, com o tema “Atenção pela vida”, as ações da SPTrans reforçam o compromisso na preservação da segurança viária durante os deslocamentos das pessoas  e incentivam a convivência entre os modais existentes.

Dentre as ações, será promovida a dinâmica de ”Inversão de Papéis”, entre motoristas de ônibus e ciclistas. A proposta é promover a empatia entre esses atores, por meio de conversas para troca de experiências. Em seguida ocorrerá uma ação prática com motoristas em bicicletas fixas, enquanto o coletivo passa ao lado  de ciclistas no banco do motorista de ônibus, para conhecer os pontos cegos desse veículo.

Data do evento – 26/05/2022, das 09h45 às 12h15, no Auditório do CEPEUSP, Travessa C, portão 12 – São Paulo.

Para se inscrever e participar desta ação, clique AQUI (vagas limitadas).

Evento promovido pela SPTrans.

Apoio Institucional: Universidade de São Paulo /PRG/PUSP-C/CEPEUSP/SPPU/PUSP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2022

15ª Conferência Internacional de Bolonha sobre Ressonância Magnética em Meios Porosos (MRPM15)

Universidade de Zhejiang

Realiza-se entre os dias 21 e 26 do próximo mês de agosto, na cidade de Hangzhou – capital da província de Chequião -, República Popular da China, a 15ª Conferência Internacional de Bolonha sobre Ressonância Magnética em Meios Porosos (MRPM15), um evento interdisciplinar organizado pela Universidade de Zhejiang.

Devido à pandemia do COVID-19, a conferência MRPM15 será realizada presencialmente para a maioria dos participantes na China e online para a maioria dos participantes internacionais, tendo como foco a troca de ideias e disseminação de projetos relacionados com ressonância magnética, relaxometria, espectroscopia e áreas conexas, passando pelas ciências de alimentos e indústria de petróleo.

Originalmente iniciada na Universidade de Bolonha, em Itália, em 1990, a Conferência Internacional de Bolonha sobre Ressonância Magnética em Meios Porosos (MRPM) tem percorrido o mundo: da Itália ao Reino Unido, Bélgica, Noruega, Alemanha, França, EUA, Nova Zelândia e, finalmente, desta vez para a China .

A Universidade de Zhejiang é um prestigiado instituto de ensino superior multidisciplinar na China, abrangendo sete campi e hospedando mais de sessenta mil alunos. Pesquisas acadêmicas e industriais de alto nível estão sendo incubadas e amadurecidas na Universidade de Zhejiang, abrigando um centro de RMN de estado sólido e um centro de imagens médicas de RM, além de diversos grupos de pesquisa nas áreas relacionadas aos meios porosos.

Dentre os inúmeros oradores internacionais já confirmados, que farão suas apresentações de forma remota, está o docente e pesquisador do IFSC/USP e que é m,embro do comitê científico internacional do evento, Prof. Tito José Bonagamba – confira AQUI a lista de palestrantes.

Para obter mais informações, conferir as datas mais importantes relacionadas com o evento e/ou se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de maio de 2022

19 de maio – “Dia do Físico”… Comemoremos esta importante data!

No Brasil, é comemorado anualmente o “Dia do Físico” em 19 de maio, que, segundo consta na história, a data faz uma alusão ao chamado “ano miraculoso”,  ocorrido em 1905, cuja separação em pares dos 4 algarismos que formam o ano gera a data 19 do mês 05 (maio). Foi nesse ano que Albert Einstein publicou seus artigos que mudariam os conceitos da Física e que foram essenciais para o avanço científico.

Prof. Javier Ellena

As enormes contribuições feitas pelos Físicos em prol da sociedade partiram do entendimento dos fenômenos presentes na natureza, utilizando-os da melhor forma para benefício da humanidade, e que requerem para além de um vasto conhecimento, uma tremenda paixão, como salienta o docente, Presidente da Comissão de Pós-Graduação e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Javier Ellena. “Como toda a profissão, ser físico requer ter paixão por aquilo que você faz e que define você como pessoa. Ser físico, permite ver o mundo com outros olhos, enxergar a beleza na natureza que às vezes fica oculta no cotidiano das pessoas. A física permite-nos, ao mesmo tempo, perceber o pouco que sabemos sobre as coisas que nos rodeiam e o muito que nos falta aprender, olhando a imensidão do universo como o conhecemos hoje. Daí, a continua necessidade de melhorar, de colaborar com outros cientistas, para que juntos possamos desvendar mais alguns pedaços desse Universo ainda oculto, no ensejo de que num futuro próximo todo esse conhecimento leve a melhoras na nossa sociedade e nas nossas vidas cotidianas. Daí, a necessidade de ensinar para mostrar aos demais toda essa beleza oculta. Temos também a responsabilidade de lutar contra o obscurantismo e contra os pensamentos retrógrados, assim como as discriminações e divisões que tanto tem afetado o nosso país e o mundo nestes últimos anos. Ser Físico, significa, no final, saber que você faz aquilo que você ama”, pontua o docente.

Profª Tereza Cristina Mendes

Para a Profª Tereza Cristina da Rocha Mendes, Presidente da Comissão de Graduação do IFSC/USP “A palavra “Física” vem do grego e significa natureza. O físico estuda os fenômenos naturais, buscando estabelecer as leis que regem o comportamento da matéria e da energia, para depois aplicar essas leis na solução de questões práticas. Quais questões práticas? físicos (e físicas!) distinguem-se por terem grande capacidade de abstração, muito útil para isolar os aspectos mais importantes de um problema, identificando e aplicando a ferramenta mais apropriada para resolvê-lo. Isso vale tanto para a solução de problemas na ciência básica quanto para aplicações na indústria e engenharia, ou nos mais variados setores como: mercado financeiro (econofísica), medicina (física médica), biologia (biofísica), computação, ciência de dados e ciências atmosféricas. De fato, o campo de atuação para profissionais de Física fora do meio acadêmico tem se ampliado muito, o que sinaliza uma ótima expectativa para o futuro da profissão. É interessante que capacidade de abstração e espírito prático sejam habilidades adquiridas durante a graduação em Física, uma disciplina em que o objetivo fundamental é investigar as leis do universo, explicando suas regularidades e simetrias, propondo equações que se caracterizem por simplicidade e elegância. Em outras palavras, a Física é a busca pela beleza. Feliz dia do físico!”.

Para o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IUFSC/USP), Físico e um dos maiores insignes cientistas do nosso País, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, o “Dia do Físico” induz a refletir sobre o papel desse profissional, cuja sua ação permite que todas as áreas do conhecimento avancem para o beneficio da humanidade.

Comemorações do “Dia do Físico” em São Carlos

Na cidade de São Carlos, as comemorações do “Dia do Físico” acontecem exatamente no dia 19 de maio, inseridas na programação da “Semana da Óptica – 2022 / SEMÓPTICA”, promovida pelo Instituto de Física de São Carlos (USP) e que ocorrerão no Anfiteatro do Museu de Ciência “Prof. Mário Tolentino”, a partir das 10h00, com a participação do Prof. Vanderlei Bagnato e de alunos e professores das escolas da cidade. Nesta programação está incluída a exposição “Do Visível ao Invisível”, com atividades interativas, um “show” de Física, uma exposição paleontológica “Dinossauros”, um Planetário, onde será mostrado como nasceu o sistema solar, e atividades com kits educacionais, onde os alunos poderão fazer experimentos em casa.

Clique na imagem abaixo para conferir a mensagem do Prof. Vanderlei Bagnato.

Rui Sintra – Jornalista – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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