Notícias Destaque

13 de dezembro de 2017

Estudo com participação de docente do IFSC é um dos maiores avanços de 2017

A Physics World, principal publicação mundial de física, publicou um artigo destacando os maiores avanços do ano em 2017.

Entre os destaques, está o estudo que detectou que partículas ultraenergéticas têm origem extragaláctica, que contou com a participação de Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e seu aluno de doutorado, Raul Prado.

Para maiores informações sobre o estudo, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de dezembro de 2017

Journal of Nanomaterials: chamada de artigos para edição especial

A publicação científica internacional Journal of Nanomaerials abriu chamada para o envio de artigos para sua edição especial Advances of Carbon-Based Nanomaterials for Solid State Devices: Development and Applications.

Os autores interessados poderão submeter seus manuscritos através do Manuscript Tracking System. Potenciais tópicos incluem, mas não são limitados aos seguintes:

-Graphene and carbon nanotubes supercapacitor electrodes

-Graphene and carbon nanotubes for electrochemical sensors

-Graphene and carbon nanotubes for thermoelectric application

-Miscellaneous of carbon-based materials

Para mais informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de dezembro de 2017

Alunos do ensino fundamental em experimento espacial

Ao leste da Sibéria, uma região chamada pelos russos de “terra em formação” abriga centenas de vulcões ativos, que expelem lava continuamente, e é considerada uma das regiões mais inóspitas da Terra. Mas mesmo um ambiente com essa descrição pode abrigar vida, mais especificamente, micróbios conhecidos como “extremófilos” que, conforme o próprio nome sugere, são capazes de sobreviver a condições extremas de vida como, por exemplo, em ambientes com temperaturas acima de 100ºC.

Da esq.: Rafael, João Victor e Jaqueline

O Zenith/USP, grupo formado em 2013, e que hoje conta com mais de 60 estudantes de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da USP São Carlos e da UFSCar, realiza trabalhos ligados à engenharia aeroespacial, entre eles trabalhos relacionados ao teste de sobrevivência de micro-organismos na região da estratosfera (50 km acima do nível do mar). “Desde 2014, temos feitos trabalhos científicos que testam a sobrevivência desses organismos extremófilos na estratosfera, e também observamos suas reações nesses ambientes hostis”, conta João Victor Prado de Almeida, aluno da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e integrante do Zenith.

O trabalho mais recente dos alunos está relacionado à astrobiologia, área de estudo que tem crescido significativamente nos últimos anos, e na qual o Brasil se destaca. “Há muita coisa sendo desenvolvida no Brasil, especialmente no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, com o qual mantemos parceria nesse projeto”, explica Rafael Quaresma, aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e também integrante do Zenith.

Zenith e os alunos do ensino médio

Ao criar o Zenith, seus fundadores não tinham somente o objetivo de explorar a engenharia aeroespacial, mas também divulgar essa área de estudos ao público geral. Por essa razão, em dezembro do ano passado, os membros do Zenith deram início a um projeto educacional para incluir estudantes do ensino fundamental e médio, e conseguiram reunir 17 escolas de cinco estados do Brasil para participar do projeto. “Foi pedido aos alunos e professores das escolas para colocar dentro de balões meteorológicos plantas, organismos vivos, ou qualquer outro objeto que quisessem. Os balões foram soltos e, posteriormente, os alunos e professores deveriam verificar como os objetos reagiram após entrar em contato com a estratosfera”, explica João Victor.

Jaqueline (à frente) com seus alunos do 6º ano do Colégio Planeta (créditos: arquivo pessoal)

Uma das turmas participantes foi liderada pela ex-aluna do IFSC/USP, Jaqueline P. Evangelista, docente do Colégio Planeta. Ela e seus alunos enviaram um PongSat (bola de ping-pong) contendo sementes de feijão, de milho de pipoca e um mascote da sala. “Notamos que, aparentemente, não houve mudanças em nenhum dos itens. Mas, depois disso, fizemos alguns experimentos, e vimos que a pipoca que foi para o espaço demorou mais tempo para estourar do que outra pipoca do mesmo lote. Germinamos as sementes de feijão em algodão e terra, e o que foi para o espaço não germinou”, conta Jaqueline.

Ela afirma que, tanto os alunos participantes, quanto os pais destes alunos ficaram muito entusiasmados com a ideia de seus filhos participarem do experimento, especialmente pelo fato de ser diretamente vinculado à universidade. “As aulas se tornaram muito mais dinâmicas. Sempre tentamos relacionar os experimentos do projeto às teorias passadas durante as aulas, e isso ainda continua, pois estamos finalizando as análises”, conta.

Rafael diz que a interação com os alunos do ensino médio foi extremamente positiva, e que o retorno foi imediato. “Acompanhei duas escolas de minha cidade natal que também participaram do projeto, e vi os alunos e os professores interagindo com os experimentos com bastante ânimo! Alguns nunca imaginaram que teriam a chance de se envolver com algo desse tipo, e foi muito bom poder acompanhar isso de perto”, comemora o estudante.

Diante da repercussão positiva da iniciativa, João Victor e Vinicius afirmam que pretendem expandir o projeto em 2018, incluindo uma maior quantidade de escolas na iniciativa. “Para o próximo ano, estamos querendo aumentar de 17 para 50 o número de escolas participantes”, adianta João Victor.

Ele reforça que, através dessa iniciativa, além de divulgar a engenharia aeroespacial, os membros do Zenith querem mostrar que é possível engajar muitas pessoas no assunto, sem um alto custo. “Quando se pensa na área de aeroespacial, pensa-se sempre em experimentos caros, possíveis de serem feitos somente em locais como a NASA ou outras agências de países de primeiro mundo. Queremos mostrar que é possível desenvolver projetos baratos e, ainda assim, com cargas científicas atreladas a eles”, finaliza João Victor.

*O Zenith conta com estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de dezembro de 2017

No CDCC: Concerto de Natal do Brasileto Ensemble e convidados

O grupo vocal Brasileto Ensemble apresenta seu Concerto de Natal – Gloria in Excelsis Deo, nos dias 08/12/2017 (Sexta-feira) às 19h30 no CDCC-USP, em São Carlos-SP; 09/12 (Sábado) às 20h na Capela de Santo Antônio, do Museu Casa de Portinari (Abertura das Comemorações dos 114 Anos de Portinari), em Brodowsky-SP; 10/12 (Domingo) às 20h na Igreja Santo Antônio de Pádua, em Itirapina-SP; 15/12 (Sexta-feira) às 20h na Igreja Cristã Casa de Oração, em evento conjunto com a Comunidade da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, em São Carlos-SP; 16/12 (Sábado) às 18h na Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio, em Jaú-SP; 17/12 (Domingo) às 20h30 na Catedral de São Carlos Borromeu, em São Carlos-SP.

No programa, peças de compositores como Ernst Mahle (1929), Felix-Bartholdy Mendelssohn (1809-1847), Jose Miguel Galán (1977), Ralph Vaughan Williams (1872-1958), Georg Fridrich Haendel (685-1759), Frédéric Boissierère (John Henry Hopkins, Jr. (1820-1891), José Alfredo Oliveira (1951), C. Wood (1911-2001), José de Assis Valente (1911-1958), François-Auguste Gevaert (1828-1908), Otávio Henrique de Oliveira, Blecaute (1919-1983), James Lord Pierpont (1822-1893), Irving Berlin (1905-1991), François Couperin e Grand (1668-1733), Adolf Adam (1803-1853); Stefan Karpiniec (1953), Hector MacCarthy (1888-1989), Otávio Henrique de Oliveira, Blecaute (1919-1983), Mário de Sampayo Ribeiro (1822-1893), além de canções natalinas tradicionais e folclóricas.

Como pianista acompanhador, teremos a presença de Hélio Tanomaru, natural de Naruto (Tokushima – Japão), teve a sua formação musical com importantes professores como Rosa Tólon, João Fernando Paluan, Fernando Corvisier e Simone Gorete. É bacharelando em Piano Erudito pela USP com foco nas áreas de piano solo e correpetição de cantores e já se apresentou em recitais solos e concertos com orquestras do interior do Estado de São Paulo nas cidades de Lins, São Carlos e Ribeirão Preto.

A direção do grupo é da mezzosoprano Luciana Gonçalves, natural de São Carlos, Bacharel em Música (Composição) pela Unicamp, foi aluna de canto lírico de Niza de Castro Tank e Glédys Pierri e já se apresentou com orquestras do interior e em diversos recitais pelo Estado de São Paulo.

O Brasileto Ensemble já foi um coro de câmara (hoje é um grupo vocal) e foi criado com a finalidade de dar a oportunidade aos alunos da professora Luciana Gonçalves de praticar o que aprendem nas aulas individuais, tanto de técnica vocal quanto de composição e arranjo. O repertório abrange todos os períodos da música erudita e também da música tradicional e folclórica, brasileira e estrangeira. Em atividade desde 2004, o grupo já realizou mais de 80 apresentações nas cidades de Araraquara, São Carlos, Brotas, Piracicaba, Pirassununga, Matão, Rio Claro e Campinas.

Brasileto é um dos nomes da árvore símbolo do Brasil, o Pau-Brasil, uma leguminosa nativa da Mata Atlântica, infelizmente ameaçada de extinção. Sua madeira ainda é muito usada para a fabricação dos arcos dos instrumentos de cordas usados em orquestras como o violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo.

Todos os concertos terão entrada gratuita.

Para saber mais sobre o coro, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2017

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP: novembro de 2017

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Dentistry.

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

4 de dezembro de 2017

IFSC/USP traz dezenas de pesquisadores estrangeiros em evento

Desde o dia 5 deste mês, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe cerca de 20 pesquisadores de diversos países do mundo para participar do Workshop on Long-Range Interactions in Atomic Systems: Magnetic Dipoles, Rydberg Atoms and Ions.

No workshop, os pesquisadores participantes discutem os principais resultados na fronteira do conhecimento em sistemas atômicos que possuem interações de longo alcance.

Organizado pelo docente do IFSC, Emanuel Henn, em parceria com os docentes Rafael Rothganger (UFABC), Ednilson Santos (UFSCar), Aristeu Lima (UNILAB) e Tommaso Macrì (UFRN), o evento teve início às 17h da terça, com a palestra do professor Rainer Blatt, referência mundial em sistema de íons aprisionados, e se encerra na sexta-feira, 8, ao meio-dia.

O workshop é aberto a todos os interessados, não sendo necessária inscrição prévia.

Para mais informações, basta enviar e-mail a emanuel.henn@gmail.com

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de novembro de 2017

Até 28/01: inscrições abertas para programa de verão do CERN

Até o dia 28 de janeiro de 2018 estão abertas as inscrições para o CERN Non Member State Summer Student Programme, programa para alunos de graduação do laboratório europeu CERN.

A participação no programa exige um bom conhecimento da língua inglesa.

Mais informações sobre o programa bem como instruções para a inscrição de alunos vindos de países não membros do CERN (como o Brasil) podem ser encontradas no link https://jobs.web.cern.ch/job/12846.

É importante notar que a participação mínima é de oito semanas em um dos seguintes períodos: 11/06 a 03/08, 18/06 a 10/08, 25/06 a 17/08 ou 02/07 a 24/08.

O grupo HEPIC do Instituto de Física (IF/USP- São Paulo) também se coloca à disposição para o esclarecimento de eventuais dúvidas, através do e-mail hepic@if.usp.br.

Com informações da assessoria de comunicação do IF/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

28 de novembro de 2017

Máquinas que “pensam”: física e aprendizagem de máquina

O já falecido cientista computacional, Arthur Samuels, define aprendizado de máquina (ou machine learning, no termo em inglês) como “o campo de estudos que dá a habilidade de uma máquina aprender sem estar explicitamente programada”. Em outras palavras, seria a capacidade de uma máquina aprender tarefas e resolver problemas sem a interferência de humanos.

Você se recorda daqueles programas televisivos, no qual o apresentador dá algumas pistas aos participantes, que têm que adivinhar qual a pessoa ou o objeto ao qual o apresentador se refere? Suponhamos que o apresentador diga: é alaranjada e é comida pelos coelhos. Um participante que não se deixe levar pelo nervosismo, rapidamente saberá que a solução para a charada é a palavra “cenoura”.

O reconhecimento de padrões, uma das principais vertentes da aprendizagem de máquina, trabalha justamente com essa metodologia: tendo como base diversas características (também chamadas de “atributos”) fornecidas, o computador precisa “adivinhar” ao que o usuário se refere. “Este é o princípio básico dos métodos de reconhecimento de padrões”, explica Luciano da Fontoura Costa, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (GCI-IFSC/USP).

Porém, diferente dos humanos, um computador tipicamente não usa palavras em reconhecimento de padrões, mas principalmente números (a famosa “linguagem binária”). Por essa razão, os atributos são normalmente apresentados como medidas numéricas, como peso, comprimento, área etc. Objetos com atributos semelhantes formam os chamados agrupamentos, ou “clusters”, que nada mais são do que um conjunto de elementos com características comuns. “Os algoritmos de classificação são aqueles que sabem diferenciar, com base nos atributos fornecidos, a diferença entre maçãs e laranjas, por exemplo”, exemplifica Luciano. “Esses algoritmos podem ser de dois tipos principais: supervisionados ou não supervisionados. No primeiro caso, o computador é ‘treinado’ para identificar um objeto e atribuir uma categoria a ele, tendo como base diversos atributos já fornecidos pelos usuários e também as respectivas categorias. Esta é a fase de treinamento, que é seguida pela fase de classificação, no qual objetos com classe desconhecida são, então, identificados pela máquina. No caso de algoritmos não supervisionados, o usuário fornece apenas os atributos dos objetos, sem dizer as respectivas categorias, e a máquina faz as classificações automaticamente, com base somente nas semelhanças e diferenças entre os atributos fornecidos. Na prática, os algoritmos não supervisionados podem levar à descoberta de novos grupos, como uma nova doença, por exemplo”.

Um dos maiores desafios para estudiosos da área é “treinar” as máquinas para escolher atributos da melhor maneira possível, que seria justamente uma das características do deep learning (clique aqui para mais informações). “Deep learning caracteriza-se como procedimentos de reconhecimento de padrões utilizando muitos recursos computacionais e de dados: várias camadas, muitos neurônios e muitos exemplos.  Um aspecto complementar desta pesquisa é buscar que a máquina escolha os atributos de modo eficiente, e diversos resultados demonstram bom progresso nesta direção”, observa o docente.

As Perspectivas para o Futuro

Por envolver diversas áreas de pesquisa, machine learning tem virtualmente aplicações em todas as áreas, de agronomia até música.

Uma família importante de abordagens em machine learning, no entanto, tem como base as chamadas redes neuronais (clique aqui para saber mais), que tem grande afinidade com a física, através de conceitos como redes de spins, domínios magnéticos, redes de Hopfield, entre outros. “A estatística também é muito importante. Na realidade, é uma das grandes áreas que estão por trás do conceito de aprendizagem de máquina”, explica o docente.

A importância do reconhecimento de padrões é novamente destacada nesse contexto. “Os seres humanos estão continuamente criando modelos mentais para reconhecer situações, possibilidades, objetos, inclusive para tarefas mais corriqueiras”, afirma Luciano.

Mas, mesmo com as inúmeras pesquisas na área, as máquinas ainda estão aquém da inteligência humana. Veículos autônomos e buscas eficientes na Internet são alguns dos exemplos mais famosos, onde ainda permanecem alguns desafios, como a ambiguidade de palavras e situações críticas de trânsito. Essas são apenas algumas de diversas questões que deixam as máquinas ainda distantes de alcançar os seres humanos.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de novembro de 2017

Alunos do curso de Licenciatura fazem viagem didática

No último dia 7 de novembro, cerca de 40 alunos de duas disciplinas* ministradas por Cibelle Celestino Silva, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenadora do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, fizeram uma viagem didática a São Paulo (capital), passando por três diferentes locais: Museu Catavento, Parque da Luz e Mercado Municipal. “As viagens didáticas são a oportunidade para os alunos contextualizarem o conhecimento, interagirem entre si, e viverem novas experiências culturais, que são essenciais para cultura geral de um bom professor”, afirma Cibelle. “Além disso, acho importante também que os alunos conheçam metrópoles brasileiras. Muitos de nossos alunos são do interior do estado, e nunca tiveram essa oportunidade”.

Conforme já mencionado, um dos locais visitados foi o Museu Catavento Cultural, espaço de divulgação científica repleto de objetos e ambientes de aprendizagem interativos e informais. “Esse tipo de atividade acrescenta muito pra gente. Aprender fora do ambiente tradicional, ou seja, fora da sala de aula, torna-nos muito mais ativos, e conseguimos abrir nossas mentes para outras metodologias de ensino”, relata Mariana Omura, aluna do 1º ano do curso de Licenciatura em Ciências Exatas. “Os experimentos dos museus de ciência, que englobam diversas áreas, são realmente muito lúdicos e conseguem atingir muitas pessoas”.

Iago Ribeiro, estudante da turma de Mariana, que também participou da viagem, compartilha o mesmo entusiasmo da colega. “A filosofia de Paulo Freire prega que a educação se dá pelo contexto, e percebemos que, nesse tipo de atividade, o conhecimento sai da universidade e migra para a comunidade. Como professor, é essencial que entendamos a necessidade de sair do local tradicional de ensino e compartilhar nossos conhecimentos com a comunidade”, diz.

Como futuros professores, ambos afirmam que a visita foi muito empolgante e, de lá, tiraram diversas ideias que, no futuro, têm a intenção de inserir em sala de aula. “Como professora, eu gostaria muito de poder levar experimentos em sala de aula, para que meus alunos vejam que a Física realmente acontece em nosso dia a dia”, diz Mariana.

Iago faz coro com a colega de sala, e ressalta que atividades didáticas muito interessantes podem ser levadas até a sala de aula. “No CDCC**, por exemplo, temos a Experimentoteca, e, mediante cadastro, podemos emprestar esses kits para levar onde quisermos”, diz o estudante.

Após a visita ao Museu, os alunos também passaram pelo Parque da Luz, onde puderam prestigiar diversas esculturas de artistas brasileiros famosos, como as de Lasar Segall. Finalizando o passeio, a última parada foi no Mercado Municipal, no qual os alunos tiveram a oportunidade de experimentar o famoso sanduíche de mortadela.

*Mecânica e História da Ciência

**Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

21 de novembro de 2017

Prof. Bagnato: membro do Conselho da Academia de Ciência do Vaticano

No início deste mês de novembro, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, foi eleito pelo Papa Francisco como novo membro do Conselho da Academia de Ciência do Vaticano, após permanecer desde 2012 como membro efetivo da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, por indicação do então Papa Bento XVI.

O Conselho esteve reunido na sede da Academia no dia 1º deste mês, e, por recomendação direta do Papa, foram discutidos os novos tópicos de debate para o biênio que se inicia. Segundo Vanderlei Bagnato, o Pontífice pretende o envolvimento dos acadêmicos com temas de interesse da humanidade e discutir, principalmente, como a Ciência vem enfrentando os desafios para tornar a sociedade melhor. Segundo o pesquisador, é claro para todos, inclusive para o Papa, que a ciência e os cientistas têm, em primeiro lugar, um compromisso com o avanço do conhecimento em todas as frentes, mas, além disso, deve-se procurar tornar o conhecimento científico numa componente importante na solução dos diversos problemas desafiadores enfrentados pela humanidade.

Temas como avanços de nosso entendimento sobre o Universo, a aplicação da ciência para problemas relacionados com a segurança alimentar, má nutrição e transplante de órgãos, figuram entre as discussões agendadas para as futuras reuniões. Os tópicos discutidos pela Academia do Vaticano têm tido grande repercussão no mundo científico e político. Segundo Bagnato, um dos problemas relevantes foi exatamente sobre o contrabando de órgãos para transplante, um tema debatido recentemente na Academia e que influenciou o governo da China a rever suas regras de doação dos órgãos, algo que contribuiu apara que autoridades do mundo todo passassem a olhar o problema mais de perto.

“Cada vez mais, diversas sociedades científicas do mundo têm encontrado na Academia do Vaticano um apoio para suas aspirações e propostas”, afirmou Bagnato. Recentemente, um encontro sobre ciência realizado na América Latina repercutiu muito sobre a situação caótica do financiamento científico na região. “Alertas enviados aos governantes sobre os riscos de desvalorizar a ciência em prol de outros interesses menos relevantes tem surtido efeito”, diz Bagnato, que acrescentou “Compartilho do desejo de que a ciência procure progredir sempre respeitando a liberdade dos pesquisadores, mas que estes tenham a responsabilidade de identificar, em seus achados, soluções que sirvam para resolver problemas relevantes da sociedade, sempre que possível. Este é também o principio do Vaticano, e desta forma me sinto à vontade como Conselheiro desta conceituada e respeitada Academia” conclui Bagnato.

Sendo a mais antiga e tradicional Academia de Ciência do mundo, a Pontifícia Academia de Ciência do Vaticano – fundada por Galileu Galilei, em 1603 – tem o objetivo de promover ampla discussão dos temas científicos relevantes para a humanidade, procurando assegurar que o conhecimento científico seja transformado em benefícios para o maior número de pessoas ao redor do mundo. Também está dentre seus objetivos assegurar que o desenvolvimento científico nunca ultrapasse a ética. Para fazer isto, ela conta com 80 membros vitalícios (nem todas posições ocupadas), dentre os quais estão ilustres cientistas do mundo, incluindo um elevado número de agraciados com o Prêmio Nobel.

(Com informações de Kleber Chicrala / INOF-CEPOF)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2017

IQSC/USP realiza 12º workshop da Pós-Graduação

Nos dias 27, 28 e 29 de novembro, o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) promoverá o 12º Workshop de Pós-Graduação do IQSC, que contará com diversas palestras e apresentações orais.

Entre os palestrantes, incluem-se Carlos Gilberto Carlotti Junior, pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP e Glaucius Oliva, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ex-presidente do CNPq.

Todas as atividades do workshop serão realizadas no anfiteatro térreo do IQSC, com as atividades tendo início às 8h30 e término às 17 horas.

Para mais informações sobre o Workshop, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

17 de novembro de 2017

Eleições para escolha de Diretor e Vice do Instituto de Física de São Carlos

O próximo dia 24 de novembro será marcado pelo processo eleitoral que definirá o Diretor e Vice-Diretor do IFSC/USP para o mandato 2018-2022, eleições que decorrerão, em primeiro turno, entre as 08h e as 10h, por meio de sistema eletrônico.

Concorrerão ao pleito os integrantes de uma única chapa inscrita, na circunstância, a constituída pelos Profs. Drs. Vanderlei Salvador Bagnato e Igor Polikarpov, docentes que já tiveram a oportunidade de apresentar suas linhas programáticas à comunidade do IFSC/USP em sessão realizada no Auditório “Prof. Sergio Mascarenhas”, no dia 13 do corrente mês.

Para acessar o Edital referente a este processo eleitoral, clique AQUI

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2017

USP: uma das universidades do mundo que mais emprega seus alunos

Em um ranking publicado pela renomada Times Higher Education (THE), divulgado no dia 15 deste mês, a Universidade de São Paulo foi inserida no grupo das 100 melhores universidades do mundo que mais empregam seus alunos, ou seja, que formam os profissionais mais procurados pelas empresas.

No total, o ranking traz 150 instituições de todo o mundo, sendo que a USP ocupa o 75º lugar, sendo que somente outras duas universidades da América Latina estão entre elas, nomeadamente, o Instituto Tecnológico de Estudos Superiores de Monterrey, no México, que ocupa a 101ª posição, e a Universidade Nacional Autônoma do México, na 141ª posição.

As quatro primeiras colocadas no ranking são dos Estados Unidos – Instituto Tecnológico da Califórnia (Caltech), Universidade de Harvard, Universidade de Columbia e MIT (Massachusetts Institute of Technology) -, sendo que a Universidade de Cambridge aparece na quinta posição – a única britânica no Top-10 – algo que está a preocupar – e muito – as autoridades locais, relacionando-se a queda do prestígio de suas universidades com a crise causada pelo “Brexit”.

O ranking é elaborado anualmente a partir de uma pesquisa feita na Internet com 2.500 pessoas, de mais de 22 países, responsáveis pela contratação de funcionários em suas respectivas empresas. Outros 3.500 diretores de empresas também opinaram.

Confira AQUI as 20 primeiras colocadas do ranking.

A publicação completa pode ser conferida no site da Times Higher Education.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2017

Biblioteca do IFSC/USP promove “Black Friday solidária”

Do dia 20 de novembro ao dia 1º de dezembro de 2017, os alunos que tiverem em débito com a biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) poderão “sanar suas dívidas” na Black Friday solidária, período durante o qual poderão devolver materiais atrasados* ou retirar impedimentos vigentes.

Além disso, no mesmo período, a biblioteca também estará recebendo materiais de limpeza (água sanitária, desinfetante, detergente, sabão em barra e em pó etc.), que serão doados ao abrigo de idosos “Helena Dornfeld”.

Para mais informações sobre a Black Friday solidária, compareça à biblioteca ou ligue para (016) 3373-9779.

*exceto para obras que estejam reservadas para outros usuários

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

 

17 de novembro de 2017

“Alme-se”: iniciativa espalhará “gentilezas” no próximo sábado (18)

“Alme-se” é uma iniciativa do Centro de Voluntariado Universitário (CVU),  inspirada no movimento The world need more love letters, e tem como principal objetivo espalhar pequenas gentilezas pelas ruas, procurando fazer o dia a dia de cada pessoa melhor através de cartas de esperança, amor e motivação, escritas com palavras que ofereçam conforto, ajuda e apoio, garantindo o sorriso de seu leitor.

No próximo sábado, 18, às 9 horas, no Centro de São Carlos, membros do CVU e convidados distribuirão rosas de papel crepom, cartões com mensagens positivas e abraços gratuitos às pessoas que passam pela rua. Os interessados em participar da iniciativa podem se inscrever no link https://goo.gl/TuAdSn.

Para mais informações sobre o “Alme-se”, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de novembro de 2017

Festival de ideias Paris em São Paulo “O Amor ao Risco na Pesquisa?”

Numa organização do Escritório Acadêmico de Representação da Sorbonne Paris Cité (França) e da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), com o apoio do Consulado da França em São Paulo, realiza-se nos próximos dias 28 e 29 do corrente mês, o evento Festival de ideias Paris em São Paulo O AMOR AO RISCO NA PESQUISA?, com a presença de pesquisadores das duas instituições. Com o evento Amor ao risco na pesquisa?, o Festival de Idées Paris desloca-se até a USP para dois dias de debates sobre o amor ao risco na pesquisa, convidando os pesquisadores e pesquisadoras de ambas as instituições a dialogar e confrontar pontos de vista sobre o risco assumido na pesquisa.

Toda pesquisa implica amor ao risco, ou somente uma assunção de risco, necessária ou contingente? O gosto pelo risco, se não se trata de amor, ainda existe? E a qual preço? Quais seriam os efeitos de seu desaparecimento? Os pesquisadores debaterão, nas mesas-redondas, campos disciplinares tão diversos como biologia computacional, inovação e literatura. Que riscos assumiram eles próprios no curso de sua vida de pesquisa? Quanto de amor ao risco é inerente à sua própria prática de pesquisa?

O Festival de ideias Paris em São Paulo O Amor ao Risco na Pesquisa? ocorrerá na Sala da Congregação do Instituto de Relações Internacionais (Av. Prof. Lucio Martins Rodrigues, s/n, travessas 4 e 5 – São Paulo). No dia 28 de novembro, o evento realiza-se entre as 13h30 e as 18h30, e no dia 29 de novembro, entre as 14 e as 20 horas

Confira o programa do evento, clicando AQUI.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2017

Bolsas de Intercâmbio: Programa de Mobilidade de Pós-Graduação

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) lançou o edital nº 789/2007, referente a concessão de bolsas do Programa de Mobilidade de Pós-Graduação da Red de Macrouniversidades Públicas de América Latina y el Caribe, para períodos de intercâmbio de 90 a 150 dias (entre maio e dezembro de 2018), em instituições estrangeiras integrantes da Red Macro.

Serão indicados 3 (três) estudantes de cursos de pós-graduação da USP – Mestrado ou Doutorado.

As inscrições deverão ser realizadas até 9 de janeiro de 2018, exclusivamente via Internet, pelo Sistema Mundus, sendo que o candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos no sistema Mundus. (Não é necessário fazer o login no sistema para consultar e se inscrever nos editais).

As dúvidas serão esclarecidas através do Fale Conosco (Assunto Editais – Intercâmbio).

Para visualizar o edital, clique AQUI,

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de novembro de 2017

Oportunidade de pesquisa no Grupo de Computação Interdisciplinar: iniciação científica e pós-graduação

O Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (GCI-IFSC/USP), através do docente Luciano da Fontoura Costa, oferece oportunidades de pesquisa a nível de iniciação científica e/ou pós-graduação na área de cienciometria, mais especificamente para o desenvolvimento de estudos sobre a eficiência sobre como os resultados científicos são transmitidos, como são formados grupos de colaboração, como caracterizar multidisciplinaridade, dentre outras questões relacionadas.

Para tanto, serão utilizados conceitos e métodos de redes complexas e reconhecimento de padrões.

Os interessados deverão contatar o professor Luciano no seguinte e-mail: ldfcosta@gmail.com

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

 

10 de novembro de 2017

O programa computacional que analisa narrativa de textos

Reconhecer os textos de seus escritores preferidos pode ser uma tarefa fácil para algumas pessoas. O estilo da narrativa, o uso de certas palavras, a descrição dos personagens, entre outras características de famosos textos literários, podem dar pistas sobre os autores e sobre a época que um texto foi produzido, mas, muitas vezes, essas características não são nítidas, mesmos para os leitores mais assíduos.

Assinaturas típicas obtidas para livros de três autores diferentes (um em cada linha). Os ciclos correspondem a retomadas de assuntos ao longo dos enredos (Imagem: Filipi Nascimento Silva e Luciano da Fontoura Costa)

Essa tarefa, no entanto, está sendo “automatizada” por programas de computador, como o criado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Instituto de Matemática e de Computação (ICMC/USP)*, utilizando uma técnica de análise de imagens e visualização de grafos. Com participação do docente Luciano da Fontoura Costa, o estudo foi destacado pela MIT Technology Review por sua criatividade. “Através da caracterização de textos, é frequentemente possível identificar o estilo do autor, a época em que o texto foi escrito, o próprio autor, entre outras coisas”, explica Luciano.

Diante do dilúvio de informações que são geradas todos os dias na Internet, o interesse nesse tipo de análise é sempre crescente, já que, através dela, é possível filtrar informações pertinentes, facilitando as buscas por textos específicos, ou mesmo fazer-se recomendações de textos semelhantes.

Para caracterizar textos, uma das possibilidades é se trabalhar com a estatística de palavras, ou seja, analisar quantas vezes uma palavra específica é repetida no texto. Outra possibilidade mais conhecida é a análise por adjacência de palavras, isto é, analisar quantas vezes duas palavras aparecem juntas no texto.  “Para a construção de um grafo de relação entre palavras, transformamos cada palavra em um nó, gerando um grafo que analisará a adjacência das palavras”, elucida o docente. “Nós fizemos uma abordagem mesoscópica, ou seja, selecionamos diversas palavras seguidas, por exemplo 20, de trechos do texto, e analisamos as ligações entre os trechos semelhantes”.

Nesse tipo de análise, é possível identificar semelhanças não somente entre palavras, mas também na própria narrativa. “Se um evento é repetido no começo e no meio do texto, por exemplo, conseguimos observar como a narrativa se desenrola, extrapolando a análise para além da adjacência de palavras”, exemplifica Luciano.

Na pesquisa em questão, as obras de dez escritores diferentes foram analisadas, e em algumas delas é possível visualizar uma forte linearidade no enredo, o que é refletido nas imagens geradas. “Fizemos também a análise de todos os trechos de ‘Alice no país das maravilhas’, e só de se observar as figuras, é possível ter uma noção do enredo. Isso permite uma organização textual também através de trechos”, explica.

Diferentes técnicas podem ser empregadas para visualizar redes complexas. Algumas delas são herdadas dos métodos de visualização de grafos, enquanto outras levam em consideração a estrutura topológica destas redes, como a presença de hubs ou comunidades. Em geral, a visualização de uma rede baseia-se em determinar os vetores de posições (2D ou 3D) referentes a cada um dos vértices da rede. Outras propriedades como cor, forma, tamanho, etc. podem ser atribuídos aos vértices ou arestas, tanto usando informações extras, quanto utilizando propriedades obtidas de sua estrutura topológica. Métodos dirigidos por forças utilizam uma analogia física na qual cada vértice é representado por uma partícula carregada, e cada aresta por uma interação de forças entre elas. Vértices conectados ficam sujeitos a forças atrativas ao mesmo tempo em que todos os vértices repelem-se mutualmente. A figura ilustra o processo de visualização. À esquerda, é mostrada a rede na configuração inicial, com vértices aleatoriamente distribuídos sobre o plano. Técnicas de simulação molecular podem ser usadas para solucionar o sistema de partículas de modo que as novas posições representem um estado de equilíbrio (à direita). Na configuração final, vértices conectados são naturalmente dispostos mais próximos do que àqueles sem conexão. (Texto e imagem: Filipi Nascimento Silva e Luciano da Fontoura Costa)

Sob esse viés, vê-se que o estudo em questão caminha um pouco além em relação às análises tradicionais que, normalmente, consideram somente palavras adjacentes, e não o estilo ou enredo de textos. E, nesse sentido, a pesquisa também caminha em direção a análises de conteúdo de textos, algo que ainda é feito por poucos programas de computador até o momento. “No que se refere ao conteúdo, o desafio é um pouco maior, pois exige interpretação, algo que, além de desafiador, possui certo grau de subjetividade. Mas já conseguimos caminhar um pouco mais no que se refere à identificação da narrativa e/ou do enredo”, diz Luciano.

Ele enfatiza que a análise semântica de textos é bastante complexa, e que pode ser que demore alguns anos para que isso seja possível.  Na verdade, a solução plena deste problema deverá envolver a incorporação de boa parte da inteligência humana no computador (clique aqui para saber mais).

*Colaboraram no estudo o docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Diego Raphael Amancio, e os pesquisadores, Henrique Ferraz Arruda (ICMC/USP), Vanessa Queiroz Marinho (ICMC/USP) e Thales Sinelli Lima (ICMC/USP)

**O estudo inclui três artigos, que estão disponíveis nos seguintes endereços: https://arxiv.org/abs/1708.07265https://arxiv.org/pdf/1606.09636.pdf e https://arxiv.org/pdf/1705.10415.pdf

8 de novembro de 2017

Os tortuosos caminhos da Ciência e Tecnologia no Brasil

Na edição de 07 do corrente mês do jornal A Folha de São Paulo, um dos destaques foi o artigo de opinião assinado pelo fundador do grupo ABC, Nizan Guanaes, tendo como tema Ciência é investimento.

De fato – e felizmente – começam a surgir, com alguma frequência, opiniões sobre a importância da Ciência e Tecnologia como baluarte para o desenvolvimento do país, uma importância estratégica que é levada muito a sério nas nações que, de fato, se empenham em desenvolver, modernizar, e com isso proporcionar mais qualidade de vida aos seus cidadãos; algo que parece estar longe de acontecer no Brasil, com a política a virar literalmente as costas aos cientistas e à ciência, cortando – de forma radical e abrupta – as verbas que deveriam estar reservadas à pesquisa nos seus mais variados quadrantes, principalmente no que toca à Saúde.

O destaque dado ao tema desse artigo veio na forma de declarações prestadas pela conceituadíssima chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da USP, Profª Lygia da Veiga Pereira, ao afirmar que a ciência é – em todo o mundo – sinônimo de crescimento sustentável da sociedade e da economia nacional, sendo que o que acontece no Brasil, com os cortes violentos realizados no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em cerca de 44% só este ano, equivale à destruição de todas as infraestruturas de ciência, inovação e tecnologia erguidas durante décadas.

Coreia do Sul e Israel investem cerca de 4% de seu PIB em P&D, enquanto o Brasil apenas dedica 1% a essas áreas: mesmo assim, os pesquisadores de nosso país fizeram e fazem milagres, como transformar a nação na maior potência mundial agrícola, terem inventado o bioetanol ou inovando na exploração do pré-sal , exportando novas tecnologias relacionadas com aviação e, com isso, construindo e exportando aeronaves, já para não falar nos fantásticos avanços registrados na prevenção e combate a inúmeras doenças. Para Lygia Pereira “(…) não existe vontade política para o país avançar na ciência, quando a nação possui uma das melhores comunidades científicas do mundo (…)”. Sendo assim, quando os políticos não conseguem enxergar que a educação, ciência e tecnologia deveriam ser as prioridades nacionais destinadas a alavancar as restantes áreas e, com isso, gerar riqueza, está tudo dito.

Ainda abordando as áreas de Ciência e Tecnologia, foi extremamente interessante assistir ao último programa “Roda Viva”, exibido na TV Cultura, onde o atual cenário da ciência nacional foi debatido por pesquisadores ilustres, tais como: Carlos Henrique de Brito Cruz (Diretor Científico da FAPESP), Antonio José Roque da Silva (Diretor do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron e do Projeto SIRIUS), Mayana Zatz (Diretora do Centro de Pesquisa do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da USP), e Alícia Kowaltowski (Professora do Departamento de Bioquímica da USP).

Um programa excelente e elucidativo, que merece a pena rever (CLIQUE NA FIGURA ABAIXO PARA ASSISTIR).

Fica, então, a pergunta: qual o real motivo de se tentar destruir a Ciência e Tecnologia do país?

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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