
Colóquios e Seminários


Colóquio – “A Física em São Carlos: Primeiras décadas”
Em dezembro de 1968, a revista Realidade, um conceituado periódico mensal de abrangência nacional, chegava às bancas com uma intrigante matéria sobre os físicos da pacata cidade de São Carlos. O título da reportagem era sugestivo e provocante.
Há menos de 15 anos antes, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) havia sido criada, sendo a segunda Engenharia da USP, e a primeira no interior. Interior não só de São Paulo, mas de todo o Brasil.
Na EESC foi germinado um grupo de jovens físicos que, com muito talento, interiorizaram a pesquisa científica no Brasil.
Em 1968, a equipe dos físicos de São Carlos era composta por de doze jovens pesquisadores, que na época revolucionaram o ensino universitário de física, realizaram pesquisas científicas de impacto internacional, e atraíram pós-graduandos de todo o Brasil e mesmo do exterior.
A pesquisa inovadora, em temas experimentais e teóricos, logo se internacionalizou, e os físicos de São Carlos passaram a receber pesquisadores visitantes dos EUA e da Europa.
Tornou-se também a primeira instituição de Física no Brasil credenciada a dar títulos de mestre e de doutor em Física pela Organização dos Estados Americanos (OEA), e a receber bolsas da renomada instituição americana: a FULBRIGHT.
Esta palestra pretende relatar um pouco desta notável história e apresentar quem foram os pioneiros protagonistas desta epopeia.
Prof. Roberto Mendonça Faria – É Professor Titular da Universidade de São Paulo desde 1999. Foi diretor do Instituto de Física de São Carlos da USP entre 2002 e 2006, e coordenador do Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo de São Carlos (2010-2014). Hoje atua como Prof. Visitante na UTFPR. Coordenou o Instituto do Milênio de Materiais Poliméricos (IMMP) de 2002 a 2006, e coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Eletrônica Orgânica (INEO) que é formado por mais de 40 grupos de pesquisa no Brasil. Coordenou a elaboração do livro “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Competitivo”, financiado pela CAPES, que deu origem à Emprapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) no período de 2012 a 2016. É membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), e é pesquisador do CNPq com bolsa produtividade 1A.

Colóquio: “A FAPESP e a Ciência do Estado de São Paulo”
Este colóquio abordará as oportunidades de financiamento da FAPESP nas suas diferentes estratégias de fomento: pesquisa para o avanço do conhecimento (básica e aplicada), formação de recursos humanos, apoio à infraestrutura de pesquisa, pesquisa para inovação, pesquisa em temas estratégicos e na difusão, mapeamento e avaliação de pesquisas.
Além disso, serão abordadas algumas das propostas da Diretoria Científica da FAPESP a serem implementadas no ano de 2024 com o intuito de simplificar os processos, reduzir a burocracia, dar maior autonomia ao pesquisador e apoiar a internacionalização e a inovação nos projetos, com especial atenção aos jovens pesquisadores.
Transmissão ao vivo pelo Youtube do IFSC/USP (AQUI).

Aula Magna – Semana de Recepção aos Calouros (2024) – “Buracos Negros: qual sua importância no Universo?”
Buracos negros são exóticos, pois o espaço e o tempo se curvam ao infinito no seu horizonte de eventos, do qual nada escapa, nem mesmo a luz. Mas são também “comuns” no Universo: em uma galáxia como a Via Láctea devem existir cerca de 100 milhões de buracos negros estelares (~10 massas solares), e um supermassivo (milhão a bilhões de massas solares) no seu centro, como no centro das demais galáxias massivas.
Mas, paradoxalmente, a acreção de matéria a um buraco negro é um dos mecanismos de geração de energia eletromagnética mais eficientes que existe.
No caso dos buracos negros supermassivos, esta emissão de energia origina os quasares, os objetos mais luminosos do Universo.
Nesta palestra, apresentarei meu trabalho de investigação dos mecanismos de alimentação de buracos negros supermassivos e seu feedback que influencia a evolução da sua galáxia hospedeira, incluindo resultados de novos telescópios, como o James Webb.
A Profª Dra. Storchi-Bergmann é pesquisadora, professora e orientadora da pós-graduação do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. É membro da Academia Brasileira de Ciências, da academia mundial de ciências TWAS, e Pesquisadora IA do CNPq. Em 2015 recebeu o Prêmio L’Oreal/UNESCO For Women in Science, e em 2018 a Medalha Nacional do Mérito Científico, pelo seu trabalho no estudo dos Buracos Negros Supermassivos e sua interação com as galáxias, ainda o tema central de sua pesquisa.
Recentemente publicou um livro de divulgação científica onde conta a história dos Buracos Negros dentro da história do Universo contando um pouco de sua própria história ao estudá-los; MyNews Explica Buracos Negros: https://www.almedina.com.br/produto/mynews-explica-buracos-negros-11707
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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP