All posts by: Rui Sintra

Sobre Rui Sintra

11 de outubro de 2018

Projeto de Judô aproxima jovens atletas à Universidade

Foi oficialmente lançado no dia 10 de outubro, no Campus USP de Ribeirão Preto, o projeto Judô na EEFERP – Aproximação entre a Universidade e a Sociedade através do Esporte, numa iniciativa da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto da USP (EEFERP), visando atrair alunos dos ensinos fundamental e médio para o mundo acadêmico, por meio do esporte. O objetivo é trabalhar com todas as modalidades estudadas pela EEFERP, tendo-se optado por começar pelo Judô, sua história e importância no contexto dos Jogos Olímpicos, com o intuito de aproveitar esse momento e apresentar aos jovens as oportunidades de futuro que a USP oferece.

Prof. Tito José Bonagamba

Na opinião do Prof. Tito José Bonagamba, docente e pesquisador do IFSC/USP e um dos idealizadores deste projeto, o judô tem como um dos fundamentos principais a disciplina dos atletas, destacando-se como uma das modalidades olímpicas de maior expressão no país, e nomeadamente na cidade de Ribeirão Preto onde desde 1960 constitui um importante centro do desenvolvimento da modalidade no estado de São Paulo, liderado pelo sensei Cleber do Carmo, delegado regional da Federação Paulista de Judô, 12ª Região – Mogiana.

Neste evento participaram estudantes do ensino médio e fundamental que são praticantes de judô e que integram a equipe da 12ª Delegacia Regional da Mogiana – Federação Paulista de Judô, integrantes do Projeto Rumo ao Pódio, coordenado pelo professor Cleber do Carmo.

Nesse dia os alunos realizaram atividades de judô no tatame, após terem visitado as dependências físicas da EEFERP.

Além das atividades com os alunos dos ensinos fundamental e médio, o projeto tem dois outros importantes objetivos, o oferecimento de cursos de judô e a criação de um Núcleo de Alto Rendimento.

Segundo o professor e vice-diretor da EEFERP, Prof. Marcelo Papoti, a vinda desse projeto para a USP de Ribeirão Preto é fundamental, pois aproxima a Universidade da sociedade e concretiza as ações, principalmente pelo fato de a Educação Física ser uma disciplina aplicada.

(Com informações do Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de outubro de 2018

Instituto Serrapilheira lança nova Chamada Pública para apoio à pesquisa

O Instituto Serrapilheira lançou sua segunda Chamada Pública de apoio à pesquisa científica, cujo objetivo é financiar projetos de excelência de jovens cientistas do Brasil nas áreas das Ciências Naturais (Ciências da Vida, Física, Geociências e Química), Matemática e Ciência da Computação.

As inscrições da segunda Chamada Pública ficarão abertas de 5 de novembro a 14 de dezembro no site do Serrapilheira. Para se candidatar, os pesquisadores devem ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2016 – prazo que pode ser estendido em um ano para mulheres com um filho e em dois anos para mulheres com dois ou mais filhos. Os selecionados receberão o financiamento a partir de junho de 2019.

Os projetos receberão até R$ 2,4 milhões, no total, na primeira fase, devendo responder a perguntas fundamentais ambiciosas.

Na primeira etapa, 24 pesquisadores serão selecionados para receber até R$ 100 mil por um ano. Em seguida, até três deles serão contemplados com um financiamento de até R$ 1 milhão ao longo de três anos. Após este período, o apoio pode ser renovado anualmente, com até R$ 300 mil por ano. Parte dos recursos é condicionada à promoção de iniciativas de diversidade pelos escolhidos.

“Queremos oferecer aos pesquisadores espaço para produzirem um conhecimento novo”, afirmou o diretor-presidente do Serrapilheira, Hugo Aguilaniu. “Desenvolver ciência competitiva é um processo demorado, então permitimos a renovação do grant para que o tempo da pesquisa seja respeitado. Nosso princípio é concentrar os recursos em bons projetos em vez de pulverizá-los. Por isso, esperamos que os pesquisadores façam perguntas ousadas, capazes de criar uma ciência nova no Brasil”, disse Aguilaniu.

A Chamada será repetida anualmente e fará parte de uma iniciativa maior – o Programa de Apoio a Jovens Cientistas de Excelência do Serrapilheira. Informações mais detalhadas serão divulgadas em breve pelo instituto.

“Esta Chamada, tanto na escolha de áreas quanto no formato, é um resultado do mapeamento realizado na primeira, em que procuramos entender o ambiente de pesquisa nacional”, explicou a diretora de Pesquisa Científica do Serrapilheira, Cristina Caldas. “Decidimos apoiar pesquisa fundamental, a produção do conhecimento pelo conhecimento, sem o compromisso com a aplicação. Além disso, oferecemos flexibilidade no uso de recursos.”

O edital está disponível AQUI para consulta e as inscrições serão abertas em 5 de novembro, no SITE do Instituto.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

11 de outubro de 2018

Do IFSC/USP para a UOL: área de engenharia de serviços

Filho do meio de mais dois irmãos, Marcelo Bronzelli conta que sempre teve apoio dos pais para estudar em escolas particulares, em Osasco (SP), sua cidade natal, onde, na transição da 5ª. para a 6ª. série trocou um colégio de freiras por um instituto tecnológico, onde realmente começou a ter contato com as diversas áreas de ciências, principalmente biológicas e exatas.

Foi aí que as portas do jovem se abriram para a colocação de questionamentos básicos e complexos sobre o funcionamento de determinados equipamentos, sistemas e lógica, de uma forma geral. Ainda no colégio técnico, ao final do ensino fundamental, Marcelo optou pelo ensino médio profissionalizante – técnico em edificações – onde teve oportunidade de conhecer e aprofundar seus conhecimentos em algumas disciplinas que eram aplicações diretas de conhecimentos da Física, como, por exemplo, “Cálculo Estrutural”, “Instalações Elétricas” e “Eletrônica” – respectivamente Mecânica, Eletricidade e Eletromagnetismo.

Como grande parte dos alunos interessados em ciências básicas, nosso entrevistado prestou vestibular nas principais universidades públicas, segundo ele por causa das limitações do nosso país em apoio/incentivo a pesquisas privadas – USP, Unicamp e UNESP. As opções de Marcelo eram o Instituto de Física da USP, até pela proximidade de Osasco e do Bairro do Butantã: contudo, o jovem acabou por ingressar naquela que era a segunda opção do vestibular – o IFSC/USP. “Por uma bela surpresa, o que seria uma opção temporária pela distância entre São Carlos e Osasco, acabou por se tornar definitiva logo nas primeiras semanas de Fevereiro de 1999, ao conhecer os professores, laboratórios e todos os profissionais que fazem do IFSC/USP – uma “segunda casa” para muitos estudantes e funcionários”, observa Marcelo.

Durante o início do ano letivo, Marcelo foi apresentado à grade curricular e às opções, na época, para especialização em Física Teórica, Física Experimental e Física Computacional, esta última possuindo uma grade estendida com disciplinas de Ciências da Computação e enfoque em trabalhos de simulação, reconhecimento de imagens, programação paralela e aplicações em automação. Durante o curso, a partir do 4º. semestre, o jovem teve a oportunidade de trabalhar em alguns grupos de pesquisa dentro do IFSC/USP, alguns mesmo sem bolsa de iniciação científica, como no Laboratório de Redes de Computadores, Laboratório de Instrumentação Eletrônica e, inclusive, no próprio CISC, que administrava e suportava toda a rede de computadores do Campus de USP/São Carlos, bem como as interconexões com os demais campi da USP.

Sem qualquer experiência profissional cumulativa à sua permanência no IFSC/USP e logo após sua cerimônia de colação de grau, Marcelo começou a preencher cadastros em sites de recrutamento de mão-de-obra especializada e foi aí que surgiu a hipótese de ser contratado pela UOL, tendo ingressado no programa de Trainee, como Administrador de Sistemas Tr. (sysadmins como falamos), administrando os diversos servidores e tecnologias que suportavam o Portal UOL – nessa época trabalhava na área de primeiro suporte. Nos meses seguintes, houve a primeira movimentação para o cargo de Administrador de Sistemas Jr., suportando todas as plataformas de e-mails do Portal com as marcas UOL, BOL e ZipMail, na área de segundo suporte dentro do time de Operações, onde permaneceu nos anos seguintes, passando pelos cargos de Administrador de Sistemas Pleno, Sênior, Coordenador e Gerente de Operações.

Nos últimos anos, Marcelo Bronzelli tem se dedicado à área de Engenharia de Sistemas, onde passou pelas áreas de Cloud Computing e, agora, na área de Engenharia de Serviços, responsável durante esse período pela construção das ofertas de produtos/serviços demandadas pelas áreas de Negócios. Mas… Porquê a UOL? “Numa época onde grande parte dos investimentos da indústria de tecnologia estava apontada para empresas de Internet – a bolha da Internet durou até meados de 2002 – vi aí a oportunidade, através do UOL (primeiro Portal de Internet do Brasil), em ter acesso a essas tecnologias, até pela aquisição desse tipo de equipamentos por grandes empresas, como SUN, EMC, IBM, CISCO, etc”, explica Marcelo.

Como qualquer iniciante, ainda mais numa empresa do porte do UOL, Marcelo encarou grandes dificuldades em aplicar os conhecimentos adquiridos durante os anos anteriores, bem como as incertezas de estar correspondendo, ou não, às expectativas e os “medos” em concorrer com outros profissionais formados em cursos específicos, como, Engenharia da Computação e Ciências da Computação – “medos” esses que foram resolvidos quando o nosso entrevistado chegou à conclusão de que um aluno do IFSC/USP compete de igual para igual com outros profissionais, visto as experiências e aprendizados, não apenas de conhecimentos em física, mas, também, de como raciocinar de forma lógica e resolver problemas, assimilando sempre novos conhecimentos.

Em sua opinião, o principal desafio para um aluno formado em ciências básicas transcorre na fase inicial, pós-contratação, onde tem que provar para os colegas e para si mesmo todo seu potencial de rápido aprendizado, bem como o diferencial do raciocínio lógico e espírito questionador e investigativo. Para Marcelo Bronzelli, as expectativas de crescimento dentro da empresa são boas: “Além de mim, conheci outros três colegas que eram formados em Física no Instituto de Física da USP e que tiveram, também, ótimas trajetórias no UOL. Em média, para um profissional recém- formado, ou em último ano de curso, a faixa salarial inicia-se, aproximadamente, em R$ 3.500,00”.

Atualmente com 39 anos e como que deixando uma mensagem aos alunos de graduação do IFSC/USP, ou a quem pretenda cursar no Instituto, Marcelo enfatiza: “Não tenham receio em experimentar o mercado de trabalho, caso não tenham certeza quanto à sequência da vida acadêmica. No meu caso, todas as experiências vividas durante o curso de Física Computacional, todo o conhecimento absorvido e o espírito científico promovido pelos professores do departamento trazem aos alunos um diferencial muito grande no mercado de trabalho, frente a muitos outros profissionais graduados em outros cursos ou em outras instituições – perceberão isso também nas primeiras semanas de trabalho. Ao IFSC-USP, muito obrigado aos funcionários, professores e amigos que me proporcionaram a formação que tenho hoje”, conclui o nosso entrevistado.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

10 de outubro de 2018

“IFSC e Bem Estar de sua Comunidade”

Por iniciativa da diretoria de nosso Instituto, reiniciou-se na semana de 08 a 13 de outubro o ciclo de palestras abertas à comunidade do IFSC/USP – alunos, docentes e servidores administrativos – retomando o tema Saúde Mental: o que é, quais os principais adoecimentos, estratégias para a promoção da saúde.

A psicóloga, Drª Bárbara Kolstock Monteiro, é a responsável por trazer até ao nosso Instituto estes temas, cujas mais recentes palestras aconteceram nos dias 08 e 09 do corrente mês, bem como atender quem necessita de ajuda, salientando que até agora o balanço tem sido muito positivo e que a procura por aconselhamento psicológico tem aumentado.

Bárbara Kolstock Monteiro

Segundo a psicóloga, até agora já foram atendidas cerca de oitenta pessoas desde que se iniciou o programa (junho do corrente ano). “Acho que as pessoas estão se conscientizando mais sobre a importância de prestarem mais atenção aos sintomas relacionados com depressão e ansiedade, o que é muito bom, até porque a prevenção e a atuação imediata são muito importantes”, esclarece Bárbara, que salienta o fato de que são exatamente os casos de depressão e ansiedade aqueles que mais atingem a comunidade do IFSC/USP, principalmente os alunos, que é o grupo tido como o mais vulnerável, com casos relacionados com as dificuldades de encarar as disciplinas dos cursos.

A principal causa de depressão entre os alunos é, segundo a psicóloga, o isolamento a que os mesmos se entregam, a falta de suporte familiar e social. “As pessoas que se sentem bastante mal e que nos procuram sentem uma espécie de vazio e não têm outras pessoas perto de si: por vezes, a Universidade se assume como uma espécie de atenuante, de antídoto contra essa sensação de mal estar, porque é aí, nesse espaço, que elas acabam por encontrar uma espécie de família – os colegas do curso, os professores, ou até o orientador do curso – e sabem que podem contar com eles”, pontua Bárbara Monteiro.

Do contingente que tem procurado os serviços da psicóloga, metade é constituída por alunos de graduação, enquanto a outra metade se distribui pela restante comunidade – alunos de pós-graduação, docentes e professores, com predominância para o sexo feminino, com média de idade é de vinte anos. “Muitos dos alunos que me procuram, na maioria bolsistas, têm sérias dificuldades para se manter, atendendo a que o valor das bolsas não é elevado, havendo situações em que alguns se sentem na obrigação de enviar algum desse dinheiro para casa de seus pais”, enfatiza Bárbara.

A psicóloga irá alargar sua ação no IFSC/USP já a partir do próximo semestre, aproveitando o fato de ir iniciar uma pesquisa para seu doutorado aqui em São Carlos. “Tenho intenção de introduzir oficinas de organização e hábitos de estudo, bem como sessões de relaxamento e de terapias contras a ansiedade e a depressão”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2018

Ensinos médio e técnico: USP oferece monitoria de matemática

A partir de 5 de outubro, alunos do ensino médio e técnico da rede pública do Estado de São Paulo terão monitoria de matemática pela internet. Inicialmente, serão disponibilizadas 60 videoaulas gravadas e outras ao vivo, exercícios e resumos teóricos. Os estudantes poderão tirar suas dúvidas on-line com monitores da USP, obter dicas de como se organizar para estudar e conversar com outros usuários em um fórum de interação.

A monitoria é destinada aos 5.593 alunos que participaram e foram premiados nas edições 2017 e 2018 da Competição USP de Conhecimentos (CUCo). O desafio integra o programa Vem pra USP!, uma parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para valorizar os estudantes da rede pública, incentivá-los a estudar na Universidade e prepará-los para o vestibular.

Na CUCo, os alunos resolvem duas provas aplicadas pela Fuvest, a mesma fundação responsável pelo vestibular da USP. A primeira é on-line, com testes de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais, ciências e matemática. Aqueles com melhor desempenho avançam para a segunda fase, que é presencial, e o conteúdo inclui testes de português, matemática, ciências e atualidades. Os mais bem classificados dos três anos de ensino recebem prêmios.

Na edição deste ano, 49.018 estudantes de 2.743 escolas públicas participaram da competição. Dessas, 2.092 tiveram alunos premiados. A abrangência de cidades que receberam provas da CUCo atingiu 82% do Estado, dos 645 municípios, 528 realizaram o exame.

Em relação ao perfil dos inscritos, a maioria era mulher (30.142), 48,2% dos participantes se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (PPI) e a renda familiar de 47,1% era inferior a dois salários mínimos.

Entre os 4.233 estudantes premiados, o perfil foi o seguinte: 60,3 % mulheres, 41,5% PPI e 44,1% com renda familiar inferior a dois salários mínimos.

O idealizador do Vem pra USP! e atual vice-reitor da Universidade, Antonio Carlos Hernandes, considera o projeto estratégico para a atual gestão por permitir um maior relacionamento da USP com a sociedade. Além dessa aproximação, ele destaca que os indicadores sociais dos participantes da CUCo demonstram a natureza inclusiva da competição de conhecimentos.

De acordo com o pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, o programa Vem pra USP! tem como grande objetivo estimular e trazer os alunos do ensino médio das escolas públicas a estudarem na Universidade. “A Competição USP de Conhecimentos incentiva o aluno desde o primeiro ano do ensino médio a conhecer as diferentes formas de ingresso na USP, possibilitando inclusive a isenção de taxa de inscrição no vestibular.”

Reforço de matemática

A monitoria será baseada em aulas disponíveis no Moodle de Extensão da USP, que o estudante premiado acessa com o número do CPF. Na plataforma, haverá exercícios prévios para testar o nível de conhecimento, um resumo teórico sobre o conteúdo de matemática, as 60 videoaulas gravadas e exercícios pós-aula com a correção.

“A Competição USP de Conhecimentos incentiva o aluno desde o primeiro ano do ensino médio a conhecer as diferentes formas de ingresso na USP, possibilitando inclusive a isenção de taxa de inscrição no vestibular.” – salienta o Prof. Antonio Carlos Hernandes

Os vídeos foram produzidos por estudantes da Universidade que trabalham voluntariamente no Cursinho da Poli do Grêmio Politécnico. Parte das aulas foi gravada pelos professores do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, Pedro Luiz Fagundes e Cláudio Possani, que também vão contribuir com a elaboração de listas de exercícios. “Se os alunos encontrarem dificuldade para entender o conteúdo ou resolver o exercício, haverá uma agenda na plataforma com os horários de universitários da USP para o atendimento on-line. Os estudantes premiados da rede pública poderão tirar dúvidas sobre as aulas e também de conteúdos ensinados na escola”, explica Herbert Alexandre João, coordenador da CUCo.

O público em geral também poderá acompanhar parte dessas atividades. No canal do programa Vem Pra USP! no YouTube, haverá transmissão de aulas tira-dúvidas e revisão para a prova do vestibular da USP, organizada pela Fuvest.

A primeira aula ao vivo será no dia 5 de outubro e começa às 20 horas, com as boas-vindas do coordenador da CUCo, seguida da resolução de exercícios de revisão de matemática com o licenciado em Ciências Exatas da USP João Gabriel Barbosa.

Quem são os monitores

Estudantes de graduação e de pós-graduação do IME, do Instituto de Física (IF) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP serão os responsáveis pelo atendimento on-line e pelas gravações de aulas para tirar dúvidas. Eles serão supervisionados pela docente do IME Mary Lilian Lourenço.

Serão de 30 a 40 monitores se revezando para o atendimento. Parte deles são voluntários e outra são graduandos de Licenciatura em Matemática que terão créditos por hora/trabalho para a disciplina Atividades Teórico-Práticas de Aprofundamento. O grupo da licenciatura será coordenado pela professora do IME Daniela Mariz da Silva Vieira. “A ansiedade dos monitores para iniciar é imensa. É impressionante a capacidade dos alunos do IME, do IF e do IFSC em se mobilizar. Eles acreditam nos alunos de escola pública e querem ajudá-los a ter um maior conhecimento de matemática”, afirma Mary Lilian.

Premiação

As aulas e a monitoria em matemática são parte dos prêmios oferecidos pela Competição de Conhecimentos da USP, que incluem certificados, visitas à Universidade, isenção na taxa do vestibular organizado pela Fuvest para alunos do 3º ano e prêmios para escolas e grêmios estudantis.

De acordo com o diretor executivo da Fuvest, Renato Freire, 1.998 alunos premiados pela competição poderão fazer as provas do vestibular 2019 da USP sem precisar pagar a taxa de inscrição de R$ 170. “A CUCo é uma oportunidade do aluno da rede pública se preparar para o vestibular da Fuvest. A isenção da taxa é mais um estímulo para ele fazer o exame e estudar na USP.”
Para as visitas à USP, a partir de 8 de outubro, os alunos premiados podem acessar o site da Fuvest, na área Usuários, onde eles se inscreveram para a CUCo, e escolher as datas e os locais (campus de São Paulo, Ribeirão Preto e São Carlos). Na mesma área, é possível escolher também o tamanho de uma camiseta que eles vão ganhar.

No dia 18 de outubro, às 14h30, a USP realizará a cerimônia de premiação das escolas e grêmios estudantis edição 2018. O evento será no Auditório Dr. Fernão Stella de Rodrigues Germano, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), localizado na área 1 do campus de São Carlos, na Av. Trabalhador São-Carlense, 400.

(Com informações de Hérika Dias – Jornal USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2018

Palestras do Programa “IFSC e Bem Estar de sua Comunidade – Saúde Mental”

O IFSC/USP reinicia na semana de 08 a 13 de outubro o ciclo de palestras abertas para alunos, técnicos administrativos e docentes do instituto, retomando o tema Saúde Mental: o que é,  quais os principais adoecimentos, estratégias para promoção de saúde.

Desta forma, a psicóloga e colaboradora do IFSC, Drª Bárbara Kolstok Monteiro, realizará palestras nos dias 08/10 (2ª. feira) às 17h30 e 09/10 (3ª. feira) às 13h, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP).

Devemos considerar saúde muito mais do que a ausência de doenças, segundo a OMS é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidade”. A saúde mental está incluída nesta definição, embora muitas vezes seja vista como algo menos importante.

Ainda nos dias de hoje, muitas pessoas se sentem desconfortáveis em falar de sua condição de saúde mental até mesmo para pessoas mais próximas. Em grande parte, devido ao estigma desta condição, ainda relacionada à loucura, sendo assim deixam de receber o suporte que precisariam e o quadro se agrava, podendo a levar perdas no desempenho acadêmico, dificuldades de relacionamento, quadros de sofrimento severo, entre outros sintomas difíceis de suportar.

O objetivo é conversar sobre o tema e apresentar algumas ideias de como melhorá-la e, ainda, poderão desfrutar de um breve relaxamento guiado.

As palestras têm duração prevista de 40 minutos e após a apresentação Bárbara Kolstok Monteiro estará disponível para tirar dúvidas e conversar com os presentes.

9 de outubro de 2018

“Momento Bem Estar”: iniciativa da Biblioteca do IFSC/USP

Temos acompanhado diversas iniciativas de dirigentes da Universidade, preocupados com o bem estar da comunidade acadêmica e de seus servidores, procurando propiciar atividades para diminuir a ansiedade, o stress, a falta de concentração, entre outros, não só em função da sobrecarga em seus ambientes acadêmicos e de trabalhos, mas na vida de uma forma geral, para que possam atingir uma estabilidade emocional adequada.
E como a Biblioteca pode participar desta iniciativa?
Aqui no IFSC, buscamos parceria com a Biblioteca da EESC, através da Chefe Técnica – Teresinha Coletta, que tem em sua equipe a Educadora Patrícia Cristina Silva Leme (Pazu). Elas já participam de um projeto da diretoria da EESC, o “Bem estar na EESC” que oferece aos alunos práticas de meditação e ioga para uma vida acadêmica saudável.
Decidimos então, por motivos de disponibilidade de espaço no momento, iniciarmos um projeto piloto aqui na Biblioteca do IFSC com atividades que vão propiciar um melhor conhecimento sobre meditação e sua prática, sem prejuízo as demais atividades da Biblioteca, uma vez que nosso objetivo é que o espaço da Biblioteca, além de atender prioritariamente as necessidades de estudo e pesquisa, também se torne um espaço acolhedor e de convivência para todos.
As atividades acontecerão inicialmente nos dias 10, 17, 24 e 31 de outubro (quartas-feiras), das 12h30 às 13h30 (pontualmente) e convidamos a todos para vivenciarem essa experiência conosco em busca de um melhor bem estar.

Felicidade a gente encontra com a paz de espírito. Vamos buscá-la.

(Por: Ana Mara Prado – Chefe Técnica da Biblioteca do IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de outubro de 2018

Do IFSC/USP para os EUA: um brasileiro na área de “data science”

O paulistano Marcello Hasegawa sempre gostou bastante de matemática e física. Hoje, com quarenta e dois anos, Marcello conta que a curiosidade sempre o acompanhou, tendo sempre se dedicado a aprender coisas novas. O ensino médio foi totalmente percorrido no sistema de ensino publico, em São Paulo, e, prestes a terminá-lo, sua opção foi cursar física na USP. A partir daquele momento, Marcello decidiu que viria para São Carlos e que cursaria física teórica experimental no IFSC/USP. “Acho que foi a melhor época da minha vida. Não sei o que dizer, porque agora também estou vivendo uma fase muito legal”, revela.

Marcello Hasegawa trabalha na Microsoft (Redmond – EUA). Logo após se formar, ele fez seu mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), onde havia um laboratório de teoria e um grupo experimental, e achou fantástica a ideia de unir a área teórica da física com a prática. Foi dessa forma que Marcello passou a trabalhar com os pesquisadores desse Instituto durante algum tempo. Quando terminou seu mestrado, o ex-estudante do IFSC/USP voltou para São Carlos, considerando a possibilidade de começar um doutorado. Nessa época, descobriu que a Embraer estava iniciando um grande projeto em parceria com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), voltado ao desenvolvimento de um simulador de dinâmica de fluidos computacional, para ajudar os engenheiros da Embraer a projetar asas de aviões, e foi aí que Marcelo ingressou na equipe do ICMC para fazer parte desse trabalho.

Próximo do final desse projeto, a Microsoft iniciou um processo de seleção no campus da USP, em São Carlos, através de entrevistas com os pesquisadores do ICMC, incluindo o Marcello, com o intuito de contratação de mão de obra altamente especializada. Uma semana depois, o físico recebeu um e-mail com uma oferta de trabalho. “Foi uma festa no laboratório”, recorda nosso entrevistado.

Durante os nove anos em que trabalha na Microsoft, Marcello Hasegawa já atuou como engenheiro de software no grupo do Windows Server e gerente de várias iniciativas no Bing Ads (Bing.com). Atualmente, ele é cientista de dados, atuando no grupo de desenvolvimento do Windows, Windows Phone e do XBOX. Segundo o próprio profissional, as oportunidades para cientistas de dados estão crescendo cada vez mais no mercado. Contudo, ingressar na Microsoft não é tarefa fácil, principalmente por causa da grande concorrência. Todavia ele conta que há mais pessoas que se formaram no Instituto de Física de São Carlos e que estão na Microsoft, ou atuando na área de data science ou desenvolvimento de software em outras empresas. “Eu acho que o treinamento que recebemos no IFSC/USP é bastante adequado. Embora talvez existam algumas lacunas em relação à indústria, o curso é excelente”. Um ponto positivo na formação de um físico, que Marcello destaca, é que esses profissionais não têm medo de resolver problemas, por mais complexos que sejam.

Quanto aos planos futuros, Marcello diz que pretende continuar focado na área de data science e se aperfeiçoar como profissional. “O meu objetivo profissional é crescer fazendo aquilo que gosto de fazer. Acho que essa é uma receita básica para um profissional trazer contribuições sólidas para a empresa”.

Já quanto ao salário que um físico pode receber ao ingressar na Microsoft, ele revela que “A Microsoft oferece salários super competitivos com relação a média salarial para a indústria de software americana”. Marcello preferiu não comentar, mas de acordo com nossa pesquisa, a média de salário para a área é cerca de US$ 6.000,00 por mês (aproximadamente R$ 14.600,00 de acordo com o valor do dólar em Outubro de 2014).

De acordo com Marcello Hasegawa, aqueles que estão na graduação e anseiam em ingressar na indústria, não devem se limitar apenas à graduação, mas, sim, realizar uma pós-graduação. Ainda para o ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos, o IFSC/USP oferece um conjunto fantástico de recursos, como docentes, infraestrutura e ferramentas de alta qualidade, as quais os estudantes devem fazer bom proveito.

Por fim, Marcello diz que é importante que os jovens tenham uma visão ampla de tudo o que ocorre no mercado de trabalho e que se dediquem a conhecer claramente a área em que pretendem atuar.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de outubro de 2018

SIBi/USP: Seminário “Bibliotecas e o suporte ao pesquisador”

O Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi), da USP, leva a efeito no próximo dia 25 de outubro, entre as 13h30 e 17h30, no Auditório da Escola de Educação Física e Esporte da USP (Avenida Professor Mello de Morais, 65, Butantã, São Paulo), o seminário intitulado Bibliotecas e o suporte ao pesquisador: novas frentes e desafios, um evento que integra as atividades da XXI Semana do Livro e da Biblioteca e Semana Internacional do Acesso Aberto, que acontece entre os dias 22 e 26 do mesmo mês

A globalização e a crescente complexidade da Ciência e das atividades de pesquisa têm exercido cada vez mais pressão sobre os pesquisadores e os grupos de pesquisa, no que se refere à produção científica, ao exercício das atividades acadêmicas e administrativas, bem como no acompanhamento e melhoria do desempenho tanto do pesquisador quanto da Universidade. Nesse cenário, observa-se a necessidade cada vez maior de apoio, tanto a docentes quanto a alunos de pós-graduação, graduação e grupos de pesquisa.

Por outro lado, em anos recentes, o papel das bibliotecas universitárias no suporte à pesquisa começou a se ampliar e diversificar. Hoje, o trabalho desenvolvido pelas bibliotecas inclui a prestação de serviços de pesquisa, apoio na utilização de ferramentas de busca e sistemas de descoberta, acesso a materiais, dados e recursos eletrônicos além do catálogo, assistência à pesquisa avançada em áreas temáticas, elaboração de guias e tutoriais, projetos e parcerias entre as bibliotecas e a comunidade de pesquisa. Análise bibliométrica da produção científica, identificação digital, atualização de perfis e currículos online, promoção de workshops e treinamentos sobre ferramentas de pesquisa, escrita, orientação sobre direitos autorais, prevenção de plágio e apoio à gestão de dados de pesquisa são algumas das novas frentes.

Nesse ambiente, rico em interações tanto de pessoas quanto de conteúdos e ferramentas, sobressai a importância das bibliotecas no cumprimento da missão das universidades em relação à sociedade e no que diz respeito ao avanço da pesquisa e da ciência.

Objetivos do evento:
• Discutir os diferentes aspectos que envolvem a pesquisa e as atividades do pesquisador na atualidade
• Explorar o ecossistema da produção e comunicação científica e sua complexidade
• Evidenciar o papel do bibliotecário e das bibliotecas no suporte à pesquisa e ao pesquisador

A Programação está organizada da seguinte forma:

13h30 – 14h | Recepção e Credenciamento
14h – 14h30 | Abertura
Maria Fazanelli Crestana – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP;

14h30 – 15h | A escrita científica e as necessidades dos autores brasileiros
Valtencir Zucolotto – Portal de Escrita Científica da USP São Carlos;

15h – 15h30 | A pesquisa e seus desafios no Brasil e na USP
Sylvio Roberto Accioly Canuto – Pró-Reitoria de Pesquisa da USP;

15h30 – 15h45 | INTERVALO PARA CAFÉ

15h45 – 16h15 | Atividades de pesquisa na Graduação e o desenvolvimento profissional
Luiz Fernando Ferraz da Silva – Pró-Reitoria de Graduação da USP;

16h15 – 16h45 | Pós-Graduação e pesquisa: programas e projetos
Niels Olsen S. Câmara – Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP;

16h45 – 17h15 | As Bibliotecas e a gestão de dados abertos de pesquisa
Maria Eduarda dos Santos Puga – Coordenadoria da Rede de Bibliotecas da UNIFESP;

17h15 – 17h30 | Encerramento
Maria Fazanelli Crestana – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP;
Organização e Promoção: Sistema Integrado de Bibliotecas da USP

Apoio: Dot.Lib

Para fazer sua inscrição, clique AQUI

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2018

“Colloquium diei” apresenta palestra com Prof. Roberto Mendonça Faria (IFSC/USP)

Eletrônica Orgânica: Conceitos fundamentais e aplicações em dispositivos eletrônicos e optoeletrônicos foi o tema da palestra inserida em mais uma edição do programa Colloquium diei, relativo ao dia 05 de outubro do corrente ano, apresentada pelo docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Dr. Roberto Mendonça Faria – IFSC/USP.

O palestrante começou por recordar que o laboratório da natureza vem desenvolvendo a Eletrônica Orgânica (EO) desde o surgimento das primeiras moléculas orgânicas na Terra, há mais de 500 milhões da anos (era pré-cambriana). Porém, o homem inicia seus primeiros experimentos com dispositivos de moléculas orgânicas somente a partir da década de 1980.

Desde então, a Eletrônica Orgânica vem crescendo continuamente e hoje é uma das áreas interdisciplinares mais importantes da Ciência e da Tecnologia contemporânea, pois abre perspectivas de fundir os conhecimentos fundamentais da Física, da Química, da Bioquímica e de Engenharias.

Neste colóquio, o Prof. Roberto Faria apresentou os conceitos básicos da Eletrônica Orgânica e algumas de suas aplicações na indústria, eletrônica e em áreas da energia e da medicina, tendo destacado os projetos que vêm sendo desenvolvidos dentro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Eletrônica Orgânica (INEO), que é patrocinado pelo CNPq, pela CAPES e pela FAPESP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2018

ICAP-2018: O Novo Sistema Internacional de Unidades através de aula

Assista aqui à aula conjunta sobre o novo Sistema Internacional de Unidades, ministrada em julho último pelo diretor de nosso Instituto, Vanderlei Bagnato, junto com o Prêmio Nobel da Física – 1997, William Daniel Phillips,tendo como palco a realização, em Barcelona (Espanha), da International Conference in Atomic Physics (ICAP), que este ano completou 50 anos de existência.

O destaque desta aula, assistida por cerca de oitocentas pessoas, entre pesquisadores, docentes e alunos, centrou-se na conexão da física atômica com as novas definições do Sistema Internacional de Unidades, tendo em consideração que a partir de maio de 2019 o quilograma não será mais definido com base no artefato de Platina-Irídio, mantido em Paris, mas sim em constantes fundamentais da Física, como a constante de Planck.

Clique na imagem abaixo para assistir a esta aula.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2018

Três cientistas dividem “Prêmio Nobel da Física 2018”

A Real Academia Sueca de Ciências deu a conhecer, no dia de hoje (01/10), os vencedores do Prêmio Nobel da Física – 2018, partilhado pelos cientistas responsáveis por invenções inovadoras na área de Física a Laser: o americano Arthur Ashkin (96), que conquistou metade do valor do prêmio, o francês Gerard Mourou (74) e a canadense Donna Strickland (59), ambos partilhando a outra metade do valor do prêmio.

Arthur Ashkin é um cientista americano que trabalhou na Bell Laboratories e na Lucent Technologies. Ele começou seu trabalho na manipulação de micropartículas com luz laser no final dos anos 1960, que resultou na invenção de pinças ópticas em 1986.

Gérard Mourou é um pioneiro francês no campo da engenharia elétrica e lasers. Juntamente com Donna Strickland, ele co-inventou uma técnica chamada chirped pulse amplification, ou CPA, que mais tarde foi usada para criar pulsos de laser de intensidade muito alta e pulsos ultracurtos, desenvolvendo atualmente sua atividade na École Polytechnique, na França, e na Universidade de Michigan, Estados Unidos.

No que diz respeito a Donna Strickland – a terceira mulher a ganhar um Prêmio Nobel nesta área – , ela desenvolveu com seu grupo de pesquisa sistemas de laser de alta intensidade para investigações ópticas não-lineares. Atualmente desenvolve sua atividade na Universidade de Waterloo, no Canadá.

Arthur Ashkin, Gerard Mourou e Donna Strickland

Recordamos que Donna Strickland já esteve no IFSC/USP em julho de 2012, a convite da então aluna de pós-graduação Juliana Almeida e do IFSC/OSA Student Chapter. Em 2013, a cientista descreveu na revista científica OPN a sua visita ao Instituto de Física de São Carlos, tendo, na circunstância, elogiado o prêmio internacional que o IFSC/OSA Student Chapter conquistou Rochester (EUA), no ano anterior.

Donna Strickland com os alunos do IFSC/OSA Student Chapter em Rochester – 2012

Donna Strickland no IFSC/USP com os participantes do IFSC/OSA Student Chapter na IV Escola Avançada em Óptica e Fotônica – São Carlos 2012

Durante a conferência de imprensa do Prêmio Nobel, na manhã de hoje (02/10), Strickland foi lembrada por um repórter de que ela era a terceira mulher a ganhar e imediatamente respondeu: “Isso é tudo, realmente? Eu pensei que poderia ter havido mais. Ela continuou: “Precisamos celebrar as mulheres físicas porque estamos lá fora. Espero que, com o tempo, ela comece a avançar em um ritmo mais rápido ”.

(Com informações da Real Academia Sueca de Ciências / Ilustração principal: Niklas Elmehed)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2018

Novo biossensor detecta câncer de pâncreas com maior precisão

Na edição do dia 1º de outubro do corrente ano, a Agência FAPESP divulgou, em suas mídias, a criação de um novo biossensor que é capaz de detectar precocemente um dos tumores mais raros no Brasil e cuja letalidade está comprovada – o câncer de pâncreas, dispositivo desenvolvido por pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com cientistas do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), do Hospital de Câncer de Barretos e da Universidade do Minho, de Portugal.

Com a devida vênia, reproduzimos abaixo a matéria assinada por Elton Alisson (Agência FAPESP) relativa a esta pesquisa.
Um tipo de tumor raro no Brasil, o câncer de pâncreas é altamente letal. Isso porque o diagnóstico é difícil, os sintomas demoram a aparecer e, quando surgem, indicam que a doença está em estágio avançado e é mais resistente ao tratamento.
A fim de diagnosticar mais precocemente o tumor, têm sido feitos esforços para gerar métodos de triagem a partir de exames de rotina, como de sangue e de urina. Isso poderia aumentar a expectativa de vida de pacientes com predisposição ou com sintomas ainda inexistentes, mas os testes disponíveis ainda são caros e têm precisão limitada.

Um biossensor criado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), com colegas do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), do Hospital de Câncer de Barretos e da Universidade do Minho, de Portugal, pode mudar esse quadro de diagnóstico da doença.

Os cientistas construíram um dispositivo potencialmente de baixo custo, capaz de detectar o biomarcador do câncer de pâncreas com alta sensibilidade e seletividade.

Desenvolvido no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP, o imunossensor foi descrito em um artigo publicado na revista Analyst. O artigo foi destaque de capa da publicação editada pela Royal Society of Chemistry. “Conseguimos fazer um biossensor de baixo custo que demonstrou ser capaz de detectar o biomarcador do câncer de pâncreas em amostras reais de sangue e de células tumorais em uma faixa de relevância clínica”, disse Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do IFSC-USP e um dos criadores do dispositivo.

O dispositivo é formado por duas lâminas em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro). Uma das películas é composta por ácido 11-mercaptoundecanoico (11-MUA) e a outra é uma camada ativa de anticorpos capazes de reconhecer o antígeno CA19-9.

Sintetizada por células pancreáticas e do duto biliar, essa proteína é usada como biomarcador de câncer de pâncreas, uma vez que sua concentração é alta em pessoas acometidas pela doença.

A detecção dessa proteína é feita normalmente por meio do teste conhecido por Elisa (sigla em inglês para “ensaio de imunoabsorção enzimática”). Trata-se de exame de sangue baseado na interação específica entre o antígeno e seu anticorpo correspondente. Esse método, contudo, tem custo alto e sensibilidade limitada, o que dificulta seu uso para detectar câncer pancreático nos estágios iniciais. “O antígeno CA19-9 não é completamente específico para detecção de câncer de pâncreas. Pacientes com pancreatite [inflamação do pâncreas] também podem apresentar alteração na produção dessa proteína”, explicou Oliveira Junior.

A camada ativa de anticorpos capazes de reconhecer o antígeno CA19-9 no imunossensor é sobreposta à lâmina composta por ácido 11-MUA. As duas películas em escala nanométrica repousam sobre trilhas de eletrodos (materiais condutores de eletricidade) de ouro, impressas em uma lâmina de vidro de microscópio.

Prof. Osvaldo Novaes de Oliveira Junior

Ao colocar uma amostra de sangue ou de células tumorais de um paciente sobre o biossensor, ocorre uma interação com a camada ativa de anticorpos com o antígeno CA19-9. A interação entre os anticorpos e os antígenos gera um sinal elétrico. A intensidade do sinal permite saber se há ou não uma quantidade excessiva de CA19-9 no material coletado. “Produzimos o imunossensor com arquitetura mais simples possível para imobilizar anticorpos da proteína CA19-9. Para conseguir obter alta sensibilidade ao antígeno, a arquitetura de imunossensores que foram desenvolvidos antes era mais complicada, utilizava mais materiais e tinha mais etapas de construção”, disse Oliveira Junior.

Apesar da simplicidade do dispositivo, contudo, o desempenho dele na detecção da proteína CA19-9 foi competitivo com sensores similares e mais sofisticados, incluindo outros desenvolvidos anteriormente pelo próprio grupo de pesquisadores.

O novo imunossensor foi capaz de detectar o antígeno em amostras comerciais, com um limite de detecção de 0,68 unidade por mililitro, além de discriminar amostras de sangue de pacientes do Hospital de Câncer de Barretos com diferentes concentrações de CA19-9.

Em experimentos para avaliar a seletividade da proteína pelo imunossensor, o dispositivo foi capaz de distingui-la de outros possíveis interferentes. “Esses resultados confirmaram alta seletividade e robustez do imunossensor, o que reduz o risco de diagnósticos falso-positivos, e comprovaram a alta sensibilidade do dispositivo somente quando há a interação entre o anticorpo e o antígeno”, disse Oliveira Junior.

Na avaliação dos pesquisadores, os resultados dos experimentos com o imunossensor confirmam que a tecnologia está madura para introduzi-la na prática clínica. Há, porém, desafios importantes para serem enfrentados para que esse tipo de dispositivo possa ser amplamente utilizado.

O primeiro deles está associado à produção em grande quantidade desses dispositivos, com resultados idênticos. O segundo desafio está relacionado à análise de dados gerados pelos testes para estabelecer padrões de detecção.

Segundo Oliveira Junior, essas análises poderão ser feitas por meio de técnicas de computação, que permitem visualizar os dados em gráficos, e de seleção de atributos, que possibilitam escolher parte de um sinal gerado pelos testes para fazer distinções de padrões. “Esse trabalho exigirá pesquisas com a participação de cientistas da computação”, disse.

Clique AQUI para acessar o artigo A simple architecture with self-assembled monolayers to build immunosensors for detecting the pancreatic cancer biomarker CA19-9 (doi: 10.1039/c8an00430g), de Andrey Coatrini Soares, Juliana Coatrini Soares, Flavio Makoto Shimizu, Valquiria da Cruz Rodrigues, Iram Taj Awan, Matias Eliseo Melendez, Maria Helena Oliveira Piazzetta, Angelo Luiz Gobbi, Rui Manuel Reis, José Humberto T. G. Fregnani, André Lopes Carvalho e Osvaldo N. Oliveira Junior, pode ser lido por assinantes da revista Analyst

(Com informações da Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP