Notícias

17 de maio de 2011

Último encontro rendeu elogios e satisfação de coordenador e participantes

Neste sábado, 14 de maio, foi realizado o último encontro do curso de capacitação para professores de física do ensino médio, realizado pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e coordenado pelo docente, Marcelo Alves de Barros.

O curso, que teve início em 19 de março, somou cinco encontros, realizados quinzenalmente, aos sábados, trazendo participantes de todas as cidades do estado e de fora dele. “Este curso está vinculado a um projeto ensino público da FAPESP, que tem a coordenação geral do professor Maurício Pietrocola, da Faculdade de Educação da USP e eu sou o coordenador do pólo São Carlos”, esclarece Marcelo.

De acordo com o docente, a maior motivação em oferecer esse curso foi encaixar a proposta curricular aprovada no estado de São Paulo, que já apresenta física moderna e contemporânea na grade curricular. “No terceiro ano do ensino médio, a partir do 3º e 4º semestres, a física moderna e contemporânea já estão inseridas como conteúdo obrigatório e como temas que devem ser atualizados e trabalhados em sala de aula”, conta. “Há uma pré-concepção de que a física moderna é algo impossível de ser ensinado. Essas crenças é que impedem ou dificultam que se trabalhe com esses conteúdos e nosso curso quis proporcionar uma visão, a esses professores, de que é possível ensinar e trabalhar com tais temas em sala de aula”.

O número recorde de interessados em participar do curso – 780- mostra a necessidade e vontade de educadores em aprimorar o conteúdo oferecido em sala de aula. “Quando propusemos esse curso aqui em São Carlos, não esperávamos um número tão grande de interessados. Muitas vezes criticamos o professor por sua deficiência na formação, mas esse número indica que se for oferecido um curso de qualidade, o professor terá interesse e virá”, conta.

Feedback dos participantes

Karina Colósio, professora que ministra aulas à distância, veio de Bebedouro para participar do curso. No último encontro, ela conta que “o curso foi válido, pois devemos ter uma continuidade de estudos e, quando lidamos com profissionais preparados, ampliamos nossos conhecimentos”. Ela elege as discussões sobre matéria escura e raios cósmicos como os destaques do curso.

Já Hernani dos Santos, vindo de Guaxupé (MG), confessa que, em princípio, considerava a aplicação de física moderna em sala de aula impossível. “Quando eu pensava em física moderna, sempre associava cálculo integral e diferencial, algo que o aluno não tem acesso na educação básica. Mas, tivemos muitos experimentos fáceis de ser aplicados, em conjunto com a física clássica, que é o conteúdo que o aluno conhece”, conta. “Esses experimentos nos agregaram um conhecimento muito grande, o que fez valer muito à pena participar desse curso! Apliquei essas experiências no terceiro colegial, em uma sexta-feira à noite, e a participação dos alunos foi imensa!”, comemora o professor.

Sobre o curso

O curso, que teve o apoio da FAPESP, junto à Secretaria Estadual de Educação do estado de São Paulo, via Coordenadoria de Estudos de Normas Pedagógicas (CENP), somou 50 horas, 10 delas aplicadas em aula, pelos participantes. “O intervalo entre um encontro e outro foi justamente para que os professores tivessem o tempo necessário para aplicar nossas atividades propostas e, posteriormente, compartilhar conosco os resultados obtidos”, explica Marcelo.

Entre os destaques do que foi oferecido durante os encontros do curso, Marcelo afirma que todos os temas discutidos foram pertinentes e atuais. “Nosso curso teve dois eixos: física de partículas e raios cósmicos. Graças a nossa colaboração com pesquisadores da área, tanto do IFSC, como da USP de São Paulo, tivemos condições de oferecer um curso bem embasado e nossas atividades deram certo, pois sabíamos quais eram os passos que estávamos seguindo”, diz.

Sobre projeções futuras, Marcelo afirma que há intenção de oferecer mais edições do curso, para que os professores que não foram selecionados na primeira edição, tenham a oportunidade de participar. “Nosso objetivo final, na realidade, é o aluno, pois se o professor chegar à escola mais entusiasmado e der uma aula de melhor qualidade, há uma grande chance de o aluno querer estudar física. Queremos atingir os alunos, formando melhores professores”, conclui.

Assessoria de Comunicação

Data: 17 de maio

 

Imprimir artigo
Compartilhe!
Share On Facebook
Share On Twitter
Share On Google Plus
Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..