Circuito Florístico – Trilha para quem tem pressa

Trilha para quem tem pressa

Esta trilha é uma oportunidade para conhecer um pouco mais sobre espécies arbóreas de grande importância no Brasil, tanto nativas quanto exóticas, de um modo pedagógico e rápido. Assim, se você só tem 15 minutos, escolha esta trilha, pois nela estão algumas espécies exuberantes que não podem deixar de serem vistas!
  • Total de espécies: 9 espécies
  • Tempo gasto: 15 minutos
  • Locais: Praça central e Instituto de Física de São Carlos
Espécie Local Eixo
01 Quaresmeira Praça central Visual
02 Pau-Brasil Praça central Histórico
03 Jatobá Praça central Cultural
04 Sibipiruna Praça central Cultural
05 Canelinha EESC Bloco E1 Visual/Frutífera
06 Ipê rosa Praça das décadas Visual
07 Ipê rosa Praça das décadas Visual
08 Ipê branco IFSC Admin. Visual
09 Palmeira Imperial Estacionamento IFSC Cultural/Histórica

Mapa da Trilha para quem tem pressa

Espécie 01
Nome popular: Quaresmeira
Nome científico: Pleroma granulosum (Desr.) D.Don.
Família: Melastomataceae

Espécie endêmica do Brasil e da encosta da Mata Atlântica.

A espécie possui porte médio. Suas flores são abundantes e vistosas, têm coloração roxa ou rosa, e devido a estes fatores é muito utilizada nos plantios com fins ornamentais e na arborização urbana. Embora seja chamada de quaresmeira, quando cultivada, a floração é mais ampla do que o período da quaresma, prolongando-se por muitos meses e ocorrendo, geralmente, duas vezes ao ano, no início do verão e no fim do inverno. Os frutos são secos do tipo cápsula contendo minúsculas sementes e ocorrem nos meses de abril a setembro.

Espécie 02
Nome popular: Pau-Brasil
Nome científico: Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis.
Família: Fabaceae

Espécie endêmica do Brasil e da Mata Atlântica.

Sua história está, literalmente, escrita no nome de nosso país. A espécie possui crescimento lento e porte grande, e devido à sua beleza e importância histórica é muito cultivada no paisagismo urbano. Foi intensamente explorada durante o período colonial do Brasil, isto devido a extração de matéria-prima, do lenho, para confecção de corante vermelho para tingimento de tecidos e produção de tintas para escrever. Sua madeira é nobre, foi usada para construção civil e naval, além disso, a árvore tem relação íntima com a música clássica, dado que, até hoje, são confeccionados arcos de violino a partir de seu denso e avermelhado cerne. Apresenta folhas alternas e compostas paripinadas e acúleos notáveis e característicos no tronco, nos ramos e nos frutos, que são do tipo legume. As flores, amarelas, são abundantes e vistosas, podem aparecer de setembro a dezembro. Os frutos ocorrem nos meses de outubro a janeiro.

Espécie 03
Nome popular: Jatobá
Nome científico: Hymenaea courbaril L
Família: Fabaceae

Espécie nativa que ocorre desde o México e das Antilhas até a América do Sul.

A espécie possui grande porte e pode atingir de 15 a 20 metros de altura e até 1 metro de diâmetro. Esta árvore é muito versátil e tem múltiplos usos: sua madeira é pesada e resistente; a polpa dos frutos é nutritiva e pode ser consumida ao natural,  tem grande utilização na cultura indígena como planta medicinal; a espécie é uma ótima sombreadora de pastos; é utilizada no paisagismo de jardins e parques, evitando-se o plantio em ruas e avenidas por conta dos grandes frutos que podem causar danos. Suas flores brancas podem aparecer durante os meses de junho a fevereiro  e nelas é fácil identificar os órgãos reprodutores (antera e estigma).  Seus frutos amadurecem a partir do mês de abril até novembro.


Espécie 04
Nome popular: Sibipiruna
Nome científico: Cenostigma pluviosum (DC.) Gagnon & G.P.Lewis
Família: Fabaceae

Espécie nativa do Brasil, ocorre também na Bolívia, Argentina e no Paraguai.

A espécie é de grande porte, quando adulta varia de 8 a 16 metros. Possui uma florada amarela belíssima e é muito utilizada para arborização urbana de parques. Entretanto há alguns inconvenientes por conta do acúmulo de resíduos gerados pelas quedas folhas e da suscetibilidade o psilídeo Isogonoceraia divergipennis, pequeno inseto que prejudica a aparência da planta e libera excremento pegajoso que adere no piso, nos veículos e nos sapatos. Suas flores amarelas e abundantes podem ocorrer de agosto a novembro, seus frutos são secos e deiscentes com poucas sementes, podem ocorrer de junho a setembro.

Espécie 05
Nome popular: Canelinha
Nome científico: Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
Família: Lauraceae

Espécie nativa do Brasil, ocorre também na Argentina, no Paraguai, e no Uruguai.

A espécie é de médio porte, quando adulta pode chegar até 25 metros de altura. Planta comum na restauração florestal, seus frutos são atrativos da avifauna e devido ao aspecto de sua copa, arredondada, densa e globosa a tornou uma das espécies nativas mais usadas na arborização urbana em cidades do Sul e Sudeste. Árvore perenifólia com folhas simples, alternas e aromáticas quando amassadas. Inflorescência com pequenas folhas brancas ou amarelas, floresce entre os meses de abril a outubro. Seus frutos são elípticos, pequenos de coloração que vai do verde a enegrecido com cúpula similar a uma taça, resultante do crescimento do receptáculo floral.

Espécie 06
Nome popular: Ipê-rosa
Nome científico: Tabebuia Rosea (Bertol.) Bertero ex A.DC.
Família: Bignoniaceae

Espécie exótica no Brasil, nativa do México até o norte da América do Sul, a espécie foi eleita árvore nacional em El Salvador. No Brasil, vem sendo muito utilizada no paisagismo em geral devido a sua belíssima floração.

Árvore de porte grande e possui crescimento rápido, diferentemente dos ipês nativos do Brasil. Por ser morfologicamente parecidos aos ipês-roxos nativos, às vezes é introduzido de forma equivocada em plantios de restauração florestal na Mata Atlântica. Alguns indivíduos possuem superbrotamento do ápice causado por um fitoplasma, que com o decorrer do tempo causam um aspecto desagradável na estrutura da árvore.

Espécie 07
Nome popular: Ipê-rosa
Nome científico: Tabebuia Rosea (Bertol.) Bertero ex A.DC.
Família: Bignoniaceae

Espécie exótica no Brasil, nativa do México até o norte da América do Sul, a espécie foi eleita árvore nacional em El Salvador. No Brasil, vem sendo muito utilizada no paisagismo em geral devido a sua belíssima floração.

Árvore de porte grande e possui crescimento rápido, diferentemente dos ipês nativos do Brasil. Por ser morfologicamente parecidos aos ipês-roxos nativos, às vezes é introduzido de forma equivocada em plantios de restauração florestal na Mata Atlântica. Alguns indivíduos possuem superbrotamento do ápice causado por um fitoplasma, que com o decorrer do tempo causam um aspecto desagradável na estrutura da árvore.


Espécie 08
Nome popular: Ipê Branco
Nome científico: Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sandwith.
Família: Bignoniaceae

Espécie nativa no Brasil, com ampla ocorrência em diversos estados da região Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de Paraná e Maranhão.

A espécie é de médio porte e pode atingir até 16 metros de altura. Esta espécie é encontrada geralmente sobre solo raso ou pedregoso e, embora dure poucos dias, sua floração é maravilhosa, portanto também é amplamente utilizada para arborização urbana. O Ipê Branco geralmente é o último dos ipês tradicionais a florescer no ano.

A floração ocorre entre os meses de agosto a outubro, podendo até mesmo ocorrer duas vezes ao ano. Seus frutos amadurecem a partir do mês de outubro até dezembro.

Espécie 09
Nome popular: Palmeira Imperial
Nome científico: Roystonea oleracea (Jacq.) O.F.Cook
Família: Arecaceae

Espécie Exótica no Brasil, nativa do Caribe, Colômbia e norte da Venezuela.

A espécie é de grande porte e foi introduzida pela primeira vez no Brasil por Dom João VI, em 1809, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Por ter sido plantada pelo imperador (que na época era príncipe regente) a espécie passou a ser conhecida por Palmeira-Imperial. Tornou-se símbolo do Império e era amplamente encontrada no Rio de Janeiro no século XIX. Apesar de exótica se adaptou muito bem ao clima brasileiro, aliás acredita-se que o maior exemplar registrado no mundo seja uma centenária planta do Horto Florestal de Rio Claro – SP, com 42m de altura.

O exemplar plantado pelo imperador recebeu o nome simbólico de Palma Mater (palmeira mãe), uma vez que originou as sementes das demais palmeiras imperiais plantadas no Brasil. Em 1972 este exemplar foi atingido por um raio, e em seu lugar foi plantado outra, da mesma espécie, cuja semente era proveniente da espécie destruída, e foi simbolicamente chamada de Palma Filia.

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