Nº | Espécie | Local | Eixo |
01 | Ingá | Estacionamento EESC | Cultural |
02 | Guapuruvu | Instituto Fábrica do Milênio | Cultural |
03 | Pitomba | IFSC Administração | Cultural/Frutífera |
04 | Cedro | EESC Bloco B | Econômico |
05 | Quaresmeira | Praça central | Visual |
06 | Jatobá | Praça central | Cultural |
07 | Mogno | Praça central | Econômico |
08 | Pau-Brasil | Praça central | Histórico |
09 | Pitanga | CAASO – estacionamento | Frutífera |
10 | Sibipiruna | Praça central | Cultural |
11 | Paineira | Alojamento | Cultural/Visual |
12 | Jequitibá | EESC – Geotecnia | Cultural |
13 | Peroba-Rosa | EESC – Geotecnia | Econômico |
14 | Araucária | EESC – Marcenaria | Cultural |
Circuito Florístico – Trilha de árvores nativas
Trilha de árvores nativas
Mapa da Trilha de árvores nativas
Espécie 01
Nome popular: Ingá
Nome científico: Inga spp.
Família: Fabaceae
Gênero nativo da Floresta Ombrófila Densa. Muito presente na cultura tupi-guarani, do qual seu nome deriva e significa “empapado”, devido ao interior de suas vagens, suas sementes apresentam-se envolvidas por uma polpa.
É utilizado como alimento e para fabricação de fitoterápicos (cicatrizantes). Suas vagens (frutos) podem atingir até 1 metro de comprimento, mas no geral têm de 10 a 30 centímetros. A árvore pode chegar a 15 metros. Frutifica durante todo o ano.
Espécie 02
Nome popular: Guapuruvu
Nome científico: Schizolobium parahyba (Vell.) Blake var. parahyba
Família: Fabaceae
Espécie endêmica do Brasil e nativa da Mata Atlântica, de Santa Catarina ao sul da Bahia.
Espécie de grande porte que pode chegar a 30 metros de altura e tem rápido crescimento. Suas folhas são bipinadas e podem chegar até 1 metro de comprimento. A árvore é símbolo de Florianópolis, capital de Santa Catarina e seu nome deriva do tupi, e significa “árvore de fazer canoa”, pois a madeira era utilizada para a construção de canoas por diversas etnias indígenas.
A partir do mês de agosto ocorre a queda da folhagem e o início da floração, surgindo pequenas flores amarelas que exibem uma belíssima florada. Os frutos amadurecem entre os meses de abril e julho. Uma curiosidade desta espécie é a liberação/dispersão das sementes achatadas, com formato de uma ficha, empacotadas dentro de uma “embalagem” em formato de uma gota. Como a embalagem demora para se decompor, podem ser encontradas sob as árvores na maior parte do ano e coletadas para obtenção das sementes.
Espécie 03
Nome popular: Pitomba
Nome científico: Talisia esculenta (Cambess.) Radk.
Família: Sapindaceae
Espécie nativa do Brasil de ampla distribuição, ocorre em diversos domínios fitogeográficos, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste .
A árvore possui grande porte e pode chegar a 12 metros de altura. Seus frutos são amplamente consumidos no norte do Brasil, servindo como fonte de renda para os vendedores ambulantes. A floração acontece durante os meses de agosto e outubro, e encontram-se frutos maduros durante os meses de janeiro a março.
Espécie 04
Nome popular: Cedro, cedro-rosa
Nome científico: Cedrela fissilis Vell.
Família: Meliaceae
Espécie nativa do Brasil, embora tenha ampla distribuição podendo ocorrer da América Central até a Argentina não é abundante nas florestas e foi muito explorado para o uso da madeira de grande valor comercial. Espécie considerada ameaçada de extinção.
Quando adulta chega a atingir de 20 a 35 metros e possui crescimento lento. Suas folhas são compostas e podem chegar a medir 1 metro de comprimento. Hoje o cultivo comercial para a produção de madeira é bastante limitado devido à ocorrência generalizada das brocas-das-meliáceas.
A floração ocorre durante os meses de agosto a setembro. Já o amadurecimento dos frutos ocorre durante os meses de julho a agosto, quando a árvore se encontra sem folhas. Quando estiver sob a copa desta árvore, procure por seus frutos no chão. Estes são muito bonitos e fáceis de identificar, pois quando abertos, lembram flores de madeira.
Espécie 05
Nome popular: Quaresmeira
Nome científico: Pleroma granulosum (Desr.) D.Don
Família: Melastomataceae
A espécie é nativa do Brasil e endêmica da Mata Atlântica, tem ocorrência restrita à Floresta Ombrófila Densa do estado do Rio de Janeiro e do extremo litoral norte de São Paulo.
A árvore é de médio porte e possui uma intensa e bela florada, portanto muito utilizada no Brasil para fins ornamentais, principalmente para arborização urbana em plantios sob fiação elétrica.
Embora tenha o nome de quaresmeira, sua floração é mais ampla que o período da quaresma, prolongando-se por muitos meses, geralmente, em dois momentos distintos, no início do verão e no fim do inverno.
Espécie 06
Nome popular: Jatobá
Nome científico: Hymenaea courbaril L.
Família: Fabaceae
Espécie nativa que ocorre desde o México e das Antilhas até a América do Sul.
A espécie possui grande porte e pode atingir de 15 a 20 metros de altura e até 1 metro de diâmetro. Esta árvore é muito versátil e tem múltiplos usos: sua madeira é pesada e resistente; a polpa dos frutos é nutritiva e pode ser consumida ao natural, tem grande utilização na cultura indígena como planta medicinal; a espécie é uma ótima sombreadora de pastos; é utilizada no paisagismo de jardins e parques, evitando-se o plantio em ruas e avenidas por conta dos grandes frutos que podem causar danos. Suas flores brancas podem aparecer durante os meses de junho a fevereiro e nelas é fácil identificar os órgãos reprodutores (antera e estigma). Seus frutos amadurecem a partir do mês de abril até novembro.
Espécie 07
Nome popular: Mogno
Nome científico: Swietenia macrophylla King.
Família: Meliaceae
Espécie nativa que ocorre do México até a Amazônia, frequentemente encontrada na Floresta de Terra Firme na região sudeste do Pará e em Rondônia.
A espécie é de grande porte e pode atingir de 25 a 30 metros de altura. Sua madeira, que tem cor castanho-avermelhado, é utilizada mundialmente para construção de violões, devido às suas especificidades. Apresenta flores amarelas, e podem aparecer durante os meses de novembro a janeiro; seus frutos são ovóides com cerca de 20 centímetros, e aparecem durante os meses de setembro a novembro. Quando estiver sob a copa desta árvore, perca alguns minutos procurando por suas sementes no chão. Elas são leves, aladas, com cerca de 10 cm de comprimento, e possuem a mesma cor intensa da madeira (castanho-avermelhado).
Espécie 08
Nome popular: Pau-Brasil
Nome científico: Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis.
Família: Fabaceae
Espécie endêmica do Brasil e da Mata Atlântica.
Sua história está, literalmente, escrita em nome de nosso país. A espécie possui crescimento lento e porte grande, e devido à sua beleza e importância histórica, a espécie é muito cultivada no paisagismo urbano. Foi intensamente explorada durante o período colonial do Brasil, isto devido a extração de matéria-prima, do lenho, para confecção de corante vermelho, para tingimento de tecidos e produção de tintas para escrever. Sua madeira é nobre, foi usada para construção civil e naval, além disso, a árvore tem relação íntima com a música clássica, dada que, até hoje, são confeccionados arcos de violino a partir de seu denso e avermelhado cerne. Apresenta folhas alternas e compostas paripinadas e acúleos notáveis e característicos no tronco, nos ramos e nos frutos, que são do tipo legume. As flores, amarelas, são abundantes e vistosas, podem aparecer de setembro a dezembro. Os frutos ocorrem nos meses de outubro a janeiro.
Espécie 09
Nome popular: Pitanga
Nome científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae
Espécie nativa do Brasil, ocorre no Cerrado e no sub-bosque de florestas de Mata Atlântica, também têm ocorrência nativa na Argentina e Uruguai.
A árvore possui porte médio é tardia e de crescimento lento. Espécie frequentemente encontrada em pomares domésticos, pois seu fruto é comestível ao natural, em forma de doces e geléias, sendo muito popular. Apesar disso, o cultivo comercial não é muito usual. Seus frutos são atrativos de avifauna e a espécie é de fácil produção de mudas, o que a torna muito utilizada em plantios de restauração florestal da Mata Atlântica, além disso é muito utilizada na arborização urbana nos plantios de parques e jardins.
Espécie 10
Nome popular: Sibipiruna
Nome científico: Cenostigma pluviosum (DC.) Gagnon & G.P.Lewis
Família: Fabaceae
Espécie nativa do Brasil, ocorre também na Bolívia, Argentina e no Paraguai.
A espécie é de grande porte, quando adulta varia de 8 a 16 metros. Possui uma florada amarela belíssima e é muito utilizada para arborização urbana de parques. Entretanto há alguns inconvenientes por conta do acúmulo de resíduos gerados pelas quedas folhas e da suscetibilidade o psilídeo Isogonoceraia divergipennis, pequeno inseto que prejudica a aparência da planta e libera excremento pegajoso que adere no piso, nos veículos e nos sapatos. Suas flores amarelas e abundantes podem ocorrer de agosto a novembro, seus frutos são secos e deiscentes com poucas sementes, podem ocorrer de junho a setembro.
Espécie 11
Nome popular: Paineira
Nome científico: Ceiba speciosa
Família: Malvaceae
Espécie nativa do Brasil e de vários países da América do Sul, encontrada em todas as regiões brasileiras.
Árvore de grande porte, muito utilizada na restauração florestal da Mata Atlântica. Quando o fruto fica maduro ele se abre e libera as sementes que são envoltas por paina branca e dispersa pelo vento, a paina já foi muito utilizada no passado para enchimento de travesseiros, almofadas e brinquedos.
Devido a copa ampla e ramificada, que fornece ótima sombra quando enfolhada, e à bela floração que se destaca quando a árvore está sem folhas, é bastante conhecida e utilizada no paisagismo de praças, parques e grandes jardins.
Espécie 12
Nome popular: Jequitibá
Nome científico: Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze
Família: Lecythidaceae
Espécie nativa do Brasil e da floresta da mata atlântica, possui uma ampla distribuição.
A árvore possui grande porte e é muito comumente encontrada em viveiros e em plantios de restauração florestal. Devido à facilidade de produção das mudas mudas e ao bom crescimento nos plantios, tem sido uma das espécies nativas mais recomendadas para cultivo visando produção madeireira. O seu grande porte inviabiliza seu uso na arborização de calçadas e residências, mas é bastante utilizada para plantio de parques, grandes jardins e praças.
Espécie 13
Nome popular: Peroba-Poca
Nome científico: Aspidosperma cylindrocarpon Müll.
Família: Apocynaceae
A espécie é nativa do Brasil, ocorre na floresta da mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.
Árvore de grande porte, pode atingir 16 metros de altura e possui crescimento lento. Apresenta flores amarelas bem pequenas, que florescem durante os meses de setembro a novembro, já a maturação do fruto ocorre durante os meses de agosto a setembro. Os frutos são folículos deiscentes e, quando maduros, liberam sementes aladas que são facilmente disseminadas pelo vento.
Espécie 14
Nome popular: Araucária, pinheiro-do-paraná
Nome científico: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
Família: Araucariaceae
A espécie é nativa do Brasil e ocorre na porção Sul do continente.
Árvore de grande porte, tronco retilíneo e de crescimento monopodial é longeva e a maior gimnosperma brasileira. A espécie dá o nome à Mata de Araucária e é símbolo do Paraná, além disso é representada na bandeira da cidade de São Carlos. A árvore possui múltiplos usos, como exemplo a sua semente que é comestível e conhecida como “pinhão”, muito apreciado nas comidas típicas da região, é colhido no inverno o que gera renda para comunidades locais. Além disso, é fonte de alimento para a gralha-azul, que também é responsável pela sua dispersão. Apesar de muitas ações de conservação terem sido adotadas, a espécie ainda está ameaçada de extinção.