Circuito Florístico – Trilha para quem tem fome de fruta

Trilha para quem tem fome de fruta

Nesta trilha você terá a chance de conhecer as variadas espécies de frutíferas presentes no Campus da USP de São Carlos.  Para identificar e conhecer melhor as espécies,  após o mapa de localização, você encontrará uma descrição resumida das plantas, além  de dicas das melhores épocas  do ano para experimentar e se deliciar nesta trilha.
  • Total de espécies: 9
  • Tempo gasto: 30 minutos
  • Locais: Da praça central ao Instituto de Física de São Carlos
Espécie Local Eixo
01 Jabuticabeira Instituto Fábrica do Milênio Frutífera
02 Tamarindo Laboratório SHS Frutífera
03 Uva-japonesa Instituto Fábrica do Milênio Frutífera
04 Goiabeira EESC Bloco B Frutífera
05 Caquizeiro EESC Bloco B Frutífera
06 Mangueira Estacionamento IFSC Frutífera
07 Pitangueira IFSC Admin. Frutífera
08 Aceroleira Alojamento bloco A Frutífera
09 Amoreira EESC – Robótica Frutífera

 

 

Mapa da Trilha para quem tem fome de fruta

Espécie 01
Nome popular: Jabuticabeira
Nome científico: Plinia cauliflora (Mart.) Kausel
Família: Myrtaceae

Espécie endêmica do Brasil e nativa da Mata Atlântica, existem outras espécies de jabuticabeiras existentes na Argentina e Paraguai.

A árvore apresenta porte médio, crescimento lento e produção de frutos tardia. No Rio de Janeiro, a jabuticaba foi utilizada no lugar da uva para a produção de vinhos pelos imigrantes, que não encontravam a fruta tradicional para a produção do vinho no Brasil.

Sua floração é branca e surge diretamente no caule, fenomeno chamado de caaulifloria, mais tarde originarão os frutos negros,  que contrastam com os caules de cor clara. Podem ocorrer duas florações ao ano (julho-agosto e novembro-dezembro), com os frutos amadurecendo de agosto a setembro e de janeiro a fevereiro. Isso mesmo, há chances de encontrar os frutos duas vezes ao ano!

Espécie 02
Nome popular: Tamarindo
Nome científico: Tamarindus indica L.
Família: Fabaceae

A espécie é exótica, ainda não se tem clareza de qual é o país de origem.

A árvore apresenta porte grande e é amplamente utilizada de forma ornamental e para produção dos frutos.  Índia o maior produtor mundial de seu fruto.

Floresce durante os meses de setembro e outubro, produzindo pequenas e curtas flores amarelas.  O tamarindo, geralmente é colhido na estação seca do ano.
Uma curiosidade é que, mesmo não sendo uma espécie nativa do Nordeste brasileiro, o tamarindeiro é considerado uma planta frutífera típica da região. O fruto é um legume (vagem) revestido por uma casca dura, mas frágil e quebradiça quando o fruto se torna maduro. A polpa interna comestível é marrom-avermelhada, fibrosa e ácida. O tamarindo é utilizado na fabricação de sucos, sorvetes, pastas, doces, polpas, mas pode ser consumido in natura (se você gostar de sabores ácidos!).

Espécie 03
Nome popular: Uva japonesa
Nome científico: Hovenia dulcis Thunb.
Família: Rhamnaceae

A espécie é exótica no Brasil, oriunda da Ásia Oriental (Japão, Coréia, China e Himalaia).

Árvore de porte médio, sua altura pode chegar de 10 a 15 metros na fase adulta. O pedúnculo que sustenta os frutos é comestível, doce e marrom-avermelhado. Espécie rústica de rápido crescimento, atrativo da avifauna e de fácil disseminação, pode ser uma espécie com potencial de invasão em áreas de vegetação nativa, especialmente nas regiões sudeste e sul do Brasil, seu plantio deve ser feito com planejamento e cautela.

Floresce nos meses de agosto a fevereiro, aparecendo pequenas flores brancas. Os frutos surgem de março até outubro.

Espécie 04
Nome popular: Goiabeira
Nome científico: Psidium guajava L.
Família: Myrtaceae

A espécie é considerada nativa do México até o norte da América do Sul, porém a sua origem é incerta foi domesticada pelo continente a milênios atrás, muitos a tratam como nativa do Brasil, outros por sua vez tratam-na como invasora, portanto não é recomendada para plantios de restauração.

Árvore de porte médio, pode atingir até 6 metros de altura. A goiabeira é cultivada comercialmente em diversos países tropicais, seus frutos são muito populares e podem ser consumidos ao natural ou como sucos, doces, compotas e geleias. O Brasil é um dos 10 maiores produtores mundiais de goiaba.

A floração ocorre durante o fim do mês de setembro a novembro, aparecendo pequenas flores brancas além de novas folhas. Frutifica de dezembro a março.

Espécie 05
Nome popular: Caquizeiro
Nome científico: Diospyros kaki L.
Família: Ebenaceae

A espécie é exótica originária do Japão e China.

Árvore de médio porte,podendo medir de 3 a 15 metros de altura. Cultivada tanto em pomares domésticos como em plantios comerciais. O fruto é globoso, com até 10 cm de comprimento, casca muito fina, vermelha e polpa adocicada, pode ser consumido ao natural ou encontrado na forma de caqui-passa, doce cristalizado, geléia, suco e em calda.

A frutificação, na maioria das espécies, não necessita de polinização. É por partenocarpia (quando a formação dos frutos ocorre sem fecundação de óvulos e, consequentemente, com a ausência de sementes). Seus frutos podem ser encontrados de março a abril.

Espécie 06
Nome popular: Mangueira
Nome científico: Mangifera indica L.
Família: Anacardiaceae

A espécie é  exótica, originária da Índia e sudoeste da Ásia, amplamente dispersa e cultivada em todas as regiões tropicais.

A árvore é de grande porte, os frutos têm tamanho e forma variados, de casca lisa, de alaranjada a vermelha quando maduros. A polpa é fibrosa, alaranjada e adocicada. Podem ser consumidos in natura, desidratados, como suco ou em doces e compotas.

Tem grande papel econômico, sendo produzida em pomares em áreas rurais e zonas urbanas, além disso possui grande potencial comercial, o Brasil é um dos maiores exportadores de manga do mundo. Floresce nos meses de maio a agosto e a maturação do fruto ocorre de novembro a fevereiro.


Espécie 07
Nome popular: Pitanga
Nome científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae

A espécie é nativa do Brasil, Uruguai e Argentina, ocorre no Cerrado e no sub-bosque das florestas de Mata Atlântica do Sul e Sudeste e da Bahia e Mato Grosso do Sul.

Árvore tardia de crescimento lento, pode ter de 6 a 12 metros de altura. A espécie é ornamental e frutífera, seus frutos parecem uma mini abóbora e quando maduros apresentam cor laranja e vermelha (pitanga significa “vermelho” em tupi). Fruta popular, é bastante encontrada em pomares domésticos, porém plantios comerciais não são comuns. Seus frutos são atrativos de avifauna e a produção de mudas é simples, portanto é uma das espécies mais plantadas em áreas de restauração florestal.

As pequenas flores brancas aparecem nos meses de agosto a novembro. Seus frutos amadurecem durante os meses de outubro a janeiro.

Espécie 08
Nome popular: Aceroleira
Nome científico: Malpighia emarginata DC.
Família: Malpighiaceae

A espécie é exótica, oriunda da América Central e parte norte da América do Sul.

Árvore tropical de pequeno porte, podendo chegar a ter de 3 a 5 metros de altura. É bastante utilizada na arborização de praças, parques e em jardins de casas, por serem belas e produzirem frutos deliciosos. O Brasil é o principal produtor e consumidor mundial de acerolas, e embora sejam conhecidas a mais de 60 anos, somente nas últimas décadas que a espécie ganhou maior destaque e maior disponibilidade de tecnologias para seu cultivo.

Existem diversas variedades para cultivo no Brasil, podemos encontrar variedades que florescem em diferentes épocas do ano, no ano inteiro conseguimos produzir flores e frutos de acerola no Brasil.

Espécie 09
Nome popular: Amoreira
Nome científico: Morus nigra L.
Família: Moraceae

A espécie exótica, não se sabe ao certo sua origem, acredita-se que tenha sido na Ásia.

Árvore de pequeno porte pode atingir de 7 a 12 metros de altura. Morus nigra é similar a Morus alba. Esta última tem frutos brancos ou roxos e é a espécie usada milenarmente na alimentação do bicho-da-seda.

Seus frutos, quando verdes são rosas ou vermelhos, quando maduros são roxos; tem sabor agridoce e serve de alimentação para a fauna silvestre, além disso é muito consumida por seres humanos ao natural ou na forma de sucos, doces e geléias. A espécie se regenera espontaneamente por meio de sementes, portanto é tida como potencial invasora de áreas naturais.

Floresce nos meses de junho a dezembro, e seus frutos podem aparecer de setembro a março.

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..