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5 de outubro de 2023

Três cientistas dividem Prêmio Nobel de Física 2023 por explorarem o mundo dos elétrons

(Foto reprodução)

A Academia Real das Ciências da Suécia atribuiu hoje o Prémio Nobel da Física de 2023 aos cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier por suas pesquisas que forneceram pistas fundamentais para explorar o mundo dos electrões no interior dos átomos e das moléculas.

Segundo o comunicado de imprensa da Academia Real das Ciências da Suécia, estes cientistas demonstraram “uma forma de criar pulsos de luz extremamente curtos [medidos em attossegundos], que podem ser utilizados para medir os processos rápidos em que os electrões se movem ou mudam de energia.” Estes pulsos podem ser utilizados para “fornecer imagens de processos dentro de átomos e moléculas.”

A cientista francesa e  Professora de Física Atómica na Universidade de Lund, na Suécia, Anne L’Huillier, torna-se a 5ª mulher a ganhar um Prêmio Nobel da Física após Marie Curie (1903), Maria Goeppert-Mayer (1963), Donna Strickland (2018) e Andrea Ghez (2020). Em 1987,  L’Huillier descobriu que quando a luz laser infravermelha era transmitida por meio de um gás nobre surgiam muitos tons diferentes de luz. Depois disso, a cientista continuou a explorar o fenómeno, preparando o terreno para descobertas posteriores.

O frranco-americano Pierre Agostini, docente e pesquisador na Ohio State University (EUA), conseguiu produzir e investigar em 2023 uma série de pulsos de luz consecutivos, em que cada pulso durava apenas 250 attosegundos, inventando com a sua equipa o chamado RABBIT – reconstrução de batimentos de attossegundos por interferência de transições de dois fotões.

Por último, o cientista húngaro Ferenc Krausz, diretor do Max Planck Institute of Quantum Optics e professor de Física Experimental na Ludwig Maximilian University de Munich (Alemanha), possibilitou o isolamento de um único pulso de luz com duração de 650 attosegundos.

As pesquisas de Krausz, Agostini e L’Huillier abrem novas possibilidades para o estudo da matéria em escalas de tempo e espaço extremamente pequenas. Essas descobertas têm aplicações em uma ampla gama de campos, incluindo física, química, biologia e medicina.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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