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26 de abril de 2013

Simulando a genética e a geografia da especiação

Simulando a genética e a geografia da especiação: este foi o tema de mais uma edição do programa Colloquium diei, que decorreu na manhã do dia 26 de abril, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC), e que teve como palestrante o Prof. Dr. Marcus Aguiar, do Instituto de Física Gleb Wataghin, da UNICAMP.

Tendo como base a publicação intitulada A Origem das Espécies, da autoria de Charles Darwin (1859), o palestrante incidiu sua atenção na forma como os cientistas têm acumulado evidências extraordinárias do processo evolutivo, tanto através da análise de fósseis, quanto em espécies vivas.valida

No entanto, segundo o resumo publicado para esta palestra, apesar de vários avanços ocorridos nas áreas de genética e ecologia, os mecanismos que levam à formação de novas espécies ainda não foram totalmente compreendidos.

O processo de especiação é tradicionalmente descrito em termos de subpopulações que passam por períodos de isolamento geográfico. Se o isolamento se sustentar por tempos suficientemente longos, diferenças genéticas entre as populações se acumulam, impedindo que indivíduos de populações distintas possam se reproduzir. O isolamento reprodutivo é a assinatura da especiação.

Em um trabalho publicado em 2009, a equipe de Marcus Aguiar mostrou que o isolamento geográfico não é uma condição necessária para a especiação.

Nesta palestra, o Prof. Marcus Aguiar reviu esse trabalho e retomou a questão da geografia, considerando estruturas conhecidas como “espécies em anel”. Os anéis surgem quando uma população inicialmente localizada se expande em torno de uma grande barreira, de tal forma que seus extremos, ao se encontrarem muito tempo depois do outro lado da barreira, sejam reprodutivamente isolados, mas mantenham fluxo genético contínuo ao longo do anel formado.

O palestrante mostrou, ainda, como o seu modelo de especiação pode ser adaptado para estudar essas formações, onde a interação entre genética e geografia é explícita e fundamental, sendo que os resultados de suas simulações são comparados com dados empíricos e fazem previsões sobre a estabilidade dessas raras estruturas.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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