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4 de maio de 2017

Contribuições femininas à astronomia e astrofísica

Uma pesquisa realizada em 14 países mostra que a probabilidade de mulheres concluírem o bacharelado, mestrado e doutorado nas áreas de ciências é de 18%, 8% e 2%, respectivamente, ao passo que as porcentagens relacionadas aos homens são de 37%, 18% e 6%. Segundo o Instituto de Estatísticas da UNESCO, o número total de pesquisadoras no mundo equivale a menos do que 30% da comunidade científica.

Acredita-se que esses dados sejam reflexos, sobretudo, da falta de apoio que o público feminino comumente recebe de familiares e amigos, quando revela a intenção de se tornar cientista. Isso porque a ideia errônea de que ciência não é lugar de mulher ainda persiste na mentalidade de muitos indivíduos.

Mesmo assim, as mulheres têm contribuído significativamente nas mais diversas áreas das ciências, e algumas dessas contribuições foram enfatizadas no vídeo Mulheres na astronomia e astrofísica, desenvolvido pela aluna do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e bolsista do Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes de Graduação da USP, Camila Beli Silva, e coordenado pela Profa. Dra. Manuela Vecchi (IFSC/USP).

cientista_250Com narração da estudante Natália Palivanas, também do IFSC, o vídeo tem cerca de cinco minutos e destaca importantes cientistas mulheres, como Williamina Fleming, que foi contratada pela Universidade de Harvard (EUA) em 1881, tendo chamado a atenção pela precisão de seus cálculos, o que resultou na contratação de um grupo de mulheres, que tinha como objetivo classificar estrelas e mapeá-las – Williamina catalogou mais de dez mil estrelas, 52 nebulosas, incluindo a famosa “Cabeça de cavalo”, e centenas de estrelas variáveis, cujos brilhos são alterados periodicamente; Annie J. Cannon, que criou um sistema de classificação de estrelas que é usado até hoje por astrônomos, tendo classificado mais de duzentas mil estrelas e descoberto centenas de estrelas variáveis; e Cecilia Payne, que observou que a composição das estrelas não se assemelha à da Terra, contradizendo a teoria que havia em sua época.

O vídeo ainda menciona importantes cientistas brasileiras, como, por exemplo, Beatriz Barbuy, que identificou algumas das estrelas mais antigas da Via Láctea, e Thaisa Bergmann, que detectou a existência de uma estrutura cosmológica – um disco de acreção – em torno de um buraco negro supermassivo, localizado em uma galáxia próximo à nossa.

No projeto de Camila, a Profa. Manuela escreveu que é fundamental aproximar as pessoas de exemplos bem-sucedidos de cientistas mulheres, para que se possa desconstruir o paradigma de que o público feminino não pode atuar em ciências, criando uma sociedade mais educada, que estimule e permita a participação feminina em todos os setores que são de grande importância para a sociedade.

O vídeo é apenas uma parte desse projeto, haja vista que, em breve, Camila levará às escolas de São Carlos uma exposição sobre as cientistas mencionadas no vídeo.

(Imagem 1: retirada do vídeo em questão)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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