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21 de outubro de 2016

Programação a todo vapor – e com vagas abertas

No curso de Física Computacional do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tentar entender como aplicar 2.985 horas de disciplinas ministradas durante os quatro anos do curso é o objetivo de alguns alunos, e um dos caminhos escolhidos por eles para cumprir esse objetivo é participar de atividades extracurriculares, entre elas as que têm como foco a Maratona de Programação, competição que ocorre anualmente e é dividida em três fases (regional, nacional e mundial), e que pode ser um importante degrau para destacar estudantes tanto no meio acadêmico (já que alunos que participam da atividade costumam ter mais experiência em resolver problemas), como no mercado de trabalho (grandes empresas de computação recrutam participantes dessas competições para compor seus quadros).

Grupo-_maratona_de_programacaoO grupo de treino para a Maratona de Programação originado no IFSC tem, atualmente, sete membros, a maioria deles do curso de Física Computacional, mas também contando com participantes de outros cursos. “Depois de uma semana que entrei no curo de Física Computacional, comecei a conversar com alguns colegas que eu sabia que tinham interesse em programação. A professora Tereza Mendes indicou algumas pessoas para nos orientar, entre elas o André Smaira, que já tinha participado da Maratona, e aceitou nos treinar”, relembra Caio Dallaqua, aluno do IFSC e um dos membros do grupo. “O aprendizado em si foi o que mais me motivou a criar o time. Mais tarde, junto do André e do Bruno, criamos um grupo no instituto para aqueles que querem se aprofundar em programação”, relembra.

Montado o grupo, os participantes passaram a se reunir uma vez por semana, durante duas horas, para aprender e aplicar técnicas de programação. Nos treinos, são explorados tópicos relacionados a algoritmos, estruturas de dados e paradigmas de programação, além de conceitos e aplicações de matemática e geometria. “Nesses treinos, proponho problemas básicos e avançados aos participantes do grupo, todos com base no que é ensinado nas aulas”, conta André.

Os integrantes do grupo afirmam que é muito interessante participar dos treinos para aprofundar o que é passado na graduação e ir além. “Muitas coisas que verei nesses treinos não serão vistas durante o curso de Física Computacional e, talvez, em qualquer outro curso de graduação da USP. É muito bom estar em um ambiente competitivo, pois é um grande estímulo ao aprendizado”, afirma Giovanni Vieira, membro do grupo.

Dos sete integrantes do grupo do IFSC, seis deles já participaram da Maratona de Programação, e obtiveram boas classificações: Caio e Bruno, na primeira vez que participaram da Maratona, ficaram no top 30% do Brasil da fase regional, e na segunda participação figuraram, junto com a Cynthia Herbst, membro do grupo, entre os top 15%, também na regional. “O legal de participar da Maratona é que elas são um desafio a você mesmo. Não é fácil, mas o aprendizado é grande”, conta Gisela Ortt, membro do grupo de estudos, que participou da Maratona em 2016, ficando no top 25% na fase regional.

O grupo é aberto à participação de qualquer pessoa com interesse em resolver problemas com programação. “É preciso gostar de programar. Quando entrei no grupo, eu não sabia programar exatamente nada, e logo notei minha evolução. Estou gostando bastante”, afirma Bruno Larsen, membro do grupo.

Além do bom desempenho na prática, participar dos treinos para Maratona pode ajudar em um melhor desempenho na graduação. “O mais importante, na realidade, é que participar dos treinos pode mudar o seu jeito de pensar e resolver problemas. A resolução fica muito mais rápida e eficiente, pois seu raciocínio é moldado para isso”, afirma Giovanni.

Gisela está de acordo com a opinião do colega. Ela conta que, ao entrar no curso de graduação, seus colegas de classe programavam muito melhor do que ela. “Agora, vejo que programo igual ou melhor do que meus colegas”, conta. “É possível evoluir muito e em pouco tempo, e as matérias de programação da graduação vão ficando cada vez mais fáceis”.

Se na graduação as coisas ficam mais fáceis, no mercado de trabalho, acontece o mesmo. “Empresas como Google, Microsoft e IBM escolhem seus estagiários e empregados através de entrevistas com problemas no formato da competição. Na Maratona de Programação, aprende-se a trabalhar em equipe e sob pressão, e é isso que o mercado exige”, elucida Caio. Mas não é preciso ir muito além: a Microsoft, anualmente, realiza uma competição no ICMC/USP para, através dela, recrutar pessoas para trabalhar na empresa. “E a competição da Microsoft é muito mais tranquila do que a Maratona”, afirma André.

Caso você tenha interesse em fazer parte do grupo de Maratona de Programação do IFSC, ou entrar em contato com os atuais membros para obter mais informações, acesse a página do grupo no Facebook.

Grupo-_maratona_de_programacao-1

Grupo de maratona de programação do IFSC.

Da esq.: Giovanni, Auro, Gisela, André, Caio, Bruno e Cynthia

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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