Decorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, a cerimônia de posse dos Profs. Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan, nomeadamente como novos reitor e vice-reitor da Universidade de São Paulo, um evento que coincidiu com a passagem do 80º aniversário da USP, tendo reunido centenas de convidados pertencentes ao meio acadêmico e científico, empresarial e político com destaque para as presenças do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Prefeito da Capital, Fernando Haddad, Ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Marco Antonio Raup (Ciência e Tecnologia), além das presenças dos reitores das universidades de Coimbra –Portugal e Lion – França.
A transferência do cargo de reitor para o Prof. Zago foi executada pelo ex-vice-reitor da USP, Prof. Hélio Nogueira da Cruz, substituindo o até então reitor Prof. João Grandino Rodas, que não participou da cerimônia.
No seu discurso de posse, todo ele conciliador, houve tempo para o novo reitor abordar o momento delicado por que passa a USP, nomeadamente em termos financeiros, situação que, nas suas palavras poderá colocar em risco a autonomia financeira da Universidade. Apesar de ser considerada a melhor universidade da América Latina e uma das melhores do mundo, o desequilíbrio orçamentário poderá complicar o futuro da USP, atendendo a que seu orçamento está comprometido em 100% com o pagamento de salários, o que obriga a Universidade a recorrer aos fundos de reserva, calculados em cerca de R$ 3 bi. Compromisso de rever a governança na Universidade e compartilhar decisões, em vez da concentração do poder, foram alguns dos novos rumos da USP traçados por Zago: Vamos repactuar as relações no âmbito da universidade, trazendo o diálogo e não o confronto para dentro dela, sublinhou Marco Antonio Zago.
O novo reitor da USP também deu ênfase às pressões que cotidianamente surgem dentro e fora da Universidade, classificando-as de positivas, já que elas podem direcionar novos rumos de mudança, sempre com o intuito de dar resposta às demandas sociais e às expectativas da sociedade.
Por outro lado, Marco Zago fez também questão de chamar a atenção para o momento particularmente delicado que se vive um pouco por todo o país, com principal enfoque para a cidade de São Paulo, onde se vivem constantes “ameaças”. As mais graves, segundo o novo reitor da USP, são aquelas que derivam de movimentos reivindicativos legítimos, que se transformam em violações e agressões ao patrimônio público e privado, sendo que a intolerância ao diálogo ameaça, por outro lado, transformar a universidade num “túmulo de ideias”: A USP não se furtará de suas responsabilidades, garantiu Zago em seu discurso.
No que diz respeito ao Ensino, que é uma das bases de sustentação do tripé da USP, o novo reitor manifestou sua firme intensão de combater a evasão, reavaliando e introduzindo alterações em todo o sistema de acesso à Universidade, bem como na reconstrução das relações entre docentes e alunos.
No uso da palavra, o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, sublinhou as qualidades e o perfil dos novos reitor e vice-reitor da USP: São duas personalidades altamente qualificadas, com amplo reconhecimento das comunidades acadêmica e científica e que muito têm contribuído para o engrandecimento da USP, uma universidade de ponta que responde, atualmente, por 23% da produção científica do Brasil e 25% dos doutorados do país.
(Foto: Governo do Estado SP)
Assessoria de Comunicação