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2 de agosto de 2013

Glaucius Oliva fala da necessidade da internacionalização

O presidente do CNPq, Prof. Glaucius Oliva, não perde, nem por um segundo, tudo aquilo que se passa na USP e particularmente no IFSC, onde, como se sabe, é docente e pesquisador. Em seu laboratório de pesquisa, no IFSC, assinou o termo de outorga do logo_USP_portugues_pantone_cpianovo CEPID – Centro de Inovação em Biodiversidade e Fármacos, do qual é o coordenador, e falou da necessidade de aumentar a internacionalização da USP.

Glaucius Oliva vê o programa USP Internacional – lançado recentemente pela Universidade de São Paulo – como emblemático, tendo em consideração que a USP, que é a maior universidade do Brasil, apresentava até recentemente pouca inserção em termos internacionais: A USP despertou para o mundo, abriu escritórios internacionais e proativamente está ditando, está transmitindo aquilo que ela quer do ponto de vista internacional. Até há pouco tempo, nossa atitude sempre era assim: Ah! Receba uma visita de uma delegação de algum lugar e tudo bem; se eles estiverem interessados podem até fazer alguma coisa conjunta. Neste momento, o panorama começa a ser outro, refere o docente do Instituto.

Na opinião do acadêmico, os alunos de Doutorado Sanduíche, Doutorado Pleno e Pós-Doutorado da USP precisam ir para as universidades estrangeiras e se interligarem com os grupos de pesquisa com os quais existam parcerias, daí que, para Oliva, foi extremamente importante a USP ter tomado essa decisão: Agora, há a necessidade da USP não ficar apenas no patamar de estabelecer escritórios para facilitar a assinatura de acordos: ela tem que operacionalizar sua ação. O mais importante é que esses escritórios possam funcionar como hubs e que canalizem os interesses dos pesquisadores da USP no sentido de encontrarem seus parceiros internacionais, acrescenta Glaucius Oliva.

Na opinião do docente do IFSC, com a USP Internacional instituída, existe agora a necessidade de se fazer uma avaliação permanente dos resultados obtidos, de obter métricas, de se inquirir quantos projetos em parceria é que a USP tem atualmente e estimar quantos ela poderá fazer no futuro, sendo importante, também, quantificar o número de alunos e de docentes que irão transitar entre laboratórios, bem como das publicações que sairão de toda essa ação: Era fundamental ter o apoio institucional para que nossa Universidade pudesse dar esse passo importante rumo à internacionalização: e ela deu, afirma Oliva.

Ciência sem Fronteiras

Um ano após o lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras (C&F), o Presidente do CNPq afirma que esse programa tem causado grande impacto, provocando, paulatinamente, uma mudança no cenário da educação superior no nosso país. Já foram atribuídas 43 mil bolsas para várias instituições de ensino superior de inúmeros países do mundo, em várias modalidades.

Segundo Oliva, outro grande fator no impacto positivo do C&F é a mudança que está acontecendo nas universidades, já que com a ida dos estudantes para o exterior, onde fazem programas de ensino que são, na maioria das vezes, muito diferentes dos GLAUCIUS_OLIVA_17-375programas de ensino das universidades brasileiras, eles se confrontam com muito menos horas nas salas de aulas e muito mais horas de trabalho individual, ou em grupo – seja nos laboratórios, nas bibliotecas ou em pesquisas na internet, já que têm muitos materiais disponibilizados na rede.

No nosso país, a atitude nas universidades é muito passiva e ela é, inclusive, estimulada pelo próprio sistema. Quando você faz um curso de graduação e diz para um aluno que ele vai ter 30 ou 35 horas de aulas por semana, como é que você quer que ele seja criativo, se durante 35 horas na semana ele vai ter que ficar sentado dentro de uma sala de aula, apenas ouvindo? O papel do professor do século XIX era esse, era traduzir o conhecimento que estava nos livros e nas bibliotecas, pois só ele tinha acesso ao conteúdo: então, ele ia para a aula, despejava aquele conteúdo e os alunos anotavam: ele era um transmissor de informação. Hoje, não dá mais para ser assim: o professor tem que ser um guia, tem que ser um orientador. Hoje, graças ao “Ciência sem Fronteiras”, os alunos estão tendo outra postura, estão exigindo mudanças no sistema, demandando mais parcerias e convênios com as universidades no exterior, pontua o Presidente do CNPq.

Paralelamente a este programa, o CNPq lançou, também, o programa denominado Inglês sem Fronteiras, no sentido de dar resposta às inúmeras demandas dos estudantes que pretendem fazer seus estágios no exterior: (…) o CNPq está oferecendo, inicialmente, dois milhões de senhas para o curso online de Inglês, doado por uma empresa americana com quem o órgão fez convênio. É um dos melhores cursos online que existe, com plena interação e diálogos pela rede e, com pouco mais de um mês de abertura, nós conseguimos mais de 500 mil inscritos, o que quer dizer que os estudantes descobriram que é importante ter o domínio de uma segunda língua para poderem se comunicar, ir ao exterior e poderem ter esta experiência (…), finaliza Oliva.

Assessoria de Comunicação

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