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15 de setembro de 2023

Produção de energia por fusão nuclear: será que agora vai?

“Produção de energia por fusão nuclear: será que agora vai?“ foi o título do colóquio do IFSC/USP realizado no dia 15 de setembro, tendo como palestrante o Prof. Gustavo Paganini Canal (IF-USP).

Em sua apresentação, o docente começou por salientar que o  potencial da fusão termonuclear de se tornar uma fonte praticamente inesgotável de energia limpa tem motivado cientistas de todo o mundo a trabalhar no desenvolvimento de usinas nucleares de energia a fusão.

A demonstração da viabilidade científica de produzir energia através da fusão nuclear controlada já foi demonstrada na década de 90, quando o tokamak TFTR dos EUA produziu 10 MW de potência de fusão e o tokamak europeu JET produziu 16 MW de potência de fusão.

Em sua apresentação, Gustavo Canal salientou que a demonstração da viabilidade técnico-econômica deste processo é o objetivo do projeto ITER – International Thermonuclear Experimental Reactor. O ITER está sendo construído na França através de um consórcio entre países (China, União Europeia, Índia, Japão, Coréia do Sul, Rússia e Estados Unidos) e ele testará equipamentos e tecnologias para as primeiras usinas de fusão. No entanto, devido a atrasos significativos e excedentes de custos, tem havido um interesse crescente no desenvolvimento de outros conceitos de reatores de fusão.

Tal interesse tem levado ao aparecimento de empresas privadas que estão explorando a possibilidade de uma rota acelerada para a fusão baseada em tokamaks esféricos e em bobinas supercondutoras de alta temperatura.

Nesta apresentação, o palestrante forneceu uma visão abrangente da ciência da fusão nuclear com enfoque nestas novas rotas em direção à realização de futuras usinas a fusão.

Por fim, o palestrante abordou a participação do Brasil no cenário internacional da fusão nuclear e como o projeto de modernização do tokamak TCABR, localizado no Laboratório de Física de Plasmas do IFUSP, contribui para os esforços mundiais para desenvolver a fusão nuclear como uma fonte de energia limpa e economicamente viável.

(Rui Sintra – Jornalista)

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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