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21 de fevereiro de 2014

O novo software de voto eletrônico na USP

Se a votação eletrônica já é uma realidade no Brasil desde 1996, quando as “urnas eletrônicas” passaram a ser utilizadas para o recebimento de votos dos eleitores do país, nas Unidades e Departamentos da Universidade de São Paulo (USP), a escolha de reitores, diretores, vice-diretores e prefeitos dos campi ainda são feitas à “moda antiga”: impressão de cédulas com o nome dos candidatos e contagem manual de votos.

USP_votacaoNo entanto, em fevereiro deste ano, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inaugurou uma maneira muito mais prática e rápida de apurar votos em eleições internas. Graças aos conhecimentos adquiridos através de um curso de “linguagem JAVA”*, os servidores da Seção Técnica de Informática (ScInfor) do IFSC, Flávia Oliveira S. de Sá Lisboa e José Roberto Sabadini, criaram um software, com a função específica de recebimento e contagem de votos eletronicamente.

O pedido para o desenvolvimento do programa veio da Diretoria e da Seção Acadêmica do próprio Instituto, feito no primeiro semestre de 2013, para que, na próxima eleição para diretor, programada para fevereiro de 2014, um programa eletrônico de contagem de votos estivesse disponível.

Embora o número de votantes da maior parte das eleições realizadas nas Unidades e Departamentos da USP seja pequeno (no caso das eleições para diretor do IFSC, o total de votantes foi 51), a maior dificuldade refere-se ao método que é utilizado nas mesmas. “Como pode haver até três escrutínios, que acontecem no mesmo dia, a contagem de votos e o arranjo de novas cédulas, em muitos casos, têm que ser feitas três vezes, o que toma muito tempo dos votantes e dos responsáveis pela apuração”, explica José Roberto.

O curso de JAVA recém-terminado e a relativa proximidade das eleições para diretor do IFSC trouxeram o cenário ideal para o início do desenvolvimento do novo software, nomeado por seus criadores como Sistema Votação. Entre o pedido para o desenvolvimento do projeto e sua conclusão passou-se menos de um ano, e a fase de testes, que durou cerca de um mês, possibilitou que Flávia e José Roberto identificassem os possíveis erros do sistema, fizessem as correções necessárias e o concluíssem dois meses antes das eleições para diretor do IFSC. “Tanto aqui no ScInfor quando na Seção Acadêmica, diversos testes foram realizados e, em dezembro, o sistema já estava completamente pronto para uso”, relembra Flávia.

Como foi pensado, emUSP_votacao-box-2 princípio, somente para uso no IFSC, o software em questão obedece à lógica do regimento interno do Instituto (clique aqui para acessá-lo), também seguido por todas as outras Unidades e Departamentos da USP para escolha de diretor e vice-diretor. “Como é um programa específico para o regimento das eleições da USP por meio de escrutínios, no caso de eleições diretas, que se utilizam do método de maioria de votos para escolha de um candidato, esse sistema não funciona”, explica José Roberto. “No entanto, se qualquer outro local utilizar esse mesmo regimento para eleições, o software poderá ser utilizado sem nenhum problema”.

Mesmo que o Sistema Votação obedeça a instruções específicas, Flávia afirma que ela e José Roberto já estão trabalhando para que as outras Unidades e Departamentos da USP possam utilizá-lo. Ou seja, no futuro, as Unidades poderão “personalizá-lo”, inserindo nomes específicos de candidatos, votantes, Unidade etc.

A economia de papel e tempo na hora da votação e apuração de votos são as principais vantagens do novo sistema. Mas, outros “bônus” foram também inclusos: terminado o tempo de votação (1 hora para o primeiro escrutínio e meia hora para os escrutínios restantes), o sistema encerra as votações automaticamente. Além disso, ele emite alertas sobre a escolha de nomes a mais de candidatos, e os nomes de candidatos não elegíveis desaparecem automaticamente da cédula. No término da eleição, o sistema imprime vários relatórios com informações diversas, como número de votantes, número de votos para cada candidato, candidatos eleitos e a ata final com a lista tríplice.

Não há limite de eleitores que podem ser inseridos no sistema, como também o número de “urnas” que podem ser instaladas. “Se os gestores quiserem instalar 10, 20 ou quantos laptops acharem necessário para votação, isso pode ser feito sem que o funcionamento do sistema seja prejudicado”, explica Flávia.

No IFSC, as eleições para diretor, ocorridas em 6 de fevereiro, foram realizadas na sala Celeste do Instituto. Nela, estiveram presentes dois mesários: um para liberar as cédulas eletrônicas e outro para colher a assinatura dos votantes. Na sala, havia três laptops fazendo o papel de “urna eletrônica”, e uma máquina gerenciadora do sistema fazendo o papel de “mesa eleitoral”, responsável pela contagem dos votos, emissão de relatório e liberação das urnas**.

Até o momento, duas Unidades da USP já fizeram a solicitação de uso do sistema em suas eleições para diretor. Mas, ao que tudo indica, o software ganhará popularidade em outras Unidades. Afinal, num universo de quase 16 mil servidores , fica muito propício e, especialmente, convidativo fazer o uso do novo Sistema.

*O curso foi financiado pelo IFSC através do Comitê de Treinamento e Desenvolvimento (T&D)

** Embora tenha sido desenvolvido pelos servidores do ScInfor, a encarregada pela gestão do sistema, no caso do IFSC, foi a assistente acadêmica do IFSC, Elizabeth Conti. Além de coordenar a eleição, ela foi a responsável por inserir os nomes dos candidatos e votantes no software

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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