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4 de dezembro de 2013

Café com Física e Colloquium Diei em 2013

Durante o ano de 2013, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu uma quantidade significativa de pesquisadores que estiveram aqui por motivos diversos: participação em eventos, Escolas Avançadas, colóquios, workshops etc.

Cafe_com_coloquioDos diversos eventos esporádicos sediados no Instituto, o Colloquium Diei e o Café com Física são realizados no IFSC com periodicidade semanal e quinzenal. Embora com aspectos similares, os dois programas, atualmente coordenados pelo docente do Instituto, José Abel Hoyos Neto *, carregam algumas diferenças.

O Café com Física tem como principal objetivo o conhecimento sobre pesquisas em geral realizadas nos diversos centros de pesquisa mundiais, especialmente no Brasil e, prioritariamente, no próprio Instituto. Por trazer discussões específicas e mais acadêmicas, o programa tem como públicos-alvo principais docentes, pós-doutorandos e alunos de pós-graduação, embora seja aberto a todos que queiram participar.

No entanto, o formato definido para o programa, desde o princípio, foi o de um “bate-papo informal”, isto é, a tradicional sessão de perguntas não fica para o final, sendo que as discussões e interação com os participantes ocorrem no começo, meio e fim da palestra. De acordo com Hoyos, no Café com Física, as perguntas são feitas na hora em que a dúvida aparece, para que o aprendizado seja, de fato, efetivo. “É um formato mais produtivo e proveitoso aos participantes”, diz. “A tarefa da plateia é fazer tantas perguntas que o palestrante seja ‘impedido’ de terminar sua apresentação em até uma hora”, brinca.

Já o Colloquium Diei mantém o formato dos colóquios em geral, motivo justificado, principalmente, pelo maior número de participantes e pelo público-alvo mais amplo (docentes, alunos de graduação, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos). Tendo um número de espectadores mais eclético, as temáticas discutidas são de “cultura geral”, como define o próprio Hoyos, e feitas numa linguagem mais acessível.

Box-CafeSobre o conteúdo de ambos os programas, para selecionar os palestrantes dos encontros, os coordenadores escrevem uma lista de sugestões, dividindo-as por áreas de conhecimento. Por ser multidisciplinar, o IFSC oferece uma enorme gama de possibilidades de discussões em diversas áreas. Tendo isso em mente, é feita a divisão dos temas por áreas de conhecimento para o posterior convite aos palestrantes.

No que se refere à duração dos encontros de cada programa, no Café com Física, por seu formato diferenciado e mais interativo, geralmente, as palestras ocupam meia hora do tempo, para que se tenha uma hora para as perguntas e discussões. Já no Colloquium Diei, são 50 minutos para a palestra e meia hora reservada para sessão de perguntas.

Os destaques de 2013 e o que se esperar para 2014

Tanto o Café com Física quanto o Colloquium Diei encerraram suas atividades de 2013 no final de novembro. E, dentre todas as apresentações realizadas no decorrer do ano, Hoyos elege aquelas que se sobressairam.

No Café com Física, o docente destaca a apresentação do pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), Fernando Queiroz Cunha, intitulada Failure of the immune response correlates with sepsis outcome. Fernando falou sobre as infecções na corrente sanguínea que, por sua vez, causam infecção generalizada no organismo, as chamadas sepsis, e apresentou o resultado de seus estudos, que explicam as altas taxas de mortalidade causadas pelo fenômeno e como remediá-lo.

Box-coloquioJá no Colloquium Diei, Hoyos destacou a palestra Dualidade como corolário, ministrada pelo pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Renato Angelo, que tratou de aspectos básicos da teoria da mecânica quântica, em especial do fenômeno do emaranhamento, conceito popularmente conhecido entre os físicos **.

Sobre as novidades esperadas para 2014, Hoyos, que fica com a coordenação somente do Colloquium Diei, conta que pretende efetivar a tradição de abertura e fechamento dos semestres com palestrantes do próprio Instituto para que os participantes sempre possam prestigiar e ter conhecimento sobre as pesquisas “da casa”.

Outro ponto que será explorado por Hoyos será o que se refere ao aumento da participação de alunos e, inclusive, docentes, nos encontros. Ele afirma que essa é uma preocupação prioritária e que, até o momento, a presença do corpo discente e, sobretudo, docente nos dois eventos acima tem sido escassa (apenas cerca de 10% dos professores do Instituto comparecem aos colóquios).

Para solucionar o problema mencionado, Hoyos já traçou algumas estratégias: pretende atrair mais docentes do Instituto aos colóquios, para que os alunos também se sintam motivados em comparecer. “Os alunos ‘imitam’ os professores. É responsabilidade deles, portanto, criar uma cultura científica no Instituto”, afirma Hoyos.

Ele conta que a costumeira busca por bons palestrantes, que ministrem colóquios interessantes, continuará sendo o primeiro passo para concretizar a ação acima. Outra tática que vem sendo pensada é a mudança de horário das aulas de laboratório avançado de física (que coincidem com o horário dos colóquios) para que os alunos destas aulas possam também estar presentes. Assim, Hoyos acredita que os estudantes terão a chance de expandir sua “bagagem científica”, além de adquirir um leque maior de opções na escolha da área que seguirão nos próximos anos de sua vida acadêmica.

* o Café dom Física é também coordenado pelos docentes Luiz Vitor de Souza e Alessandro Nascimento

** o vídeo dessa e de todas as apresentações ocorridas a partir do 2º semestre de 2013 podem ser acessados no site do Colloquium Diei 

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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