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19 de maio de 2011

Instituto de Física de São Carlos comemora aniversário em 19 de maio

Neste dia 19 de maio de 2011, o Instituto de Física de São Carlos completa 17 anos do recebimento deste status de Instituto. O IFSC teve sua origem mais remota na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), fundada em 1954, quando constituía o seu Departamento de Física. Com a reforma universitária, em 1971, passou a fazer parte do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC), e a partir daí o grupo de pesquisa em Física vivenciou um grande crescimento tanto em recursos humanos quanto de atividade científica, tornando-se necessário e natural que houvesse uma separação física e institucional do IFQSC. Assim, em 1994, um desdobramento do IFQSC resultou em dois grandes institutos, que ainda constituem o corpo atual da USP São Carlos: Instituto de Química de São Carlos e Instituto de Física de São Carlos.

O Instituto de Física teria, portanto, 40 anos se tivesse permanecido na configuração original, mas estes 17 anos foram importantes para consolidar os frutos do trabalho acadêmico e o do dinamismo da equipe. Com o rearranjo administrativo das unidades, o IFSC ganha, inclusive, agilidade. A partir daí, o crescimento do Instituto é notável, não apenas no número de pesquisadores e grupos de pesquisa, mas na essência desta agilidade, que é a intensificação dos trabalhos científicos, gerando pesquisa de fronteira do conhecimento e aumentando consideravelmente a visibilidade acadêmica do Instituto. Parte dessas pesquisas, inclusive, deu grande foco à inovação tecnológica, com especial destaque ao desenvolvimento do primeiro tomógrafo de São Carlos, instalado na Santa Casa, projeto do Professor Panepucci e seu grupo de pesquisa, e dos trabalhos que deram origem a equipamentos ópticos que contribuíram para o surgimento de empresas como, por exemplo, a OptoEletrônica. Estes dois exemplos foram os marcos de origem de uma das maiores características do Instituto, que é a inovação tecnológica. Hoje, em 2011, pode-se contar inúmeras empresas spin-off que se originaram dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) alocados no IFSC, o que contribuiu para impulsionar a economia de São Carlos desde 1994, quando a cidade já era conhecida como a “capital da tecnologia”, e caracteriza o IFSC como um grande promotor de interações com empresas de base tecnológica.

Estes CEPIDs também são um ótimo índice de desenvolvimento, já que, há 11 anos, o IFSC é sede de três deles: o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica, o Centro de Biologia Molecular e Estrutural e o Centro Multidisciplinar para Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos. Mais recentemente, foram criados os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, nos quais o IFSC também tem um peso importante, abrigando três dos 44 INCT do Estado de São Paulo: o Instituto Nacional de Óptica e Fotônica, o Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica e o Instituto Nacional de Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infecciosas. Além destes, o diretor do IFSC, prof. Antonio Carlos Hernandes, é vice-coordenador de um quarto, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia, e há muitos outros pesquisadores envolvidos com outros INCTs. Isso aponta para a significante produção científica do Instituto nestas quase duas décadas, e o grande reconhecimento nacional e internacional que tem recebido.

Pensando no tripé que alicerça os princípios da Universidade e, por consequência, do IFSC – Pesquisa, Inovação e Difusão –, outro fator que destaca a inserção do Instituto na sociedade é a difusão científica, que trabalha com projetos de extensão bastante consolidados. Além dos projetos ligados aos INCTs ou ao CDCC, o IFSC apresenta estratégias e atividades próprias de interação com a comunidade, como o ciclo de palestras “Ciência às 19 horas”, que abre as portas do Instituto para apresentar temas pertinentes a toda a sociedade, ou o programa “Universitário por um dia”, que recebe alunos de escolas da região para conhecer a dinâmica acadêmica e foi recentemente institucionalizado, recebendo mais recursos e uma sala própria para recepcionar os alunos, a Sala do Conhecimento. Além disso, uma grande ênfase tem sido dada às Escolas de Física, eventos científicos que selecionam alunos de destaque para passar alguns dias em contato intenso com Ciência.

Essas Escolas Avançadas são reflexo de uma das maiores prioridades do Instituto, que é o aprimoramento da graduação. Além dos objetivos claros que ecoam os princípios da educação e da difusão do conhecimento, essas escolas visam atrair alunos de vocação e interesse para os cursos de graduação, oferecendo um conhecimento prévio de qualidade aos participantes. Segundo o diretor Antonio Carlos Hernandes, os resultados obtidos em 2010 já foram bastante satisfatórios, já que cinco dos quarenta alunos que participaram da Escola Avançada de Física foram aprovados no vestibular para os cursos do IFSC. Com isso, pretende-se também, diminuir as estatísticas de evasão destes cursos, oferecendo possibilidades de acesso e permanência na Universidade. Exemplos disso é o programa de mobilidade internacional, que dá a chance dos alunos de realizar estágios no exterior, que tem sido expandido e apresentado resultados positivos; a Iniciação Científica, que pretende atingir todos os alunos de graduação nos próximos anos; os cursos de inglês; e a ampliação do programa de docência para os Pós-Doutorandos, que deve incluir estes pesquisadores nas salas de aulas da graduação e assim diminuir o número de alunos por sala de aula. Desta forma, deve-se formar alunos com uma formação de qualidade e, sobretudo, motivados. Segundo o professor Hernandes, este é um dos maiores desafios do IFSC, já que os programas de pós-graduação já apresentam ótimos resultados, recebendo anualmente a nota máxima da avaliação da CAPES.

Hernandes aproveita para enfatizar que a comemoração pelos resultados do Instituto de Física de São Carlos devem ser feitas todos os dias. “Temos um conjunto de atividades que se transmite para toda a comunidade, e é isso o que faz do IFSC uma referência. O que temos a comemorar é todo o desenvolvimento e avanço promovido pelas atividades de pesquisa, de ensino e de extensão, e isso é um processo contínuo, que afeta não apenas a sociedade são-carlense mas o país como um todo”, finaliza ele.

Assessoria de Comunicação

Data: 19 de maio

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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