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4 de maio de 2011

IFSC recebe primeira visita do ano e a alta procura de escolas indica sucesso de nova etapa

O projeto “Universitário por um dia”, promovido pelo Instituto de Física de São Carlos, já é considerado uma atividade tradicional do universo acadêmico para a comunidade. Idealizado há mais de dez anos, o programa acaba de ser reestruturado e oficialmente institucionalizado, o que significa maiores investimentos, maior mobilização de profissionais e o atendimento de um número muito maior de alunos, e nos novos moldes foi até mesmo rebatizado.

Conhecido, quando de sua criação, como “Um dia de Universitário”, o programa de visitas ao IFSC foi primeiro concebido no seio do grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos, por iniciativa do professor Antonio Carlos Hernandes, hoje diretor do Instituto. Desde o início, a reação do público foi muito positiva, o que indicou a grande demanda pelo contato Universidade e comunidade e motivou os organizadores a darem continuidade às visitações.

Algumas lembranças da história do projeto são fundamentais para dimensionar, depois de uma década, o grande impacto causado pelo programa no ambiente universitário, na sociedade são-carlense e, sobretudo, na vida pessoal e profissional de muitos alunos que passaram algumas horas no Instituto como universitários de verdade e perceberam que o universo acadêmico não está distante de sua realidade. Muitos estudantes acabam entrando em contato com o Instituto alguns anos depois da visita de sua escola, contando a história de suas experiências e pedindo para assistir novamente as aulas-show oferecidas. Alguns outros, aprovados no vestibular da USP, entravam em contato para comentar suas memórias e agradecer pelo incentivo que receberam na oportunidade, ou até mesmo para se voluntariar para contribuir com as atividades oferecidas nas visitas.

Essas experiências foram, aos poucos, revelando o grande interesse dos estudantes do Estado e motivando o grupo de pesquisa a investir no programa que, inclusive, deu origem a outras atividades de extensão, como a Olimpíada de Matemática, Química e Física e a Escola de Verão em Física dos Materiais. Estes projetos, assim como o “Universitário por um dia”, procuram mostrar a alunos de Ensino Médio como é a dinâmica e o cotidiano em uma Universidade, como é a estrutura física do Instituto, qual é a atuação dos profissionais que aqui trabalham e, especialmente, que o acesso não é difícil e que há muitas oportunidades profissionais para pesquisadores de Ciências Exatas.

De fato, existe um grande estigma de que os vestibulares da USP são muito difíceis, que as provas são muito complexas, o que não é de todo verdade. Na verdade, a área de Exatas tem apresentado menos concorrência, ou seja, menos candidatos disputam a mesma vaga, o que indica o baixo interesse pela área e é também motivo para o grande déficit de profissionais formados para preencher vagas de professores ou de pesquisa básica e aplicada. Isso quer dizer que há muitos empregos disponíveis na área de Ciências Exatas e poucos profissionais formados, e essa discrepância está prestes a crescer ainda mais com a criação de uma grande empresa de base tecnológica no país, anunciada pelo ministro Aloísio Mercadante na última semana – a EMBRATEC (Empresa Brasileira de Ciência e Tecnologia Industrial). O projeto exige, nesta etapa de sua idealização, grande apoio político de pesquisadores e grande disposição para colaborar com sua desafiadora projeção.

Projetos como “Universitário por um dia” visam a essa perspectiva de contribuições ao desenvolvimento do país a longo prazo, incentivando estudantes, atraindo novos talentos, expondo as oportunidades e possibilidades da área para uma carreira profissional de sucesso e relevância.

Como se faz?

Para este fim, o Instituto põe disponível toda a sua infraestrutura e toda a sua equipe para atender os alunos por um dia inteiro. Alguns docentes participam da realização efetiva das visitas, como o Professor Hernandes, idealizador do programa e diretor do IFSC, e o Professor Eduardo Ribeiro, coordenador dos Laboratórios de Ensino, que atuam no planejamento dos experimentos e na supervisão geral do projeto.

Os técnicos dos Laboratórios de Ensino também desempenham importante função na implementação do programa. Eles são responsáveis pela apresentação dos experimentos e pelo desenho de novas práticas experimentais, ou seja, estes profissionais desenvolvem equipamentos especiais para fazer demonstrações de conceitos físicos para os alunos visitantes. Por exemplo, já foi desenvolvido um gerador de Van Der Graaff – máquina eletrostática que produz altas tensões – com outras medidas e dimensões, para atender especialmente às necessidades da apresentação para as aulas-shows de Eletricidade. Também foi desenvolvida uma cachoeira de luz e uma turbina para ilustrar a questão dos fluídos em Mecânica. Todos esses novos equipamentos são planejados pelos profissionais do Instituto e construídos na própria Oficina Mecânica do IFSC pensando nas necessidades específicas da extensão universitária.

Os alunos de graduação e pós-graduação participam ativamente enquanto monitores nas atividades, orientando os alunos, montando os experimentos, elaborando textos a serem apresentados e trabalhando com todo o aparato multimídia a ser utilizado durante o dia. O programa está, inclusive, com processo seletivo em andamento para o preenchimento de duas vagas remuneradas através do projeto “Aprender com Cultura e Extensão”.

Nova etapa em 2011

Segundo Herbert João Alexandre, educador dos Laboratórios de Ensino do IFSC e coordenador do projeto, o Instituto espera atender neste ano cerca de 5000 estudantes e escolas de todo o Estado de São Paulo. Mais de vinte escolas já agendaram sua visita ao IFSC e a organização já está preparada para receber alunos por três meses na Sala do Conhecimento, nova instalação concebida exatamente como um ambiente de extensão universitária no qual os alunos pudessem entrar em contato direto com os conceitos de Física mais fundamentais: Mecânica, Ondas, Termodinâmica, Óptica, Eletricidade, Magnetismo e Física Moderna.

Na tarde desta terça-feira, 3 de maio, a Sala do Conhecimento recebeu a sua primeira visita do ano: a Escola Estadual Edmur Never, de Mirassol (SP). A visita incluiu a apresentação de um vídeo institucional, que explica os pormenores dos cursos do IFSC e as oportunidades de cada carreira, shows de Física e a apresentação das dependências do Instituto, como os laboratórios, a biblioteca, etc. Cerca de 40 alunos estiveram presentes e se mostraram bastante interessados pelas exposições.

Agendamentos

Os agendamentos de visitas podem ser feitos com até uma semana de antecedência pelos professores responsáveis através do site do programahttp://www.lef.ifsc.usp.br/salaConhece/ e são inteiramente gratuitos. Os almoços e os materiais oferecidos durante a visita são cortesia da USP. Participe!

Nicolle Casanova / Assessoria de Comunicação

Data: 4 de maio

 

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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