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22 de dezembro de 2011

IFSC: Balanço 2011 e perspectivas para 2012

2011 acabou. É hora de olhar para trás – sem nostalgia – e fazer um balanço do trabalho feito nos últimos 365 dias. Olhando em frente, enxergamos 2012 e perspectivamos o que falta fazer… E há sempre muito para fazer.

O ano 2011 findou e, com ele, igualmente terminou mais um ciclo de vida. O Instituto de Física de São Carlos continuou sua marcha de desenvolvimento, com alguns resultados surpreendentes, até mesmo para aqueles que não acreditavam que a instituição entrasse em velocidade de cruzeiro: contudo, foi o que aconteceu. Para o Diretor do IFSC, Prof. Antonio Carlos Hernandes, 2011 foi excelente em todos os níveis: ampliação do espaço físico do Instituto – com destaque natural para as obras que decorrem no Campus II -, conquistas na área do Quadro de Pessoal, sucesso absoluto na Extensão, extrema qualidade na Pesquisa, Graduação e Pós-Graduação e a aposta forte na Popularização da Ciência e Tecnologia. Com tudo isto feito neste ano, 2012 promete.

Ampliação do espaço físico do Instituto

3-1.1O maior destaque em relação ao projeto inicial idealizado pela atual gestão do IFSC é, sem dúvida, a questão da ampliação do espaço físico do Instituto, um projeto que se iniciou em 2010 e que se desenvolveu ao longo do ano passado, principalmente com as obras em curso no Campus II, bem como intervenções emergenciais no Campus I, conforme explica o Diretor do Instituto:

Do ponto de vista mais urgente, a revitalização do LEF – Laboratório de Ensino de Física – me pareceu prioritária em 2011, dado tratar-se de um edifício que atende todos os nossos alunos. Assim, foi feita a completa revitalização externa – pintura geral e colocação de um novo telhado -, bem como a retirada de todos os materiais que possuíssem amianto. O próximo passo – já iniciado no decurso deste mês de dezembro – é fazer, até fevereiro próximo, a revitalização interna de todo o edifício – remodelação de banheiros, corredores etc, e, até final de 2012, instalar dois elevadores para atender as necessidades de acessibilidade. Com isso, fecharemos toda a questão relacionada com a revitalização do LEF – acrescenta Antonio Carlos Hernandes.

Ainda no item dedicado à ampliação e recuperação de espaços, foi feita uma série de intervenções que totalizou cerca de 200m2, mas o grande destaque de 2011 foi mesmo a conclusão da Primeira Fase do Campus II da USP, uma obra que compreende um novo edifício com cerca de 3.500m2, tendo sido finalizada a área de construção civil. Para início de 2012 está programado o início da adequação de toda a área interna desse edifício, de forma a que as pessoas possam mudar rapidamente para o novo espaço, sendo que, em simultâneo, se iniciará a Segunda Fase do Campus II, com a construção de mais um edifício com uma área aproximada de 2.500m2, e cujas obras se iniciarão em março, com um prazo de conclusão de 15 meses. Mas, as obras no Campus II não ficam por aqui:

Com efeito, outras obras que se iniciarão em 2012 dizem respeito ao prédio do “Pólo Terra”, que terá uma área de 2.900m2, e ao prédio da Ressonância Magnética, com uma área aproximada a 550m2. Assim, teremos três obras em andamento e outra de adequação interna, o que mostra bem o quanto se trabalhou em 2011, ano em que todos os projetos foram concluídos. Contudo, a Área I também esteve sob intenso trabalho de revitalização em quatro salas e a criação da Sala da Congregação, sendo que os próximos passos serão na direção de uma interligação entre essas salas e o Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, de maneira a ser criado um ambiente de recepção mais privado e acolhedor. Com isso, estamos sanando um problema que tínhamos com diversos eventos acadêmicos e culturais, principalmente com o programa “Ciência às 19 Horas”, cujos palestrantes e convidados não possuíam um espaço próprio para permanecer nos intervalos de suas apresentações – explica Hernandes.

Outra obra que irá começar no início de 2012 diz respeito a mais 110m2 para atender os laboratórios de pesquisa e, finalmente, no decurso do mês janeiro tudo indica que estará finalizada a obra de instalação de um elevador no prédio da administração e a ampliação do espaço dedicado ao Grupo de Polímeros, que corresponde a mais 75m2. Somando tudo isto, só para a Pesquisa foram disponibilizados cerca de 300m2 de espaços adicionais:

Se tomarmos 2010 como referência, já que foi esse ano que começou a atual gestão, e apontarmos 2013 como meta, o IFSC irá crescer fisicamente mais de 50%, sendo que o investimento será de, aproximadamente, R$ 15 milhões – comenta Hernandes.

Obras no entorno

Se as obras de ampliação do espaço físico do Instituto constituem o maior destaque na retrospectiva de 2011, o certo é que as obras nos espaços exteriores envolventes ao IFSC também constituíram um interesse adicional. De fato, essas obras, que muitos poderão considerar secundárias, constituem um importante fator, principalmente se pensarmos que elas representam uma espécie de cartão para quem visita o Instituto, conforme explica o Diretor do IFSC:

Na verdade, são muitas as pessoas que visitam o Instituto – principalmente cientistas oriundos de diversas universidades – e, por isso mesmo, a imagem do IFSC deve ser enaltecida. O que fizemos foi criar um espaço que pudesse ser referência da marca IFSC e escolhemos, para isso, a pequena área verde localizada bem próxima à entrada do Instituto, onde, além de um pequeno jardim, foi colocada a estátua alusiva aos pioneiros da Física em São Carlos. Curiosamente, esse espaço serviu de inspiração para duas das fotos que foram premiadas no “Concurso de Fotos IFSC-2011”, cuja votação foi feita pela comunidade do IFSC, sem intervenção da diretoria, o que prova que a nossa filosofia está certa – acrescenta Hernandes.

Ainda sobre o aspecto relacionado com sua imagem e com a intenção de promover a ciência e a tecnologia junto da comunidade, para 2012 o IFSC está trabalhando com um foco direcionado à população de São Carlos. Nesse sentido, o Instituto irá adequar a praça que se localiza na mesma entrada, localizada na Av. Miguel Petroni, no sentido de expor e transmitir os conceitos das energias renováveis. A ideia é colocar nesse local torre de energia eólica e um mosaico com placas solares, tendo em vista dois objetivos: o primeiro, terá o intuito de aproveitar a energia gerada por esses equipamentos para alimentar a portaria (Pórtico entrada C) e o jardim anexo, e o segundo objetivo será mostrar à população que essas energias são reais e que estão sendo aplicadas exatamente em um local onde se faz pesquisa de ponta, dando ênfase à cidade de São Carlos (Capital da Tecnologia) e às empresas aqui sediadas, que se dedicam à Inovação e Tecnologia:

Vai ser uma chamada forte para quem desce a Av. Miguel Petroni e para quem entra na Portaria C da USP. Junto a esses equipamentos iremos colocar uma espécie de painel informativo que mostrará a velocidade do vento, a temperatura do ar, a quantidade de energia produzida e consumida pelos equipamentos. Fazendo isso, o Instituto estará traduzindo, na prática, o conceito de “Sustentabilidade” e estará “cutucando” a população para que ela conheça a ciência que é iniciada e desenvolvida em sua cidade – refere Hernandes.

Outros benefícios

Em relação aos seus servidores, o IFSC tinha um plano de metas antigo, que veio da anterior gestão e, segundo o seu Diretor, fez-se um esforço muito grande para que isso fosse atendido, não só na área administrativa, como também no suporte à pesquisa. Assim, conseguiu-se não só cumprir esse plano de metas, como implementar outro plano para a área de pessoal, que se encontra atualmente em julgamento para eventual concretização em 2012:

Podemos afirmar que estamos trabalhando muito para atingir uma posição confortável no âmbito dos servidores técnico-administrativos, diretamente relacionados com o desenvolvimento das atividades do IFSC. Outra questão que estamos levando adiante é a contratação de novos docentes, uma ação que conta com a fantástica parceria dos Departamentos de Física e Informática e Ciência dos Materiais. A gestão tem que ser feita sempre com parcerias e isso tem sido importante na questão relacionada com o pessoal – esclarece o Diretor do IFSC.

Em decorrência dos pontos abordados acima, outra aposta feita em 2011 foi recuperar a frota automóvel do IFSC, substituindo alguns veículos mais antigos por unidades novas, de forma a atender convenientemente os docentes nas suas deslocações às agências de fomento, a outras universidades e a reuniões na USP em São Paulo. Desta forma, o IFSC cresce de forma global, em qualidade, servindo a todos. Não tem sido fácil, mas tem sido possível trabalhar muito em prol de todos – comenta Antonio Carlos Hernandes.

Extensão: programas “Ciência às 19 horas e “Universitário por um dia”

3.1Outro grande destaque de 2011 foi o trabalho desenvolvido na Extensão. A continuidade do programa “Ciência às 19 Horas”, que existe há sete anos, teve um incremento através da introdução de uma estrutura organizativa mais sólida e abrangente, de forma a que pudesse continuar a atender todos seus objetivos. Assim, em 2011, o programa apresentou-se mais sólido e consistente, em termos de conteúdo e também com mais e melhor suporte – agendamentos, acompanhamento técnico e administrativo, divulgação, etc:

Foi a consolidação de um projeto muito bom, com uma divulgação intensiva em rádios, jornais, mídias eletrônicas e em “bus-doors”, sempre buscando o objetivo principal dele, que é interagir com a população. O que nos interessa é trazer as pessoas para assistirem às palestras do programa “Ciência às 19 Horas”, de forma a que possamos aumentar seu interesse, informação e conhecimento sobre os mais diversos temas – ciência e tecnologia. Por outro lado, conseguimos um feito, em 2011, que acho extraordinário e que foi alcançado através do programa “Universitário por um dia”. É um projeto que foi iniciado no final de 2010 e que rapidamente encontrou adesão dentro do IFSC, com o envolvimento dos docentes e servidores técnico-administrativos. O resultado que esperávamos para 2011 era receber a visita de cerca de mil alunos, já que o objetivo desse programa é difundir a física e mostrar o IFSC aos jovens alunos do ensino médio das escolas públicas. Bem, recebemos três mil alunos de quase todas as cidades do Estado de São Paulo, incluindo a baixada santista. Foi impressionante! Tudo isso aconteceu através da designada informação “boca-a-boca” e das mídias eletrônicas. Foi muito importante, pois este programa é o ponto inicial para trazer pessoas ao IFSC, trazer os alunos e motivá-los a estudar, a fazer ciência e a escolher uma profissão de futuro, altamente qualificada. O foco é auxiliá-los no processo de decisão de sua formação. Este programa foi uma grande vitória nossa em 2011 e a nossa expectativa é atrair cerca de cinco mil alunos em 2012. Além destes dois programas, claro que também foram importantes todos os simpósios,colóquios e encontros que se realizaram no IFSC ao longo do ano, só que estes eventos foram de âmbito interno, dedicados aos alunos do IFSC – complementa Hernandes.

Pesquisa

HernandesA área de Pesquisa também ocupou um lugar de destaque no decurso de 2011, com grandes projetos iniciados, já que o IFSC possui um grande grupo de pesquisadores, o que por si só demonstra a qualidade do trabalho desenvolvido. Refira-se que cerca de 85% dos docentes do IFSC são pesquisadores que possuem bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq e os seus trabalhos têm atraído o interesse de inúmeros cientistas, principalmente estrangeiros, que se propõem, com alguma regularidade, visitar o Instituto e conhecer melhor as pesquisas que estão sendo feitas. Cientistas oriundos da Alemanha, Inglaterra, França, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Argentina e México, dentre outros países, visitam o IFSC com alguma regularidade e essas estadas confirmam a elevada qualidade da pesquisa que é desenvolvida pelos docentes do IFSC:

Como as pesquisas desenvolvidas no Instituto se encontram na fronteira do conhecimento, é natural que os nossos docentes estejam também envolvidos em grandes projetos de pesquisa, com grandes chances de sucesso na aplicação desses projetos. E os números não mentem. Em 2011, além dos CEPID’s e dos INCT’s que já temos e que vão continuar, foi lançada uma iniciativa da USP que reuniu 150 projetos; 43 desses projetos foram aprovados e três deles são do IFSC, ou seja, cerca de 10% desses projetos são do Instituto. São três NAP – Núcleos de Apoio à Pesquisa, com temas inovadores, inseridos na fronteira do conhecimento. O que acaba acontecendo é que você vai ganhar diferentes formas de destaque para a área de Pesquisa e, com isso, você desperta um interesse internacional: para 2012 precisamos seguir esse mesmo caminho e trabalhar no mesmo ritmo como até aqui – enfatiza o diretor do IFSC.

Graduação e Pós-Graduação

Comecemos por falar na Pós-Graduação, que tem seguido um trajeto de tradição, através da avaliação máxima da CAPES. O balanço que se pode fazer é extremamente positivo e isso decorre, naturalmente, do bom desempenho na área de Pesquisa. O que está programado para 2012 é iniciar uma discussão sobre a questão das áreas de concentração, de forma a que o Instituto tenha uma visão um pouco mais abrangente, com particular destaque para a questão da internacionalização. Para o Diretor do IFSC, esse é um ponto chave, inclusive porque todos os pesquisadores estrangeiros que visitaram o Instituto têm bastante interesse em fazer duplo-diploma, quer na Graduação como na Pós-Graduação:

Acho que uma das metas importantes para 2012 é aumentar esse processo de internacionalização, com a assinatura de convênios onde esteja compreendido o duplo diploma – refere Hernandes, que justifica sua afirmação com a necessidade do IFSC poder dar um salto adicional a partir do seu patamar de excelência: Recentemente, tivemos alunos formados através de convênios com a Alemanha, mas precisamos aumentar a quantidade, já que a qualidade existe em grande escala. Por isso, vamos precisar de um maior empenho dos orientadores para atingir esse degrau – pontua Hernandes.

Com respeito à Graduação, o Diretor do Instituto afirma que no primeiro semestre de 2012 há intenção de fazer uma discussão mais abrangente sobre os cursos de Graduação do IFSC, não só sobre as questões relacionadas com o número de alunos que são formados e com o índice de evasão, mas num sentido mais lato. Do ponto de vista institucional, Hernandes aponta várias coisas que foram feitas ao longo de 2011 e que já dão direcionamento nesse sentido, com boa parte delas a ter uma forte conexão com a internacionalização que foi feita até agora:

Posso dar o exemplo dos cursos de inglês que oferecemos aos nossos alunos, uma iniciativa que teve um resultado extremamente positivo. Vamos continuar a apostar nesses cursos, pois está provado que eles auxiliam muito na inserção dos alunos nos países para onde vão, por vezes com culturas muito diferentes das nossas. O que começamos no primeiro trimestre de 2011 foi um projeto de mobilidade dos alunos de Graduação (MIGrA), sendo que eles retornaram com uma resposta extremamente positiva e isso contribuiu para sua formação intelectual e cultural – esclarece o diretor.

Quanto à popularização da ciência, Antonio Carlos Hernandes refere que o IFSC está contribuindo com sua parte e é intenção de aprofundar ainda mais esse tema junto com as diversas iniciativas que irão surgir, num futuro próximo, por iniciativa da Prefeitura de São Carlos:

Quando foram criados os CEPID’s, uma das regras vinculadas foi que todos eles estariam obrigados a fazer difusão científica, e eles têm cumprido essa missão. Então além do CDCC, que é vinculado ao IFSC e ao IQSC, nós temos a sede do CBME, temos também todo o trabalho de difusão que é feito pelo CEPID de Óptica e Fotônica e ainda todo o trabalho de difusão que é feito no meu grupo de pesquisa – e tudo isto está acontecendo desde 2000. Com certeza que irão ser lançados novos projetos dentro desse tema e o IFSC estará, com certeza, na linha da frente para poder contribuir com sua parte junto da população – conclui o entrevistado.

O IFSC promete um ano de 2012 cheio de projetos.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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