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12 de janeiro de 2011

Falta de infraestruturas e de difusão da ciência não atraem cidadãos

Uma pesquisa realizada recentemente pelo MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia revelou que 36,8% dos brasileiros não visitam ou participam de eventos científicos porque, no local onde residem, não existem espaços desse tipo.

De acordo com os dados divulgados pela pesquisa, apenas 8,3% já foram a um museu ou centro de ciência e tecnologia e 4,8% participaram da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento promovido pelo governo federal, em que são mostradas as experiências científicas e tecnológicas de institutos de pesquisa, universidades e de escolas do ensino fundamental e médio.

Segundo nota divulgada pela Agência Brasil, da autoria da jornalista Lana Cristina, os locais mais procurados pelos entrevistados, quando buscam conhecimento, são as bibliotecas (28,7%) e os jardins zoológico e botânico, cerca de 22% cada um.

O coordenador da pesquisa, Ildeu Moreira, que dirige o Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do MCT, reconhece a má distribuição dos espaços de ciência e tecnologia no país, acrescentando que a maioria das infraestruturas está no Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto a Região Norte sequer tem um planetário ou museu.

Ele espera que os resultados da pesquisa sirvam para estimular programas de expansão de museus científicos e tecnológicos.

Os dados fazem parte da pesquisa realizada nos meses de junho e julho de 2010, pelo MCT e a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, tendo sido ouvidas 2.016 pessoas, com idade superior a 16 anos e diferente nível de escolaridade e renda.

A pesquisa mostra que a maior parte da população também não sabe o nome de cientistas e instituições científicas brasileiras.

Quase 82% não souberam citar o nome de uma instituição que se dedique à pesquisa no país.

As instituições mais mencionadas pelos 17,9% que se lembraram do nome de pelo menos uma foram o Instituto Butantan, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Petrobras.

Quando a pergunta era se o entrevistado conhecia algum cientista brasileiro, 87,6% disseram que não e somente 12,2% citaram um nome.

Os mais lembrados foram Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e Vital Brazil.

Por outro lado, a mesma pesquisa quis saber qual o tema científico que mais desperta a atenção dos cidadãos.

Assim, quando se fala em ciência e tecnologia, os brasileiros têm mais interesse pelos estudos que os cientistas estão realizando nas áreas de saúde, informática e agricultura.

Dos entrevistados que declararam interesse por ciência e tecnologia, 30,3% apontou as pesquisas na área de saúde como assunto mais interessante, 22,6% referiu à área de informática e computação e 11,2% a agricultura.

Entre os assuntos menos citados estão astronomia (1,6%), história (3,3%) e matemática (3,7%).

Para os que não gostam de ciência e tecnologia, 36,7% justificam a falta de interesse por não entenderem do assunto.

A pesquisa ouviu 2.016 homens e mulheres com idade superior a 16 anos, de 23 de junho a 6 de julho de 2010, em todas as regiões do país.

O grau de escolaridade do entrevistado variou do ensino fundamental incompleto ao ensino superior completo, com renda de um salário mínimo (equivalente a R$ 510) a acima de 20 salários mínimos (mais de R$ 10,2 mil).

Assessoria de Comunicação

Data: 12/01/201

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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