Notícias

13 de janeiro de 2017

Dezessete palestras compõem o evento

Nos dias 24, 25 e 26 de janeiro, ocorrerão 17 palestras no SNEF_logo_-_com_borda_250campus USP São Carlos, inseridas no XXII SNEF – Simpósio Nacional de Ensino de Física – “A Física e o Cidadão Contemporâneo”.

Em cada um desses dias haverá uma média de seis palestras que se realizarão simultaneamente a partir das 11h, em diversos locais do campus, sendo eles: o EC07 (Bloco C da Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), Auditório CETEPE I (EESC/USP), Anfiteatro Professor “Horácio C. Panepucci” (Instituto de Física de São Carlos – IFSC/USP), Auditório Fernão Stela R. Germano (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP), Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) e o Anfiteatro Jorge Caron (Bloco E1 da EESC/USP).

Palestras programadas para o dia 24

No EC07, o Prof. Dr. Paulo Carrano, da Faculdade de 1_paulo_carrano_200Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), dissertará a respeito dos desafios da criação de escolas capazes de fazer sentido aos jovens contemporâneos, haja vista que a escola, em especial aquela do ensino médio, se vê desafiada a se constituir como espaço-tempo significativo para seus estudantes. Uma das maneiras mais confortáveis e improdutivas de enfrentar os desafios da escolarização dos jovens contemporâneos encontra-se em lançar para os alunos a responsabilidade do desinteresse pela aprendizagem e pelo conhecimento.

Será que uma pessoa negra já inventou algo? Tente se lembrar de algum cientista ou de alguma cientista negra. Nenhum nome veio a mente, correto? Embora tenham sido ocultados da história da ciência devido à escravidão e ao racismo, cientistas negros assinam invenções que hoje fazem parte de nosso cotidiano. Essa temática será discutida na palestra “Negras e Negros na Ciência”, que será apresentada no Auditório CETEP I, pelo Prof. Carlos Eduardo Dias Machado, da Secretaria Municipal de Educação (SME/PMSP).

No 2_roberto_martins_200Anfiteatro “Professor Horácio C. Panepucci”, o Prof. Dr. Roberto de Andrade Martins, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), apresentará uma abordagem histórica da Teoria da Relatividade, creditando um grande número de pesquisadores – e não apenas Albert Einstein -, que contribuíram para o desenvolvimento da Teoria que completou cem anos em 2015. Nesta apresentação, o palestrante mostrará que nenhuma teoria científica tem um autor isolado, sendo sempre fruto do trabalho coletivo.

No Auditório Fernão Stela R. Germano, a Profa. Dra. Gabriela Castellano, do Instituto de Física “Gleb Wataghin” da Universidade Estadual de Campinas (IFGW/UNICAMP), descreverá, de forma sucinta, as principais áreas da Física Médica e os cursos de graduação existentes nessa área, retratando o panorama da atuação de físicos médicos no Brasil. Mais do que isso, a Profa. Gabriela falará, de maneira mais aprofundada, a respeito da Física aplicada à Neurociência.

Nos anos 1940-1950, Isaac Asimov escreveu sobre um futuro no qual robôs são 3_helio_takai_200uma parte integral da sociedade. Ele e outros autores de ficção científica imaginaram uma sociedade onde a ciência e a tecnologia ajudam uma sociedade a alcançar um nível adequado de qualidade de vida. Porém, esse mundo fictício está cada vez mais próximo da realidade graças ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia. No Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, os desafios da sociedade contemporânea diante do rápido avanço tecnológico serão dissertados pelo Prof. Dr. Helio Takai, da Universidade Stony Brook (EUA), do Laboratório Nacional Brookhaven (EUA) e da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear – CERN (Suíça).

As ondas gravitacionais são ondulações do “tecido” do espaço-tempo cuja existência foi prevista logo após Albert Einstein ter formulado a Teoria da Relatividade Geral – que, ainda hoje, prevê o melhor entendimento que temos para a gravidade. No entanto, cem anos foram necessários para que nossa tecnologia permitisse detectar tais ondas diretamente. No Anfiteatro Jorge Caron, o Prof. Dr. Daniel Vanzella (IFSC/USP) apresentará brevemente a Teoria de Einstein, a dificuldade associada ao processo de detecção e as perspectivas futuras para a área da astronomia.

Palestras programadas para o dia 25

Na sociedade contemporânea, permeada pela cultura da mídia, a escola interage permanentemente com as produções midiáticas e as tecnologias de informação e comunicação. Em relação especificamente ao ensino das ciências, professores e estudantes estão em contato com conteúdos e, assim, também com representações da ciência e da tecnologia presentes nessas produções. Considerando essa realidade, a palestra “Ciência e Mídia”, a ser ministrada por Mariana Pezzo (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar), no Auditório “Fernão Stela R. Germano”, abordará possibilidades de interação entre educação e comunicação social e, mais especificamente, entre ensino de ciências e jornalismo científico; ferramentas para seleção de materiais midiáticos a serem usados no ensino das ciências e a relevância da inserção de atividades de educação para as mídias em todos os níveis de ensino e, particularmente, nos cursos de formação de professores de ciências.

Como seria uma pedagogia que não cai nas armadilhas da diferença? Os processos de ensino e de aprendizagem precisam ser revistos em razão das exigências da inclusão escolar, que provoca mudanças na atuação de professores e estudantes. Se o intuito dos professores é promover uma escola que conceba a educação escolar como um projeto de formação que tenha como mote o desenvolvimento pleno das capacidades de cada estudante, o desafio que há pela frente é o de diferenciar para incluir. O assunto será abordado no EC07, pela Profa. Dra. Maria Teresa Eglér Mantoan, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Já no 5_yvonne_mascarenhas_200Anfiteatro “Professor Horácio C. Panepucci”, a Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, decana no Instituto de Física de São Carlos, conversará sobre a educação em Física na sociedade contemporânea. A docente é graduada em Física e Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Química pela USP. Em 1971, conquistou o título de livre-docência pela Universidade de São Paulo, tendo, em 1973, concluído um pós-doutorado na Universidade de Harvard (EUA).

Embora a capacidade atual dos meios de comunicação seja fantástica, a linguagem de cada pesquisador encontra-se protegida pela especificidade de seus próprios códigos. Assim, tanto no que se refere à codificação particular da linguagem como no que diz respeito ao controle e privatização inerentes aos interesses econômicos, o conhecimento científico sempre esteve envolvido com a questão do poder. Nessa palestra, que ocorrerá no Auditório CETEP I, o Prof. Dr. Marcelo Germano (UEPB) defenderá a tese de que só se pode vislumbrar as possibilidades e limitações envolvidas no debate público de popularização e comunicação pública sobre o universo científico a partir de uma perspectiva crítica da ciência, aliada a uma visão utópica da emergência de um novo paradigma científico.

O Prof. Sérgio Muniz (IFSC/USP), por sua vez, estará no Anfiteatro 6_SERGIO_MUNIZ_200“Jorge Caron”, onde falará sobre ferramentas digitais para personalizar o ensino. Através de exemplos práticos e objetivos, ele discutirá como as ferramentas digitais de apoio ao ensino presencial podem ser recursos importantes na personalização do processo de ensino e aprendizagem. Em particular, o docente mostrará casos concretos do uso de diversas tecnologias educacionais e de ensino híbrido, tanto na implementação de métodos de aprendizagem ativa, como na personalização de estratégias educacionais para diferentes perfis de estudantes.

Na escola aprendemos que a matéria é constituída por átomos. Aprendemos também que os elétrons em órbitas quânticas ao redor de um núcleo atômico são a menor parte da matéria. O conceito do átomo, introduzido por Demócrito na antiga Grécia, permaneceu como sendo a menor subdivisão da matéria por vários séculos. Com o advento do acelerador de partículas e as observações de raios cósmicos, se descobriu que o núcleo e os seus constituintes são formados de objetos mais fundamentais: quarks! Hoje, sabemos que existem vários quarks e leptons (por exemplo elétrons) que formam o nosso universo. Com esses constituintes é possível dar forma ao que chamamos de modelo padrão de partículas elementares. A última peça deste modelo foi descoberta em 2012 no acelerador LHC. No Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, o Prof. Helio Takai discutirá a pesquisa que está sendo feita para estender o conhecimento acerca da estrutura da matéria.

Palestras programadas para o dia 26

A evolução humana está intimamente associada às ferramentas que suas culturas dispõem. Comunidades virtuais, redes sociais, tecnologia móvel, impressoras 3D e sensores para aquisição automática de dados são alguns dos recursos digitais já disponíveis, com potencial para provocar significativas mudanças na aprendizagem formal e não formal de Física. No EC07, a Profa. Dra. Eliane Angela Veit, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF/UFRGS), refletirá sobre possibilidades, condições e restrições associadas ao uso de tecnologias de informação e comunicação no ensino de Física

Enquanto isso, no Anfiteatro Jorge Caron, o Prof. Dr. Maurício Pietrocola, da Faculdade de Educação da USP, abordará as “emoções e cultura didática”, discutindo sobre a noção de cultura e sua relação com as emoções, tendo como referência a sociologia das emoções e a história cultural. A ideia desta apresentação é oferecer resultados de pesquisa sobre a atuação de professores de Física.

O Prof. 7_LUIZ_VITOR_200Dr. Luiz Victor de Souza Filho (IFSC/USP), por sua vez, estará no Auditório CETEPE I, para discutir como a pesquisa em raios cósmicos (astrofísica de partículas) pode ser usada em sala de aula. Ele ilustrará como experimentos simples, baseados em dados de observatórios sofisticados, podem se transformar em ferramentas didáticas para abordar questões de física básica, tais como conservação de momento linear e de energia. Ele também mostrará experimentos caseiros que tornam efeitos atômicos visíveis e atraem a atenção dos alunos, abordando também como a histórica participação brasileira na área de astrofísica de partículas e a ficção científica podem motivar os jovens.

Já no Auditório Fernão Stela R. Germano, a Profa. Dra. Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, do Departamento de Psicologia da UFSCar, falará sobre violência intrafamiliar e escolar, sumariando dados para apresentar a interface entre ambos os tipos de violência, bem como formas ideais de prevenção desse tipo de problema, bastante complexo.

E no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, 8_VANDERLEI_BAGNATO_200o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) dissertará em torno da necessidade de se ensinar física com atividades práticas. A maneira mais comum de despertar a curiosidade dos alunos e passar o conhecimento é improvisar experimentos. Outra forma é a construir kits de alta qualidade e eficiência, que permitam ao estudante descobrir de modo quantitativo as leis básicas e, ao mesmo tempo, criar seus próprios experimentos, explorando diversos temas.

No SNEF, também haverá mesas redondas, painéis, mostras, exposições, encontros, cursos, oficinas, comunicações orais, lançamento de livros e atividades culturais. Para conferir a programação completa do Simpósio, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Imprimir artigo
Compartilhe!
Share On Facebook
Share On Twitter
Share On Google Plus
Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..