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22 de julho de 2012

Sucesso absoluto

Foram necessários alguns meses de organização para receber pesquisadores do Brasil e de alguns países do globo, mas o reconhecimento foi imediato. Durante os quatro dias em que ocorreu a Escola Avançada de Óptica e Fotônica (EAOF), a satisfação dos participantes foi simultânea ao evento.

logo_ChapterEncerrada no último dia 19, passaram pela EAOF alunos de graduação e pós-graduação, totalizando 74 participantes vindos de diversas regiões do país. “Decidi vir pra cá porque achei que seria uma boa oportunidade de conhecer o trabalho de outros pesquisadores de minha área, e mostrar o trabalho que eu faço para outras pessoas, também. Isso sem contar o grande aprendizado que adquiri durante as palestras”, conta Anderson Caires de Jesus, estudante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Com a ideia de satisfazer, pelo menos, grande parte dos participantes, os organizadores da EAOF trouxeram multidisciplinaridade para as discussões, dentro do tema principal, obviamente. E esse foi mais um objetivo alcançado com sucesso. “Na Escola, tratamos de ciência dos materiais, bem como óptica e física básica. Apesar de o conteúdo estar relacionado, ele acaba sendo multidisciplinar, também. A maioria dos participantes é físico, mas não só. Temos químicos e cientistas dos materiais, além de engenheiros mecânicos que, em algum momento de seus projetos de pesquisa usam óptica e participam da EAOF para aprender técnicas que facilitem o seu trabalho”, explica Juliana Mara Pinto de Almeida, presidente do IFSC OSA Student Chapter.

EAOF-1Outra participante da EAOF, Franciele Renata Henrique, estudante da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisadora na área de nanopartículas, sempre teve curiosidade em conhecer a estrutura do IFSC e achou que participar da Escola seria uma boa oportunidade para isso. “Eu trabalho nessa área e gosto muito de óptica e fotônica. Eu já tinha lido trabalhos e pesquisas do Instituto e achei muito interessantes, por isso decidi participar do evento”.

A Escola, em sua quarta edição, sempre foi conduzida por alunos dos Grupos de Óptica e Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e seu formato difere, em alguns aspectos, de outros eventos desse tipo, como workshops, seminários ou colóquios. “Tentamos sempre focalizar os conteúdos e temas discutidos na Escola Avançada de forma bem abrangente, para que todos possam participar. Portanto, aborda-se desde conceitos básicos, indo até as últimas aplicações e resultados mais recentes da área”, explica Juliana.

As edições anteriores da EAOF serviram de parâmetro para organização desta última. Juliana conta que, a cada ano, um estudante da pós-graduação é incumbido de tarefas específicas. “Neste ano, eu sou a presidente do evento, mas estamos capacitando outros estudantes para serem capazes de realizar essa tarefa na próxima edição da Escola”, explica. “Temos contato com os primeiros organizadores até hoje e, inclusive, o fundador do OSA Student Chapter, Daniel Corrêa, junto com o professor, Cléber Mendonça [docente do IFSC], estão participando do evento, então sempre temos dicas de como melhorar”.

Os resultados da dedicação da equipe do OSA são notados, ainda durante o evento, pelos próprios participantes. Anderson, por exemplo, além de ter elogiado as palestras e eventos ocorridos, diz que as diversas discussões podem ajudar no direcionamento de sua pesquisa. “É muito legal o fato de poder conhecer técnicas desenvolvidas por outras pessoas e, depois disso, olhar para o meu trabalho e tentar encontrar alguma correspondência. Uma professora do Rio de Janeiro, que trabalha com fibras ópticas, se interessou pelo meu trabalho e começaremos a trabalhar em colaboração, unindo duas áreas completamente diferentes”, entusiasma-se o aluno, que sai da EAOF com uma parceria firmada.

EAOF-4Para a realização da Escola, efetivamente, os organizadores contaram com o apoio financeiro do IFSC, das pró-reitorias da USP – Cultura e Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação- e de algumas empresas. Juliana conta que conseguir selecionar palestrantes capazes de atingir um público grande, dentro da diversificada temática que a óptica e a fotônica oferecem, foi um desafio. “Nesse ano, por exemplo, tivemos a presença da pesquisadora canadense, Donna Strickland [Waterloo University], conhecida mundialmente por suas pesquisas, e que será a próxima presidente da OSA, maior organização de Óptica do mundo”, conta.

A palestra de Strickland, inclusive, foi o maior destaque eleito pelo estudante da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lisan Marcos M. Durão. Vindo de longe, Lisan conta que o principal motivo de sua vinda foi conhecer a Universidade de São Paulo (USP), a qual fez jus a suas expectativas. “Vou me formar esse ano e estou em busca de lugares para fazer minha pós-graduação, então eu vi na Escola uma boa oportunidade de vir até aqui, conhecer a cidade, a USP, as pessoas, e ter mais instrumentos que ajudem na tomada de minha decisão”.

Com o evento encerrado, Juliana comemora o bom andamento – com o aval dos participantes- e afirma que a união e empenho de todos os alunos de pós-graduação, membros do IFSC OSA Student Chapter, foi essencial para tal sucesso. “O balanço geral é muito positivo, pois só pelo fato de observar a troca de ideias entre os participantes, não só nos intervalos, mas também durante os cursos e palestras, conseguimos ver o quanto todos se mostraram interessados e satisfeitos. Para o pessoal de fora, especificamente, essa foi uma oportunidade muito boa para conhecer a pesquisa do IFSC, e de outros pesquisadores de outros estados”, comemora a pesquisadora.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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