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30 de setembro de 2022

Clareamento dental e descontaminação bucal – A eficácia de protocolos inovadores com Led violeta

Clareamento

Resultados publicados este ano em revistas científicas internacionais confirmam a ação do LED violeta como fonte de luz capaz de ser utilizada no clareamento dental e na descontaminação bucal, processos esses derivados de pesquisas e técnicas desenvolvidas desde há anos por pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP, em estudos coordenados pelo Prof. Dr. Vanderlei S Bagnato. Segundo o pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, as técnicas desenvolvidas no Instituto podem trazer grandes benefícios em estética dental e no combate a infecções bucais, tais como a cárie dental e doenças gengivais.

Tomando como exemplo o artigo em fase de publicação neste mês no “Journal of Dental Health and Oral Research” – New Possibilities on the Application of Violet Light in Dentistry Combining Aesthetics and Microbiological Control: Report of Two Clinical Cases (AQUI), a aplicação da luz violeta surge como uma inovação muito eficaz no clareamento dental, apresentando, simultaneamente, descontaminação oral. Sobre esta pesquisa, Vitor Hugo Panhóca sublinha que o objetivo desse estudo foi mostrar as novas possibilidades em odontologia aplicando luz LED violeta com solução de descontaminação líquida utilizada durante o clareamento dental em dois casos clínicos.

Clareando e descontaminando

Vitor Hugo Panhóca

“O clareamento dental foi feito com fonte de luz LED violeta, sendo que a irrigação simultânea utilizou solução clareadora desinfetante  nas arcadas dentárias com o objetivo de também promover a descontaminação bucal no paciente”, enfatiza o Prof. Vitor Panhóca. Usualmente, a profilaxia – ou limpeza – compreende a raspagem e remoção dos chamados “cálculos dentais”, que é a placa bacteriana calcificada, seguindo-se o polimento dos dentes com escova de Robson. Contudo, esse procedimento não impede que subsistam bactérias que permanecem entre as gengivas e os dentes. Com o novo procedimento, ao aplicar-se uma solução descontaminadora na boca dos pacientes, ela não só elimina grande parte dessas bactérias, como também as restantes com a aplicação da luz LEd violeta. Por outro lado, nos casos de gengivas inflamadas e/ou sangrantes, a luz LED violeta tem um efeito anti-inflamatório e foto-coagulador, conseguindo estabilizar essas situações em cerca de 15 minutos. Segundo Vitor Panhóca, o correto é fazer esta profilaxia em cada seis meses, ou anualmente, dependendo das situações de cada paciente.

Com base nos resultados obtidos “foi possível mostrar que a luz violeta tem real aplicabilidade no clareamento dental e uma potencial ação para a descontaminação bucal, que alia o controle e a prevenção de doenças causadas por microrganismos na cavidade bucal”, pontua o pesquisador. “Esse protocolo inovador permite que o dentista realize profilaxia dental removendo placa bacteriana e cálculos dentais, acompanhada de descontaminação bucal de maneira não só mecânica, mas também fotoquímica, obtendo uma excelência de resultados em tratamentos profiláticos, em seu consultório dental”, sublinha Panhóca.

Em outra pesquisa, já publicada na revista “Oral Health and Dental Management” – Dental Sensitivity and Color Change in Patients Undergoing Dental Bleaching with Application of Violet Light – (AQUI), os pesquisadores avaliaram a aplicação de luz LED violeta tanto de forma isolada, como combinada com diversos agentes para clareamento dental e com a participação de quinze pacientes. Os resultados desses estudos mostraram que essa aplicação de luz violeta não só foi eficaz no processo de clareamento dental, como, inclusive, promoveu uma diminuição apreciável na sensibilidade dentária, anulando, dessa forma, desconforto aos pacientes envolvidos no citado estudo. A partir dos resultados desta pesquisa e baseados em outros artigos publicados na literatura sobre aplicação de luz violeta para clareamento dental, Panhóca e colaboradores desenvolveram um protocolo inovador em clareamento dental para consultório com menor tempo em cadeira odontológica, que em breve será publicado em um capítulo do livro da “Editora Napoleão Quintessence”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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