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30 de agosto de 2018

Equipe da USP de São Carlos vence “1º CubeDesign”

A equipe Zenith EESC USP, grupo extracurricular da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), venceu a primeira edição do CubeDesign, competição que foi organizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e cujo foco foi desafiar os jovens participantes na preparação de um projeto consistente de construção de um “Cubesat”, pequeno satélite que, ao ser lançado no espaço, poderá desenvolver diversas tarefas, entre elas a execução de inúmeras experiências científicas.

A competição desenrolou-se entre os dias 25 e 28 de julho último, em São José dos Campos (SP), na sede do INPE, tendo congregado quatro equipes oriundas da PUC de Minas Gerais, Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Engenharia de Sorocaba e USP de São Carlos, todas elas competindo na categoria “Cubesat”. O Grupo Zenith, constituído por cerca de trinta alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), começou em março deste ano a elaborar o projeto de construção do “cubesat” que iria participar da competição, sendo que a apresentação desse projeto esteve sob a responsabilidade de oito desses alunos.

Já com os protótipos dos pequenos satélites prontos, foram muitos os desafios lançados às equipes, começando pelas missões, conforme explica Marco Aurélio Bonaldo, integrante da equipe: “O “cubesat” que utilizamos foi do tipo 2U: cada U corresponde a um cubo com uma aresta de 10 centímetros. Na primeira missão, tivemos que realizar uma missão de imageamento dentro de um ambiente simulado (uma sala), como se o “cubesat” estivesse no espaço. A missão consistiu em enviar e receber dados via telemetria, através de diversos comandos, entre a base (nosso computador) e o “cubesat”. Igualmente através de telemetria, tivemos que ativar e comprovar a recepção de informação de que os pequenos painéis solares que faziam parte do “cubesat” estavam sendo carregados. Outro desafio foi fazer uma estabilização do instrumento em torno de um eixo, por meio da identificação da posição do sol, representado por uma luz no ambiente simulado, sendo necessário um projeto de visão computacional”, pontua Marco.

Depois de todos esses desafios e provas, o “cubesat” da equipe da USP de São Carlos foi ainda sujeito a testes de vibração nos três eixos, simulando o lançamento do instrumento para o espaço e ainda um teste térmico que oscilou entre os -10ºC e 50ºC.

Marco afirma que além de ter sido muito legal vencer a competição, o mais proveitoso foi o intercâmbio de informações que a equipe conseguiu coletar e que provavelmente poderá ser aproveitada para projetos futuros ligados à tecnologia aeroespacial do Brasil, principalmente no que diz respeito ao lançamento de “cubsats” no espaço. Essas tecnologias são mais acessíveis e baratas, e poderão auxiliar no desenvolvimento de inúmeros experimentos científicos relacionados com biologia, física, química, etc., sendo que a intenção da equipe da USP de São Carlos é construir, em um futuro muito próximo, um “cubesat” robusto, completamente pronto para ser lançado no espaço.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2018

“High Energy Physics” recebe o pesquisador italiano Tassos Vladikas

Tassos Vladikas, pesquisador do Instituto Nacional de Física Nacional (INFN) – Roma (Itália), foi o palestrante convidado de mais uma edição do programa High Energy Physics, realizada no dia 29 de agosto nas instalações de nosso Instituto.

Review of Neutral Kaon oscillations in and beyond the Standard Model from Lattice QCD foi o tema da apresentação do pesquisador italiano, que atualmente desempenha as funções de diretor de pesquisa do INFN e docente na Universidade de Tor Vergata, estabelecimento de ensino superior igualmente localizado em Roma.

Bacharel em engenharia elétrica, Tassos Vladikas fez todo seu percurso acadêmico de pós-graduação no Imperial College London (Inglaterra), nomeadamente nas áreas de Física-Matemática e Física-Teórica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2018

“Single Photon Sources Based on InGaN/GaN Single Quantum Dots”

Em mais uma edição da iniciativa Café com Física, realizada no dia 29 de agosto, o IFSC/USP recebeu o pesquisador Stanko Tomic, da Universidade de Salford (Inglaterra), que apresentou o seminário subordinado ao tema Single Photon Sources Based on InGaN/GaN Single Quantum Dots, onde o palestrante evidenciou, entre outros sub-temas, que demonstrações de prova de princípio com sistemas de materiais compatíveis com InAs / GaAs [1], GaN / AlN [2] e fosforosos mostraram que pontos quânticos de estado sólido (QDs) podem ser fontes quase ideais de luz quântica, embora cobrindo faixas de comprimento de onda.

O Prof. Tomic tem vasta experiência em pesquisa na área de modelagem de nanoestruturas semicondutoras, projeto de dispositivos optoeletrônicos e física teórica em estado sólido. Seu mais recente trabalho tem como objetivo a compreensão das propriedades eletrônicas e ópticas, bem como dos processos radiativos e não-radiativos (relacionados a Auger e phonon) nos dispositivos de células solares de terceira geração ,baseados em pontos quânticos semicondutores.

Tomic Publicou já mais de cem artigos científicos de revisão por pares e cinco capítulos de livros, sendo especialista no uso de supercomputadores em modelagem e análise de materiais e interpretação teórica dos resultados experimentais obtidos nas nanoestruturas semicondutoras.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de agosto de 2018

Aluno do IFSC conquista “Prêmio Tese Destaque USP – 2018”

Diego Paiva Pires, doutorando do IFSC/USP entre os anos de 2016 e 2017, foi o vencedor do Prêmio Tese Destaque USP, edição de 2018, na Grande Área – Ciências Exatas e da Terra, com o trabalho intitulado Geometria da informação quântica: uma abordagem geral acerca do tempo de evolução.

Orientado durante seu doutorado pelo Prof. Dr. Diogo de Oliveira Soares Pinto (IFSC/USP), Diego Pires (30), natural da pequena cidade de Conceição das Alagoas (MG), está fazendo atualmente seu pós-doutorado no Instituto Internacional de Física (RN), trabalhando afincadamente na interface da Teoria de Informação Quântica e Física da Matéria Condensada, sendo que seu objetivo é continuar na carreira acadêmica.

Embora tenha concorrido ao prêmio convicto da qualidade de sua tese, Diego ficou surpreso com a conquista, já que, segundo ele, “Com a envergadura que a USP tem, com certeza concorreram ao prêmio muitos e excelentes trabalhos, pelo que foi uma surpresa, mas também uma alegria muito grande ter conquistado este prêmio”.

O Prêmio Tese Destaque USP é instituído pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, com o objetivo de reconhecer e premiar as teses de Doutorado de destaque defendidas nos Programas da USP, em todas as áreas do conhecimento, e estimular a constante busca pela excelência na pesquisa.

O autor da Tese Destaque USP receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil e seu orientador, um prêmio de R$ 5 mil, como recursos para custeio, sendo igualmente concedidas duas menções honrosas.

Os trabalhos foram avaliados por nove comissões julgadoras indicadas pela Pró-Reitoria, tendo-se levado em conta critérios como originalidade do trabalho, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e valor agregado ao sistema educacional.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de agosto de 2018

Rádio USP destaca CIBFar: CEPID instalado no IFSC/USP

Vinte e dois pesquisadores pertencentes à Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), que se encontram distribuídos pelas áreas de produtos naturais, química orgânica sintética, biologia molecular e estrutural, bioquímica, química medicinal, planejamento de fármacos e ensaios farmacológicos.

Essa é a moldura humana, técnica e científica do CIBFar – Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CEPID-FAPESP), instalado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP/Campus-2), cujo objetivo é proceder a análises biológicas e químicas de compostos e identificação de seus princípios ativos, tendo em vistas ao desenvolvimento de candidatos a novos fármacos para doenças pesquisadas nesse centro.

Cooperando com organizações nacionais e internacionais para desenvolvimento e aplicação de novos fármacos como alternativas de tratamento de patologias, a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas, o CIBFar também tem seu lado pedagógico, estando apto a receber, em suas instalações, a visita de alunos dos ensinos fundamental e médio, possibilitando o contato deles com a ciência e suas perspectivas.

O Prof. Adriano Andricopulo, coordenador de Transferência de Tecnologia do CIBFar, explicou à Radio USP, no programa “Momento USP Inovação”, como funciona esse CEPID da FAPESP.

Clique abaixo para conferir a entrevista.

(Adaptado à matéria da autoria de Laura Raffs – Jornal da USP/Rádio USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de agosto de 2018

Em São Paulo: “Museu do Ipiranga em Festa!” – 2ª Edição

A USP e o Sesc promovem, nos dias 7 e 8 de setembro, a segunda edição do evento Museu do Ipiranga em Festa!, no Parque da Independência, Bairro do Ipiranga, em São Paulo.

Ao celebrar os 196 anos da Independência do Brasil, o evento aprofunda seu teor histórico e político por meio de intensa programação cultural gratuita para todas as idades, com apresentações de dança, teatro, música, cortejos, performances cênicas, poesia, exposição e projeção mapeada na fachada do Museu.

Nesta edição, o trabalho de curadoria questiona os significados da Independência nos dias de hoje ao lançar um olhar crítico sobre três marcos históricos: 1822 (Independência do Brasil), 1922 (Centenário da Independência e efervescência intelectual em São Paulo com a Semana de Arte Moderna) e 2022 (Bicentenário da Independência e reabertura do Museu do Ipiranga).
O primeiro eixo aborda o século da independência e da abolição da escravatura enquanto ideia e apagamento de uma nação; o segundo explora a produção cultural do século XX e a ideia de uma renascença paulista; finalmente, o terceiro representa o futuro nos corpos e vozes da juventude.

“Fomentar e fortalecer as parcerias da Universidade com entidades de reconhecida importância social como o Sesc tem sido uma das principais metas norteadoras de nossa gestão. A segunda edição do programa Museu do Ipiranga em Festa!, além de oferecer à população uma programação cultural de qualidade, mobiliza a data e o espaço do Museu com foco no restauro do edifício-monumento e as celebrações de 2022”, destaca o reitor da USP, Vahan Agopyan.

De acordo com o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, neste segundo ano de parceria, as equipes do Sesc e da USP se dedicaram a pensar uma programação ainda mais sensível a esta efeméride.

“Trata-se de festejar sem deixar de refletir sobre questões caras ao que desejamos para nossa sociedade, dentre elas, contemplar a diversidade e entender que a história se constrói a partir de leituras e, portanto, exige senso crítico, que atingimos por meio de um processo educativo constante. É neste ponto que as missões de ambas as instituições convergem e se potencializam”, acrescenta.

A parceria entre a USP e o Sesc tem se fortalecido por meio da realização de ações conjuntas e a maior parte delas gratuitas, como a ocupação do Museu Paulista com programações artísticas e culturais realizadas pelo Sesc e a utilização dos espaços expositivos do Sesc Ipiranga com parte do acervo do Museu.

Destinada a pessoas de todas as idades, a programação do Museu do Ipiranga em Festa! acontece em diversos pontos do complexo que compreende o Museu do Ipiranga, a Casa do Grito, a Praça Cívica, o Monumento à Independência, jardim e o riacho do Ipiranga, estimulando que o público ocupe e se aproprie deste espaço de grande valor histórico e cultural de nossa cidade. A programação completa pode ser acessada no site do Sesc.

O evento conta com o apoio institucional do Instituto Bandeirantes e da Prefeitura de São Paulo e patrocínio de Santander, Petrobras, e Instituto de Resseguros do Brasil e Governo Federal (IRB).

Sobre o restauro do Museu do Ipiranga

O edifício-monumento do Museu do Ipiranga, inaugurado em 7 de setembro de 1895, foi projetado por Tommaso Gaudenzio Bezzi e é tombado pelos órgãos de patrimônio nas instâncias municipal, estadual e federal.

O Museu foi fechado à visitação pública em 2013 e, desde então, o prédio vem passando por uma série de intervenções estruturais, preparando-o para as celebrações do Bicentenário da Independência em 2022. Paralelamente, começou a tratar da transferência de seus acervos para viabilizar a execução das obras, tendo sido concluídas e reabertas ao público a Biblioteca e a área de Documentação Histórica e Iconografia.

Na primeira edição do Museu do Ipiranga em Festa!, em 2017, a USP lançou o concurso arquitetônico para o projeto de restauro e modernização do edifício. O escritório H+F Arquitetos, vencedor do concurso, está desenvolvendo o projeto executivo, a ser finalizado no primeiro semestre de 2019, quando terão início as obras no local. Além do restauro deste patrimônio histórico, o edifício será integralmente adequado em termos de acessibilidade, segurança e aplicações tecnológicas.

(Assessoria de Imprensa da USP / Fotos: Monique Renne)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de agosto de 2018

“Ultrafast synthesis of ceramic powders promoted by electric”

Em mais um seminário realizado pelo Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Materiais Cerâmicos (NaCA), ocorrido no dia 24 de agosto, a doutoranda na área de Desenvolvimento, Caracterização e Aplicação de Materiais – Ciência e Engenharia de Materiais da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC / USP), Everlin Carolina da Silva, sob a orientação do Prof. Jean Claude M’Peko (IFSC/USP), apresentou o trabalho subordinado ao tema Ultrafast synthesis of ceramic powders promoted by electric, um tema que vai ao encontro da afirmação que a síntese e sinterização são tópicos em que os esforços contínuos dos cientistas de materiais são preponderantes para permitir a produção de cerâmica com características melhoradas para diferentes aplicações em dispositivos eletroeletrônicos.

Reduzindo os custos de processamento de materiais, a otimização de fabricação foi um dos temas de interesse primário e de constante pesquisa no século passado. Com exemplos fornecidos em TiO2, Everllin mostro em sua apresentação que a síntese de materiais pode ser acelerada pelo uso de campos elétricos, resultados que podem ser conseguidos em tempos e temperaturas reduzidas. Este é um procedimento de processamento de materiais inovador e econômico que pode ser usado para garantir a produção de nanopós de alta qualidade.

Everlin apresentou e lançou a discussão sobre os efeitos da força de campo e densidade de corrente na taxa de síntese e tamanho médio de partículas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de agosto de 2018

No IFSC/USP: Ciência no feminino – da Física à pesquisa clínica

Bartira Mendes Soares nasceu na cidade de São Paulo, tem 53 anos, é formada em física pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), fez estágios nas áreas de biomateriais e proteção radiológica, tendo posteriormente realizado seu mestrado em medicina experimental, no Canadá.

Ela conta que sempre gostou das ciências exatas e que foi no ensino fundamental que todo esse interesse surgiu. Para Bartira, a decisão de ingressar na universidade foi uma consequência de sua entrega e dedicação durante os ensinos fundamental e médio: “Eu tinha a ideia de fazer algo na área de ciências exatas, por isso acabei escolhendo a física que, em minha opinião, era – e é – a ciência com que eu mais me identifico”. Dessa forma, Bartira deixou a cidade de São Paulo e veio para São Carlos exclusivamente para estudar no IFSC-USP.

No começo dessa mudança, a ex-aluna de nosso Instituto conta que foi um grande desafio: “Comparado com o ensino médio, estar na universidade é mais complicado, pois os professores exigem muito mais de você, tanto nos estudos quanto na própria autonomia que você deve conquistar, longe de familiares e amigos. Eu tive dificuldades nesses aspectos”, revela a pesquisadora.

Por ser “uma pessoa extremamente impaciente”, ela optou por não atuar na área acadêmica. “Gosto de resolver tudo de forma rápida. Por exemplo, não me imagino fazendo pesquisas para colher os frutos bem depois, até porque não tenho essa particularidade peculiar que observei em meus colegas da área acadêmica Na época, eu não sabia o que fazer com tudo o que tinha aprendido, mas já tinha noção que atuar na universidade não seria meu caminho”, revela nossa entrevistada.

Após se formar, Bartira acabou por fazer aquilo que não queria, ou seja, ministrou aulas para estudantes do ensino médio, “Foi ali que eu soube que realmente não queria dar aulas”, pontua a ex-aluna com muito humor. Posteriormente, aos 30 anos, teve a oportunidade de ir ao Canadá, onde começou a trabalhar em um laboratório de medicina experimental. Depois, viajou aos Estados Unidos e começou a atuar na área em que trabalha até hoje, no Brasil – pesquisas clínicas. Há treze anos na multinacional Quintiles – uma organização que presta serviços para a indústria farmacêutica -, Bartira é hoje gerente de operações na área de monitoria de protocolos de novos fármacos.

No campo em que Bartira trabalha, um jovem profissional em início de carreira pode auferir, em média, cerca de R$ 1,600,00: embora não seja uma área onde se veja muitos físicos exercendo sua atividade de uma forma incisiva, o profissional que se vê mais a trabalhar nesta área é aquele que se encontra mais ligado às ciências farmacêuticas, podendo, o mais experiente, ganhar bem mais do que R$ 10.000,00. Após anos de conhecimento na área, nossa entrevistada diz que seu caminho não vai parar por aqui e que a fase seguinte será buscar mais aprendizado estratégico: “Tenho uma visão de físico, mas hoje trabalho num mundo corporativo. Assim, atuo na vertente estratégica, campo que faz com que uma empresa se mova. Agora, estou buscando mais conhecimento nessa área, por forma a que possa ir em frente, descobrindo novas competências”, explica ela.

Por fim, de acordo com Bartira, o curso de Física exige bastante trabalho, dedicação e estudo, pelo que dá um conselho aos alunos de graduação do IFSC-USP: “Aqueles alunos que depois de formados não pretenderem seguir a carreira acadêmica, poderão encontrar muitos outros lugares para atuarem e aplicarem seus conhecimentos. O curso de Física me deu essa versatilidade”.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

(Fotos: Getty Images / IFSC/USP / Bartira Mendes Soares)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de agosto de 2018

“Colloquim diei” apresenta palestra com o Dr. Heinz von Seggern

O IFSC/USP recebeu no dia 24 de agosto mais uma edição do programa Colloquium diei, com a participação do Dr. Heinz von Seggern, docente e pesquisador da Universidade Técnica de Darmstadt (Alemanha), que abordou o tema Polymeric ferroelectrets: from basic science to sensing applications.

Em sua apresentação, o pesquisador alemão deu enfoque ao desenvolvimento de uma nova abordagem para a produção de arranjos piezoelétricos de polímero com canais tubulares abertos a partir de tubos comerciais de fluoroetilenopropileno (FEP ou Teflon).

Por união de fusão, foram produzidas matrizes planas de cavidades de ar tubular regulares, e suas propriedades piezelétricas foram exploradas experimentalmente e teoricamente. Além disso, foram investigadas, de forma experimental, questões relativas à estabilidade temporal e às excelentes condições de carga e estabilidade das características piezelétricas em diferentes pressões e frequências.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de agosto de 2018

IFUSP: Vaga para docente na área de materiais em escala nanométrica

Estão abertas, até o dia 12 de setembro do corrente ano, as inscrições para o Concurso de Títulos e Provas para provimento de um cargo de Professor Doutor, na Referência MS-3.1, em RDIDP, com o salário de R$ 10.670,76, no Departamento de Física dos Materiais e Mecânica (DFMT) do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, na área de Materiais em Escala Nanométrica.

Informações adicionais poderão ser obtidas na Assistência Acadêmica do IFUSP, (ataac@if.usp.br), telefones +55-11-30916020 / 30917000, ou no DFMT, com Antonio Domingues dos Santos (adsantos@if.usp.br), telefone +55-11-30916886

Para consultar o edital, clique AQUI

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de agosto de 2018

Ex-aluno do IFSC/USP na gerência de engenharia de produtos

Aparecido Rodrigues da Silva, de 48 anos, nasceu em Santa Clara D’Oeste (SP), mas se considera são-carlense, já que seus pais se mudaram para São Carlos quando ele ainda tinha apenas um ano de idade. Durante o ensino fundamental estudou no SESI, tendo posteriormente cursado o ensino médio na Escola Jesuíno de Arruda. Sua paixão pelas ciências exatas, mais especificamente, pela matemática, surgiu ainda no ensino fundamental, já que, segundo ele, nunca precisou estudar essa disciplina. Apesar de não ter sido influenciado por seus docentes, Aparecido Rodrigues conta que era um aluno bem destacado e que sempre gabaritava as avaliações de matemática.

Nesse período, além de ter concluído também um curso de técnico de informática, no Colégio Diocesano La Salle, também finalizou cursos de mecatrônica e mecânica, no SENAI, que contribuíram para o início de sua carreira profissional. A escolha em fazer cursos profissionalizantes foi incentivada por seu próprio pai que, apesar de não ter terminado o ensino médio, fez um curso de aprendizagem industrial, que contribuiu fortemente para a melhoria de vida da família de Aparecido. “Como o curso foi uma referência na vida de meu pai, ele sempre me incentivou a fazer esses cursos, até porque na visão dele isso era o máximo que se podia alcançar. A universidade era uma meta inatingível para ele”, revela Aparecido.

Após terminar o ensino médio e os cursos profissionalizantes, Aparecido Rodrigues trabalhou durante quase quatro anos na empresa Climax (atual Eletrolux), tendo posteriormente ingressado na empresa Faber Castell, onde trabalha até hoje. Aos 24 anos de idade, Aparecido se reencontrou, por mero acaso, com uma sua antiga amiga – que na época fazia doutorado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) -, que informalmente lhe deu notícia sobre alguns cursos que decorriam na USP. Logo após conversar com essa amiga, Aparecido ficou bastante interessado sobre os cursos que a Universidade oferecia, tendo ingressado no curso de Ciências Exatas, com ênfase em Física, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). “A partir do segundo ano do curso de Ciências Exatas, comecei a trabalhar com alguns docentes, com a vontade de construir uma carreira científica”. Nesse sentido e em simultâneo, Aparecido frequentou dois anos de iniciação científica com o Prof. Dr. Eduardo Marques, do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC-USP), no desenvolvimento de hardwares.

No quarto ano de graduação, Aparecido foi convidado pelo Prof. Dr. Euclydes Marega Junior (IFSC-USP), para realizar outra iniciação científica, já que o docente do Instituto tinha um trabalho em desenvolvimento no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), que necessitava de alguns equipamentos que tinham relação com o trabalho exercido por Aparecido. Em 1998 terminou sua graduação e, no ano seguinte, deu inicio ao seu mestrado. Depois de uma pausa nos estudos, iniciou seu doutorado em Biofísica.

Quando entrou na Faber, Aparecido atuou durante 10 anos na oficina da fábrica, onde produzia moldes de injeção. Seguidamente, quando ingressou na graduação da USP, ele trabalhou durante mais um ano na oficina e, posteriormente, devido ao seu aprimoramento, passou a trabalhar com projetos. “Terminei a minha graduação na USP como projetista na Faber. Na sequência, enquanto realizava o mestrado, fui promovido para a área de desenvolvimento de produtos, já que tinha conhecimentos no manuseamento de plásticos e experiências práticas com projetos e moldes. Eu digo que a minha evolução na empresa esteve fortemente correlacionada com o caminho que segui na Universidade”.

Hoje, Aparecido é gerente de engenharia de produtos da Faber, setor responsável por todo o desenvolvimento técnico dos produtos da indústria. Além disso, Aparecido integra uma equipe recém-criada, voltada a inovação da empresa, apoiando áreas de manufaturas com o seu conhecimento em engenharia de materiais. Segundo ele, um físico formado, que atua numa empresa com as características da Faber Castell, pode auferir, no mínimo, três ou quatro mil reais, enquanto que um profissional que possui mestrado pode receber entre oito e nove mil reais.

Um dos próximos passos do ex-aluno do IFSC-USP é realizar o seu pós-doutorado, tudo indicando que seja sob orientação do Prof. Dr. Tito J. Bonagamba (IFSC-USP), em um trabalho que visa estudar uma forma de aplicação de micro-ondas no tratamento de madeiras, utilizando um projeto industrial que a Faber já possui. “O Prof. Tito é um profissional bastante prático e eu acho que, de alguma forma, ele combina com o meu perfil de trabalho”.

Por fim, para um aluno que busca formação, visando o mercado de trabalho, Aparecido Rodrigues opina que, além de ir atrás de uma formação sólida, esse futuro profissional deve se questionar sempre em qual área ele pode ser um diferencial, destacando-se dos demais. “Eu tenho duas filhas e uma delas faz estágio numa empresa aqui em São Carlos. Sempre procuro incentivá-la a fazer aquilo que ela gosta, da melhor maneira possível. Se o jovem tem um desejo, ele deve correr atrás, até porque muitas vezes as pessoas enxergam obstáculos que não são reais”, completa.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de agosto de 2018

Reitor da USP visita IFSC/USP e dialoga com alunos

O passado dia 17 de agosto ficou marcado, no nosso Instituto, pela visita realizada pelo Reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, ao novo Espaço 24 Horas da Biblioteca do IFSC/USP.

Reitor da USP – Vahan Agopyan

Vahan Agopyan, que esteve acompanhado pelo Vice-Reitor da Universidade, Prof. Antonio Carlos Hernandes e pelo Pró-Reitor de Graduação, Prof. Edmund Chada Baracat, bem como pela Chefe Técnica do Serviço de Biblioteca e Informação, Ana Mara Prado, e Maria Cristina Dziabas, Chefe Técnica da Seção de Atendimento aos Usuários do Serviço de Biblioteca e Informação, percorreu as novas instalações, tendo-se inteirado da operacionalidade e organização do novo espaço e dialogado com alunos que no momento estavam frequentando o espaço e que aprovaram e parabenizaram o IFSC e a USP, como um todo, pela inovação em criar um espaço como esse.

Vice-Reitor da USP – Antonio Carlos Hernandes

“No Século XXI, as bibliotecas não são mais um depósito de livros, constituindo, sim, um centro de encontro de alunos e professores dedicado ao trabalho e à pesquisa, e é essa mesma visão que está sendo implementada na Universidade de São Paulo”, pontuou Agopyan, acrescentando que o Espaço 24 Horas, no nosso Instituto, é uma prova do esforço que está sendo feito por todos para que o estudo não pare. “A Biblioteca do IFSC sempre teve grande destaque dentro da USP, já que ela acompanha as necessidades dos alunos e dá respostas eficientes e quase imediatas. Além desta Biblioteca, todas as outras estão sendo também readequadas às novas necessidades”, conclui O Reitor da USP.

Já para o Vice-Reitor da USP e ex-diretor do IFSC/USP, quando a tendência é estabelecer novos espaços em prol do conhecimento e da interação das pessoas, o IFSC/USP segue sempre essa linha, a par com a própria Universidade. “É um orgulho institucional muito grande quando observamos que estão sendo criados espaços para convívio e estudo, igualmente disponíveis para a sociedade que nos sustenta”.

Para o diretor do IFSC/USP, o novo Espaço 24 Horas da Biblioteca do Instituto é uma área que favorece o aluno a estudar de forma adequada, ajudando, igualmente, a combater a evasão.

Diretor do IFSC – Vanderlei Bagnato / Chefe Técnica do Serviço de Biblioteca e Informação, Ana Mara Prado / Pró-Reitor de Graduação – Edmund Chada Baracat / Maria Cristina Dziabas, Chefe Técnica da Seção de Atendimento aos Usuários do Serviço de Biblioteca e Informação

Para o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Bacarat, constituiu um orgulho que sua pró-reitoria tenha contribuído para a criação daquilo que considerou ser “um magnífico espaço”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2018

A Espectroscopia Raman e seu papel na nova caracterização mineral

Conforme tivemos oportunidade de noticiar, o pesquisador do IFSC/USP, Marcelo Barbosa Andrade, ministrou no dia 12 do corrente mês, no Centro de Convenções e Exposições de Melbourne (Austrália), o workshop subordinado ao tema Espectroscopia Raman e seu papel na nova caracterização mineral, inserido na 22ª Reunião da Associação Internacional de Mineralogia.

Marcelo Andrade dissertou como a espectroscopia Raman é considerada uma das melhores técnicas não destrutivas, atendendo a que a técnica fornece uma impressão digital do mineral estudado. Em geral, a técnica pode lidar com pequenas quantidades de material sem preparação prévia, e o desenvolvimento de uma nova geração de lasers e espectrômetros de estado sólido aumentou a acessibilidade da espectroscopia Raman.

Outra abordagem que o pesquisador fez foi sobre o fato da Associação Internacional de Mineralogia ter aprovado aproximadamente cem novos minerais por ano, o que, devido à raridade das amostras, a espectroscopia Raman ter desempenhado um papel importante em sua caracterização.

Durante o workshop, o pesquisador apresentou também alguns aspectos teóricos da análise vibracional e métodos para atribuições de bandas, tais como análise de grupo fator e método de correlação.

Na foto, Marcelo de Andrade posa com outros palestrantes convidados

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2018

“Weakly turbulent instability of anti-de Sitter space”

Weakly turbulent instability of anti-de Sitter space foi o tema do seminário apresentado pelo aluno do IFSC/USP, Filipe Cônsole, em mais uma edição do Journal Club General Relativity, ocorrida no dia 23 de agosto, nas instalações de nosso Instituto.

Filipe comentou este trabalho de pesquisa conjunta da autoria dos pesquisadores polacos Piotr Bizoń e Andrzej Rostworowsk, ambos pertencentes à Universidade de Jagiellonian (Polônia).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2018

Prof. Sérgio Mascarenhas participa do “USP Lecture” em São Paulo

O Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP) participará no próximo dia 30 de agosto, entre as 14h30 às 16h30, de mais uma edição do USP Lecture, onde abordará o tema Ciência, Tecnologia e Inovação com Transdisciplinaridade, com foco em questões relacionadas com inovação e economia, ambas estabelecendo links sugestivos para contornar a crise econômica que atinge não só o Brasil, como grande parte da América Latina.

Neste evento, organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e que ocorrerá no Auditório do Conselho Universitário da USP, em São Paulo  (VEJA AQUI A LOCALIZAÇÃO), Sérgio Mascarenhas começará por abordar a quarta revolução tecnológica, que disseminou a Ciência, a Tecnologia e a Inovação como o caminho real para o desenvolvimento socioeconômico-cultural, tendo, por outro lado, aumentado a desigualdade dentro da estrutura do capitalismo selvagem, na qual menos de 0,1 % da população controla o Produto Global Bruto (PGB).

Dentro desse quadro, o palestrante mostrará como tecnologias, como Big Data e IOT (internet das coisas) são submetidas a uma enorme dependência de políticas de Estado, a médio e longo prazo, e possuem a necessidade de elevados investimentos do Produto Nacional Bruto (PNB), que chegam a custar até 4% em algumas nações.

Em plena era digital que marca o século XXI, o Prof. Sérgio Mascarenhas recordará as importantes contribuições de dois renomados cientistas contemporâneos – Stephen Hawking e Roger Penrose – que deixaram uma questão em aberto para a humanidade: será possível construir computadores superiores ao cérebro humano e sistemas robóticos com autoconsciência e livre-arbítrio?

A introdução e apresentação do palestrante será feita pelo Prof. Glaucius Oliva (IFSC/USP), sendo que o evento tem entrada livre e gratuita, não sendo necessário efetuar inscrição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2018

Prof. Vanderlei Bagnato toma posse como diretor do IFSC/USP

Perante autoridades civis e religiosas, dentre muitos convidados, a Sede Avenida do São Carlos Clube recebeu no dia 17 de agosto, pelas 19 horas, a Sessão Solene de Posse dos novos diretores e vice-diretores de três unidades da Universidade de São Paulo instaladas no Campus USP de São Carlos, uma cerimônia conjunta que foi presidida pelo Reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, tendo a acompanhá-lo o Vice-Reitor, Prof. Antonio Carlos Hernandes e o Secretário Geral da USP, Prof. Pedro Vitoriano de Oliveira, dentre outros dirigentes da Universidade de São Paulo.

Nesta cerimônia foram empossados os seguintes dirigentes:

Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP): Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (Diretor) e Prof. Igor Polikarpov (Vice-Diretor);

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) – Profª Maria Cristina de Oliveira (Diretora) e Prof. André Carlos de Carvalho (Vice-Diretor);

Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP): Prof. Emanuel Carrilho (Diretor) e Prof. Hamilton Varela de Albuquerque (Vice-Diretor).

Dirigindo-se aos presentes, tendo destacado alunos, docentes e servidores o IFSC/USP e com ênfase nas presenças de seus familiares e dos dirigentes da USP, coube a Vanderlei Bagnato ser o primeiro orador após a assinatura de seu compromisso de honra como diretor do IFSC/USP, um discurso que transcrevemos abaixo:

“Deixem explicar para todos a razão de estarmos a fazer aqui uma posse conjunta.

Prof. Igor Polikarpov lê compromisso de honra

O Campus USP de São Carlos tem hoje cinco unidades e temos que sinalizar o que seremos a partir de agora. Não mais seremos cinco unidades formando um Campus, mas seremos, sim, um Campus constituído por cinco unidades e, com esse propósito, nossa determinação e nossos esforços serão conjuntos a partir daqui e queremos realizar juntos, crescer juntos e nos sustentar uns aos outros. O Campus USP de São Carlos brilhará ainda mais nessa constelação da USP. Além disso, estamos realizando este Ato de Posse no centro da cidade de São Carlos, bem na frente da Câmara Municipal e da Praça Central. Isto para sinalizar que a USP está no centro da cidade e, com ela, suas lideranças pretendem promover ainda mais o desenvolvimento e bem-estar desta cidade que nos abriga. Não estamos apenas em São Carlos – somos parte de São Carlos. Dito isto, poderei falar algumas palavras sobre este ato.

Esta é uma ocasião muito especial para os novos seis diretores e vice-diretores que estão aqui sendo empossados. Primeiro, somos pesquisadores de carreira e poderíamos estar continuando nossos trabalhos, orientando nossos alunos, trabalhando em nossos laboratórios, em nossos projetos. Achamos, então, que chegou a hora de dar um pouco mais ao todo e promover nossas unidades, criando condições de trabalho para os demais. Se temos tempo de semear e colher, queremos, como diretores e vice-diretores, semear o futuro, por forma a que nossa instituição possa produzir ainda mais e permitir colheitas muito mais fartas do que as anteriores. A missão não parece fácil perante a realidade atual, mas vou seguir como sempre fiz – e acredito que este seja o sentimento dos demais que hoje tomam posse.

Pensar as possibilidades a partir das impossibilidades: quero olhar o futuro e ser capaz de fazer planos e promessas que todos esperam. Sinto que isso pode ser feito, pois temos um passado onde construímos qualidade e competência. Para dirigir, é preciso ter coragem, mas, mais ainda, sensibilidade e delicadeza para conduzir o tempo e o espaço da gestão. Estamos recebendo unidades da USP que foram relativamente bem administradas, mas todos sabem que nada é tão bom que não possa ser melhorado e não tem ruim que não possa piorar ainda mais. Estamos assumindo a obrigação de melhorar o que já está bom e nunca permitir o ruim de ficar pior. Os desafios são sempre maiores que nossas habilidades e o tempo disponível, mas é para isso que existem nossas equipes: contaremos com todos os funcionários e colegas de cada Instituto, para termos a certeza que nossas forças serão amplificadas e nosso tempo utilizado para a realização de nossa missão. Estamos assumindo unidades da maior Universidade do país, da América Latina e uma das maiores do mundo, e a mais democrática, também.

Aqui, cada centavo que uma criança coleta de esmola em um farol, para comprar uma bala na padaria, faz com que parte desse dinheiro venha – através de imposto – viabilizar a missão da Universidade. Isto é uma responsabilidade de tirar o sono e o fôlego. Mantida pelo enorme esforço de nossa população, não podemos virar a face às necessidades da sociedade; é necessário que façamos a melhor ciência possível e com ela a melhor possibilidade de soluções para a sociedade. É necessário formarmos os melhores profissionais, sem, contudo, deixar de prepará-los para darem o melhor de si pelo país. Como dizia Einstein – sou físico, portanto tenho que o citar – “O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem, mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ela faz existir”. Pois bem, apesar de não ser um homem sábio, terei que ser um diretor sábio, pois é necessário pensar diferente para criar novas condições e valores, que são a busca constante da nossa Universidade.
Temos que ousar em fazer coisas diferentes por forma a mudar o status atual das coisas. Como recentemente escrevi em um plano acadêmico elaborado para o meu Instituto, trabalharemos com valores norteados por alguns princípios:

– Ética profissional, permitindo dessa forma o respeito aos direitos de todos;
– Lisura em todas as atividades;
– Transparência nos atos administrativos e acadêmicos;
– Pluralismo para aceitar tos os pontos de vista e poder conviver com a opinião de cada um;
– e Comprometimento com todos os que estaremos dirigindo – estudantes, funcionários e docentes -, de forma a produzirmos o melhor possível em termos de preparo para o exercício da cidadania e para o avanço do conhecimento na área da Física.

Nossa visão de futuro é ser uma unidade de ensino superior em constante desenvolvimento, constituída por princípios de qualidade, sendo formadora de profissionais capazes de dar resposta pronta aos anseios da sociedade e do mercado de trabalho. Queremos, sendo parte da USP, estar alinhados com seus macros propósitos, além de ser uma unidade referência do país e atingir os padrões internacionais de qualidade. Nunca estaremos contentes se não atingirmos o todo. Tudo isso, sem perder a nossa elevada responsabilidade social.

Para nós, o dia de hoje antecipa o futuro, onde temos a responsabilidade de começar a traçá-lo. Este ato de posse é, para nós, mais do que um desafio dentre os vários que já investimos em nossas vidas; é um momento onde todos apostam em nossa capacidade e em nossas promessas que fazemos perante todos os que contribuem para nossa comunidade universitária. Ao fazer essas promessas, que RO dizer que neste mesmo instante tudo já se modifica, pois algo acontece: estamos comprometidos com todos. Como diz Eduardo Cagliano “A utopia está no horizonte: me aproximo do espaço e ela se afasta do espaço, Caminho pelo espaço e o horizonte corre pelo espaço. Por mais que caminhe, jamais o alcançarei. Para que serve então a utopia? Serve exatamente para que eu não deixe de caminhar”. Aqui é o mesmo! Por vezes seguimos utopias e, acreditem, esta é a forma de podermos alcançar locais ainda não explorados; e, ao chegarmos lá, ainda teremos mais para alcançar. Esperamos contribuir para a melhoria de tudo aquilo que nos incomoda, inclusive a grande desigualdade social que existe no nosso país.

Concluindo: o nosso conceito de passado não é aquilo que passou, mas aquilo que ficou do que passou. Iremos deixar um bom passado para quem vier depois de nós.

Agora, fora do conceito oficial, gostaria de falar um pouco com o coração. Meu querido Vahan, Hernandes, Sylvio Canuto e restantes colegas, a nossa Universidade passa por pequenos tremores que não chegam a ser terremotos e que vocês têm gerido de forma brilhante, sem nenhuma vítima – e é difícil suportar esses tremores sem causar vítimas e vocês têm conseguido isso. Numa linguagem que meu querido Reitor e amigo entende bem, não podemos sustentar um edifício apenas com uma coluna, nem se pode estabilizar uma edificação com muitas colunas totalmente desalinhadas, com cargas mal distribuídas. O Campus USP de São Carlos é para a USP um conjunto de cinco colunas, nas quais a Universidade pode se sustentar. Em São Carlos, essas cinco colunas têm a estrutura necessária para contribuir para a estabilidade que a USP necessita. Meu querido Reitor, meu colega do IFSC e Vice-Reitor Hernandes. Sobre as colunas do Campus USP de São Carlos a Universidade de São Paulo pode ampliar suas edificações, pois a nossa solidez está ao seu dispor e ao dispor da sociedade de São Carlos.

Muito obrigado a todos e que Deus me ajude a ser um bom diretor”.

(Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP)

22 de agosto de 2018

“Café com Física”: “Emergent Random Fields in Frustrated Magnets”

O Prof. Rajesh Narayanan, docente e pesquisador do Departamento de Física do Instituto Indiano de Tecnologia de Madras (Índia), foi o palestrante convidado em mais um programa da série Café com Física, realizado na tarde do dia 22 de agosto, nas dependências de nosso Instituto, tendo apresentado o seminário intitulado Emergent Random Fields in Frustrated Magnets.

As principais linhas de pesquisa de Rajesh Narayanan vertem sobre Teoria da Matéria Condensada: Teorias de Campo Quântico aplicadas a sistemas de matéria condensada, Transições de Fase Quântica e Física de desordens fortes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de agosto de 2018

Do IFSC/USP para a Microsoft nos Estados Unidos

André Muezerie, ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), tem 38 anos e atualmente mora nos Estados Unidos, onde trabalha na sede da conceituada Microsoft, na cidade de Redmond, estado de Washington.

Nascido na Holanda, André realizou a maior parte de seu ensino fundamental em São Bernardo do Campo, São Paulo, no colégio São José. Naquela época, pelo fato de ainda estar aprendendo o português, teve bastante dificuldade com as disciplinas sociais, porém, sempre teve maior facilidade com as exatas. Durante o ensino médio, sua família mudou-se para São Carlos, onde André fez curso colegial técnico em eletrônica na Escola Técnica Estadual Paulino Botelho. Um de seus professores do “cursinho” havia comentado com ele sobre o curso de Física Computacional oferecido pelo IFSC-USP. André achou o título da disciplina bastante curioso, pesquisou sobre o curso e decidiu que ingressaria no Instituto de Física de São Carlos.

Após terminar sua graduação, o ex-aluno do IFSC-USP pretendia continuar na área acadêmica, tendo por isso iniciado o seu mestrado. Foi mais tarde, durante o doutorado, que resolveu ir para o setor industrial: “Eu me dei conta de que as oportunidades na indústria eram maiores e mais gratificantes para mim. Tenho bastante satisfação de trabalhar com algo mais concreto e ver esse trabalho amadurecer”. Assim que terminou o seu doutorado, André Muezerie começou a trabalhar numa startup em São Carlos, chamada 3WT – Wireless Web Word Tech -, onde atuou no desenvolvimento de sistemas embarcados.

Após um ano e meio, uma ex-colega do André, que também estudou no IFSC/USP, avisou-o que um recrutador da Microsoft estava à procura de novos profissionais e foi aí que o jovem resolveu enviar o seu currículo para participar da entrevista. Após passar por diversas etapas do recrutamento, André recebeu duas ofertas de emprego para trabalhar dentro da renomada empresa: a primeira era para atuar no grupo responsável pelo desenvolvimento do compartilhamento de arquivos do Windows, conhecido como SMB, enquanto a segunda oferta foi para trabalhar em outro grupo que desenvolvia um produto para prover alta disponibilidade no Windows Server, setor em que André atua até hoje como desenvolvedor.

“Eu escolhi trabalhar com essa equipe, porque o produto que eles desenvolvem é mais abrangente, além do fato de que eles interagem muito com componentes de outros grupos. Então, achei que teria maior oportunidade de aprender coisas novas nesse setor e ter mais sucesso na minha carreira”, explica o ex-aluno do IFSC-USP. A ansiedade foi o principal obstáculo que André Muezerie enfrentou quando começou a trabalhar na Microsoft, já que não sabia como seria o seu futuro profissional na empresa. Porém, ainda de acordo com o físico computacional, no final tudo decorreu de forma tranquila.

Segundo nosso entrevistado, o salário bruto de quem ingressa numa companhia parecida com a Microsoft, nos Estados Unidos, varia de acordo com a cidade e com o estado, mas pode chegar a, aproximadamente, R$ 229.000,00 por ano. “Nós sabemos que o pessoal que trabalha na Califórnia ganha cerca de vinte ou trinta por cento a mais do que aquele que trabalha em Washington”, pontua André, sublinhando que essa diferença se deve ao fato do custo de vida na Califórnia ser mais alto, principalmente devido aos altos preços de moradia e à cobrança de imposto de renda estadual em acréscimo ao Federal, que é comum a todos os estados.

Trabalhando há oito anos na Microsoft, André Muezerie acredita na possibilidade de crescer profissionalmente, uma vez que a empresa oferece oportunidades para que seus funcionários mudem de projetos e de grupos dentro da própria firma, fator que tem dado bons resultados à empresa e aos próprios empregados. Por fim, segundo a opinião de André Muezerie, os alunos que ingressarem no IFSC deverão se dedicar bastante ao curso, traçar um objetivo profissional e batalhar muito para alcançarem o objetivo almejado. Ele completa, ainda, sugerindo aos alunos pensarem grande, não se restringindo aos mercados locais ou nichos específicos.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de agosto de 2018

“Café com Física” – “Geometrically Frustrated Coulomb Liquids”

Em mais uma edição da iniciativa Café com Física, realizada no dia 21 de agosto, o IFSC/USP recebeu o Dr. Vladimir Dobrosavljevic, docente e pesquisador do Departamento de Física e do National High Magnetic Field Laboratory – Universidade Estadual da Florida (EUA), que dissertou sobre o tema Geometrically Frustrated Coulomb Liquids.

Graduado em Física, em 1983, na Universidade de Física de Belgrado (Iugoslávia), Vladimir fez seu mestrado e doutorado nos anos de 1985 e 1988 na Brown University – Providence (EUA), sendo que seu interesse pelo tema das transições metal-isolante é um dos destaques de sua vida acadêmica, tema esse que chegou a um foco renovado nos últimos dezoito anos, com a descoberta da supercondutividade em alta temperatura e que desencadeou muita atividade no estudo de “metais ruins”.

Muitos dos materiais desta família consistem em metais de transição ou mesmo elementos de terras raras, correspondentes a compostos que estão essencialmente à beira do magnetismo. Aqui, as abordagens convencionais se mostraram de pouca ajuda, mas pesquisas recentes levaram a uma verdadeira avalanche de ideias e técnicas novas e excitantes, tanto na frente experimental quanto na teórica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de agosto de 2018

IEA/USP promove “Eleições 2018: Propostas para o Brasil”

Diante de um processo eleitoral que ocorre em meio a uma profunda crise econômica, institucional e política, o Instituto de Estudos Avançados da USP reunirá renomados especialistas no ciclo Eleições 2018: Propostas para o Brasil.

Com o objetivo de debater proposições para o país que, posteriormente, serão encaminhadas aos eleitos, gostaríamos de contar com sua presença para fomentar e enriquecer o diálogo, principalmente nos temas afins.

A seguir, listamos os encontros agendados e os especialistas convidados.

31/08: EDUCAÇÃO
José Goldemberg, presidente da Fapesp, ex-ministro da Educação e ex-reitor da USP;
Maurício Holanda, ex-secretário municipal de Educação de Sobral-CE e secretário adjunto de Educação do Estado do Ceará;
Mediador: Nilson José Machado, coordenador do Grupo sobre Educação Básica Pública Brasileira do IEA;

03/09: ECONOMIA
Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal – CCIF e ex-secretário de Política Econômica do governo federal;
Mediador: Glauco Arbix, coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do IEA;

17/09: CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO
Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da Fapesp;
Fernanda De Negri, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea;
Mediador: Mario Sérgio Salerno, coordenador geral do Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do IEA;

20/09: GESTÃO PÚBLICA
Evelyn Levy, consultora e especialista em gestão pública para organismos internacionais e ex-Secretária Nacional de Gestão;
Humberto Falcão Martins, professor da EBAPE-FGV, ex-Secretário Nacional de Gestão;
Moderador: Fernando Luis Abrucio, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, coordenador do curso de Administração Pública;

28/09: SAÚDE
Drauzio Varella, ex-diretor do serviço de Imunologia do Hospital do Câncer e um dos pioneiros no tratamento da AIDS no Brasil;
Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP – FMUSP;
Mediador: José Eduardo Krieger, da FMUSP e ex-pró-reitor de Pesquisa da USP;

Os encontros serão sempre das 10h às 12h no IEA.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Confirmação da presença através do email marmac@usp.br indicando o tema do encontro.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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