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3 de julho de 2019

Inicia-se a Escola de Física Contemporânea (EFC) – edição 2019

Iniciou-se no dia 30 de junho, prolongando-se até dia  06 de julho, a Escola de Física Contemporânea (EFC), uma atividade de extensão promovida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e que ocorre anualmente, tendo como público-alvo alunos do ensino médio (2º e 3º anos) que apresentem grande interesse pela área de Física. Os estudantes selecionados, provenientes de diversas partes do País, são confrontados com os desafios propostos pelo IFSC/USP, que desde 2001 organiza o evento.

Uma semana inteira, em período integral, com direito a hotel e alimentação, em contato diário com cientistas e professores do Instituto de Física de São Carlos, participando em aulas expositivas e experimentais, palestras sobre temas atuais de física, visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisas do Instituto – considerado um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina -, além da passagem por algumas indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios do IFSC/USP. Tudo isso e muito mais compõe o pacote da semana da EFC.

Prof. Luiz Nunes de Oliveira

Na abertura do evento, além das apresentações dos professores, coordenadores e monitores, que tiveram a oportunidade de contar suas histórias pessoais, houve também uma aula-show ministrada pelo Prof. Luis Antônio de Oliveira Nunes (IFSC/USP), demonstrando diversos experimentos científicos para o público.

Contudo, foi o Prof. Luiz Nunes de Oliveira, decano do Instituto, que abriu a sessão de trabalhos, relembrando seus cinquenta anos de IFSC/USP como aluno da primeira turma de Física do Instituto, contando um pouco da história do IFSC/USP e homenageando os pioneiros – Profs. Sérgio Mascarenhas Oliveira e Yvonne Primerano Mascarenhas, assim como o saudoso Prof. Horácio Carlos Panepucci, trazendo a importância do físico atualmente e introduzindo a programação da semana EFC para os alunos.

Prof. Luis Antônio de Oliveira Nunes

Na sequência, o Prof. Luis Antônio de Oliveira Nunes, fundador e coordenador da atual Escola de Física Contemporânea, que iniciou em 2001 com o nome de Escola Avançada de Física, trouxe a história da EFC contando um pouco da sua própria biografia, tendo ressaltado a importância do aluno em acreditar na sua capacidade, explorando seu potencial. Ele afirmou que o principal objetivo desta Escola é mostrar para os alunos como conhecimento científico se liga com tecnologia e com geração de riqueza. “Esse ano, os alunos farão uma visita na “Opto Eletrônica”, em São Carlos,  uma empresa que nasceu aqui no Instituto e que hoje tem uma divisão médica e uma divisão dedicada a defesa aeroespacial, para eles começarem a perceber para que serve aquilo que você estuda, pois Física, Química e Matemática não são coisas inventadas só para se fazer provas. Isso gera riqueza e isso pode ser utilizado no dia-a-dia. Então, eu acredito que o principal foco da Escola é como se utiliza Física, Química e Matemática no dia-a-dia e isso é algo extremamente importante para o aluno levar para casa. Tanto médico, como biólogo, como o engenheiro precisam saber Física, Química e Matemática, senão ele não vai ser um profissional competitivo”, elucidou Luíz Antônio. Em sua aula experimental, o docente afirmou que as demonstrações tiveram o intuito de evidenciar ao aluno a importância da Física que ele estuda no Ensino Médio. “Antigamente, a gente estudava, mas não sabia para que servia; hoje, o jovem é mais crítico, por isso, é importante que ele saiba para que serve este conhecimento, porquê ele estuda. Então, o foco da aula de hoje é ganhar motivação para estudar, já que muitas vezes pensamos que estudar é chato. Você começa a  estudar quando vê a beleza das coisas, a partir daí você não está mais estudando, você está correndo atrás. Por isso que é importante que o aluno descubra a beleza que existe na Física, na Matemática e na Química”, pontua Luíz Antônio

Prof. Sebastião Pratavieira

Os outros coordenadores, Profs. Diogo Rodrigues Boito, Renato Vitalino Gonçalves e Sebastião Pratavieira também fizeram suas apresentações, dando boas-vindas aos alunos, trazendo um pouco do histórico profissional de cada um relacionando seu envolvimento com o IFSC/USP. Renato Gonçalves introduziu as normas de conduta e segurança implementadas para a EFC, enquanto Sebastião Pratavieira apresentou, através de imagens, toda a história da USP, do IFSC/USP e da cidade de São Carlos. Pratavieira afirmou que o objetivo da Escola é que os alunos conheçam o Instituto de Física de São Carlos, que eles passem uma semana vivenciando o que é ser um cientista, o que é ser um pesquisador dentro do IFSC. “A gente espera que os alunos cumpram esse objetivo, de saber como é o dia-a-dia de um graduando aqui no IFSC/USP.  Ao longo da semana, eles vão ter diversas práticas, entre aulas, palestras, fazendo experimentos e até mesmo atividades culturais, para assim terem certeza se querem seguir a carreira de Físico”, pontuou.
O docente acrescentou que este ano vai haver um evento voltado ao empreendedorismo, para o aluno conhecer o ambiente de uma empresa, onde o físico pode atuar, ou seja, opções que vão além de trabalhar em uma universidade como pesquisador. Sebastião Pratavieira sublinhou que a parte mais complicada é fazer a seleção dos classificados entre os cerca de quatrocentos inscritos. “São inscrições muito boas, alunos excelentes, mas infelizmente, por uma questão de espaço, a gente só pode escolher trinta, então, essa é a parte mais difícil”. O número de alunos interessados em frequentar a Escola de Física Contemporânea – edição 2019 – bateu todos os recordes, com 367 inscritos, sendo 234 oriundos do Estado de São Paulo e 133 dos restantes estados do País. Os selecionados desta edição mostraram-se bastante empolgados e se apresentaram bastante envolvidos com a apresentação.

Jhordan Albert Tavares Santiago

Jhordan Albert Tavares Santiago (16) veio diretamente de Campina Grande – Paraíba. Ele estuda em escola privada com bolsa integral e como não tinha condições de custear sua viagem até São Carlos, fez uma “Vaquinha Virtual” para cobrir os gastos e o valor arrecadado superou o esperado, ultrapassando a meta.
O jovem afirmou que descobriu a EFC pela internet, pois sempre gostou de pesquisar sobre esse tipo de programa, pois a partir de seu primeiro contato com Física, no seu 9º ano, já passou a se interessar mais pelo assunto. “Academicamente, vou ter uma experiência única, porque eu vou estar nos melhores centros de Física da América Latina, talvez do mundo, com professores excepcionais e também eu vou ter um contato cultural muito grande, porque são pessoas de várias partes do Brasil”. Em relação á sua carreira, Jhordan é bastante objetivo. “Eu pretendo fazer Física. Talvez em São Paulo ou em Portugal, se eu conseguir alguma bolsa ou alguma oportunidade. Eu pretendo ir para Europa e em Portugal eu posso usar a nota do Enem”. Ele pretende seguir Física Teórica e explica: “A Física é muito ampla, ela não é um conhecimento que não vai servir para nada. Não. A Física está em todos os aspectos da humanidade, desde descobrir o porquê da existência do Universo, até coisas básicas – como um microondas funciona, como um fogão funciona e como eu posso usar isso para melhorar minha vida”, relata o aluno.

Amanda Machado dos Santos

Rafael Ribeiro da Silva

Amanda Machado dos Santos (17), que também está bastante animada, é proveniente de Jaraguá do Sul – Santa Catarina. Ela ficou sabendo da EFC por uma amiga que estuda licenciatura em Física e que  veio fazer um curso no IFSC/USP, tendo entrado em contato com ela, pois ambas tinham o mesmo interesse pela área. Amanda faz curso técnico em Química, integrado ao Ensino Médio, onde começou a participar mais de projetos relacionados com Física, Olimpíadas, além de fazer parte de um grupo de Astronomia, daí ter descoberto seu interesse pela área. “O ápice disto foi quando ganhei uma bolsa para monitoria de física, foi então que tive oportunidade de ter contato com pessoas de nível superior que poderiam me explicar os conteúdos. Isso é algo que eu tenho bem convicto para mim, estou aproveitando tudo que eu posso com esses cursos”. Quanto á EFC, ela afirma: “Eu já vejo que vai ser uma grande experiência, começando pela apresentação dos professores, além dessa troca de aprendizado, de conhecer pessoas diferentes que tem interesses próximos, isso já é bem legal. E pelo cronograma que foi disponibilizado para nós, a gente está com expectativas bem altas. Eu já acompanho as atividades daqui pelo site e tenho bastante interesse em vir para cá, por isso, participar desse curso já vai ser algo para ter mesmo certeza dessa área e eu já vim para tirar algumas dúvidas, então, acredito que vá ser algo bastante pertinente”. Quanto á escolha pelo IFSC/USP ela ressaltou que aqui tem grandes diferenciais. “É uma das maiores instituições do país, saem muitas pesquisas daqui, e o interessante é isso, todos os recursos necessários são pagos pelos nossos impostos, então, as pesquisas custeadas aqui acabam voltando para a sociedade e esse é um dos motivos pelo qual eu escolheria o IFSC/USP, pelo retorno dado à sociedade e também pelo nível dos professores”, salienta Amanda.

Grupo de monitores

Já Rafael Ribeiro da Silva (17) de São Carlos, seu primeiro contato com Física foi no 7º ano através de um projeto chamado Clube de Ciências promovido pelo CDCC da USP. “Eu me inscrevi, passei, daí comecei a fazer o Clube de Ciências. Lá era bem amplo, tinha Física, Química e Biologia. A gente fazia vários passeios, daí foi a primeira vez que eu estive no IFSC/USP; nos anos seguintes continuei com o Clube de Ciências, entre outros cursos que envolviam Física e Engenharia , então tem uns cinco anos que eu tenho contato aqui com o Instituto”. Em relação á Física, sua escolha se deu pelo gosto da Astronomia. “Eu sempre gostei de Astronomia, quando entrei no Ensino Médio tive o primeiro contato com a Física e já me interessei. Eu pretendo fazer Licenciatura em Física aqui no Campus São Carlos mesmo. Ainda não sei se vou seguir para Astronomia, mas, quero cursar Física aqui, pois gosto bastante do Instituto”. Durante a EFC, Rafael espera poder aplicar os conhecimentos que já tem e poder aprender mais.

A EFC tem sido para muitos alunos a porta de entrada que permitiu acesso a uma formação superior de elevada qualidade, não só em Física, como também em muitas outras áreas do conhecimento, transformando-os em jovens altamente capacitados e transportando-os para áreas profissionais de excelência no Brasil e no resto do mundo.
Pela EFC já passaram estudantes que hoje são cientistas nas mais variadas áreas do conhecimento e que estão ao serviço de instituições públicas e privadas – engenheiros, biólogos, farmacêuticos, químicos, profissionais nos mais diversos setores da medicina, profissionais do ramo de finanças, físicos, cientistas de dados, cientistas da área petrolífera, nanomedicina, defesa, aeroespacial, entre outras áreas.

(Reportagem de Lilian Tarin / Superv. Rui Sintra)

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de julho de 2019

Equipe do IFSC/USP inicia tratamento gratuito de úlceras venosas

A equipe do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, inicia um projeto que oferece avaliação clínica e tratamento gratuitos para atender pacientes que tenham úlceras venosas em membros inferiores.

Grande parte da população idosa apresenta essas feridas, que são de difícil tratamento, podendo ficar abertas durante anos. Esse tratamento consiste em aplicar películas e/ou géis contendo biocelulose.

A biocelulose é uma celulose diferente da celulose encontrada nas plantas, pois é produzida por algumas bactérias, que são boas para saúde. A biocelulose contribui para aceleração do processo da cicatrização, ou seja, irão auxiliar o fechamento das feridas, reduzindo assim o tempo de tratamento.

Este projeto, coordenado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, e conduzido pelo pesquisador Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, é direcionado aos pacientes (homens e mulheres) com faixa etária de 45 a 80 anos que apresentam diagnóstico de úlcera venosa.

O tratamento consiste na aplicação tópica de formulações de biocelulose, sendo esse projeto coordenado pelo professor Vanderlei Bagnato.

Sobre o Projeto

Pacientes serão submetidos a uma avaliação se estiverem dentro dos critérios da pesquisa e posteriormente as sessões serão agendadas.

Critérios para participar dessa pesquisa:

Homens e Mulheres de 45 a 80 anos;

Diagnóstico de úlcera venosa;

Úlcera localizada em membros inferiores;

Úlcera com tempo superior a 6 semanas.

Se você tem úlceras venosas e se encaixa nesse perfil entre em contato na Unidade de Terapia  Fotodinâmica da Santa Casa de São Carlos através do telefone (16) 35091351 de segunda a sexta-feira, das 8 ás 17 horas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação

 

1 de julho de 2019

Exposição a não perder: “Raios! Mensageiros do cosmos”

O Observatório “Dietrich Schiel” – Centro de Divulgação de Astronomia (CDA-USP), localizado na Área-1 do Campus USP de São Carlos, recebeu no dia 24 de junho a inauguração da exposição “Raios! Mensageiros do Cosmos”, tendo contado com a participação de inúmeros convidados que foram recebidos pela curadora da exposição, Prof.ª Dra. Cibelle Celestino Silva – do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), representando a assessoria científica do evento, assumida pelos docentes Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho – também docente do IFSC/USP – e Prof. Dr. Gustavo de Araujo Rojas – astrônomo e docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Já a exposiografia esteve sob a responsabilidade da arquiteta Bianca Maria Habib Silva.

A cerimônia de abertura da exposição iniciou-se com as considerações e breve apresentação do projeto pelo docente responsável pelo Observatório, Prof. Dr. Valter Luiz Líbero  (IFSC/USP) e pela professora Cibelle. A última ainda reiterou o vínculo da exposição “Raios! Mensageiros do cosmos” como parte do projeto de divulgação da produção científica da USP ao público são-carlense, este a cargo do Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho – que, por divergências na agenda, não pode comparecer.

Segundo a curadora, o principal objetivo da exposição é explorar a astrofísica de partículas. “A exposição aborda desde o que são raios cósmicos, como estes podem ser utilizados no estudo de astronomia, quais fontes produzem raios cósmicos de alta energia”, menciona a docente. “Outra parte da exposição conta com a história da física no Brasil e como as pesquisas relativas aos raios cósmicos foram importantes no estudo de física brasileiro”, completa.

Quanto às expectativas para o público e importância da exposição, Cibelle relata a necessidade de transmissão de conhecimentos e despertar o encantamento pela ciência. “A ideia é trazer à população o conhecimento de que outras coisas além da luz chegam dos céus, como os raios cósmicos. Além disso, há a necessidade de encantar o público ao mostrar o quanto a astronomia é interessante e como o mundo microscópico – das partículas elementares – está relacionado ao mundo macroscópico – que estuda os astros, por exemplo”.

 

Prof. Valter Líbero explicando o conceito da exposição

Prof. Valter Líbero acompanha visitantes

Também observaram o peso do evento na divulgação, os alunos do Instituto de Física de São Carlos, Maria Carolina, Edivânia e Luan, que estudam astrofísica de partículas. “A exposição faz muito mais que simplesmente divulgar a ciência: ela contribui ao aproximar as pessoas da pesquisa, mostrar o que produz a universidade e convida a população a participar”, afirmam os estudantes. “Além disso, ao divulgar ciência explicita-se para onde foram os recursos da universidade e que o Brasil tem tanta competência quanto outros países para pesquisar e produzir conhecimento”, finalizam.

Profª. Cibelle Celestino Silva e a Arquiteta Bianca Habibi

A exposição, que agora faz parte do acervo permanente do Observatório “Dietrich Schiel”, está aberta a visitação de sextas-feiras no período da tarde, de sexta a domingo das 20h00 às 22h00, e durante os Domingos Solares, que ocorrem a cada dois domingos.

(Reportagem: Carolina Falvo – Sup. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de julho de 2019

Parceria muito interessante – “Aventuras na Ciência – Luz e Cores”

Apesar dos problemas e desafios apontados no ensino de ciências, em geral, e de Física, em particular, merece destaque a recente proposta de inovação curricular que tem como objetivo superar os diversos obstáculos educacionais; o projeto denomina~-se “Aventuras na Ciência”, lançado em 2012 e desenvolvido pela Empresa Educar Inovação Tecnológica Lda”, em colaboração com cientistas da USP, UNICAMP e UFRJ, tendo como foco estimular, através de kits instrucionais, a prática de ciência entre os jovens, principalmente nos cursos do Ensino Médio, nas mais diferentes áreas do conhecimento.

Nesse âmbito, a EE Conde do Pinhal (São Carlos) realizou no dia 14 de junho, durante o período da tarde, a “Culminância Eletivas”, que congregou alunos e professores em redor de muitas experiências científicas simples, com destaque para o projeto “Aventuras na Ciência – Luz e Cores”, coordenado pelo docente do IFSC/USP, Prof. Marcelo Alves Barros. A realização deste evento foi do IFSC/USP e do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF/IFSC), com uma parceria entre a Diretoria Regional de Ensino de São Carlos, EE Conde do Pinhal e a “Educar Inovação Tecnológica e Cia”.

A equipe de cientistas que contribuiu para a execução dos kits foi constituída por: Moysés Nussenzveig – Físico (UFRJ), Eliana Dessen – Bióloga (USP), Mayana Zatz – Bióloga (USP), Beatriz Barbuy – Física (USP), Vanderlei Bagnato – Físico (USP), Henrique Toma – Químico (USP), Eduardo Colli – Matemático (USP), Carlos Henrique de Brito Cruz – Físico (UNICAMP) e Luiz Antônio de Oliveira Nunes – Físico (USP).

Clique na imagem abaixo para assistir à reportagem sobre este evento.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de junho de 2019

Buracos negros: de Albert Einstein às ondas gravitacionais e além

A edição de junho de 2019 do programa “Ciência às 19 Horas” saiu de seu habitual reduto e foi ao encontro da população escolar, mais especificamente à da Escola Estadual Dr. Álvaro Guião (São Carlos), cujo encontro aconteceu no dia 18 de junho, pelas 10h00, no auditório daquele estabelecimento de ensino, numa parceria entre o IFSC/USP e a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos / Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

O palestrante convidado foi o Prof. João Steiner (IAG-USP), que discorreu sobre o tema “Buracos Negros: De Albert Einstein às ondas gravitacionais e além”, onde apresentou o  conceito, a origem e a evolução da ideia de buraco negro.

Em sua palestra, Steiner discutiu e explicou os diversos passos que levaram a ciência a confirmar a existência desses objetos, tendo mostrado porque eles são importantes para a formação de estruturas do universo.

Em 2016, foi anunciado a detecção direta de ondas gravitacionais provocadas por colisão de dois buracos negros: em 2019, foi mostrada a primeira imagem da sombra de um buraco negro super-gigante. Em ambos os casos, a ideia de buraco negro foi confirmada no limite do campo gravitacional forte. Especula-se, ainda, sobre os próximos avanços científicos relacionados ao estudo desses objetos

Steiner conversou com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP sobre esse tema apaixonante, não tendo deixado de lado a importância da divulgação científica no âmbito geral, principalmente quando o assunto é repassar conhecimentos à sociedade.

Acompanhe a entrevista feita ao Prof. João Steiner, clicando na imagem abaixo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

27 de junho de 2019

Concorrendo ao iGEM: método descontamina águas poluídas com metais pesados

Um grupo de estudantes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está finalizando um projeto de desenvolvimento de um novo método de descontaminação de água poluída com metais pesados. Para isso, os alunos estão juntando dinheiro para levar essa ideia à “International Genetically Engineered Machine Competicion (iGEM), a maior competição de biologia sintética do mundo, que ocorre este ano em Boston, nos Estados Unidos, entre os próximos dias 31 de outubro e 4 de novembro.

De fato, o projeto, onde estão envolvidos 18 estudantes de graduação e pós-graduação do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares (CFBio/IFSC), consiste na criação de um filtro bacteriano para despoluir as águas atingidas por desastres naturais, como aqueles que aconteceram com os rompimentos das barragens de Brumadinho (2019) e Mariana (2015), conforme explica Roberto Furuta, aluno do 4º ano do curso CFBio e membro da equipe. “O IFSC/USP participou desta competição nos anos de 2014 e 2015, tendo conquistado, respectivamente, uma medalha de cobre e outra de ouro. A equipe fez uma pausa e foi ano passado que decidimos levar em frente este projeto que está essencialmente ligado à área ambiental. Nosso trabalho consiste em pesquisar métodos de como utilizar os mecanismos disponíveis na área de biologia sintética para minimizar prejuízos similares que possam ocorrer em águas de rios, como foram os que aconteceram em Mariana e Brumadinho, no Rio Doce e Rio Paraopeba.

Com a técnica, expressa-se em bactérias uma proteína que foi desenhada a partir de pedaços de proteínas já existentes capaz de se conectar aos íons de metais pesados presentes em águas poluídas, como chumbo e mercúrio. A proteína possui também um sinal para que seja secretada para fora da bactéria e um sítio que se liga à celulose.

A cepa que a equipe pretende usar é a denominada Escherichia coli, uma das bactérias mais bem estudadas na literatura, já que ela gera um biofilme – uma espécie de rede –  que conecta várias bactérias, sendo que grande parte desse biofilme é composto por celulose. Com essas composição, esse biofilme assume o papel de um filtro que é capaz de se ligar aos metais pesados através de nossa proteína. A equipe está terminando de desenhar toda a área genética em laboratório. “Estamos definindo os últimos detalhes e partindo para a área experimental já no próximo mês de julho”, acrescenta Roberto Furuta.

Giane Ferreira, aluna igualmente do 4º ano do curso e líder da equipe do IFSC/USP, salienta que algo muito interessante no iGEM é o fato de todas as equipes terem que depositar suas pesquisas numa espécie de banco de dados da competição, para que futuramente outras equipes possam utilizar as informações para aprimorar os projetos. Por outro lado, o aspecto social também está presente no iGEM, conforme explica Giane. “Além dos aspecto científico, todas as equipes têm que desenvolver práticas sociais. Assim nossa equipe está já trabalhando com escolas da cidade de São Carlos, no sentido de interligar, principalmente, os alunos do ensino médio com a Universidade. Contudo, não perdemos de vista o ensino fundamental e o pré-escolar, já que que queremos aguçar o interesse das crianças pela ciência e principalmente pelos conceitos ambientais. Estaremos fazendo isso já no segundo semestre”.

Maria Júlia Marques também pertence à equipe iGEM USP São Carlos. Ela está também no 4º ano do curso e é responsável pela coordenação de comunicação da equipe. “Outra coisa que pretendemos fazer é uma viagem técnica a Brumadinho, no sentido de colher amostras para confirmação da existência de mercúrio e chumbo nas água do Rio Paraopeba, além de pretendermos conversar com a população local no a fim de sabermos como elas foram atingidas pela presença dos metais pesados. Queremos também visitar os hospitais locais para tentar fazer um levantamento do número de pessoas que foram diagnosticadas com sintomas de contaminação”.

A equipe iGEM USP São Carlos prevê futuramente contatar as escolas de todos os níveis de ensino da cidade de São Carlos a fim de motivar os alunos para a defesa do meio ambiente e salientar a importância que a Universidade pode ter no desenvolvimento de cada um deles, tendo em vista a resolução dos vários problemas que afligem a sociedade. Além desses contatos, já está confirmada uma parceria com a Atlética CAASO para realização de projetos sociais e de divulgação científica com crianças e adolescentes de São Carlos.

Como orientadores, a equipe conta com a participação dos Profs. Drs. Marcos Navarro, Rafael Guido e Alessandro Nascimento.

Embora as Pró-Reitorias de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da USP já tenham contribuído com uma verba destinada à inscrição da equipe no iGEM, alunos e professores precisam arrecadar cerca de R$ 20 mil para arcar com os custos de passagens aéreas, estadias e compra de materiais de laboratório.

Para isso, eles criaram uma vaquinha online para arrecadar fundos.

Clique AQUI para contribuir.

Visite a equipe iGEM na página do Facebook (AQUI);

No Instagram – @igem_uspsaocarlos

Pelo Email: igem@ifsc.usp.br

No Twitter: @iGEM_usp

(Foto do Rio Paraopeba: Diego Baravelli)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2019

Gabriel das Neves participa no “High Energy Physics Seminars”

O programa de Seminários High Energy Physics do último dia 26 teve como convidado Gabriel das Neves (IFSC/USP), que apresentou o tema “Em Busca De Acoplamentos Anômalos Do Bóson De Higgs Utilizando Dados Do Lhc”.

O palestrante apresentou a utilização do método dos Kappas para multiplicar o acoplamento de uma partícula do SM com o Bóson de Higgs por uma constante. Ele explicou como foram estudado estatisticamente, através de uma análise frequentista, modelos que possam sugerir acoplamentos anômalos do Higgs, com o intuito de procurar indícios de física além do Modelo Padrão.

Em seu seminário, o convidado demonstrou como foram investigadas as interações do Bóson de Higgs com as demais partículas do Modelo Padrão (SM) usando dados dos “signal strengths” medidos pelos experimentos CMS e ATLAS do CERN-LHC.

Neves explicou ainda que foram estudados três cenários distintos: (i) modificação aos seis acoplamentos individuais; (ii) modificação aos acoplamentos com férmions (sem discriminação de sabor) e com bósons vetoriais; (iii) e, por fim, modificações aos acoplamentos efetivos com fótons e com glúons. Ele afirmou que em todos os casos os resultados foram compatíveis com o Modelo Padrão.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2019

Café com Física – “Extinction transitions in correlated external noise”

O tradicional programa de palestras “Café com Física”, promovido pelo IFSC/USP, apresentou neste último dia 26 o tema “Extinction transitions in correlated external noise”, sob a responsabilidade de Alexander Wada (IFSC-USP).

Neste seminário, o pesquisador fez uma análise sobre a transição de fase da equação logística com o ruído correlacionado por leis de potência de longo alcance, que permite que o sistema flutue entre as fases de extinção e sobrevivência.

Transições de fase, em particular, como Wada observou em muitos fenômenos, podem ser visualizadas na transição da fase absorvente, entre a extinção e a sobrevivência de populações biológicas. O pesquisador explicou que um dos modelos de campo médio mais simples, que descreve esse tipo de transição de fase, é a equação logística, e que os resultados do mapeamento no movimento browniano fracionário refletido são suportados por simulações de Monte Carlo.

Alexander afirmou que ao mapear esse problema no movimento Browniano fracionário refletido, é possível esclarecer como o ruído correlacionado à lei de potência de longo alcance altera o comportamento crítico do sistema.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

26 de junho de 2019

Impecável!! III Escola de Pesquisadores da USP – um sucesso

Os dias 12 e 13 de junho último ficaram marcados pela realização da 3ª Escola de Pesquisadores da USP, um grande evento que ocorreu no Auditório “Jorge Caron”, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), tendo reunido cerca de duzentos e cinquenta participantes, entre alunos de Graduação, Pós-Graduação, Pós-Docs, técnicos de nível superior, professores e pesquisadores.

Tendo-se iniciado pela realização de mini-cursos, seguindo-se um lote de temáticas importantes para a vida profissional dos pesquisadores, o evento teve como objetivo desenvolver, aprimorar e consolidar as habilidades necessárias à vida científica de todos quantos se dedicam – ou venham a dedicar-se – em pesquisa básica e/ou aplicada, em temas ousados e de alto impacto, sendo que esta Escola foi formatada para contemplar todas as áreas do conhecimento, incluindo ciências exatas, engenharias, biológicas, biomédicas e humanas / sociais.

Coordenada pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, docente e pesquisador do IFSC/USP e presidente do Portal da Escrita Científica do Campus USP de São Carlos, em estreita colaboração com os profissionais das Bibliotecas da Prefeitura do Campus USP de São Carlos, Instituto de Física de São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Instituto de Química e Instituto de Arquitetura, a 3ª Escola de Pesquisadores da USP herda o trabalho desenvolvido em anos anteriores, quando o evento ainda apresentava a designação de Semana da Escrita Científica, focado na escrita científica e nas publicações. Contudo, com o decorrer dos anos e ao conhecer inúmeros programas de pós-graduação, o prof. Valtencir Zucolotto percebeu que existem muitos lugares onde não se faz a pesquisa com a excelência esperada. “Por exemplo, se olhar a própria USP,  você vê que temos pesquisa de excelência em vários lugares, mas não em todos os lugares, ou seja, você tem ilhas de excelência, de igual forma como acontece no exterior, já que isso não é apenas uma característica do Brasil”, sublinha Zucolotto, acrescentando que tem lugares onde as agências estaduais de apoio à pesquisa funcionam melhor, mas, de modo geral, a infraestrutura para pesquisa é boa, os recursos humanos existem e o custeio está presente. “De fato, o que está faltando é o entendimento dos alunos no sentido de saberem o que é fazer pesquisa, ou, pelo menos, entenderem que eles têm que se sentir incomodados, têm que ser motivados: necessariamente, eles têm que ter a preocupação em fazer a melhor pesquisa que puderem, ou seja, em vez de se abrigarem numa zona de conforto para entrar num sistema de pós-graduação só para obter o título, que é ainda a mentalidade de muitos dos nossos pós-graduandos e pós-doutores”, enfatiza Zucolotto.

Foi a partir dessa linha de raciocínio que o pesquisador pensou em alterar potencialmente os rumos da Semana da Escrita Científica, transformando o evento em algo mais substancial, que pudesse contribuir para convencer os pesquisadores – principalmente os mais jovens -, da necessidade de fazerem pesquisas de alto nível, obtendo êxito para comprovar sua tese, suas afirmações, seus experimentos. “Tendo uma pesquisa bem feita na fronteira do conhecimento, que é aquela que quando dá certo vai trazer um avanço muito grande para área, é muito mais fácil você ter um bom artigo correspondente a isso. Então, essa foi a motivação para fortalecermos este evento, esta Escola de Pesquisadores nestes três últimos anos, com um projeto que dissemina a metodologia, a pesquisa, a escrita científica e a editoração”, pontua Zucolotto, manifestamente feliz por ter contado com a presença do Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP, na abertura do evento, com a promessa de um apoio mais substancial para futuras edições da Escola

No balanço geral deste evento, Valtencir Zucolotto sentiu que os participantes foram tocados, muitos deles mostrando-se surpresos com o nível de informação que encontraram na Escola. “Senti que eles se mostraram bastante surpresos em ver tantos palestrantes de renome,  falando que esse é um dos únicos caminhos para ter excelência na pesquisa”.

No balanço final da 3ª Escola de Pesquisadores da USP, seu organizador elenca como pontos altos do evento a congregação de excelentes palestrantes, tanto nos cursos quanto nas palestras, as presenças, na abertura do evento, do Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP e do Diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Prof. Edson Cezar Wendland, e a organização do evento que, segundo Zucolotto, foi impecável. Para as próximas edições, Valtencir Zucolotto espera conseguir mais apoios, por forma a poder trazer alunos que residem mais longe, comparticipando assim nas despesas com viagens e acomodação.

Clique AQUI para acessar o álbum de imagens relativas à Escola.

(Fotos: Ricardo Rehder e Gabriela Bidin)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

25 de junho de 2019

No regresso a casa: alunos franceses encantados com IFSC/USP

Chegou ao fim mais um estágio acadêmico promovido pelo IFSC/USP, no âmbito da parceria existente desde há cerca de dez anos com o Instituto Universitário de Tecnologia – Universidade de Marselha, que todos os anos faz deslocar ao nosso Instituto alunos daquele estabelecimento de ensino superior francês.

Tendo como base que o Instituto Universitário de Tecnologia obriga a que seus alunos finalistas cumpram um estágio no exterior, todos os anos o IFSC/USP recebe alunos para a realização de estágios no NaCA – Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas, durante um período de aproximadamente três meses.

Diego Vals, Lucy Lenzi e Amandine Ganzin foram os jovens franceses que estiveram entre nós até dia 17 de junho, desenvolvendo, junto com alunos de pós-doutorado do Instituto, trabalhos de pesquisa bem diferentes daqueles que fazem em Marselha, o que lhes proporcionou uma nova visão e abordagens diferentes no capítulo de novos materiais.

Diego relata que está bastante feliz por ter concluído suas pesquisas de ponta a ponta na área de novos materiais, algo que certamente irá contribuir para que ele e suas colegas eventualmente escrevam artigos científicos para apresentação em congressos no exterior. “Quanto ao Instituto… Uma maravilha!”

Diego quer ser técnico em eletrônica, Lucy pretende seguir engenharia elétrica e Amandine tem como foco engenharia em têxteis. Quanto ao que mais gostaram na sua estada aqui, todos são unânimes em afirmar que o melhor de tudo é o clima de São Carlos e as áreas verdes que abraçam a cidade. O fator que menos agradou aos jovens foi o trânsito caótico e a forma como os motoristas dirigem

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

24 de junho de 2019

Contribua para que mais crianças participem do mundo da tecnologia

Você não precisa ter experiência em tecnologia para se tornar voluntário em uma iniciativa que pretende estimular crianças de 7 a 12 anos a desenvolverem soluções na área de segurança digital. Basta ter força de vontade para impactar positivamente a vida dos participantes e para aprender junto com elas, contribuindo na superação dos obstáculos que surgirem durante o projeto.

Para contribuir, o mentor ou a mentora precisa apenas ter disponibilidade para participar, no dia 29 de junho, das 8 às 18 horas, de um evento que acontecerá no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. É quando ocorrerá a etapa local do Hackathon Authentic Games, que é organizado em parceria pela Happy Code São Carlos e pelo ICMC.

Na abertura do evento, em âmbito nacional, o youtuber Marco Túlio, o Authentic Games, vai revelar exatamente qual a questão de segurança digital que deverá ser atacada pelas crianças. A ideia da competição é que os pequenos criem o projeto de um aplicativo, em grupos com 2 a 4 participantes, para resolver um problema. Eles só precisam pensar na proposta do aplicativo, não é necessário que desenvolvam a parte técnica do projeto. Os mentores das equipes vencedoras, em âmbito nacional, receberão prêmios em dinheiro, que variam de mil a R$ 3 mil.

Como se inscrever – Preencha a ficha de inscrição que está disponível na Seção de Apoio Institucional do ICMC, na sala 4000, no bloco 4, até dia 19 de junho. Caso queira fazer a inscrição via internet, você pode acessar a ficha até dia 23 de junho por meio deste link: icmc.usp.br/e/ee9f0. Haverá uma reunião preparatória com todos os mentores no dia 26 de junho, quarta-feira, das 14 às 15h30, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC.

Podem se inscrever como voluntários profissionais de áreas variadas como tecnologia, engenharia, negócios, comunicação e empreendedorismo, além de professores, líderes da comunidade, estudantes de graduação e de pós-graduação. Só não serão aceitas inscrições de mentores que possuírem parentes nas equipes inscritas no desafio.

Mais informações 

Faça sua inscrição: icmc.usp.br/e/ee9f0

Evento no Facebook: www.facebook.com/events/532949204128932

Assista ao vídeo: https://youtu.be/UMR5X89FVsI

Dúvidas: (16) 3419.2294

(Com informações de Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2019

Dia 21/06 – Teatro Municipal de São Carlos: “Concertos Petrobras-EPTV”

Régis Pasquier – violino

No próximo dia 21 de junho, pelas 21h00, no Teatro Municipal de São Carlos (consulte a bilheteria do Teatro).

Os Concertos Petrobras-EPTV estão de volta, dando continuidade a sua proposta permanente de levar música da melhor qualidade ao interior do Estado de São Paulo.

A temporada 2019 começa com três concertos, a serem realizados nas cidades de São Carlos, Araraquara e Santos, respectivamente nos dias 21, 22 e 23 de Junho. As apresentações têm patrocínio do Ministério da Cidadania e da Petrobras.

No palco estarão o violinista francês Régis Pasquier e o trio Pablo de León, Horácio Schaefer e Roberto Ring. O quarteto vai executar duas obras fundamentais do repertório de câmara: o “Quarteto Rosamunde” de Schubert e o “Quarteto de cordas em fá maior Op. 35” de Ravel

Franz Schubert (1797-1828) compôs seu “Quarteto em lá menor Nº 13” em 1824. Entre os quinze quartetos de cordas que escreveu, este foi o único a ser apresentado publicamente antes de sua morte. É uma obra-prima, marcada por um clima de tragédia, depressão e desespero, reflexo da vida sombria de Schubert na época da composição. O apelido “Rosamunde” vem do segundo movimento, no qual o compositor usa um tema que escreveu um ano antes quando compôs música incidental para uma peça com o título “Rosamunde, Princesa de Chipre”.

Maurice Ravel (1875-1937) tinha 28 anos quando escreveu seu primeiro e único quarteto de cordas – que dedicou a Gabriel Fauré, de quem era aluno de composição no Conservatório de Paris. Embora na época o quarteto tenha sido objeto de severas críticas, é hoje reconhecido como obra-prima do período impressionista. A obra, estruturada em quatro movimentos, incorpora os diversos estilos do vocabulário musical do compositor e revela maestria no tratamento rítmico e harmônico. Destaque-se a sólida unidade temática, com os dois temas principais do primeiro movimento retornando sob formas diferentes nos três outros.

Régis Pasquier, violino

Régis Pasquier é um dos grandes violinistas franceses em atividade, com uma intensa agenda de concertos em todo o mundo. Músico de prestígio internacional, tem sonoridade ampla, fraseado sempre rigorosamente preciso e técnica notável. Qualidades que são valorizadas por seu extraordinário instrumento, um violino Joseph Guarnerius (Del Gesu) Cremona, de 1734. Foi por seis considerado melhor solista do ano na França e obteve o Prêmio Especial da Nova Academia do Disco. De 1985 a 2011 foi professor de violino no Conservatório Nacional de Música de Paris.

Pablo de León, violino / Horácio Schaefer, viola / Roberto Ring, violoncelo

O núcleo musical do projeto Concertos Petrobras-EPTV é o trio formado por Pablo de León, violino, Horácio Schaefer, viola, e Roberto Ring, violoncelo. Desde sua criação, em 2001, o grupo já realizou mais de 700 concertos. Os três músicos pertencem à elite da música clássica brasileira. Pablo de León é spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Horácio Schaefer é chefe do naipe das violas da OSESP-Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Roberto Ring integrou a Orquestra Sinfônica de Campinas, a OSESP, a Orquestra de Câmara Villa-Lobos e, nos últimos anos, tem intensa atividade como músico de câmara.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2019

Leandro Viscardi em seminário no “High Energy Physics”

Ocorreu no dia 19 de junho mais um seminário integrado no ciclo “High Energy Physics”, promovido pelo IFSC/USP. O palestrante foi o pesquisador Leandro Viscardi (IFSC/USP), que dissertou sobre o tema Férmions em QCD na rede.

A formulação de rede da cromodinâmica quântica (QCD) é uma ferramenta indispensável para analisar as propriedades de baixa energia da QCD. Neste seminário, o palestrante descreveu a formulação de Wilson na rede, tendo-se calculado o espectro de hádrons como uma aplicação de interesse.

Leandro apresentou desde a formulação de integral de trajetória da teoria quântica de campos, até alcançar a teoria proposta por Wilson da QCD. Também descreveu algumas técnicas computacionais e a análise estatística de dados que são fundamentais para a determinação de observáveis físicos. Para o cálculo do espectro de hádrons foi usada a aproximação quenched, que consiste em negligenciar os efeitos de loops de quarks do vácuo. Também empregou apenas dois quarks degenerados, correspondendo às duas espécies de quarks leves presentes na teoria. Ao final do seminário, o palestrante conseguiu estimar as massas do méson rho e do próton.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2019

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior é “Honoris Causa”

O docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, foi homenageado no passado dia 18 de junho pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) com o título de Doutor Honoris Causa, uma distinção que muito orgulha toda a comunidade do IFSC/USP e a própria Universidade como um todo.

Sobre esta honraria, o homenageado relatou à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP que ficou surpreso, mas felicíssimo, por várias razões. “A primeira delas é que a UFMS é uma universidade extremamente inovadora, que tem feito um trabalho excelente de pesquisa, divulgação da ciência e extensão, com trabalhos de pesquisa de alto nível em várias áreas, inclusive para resolver problemas locais. A preocupação com biodiversidade, como outras características que são tão importantes para o Mato Grosso do Sul, são contempladas em todo o trabalho que a a UFMS faz”, relata Osvaldo.

Para o homenageado, além da surpresa pela outorga do título, seu sentimento é que talvez não mereça honraria tão grande. “Fica o meu agradecimento à UFMS por me concede um título que, acredito, ser talvez o mais importante e mais relevante de uma universidade, para um pesquisador que tem conexões com a UFMS, mas que não atua diretamente lá. Eu espero que, agora, com esse título, a partir do qual eu também serei um egresso, ou seja, um membro da UFMS, que possamos estreitar relações, porque há muitas iniciativas que eu já discuti com colegas da UFMS e que esperamos que possam ser levadas a cabo num futuro próximo. Eu gostaria de mencionar uma delas: há um interesse do atual reitor da UFMS, Prof. Marcelo Turino, para desenvolver um grande programa de preservação de culturas e línguas indígenas. O Mato Grosso do Sul é um dos estados brasileiros com o maior número de nativos indígenas, com uma grande variedade de línguas e culturas, e no Brasil nós não podemos abrir mão desse patrimônio cultural e linguístico. No Brasil há cerca de 200 línguas indígenas que ainda são faladas, ativas, e a preservação destas línguas depende de um esforço concentrado de pesquisadores do país todo. Deve ser um esforço concentrado, porque requer contribuição de várias áreas, principalmente das áreas de linguística, sociologia, antropologia e informática e tecnologia de informação”, pontua o pesquisador, destacando que somente com TI é que se pode preservar um patrimônio tão vasto como temos no Brasil, como culturas e línguas indígenas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

18 de junho de 2019

Vagas disponíveis para pesquisadores e técnicos no CIERMag/IFSC

Estão sendo oferecidas, até dia 16 de julho, posições no Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) para:

1) pesquisadores em desenvolvimento de software;

2) projeto, análise e roteamento de circuitos de alta velocidade utilizando plataforma da Cadence (Allegro, Orcad);

3) pessoal com conhecimento técnico em montagens de circuitos eletrônicos utilizando conceitos modernos de prototipagem.

– Para os desenvolvedores de software são necessários conhecimentos de linguagens de programação estruturada e orientada a objeto (tais como e na ordem de prioridade, Python, C++, C, VB.NET etc.);

– Para os desenvolvedores de circuitos será necessária experiência comprovada em projetos que envolvam a utilização de FPGAs e seus periféricos.

– Os conhecimentos de conceitos de Linguagem de Descrição de Hardware (VHDL ou Verilog) são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

– Os conhecimentos de princípios de Ressonância Magnética são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

Os interessados deverão entrar em contato com Prof. Alberto Tannús através do email secretaria_emoh@ifsc.usp.br ou pelos telefones 55 (16) 3373 9836 ou 55 (16) 3373 6665 em horário comercial, mencionando “Projeto Espectrômetro Digital”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

18 de junho de 2019

No IFSC/IFSC/USP – “Suicídio … precisamos falar sobre isso”

O IFSC/USP reinicia no próximo dia 18 de junho, entre as 11 e as 12 horas, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, o ciclo de palestras abertas para alunos, técnicos administrativos e docentes do instituto, sendo que nesse dia será debatido o tema Suicídio: precisamos falar sobre isso”.

Devemos considerar saúde muito mais do que a ausência de doenças, segundo a OMS é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidade”. A saúde mental está incluída nesta definição, embora muitas vezes seja vista como algo menos importante.

Ainda nos dias de hoje, muitas pessoas se sentem desconfortáveis em falar de sua condição de saúde mental até mesmo para pessoas mais próximas. Em grande parte, devido ao estigma desta condição, ainda relacionada à loucura, sendo assim deixam de receber o suporte que precisariam e o quadro se agrava, podendo levar a perda no desempenho acadêmico, dificuldades de relacionamento, quadros de sofrimento severo, entre outros sintomas difíceis de suportar.

O suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. É difícil explicar porque algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto outras em situação similar ou pior não o fazem. Contudo a maioria dos suicídios pode ser prevenida.

O objetivo dessa palestra é conversar sobre o tema e apresentar algumas ideias de como prevenir, identificar elementos sinalizadores e como ajudar amigos e colegas que possam estar passando por esse momento de sofrimento tão grande.

A palestra terá duração prevista de 40 minutos e será apresentada pela psicóloga que se encontra ao serviço do IFSC/USP, Drª Bárbara Kolstock Monteiro e após a apresentação ela estará disponível para tirar dúvidas e conversar com os presentes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de junho de 2019

As mudanças climáticas globais e os desafios de nossa sociedade

O clima de nosso planeta está mudando rapidamente. As emissões de gases de efeito estufa continuam aumentando apesar do Acordo de Paris, com aumento na concentração de gases e partículas na atmosfera. A química da atmosfera está sendo alterada pelas mudanças na concentração de radicais hidroxila e do ozônio.

Estas afirmações são do professor Paulo Eduardo Artaxo Netto, que estará no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, no dia 19 de junho, às 16 horas, no anfiteatro térreo do edifício Q1 do IQSC-USP, participando do Ciclo de Palestras “Química às 16 (Q16)”, quando apresentará complexos aspectos das mudanças climáticas e seus impactos em nossa sociedade.

“Ao longo das próximas décadas podemos ter um aquecimento da ordem de três a cinco graus centígrados, que aumentarão os eventos climáticos extremos e terão forte impacto em vários setores de nossa sociedade” acrescenta o pesquisador, “os desafios são enormes para a ciência, para a adaptação às mudanças e para a nossa estrutura socioeconômica”, complementa.

Paulo Artaxo é pesquisador junto ao Instituto de Física da USP, onde trabalha com física aplicada a problemas ambientais, atuando em questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na Amazônia, física de aerossóis atmosféricos, poluição do ar urbana e outros temas.  Entre outras funções, é membro da equipe do IPCC- Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz em 2007, além de integrar outros sete painéis científicos internacionais.  Dentre os prêmios e honrarias recebidos, destacamos: a Ordem do Mérito Científico Nacional, na qualidade de Comendador;  prêmio Almirante Álvaro Alberto outorgado pelo CNPq, Marinha, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e Fundação Conrad Wessel; e o Prêmio Globo Faz a Diferença, em 2017.  Representa a comunidade científica no CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IQSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

16 de junho de 2019

Nova chamada de propostas conjuntas

A FAPESP e o King’s College London, do Reino Unido, anunciaram uma nova chamada de propostas no âmbito do acordo de cooperação entre as instituições e cujo prazo de apresentação expira no dia 09 de agosto próximo.

Trata-se da terceira edição da chamada de propostas para pesquisa colaborativa da FAPESP com o King’s College London, cujo objetivo é promover e reforçar colaborações entre pesquisadores da instituição inglesa e do Estado de São Paulo.

A chamada está aberta a propostas em todas as áreas do conhecimento.

O King’s College London está preparado para financiar as propostas selecionadas em até US$ 25 mil por projeto ao ano, sendo que a FAPESP também está preparada para apoiar os projetos selecionados no Estado de São Paulo em valores equivalentes.

As propostas submetidas deverão incluir um plano de pesquisa conjunto escrito pelos candidatos do King’s College London e do Estado de São Paulo. O plano deve conter uma descrição clara da colaboração planejada, com distribuição do trabalho e dos métodos de implementação.

Para o pesquisador candidato do Estado de São Paulo, a proposta colaborativa deve ser submetida à FAPESP por meio de um Auxílio à Pesquisa – Regular (VER AQUI).

A duração máxima dos projetos selecionados é de 24 meses, não prorrogáveis.

Para conferir esta chamada, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

16 de junho de 2019

Apaixonado pelo Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares

Encontrar, persistir e mudar de planos, mas nunca desistir dos sonhos. Assim é a história de Jansen Caik Ferreira Freitas, de 22 anos, ingressante em 2019 na graduação, no Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Originário de Prata, cidade do interior da Paraíba, Jansen cresceu em meio às liberdades e tranquilidades da cidade pequena, onde passou boa parte da infância e adolescência. O cotidiano na terra-natal, entretanto, interrompeu-se em 2013 com a mudança da família para o Rio do Janeiro. “Logo após o término do meu primeiro ano do ensino médio, minha mãe decidiu que nos mudaríamos para Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Ela queria ficar mais próxima de meus irmãos, que moravam lá, então fomos ela e eu – ela foi primeiro, e eu, logo depois”, relembra Jansen a mudança para a cidade fluminense.

Finalizado o ensino médio em 2015 e ainda em Angra, Jansen não tinha ideia de qual profissão exercer. “Durante o período que passei na escola, me interessei por medicina, mas não tinha nenhum curso definido na minha cabeça, não sabia o que queria”, relata sobre seu período de indecisão. “Comecei naquele ano, então, a servir na Marinha. Queria ver como era, saber mais sobre o que se faz lá e, quem sabe, tornar aquilo minha profissão. No final das contas, a Marinha foi muito importante para decidir aquilo que queria fazer”, comenta. Em um dos momentos, servindo, Jansen prestou socorro a um homem que estava prestes a se afogar. “Eu senti a adrenalina do momento e toda aquela euforia de ajudar, salvar a vida de alguém. Foi depois disso que o interesse pela área médica surgiu e eu decidi prestar medicina”, afirma.

Motivado pelo recém descoberto sonho e na companhia dos amigos, Jansen ingressou em um cursinho pré-vestibular da cidade, em 2016. “Alguns amigos falaram sobre fazer o cursinho preparatório, mas muitos desistiram, até que só sobrou eu. Na época, eu trabalhava para bancar a mensalidade do cursinho em um colégio particular de Angra e tive um grande baque. Durante as aulas, os professores comentavam sobre conceitos dos materiais e todos – exceto eu – pareciam entender ou ter a mínima noção do que se tratava. Foi quando eu percebi que teria que estudar muito se quisesse acompanhar”, diz Jansen. Já mais maduro, o estudante decidiu estudar por conta própria em 2017 e 2018, com o auxílio de plataformas online. “Foi um período importante para criar disciplina e um ritmo de estudos, coisa que eu não tinha consolidado até então”, revela.

O vínculo de Jansen com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) surgiu portanto, de maneira inesperada. No início de 2019, consultando as vagas disponíveis no Sistema de Seleção Unificada (SISU), o estudante deparou-se com a graduação no Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares – única em todo o Brasil – do IFSC/USP, e curioso com o nome pesquisou um pouco mais sobre a grade curricular do curso. “Eu vi que com a graduação [em Ciências Físicas e Biomoleculares] eu poderia fazer uma extensão para a área médica. Gostei da grade curricular, achei muito interessante e resolvi arriscar”, conta Jansen, que afirma não ter abandonado o sonho de se formar médico. “Eu pretendo terminar o curso e talvez entrar em medicina depois, ou tentar uma especialização com ênfase na área da saúde. Eu não quero só ser médico, quero poder ajudar as pessoas, seja na pesquisa ou diretamente”.

Quanto a vinda para o interior paulista, Jansen afirma não sentir grandes impactos pela distância da família. “Mesmo em Angra eu já não passava tanto tempo com minha família. Eu ficava no meu quarto o dia todo, estudando, e só via minha mãe no final da tarde quando ela chegava do trabalho. De certa forma, eu me acostumei a ficar sozinho”, menciona Jansen, que destaca ainda o apoio da mãe. “A minha mãe me deu muita força para vir. Todos, na verdade. Eu expliquei sobre o que se tratava o curso e ela ficou muito empolgada. Como já disse, vir para São Carlos e morar sozinho não foi difícil, mas claro que é muito ruim ficar longe da família. Às vezes me dou conta que eles não estão aqui comigo e sinto muitas saudades”, revela.

Laboratório de nanomedicina

Sobre o Instituto de Física e a trajetória universitária, Jansen destaca interesses e expectativas que traz para os anos de graduação. “Tenho muito interesse em entrar para a Atlética. Jogo tênis de mesa, pratico jiu-jitsu e basquete, então espero poder jogar em alguma destas modalidades pela universidade. A prática regular de exercícios físicos foi algo bem marcante durante a minha preparação para o vestibular e sei que na graduação não será diferente: me ajuda a espairecer”, comenta o estudante, sobre o papel da atividade física, em especial, meditação guiada e corrida, como mecanismos terapêuticos. “Além disso, quero participar como puder no cursinho do CAASO. Não acredito que já esteja preparado para dar aulas ou monitorias, mas quero colaborar ativamente no futuro. Eu já passei no vestibular, está na hora de contribuir para o ingresso de outros”, conclui.

Embora ingressante recente, o futuro acadêmico do jovem tem caminho bem delimitado. Conquistado pela área médica, Jansen pretende seguir dentro da academia e tornar-se um pesquisador na área da saúde. “Quero seguir carreira acadêmica, com ênfase no campo médico. Um dos grupos de pesquisa de meu interesse aqui no IFSC/USP é o grupo de Nanotecnologia. Gostaria de desenvolver algum projeto de pesquisa no grupo”, revela Jansen, que quando questionado sobre possíveis temas, revela interesse pela análise das causas do envelhecimento e doenças degenerativas do sistema nervoso. “São temas que despertam muito a minha curiosidade”, explica.

Agora, para o primeiro ano da graduação, o foco do ingressante é direcionado à construção de boas bases e adaptação ao curso e à cidade: cabe ao paraibano colher os frutos de anos de esforço, que o motivam a compartilhar os resultados da experiência. “Acho que para quem veio de escola pública, com um ensino ruim, muito esforço é fundamental. Tem quem desanime durante o caminho e desista. Acho que o mais importante é isso, não desistir”, aconselha Jansen aos futuros calouros e a seus colegas. “Sempre tem gente para te desmotivar enquanto você está estudando para passar, mas não se concentre em falas negativas. Estudar é difícil, não é tão fácil quanto parece”, finaliza.

(Entrevista conduzida por Carolina Falvo / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2019

Alunos franceses apresentam trabalhos em seminário do NaCA/IFSC

O Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas – NaCa/IFSC/USP – trouxe no último dia 13, a apresentação de trabalhos de três alunos franceses, estagiários de graduação do curso de Instrumentação Física, em convênio de colaboração com o Institut Universitaire de Technologie – IUT – de Marselha (San Jerome – Marseille, França).

O ciclo de palestras foi aberto pela aluna Lucie Lenzi, que apresentou o tema: “Synthesis and characterization of KTa03 nanostructured”. Ela discorreu sobre o estado ambiental do nosso planeta, afirmando que a maioria dos problemas ambientais globais são realmente problemas de energia e que as mudanças climáticas e todas as suas consequências, no planeta, estão essencialmente ligadas à questão da energia, aquela que usamos (combustíveis fósseis) e que criam diversos problemas, entre os quais se contam o efeito estufa e as emissões de CO2, por exemplo.  Lucie assegurou que se procuram novas formas de produzir energia limpa e não dispendiosa. Entre as principais redes de energia que podem cumprir esse importante papel, é possível destacar o hidrogênio solar, gerado pela separação da molécula de água por um mecanismo conhecido como fotossíntese artificial. A estudante explicou que o material utilizado para esta síntese é o tantalato de potássio (KTa03), pois possui excelente estabilidade química, mas também, uma posição adequada de sua banda de energia para a separação da água, a fim de gerar H: e 0 :. Ela enfatizou que em seu trabalho, foi feita a tentativa de sintetizar este material por três diferentes meios: uma síntese de sal fundido usando KCl e NaCl em quantidade equimolar, uma síntese hidrotérmica e reação em estado sólido. Para determinar a estrutura e a morfologia das amostras foram realizadas difração de raios X (XRD) e microscopia eletrônica de varredura (SEMI). Na sequência, foi medida a quantidade de hidrogênio produzida.

A segunda palestra foi de Diego Vals, intitulada: “Structural and surface analysis of laser reduced graphene oxide”.  Diego descreveu o grafeno como um material que mostra propriedades físicas notáveis, com a mobilidade de elétrons, a condutividade térmica, a área de superfície e também o módulo de Young. Por isso, esse material é estudado e sintetizado. Ele enfatizou que a síntese deste material é realmente cara e demorada, sendo essa é a razão pela qual tentam obter as características do grafeno reduzindo o óxido de grafeno. Diego afirmou que há muitas formas de reduzir o óxido de grafeno, como: redução de laser, redução química, redução fotoquímica e redução térmica. Ele assegurou que a redução a laser parece ser o melhor método, porque mostra os melhores resultados e também por ser um método muito rápido. Ele resume seu principal objetivo neste projeto como sendo o de estudar a influência de cinco diferentes comprimentos de onda, analisando as amostras reduzidas em direção à espectroscopia Raman. Este estudo será usado para produzir óxido de grafeno reduzido de alta qualidade para fornecer sensores de gás.

Para encerrar a programação, a estudante Amandine Ganzin apresentou o tema: “Entropy-stabilized oxides”. Amandine iniciou sua palestra mencionando o papel de óxidos estabilizados Entropy 2015 de Christina M. Rost,  que provou, através de experimentos rigorosos, um modelo termodinâmico simples e uma formulação de óxido de cinco componentes, e que entropia predomina a paisagem termodinâmica e impulsiona uma transformação reversível em estado sólido entre uma multifásica e única fase de estado. Em sua conclusão, a aluna valida a hipótese de que o transtorno configuracional deliberado fornece uma estratégia para descobrir novas fases da matéria cristalina. Amandine afirmou que seguiu este documento para recriar a formulação de óxido equilibrada pela entropia. Em seguida, se concentraram em analisá-lo, sua transição de multifásico para monofásico (rocksalt) e sua reversibilidade. Para isso, ela explicou que seguiram exatamente os mesmos passos descritos no artigo, mas que foi mudado o método de fresagem, sendo que para a análise foi utilizada a difração de raios X, espectroscopia Raman e medidas de densidade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP