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7 de dezembro de 2021

Morre o Prof. Ronald Cintra Shellard – Diretor do CBPF

Faleceu hoje (07/12), vítima de doença prolongada, o Prof. Ronald Cintra Shellard, Diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF.

O Prof. Shellard graduou-se em física (1970) pela Universidade de São Paulo (USP) e concluiu o mestrado na mesma área (1973) no Instituto de Física Teórica (IFT), unidade complementar da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Aperfeiçoou-se em física e astronomia (1973-1974) na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA) e concluiu o doutorado também em física e astronomia (1978) na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA). Possuía experiência na área de física experimental de altas energias e física das astropartículas. Seus interesses se concentravam no estudo das características de astropartículas (gamas e raios cósmicos) com energias muito altas.

Fazia parte da colaboração que opera o Observatório Pierre Auger, da colaboração Cherenkov Telescope Array (CTA) e foi um dos fundadores do Southern Wide Field Gamma-Ray Observatory (SWGO), que começou a vida como Large Array Telescope for Tracking Energetic Sources (LATTES).

Era sócio da SBF, SBPC, APS, IOP e AAAS e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências.

A Comunidade do IFSC/USP curva-se perante a memória de tão ilustre cientista, endereçando a sua família, amigos e colegas, os mais sentidos pêsames.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2021

Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) comemora o 60º aniversário da FAPESP

Em comemoração aos 60 anos da FAPESP, a Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP reúne grandes pesquisadores para uma análise crítica do estado da arte da ciência do Estado de São Paulo, com um olhar especial para as próximas duas décadas.

O conjunto de temas analisado será debatido em sete seminários e sintetizados em oito capítulos do livro “O estado da arte da ciência em São Paulo em sintonia com o desenvolvimento brasileiro e mundial”, a ser lançado em maio de 2022.

Confira AQUI.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2021

Regresso das atividades presenciais: IFSC/USP recebe 2ª Fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP)

Após cerca de dois anos sem atividades presenciais, o IFSC/USP começa agora a organizar, com todos os cuidados, os primeiros eventos com a participação de público.

Desta forma, nosso Instituto recebeu no dia 03 de dezembro último a 2ª Fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), um evento que ocorreu nos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), obedecendo a todos os protocolos sanitários.

O IFSC/USP é um dos Centros Aplicadores das provas da Olimpíada de Física das Escolas Públicas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Física (SBF) e outras instituições nacionais.

A organização deste evento, bem como a recepção dos alunos no IFSC/USP, esteve sob a responsabilidade do Educador de nosso Instituto, Prof. Herbert Alexandre João.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2021

Oito pesquisadores do IFSC/USP no grupo dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo

Está já disponível para o público a terceira versão da lista dos 100 mil melhores cientistas do mundo, publicada no dia 19 de outubro do corrente ano pela Stanford University (EUA), em parceria com a Elsevier.

812 cientistas brasileiros de universidades públicas e privadas constam dessa lista, onde 08 são do IFSC/USP, a saber:

Adriano Defini Andricopulo;

Luciano da Fontoura Costa;

Attílio Cucchieri;

Hellmut Eckert;

Osvaldo Novais de Oliveira Junior;

Jean Claude M’Peko;

Vanderlei Salvador Bagnato;

Sergio Carlos Zilio;

Para conferir a lista dos cientistas brasileiros, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2021

Ipê-branco homenageia memória do docente e pesquisador do IFSC/USP Prof. Ricardo De Marco

Falecido no início deste ano, vítima de acidente de viação, o docente e pesquisador Prof. Ricardo De Marco foi homenageado por dezenas de colegas, amigos, alunos e servidores não docentes no passado dia 03 de dezembro através do plantio de um ipê-branco na lateral esquerda do edifício do IFSC/USP, na Área-2 do Campus USP de São Carlos, numa singela cerimônia que contou igualmente com a presença da família.

A Profª Ana Paula Ullian de Araújo, colega de Ricardo De Marco no Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar (FCI) – Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural “Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) – foi quem iniciou a singela homenagem, tendo resumido as características profissionais do homenageado e o quanto ele era querido por seus alunos e colegas, tendo sublinhado, também, o quanto está sendo difícil substituir sua presença entre todos.

Para o atual chefe de Departamento do FCI do IFSC/USP, Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes, o Prof. Ricardo De Marco sempre teve como imagem principal sua serenidade e sua lucidez, quer nos diálogos que mantinha com seus colegas, quer ainda perante seus alunos, transmitindo sempre confiança e amizade. “Este ipê-branco que agora será plantado reproduz essa serenidade que Ricardo De Marco tinha e que ficará para sempre guardada na memória de sua família, colegas, alunos, amigos e servidores não docentes do IFSC/USP. Embora não demonstrasse no seu ambiente profissional, Ricardo De Marco, segundo sua esposa Cris, era extremamente bem humorado em casa, contagiando essa alegria por toda a família. Todos nós estamos sentindo muito a sua falta”, sublinhou.

Visivelmente emocionada, a viúva do Prof. Ricardo De Marco lembrou o quanto seu marido falava entusiasticamente de seus trabalhos em casa, dos resultados que diariamente obtinha no laboratório, dos diálogos com seus colegas e amigos. “Muitas vezes ele falava em casa o quanto se divertia no IFSC/USP, o quanto amava o que estava fazendo, sublinhando que não havia nada melhor do que trabalhar naquilo que se gosta”, recordou, tendo acrescentado que o ipê-branco passaria a representar a imagem de Ricardo De Marco se divertindo com aquilo que fazia, representando sua felicidade.

Abaixo reproduzimos algumas imagens da homenagem.

Profª Ana Paula Ullian de Araújo entrega à viúva do Prof. Ricardo De Marco uma réplica da mensagem constante na placa de homenagem colocada perto do ipê-branco

Viúva (Cris) e filhos do Prof. Ricardo De Marco

Chefe de Departamento do FCI do IFSC/USP, Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes, usa da palavra

Filhos do Prof. Ricardo De Marco plantam o ipê-branco

Viúva do Prof. Ricardo De Marco (Cris) planta o ipê-branco

Profª Ana Paula Ullian de Araújo planta o ipê-branco

Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes ajuda a plantar a árvore

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de dezembro de 2021

Docente do IFSC/USP avalia possível parceria para implantação de tecnologia via satélite de baixa altitude no País

Prof. Roberto Onody (IFSC/USP) fala sobre os objetivos da possível parceria entre o governo brasileiro e a Starlink e os custos relacionados à tecnologia

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou, há pouco mais de duas semanas, que pretende trazer os serviços de internet da Starlink, empresa da SpaceX, para o Brasil, após visita ao bilionário Elon Musk, em Austin, no Texas. Faria disse que a possível parceria surge como um elemento essencial para levar internet a escolas e lugares remotos no Brasil, além de proporcionar “proteção” à Amazônia com a tecnologia de satélites de baixa altitude a partir da Starlink.

Internet via satélite no Brasil não é nenhuma novidade, mas as declarações de Faria despertam algumas críticas de especialistas. Roberto Onody, professor do Instituto de Física de São Carlos da USP, destaca que o uso da tecnologia para a suposta proteção à Amazônia, por exemplo, não faz sentido. “Os satélites da rede Starlink não têm câmeras. Então, seria melhor, se eles realmente querem monitorar o desmatamento da Amazônia, aplicar dinheiro no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, e na Agência Espacial Brasileira”, sugere Onody. Pensando na conectividade da Amazônia, a possível parceria surge como uma possibilidade.

Ainda de acordo com Onody, essa possível colaboração entre a SpaceX e o governo brasileiro pode ter outro fator contraditório: o preço. A Starlink, que se aproxima da marca de 100 mil assinantes distribuídos por 12 países, tem seu serviço baseado em custo de instalação, de acordo com a cotação atual, de R$ 2.793 (US$ 499) e mensalidades R$ 554 (US$ 99), ou seja, seguindo a lógica dos valores pagos pelos assinantes atuais, um brasileiro em localidade remota deverá desembolsar mais de R$ 3 mil para usufruir da rede Starlink.

“Os preços podem cair porque a ideia do Musk é colocar 42 mil satélites em órbita, sendo que hoje tem por volta de  1,7 mil . Quanto mais satélite ele colocar, certamente o preço deve cair com o tempo”, complementa Onody

Se inserido dentro do programa Wi-Fi Brasil, que tem por objetivo levar conectividade a todas as localidades do País, principalmente para comunidades de vulnerabilidade social, através da instalação em praça pública de acesso livre e gratuito, por exemplo, a parceria com a Starlink representará uma conquista para essas populações, apesar de representar um grande custo para o governo na visão de Onody.

Ainda que não estabelecida, ele reforça que o anúncio do ministro sobre a parceria é precoce, tendo em vista que outras empresas, como a Amazon com o Project Kuiper, também estão desenvolvendo o mesmo serviço. “Eu acho que a coisa tá bem verde”, comenta.

No Brasil, a internet via satélite já é uma realidade, mas representa apenas 0,85% dos acessos à banda larga, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de julho deste ano. Com a tecnologia atual, o serviço de internet é distribuído através de um satélite geoestacionário a mais de 32 mil quilômetros de distância da superfície da Terra, que acompanha seu movimento de rotação.

Já a partir dos satélites da Starlink, que devem ficar até 60 vezes mais próximos da Terra e orbitar o planeta de forma mais rápida, a SpaceX pretende trazer internet a lugares remotos, diminuindo tempo de transferência de dados e proporcionando serviços que o atual não suporta, como videoconferências e jogos on-line. Apesar disso, de acordo com Onody, alguns incidentes já foram detectados com a tecnologia da Starlink, como foi o caso dos rastros dos satélites que puderam ser vistos em imagens de telescópios terrestres no Chile, por exemplo.

“Isso prejudica a ciência básica que é a astronomia”, destaca

O problema foi parcialmente resolvido com o desenvolvimento do DarkSat e do VisorSat, com revestimento escuro e visores capazes de impedir a luz solar refletida pelos satélites, o que foi comprovado pelo Telescópio Murikabushi do Observatório Astronômico Ishigakijima, no Japão, após os resultados dos testes publicados no The Astrophysical Journal revelarem que a refletividade dos satélites foi reduzida pela metade. “Mas eu acho que isso não vai resolver muito, porque outra coisa que vai acontecer em breve é que vamos ter outro problema: o lixo espacial”, finaliza Onody.

(Adaptado ao texto original de Walace de Jesus / Jornal da USP – 30/11/2021)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de dezembro de 2021

Eleita a nova diretoria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

Em eleições realizadas em primeiro turno no dia 1º de dezembro, foi eleita a nova diretoria do IFSC/USP, correspondendo à gestão 2022/2026.

Concorreram a este pleito duas chapas, a saber:

Chapa-1 – Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor) e Profª Ana Paula Ullian de Araújo (Vice-Diretora);

Chapa-2 – Prof. José Carlos Egues de Menezes (Diretor) e Prof. Hellmut Eckert (Vice-Diretor).

Os resultados do pleito deram a vitória à Chapa-1, através dos seguintes números:

 

Participantes habilitados – 57

Participantes votantes – 55

Chapa-1 – 39 votos

Chapa-2 – 14 votos

Votos nulos – 2

Votos brancos – 0

A Comissão Eleitoral foi constituída pelos Profs. Adriano Defini Andricopulo (Presidente), Euclydes Marega Junior e Paulo Barbeitas Miranda.

A nomeação para o exercício da nova diretoria constituída pelos Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ullian de Araújo  acontecerá a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2022, substituindo os atuais Diretor e Vice-Diretor do IFSC/USP, na circunstância, os Profs. Vanderlei Salvador Bagnato e Igor Polikarpov.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de dezembro de 2021

Prof. Adriano Andricopulo (IFSC/USP) é eleito Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC)

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Adriano Defini Andricopulo, foi eleito hoje, dia 02 de dezembro, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na área de Ciências Químicas.

Todos os eleitos irão tomar posse no dia 1o de janeiro, sendo que os membros titulares e correspondentes receberão seus diplomas em maio de 2022, durante a Reunião Magna da ABC.

A comunidade do IFSC/USP sente-se extremamente feliz e orgulhosa por ver um de seus mais valorosos cientistas integrar a Academia Brasileira de Ciências.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de dezembro de 2021

Ora, direis, ouvir estrelas! (Parte-2)

 Figura 8 – Buraco negro supermassivo localizado no centro da galáxia Messier 87, feita pelo telescópio Event Horizon em 2019. Observação feita no comprimento de micro-ondas de 1,3 mm. A massa do buraco negro foi estimada em 6,5 bilhões de vezes maior do que a massa do Sol. Fonte: ref. 12

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Para estrelas nascidas com massas maiores do que 25 vezes a massa do Sol, também haverá uma explosão de supernova, só que, desta vez, mais catastrófica ainda – dando origem a um buraco negro!

A estrela mais massiva encontrada (até agora) tem cerca de 265 vezes a massa solar, é a R136a1 e está numa galáxia satélite da Via – Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães (há cerca de 163.000 anos-luz da Terra). A estrela com maior dimensão, é a hiper gigante UY-Scuti, cujo raio é 1.700 vezes maior que o do Sol (está localizada na Via-Láctea, há cerca de 9.500 anos-luz da Terra).

Em 1915, Albert Einstein propôs a sua disruptiva e revolucionária, Teoria da Relatividade Geral. Nela, se estabelece a relação existente entre a matéria e a curvatura do espaço-tempo. Em 1916, Karl Schwarzschild encontrou uma solução da equação de Einstein que previa a existência de um buraco negro, isto é, o surgimento, após a explosão da supernova, de uma singularidade, de uma fronteira chamada horizonte de eventos. Definida pelo raio de Schwarzschild (que é linearmente proporcional à massa do buraco negro), de onde nada, nem mesmo a luz, consegue escapar do seu interior!

A equação da Relatividade Geral tem, no seu primeiro membro, tudo que está relacionado à geometria do espaço-tempo e, no segundo membro, tudo relacionado à massa e energia. O físico J. Wheeler uma vez disse: “O espaço-tempo diz à matéria como se movimentar; a matéria diz ao espaço-tempo como se curvar”! 

Para solucionar a equação de Einstein é necessário pressupor uma geometria e uma estrutura causal do espaço-tempo (uma métrica) e uma densidade e fluxo de energia e momento distribuída pelo espaço-tempo (o tensor de momento-energia). Por esse motivo, as soluções obtidas dependem de como o cientista acredita que seja o universo. A solução mais geral da Relatividade Geral de um buraco negro estacionário com rotação e carga elétrica utiliza a métrica de Kerr-Newman.

Figura 6 – Na parte superior da figura, a dança da rotação dos 2 buracos negros caminhando para a colisão e a formação de um único buraco negro (veja vídeo3). Observe a escala do tempo – de 0,25 segundos até 0,45 segundos. Na parte intermediária, a frequência da onda gravitacional aumenta de 35 a 250 Hertz (ciclos por segundo) e a variação relativa do comprimento nos braços do interferômetro (10 -21). Na parte inferior, temos (em verde) a velocidade do buraco variando de 32% a 58% (no colapso) da velocidade da luz; em violeta, a distância (medida em unidades do raio de Schwarzschild RS) entre os 2 buracos negros como função do tempo. Para esses buracos negros de, aproximadamente, 30 massas solares, RS ~ 89 km. O evento foi catalogado como GW150914. (Fonte: ref. 2)

Para obter um universo estático, Einstein acrescentou, em 1917, a constante cosmológica na equação da Relatividade Geral. Depois de Hubble ter observado que o nosso universo estava em expansão, Einstein retirou a constante cosmológica (em 1931). Nos dias de hoje, a constante foi reintegrada, seja para tentar explicar a energia escura ou incorporar a energia de flutuação do vácuo, como prevista pela mecânica quântica.

Dentro dessa linha, está em discussão a possibilidade de evaporação do buraco negro por radiação Hawking. Como afirmou Paul Crowther numa entrevista: “Ao contrário dos seres humanos, um buraco negro nasce pesado e perde peso à medida que envelhece”!  (atenção – esta afirmação só vale para um buraco negro isolado). Porém, o ritmo previsto de perda de massa do buraco negro por radiação Hawking é muito pequeno e lento. Como quanto maior a temperatura maior é a radiação térmica e como a temperatura da radiação Hawking é inversamente proporcional à massa, a busca experimental pela radiação Hawking tem sido feita junto com a busca por micro buracos negros.

Do ponto de vista de radiação eletromagnética, um buraco negro pode ser considerado um corpo negro perfeito, pois absorve toda e qualquer luz incidente. Mas, é mais que isso, pois engole matéria e estrelas e engorda. O gás, pouco antes de cruzar o horizonte de eventos, está superaquecido e emite raios-x. É observando essa emissão que sabemos da presença do buraco negro.

As ondas gravitacionais são ondulações que deformam o espaço-tempo e são causadas pela aceleração de corpos celestes extremamente massivos como buracos negros e estrelas de nêutrons. Muito embora previstas (teoricamente) na Teoria da Relatividade Geral, a sua confirmação experimental só veio depois da construção de gigantescos e precisos laboratórios de interferometria. Aqui, eu me refiro ao LIGO (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory). São 2 observatórios sincronizados e separados por uma distância de 3.000 quilômetros (um em Livingston e outro em Hanford). Os interferômetros têm forma de um L com 4 km de comprimento cada braço. O sistema é capaz de medir uma variação, no comprimento desses braços (de laser), de uma parte em 1021. Isso é o equivalente, a ser capaz de medir comprimentos com uma precisão do diâmetro de um próton!

Em 2015 2, eles conseguiram um feito extraordinário – detectar ondas gravitacionais geradas pela colisão (seguida pela fusão) de 2 buracos negros com cerca de 30 massas solares. Essa colisão cataclísmica ocorreu a uma distância de 1,2 bilhões de anos-luz da Terra!

Quando dois buracos negros formam um sistema binário, eles giram em torno do centro de massa e se aproximam (gravitacionalmente) cada vez mais um do outro, de maneira irreversível. Os buracos estão acelerados e devem, portanto, gerar ondas gravitacionais. Quanto maior a frequência de rotação, maior será a frequência e a intensidade da onda gravitacional gerada, até a fusão final, quando então, se forma um único buraco negro (veja vídeo3).

Os resultados obtidos na ref.2 (que tem mais de 1000 coautores!) está mostrado na Figura 6. Em apenas dois décimos de segundo, a frequência medida da onda gravitacional variou de 35 a 250 Hz! Estas frequências se encontram na banda audível do ouvido humano. Claro, ondas gravitacionais, que se propagam à velocidade da luz (veja mais adiante) não são ondas sonoras. Mas, da mesma forma que ouvimos sons no nosso rádio pela conversão de onda eletromagnética (que também viaja à velocidade da luz), podemos ouvir 4 os sons das ondas gravitacionais produzidas pela colisão das que já foram, outrora, estrelas. Ora, direis, ouvir estrelas!

A comprovação e a medição das ondas gravitacionais deram a seus três principais idealizadores o Prêmio Nobel de Física de 2017. Hoje, a busca pela detecção de ondas gravitacionais, adquiriu um formato internacional com a participação dos interferômetros LIGO 5 (E.U.A.), Virgo6 (Itália) e KAGRA7 (Japão). É um esforço gigantesco de colaboração cientifica envolvendo vários milhares de cientistas do mundo todo.

Também foram detectadas ondas gravitacionais produzidas pela coalescência de um sistema binário buraco negro – estrela de nêutron, mas  (até agora) nenhum evento dessa natureza foi localizado na Via-Láctea. O resultado é um buraco negro maior 8. Nenhuma onda eletromagnética foi detectada no processo, nem tampouco, as esperadas ondas de maré que deformariam a estrela de nêutron antes da coalescência. Por algum motivo, ainda desconhecido, as colisões de pares de buracos negros e de pares de estrelas de nêutron, são muito mais comuns que a colisão de um buraco negro com uma estrela de nêutron. Com poucos eventos, os astrônomos estão torcendo para encontrar uma colisão de um buraco negro com uma estrela de nêutron com forte rotação, ou seja, um par buraco negro-pulsar.

Vejamos agora o que acontece na colisão de um par de estrelas de nêutrons. Em 2017 9, cientistas dos observatórios de LIGO e Virgo, observaram, pela primeira vez, ondas gravitacionais produzidas pela colisão de duas estrelas de nêutrons.  As estrelas de nêutrons tinham massas 0,86 e 2,26 vezes a massa solar e estavam há cerca de 130 milhões de anos-luz da Terra (na galáxia NGC4993).

Mas, menos de dois segundos depois da onda gravitacional ser detectada, o telescópio espacial Fermi observou, vindo do mesmo local no céu, um breve e brilhante flash de raios-gama – era a quilonova!

Figura 7 – Imagem de uma quilonova, feita em 2017, um dia depois da explosão, pelo telescópio espacial Swift no comprimento ultravioleta. (Fonte: NASA)

Menos brilhante que a supernova, mas milhares de vezes mais brilhante que uma nova, a quilonova é explosão resultante da colisão de duas estrelas de nêutrons. Acredita-se, que cerca de um terço de toda a comunidade mundial de astrônomos assestaram seus telescópios para o local, analisando esse evento em todos os comprimentos de ondas eletromagnéticas (Figura 7). Pela primeira vez, era possível estudar a espetacular colisão de estrelas de nêutrons, através de ondas gravitacionais e ondas eletromagnéticas! Nascia a astrofísica com múltiplos mensageiros.

Estima-se que ocorra uma quilonova a cada cem mil anos por galáxia. Evento raro, mas, essencial. Quando se analisa os elementos químicos produzidos em explosões de supernovas, percebe-se que a tabela periódica fica incompleta. As quilonovas são as fábricas que forjam os preciosos metais ouro, prata e platina. Pela análise espectral, feita após a explosão (nos fragmentos da explosão, veja vídeo10), foi descoberto que ela havia gerado centenas de planetas Terra inteiros feitos de sólido e puro ouro, prata etc.  Embora uma quilonova seja muito mais rara que uma supernova, ela é muito mais eficiente na fabricação desses elementos.

Por último, mas não menos importante, como a diferença entre o sinal da onda gravitacional e os raios-gama foi de apenas 1,7 segundo, (depois de ambos terem percorrido a distância de 130 milhões de anos-luz), o evento foi a comprovação experimental de que as ondas gravitacionais viajam, de fato, à velocidade da luz.

Há muitos anos sabe-se da existência de buracos negros supermassivos. Enquanto um buraco negro, de origem estelar, tem massa de cerca de 3 a 300 vezes a massa do Sol, um buraco negro supermassivo tem massa correspondente a milhões ou bilhões de vezes a massa solar. Esses buracos negros supermassivos estão localizados no centro das galáxias. O buraco negro supermassivo da nossa Via-Láctea tem massa estimada em 4 milhões de massas solares. O maior encontrado, até agora, é um monstro com massa equivalente a 66 bilhões de massas solares, denominado TON618.

O TON618 é um quasar. Descobertos na década de 1960, a palavra quasar significa “quasi-stellar radio source”, mas, de estrela mesmo um quasar não tem nada. Quasares são galáxias muito jovens que têm no seu centro buracos negros supermassivos e extremamente ativos. Já foram detectados milhões de quasares. O mais próximo (até agora) é o Markarian 231, que está a uma distância de 581 milhões de anos-luz da Terra. O mais distante (até agora) é o PSO J172 que está há pouco mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra – vemos hoje, como ele era quando o universo era uma criança com 700 milhões de anos de idade.

Os buracos negros supermassivos nos quasares se alimentam vorazmente de tudo que os rodeia: poeira, gás e estrelas. Apenas uma minoria11 dos quasares emitem jatos poderosos (em direções opostas) de ondas de rádio, gás e de intenso raios-x ao longo do seu eixo de rotação. Alguns jatos chegam a medir milhões de anos-luz de comprimento!

Os astrônomos cedo descobriram uma lacuna ou quase ausência de buracos negros intermediários (com massa entre os de origem estelar e os supermassivos). Uma explicação possível está relacionada à própria formação de buracos negros supermassivos nos centros das galáxias. Quando uma galáxia é jovem e está em formação, a quantidade de gases, estrelas, supernovas é tamanha que buracos negros se alimentam e crescem aproveitando todo o material à sua volta (incluindo aí, o canibalismo). Essa é uma hipótese da formação e origem dos buracos negros supermassivos. Se o processo for suficientemente rápido, seria pouco provável observar buracos negros intermediários.

Não poderia deixar de mencionar aqui, a primeira imagem direta de um buraco negro supermassivo, feita em 2019, pela equipe12 internacional que operava o telescópio Event Horizon (Figura 8). Esse buraco se encontra no centro da galáxia Messier 87. Ela é uma galáxia elíptica supergigante, tem trilhões de estrelas, fica na direção da constelação de Virgem, a uma distância de aproximadamente, 53 milhões da anos-luz da Terra. O impacto dessa façanha foi enorme, com incrível repercussão mundial.

E, finalmente, algumas palavras sobre a hipótese dos buracos negros primordiais. Eles teriam se formado no primeiro segundo do universo, logo após o Big-Bang. Portanto, muito antes da existência de qualquer estrela e consequentemente, não teriam origem no colapso gravitacional estelar. Sua formação é atribuída a efeitos quânticos de flutuação da densidade do universo. De composição não bariônica, os buracos negros primordiais têm atraído físicos teóricos pela possibilidade de serem a tão procurada matéria escura. Até o momento, não houve nenhuma comprovação experimental da sua existência.

A Astronomia é uma ciência com forte apelo popular, uma paixão de todo ser humano. O interesse por ela está presente desde as civilizações mais antigas. Nesta última década, testemunhamos avanços inacreditáveis nas observações astronômicas. Seus resultados, instigam nossa imaginação tentando entender onde estamos – o que é o nosso universo?

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.

Olavo Bilac, soneto que se encontra no livro “Poesias”, publicado em 1888.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

2 B. P. Abbot et al. Phys. Rev. Lett. 116, 061102 (2016)

https://doi.org/10.1103/PhysRevLett.116.061102

3 https://youtu.be/1DmCkeK_YU4

4 https://youtu.be/QyDcTbR-kEA

5 https://www.ligo.org/

6 https://www.virgo-gw.eu/

7 https://gwcenter.icrr.u-tokyo.ac.jp/en/

8 R. Abbott et alApJL 915 L5 2021

https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/ac082e\

9 B. P. Abbott et al. Phys. Rev. Lett. 119, 161101 – 2017

https://doi.org/10.1103/PhysRevLett.119.161101

10 https://youtu.be/-iaviqwMfJ0

11 https://chandra.harvard.edu/blog/node/772 (2020)

12 K. Akyiama et al. The Event Horizon Telescope Collaboration et al 2019 ApJL 875 L1

https://doi.org/10.3847/2041-8213/ab0ec7

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2021

IFSC/USP: Vagas para bolsistas nas áreas de Fisioterapia e Odontologia

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está com diversas vagas abertas para bolsistas nas áreas de Fisioterapia e Odontologia, para desenvolverem atividades em Saúde e Inovação.

Os interessados deverão ser recém-formados nas áreas de interesse, ou cursando o último ano de graduação.

Os candidatos deverão enviar seus curriculos até dia 06 de dezembro do corrente ano para o email antonioaquino@ifsc.usp.br

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2021

Pesquisa IFSC/USP: Como as proteínas da via de selenocisteína interagem entre si

Pesquisa do IFSC/USP esclarece o funcionamento de uma via metabólica que abre novas questões

Um importante trabalho científico desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural “Sérgio Mascarenhas” – IFSC/USP – foi capa da prestigiada revista científica “Journal of Molecular Biology”.

Este complexo estudo desenvolvido por vários autores, entre os quais os pesquisadores do IFSC/USP Vitor Hugo Balasco Serrão e Jessica  Fernandes Scortecci, orientados pelo Prof. Otavio Thiemann, como parte integrante de seus doutorados, envolveu diferentes técnicas biofísicas que tiveram o objetivo de analisar de que forma as proteínas da via de selenocisteína interagem entre si.

Para o Prof. Otavio Thiermann, “Esta é uma pesquisa que esclarece o funcionamento de uma via metabólica que abre novas questões, e só foi possível graças à interação entre diversos pesquisadores em diferentes laboratórios”.

A via de selenocisteína é a via de síntese do 21º aminoácido, incorporando selênio num aminoácido chamado selenocisteína

Prof. Otavio Thiemann

dentro de algumas proteínas, algo que acontece em seres humanos, em bactérias e protozoários parasitas, entre outros, sendo bastante distribuído na natureza.

Neste trabalho, os pesquisadores demonstraram a sequência inteira de interações entre as proteínas para levar a síntese da selenocisteína e a incorporação dela dentro de uma proteína.

A importância desse fato, além de mostrar essa imagem inteira, também vem do fato de que alguns intermediários da reação de síntese de selenocisteína são muito tóxicos para as células.

Dessa forma, os pesquisadores mostraram que durante a síntese esses intermediários ficam ligados às proteínas, não causando, por isso, toxicidade e consequente morte das células.  Estes resultados, obtidos em bactérias Escherichia coli, podem ser extrapolados a todos os organismos que possuem a via de síntese de selenocisteínas, inclusive humanos. Os pesquisadores estão firmemente convencidos que fenômenos semelhantes também ocorrem em outras vias metabólicas onde intermediários de reação apresentam toxicidade a célula.

Resumidamente, este trabalho mostra como a via funciona, quais são as interações por diferentes técnicas biofísicas que se complementam e não se contradizem, mostrando, igualmente, que intermediários tóxicos numa via metabólica, permanece ligado, sequestrado pelas proteínas ou pelos complexos proteicos até o fim da síntese. O fato do componente tóxico não ser liberado no metabolismo traduz-se em uma questão geral de vários organismos que existem na bioquímica.

Para acessar a publicação, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2021

Alunos do IFSC/USP na “Etapa Internacional” do Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP)

Após terem apresentado seus projetos a uma comissão avaliadora, oito estudantes do IFSC/USP foram indicados para a segunda etapa da 29ª edição do Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), um evento cuja primeira fase ocorreu, de forma remota, entre os dias 15 de setembro e 29 de outubro do corrente ano. Agora, os oito jovens abaixo indicados participarão da denominada “Etapa Internacional”, que se inicia no dia 29 de novembro, concluindo-se no dia 02 de dezembro, onde irão reapresentar seus trabalhos finais, a saber:

Amebas de Vida Livre: elaboração da ferramenta de visualização PVT e identificação de Naegleria spp. e Acanthamoeba spp. no Rio Monjolinho em São Carlos – SP – Matheus Issa (Área de Ciências Biológicas);

Vibrational spectroscopy of cell membrane models by sum-frequency generation (SFG spectroscopy) – Bruna Borges Freri (Ciências Exatas e da Terra);

Development of rgb led system for lensless holographic microscope Cesar Yudi Kuramoto (Ciências Exatas e da Terra);

Diffusion-weighted magnetic resonance imaging: an approach using Langevin equation – Felipe Pereira Alves (Ciências Exatas e da Terra);

On the durability and stability for nanoporous gold biosensors for application to dopamine detection – Henrique Meisegeier Larine (Ciências Exatas e da Terra);

Synthesis and characterization of Graphene obtained by irradiation of a polymeric materials by a CO2 laser – Pedro de Almeida Silva (Ciências Exatas e da Terra);

The pain paradox: Self-harm in the perspective of the modern science – Yara Torres de Souza (Humanas);

Effects of gemcitabine and paclitaxel delivery by cell membrane-derived nanoparticles on pancreatic cancer cells
and monocytes – João Victor Brandão Quitiba (Engenharias);

O SIICUSP tem o objetivo de divulgar os resultados dos projetos de iniciação à pesquisa científica e tecnológica realizados por alunos de graduação da USP, bem como de outras instituições nacionais e internacionais. Visa, também, contribuir para o desenvolvimento de competências necessárias à pesquisa acadêmica, promovendo a oportunidade de interação entre pesquisadores de todos os níveis e áreas, e fomentando a colaboração e a pesquisa multidisciplinar na Universidade.

Desde 2014, o SIICUSP é composto de duas fases. Na primeira, cada Unidade (ou grupo de Unidades) organiza seu próprio evento, com trabalhos de sua área específica. Os estudantes apresentam seus projetos para uma comissão avaliadora, que indica os que forem melhor avaliados para a segunda fase, denominada “Etapa internacional”.

Nesta fase, os estudantes selecionados têm a oportunidade de apresentar novamente seus trabalhos, em evento remoto com participação de todas as áreas do conhecimento. A programação do evento é aberta a todos os estudantes, docentes, pesquisadores e público geral interessado. Estudantes de universidades estrangeiras também participam, apresentando seus projetos, selecionados por comitês de sua instituição.

A abertura da “Etapa Internacional realiza-se às 17h00 do dia 29 de novembro, com a mesa redonda intitulada “Desafios para a Ciência e a Tecnologia no Brasil” , contando-se com as participações do Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Sylvio Canuto, da Diretora de Cooperação Institucional do CNPq, Profª Zaíra Turchi, e da Presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Profª Vanderlan Bolzani.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2021

Dia 03 de dezembro: Homenagem em memória do Prof. Dr. Ricardo De Marco (IFSC/USP)

O IFSC/USP, através de seu Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar (FCI) – Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural “Sérgio Mascarenhas” -, realiza no próximo dia 03 de dezembro, às 14h00, uma Homenagem em memória de seu docente e pesquisador, Prof. Ricardo De Marco, falecido no início deste ano, vítima de acidente.

A singela Homenagem compreenderá o plantio de um ipê-branco na lateral esquerda do prédio do IFSC/USP localizado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, simbolizando a Eterna lembrança da imagem de nosso docente e pesquisador.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2021

Coordenadora-Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) visita IFSC/USP

Prof. Sebastião Pratavieira exemplifica um dos kits para a visitante

A Coordenadora-Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Profª Drª Silvana Copceski, visitou o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) no dia 18 do corrente ano, onde se inteirou de projetos importantes já implementados há alguns anos e que têm sido um sucesso na cidade de São Carlos e região, nomeadamente nas áreas de Ciência e Tecnologia, especialmente dedicados aos alunos dos ensinos fundamental e médio.

Os esforços desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP, e onde se encontram agregados inúmeros professores, pesquisadores e técnicos do Instituto, surgiram há cerca de seis anos quando foi constatado que nosso país se encontrava bastante mal colocado na área do ensino de ciências em nível do ensino médio, quando comparado com seus pares no resto do mundo. De fato, notava-se nessa época – e ainda hoje isso é uma realidade -, a escassez de oportunidades e de meios que os jovens estudantes dos ensinos fundamental e médio tinham para acessar laboratórios experimentais e poder manipular objetos reais que faziam parte de seus estudos, aprimorando, assim, seus conhecimentos teóricos. E essas curiosidades não surgem apenas em idade escolar, sendo que são uma realidade mesmo em crianças em idade pré-escolar.

Profs. Sebastião Pratavieira e Wilma Barrionuevo demonstram as particularidades de um dos kits educativos

Foi a partir daí que um grupo de pesquisadores oriundos da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (UNICAMP) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), decidiram lançar um projeto inovador com a criação de kits científicos dedicados ao ensino médio de ciências, estimulando a curiosidade inata dos jovens alunos, usando recursos individuais para experimentação e gerando pequenos laboratórios caseiros, onde, além de professores, também familiares e amigos pudessem interagir. Desta forma, os kits intitulados “Aventuras na Ciência” apareceram como uma forma de complementar de forma experimental os temas tratados pelos professores em sala de aula, criando uma outra dinâmica e entusiasmando os jovens nas áreas de Física, Química, Biologia, Geologia, Geofísica, Astronomia, Robótica e Matemática. Cada kit vem acompanhado de um folheto que descreve os resultados nele contidos e conta um pouco da história dos cientistas que os descobriram, incluindo, ainda, um manual de instruções sobre como realizar os experimentos propostos e diversas perguntas sobre os resultados.

Graças a esses kits, foram implementados e desenvolvidos na região da cidade de São Carlos (sete municípios), a partir de 2016, os “Clubes de Ciências” nas escolas, graças a uma importante parceria estabelecida entre o CEPOF-IFSC/USP, através do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato – com o apoio da FAPESP -, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia INCT de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida – financiado pelo CNPq –  e a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, na pessoa de sua Dirigente Regional de Ensino da Diretoria de Ensino, Profª Debora Gonzalez.

Os temas desenvolvidos pelos “Clubes de Ciências” envolvem a resolução experimental de problemas da sociedade. Durante o ano, os estudantes e seus professores propõem, e demonstram na prática, soluções sustentáveis para melhorias em áreas diversas, como saúde, ensino, alimentação, acessibilidade, trânsito, meio ambiente e equidade social, dentre outros fatores que considerarem relevantes.

Alunos da “Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha” gravam vídeo para Ministro Marcos Pontes

Ao final, os experimentos desenvolvidos são exibidos em uma Feira de Ciências, ou outras iniciativas similares,  que podem ser realizadas a nível de escola ou a níveis municipal, regional e em mostras nacionais, preferencialmente durante a “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”.

A Coordenadora-Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) foi acompanhada, em sua visita, pelos professores Euclydes Marega Junior,  Sebastião Pratavieira (IFSC/USP) e Wilma Barrionuevo (CEPOF), e pela Diretora Presidente da empresa “EDUCar”, Miriam Barbosa, responsável pela construção dos kits educativos.

Em sua estada no Instituto, a Profª Drª Silvana Copceski, visitou o Laboratório de Ensino do IFSC/USP, onde foram mostrados e explicados os kits educativos, os estúdios do Canal 10 da NET – CANAL USP (PROVE), onde são gravados vídeos educativos, e visitou a “Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha”, onde a representante do MCTI teve a oportunidade de conversar com alunos e professores e conferir os trabalhos já executados, e com a Dirigente Regional de Ensino, da Diretoria de Ensino, Profª Débora Gonzalez Costa Blanco. Na oportunidade, os alunos pertencentes ao “Clube de Ciências” da escola mostraram seus trabalhos e confraternizaram com a visitante, tendo gravado um pequeno vídeo pedindo ao Ministro Marcos Pontes que visitasse seu estabelecimento de ensino para observar de perto os projetos.

No final, a Profª Drª Silvana Copcesk fez uma balanço de sua visita em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, que poderá ser acessada clicando na imagem abaixo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2021

IFSC/USP no “I Congresso USP de Cultura e Extensão”

Iniciou-se hoje (25/11) o “I Congresso USP de Cultura e Extensão”, um evento, online que oferece palestras e apresentações de trabalhos desenvolvidos por docentes, discentes e servidores técnico-administrativos da USP, em uma grande oportunidade para que toda a comunidade amplie seus conhecimentos e experiências sobre o que é fazer cultura e extensão universitária.

O Congresso propõe-se a ser uma conexão entre a Universidade e a sociedade, permitindo o contato entre os diversos atores que fazem extensão na USP e promovendo a interação entre as áreas do conhecimento.

Confira AQUI aqui os trabalhos relativos ao IFSC/USP, presentes neste grande evento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2021

ATENÇÃO!!!!! É HOJE – DIA 24 DE NOVEMBRO – 15h00

Conversa Pública com os candidatos das chapas 1 e 2 inscritos para a escolha do Diretor e do(a) Vice-Diretor(a) do

Instituto de Física de São Carlos

Gestão 2022-2026

 

Chapa 1

Diretor: Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Vice-Diretora: Ana Paula Ulian de Araújo

 

Chapa 2

Diretor: José Carlos Egues de Menezes

Vice-Diretor: Hellmut Eckert

 

A Conversa Pública será realizada no auditório Professor Sérgio Mascarenhas, no dia 24/11/2021 (quarta-feira) às 15h, aberto ao público em geral, respeitada a lotação de 50% do espaço. Não será permitido público excedente, haja vista que a conversa terá transmissão ao vivo on-line pelo link:

https://meet.google.com/ybr-bjsz-ksd

A conversa será dividida em quatro grandes blocos, com duração máxima de 2h. As regras gerais da conversa, definidas pela Comissão Eleitoral, serão lidas no início dos trabalhos e as regras específicas no início de cada bloco. Haverá um mediador, que será o presidente da Comissão Eleitoral, Prof. Adriano D. Andricopulo.

Abaixo, os programas de gestão dos candidatos.

 

PLANO DE GESTÃO CHAPA 1

PLANO DE GESTÃO CHAPA 2

 

COMISSÃO ELEITORAL

Adriano Defini Andricopulo – Presidente

Euclydes Marega Jr

Paulo Barbeitas Miranda

22 de novembro de 2021

Paciente fibromiálgica fica dois anos e meio sem dores – Resultado é considerado extraordinário no tratamento desenvolvido pelo IFSC/USP

Resultado é considerado extraordinário no tratamento desenvolvido no IFSC/USP

Iracy Inácia Santana (Tiacy) nasceu na cidade de São Paulo, em 1946, e desde os sete anos de idade que sofria com dores intensas sem saber qual o motivo. Até 1975 – ano em que por motivos profissionais se mudou para a cidade do Rio de Janeiro -, Iracy consultou todos os médicos disponíveis, fez todos os exames possíveis e imaginários, esgotou as possibilidades de diagnóstico e eventual tratamento no Hospital das Clínicas (USP). Nada! Ninguém soube detectar a causa das dores extremas que sentia vinte e quatro horas por dia desde sua infância.

O quadro manteve-se ao longo dos anos e a intolerância à medicação para aliviar as dores começou a despontar em meados de 2013: “As dores eram permanentes e extremas, quer quando eu caminhava, quer quando estivesse imóvel, sentada ou deitada. A única solução foi reduzir toda a medicação que eu estava tomando ao longo do tempo, pois comecei a ter intolerância. Aí, os médicos optaram por me medicar “Tramal” e morfina. Era como se fosse a última hipótese para aliviar as dores”, explica Iracy. Foi em 2016 que, durante uma consulta no Instituto da Dor, no Rio de Janeiro, foi finalmente diagnosticada uma doença que Iracy nunca tinha ouvido falar – Fibromialgia. A partir daí, nossa entrevistada pesquisou incessantemente tudo o que se relacionava com essa doença, mas as informações disponíveis não eram conclusivas. Foi no ano seguinte que, através de um amigo, Iracy teve conhecimento de um tratamento experimental que estava sendo feito na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, na Unidade de Terapia Fotodinâmica, coordenada por pesquisadores do IFSC/USP. “Eu não quis saber de mais nada e mesmo com dores quase movi céu e terra para descobrir como me candidatar para esse tratamento que era considerado inovador”, recorda Iracy, salientando que passou uma verdadeira aventura para descobrir com precisão como contatar os pesquisadores, como se candidatar ao tratamento experimental e como chegar em São Carlos, sabendo que viajaria completamente só, mas com determinação para tentar resolver um pesadelo que a perseguia há mais de sessenta anos.

Finalmente, em maio de 2019, Iracy Santana foi selecionada para o tratamento e viajou rumo a São Carlos. “Para mim, era a última tentativa para resolver meu problema. Fui muito acarinhada por todo o pessoal do IFSC/USP e da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos. Talvez pela minha idade avançada, as equipes decidiram fazer o tratamento – 10 sessões – em uma única semana, me poupando assim de gastos elevados e de viagens internas diárias. Com surpresa e comovida, logo após a primeira sessão senti algo que nunca tinha sentido na vida – uma diminuição na dor. Na quarta sessão quase me ajoelhei, agradecendo: não sentia qualquer dor”, relata Iracy com lágrimas nos olhos.

O resultado deste tratamento fez com que Iracy Santana começasse a encarar sua vida de outra forma, com uma leveza e esperança nunca antes sentidas. Contudo, para que esse tratamento prolongasse cada vez mais sua qualidade de vida, ela teria que aprender a moderar o estresse diário e todos os aspectos psicológicos que regem a vida de qualquer um de nós. Dois anos e meio após fazer esse tratamento, Iracy passou por diversas dificuldades e vicissitudes em sua vida pessoal, o que originou o regresso de alguns incômodos dolorosos provocados pela Fibromialgia.

Em novembro deste ano (2021), Iracy regressou a São Carlos, à “Clínica MultFISIO Brasil” (parceira do IFSC/USP), para uma nova série de dez sessões. “É verdadeiramente espantoso o resultado deste tratamento, pois logo na primeira sessão o incômodo desapareceu. No fim da série de sessões, a dor sumiu exatamente como aconteceu em 2019”, sublinha nossa entrevistada.

Para o pesquisador do IFSC/USP e coordenador da “Clínica MultFISIO Brasil”, Dr. Antonio Aquino Junior, o último resultado, onde se conseguiu que um paciente fibromiálgico ficasse 300 dias sem dores foi um fato histórico, obviamente ultrapassado por este agora observado na paciente Iracy Santana. “Dois anos e meio sem qualquer tipo de dor provocada pela Fibromialgia é algo extraordinário como resultado deste tratamento. É muito tempo. De qualquer forma, devemos considerar que para conquistar este resultado, o paciente terá que fazer sua parte, ou seja, gerir muito bem sua vida pessoal, familiar e profissional, pois isso também contribui para que os processos dolorosos demorem mais tempo a aparecer. De qualquer forma, é motivo para parabenizar nossa querida Iracy Santana, dizendo para ela que continuaremos sempre ao seu dispor”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de novembro de 2021

“MOVA – São Carlos” na luta contra o analfabetismo – A solidariedade e apoio do IFSC/USP

São 24 núcleos de alfabetização nas áreas rural e urbana do Município de São Carlos, estando inscritos no programa cerca de 270 pessoas jovens, adultas, idosas, pessoas em situação de rua e pessoas com deficiência, além de atender pessoas que vivem no campo e cuja a maior parte está em processo de alfabetização, pois nunca frequentaram a escola.  O projeto envolve pessoas com idade superior a 18 anos, majoritariamente mulheres, que nunca frequentaram a escola ou que deixaram de frequentar há muito tempo, por diversos fatores que afetam a vida a adulta, a maior concentração de estudantes é por mulheres em todos os núcleos.

Resumidamente, este é o objetivo e o trabalho desenvolvido pelo movimento de alfabetização de jovens e adultos de São Carlos, designado “MOVA São Carlos”, um projeto criado em 2002, sobre a regulamentação da Lei Nº12.968 de março 2002, e que desde então está tendo grande relevância para a comunidade, pois possibilita que a população que não teve acesso a leitura e a escrita possa se alfabetizar e adquirir a dimensão instrumental que é de fundamental importância para as vivências sociais.

Dados do IBGE constataram que no Brasil, no ano de 2018, havia cerca de 11,3 milhões pessoas que ainda não sabiam ler e escrever, ou se sabiam não conseguiam compreender o que estava escrito nos textos. Nessa perspectiva, o “MOVA São Carlos” vem atuando e colaborando relevantemente para a diminuição desse índice, pois possibilita investimentos na área da educação de pessoas jovens e adultas.

Profª Maria Alice Zacharias

“O MOVA São Carlos” é um projeto gratuito que surgiu a partir das experiências desenvolvidas em 1989 pelo “MOVA São Paulo” e que teve a participação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e  da Secretaria Municipal de Educação, envolvendo professores voluntários da rede municipal de ensino e da Universidade, que trabalharam juntos para desenvolver apoio e formação dos educadores e educadoras do movimento. Além disso, nessa época foi possível estabelecer uma parceria com o “Brasil Alfabetizado”, onde, a través de vários recursos, foi possível ampliar salas de aula e a formação de educadores e educandos e oferecer o curso de “Inclusão Digital” que era sistematizado, pelas professoras e professores da UFSCar e equipes estudantes da graduação e pós-graduação.

As atuações do “MOVA São Carlos”são voluntárias e gratuitas, ou seja, quem deseja estudar tem atendimento gratuito e material à disposição, como lápis, cadernos, borrachas e apontadores. “A equipe do “MOVA São Carlos” faz o trabalho de campo, ou seja, faz visitas às casas  das pessoas nos bairros e as convida  para se inscreverem no projeto, dando exemplos concretos de quem já se alfabetizou. Esse pré-contato com as pessoas é indispensável, pois a partir dele conseguimos saber quais são suas demandas e necessidades, porque nem sempre elas se sentem encorajadas a frequentar as aulas de imediato. Além disso, proporciona-nos fazer um levantamento prévio em relação ao número de pessoas que estão fora da escola em cada comunidade”, salienta a Profª Maria Alice Zacharias, alfabetizadora e coordenadora do “MOVA- São Carlos”.

Os núcleos são constituídos em espaço cedidos por apoiadores. Assim, cabe ressaltar que é importante que às pessoas tenham acesso ao conhecimento e a equipe MOVA orienta e encaminha as educandas e educandos para que deem continuidade aos estudos, pois compreendemos como é relevante a formação escolar em qualquer etapa da vida.

A solidariedade e o apoio do IFSC/USP

As ações do “MOVA São Carlos”, por serem voluntárias, contam com o apoio de inúmeros parceiros, como, por exemplo: Secretaria Municipal de Educação de São Carlos, Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional (ACORDE), Associação de Apoio Educacional e Social de São Carlos (APRENDER), universidades privadas, USP, UFSCar –  Grupo de Pesquisa Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE), estabelecimentos comerciais, entidades religiosas, assentamentos, acampamentos rurais, centros espíritas, Serviço Social do Comércio (SESC), e particularmente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), conforme explica a Profª Maria Alice. “O Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos de São Carlos (MOVA), diante do isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, tem procurado possíveis soluções para que os estudantes jovens e adultos, possam ter o contato com os conteúdos escolares, para além do atendimento presencial. Nesse sentido, junto com a equipe de educadoras e educadores foi cogitada a possibilidade de transmitir aulas pelo Canal 10 da Net/TV USP e pelo canal YouTube. Sabendo que o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato sempre atua no sentido de contribuir com a sociedade, o “MOVA São Carlos” procurou-o em março deste ano para pedir sua colaboração. Prontamente, o Prof. Bagnato se dispôs a conceder o estúdio de gravação do CEPOF/USP para que fosse possível gravar aulas dedicadas às pessoas jovens e adultas em processo de alfabetização.  Em meados de maio de 2021, as aulas vêm sendo produzidas com a finalidade de proporcionar o compartilhamento dos conteúdos, abrangendo temáticas diversificadas e articuladas com a vida adulta. As aulas são gravadas por educadoras e educadores voluntários, com o apoio da equipe de produção da PROVE, que se encontra ao serviço do IFSC/USP, através dos profissionais Brás José Muniz, Anderson Muniz e Marcel Firmino”, enaltece a professora.

Além disso, a coordenação do “MOVA São Carlos”, junto com uma equipe de educadoras de apoio, vem organizando os cadernos de atividades, articulados com os conteúdos escolares, dedicados a quem não tem acesso aos canais de TV e YouTube. Mesmo com o retorno das aulas presencias, a Profª Maria Alice considera relevante manter as aulas nesses canais, tendo em vista que o isolamento social provocado pela pandemia vem impactando negativamente a vida educacional de muitas pessoas. “Ter o conteúdo escolar disponível no canal do YouTube, por exemplo, é um recurso relevante para que as pessoas possam assistir e rever  os conteúdos, se for necessário”, enfatiza a educadora.

A proposta do “Mova São Carlos” para o ano de 2022 é oferecer à comunidade cursos gratuitos de tecnologias digitais, idiomas, culinária, mecânica, artesanato e cursinho comunitário, entre outros, por meio de parcerias, e implantar o projeto “Horta Solidária”.

A sede do “MOVA São Carlos” está localizada na Av. João Dagnone, nº 7, em São Carlos

Contato – (16) 99235-2190

Facebook – https://www.facebook.com/movasaocarlos/posts/?ref=page_internal

Confira a localização do núcleos do “MOVA São Carlos” AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2021

No IFSC/USP: desenvolvido projeto de pesquisa para o tratamento da Disfunção Temporomandibular (DTM)

Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.

A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crânIo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.

Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.

Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante – o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.

Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca

O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.

Contato: Dr. Vitor Hugo Panhoca:

E-mail: vhpanhoca@msn.com / WhatsApp (16) 98118-9078

Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto

– Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag, (AQUI).

– Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with – Ultrasound and Photobiomodulation Therapy in Patients with Temporomandibular Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery (AQUI).

 – Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters (AQUI)

– Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag, (AQUI)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação IFSC/USP

17 de novembro de 2021

Pós-doutorado no IFSC/USP com bolsa FAPESP – “Filamentos de septinas: estrutura, polimerização e atuação em patologias”

O IFSC/USP está em busca de candidatos excepcionalmente motivados e inovadores para realizar pós-doutorado (com Bolsa FAPESP), junto ao Projeto Temático “Filamentos de septinas: estrutura, polimerização e atuação em patologias”, para desenvolver  projeto usando crio-ME como principal técnica. Ainda, microscopia eletrônica por contrastação negativa, MALS e SAXS, também poderão ser utilizados na determinação do estado de oligomerização, forma e homogeneidade dos complexos de septinas.

Os candidatos devem possuir título de Doutor obtido há no máximo 7 anos e experiência em  purificação de proteínas. Experiência em Biologia Estrutural e Criomicroscopia são desejáveis, mas não é um requisito.

Esta oportunidade está aberta a candidatos de qualquer nacionalidade.

Interessados deverão enviar, até 10/12/2021, para o coordenador do projeto, Richard C. Garratt (richard@ifsc.usp.br), os seguintes documentos para inscrição:

– Carta apresentando seu interesse;

– Um CV resumido, apresentando a formação acadêmica, publicações, e informações que comprovem a sua experiência científica;

– Carta de recomendação.

(Processo FAPESP: 2020/02897-1)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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