Notícias

1 de outubro de 2014

O Processo de Galileu – Herói ou Mártir?

Na mais recente edição do Journal Club, que ocorreu na manhã do dia 1º de outubro, no Anfiteatro Verde (IFSC-USP), o Prof. Dr. Rogério C. Trajano da Costa, docente do ROGERIO_TRAJANOnosso Instituto, ministrou a palestra O Processo de Galileu – Herói ou Mártir?.

Neste seminário, o Prof. Rogério discutiu o processo movido pela Igreja Católica contra Galileu Galilei, no século XVII. Além de ter descrito a situação da ciência e os avanços que motivaram a ação eclesiástica, ele criticou o processo propriamente dito e abordou a influência das personalidades dos participantes sobre o andamento e o resultado.

Docente aposentado do Grupo de Física Teórica, do Instituto de Física de São Carlos, Rogério Trajano é bacharel em física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também obteve seu doutorado em 1966, tendo feito seu estágio de pós-doutorado na Universidade de Rochester, Estados Unidos. Trajano também ministrou aulas no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e na Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Assessoria de Comunicação

1 de outubro de 2014

Trabalho de pesquisadores do IFSC é capa de publicação internacional

A capa da última edição do Journal of Polymer Physics/ Part B destacou o trabalho conjunto realizado por diversos pesquisadores brasileiros, figurando entre eles o pesquisador Daniel Correa, ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e pesquisador do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação, e os docentes do Grupo de Fotônica (GFO-IFSC/USP), Cleber Renato Mendonça e Leonardo Boni.

No trabalho em questão, cuja primeira autora é a estudante Aline Roque (LNNA), os pesquisadores demonstram a fabricação de nanofibras poliméricas contendo MEH-PPV, através de Electrospinning, técnica capaz de produzir nanofibras com diâmetro ajustável para aplicações desde biotecnologia até dispositivos fotônicos.

Para acessar o artigo completo, clique aqui .

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2014

Mudanças poderão acontecer a partir da Fuvest – 2016

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, de 30 setembro, o Pró-Reitor de Graduação da USP e docente do IFSC, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, afirmou que mudanças na forma de ingresso poderão acontecer já a partir da Fuvest – 2016, sendo que as unidades da Universidade de São Paulo já estão discutindo o assunto ao longo desta semana.

Segundo Hernandes, existem diversas ideias, sendo que uma delas é destinar parte das vagas de graduação através do ingresso via ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, não estando excluída a hipótese de adotar outros modelos, como, por exemplo, através de olimpíadas escolares, mas sem descartar a Fuvest.

Contudo, as unidades da USP terão até novembro para apresentar suas propostas à Pró-Reitoria, que posteriormente serão encaminhadas à comissão de graduação e ao Conselho Universitário da USP, órgão máximo da instituição. Se as mudanças forem aprovadas até junho de 2015, elas poderão ser adotadas já para a Fuvest 2016, diz Hernandes na entrevista.

(Com informações do jornal “Estado de São Paulo”)

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2014

Reflexões sobre a USP

O Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) e o Grupo de Pesquisa Qualidade da Democracia do Instituto de Estudos Avançados (IEA) realizam o debate subordinado ao tema Reflexões sobre a Crise da USP, evento que ocorrerá no dia 2 de outubro, às 14 horas, na Sala de Eventos do IEA, em São Paulo.

Os debatedores serão Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP; José Arthur Giannotti, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap); José Eduardo Krieger, da Faculdade de Medicina da USP; José Goldemberg, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP; Elizabeth Balbachevsky e Eunice Durham, do Nupps; e Martin Grossmann, do IEA. José Álvaro Moisés, do Nupps e do IEA, será o moderador do debate.

O evento é gratuito e a participação exige inscrição pelo e-mail clauregi@usp.br.

A Sala de Eventos do IEA fica na rua Praça do Relógio, 109, Bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo.

Haverá transmissão ao vivo em www.iea.usp.br/aovivo

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2014

Vanderlei Bagnato é homenageado pelo IFSC/USP

Devido ao seu intenso e reconhecido trabalho ao longo dos anos nas áreas de óptica e fotônica, que resultaram no desenvolvimento de diversos equipamentos, a maioria deles na área de saúde, com vasto reconhecimento por parte das comunidades científicas VB300nacionais e internacionais, que culminou, recentemente, com sua indicação como membro da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano (2012) e da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (2013), o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, foi homenageado na tarde do dia 26 de setembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, em uma cerimônia surpresa realizada pelo nosso Instituto.

A mesa de honra dessa cerimônia, que reuniu funcionários, alunos, docentes e colaboradores do IFSC, além de diversos dirigentes de Unidades do Campus – USP de São Carlos e de outros convidados, foi presidida pelo diretor do IFSC-USP, Prof. Tito José Bonagamba, tendo sido constituída pelos Profs. Drs. Vahan Agopyan (Vice-Reitor da USP), Vanderlei Bagnato, Monica Dahmouche (ex-aluna de Pós-Graduação do IFSC e atual vice-presidente científica da Fundação de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro), José Guilherme Sabe (Contemporâneo de Graduação – Escola de Engenharia de São Carlos – USP) e Claudio Lenz Cesar (Físico da Universidade Federal do Rio de Janeiro).tb300

Durante a abertura oficial da cerimônia, o diretor do IFSC-USP destacou seu orgulho e satisfação em poder presidir a um evento tão especial quanto aquele, tendo sublinhado e agradecido a presença do vice-reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, bem como todos os nossos colegas das demais Unidades da Universidade de São Paulo. Em um discurso emocionante, a Profa. Monica Dahmouche ressaltou a honra em ter marcado presença na homenagem, tendo feito um retrospecto de sua vida acadêmica, desde quando conheceu o Prof. Vanderlei: Comecei a me questionar quais são os aspectos do Vanderlei que carrego comigo até hoje, não só na minha vida profissional, como também monica250na minha vida pessoal. Monica conheceu Vanderlei em junho de 1988, por ocasião da realização de uma escola de inverno de física e de uma visita ao IFSC – USP. A transparência no entusiasmo do docente pela física marcou Monica Dahmouche até os dias atuais. Quando terminei minha graduação, já sabia que iria escolher o Vanderlei como orientador de meu mestrado e doutorado, que foi uma vitória muito particular, onde pude superar as minhas limitações, tendo o Vanderlei como personalidade crucial para isso, revelou. Tendo atuado durante 13 anos em um grupo de pesquisa sob os auspícios de Vanderlei Bagnato, Monica ressaltou algumas particularidades do docente, tais como a excelência no seu trabalho, sua preocupação com cada estudante, seu esforço profissional, entre outros legados que marcaram a professora e diversos outros alunos e pesquisadores, que tiveram a chance de aprender com Bagnato.Sabe250

Seguidamente, o Prof. José Sabe sublinhou a solidariedade e o lado prestativo de Vanderlei Bagnato. Particularmente, quando um ex-aluno de uma instituição passa a ser docente dela mesma, além de integrar a lembrança e a história, ele se torna parte crucial do amor pelo departamento, disse. Ainda em seu discurso, Sabe destacou a simplicidade e competência inusitada de Vanderlei, pessoa que ele considera como irmão. Hoje me orgulho de ver que meu amigo leva o nome de nosso país ao exterior, de forma muito competente, finalizou.

Na sequência da cerimônia, o Prof. Dr. Claudio Lenz Cesar aproveitou a oportunidade para explicar, aos convidados, sobre as diversas ramificações do trabalho de Lenz250pesquisa que Vanderlei faz no Instituto. Após sua explicação, Claudio parabenizou Bagnato por incentivar e fomentar um belo programa experimental em Física Atômica, Molecular e Óptica no IFSC-USP, tendo também congratulado o docente pelos trabalhos acadêmicos, pelos kits didáticos disponibilizados aos alunos de escolas públicas, que, segundo ele são grandes investimentos na educação básica de nosso país, e também pelo próprio aniversário do docente, comemorado no dia 28 de setembro.

Em seguida, o vice-reitor da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. Vahan Agopyan, saudou o docente homenageado, os diretores das demais Unidades, os integrantes da mesa de honra e todos os presentes. Na ocasião, Vahan sublinhou o orgulho e a felicidade que sente na pessoa de Vanderlei, devido aos seus sucessos obtidos. Vahan250De fato, para nós, da comunidade uspiana, é um orgulho termos um colega ocupando lugares de prestígio. Para a Universidade, o sucesso do Vanderlei é o sucesso da USP. De acordo com o vice-reitor, o homenageado é o exemplo de que fazer boa ciência não significa estar isolado da sociedade.

Quase no final da cerimônia, visivelmente emocionado, Vanderlei Bagnato agradeceu a homenagem. Todos sabem que faço tudo com muita paixão. Não há outra forma de fazermos as coisas, precisamos nos envolver com aquilo que fazemos, principalmente quando assumimos a profissão de educador. Obviamente, quando fui indicado à Academia do Vaticano, fiquei muito surpreso. Mas, independente da religião, é um VBTB325privilégio poder ir a um lugar como aquele, explicou. Em seu discurso, Bagnato fez questão de citar o apoio que sempre recebeu de sua família e de seus amigos, tendo sublinhado aqueles que trabalham e atuam ao seu lado e que fazem parte de seu trajeto profissional. Sucesso é algo muito relativo e eu não consigo enxergá-lo. Tudo o que fazemos é necessário, mas não é suficiente.

Antes do encerramento da cerimônia, o Diretor do IFSC- USP, Prof. Dr. Tito Bonagamba ofertou ao homenageado uma placa comemorativa do evento, confeccionada nas oficinas do próprio Instituto, tendo feito uma breve retrospectiva da carreira de Bagnato, sublinhando as diversas conquistas científicas e títulos do docente. Vanderlei, eu tenho orgulho de ser seu amigo acadêmico e de poder trabalhar em baixo do mesmo teto que você. Agradeço muito por você levar o nome do IFSC com os prêmios que tem alcançado em nível nacional e internacional, finalizou.

Professor Titular da Universidade de São Paulo e atuando na área de Física Atômica e Aplicações da Física nas Ciências da Saúde, o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato concluiu, simultaneamente, o Bacharelado em Física na Universidade de São Paulo e Engenharia de Materiais na Universidade Federal de São Carlos, em 1981, tendo concluído seu doutorado em Física no MIT – Massachusetts Institute of Technology, em 1987. Atualmente, entre outras funções de significativa importância nas áreas acadêmica e científica, de âmbito estadual e nacional, o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato ocupa o cargo de Coordenador da Agência USP de Inovação, possuindo em seu currículo um extenso lote de prêmios e distinções.

Assessoria de Comunicação

29 de setembro de 2014

Biblioteca do IFSC-USP: Café & Informação

A Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos organiza no dia 1º de outubro, entre as 14 e as 17 horas, no Laboratório de Computação do IFSC – USP (Sala-206), situado no edifício do LEF (Laboratórios de Ensino de Física), uma Oficina de Patentes ministrada por Daniel Dias, da Agência de Inovação/USP.

O conteúdo programático desta oficina abordará o conceito de patente, a importância e aplicação do sistema de patentes, bem como a estrutura de um pedido de patente/documento de patente, como se faz a pesquisa patentes, classificação Internacional de patentes e bases de patentes (BRASPAT/INPI, USPTO, Google Patents, Esp@cenet, Derwent Innovations Index), análise de informações de patentes e disponibilização de informação por meio de relatórios e citações de documentos de patentes.

Esta oficina destina-se a docentes, pós-graduandos, funcionários, especialistas e técnicos de laboratório, sendo que as inscrições poderão ser feitas até dia 30 de setembro, através do site http://www.biblioteca.ifsc.usp.br/

Este evento realiza-se em parceria com a Comissão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Científica e Tecnológica – CICT e em comemoração ao 20º Aniversário do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e ao 80º Aniversário da USP.

Assessoria de comunicação

29 de setembro de 2014

Um problema global

Para quem não sabe, a quantidade de água no nosso planeta sempre foi a mesma, tendo um ciclo permanente a que chamamos de “hidrológico”, no qual a água se encontra nas três fases: sólida, líquida e gasosa. Contudo, o grande problema que se coloca nesse tema é que a presença do homem, no planeta, se incompatibilizou com o precioso líquido, ao colocar demandas e pressões de todos os gêneros sobre as reservas aquíferas, especialmente nas águas interiores, doces, superficiais e subterrâneas, que correspondem, aproximadamente, a 2,5% de toda a água que existe no planeta que, como se sabe, é composto por grandes oceanos onde reside a maior parte da água.

O professor e especialista José Galizia Tundisi*, do Instituto Internacional da Água, afirma que existem grandes problemas relativos à quantidade de água no planeta, devido à incidência das atividades humanas e aos usos competitivos da Foz-Do-Iguau-375água, diretamente ligados às águas doces e interiores, tanto superficiais, quanto subterrâneas, mas também há um problema muito sério de qualidade do líquido, que se traduz no conjunto de substâncias químicas e especificações que constituem todo o processo natural, pelos quais a composição química da água ocorre.

Na palestra ocorrida no dia 24 de setembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), no já conceituado programa “Ciência às 19 horas”, Tundisi manifestou sua preocupação em face à deterioração progressiva da água, ocorrida principalmente a partir dos últimos cento e cinquenta anos, especialmente relacionada à existência de metais pesados, substâncias radioativas e tóxicas em geral: com isso, a ameaça é séria quando se fala que a disponibilidade de água está cada vez menor, uma vez que esta qualidade deteriorada implica em custos mais elevados no tratamento, ou até na acessibilidade ao precioso líquido.

Por outro lado, segundo Tundisi, as águas deterioradas têm impactos na saúde humana e, consequentemente, isso também se tem agravado ao longo dos anos. Em face de uma situação muito complexa, já que, adicionadas a essas problemáticas, existem também as mudanças globais que têm produzido desequilíbrios ecológicos, pode-se afirmar que o ciclo já não é o mesmo do passado, com profundas alterações detectadas em algumas regiões em que chovia normalmente, como no caso das nossas, no Brasil, onde tínhamos 1500 milímetros por ano, comparando, por exemplo, com este ano de 2014, em que tivemos, até agora, 1200 milímetros. Existe, de fato, um desequilíbrio ecológico, com grandes volumes de água de precipitação em algumas regiões, e secas severas em outras. Então, todo esse conjunto nos leva a uma situação de extrema vulnerabilidade da espécie humana, com relação à água, explica Tundisi.

Todavia, ainda existe outra componente que não está muito bem clara, quer para os economistas quer para a população, que é a questão de se saber qual é a quantidade de água que é necessária para manter o planeta funcionando, sem que se leve em conta os usos múltiplos da água pelo homem – a água necessária para manter os ecossistemas, para manter as plantas, para as atividades humanas, enfim, para manter todos os ciclos. É uma questão importantíssima ainda não respondida, até porque isso é o que mantém o fluxo da vida e dos nutrientes, o que agrava o sentimento de preocupação dos especialistas. A situação é bastante preocupante e é preciso que se tomem providências muito rápidas, no sentido de conservar mais água e, além disso, utilizar menos água nos volumes diários e em todas as atividades da água, sua reciclagem e reutilização. São medidas que devem ser tomadas de forma muito rápida, para que essa situação não se agrave, alerta nosso entrevistado.

Com o planeta sendo agredido dessa forma, o Brasil acaba por sofrer consequências diretas graves, já que, como já dissemos acima, o país possui áreas onde chove muito e outras onde não chove absolutamente nada, causando impactos negativos à sociedade e à economia. Será que essa disparidade poderá ser atenuada ou resolvida, politicamente? Para Tundisi, a resposta é afirmativa, desde que a diminuição ou resolução do problema passe por um processo de gerenciamento de alto nível, que envolva atividades e projetos estratégicos para o país. A solução do problema está além de qualquer ideologia política. É um projeto estratégico nacional do qual depende muito o futuro do país. Repare nas consequências desta seca de 2014, que ainda não são conhecidas em todos os seus contornos e em todas as suas diferentes rotas. Por exemplo, a falta de água levou a hidrovia do Tietê a ficar paralisada e isso teve como consequência um corte de cinco mil postos de

TUNDISI500

trabalho, já para não falar nos imensos transtornos logísticos e aumento dos custos causados pela falta de transporte de milhões de toneladas de grãos que eram transportados por essa hidrovia e que hoje são transportados por terra, sendo necessários dez mil caminhões para deslocar esse mesmo volume de grãos. Ou seja, há um complexo problema de economia, poluição e contaminação e, portando, os efeitos diretos e indiretos de todo esse conjunto problemático não são conhecidos, complementa o pesquisador. Grave, também, é o fato da população ainda não ter compreendido a complexidade de todo esse problema, resumindo a questão à falta água nas casas, quando o assunto mais sério é a saúde pública, entre outros fatores relacionados com a qualidade de vida.

Tomando o exemplo de Israel, que conseguiu implantar medidas efetivas de gerenciamento de água através de grandes investimentos, de ciência e tecnologia de ponta, o Brasil também já poderia ter alcançado meta semelhante, segundo nosso entrevistado, se tivesse investido mais. Por exemplo, Israel investiu muito na dessalinização da água do mar e na construção de dutos para transporte e circulação de água, medidas essas que resolveram os sérios problemas que existiam, por exemplo, para o cultivo de plantas em áreas áridas. Inclusive, Israel tem tanques-rede de peixes em pleno deserto, com água dessalinizada, ou seja, há um investimento em tecnologia, que é preciso ser pensado para o Brasil, focando em duas vertentes importantes: a primeira é o investimento em tecnologias, em novas formas de tratamento de água e outros mecanismos, e, a segunda, a perspectiva de investimento em hard-science referente à água, como, por exemplo, a dessalinização, aplicando nanotecnologia ou outras novas tecnologias que permitam baixar os custos da dessalinização, não estando descartada a transposição (bem feita) de águas entre bacias, algo que é muito comum em países como China e Índia. Isso tem ajudado a minimizar os impactos da escassez, pontua Tundisi.

Na opinião do pesquisador, o Brasil tem que investir pesadamente em ciência e tecnologias voltadas à água, não só para conhecer os sistemas aquáticos e todos os seus funcionamentos, mas principalmente para resolver e solucionar problemas de abastecimento, de usos competitivos etc. Contudo, Tundisi admite o sucesso alcançado pelo Brasil no que diz respeito à governança da água. Nós temos uma lei avançada relativa aos recursos hídricos, aprovada em 1997, que tem um papel importante, porque ela deserto350sinaliza claramente a gestão por bacias hidrográficas e isso tem estimulado os comitês de bacias, fazendo com que a governança da água tenha melhorado bastante, mas mesmo assim é preciso que esses comitês sejam instrumentalizados por bases tecnológicas e científicas, de tal forma que eles possam, a partir daí, fazer um planejamento estratégico para cada bacia. O ideal é que estivesse bem clara e definida a disponibilidade, a demanda presente, demanda futura e os usos múltiplos de cada bacia hidrográfica, tendo em vistas as populações que cada uma delas serve, no sentido de se fazer um planejamento de longo prazo, incluindo todo esse conjunto de usos múltiplos, mudanças globais e escassez, para que se pudesse realmente ter uma gestão das águas, de uma forma mais adequada, completa o entrevistado, acrescentando que se existe uma crise de água no planeta e uma crise de governança, será necessário conciliar as duas, por forma a se atingir patamares mais adequados de disponibilidade de água.

Quanto ao processo de dessalinização, o professor Tundisi alega que, se ele fosse implementado no Brasil, resolveria, por exemplo, a problemática existente em todo o litoral nacional e, com isso, haveria água suficiente para abastecer o interior. Embora as preocupações sejam latentes, o certo é que ainda existe esperança. Temos água suficiente no Brasil, só que essa água não está bem distribuída. Enquanto na Amazônia tem um rio que descarga 225 mil metros cúbicos de água por segundo, diretamente no Oceano Atlântico, com uma população escassa, o sudeste tem uma população muito maior e muito mais atividade econômica e muito menos água disponível.

*José Galizia Tundisi é, atualmente, professor titular aposentado da Universidade de São Paulo e atua na pós-graduação da Universidade Federal de São Carlos, orientando mestres e doutores. É presidente da Associação Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental (IIEGA) e pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia (IIE). É professor convidado do Instituto de Estudos Avançados da USP e professor titular da Universidade Feevale (Novo Hamburgo RGS), atuando no curso de pós-graduação em Qualidade Ambiental. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e do “staff” do Ecology Institute- Excellence in Ecology ( Alemanha). É especialista em Ecologia, Limnologia, com ênfase em Gerenciamento Recuperação de Ecossistemas Aquáticos. Atuou como consultor em 40 países nas áreas de Limnologia, gerenciamento de recursos hídricos, recuperação de lagos e reservatórios e planejamento e otimização de usos múltiplos de represas. Atualmente, dirige programa internacional mundial de formação de gestores de recursos hídricos para o IAP (InterAcademy Panne l- que representa 100 Academias de Ciências), sendo consultor de vários Projetos de Gestão de Recursos Hídricos a cargo do Instituto Internacional de Ecologia e de Gerenciamento Ambiental. Tem 30 livros publicados e 1 livro no prelo, foi presidente do CNPq – Brasil (1995-1999) e presidente do projeto Institutos do Milênio. Tem 320 trabalhos científicos publicados e prêmios no Brasil no exterior. Orientou 40 mestres e 35 doutores nas áreas de Ecologia, Limnologia, Oceanografia, Gestão de Recursos Hídricos e Gestão Ambiental. Foi assessor do Ministro de Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sandenberg, de 1999 à 2001. Foi presidente do Programa Institutos do Milênio do Ministério de Ciência e Tecnologia. Em 1999, fundou a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Econômico em São Carlos.

Assessoria de Comunicação

26 de setembro de 2014

Vagas abertas para mini cursos gratuitos

O Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) está com inscrições abertas para dois mini cursos gratuitos que ocorrerão nas dependências da Unidade nos meses de setembro e outubro.

Mini curso “Método de Rietveld”

Ministrantes: Carlos de Oliveira Paiva Santos e Selma Gutierrez Antonio (Instituto de Química da Unesp)

Data: 30/09 e 01/10

Número de vagas: 30

Local para inscrição: setor de eventos da CCex do IQSC, mediante o preenchimento de ficha de inscrição

Para informações adicionais, clique aqui.

Mini curso “Introdução ao planejamento de experimentos”

Ministrante: Eduardo Bessa Azevedo (IQSC/USP)

Data: 29/09 a 03/10

Número de vagas: não informado

Local para inscrição: www5.iqsc.usp.br/eventos

Para informações adicionais, clique aqui.

Com informações da assessoria de comunicação do IQSC

Assessoria de Comunicação

26 de setembro de 2014

Indirect dark matter search with the AMS-02 experiment

Ocorreu no dia 26 de setembro, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), mais uma edição do programa Colloquium diei, desta vez, com a palestra Indirect dark matter search with the AMS-02 experiment, ministrada pela Profa. Manuela Vecchi, do Instituto de Física de São Carlos.

No mês de setembro,manuela2-300 um dos mais renomados laboratórios de pesquisa do mundo, o European Organization for Nuclear Research – CERN apresentou um importante dado: Através do experimento AMS-02, os pesquisadores do laboratório mostraram que um possível sinal da matéria escura, nunca observada diretamente até o momento, pode estar ao alcance dos cientistas. Devido à importância desse estudo, a revista Physical Review Letters (PRL), da American Physical Society (APS), publicou um artigo referente à pesquisa.

De acordo com os pesquisadores, a matéria escura, um tipo de matéria que não absorve nem emite luz, pode ser cerca de cinco vezes mais prevalente do que a regular. Nesse contexto, a Profa. Manuela discutiu, de maneira didática, os resultados publicados na PRL.

Manuela Vecchi possui doutorado em física pela Università degli Studi di Roma La Sapienza, Itália, pós-doutorado pelo Laboratoire d’Annecy-le-Vieux de Physique des Particules, França, e pela National Central University, China.

Assessoria de Comunicação

26 de setembro de 2014

Desvendando as lesões orais pelo uso da fluorescência tecidual

Sérgio Araújo Andrade, especialista em fluorescência óptica para SERGIO250diagnóstico de lesões bucais, ministrou, no último dia 25 de setembro, pelas 17h, na sala de seminários do Grupo de Óptica do IFSC-USP, a mais recente palestra promovida pelo citado Grupo.

Em sua apresentação, intitulada Desvendando as lesões orais pelo uso da fluorescência tecidual, Sérgio discutiu os métodos atuais de diagnóstico de câncer bucal, em especial, alguns aspectos relacionados ao uso clínico da fluorescência na análise de lesões bucais.

Sérgio Araújo Andrade é cirurgião-dentista e especialista em prótese dentária pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Assessoria de Comunicação

26 de setembro de 2014

FAPESP seleciona projeto do IFSC

O projeto intitulado “Establishing of a joint X-ray crystallographic pipeline for structural analysis of membrane transporters”, que será coordenado pelos docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Igor Polikarpov e João Renato Carvalho Muniz, figura como um dos seis projetos aprovados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) na chamada de trabalhos que teve como principal objetivo cooperação científica entre universidades brasileiras e britânicas. Para o desenvolvimento do projeto em questão, a universidade britânica que atuará como parceira será a University of Birmingham (Inglaterra), através do pesquisador Vassiliy Bavro.

Joao_Renato-_FAPESPEmbora com um título extenso e, para alguns, de difícil compreensão, o projeto apresenta uma proposta que tem como foco o aprimoramento e, inclusive, sustentabilidade na produção de etanol de 2ª geração. Seu principal alvo é a resolução das estruturas proteicas que compõem membranas de bactérias gram-negativas.

Certas proteínas de membranas das bactérias gram-negativas controlam a entrada e saída de quaisquer substâncias na bactéria, e algumas dessas proteínas, com formato de poro, têm capacidade de romper a celulose, principal constituinte das paredes celulares das plantas. “A celulose, quando degradada, gera grande quantidade de glicose. Após o emprego de alguns processos químicos realizados durante etapas de pré-tratamento da biomassa, naturalmente algumas bactérias e fungos são capazes de degradar a celulose que, posteriormente, pode ser transformada em etanol”, explica João Renato. “O cerne de nosso trabalho é, justamente, compreender esse processo de quebra da glicose por fungos e bactérias, porém do ponto de vista estrutural”.

Atualmente, para produção de etanol, usineiros aproveitam somente o suco extraído da cana de açúcar, enquanto o bagaço, que também oferece a matéria-prima desejada para produção do combustível, é jogado fora ou queimado. “As usinas produtoras de etanol de 2ª geração querem que sua produção seja baseada em biomassa, que pode ser convertida em açúcares fermentáveis”, elucida o docente. “A partir disso, não só o bagaço da cana entraria como matéria-prima, mas também restos de plantas, como folhas, galhos etc.”.

As chances de concretização

No projeto conjunto IFSC/Birmingham, a análise é trabalhosa e minuciosa. João Renato conta que a proposta reúne tecnologia do estado da arte e conhecimentos disponíveis no Instituto de Microbiologia e Infecção (IMI) e no Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC, do qual João Renato faz parte. “Com base na cooperação fortemente sinérgica, esse trabalho irá proporcionar novas descobertas na biologia estrutural no estudo de alvos de suma importância, como os de proteínas de membrana”, explica o docente, afirmando que os resultados conseguidos poderão revolucionar a maneira de se produzir etanol.

O prazo da FAPESP para apresentação de resultados é de dois anos. Durante esse tempo, a Fundação oferecerá apoio financeiro e de infraestrutura. Com esse cronograma relativamente apertado, João Renato diz que alguns alvos já foram selecionados. “Essa é uma pesquisa inédita no Brasil. Isso foi, inclusive, um dos grandes apelos do projeto: sediaremos o primeiro Centro dedicado ao estudo de proteínas de membranas”, comemora o docente.

Ele diz que a grande realização pelo projeto do IFSC ter sido selecionado pela FAPESP é que se trata de uma chamada com grandes chances de se tornar, num futuro próximo, um estudo grande e com muitos envolvidos, inclusive a nível mundial. “Nessa pré-chamada, a FAPESP selecionou os projetos que considera promissores. Depois de dois anos, aqueles que apresentarem resultados satisfatórios receberão um apoio ainda maior, inclusive financeiro. Faremos todo possível para permanecer entre os selecionados”, conclui João Renato.

Para conhecer os outros cinco projetos aprovados, clique aqui .

Assessoria de Comunicação

25 de setembro de 2014

Pesquisador da Stanford University ministra seminário no IFSC-USP

No dia 25 de setembro, pelas 11h, na sala F210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), decorreu mais um Seminário Especial do Instituto, desta vez, com a palestra Correlating Thin Film Microstructure and Crystallization to Efficient Charge Percolation in Semiconducting Polymers, ministrada pelo pesquisador Duc Trong Duong, do Derpartment of Materials Science and Engineering, da Stanford University, Estados Unidos.

Um dos maiores desafios na área de polímeros semicondutores é a compreensão fundamental da cinética de cristalização e crescimento de filmes finos. As dificuldades enfrentadas por esses estudos decorrem dos curtos tempos de cristalização inerentes a esses materiais e das técnicas relativamente lentas disponíveis para a caracterização de microestruturas em nanoescala.

Para superar essas limitações, Duc Trong optou por investigar o Duc-300polímero poli (3-ethylhexylthiophene) (P3EH). Devido ao seu baixo ponto de fusão, o P3EHT exibe uma cinética de cristalização lenta quando arrefecida à temperatura ambiente, a partir do material fundido, o qual é uma propriedade rara entre os polímeros semicondutores. Assim, o jovem pesquisador realiza análises quantitativas dos padrões de difração de Raios-X e de absorções ópticas.

Durante suas pesquisas, Duc descobriu que os crescimentos de agregados individuais e cristais ao longo das três direções de embalagens são realmente anisotrópicas e apresentam diferentes taxas de crescimento. Sendo assim, em sua palestra ele mostrou que a cinética de cristalização depende de um número de parâmetros, incluindo a espessura da película, os pesos moleculares e temperaturas de têmpera, o que é atribuído a todos os efeitos da cadeia de confinamento. Por fim, Duc correlacionou a evolução da microestrutura de propriedades eletrônicas e de transporte de carga.

Duc realizou seu bacharelado em Química na University of California, Santa Bárbara, e atualmente é estudante de pós-graduação no Department of Materials Science and Engineering, da Stanford University. Seus interesses de pesquisa incluem alinhamento de semicondutores orgânicos para estudos de transporte de carga anisotrópicos e realização de vários experimentos de difração de Raios-X no Stanford Synchrotron Radiation Laboratoy (SSRL).

Assessoria de Comunicação

25 de setembro de 2014

Cristalografia de parabéns

Terminou no dia 24 de setembro último, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), o Latin American Summit Meeting on Biological Crystallography and Complementary Methods, o maior evento científico latino-americano inserido nas comemorações do Ano Internacional da Cristalografia, promovido pela UNESCO e pela União Internacional de Cristalografia.

Cento e dez pesquisadores, oriundos de nove países latino-americanos, debateram sobre as diversas pesquisas que se realizam na área da cristalografia biológica, ou seja, na área dedicada aos estudos de cristais de proteínas que contribuem para a compreensão do surgimento e progressão das doenças, tendo como foco o desenvolvimento de novos fármacos.

Escolhido como sede deste encontro, devido ao fato de ser o país que realiza maior número de pesquisas em cristalografia na América Latina, o Brasil contribui decisivamente para que avancem, de forma exponencial, as pesquisas na área, “puxando” não só o desenvolvimento científico nos outros países inseridos na sua área geográfica, como outros que ainda apresentam déficits na elaboração de estudos diretos ou correlacionados, como são os casos dos pertencentes á Ásia, bem como na África do Sul, estimando-se que, nas últimas décadas – segundo reportagem publicada pela FAPESP -, os cerca de vinte grupos de pesquisa existentes no nosso país tenham desvendado a estrutura de aproximadamente 400 macromoléculas.

Em entrevista à FAPESP, o pesquisador do IFSC-USP, Prof. Dr. Richard Garratt, sublinhou o esforço que esses grupos de pesquisa têm feito, não só para desenvolver novos fármacos, tendo como base os estudos de proteínas através da cristalografia, de parasitas responsáveis por doenças tipicamente tropicais, mas também outros tipos de pesquisas, como proteínas de vírus, bactérias e plantas, para diversas finalidades.

Para o docente do IFSC-USP e Presidente do CNPq – Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Prof. Dr. Glaucius Oliva, o aumento significativo de publicações de trabalhos científicos na área de cristalografia, se deve, também, à inauguração (1997) do Laboratório Nacional de Luz Sincroton (LNLS) – único na América Latina – e que se encontra instalado no CNPEM. Sublinhe-se o fato de que, entre 1990 e 2013, os pesquisadores publicaram cerca de 14.500 estudos relacionados com a cristalografia.

Uma das presenças mais importantes neste evento foi a da pesquisadora israelense Ada Yonath, vencedora do Prêmio Nobel da Química em 2009 – conjuntamente com Venkatraman Ramakrishnan e Thomaz Steitz -, com um trabalho de identificação da estrutura do ribossoma e a forma como ele é interrompido por antibióticos. Também em declarações à FAPESP, Ada Yonath enfatizou que a cristalografia congrega diversos problemas multidisciplinares, daí o fato de ela atrair pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, como físicos e químicos, tendo como foco encontrar soluções para os problemas que são apresentados.

(Com informações da Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação

24 de setembro de 2014

A Layman’s Guide to the Multiconfigurational Time-Dependent Hartree Method for Bosons

Ocorreu no dia 24 de setembro, pelas 13h, na Sala F210 (IFSC-USP), mais um seminário do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, ministrado pelo Dr. Axel U. J. Lode, do Department of Physics, da University of Basel, Suíça.

Axel2-250Esta palestra, intitulada A Layman’s Guide to the Multiconfigurational Time-Dependent Hartree Method for Bosons (MCTDHB), terá mais duas edições, que acontecerão nos dias 30 de setembro e 01 de outubro, no mesmo local e horário da primeira apresentação.

No seminário ocorrido no dia 24, Axel abordou as soluções numericamente exatas da equação de Schrödinger para diversos bósons que, com o desenvolvimento de MCTDHB, se tornaram disponíveis a um amplo conjunto de problemas. Além disso, ele descreveu a dinâmica de bósons através da condensação, fragmentação e transição dessas fases.

Fundada em 4 de abril de 1460, a University of Bale, Suíça, é reconhecida internacionalmente pela formação nos campos de teologia, direito, medicina, ciências humanas e exatas, administração e economia, e psicologia.

Assessoria de Comunicação

24 de setembro de 2014

Britânicos entusiasmam-se com possível parceria com IFSC-USP

Uma matéria publicada no último dia 10 de setembro, no site da University of Bath, Grã-Bretanha, deu destaque à visita de duas integrantes do Centro de Língua Inglesa daquela universidade ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), enfatizou o entusiasmo manifestado na citada matéria (LEIA AQUI) pelo Prof. Colin Grant, Pró-Reitor daquela instituição europeia, quanto a uma possível parceria entre a sua universidade e o nosso Instituto.

A eventual colaboração entre as duas universidades deve-se à criação do Centro Uni_of_bathInternacional de Redação, idealizado pela University of Bath, por meio de parcerias com diversos departamentos de todo o mundo. De acordo com a matéria, Colin Grant afirma estar bastante esperançoso com a aproximação das duas instituições: Estou muito contente em sentir que pode dar frutos essa potencial colaboração com o Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, no estabelecimento do Centro. Isso será um desenvolvimento muito emocionante e contribuirá significativamente com o perfil internacional que a Universidade de São Paulo tem, revela.

Magdalen Ward Goodbody, que visitou o IFSC-USP ao lado de Jackie Dannatt, conta que sempre visou oferecer as opções de presença física e virtual no Centro Internacional de Redação e que a visita realizada no Brasil, em agosto último, serviu para dar o “pontapé inicial” em ambos os modelos. Assim, a iniciativa abordará três áreas principais: uma pesquisa conduzida por alunos em escrita acadêmica; suporte aos acadêmicos no âmbito do conhecimento e habilidade de escrita; e orientação e apoio aos estudantes no início de suas carreiras.

Retrospectiva da visita

Na tarde do dia 13 de agosto, por intermédio do Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, vice-diretor do IFSC-USP, Magdalen e Jackie ministraram o “Workshop de Escrita Científica” (CLIQUE AQUI PARA VER A NOTICIA), que ocorreu na Sala da Congregação, no nosso Instituto, onde as especialistas enfatizaram, aos alunos de pós-graduação e a pesquisadores de Maggie_Ward_Goodbodyx_Professor_Dr_Osvaldo_Novais_De_Oliveira_Jr._x_Jackie_Dannattpós-doutorado, a importância de escrever artigos em inglês.

Durante a visita ao Brasil, as integrantes da University of Bath foram recepcionadas pelo atual presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, Prof. Dr. Raul Machado Neto, tendo as visitantes analisado o plano da Universidade de São Paulo em aprimorar o conhecimento de inglês de seus estudantes de graduação.

Ainda no âmbito desta visita, realizaram-se diversas discussões com docentes da USP, explorando uma série de oportunidades existentes na Universidade de São Paulo, no âmbito de colaborações, sendo que o tema mais comum que emergiu dessas discussões foi relativo à necessidade de mais professores de escrita inglesa. Uma série de ideias foi discutida para explorar a possibilidade de abordar essa carência, por meio de cursos tradicionais, ou online, tanto na USP, quanto na University of Bath. Atualmente, Jackie mantém contato constante com o Prof. Osvaldo, com a finalidade de avançar com propostas e uma série de atividades colaborativas com o Brasil.

Assessoria de Comunicação

23 de setembro de 2014

Pesquisador da Technische Universität Darmstadt apresenta seminário no IFSC-USP

O Prof. Heinz von Seggern, da Technische Universität Darmstadt (TU Darmstadt), Alemanha, realizou um seminário especial na tarde do dia 23 de setembro, na sala 146 Heinz1-250(Prédio LEF) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).

Nesta palestra, promovida pelo Grupo de Polímeros do IFSC, o docente destacou o conhecimento que se tem atualmente da degradação elétrica durante o descanso dos diodos emissores de luz à base de polímeros, tendo sublinhado também as propriedades de transporte, tais como a mobilidade dos portadores de carga e vida útil dos dispositivos, entre diversos outros aspectos.

Heinz von Seggern possui graduação em física pela University of Hannover, Alemanha, doutorado também em física pela Technische Universität Darmstadt e pós-doutorado pelo Bell Laboratories, Estados Unidos. Desde 1997, é professor titular da TU Darmstadt, onde atua com transporte de carga, espectroscopia óptica e física de baixa temperatura, entre outros temas.

Assessoria de Comunicação

23 de setembro de 2014

Seleção de bolsistas para pós-doutorado

O Núcleo de Pesquisa em Óptica e Fotônica (NAPOF) abriu edital para seleção de bolsistas de pós-doutorado para atuar junto aos projetos de pesquisa do Núcleo em questão.

Os interessados deverão se inscrever até 1º de outubro e cumprir os seguintes pré-requisitos: ser pesquisador com título de doutor em áreas compatíveis às anunciadas no edital, não ter vínculo empregatício, dedicando-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa, ser indicado pelo supervisor depois de selecionado e apresentar o currículo atualizado e publicado na plataforma Lattes.

As inscrições deverão ser feitas através do e-mail secretariago@ifsc.usp.br para o qual os inscritos deverão enviar seu currículo Lattes e uma descrição dos interesses de pesquisa.

Assessoria de Comunicação

22 de setembro de 2014

Curso do IFSC está na vanguarda do conhecimento

Pode-se afirmar, com garantia, que o Curso de Física Computacional do IFSC-USP é único no país, segundo opinião do docente e pesquisador do nosso Instituto, Guilherme Sipahi. De uma maneira bem ampla, temos hoje três grandes áreas em Física: Física Experimental, fisiccomp-300Física Teórica e Física Computacional. Em suma, na Física, cada vez mais a teoria e a experimentação necessitam de ferramentas computacionais eficientes e estes métodos se tornaram tão complexos, que, físicos com uma formação em temas de computação, se tornaram essenciais. Isto é o que torna o curso de Física Computacional do IFSC-USP algo verdadeiramente fantástico, veja-se o currículo do mesmo. Não é pretenciosismo afirmar-se que a dinâmica do IFSC-USP deu origem a dois cursos igualmente dinâmicos fora das áreas tradicionais da Física – biofísica e física computacional -, mantendo, porém, um bloco homogêneo dentro da instituição. Todavia e segundo Sipahi, quando se compara o Curso de Física Computacional com outros parecidos, existentes em outras universidades do país, aí ninguém bate o IFSC-USP, já que seus alunos são, em comparação com os restantes, aqueles que saem mais bem formados e que estão prontos para desenvolverem a computação em qualquer modelo de física, em qualquer área profissional. Existem alunos formados no IFSC-USP por todo o país e estrangeiro, em áreas como, por exemplo, em grandes empresas de consultoria, já para não falar de egressos do Instituto na Catho, no Grupo Folha, no Portal UOL, no mercado financeiro, na Google, na área petrolífera, em medicina, em bancos nacionais e internacionais, na Microsoft, etc.. Contudo, conforme sublinha o Prof. Guilherme Sipahi, se observarmos mais de perto, por exemplo, para a cidade de São Carlos, encontramos egressos do Instituto trabalhando em empresas de tecnologia de ponta – definindo materiais que o cidadão comum utiliza, até fazendo programas dos quais dependem a comercialização de produtos. Na Embrapa, por exemplo, temos alunos que desenvolveram projetos agropecuários e é impressionante observar como um estudante nosso trabalha nas diversas etapas, por exemplo de análise de solo, obtendo um espectro com um aparelho simplificado que o joga num programa simples e rápido de modo que, com um laptop, possa saber, exatamente, qual é a composição de determinado solo. Esse tipo de coisa é o que faz a diferença. No Brasil, nós temos Física Teórica em todo canto, experimental também nas mais diversas áreas, agora, não temos em lugar nenhum do país o cabedal de conhecimento que temos aqui no IFSC-USP em Física Computacional, sublinha Guilherme Sipahi.

No contexto internacional, gui325o panorama também é muito positivo, pois existem muitos ex-alunos do IFSC-USP trabalhando, principalmente nos EUA, existindo, entre outras, uma razão simples apontada por Sipahi que justifica, até certo ponto, o motivo pelo qual os jovens egressos se sentem atraídos pelo exterior: a não existência de uma cultura de desenvolvimento no país, quando, em contraponto, a Microsoft faz desenvolvimento no Brasil. Não precisamos apenas só das empresas grandes. As empresas pequenas podem fazer desenvolvimento de coisas interessantes, já que tem muito egresso fazendo doutorado em matemática ou em engenharia, em temas interdisciplinares correlatos, utilizando os nossos conhecimentos, pontua o docente.

Quanto ao futuro da Física Computacional, Sipahi afirma que a tendência é as Físicas Teórica e Computacional se mesclarem em breve. Hoje, por exemplo, uma parte muito importante da física teórica tradicional já é feita usando programas como o Mathematica e o Maple, que simplificam a análise algébrica e integram o cálculo computacional a ela. E essas ferramentas estão cada vez mais fáceis de usar. Mas, quando você precisa usá-las de maneira eficiente, isso só é possível se você tiver um conhecimento maior de computação que, em geral, não é ensinado em outros lugares, mas aqui no IFSC-USP nós lecionamos, salienta Sipahi, acrescentando que mesmo os alunos da física tradicional do Instituto se beneficiam da cultura da física computacional do mesmo. Isso é uma coisa que não podemos esquecer, porque os alunos da física tradicional têm colegas na física computacional. Quando eles precisam fazer alguma coisa que tem a ver com computação, consultam os colegas e acabam tendo uma interface muito grande e esse conhecimento se dissemina mesmo que não fique claro que venha da física computacional, como cultura local, enfatiza o docente.

Já no aspecto relacionado com o conhecimento do Curso de Física Computacional do IFSC-USP, Guilherme Sipahi é de opinião que falta alguma propaganda, principalmente entre os candidatos aos cursos. Na opinião do docente e pesquisador, existe a necessidade de dar a conhecer este curso de forma mais abrangente e direta, já que quando o aluno se depara com a física computacional, acha que está fazendo alguma coisa que é computação voltada à COMPUTACAO325física, quando, na verdade, a física computacional é a física em que o profissional tem as ferramentas de computação estabelecidas. Resumidamente, Sipahi afirma que o IFSC-USP tem que mostrar que a Física Computacional não é uma parte da física para quem gosta da computação, mas que é uma necessidade e abre o leque de temas em que se pode trabalhar. Se você sai da física sabendo bem física computacional, você poderá trabalhar em diversas áreas que não estão diretamente relacionadas à Física: modelamento econômico e ambiental, diversas áreas que têm a ver com estatística ou modelamento de dados em geral. Claro que ninguém sai da física sabendo tudo em todas as áreas, já que você sempre terá que estudar alguma coisa a mais, mas é a base fundamental, afirma Sipahi, que sublinha o fato de haver outro lado da física computacional que é muito importante no Instituto, referindo-se, neste caso, à área de instrumentação. Com efeito, alunos do Instituto interrompem seu mestrado ou doutorado para ingressarem no setor produtivo, isso porque têm hipótese de ganhar um salário maior que o de um pós-doc, exatamente porque conhecem técnicas de computação e com elas podem fazer coisas novas e diferentes. Para Sipahi, essa captação de valores é um motivo de orgulho para o Instituto, por eles estarem fazendo a diferença no mercado de trabalho, em áreas de programação paralela ou computação reconfigurável, ou instrumentação científica de maneira mais ampla, mas é também, simultaneamente, um motivo de tristeza, porque a instituição está perdendo contato precocemente com alguns de seus melhores alunos, não tendo encontrado ainda um caminho eficaz para explorar esse potencial de divulgação. O pessoal tem vindo buscar esses alunos aqui no Instituto, exatamente porque sabe que no IFSC-USP temos esse conhecimento disseminado com extremo sucesso há aproximadamente 25 anos e as pessoas têm aprendido a usá-lo muito bem, finaliza o docente do IFSC-USP.

Assessoria de Comunicação

19 de setembro de 2014

Cursos on-line gratuitos no portal Coursera

Um evento realizado no dia 17 de setembro anunciou o estabelecimento de uma parceria firmada entre a USP, a Unicamp e a Coursera, uma das mais importantes plataformas de cursos on-line gratuitos do mundo. As duas universidades paulistas são as primeiras instituições de ensino brasileiras a se tornarem parceiras do citado portal, sendo que o projeto tem o objetivo de desenvolver os primeiros cursos on-line em língua portuguesa, voltados especialmente para estudantes brasileiros, sobre assuntos de grande demanda, como, por exemplo, empreendedorismo e finanças.

Para o reitoron Marco Antonio Zago, a parceria representa uma importante contribuição social, já que abre um canal para uma grande gama de cursos que podem ser acessados gratuitamente pelos estudantes, em escala global. Uma instituição pública como nossa Universidade, em um país como o Brasil, precisa ser mais abrangente e inclusiva para alunos e profissionais em diferentes níveis. A USP é referência não apenas no ensino, mas também na pesquisa, extensão e atividades culturais. Estou convencido que uma instituição pública deve ser cada vez mais acessível a todos, comentou Marco António Zago.

Já para a cofundadora e presidente do Coursera, Daphne Koller Desde o lançamento do novo portal, há cerca de dois anos, estamos impressionados e sensibilizados pelo enorme número de alunos no Brasil que já enriqueceram seus currículos, frequentando nossos cursos, afirmou.

Juntamente com a USP, a Unicamp e a Fundação Lemann, os responsáveis pelo Coursera esperam oferecer uma ampla gama de cursos das melhores universidades do mundo, para dar oportunidade de desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional aos brasileiros e estudantes de língua portuguesa, de todos os lugares.

Além da presença da presidente do Coursera, Daphne Koller, o evento contou com a participação do pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger; do pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, João Frederico da Costa Azevedo Meyer; e do presidente da Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann.

O pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger, ressaltou que, no Brasil, além da pesquisa e produção de conhecimento, a universidade pública também desempenha um importante papel social, mas há limitações para seu crescimento, tendo sublinhado que com a plataforma, a universidade tem a oportunidade de atingir milhares de pessoas, aprofundando o contato não apenas com o público brasileiro, mas também com estudantes de países vizinhos.

Após os anúncios, uma mesa-redonda discutiu diversos tópicos, como o impacto das novas tecnologias de ensino, o novo papel do professor, os Massive Open Online Courses (Moocs), as ferramentas de avaliação e os certificados dos cursos on-line.

Primeiros cursos

Os quatro primeiros cursos produzidos pela USP já constam no portal: “Fundamentos e Linguagem de Negócios (The Blue Side Up)”,”História da Contabilidade”, “O Sistema Previdenciário Brasileiro: Características e Aspectos Distributivos” e “Origens da Vida no Contexto Cósmico”. As informações sobre os cursos já estão disponíveis no site e a previsão é que comecem no início do próximo ano.

Para o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Edgard Cornacchione (que é instrutor de dois dos cursos anunciados, nomeadamente, “Fundamentos e Linguagem de Negócios e História da Contabilidade”, este último ministrado em parceria com o professor da Griffith University, da Austrália, Alan Sangster), diferentemente do que acontece nas aulas da Faculdade – em que os estudantes já são interessados e possuem conhecimentos na área –, os cursos on-line estão sendo desenvolvidos para um aluno que não é necessariamente iniciado no assunto. Isso vai ajudar a atrair mais gente para a área de economia e negócios, transmitir conhecimento e também divulgar o nome da Universidade.

Coursera

O Coursera é uma das mais importantes plataformas de cursos on-line gratuitos do mundo, combinando os princípios da aprendizagem tradicional com vídeo aulas, conteúdo interativo e a interação com uma comunidade global. Criada em 2012, pelas universidades norte-americanas de Standford, Princeton, Michigan e Pennsylvania, a plataforma é, atualmente, parceira de mais de 100 instituições de ensino superior, possuindo 9,4 milhões de usuários e oferecendo, aproximadamente, 760 cursos, a maior parte deles em inglês.

Apesar da limitação do idioma, o Brasil é o quinto país com maior número de usuários do site (depois de Estados Unidos, Índia, China e Reino Unido) e, para ampliar essa participação, o Coursera tem traduzido e legendado alguns de seus cursos mais famosos para o português.

O projeto é realizado em parceria com a Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção de mudanças sociais no Brasil, por meio da educação, contando com a participação de voluntários da Comunidade Global de Tradutores do Coursera. Até agora, 28 aulas já estão disponíveis com legendas em português.

Outra parceria anunciada no evento foi com o portal R7, que também divulgará e disponibilizará os cursos.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

19 de setembro de 2014

Explorações no mundo das caminhadas aleatórias

Ocorreu no dia 19 de setembro, pelas 10h30, no Anfiteatro Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), mais uma edição da iniciativa Colloquium diei, desta vez com a palestra subordinada ao tema Explorações no mundo das caminhadas aleatórias, apresentada pelo Prof. Dr. Marcelo Andrade de Filgueiras Gomes, do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Este colóquio foi inspirado nos problemas matemáticos e físicos básicos do Marcelo2-300universo das caminhadas aleatórias, sendo que partir de estudos clássicos, o palestrante apresentou generalizações recentes desses objetos, as quais têm aplicações potenciais em todas as áreas da física, como, por exemplo, no campo da ciência de materiais e em problemas fundamentais da biologia. Marcelo, explorou ainda, de forma direta, tanto os aspectos teóricos quanto os experimentais e os aplicados, tendo enfatizado os elementos geométricos, a intuição e a universalidade de determinados fenômenos.

Marcelo Andrade possui graduação em física pela Universidade de Brasília, mestrado e doutorado também em física pela UFPE, e pós-doutorado pela Università di Roma I e Università di Padova, Itália. Além disso, ele é professor associado da Universidade Federal de Pernambuco, onde atua com Física Estatística e Geral e Matéria Condensada, desenvolvendo trabalhos experimentais, de simulação computacional e teoria em diversas áreas, incluindo adsorção, amassamento, fenômeno crítico fora do equilíbrio, formação de nós e outros defeitos topológicos, fragmentação, membranas, problemas de empacotamento, problemas em matéria condensada macia, física biológica e outras áreas interdisciplinares e sistemas de baixa dimensionalidade.

Assessoria de Comunicação

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