Notícias

14 de agosto de 2015

Prof. Glaucius Oliva apresenta “Medicina na Floresta”

O programa SP Pesquisa, que será exibido na TV Cultura, no dia 15 de agosto, e na Univesp TV, no dia seguinte, terá como tema o uso medicinal da biodiversidade brasileira, sob o título Medicina na Floresta, com a participação do docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Glaucius Oliva.

Com efeito, a floresta brasileira guarda um potencial medicinal incalculável, que pode abrir caminho para o tratamento de inúmeras doenças e o desafio de transformar essa matéria-prima encontrada na natureza em fármacos é um dos focos do trabalho desenvolvido Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP, Coordenado pelo Prof. Glaucius Oliva (ex-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e instalado no IFSC/USP.

Consulte a programação da TV Cultura e Univesp TV, clicando AQUI.

Um programa a não perder.

Assessoria de Comunicação

14 de agosto de 2015

Combate à doença na cana-de-açúcar

A escaldadura das folhas, causada credito_-_SugarCaneTech_250pela bactéria Xanthomonas albilineans, é uma doença disseminada em praticamente todas as regiões onde a cana-de-açúcar é cultivada. A bactéria instala-se nos vasos da planta, onde determina a má formação dos colmos – tipo de caule -, a queda de qualidade do caldo extraído e a redução do teor de açúcar. A presença da doença em variedades suscetíveis pode resultar em perdas de até 100% das lavouras. Daí que a busca por moléculas capazes de prevenir e combater doenças que acometem plantações de cana-de-açúcar tem sido o principal foco de um trabalho desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Cerca de 43% de toda a matriz energética brasileira é renovável, sendo que a cana-de-açúcar, por exemplo, corresponde a aproximadamente 16% da energia limpa do país. O Prof. Dr. Rafael Guido (IFSC/USP), pesquisador que coordena o estudo em questão, afirma que diante a relevância econômica e social do setor sucroalcooleiro no cenário nacional, fatores capazes de comprometer o rendimento produtivo devem ser rigorosamente controlados, com o objetivo de garantir o crescimento da produção e atender a expectativa de expansão projetada para as próximas décadas.

Para auxiliar no processo de aumento de produtividade dessa planta, um dos objetivos de diversos especialistas tem sido o controle de pragas através do desenvolvimento de novos defensivos agrícolas. É neste sentido, também, que os pesquisadores do IFSC/USP têm estudado algumas proteínas essenciais da bactéria Xanthomonas albilineans, com o objetivo de inibi-las, tornando a bactéria incapaz de produzir a doença e eliminando a praga de culturas de cana-de-açúcar. Para tanto, os RAFAEL_GUIDO_350pesquisadores investigam compostos de origem natural para descobrir moléculas que sejam capazes de modular a atividade das proteínas importantes da Xanthomonas albilineans. Ao longo da evolução, as plantas têm tido contato com bactérias e, para sobreviverem, têm sintetizado moléculas capazes de matar esses micro-organismos. A nossa ideia é explorar a biodiversidade de compostos que as plantas produzem, para poder matar diversas bactérias, explica Guido.

Para descobrir essas moléculas, os pesquisadores desenvolveram diversos métodos, desde a padronização do cultivo da bactéria, extração de DNA, clonagem de genes que codificam as proteínas importantes, até um ensaio de inibição para esse micro-organismo. A principal estratégia dos especialistas do IFSC/USP é impedir que a Xanthomonas albilineans produza fitotoxinas* – conhecidas como albicidinas, que, quando liberadas pela bactéria, matam todos os outros micro-organismos presentes ao seu redor – exceto o referido micróbio. Além disso, as albicidinas são tóxicas para a cana-de-açúcar e responsáveis pelos sintomas da doença. Se impedirmos a produção dessas fitotoxinas, a Xanthomonas albilineans torna-se inócua, não causando os sintomas na planta, pontua ele. Após selecionarem as moléculas com potenciais características para esse combate, os pesquisadores deverão iniciar os testes clínicos, onde essas moléculas serão administradas em modelos de canas-de-açúcar doentes.

Esse trabalho corresponde ao tema central do projeto Jovem Pesquisador FAPESP, da autoria do docente, sendo também o tema da tese de doutorado de Renata Vieira Bueno, Gustavo Machado A. de Lima e Andrew Albert de Oliveira, pesquisadores do IFSC/USP que elaboram o estudo junto com o pós-doutorando Fernando V. Maluf (IFSC/USP), sob a orientação de Rafael Guido.

*Substâncias tóxicas aos vegetais.

(Imagem 1: SugarCaneTech)

Assessoria de Comunicação

13 de agosto de 2015

Pesquisadora discute TFD associada à radioterapia

Decorreu na tarde de 13 de agosto mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde a pesquisadora Cintia Teles de Andrade (IFSC/USP) apresentou a palestra Terapia Fotodinâmica combinada à radioterapia – análises ópticas & crescimento do tumor.

Cintia_Andrade_350Em sua apresentação, a pesquisadora dessa Unidade falou sobre seu projeto, cujo intuito é avaliar o dano da combinação entre Terapia Fotodinâmica (TFD)* e radioterapia**. A associação entre ambas as metodologias foi pouco estudada por especialistas, mas pode aumentar o dano causado ao tecido humano, enquanto diminui os efeitos colaterais provenientes da radioterapia. Assim, Cintia Andrade apresentou os resultados obtidos através de seu trabalho desenvolvido no Dartmouth College (EUA), onde os experimentos foram realizados inicialmente em pele normal de ratos e, posteriormente, em tumores de pele em camundongos.

*Método que consiste na interação entre fotossensibilizador, luz e oxigênio molecular que, quando combinados, causam morte celular;

**Técnica que utiliza radiação ionizante para o tratamento de tumores.

Assessoria de Comunicação

13 de agosto de 2015

Escola acontece neste mês na Universidade de Brasília

De 18 a 21 deste mês realiza-se a IV Escola de Física Roberto A. Salmeron (IV EFRAS). O evento, que ocorrerá no Centro Internacional de Física da Matéria Condensada (CIFMC/IF) da Universidade de Brasília (UnB), tem o intuito de reunir alunos em final de cursos de graduação e pós-graduação de áreas como, por exemplo, Física e Química.

Baseados no tema Novas Fronteiras em Ciência dos Materiais, renomados professores e pesquisadores ministrarão mini cursos e palestras sobre células solares orgânicas, física do grafeno, materiais biodimensionais, supercondutores, materiais nanoestruturados, materiais para a conversão de energia e sensores, fluidos magnéticos, termoluminescência em vidros, ótica não-linear, bem como aplicações relacionadas às suas pesquisas. Durante essa semana, os participantes, que receberão o certificado de participação, serão incentivados a apresentarem os trabalhos que desenvolvem em suas instituições.

As inscrições para participar da IV EFRAS já estão disponíveis. Para inscrever-se, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

 

13 de agosto de 2015

Estudante do IFSC/USP é destaque em universidade europeia

Como grande parte dos estudantes de graduação e pós-graduação, o aluno do curso de Bacharelado em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Cayke Felipe dos Anjos tinha vontade de ter uma experiência de estudos no exterior, o que o levou a se candidatar à graduação sanduíche oferecida pelo programa federal Ciência sem Fronteiras (CsF).

Contando com o apoio e incentivo de seu orientador de Iniciação Científica à época, o docente do grupo de Ressonância Magnética (RMN-IFSC/USP) Hellmut Eckert, no final de 2013, Cayke inscreveu-se no programa e foi aceito na University of Saint Andrews (Escócia) para durante dez meses fazer parte do corpo discente do Departamento de Física da Matéria Condensada.

Destaque no Reino Unido

Durante o ano letivo que passou em Saint Andrews, Cayke retornou com uma imagem positiva da experiência, mas trouxe algo a mais em sua bagagem- física e emocional: o reconhecimento oficial da universidade por seu excelente desempenho acadêmico. “Qualquer aluno da universidade, estrangeiro ou não, que estude lá durante pelo menos um ano letivo, tem seu desempenho acadêmico avaliado. Aqueles que ficam com uma média acima de 16,5 * entram para a Dean´s list. Pelos meus cálculos, minha média ficou em 17 pontos”, conta o aluno.

Cayke_AnjosAlém dos esforços individuais, Cayke destaca que a forte base de aprendizado construída anteriormente no IFSC foi essencial para que tal resultado fosse alcançado. “Os alunos de lá aprendem o mesmo que nós aqui, mas no IFSC o aprofundamento é muito maior! Já conversei sobre isso com outros colegas que também foram estudar no Reino Unido, e eles têm a mesma opinião. Lá não temos tanta dificuldade em física como eles têm”, afirma Cayke. “Nesses momentos, mais do que nunca, é muito bom ver que você tem uma base de aprendizado tão sólida. Ser reconhecido no exterior como um dos melhores alunos da universidade foi extremamente gratificante”, comemora o aluno.

Outras impressões

Entre diferenças e semelhanças no ensino universitário brasileiro e escocês, Cayke conta que chamou sua atenção o fato de os alunos, em Saint Andrews, poderem escolher as disciplinas que farão durante a graduação. “Lá, eles têm bastante flexibilidade na grade curricular. Eu tinha colegas que cursavam duas matérias na química, uma na física e outra na matemática, por exemplo. É claro que você tem a orientação de algum docente para fazer essas escolhas”, relembra Cayke.

Outro ponto positivo destacado pelo estudante foi o maior tempo livre do qual os alunos usufruem. “Os alunos têm menos horas de aulas do que nós aqui no Brasil e, por isso, mais tempo livre para poder estudar em casa ou se envolver em outros projetos. Porém, eu acho isso ruim ao mesmo tempo, pois muita gente não sabe como aproveitar esse tempo livre de forma produtiva”, opina.

De volta ao IFSC, Cayke precisa terminar o último ano do curso. Depois disso, ainda não definiu quais serão seus planos. Mas, certamente, seu futuro promete boas coisas, algo já “endossado” pela Dean´s list escocesa.

*Na universidade, a nota máxima é 20

Assessoria de Comunicação

12 de agosto de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em julho de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Plos one.

PC-7-15

 

Assessoria de Comunicação

12 de agosto de 2015

Docente da University of Buffalo discute interação spin-órbita

Na mais recente edição do Journal Club, que decorreu no dia 12 de agosto, na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Alexander Khaetskii (University of Buffalo – EUA) apresentou o seminário Spin-orbit interaction and related transport phenomena in 2D electron and hole system, onde falou sobre o transporte de elétrons em sistemas de duas dimensões, um assunto que atrai muita atenção, já que tem aplicação direta em dispositivos eletrônicos.

Alexander_Khaetskii_300Aliás, Khaetskii discutiu a importância da interação spin-órbita no transporte, tendo dito que essa relação faz com que o spin dos elétrons se acumule nas bordas de dispositivos nanoscópicos e descrito um novo efeito que descobriu: a resistência elétrica dos dispositivos pode aumentar quando se aplica um campo magnético, desde que o dispositivo possua impurezas e que a interação spin-órbita seja forte.

O Prof. Khaetskii começou sua carreira científica no início da década de 1980, no Instituto de Energia Elétrica de Leningrado (hoje, São Petersburgo), na ex-União Soviética. No final da mesma década, foi contratado pelo Instituto de Microeletrônica da Academia de Ciências da Rússia, e passou a manter forte colaboração com diversas outras instituições européias. Mais recentemente, se mudou para a University of Buffalo, do sistema de Universidades do Estado de Nova Iorque (SUNY, na sigla em inglês).

Assessoria de Comunicação

12 de agosto de 2015

Confocal microscopy: past, present and future

Na tarde do dia 12 de agosto, membros Colin_Sheppard_250do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) organizaram o seminário Confocal microscopy: past, present and future, que foi ministrado pelo Prof. Dr. Colin Sheppard (Italian Institute of Technology), na sala de seminários do citado Grupo. Com base em suas experiências, Sheppard discutiu os fundamentos da microscopia confocal, tendo também ressaltado suas perspectivas para o futuro dessa área de pesquisa.

Ele, que também estudou na University of Oxford (Reino Unido), realizou o mestrado e seu doutorado em Engenharia na University of Cambridge (Reino Unido). Atualmente é chefe da Division of Bioengineering, da National University of Singapore (Península da Malásia). O premiado docente, que atua principalmente na área de microscopia confocal, também tem vasta experiência, como, por exemplo, no desenvolvimento de instrumentação e na investigação de novas técnicas com aplicações na área biomédica.

Assessoria de Comunicação

12 de agosto de 2015

Pesquisadores aperfeiçoam análise

analise_cerebralUma nova implementação realizada em um equipamento de Imagens por Ressonância Magnética (IRM) permitiu aperfeiçoar a análise de perfusão cerebral*, através da Arterial Spin Labeling (ASL), única técnica de imagens completamente não invasiva utilizada para medir a perfusão de sangue no cérebro. A metodologia, introduzida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tem como objetivo final viabilizar a utilização da técnica ASL para a avaliação da perfusão em tecidos com tempo de trânsito arterial prolongado, condição típica em pacientes com doenças cerebrovasculares, em especial os que têm estenose de carótida, terceira doença cerebrovascular com maior índice de mortalidade, causada pelo acúmulo de placas de gorduras nas artérias carótidas – principais canais que transportam o sangue do coração ao cérebro.

A ASL é uma técnica que utiliza propriedades de água presente no sangue como traçador capaz de fornecer informações sobre o fluxo sanguíneo. Apesar de seu histórico de sucesso em diferentes aplicações, a técnica Arterial Spin Labeling ainda não é recomendada para aplicação em patologias específicas, como, por exemplo, naquelas que retardam o tempo de trânsito arterial em regiões específicas, como AVC e estenose de carótida, uma vez que o processo de irrigação do tecido cerebral, nesses indivíduos, pode se apresentar mais lento, dificultando a detecção apropriada FERNANDO_PAIVA_350_analise_perfusao_cerebral_2015dessa distribuição e podendo também oferecer um diagnóstico falso. O fluxo do sangue pode estar preservado, mas, se ele estiver atrasado, a técnica tradicional vai detectar o processo de forma errada, explica o Prof. Dr. Fernando Paiva, pesquisador do IFSC/USP responsável pelo desenvolvimento da citada técnica, derivada de uma pesquisa desenvolvida em parceria com o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), e a empresa Philips, da América Latina.

Ao contrário das metodologias tradicionais baseadas em Arterial Spin Labeling comumente utilizadas, o novo método, cujo estudo é financiado pela FAPESP**, permite analisar o fluxo de sangue em diferentes intervalos de tempo, podendo se estender por períodos maiores que os possíveis atualmente. Isso ocorre pois o método proposto utiliza uma estratégia para minimizar o efeito da relaxação longitudinal no contraste ASL, o que normalmente compromete as medidas para fluxos mais lentos. Assim, é possível registrar todo o lento processo de irrigação, permitindo uma análise mais eficiente e acurada do fluxo sanguíneo, mesmo em pacientes com as referidas patologias. Não temos como evitar a relaxação, mas conseguimos maximizar a qualidade das imagens adquiridas e viabilizar a técnica para aplicações, inclusive, em casos mais extremos, diz Paiva.

Fig01_500

(a) Imagens anatômicas do cérebro de um voluntário. (b) Imagens de perfusão obtidas usando um esquema padrão de aquisição da técnica ASL multifase (com ângulo de flip constante) e (c) usando a modulação no ângulo de flip proposta no trabalho.

Esses promissores resultados foram obtidos através de imagens por Ressonância Magnética em indivíduos sem doenças cerebrovasculares. Agora, os pesquisadores do IFSC/USP deverão realizar novos testes com pacientes que tenham diagnóstico confirmado de estenose da carótida, também no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Neste momento, estamos recrutando pacientes com estenose, porque precisamos de indivíduos que tenham apenas esta doença, para garantirmos a eficácia da metodologia neste tipo de diagnóstico, explica Paiva, cuja expectativa é que esta nova técnica seja validada já no próximo ano, quando deverá ser inicialmente utilizada em pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que tem um ambulatório específico para o tratamento de doenças cerebrovasculares – grande parte dos pacientes atendidos neste setor sofre de estenose de carótida.

Destaque internacional

Os resultados preliminares deste estudo, que está descrito na tese de mestrado do aluno André Monteiro Paschoal (IFSC/USP), foram apresentados durante o Organization for Human Brain Mapping- OHBM 2015, prestigiado congresso sobre mapeamento cerebral que aconteceu em junho deste ano, em Honolulu, no Havaí (EUA), e que reuniu alguns dos maiores especialistas que atuam na referida área.

*Mecanismo através do qual os nutrientes são transportados ao cérebro, através do fluxo sanguíneo;

**Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Assessoria de Comunicação

11 de agosto de 2015

Concurso de comunicação científica premia pesquisadores mais criativos

Estão abertas até 15 de setembro as inscrições para mais uma edição do EURAXESS Science Slam Brazil, concurso de comunicação científica aberto a todos os pesquisadores ativos no Brasil (mestrandos em diante).

EURAXESS_Science_SlamO concurso tem como objetivo a apresentação de pesquisas de maneira criativa, seja através de uma palestra, de uma apresentação musical ou de dança ou em qualquer outro formato que o pesquisador desejar.

Para ser selecionado e participar da final do concurso, que ocorrerá no Rio de Janeiro (RJ) em 22 de outubro de 2015, o participante deverá apresentar seu trabalho ao vivo a) em vídeo simples, gravado com smartphone ou equivalente, b) em entrevista por Skype com representantes nacionais da EURAXESS Links Brazil. As apresentações poderão ser em inglês ou português.

O vencedor da edição brasileira ganhará como prêmio uma viagem à Europa, além de uma visita a um instituto europeu de sua escolha.

Para se inscrever no concurso e/ou obter mais informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de agosto de 2015

Chega ao fim a G&GC 2015

Encerrou-se na manhã do passado dia 09 de agosto, no Hotel Anacã (São Carlos), a Advanced School on Glasses and Glass Ceramics 2015 (G&GC 2015), um evento idealizado pela FAPESP* e organizado pelo CeRTEV**, que reuniu estudantes do Brasil e do exterior, dedicados ao desenvolvimento de pesquisas na área de materiais vítreos e vitrocerâmicos.

PUBLICO_250Ao longo da última semana, os participantes – 65 estrangeiros e 30 brasileiros – foram apresentados aos principais avanços científicos e tecnológicos na área em questão, através de apresentações dos próprios alunos, atividades práticas e visitas aos laboratórios de pesquisa dos campi de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Aliás, a Escola Avançada também ofereceu palestras ministradas por renomados cientistas, brasileiros e estrangeiros, que abordaram diversos tópicos da citada área, como, por exemplo, fundamentos de estrutura, processos de relaxação, cristalização e propriedades, estrutura molecular, nano e microestrutura, processos dinâmicos, as propriedades mecânicas, ópticas, elétricas e biológicas dessas classes de materiais vítreos, entre outros temas.

Durante o encerramento, os participantes, que foram divididos em 18 grupos, apresentaram seus trabalhos de conclusão de curso, onde demonstraram notáveis qualidade e desempenho (confira as imagens das apresentações, AQUI). Na ocasião, cinco participantes foram premiados com um exemplar do livro Writing Scientific Papers in English Successfully, escrito pelo Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior (IFSC/USP), junto com os docentes Ethel Schuster e Haim Levkowitz (confira os vencedores do sorteio AQUI).

O Prof. Dr. Edgar Dutra Zanotto (UFSCar), um Zanotto250dos organizadores do evento, reconheceu o sucesso dessa edição da Escola Avançada: O feedback que recebemos, tanto dos professores convidados, quanto dos estudantes, foi altamente positivo. Eles nos agradeceram muitas vezes pela organização da G&GC 2015 e foram embora contentíssimos, revelou ele, que enalteceu a qualidade das aulas ministradas durante o evento. Alguns professores disseram que a G&GC 2015 foi a melhor escola do gênero, completou, ressaltando o empenho dos alunos que participaram ativamente de todas as atividades do Schneider250evento.

Assim como o Prof. Zanotto, o Prof. Dr. José Fábian Schneider, docente do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e outro organizador da Escola, também destacou o êxito do evento. O nível das palestras foi excelente. Os participantes realmente se envolveram no desenvolvimento de seus trabalhos. Alguns dos projetos apresentados aqui, realmente poderão ser implementados pelos alunos, disse ele.

O pós-doutorando Shiv Prakash Singh (Índia), Singh250que participou da Escola, destacou a oportunidade que teve de conhecer estudantes de outros países que desenvolvem estudos na citada área de pesquisa. Foi uma oportunidade muito legal. O evento só teve pontos positivos, porque pude conviver com essas pessoas e participar intensamente da Escola. Os participantes que estiveram presentes trabalham com diferentes propriedades de materiais vítreos e vitrocerâmicos, o que facultou os diálogos e as trocas de opiniões, então, o evento não teve nenhum ponto negativo, enalteceu.

Devido ao sucesso da G&GC 2015, o Prof. Schneider adiantou que, no futuro, uma nova edição da Advanced School on Glasses and Glass Ceramics deverá ser realizada.

*Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo;

**Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP).

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2015

IFSC participa de projeto da Estação Espacial Internacional

A Profa. Dra. Manuela Vecchi, do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), integra o projeto Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02), detector de partículas que está em operação há quatro anos, na Estação Espacial Internacional (ISS), e que congrega cerca de 600 físicos oriundos de 56 instituições de 16 países.

Com essa participação, o IFSC tornou-se a primeira instituição da América Latina a integrar o projeto internacional, através do programa Busca indireta de matéria escura com o detector AMS-02, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no âmbito do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

Uma reportagem completa, sobre a participação do IFSC/USP no AMS-02, foi publicada na edição de hoje da Agência FAPESP. Confira AQUI.

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2015

Concurso para admissão de docentes – Física

A Universidade Estadual de Londrina (PR) está com concurso aberto para admissão de docentes em diversas áreas do conhecimento, com destaque para a área de física teórica geral (gravitação, cosmologia, teoria de campos, etc.).

Os interessados poderão consultar todas as informações, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2015

Fotografias ajudam a diagnosticar tipo agressivo de câncer

Com o suporte de um banco de imagens e de um sistema computacional, uma simples fotografia, feita por meio de câmeras digitais ou celulares, poderá ser utilizada no processo de diagnóstico do Melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, que acomete cerca de seis mil indivíduos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA. A metodologia, inovadora, foi desenvolvida no âmbito do projeto de mestrado de David Antônio Sbrissa Neto, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que realizou o estudo juntamente com os Profs. Drs. Gonzalo Travieso, Cristina Kurachi, Vanderlei Salvador Bagnato e Luciano da Fontoura Costa, todos do IFSC/USP.

Creditos_Carlisle_dermatology_com_250O Melanoma surge quando as células produtoras de melanina – responsáveis pela coloração da pele – sofrem danos, podendo invadir qualquer órgão corpóreo e ocasionar, em muitas vezes, o desenvolvimento de manchas – lesões melanocíticas -, além de outras alterações que podem acarretar em coceira, sangramento e outros sintomas. Hoje, o diagnóstico do Melanoma é feito através da biópsia*, que pode ser executada tanto por dermatologistas, quanto por oncologistas. Entretanto, de acordo com a Profa. Cristina Kurachi, geralmente o número desses profissionais em atuação é escasso e a fila de espera para a realização do diagnóstico pode se prolongar por meses, tempo que favorece a evolução da patologia, cuja cura só é obtida com sucesso quando o tratamento se inicia durante os primeiros estágios da doença.

Essa demora no diagnóstico também se deve ao fato das manchas do Melanoma serem semelhantes a outras lesões desenvolvidas na pele humana. Isso faz com que os médicos não-dermatologistas tenham dúvidas sobre a origem das manchas. Apesar de o Melanoma não ter uma incidência tão alta em termos de porcentagem, a quantidade de casos suspeitos é muito grande, explica Kurachi, destacando o aumento da estatística de pacientes com Melanoma.

A metodologia inovadora

Para analisar as imagens de pesquisadores_lesoes_melanociticas_2015_-_350possíveis casos da doença em questão, os pesquisadores do IFSC/USP criaram um banco de imagens que é regularmente atualizado com fotos de lesões melanocíticas cedidas por médicos. Essas imagens são utilizadas como base para as análises das fotografias dos pacientes. Esse processo de comparação de imagens só é possível porque as manchas causadas pelo Melanoma têm características únicas, incluindo bordas irregulares, colorações diferenciadas e um diâmetro maior do que as manchas comuns.

Com esse estudo, conseguiremos agilizar o diagnóstico dos pacientes, porque, com as características quantitativas que obtivermos das imagens desse banco, nosso sistema computacional as comparará automaticamente com as das fotografias dos pacientes, informando se as manchas dos indivíduos podem – ou não – corresponder às do Melanoma, diz o Prof. Travieso.

Para que essa metodologia possa ser disponibilizada no mercado, os pesquisadores explicam que ainda é preciso executar alguns ajustes no sistema computacional, responsável pelos cálculos nas imagens dos pacientes, aprimorando ainda mais sua eficiência. Além disso, os especialistas do IFSC/USP deverão realizar novos trabalhos envolvendo o diagnóstico de outros tipos de lesão. Ampliaremos o nosso banco de imagens e trabalharemos com outros tipos de processamento, também na área de diagnóstico, pontua David Neto, que em breve dará início ao seu doutorado no IFSC/USP.

*Remoção cirúrgica onde parte ou a totalidade da lesão é retirada para análise médica.

Na imagem 2: Os pesquisadores Gonzalo Travieso, David Neto e Cristina Kurachi.

(Crédito: Imagem 1 – CarlisleDermatology)

Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2015

Elaboração de referências para trabalhos acadêmicos

Entre os dias 10 e 16 de agosto de 2015, estarão abertas as inscrições para o curso a distância “Elaboração de referência para trabalhos acadêmicos”, que será oferecido novamente pela Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Biblioteca_IFSC-_logoO curso, que será realizado entre os dias 18 e 30 de agosto, tem como público-alvo alunos de graduação e pós-graduação da USP e demais interessados, e terá como objetivo orientar os alunos na elaboração de referências de acordo com a norma da ABNT NBR 6023, capacitando um maior número de usuários para que eles se tornem autossuficientes na elaboração de trabalhos acadêmicos.

As inscrições poderão ser feitas através do endereço eletrônico http://ead.cisc.usp.br/

Mais informações através dos seguintes contatos: bib@ifsc.usp.br e/ou (16) 3373-9778.

Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2015

A física nos instrumentos musicais*

Donoso-_EinsteinAo ouvir sinfonias de Mozart, Bach e Beethoven, muitos costumam se perguntar como foi possível que seres humanos fossem capazes de compor tais obras-primas musicais. Mas certamente poucos já pararam para pensar que essas e outras obras jamais poderiam ser executadas caso algumas pessoas não tivessem dedicado estudos para construção dos instrumentos musicais que dão som e ainda mais beleza às composições clássicas.

Para que o desenvolvimento e aperfeiçoamento de materiais para feitura de pianos, violinos, flautas e diversos outros instrumentos musicais fosse possível, princípios básicos de física foram protagonistas, assim como os próprios físicos em si. Albert Einstein, por exemplo, costumava reunir-se semanalmente com colegas e amigos para tocar música de câmara. O físico francês Félix Savart é considerado um dos pioneiros a pesquisar a física do violino. O fisiologista e físico alemão Hermann Von Helmholtz elucidou o tipo de vibração que distingui uma corda excitada por um arco da corda tangida**. O pai de Galileu Galilei, Vincenzo Galilei, demonstrou que a música não poderia ser embasada em ideias abstratas vigentes na época de razões de números inteiros, mas sim no fenômeno físico sonoro ***.

Física básica nos instrumentos musicais

Propagação de som e acústica são dois conceitos de física básica extremamente importantes para compreensão do funcionamento dos instrumentos musicais, que são classificados em três categorias: os com base em cordas vibrantes, os que dependem de vibração de colunas de ar e os de percussão.

Quando fazemos vibrar a corda de um instrumento musical, diversos harmônicos, configurações de ondas estacionárias também chamadas de “ressonâncias”, podem ser formados ao mesmo tempo, que serão sempre múltiplos inteiros da frequência fundamental original. Ou seja, para uma frequência f emitida pela corda de um violino, seus harmônicos terão frequências 2f, 3f, 4f e assim por diante. “Ao ouvir uma nota musical, nossos ouvidos, na realidade, captam as diversas frequências, ou harmônicos, emitidas. Um instrumento musical de qualidade ruim não será capaz de produzir muitos harmônicos, e, por isso, não será agradável aos nossos ouvidos”, explica o docente do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (RMN- IFSC/USP), José Pedro Donoso.

TimbreCada instrumento musical possui um tipo de “impressão digital sonora” com descrições matemáticas extremamente precisas. O que irá realmente diferenciar um instrumento de outro são as amplitudes e durações de cada um dos harmônicos presentes no som resultante, ou imperfeições das ondas sonoras, conjunto de características que é chamado de timbre. É graças a ele que conseguimos diferenciar o som de um violão do som de um piano, por exemplo.

As particularidades de cada instrumento

Embora todos os instrumentos musicais sigam uma mesma lógica de funcionamento, cada um possui peculiaridades. No caso de instrumentos de sopro, o que produz o som é a vibração da coluna de ar dentro do tubo. “Ao assoprar o instrumento, são geradas diversas frentes de ondas de ar, que se propagam dentro do tubo. Ai dedilhar o instrumento, os orifícios abrem e fecham, mudando o comprimento do tubo e gerando diferentes notas musicais”, explica Donoso.

No caso de uma flauta transversal, ao aproximar a boca da borda e assoprar, o ar incidirá contra a borda, dando origem a “redemoinhos”. São as perturbações do ar introduzidas por estes redemoinhos que gerarão os sons do instrumento. Para produzir sons mais graves ou agudos, basta que o executante dedilhe os orifícios do tubo e mude o ângulo e força do sopro.

Diferente da flauta transversal, a flauta doce possui uma boquilha de geometria fixa, o que faz com que seja relativamente fácil produzir um som musical neste instrumento. Mas, seja qual for o instrumento de sopro, quando seus orifícios são destampados, o efeito é o mesmo: a produção de uma nota de altura maior, já que destampar os orifícios é como se o tubo tivesse sido encurtado. Na região da abertura, a pressão do ar coincidirá com a pressão atmosférica, e a coluna de ar, originada pelo sopro, irá se comportar como se nesse local o instrumento tivesse uma extremidade aberta.

Donoso-_percussoNos instrumentos de percussão, os sons são produzidos graças a uma membrana bastante esticada que fica na parte superior. As chaves de afinação, que seguram a membrana, são também responsáveis pelo controle da tensão e da afinação. Para visualizar os modos de vibração, é empregado o método de Chladni, que consiste no espalhamento de uma cortiça fina sobre a membrana, para se observar as figuras produzidas quando a membrana é posta para vibrar numa determinada frequência.

Instrumentos diferenciados

Considerado um dos instrumentos musicais mais complexos, o desenho do piano moderno foi concebido por Henry Steinway. Formado por 88 teclas, o som das 10 notas mais agudas é gerado por cordas individuais, o som das notas seguintes é gerado por conjuntos de duas cordas, e o som das notas mais graves é gerado por bordões, com um fio de cobre enrolado na corda de aço. “O martelo que bate nas cordas do piano, para produzir os sons, não pode bater em qualquer parte da corda: o melhor local é aquele que fica a uma distância de 1/9 de sua extremidade. Assim, apenas as intensidades dos harmônicos 9, 18, 27, 36 e 45 serão prejudicadas no espectro sonoro do instrumento”, explica Donoso.

Outra particularidade do piano é sua tábua harmônica, responsável por aumentar a sonoridade do instrumento. Isso porque a vibração das cordas do piano, quando transferidas a uma superfície maior, aumenta a sonoridade do instrumento. “Não se trata de uma tábua de madeira qualquer; ela precisa ser harmônica”, enfatiza o docente.

Mas o piano não é considerado um instrumento harmônico. Isso porque, como já explicado anteriormente, os harmônicos são sempre múltiplos inteiros da uma frequência fundamental. No caso do piano, essa regra não é seguida nas notas mais agudas e nas notas mais graves, nas quais os harmônicos não são exatamente múltiplos inteiros. “Este problema dificultou muito o desenvolvimento do piano eletrônico. Demoraram-se muitos anos para desenvolver um piano eletrônico capaz de reproduzir sons da maneira que o faz um autêntico piano. Fazer um teclado, entretanto, era barato e fácil, o que não se pode dizer do piano”, conta Donoso.

Outro instrumento de arquitetura tão complexa quanto a do piano é o violino. Os mais famosos, os Stradivarius e os Guarneri, podem chegar a custar alguns milhões de dólares. Novamente, ondas sonoras e vibração são dois conceitos de física básica extremamente importantes para explicar seu funcionamento: no campo superior da caixa de ressonância, há dois orifícios em forma de “f” que comunicam as vibrações do ar dentro do violino ao exterior. O cavalete atua como transdutor mecânico, transmitindo a vibração das cordas para a caixa acústica do instrumento. Ele também atua como um filtro acústico, suprimindo frequências indesejáveis.

Donoso-_alma_do_violinoOutra peça importante no instrumento é a chamada “alma do violino”, palito cilíndrico da grossura de um lápis, que se apoia entre os dois tampos. A alma possui duas funções: uma acústica, na transmissão das vibrações do tampo superior para o tampo inferior, e outra estrutural ajudando a suportar a tensão das cordas sobre o tampo superior. Desta forma, é possível movimentar-se uma grande área, trazendo como consequência o aumento da sonoridade do instrumento.

O som do violino é o resultado da forma de onda originada pela excitação das cordas pelo arco, que é influenciada pelas vibrações e ressonâncias do corpo do violino, seus tampos e cavalete. O arco do violino, feito de fios de crina de cavalo, é de extrema importância para a geração de sons afinados e agradáveis aos nossos ouvidos. A tensão das cordas do violino sobre o tampo do mesmo é tão grande, que é como se um objeto de nove quilos estivesse apoiado sobre ele. “No caso do piano, essa medida é ainda mais impressionante: a tensão causada pelas cordas equivale a três toneladas. Por isso é que o marco do piano precisa ser de ferro. Do contrário, suas cordas estourariam”, elucida Donoso.

Outro diferencial do violino é o tipo de onda que ele produz, quando o arco passa sobre suas cordas, a chamada onda dente de serra. “A propriedade mais importante deste tipo de onda é que ela gera sons ricos em harmônicos”, complementa Donoso.

Tal propriedade, por exemplo, não pode ser verificada no violão. Embora suas cordas possuam o mesmo comprimento (65 cm), todas têm diferentes espessuras. Ao vibrarem, vibram também o ar ao redor e produzem ondas sonoras estacionárias. Sua caixa de ressonância no formato do número 8 permite que certas regiões entrem em ressonância, amplificando os sons fracos. Outra coisa que diferencia o violão do violino (e também do violoncelo) é seu braço, que é dividido em frações (chamadas de casa) bem definidas.

A contribuição de alguns físicos no mundo musical

A maioria dos instrumentos musicais que conhecemos foi confeccionada há muitos anos, e o design de todos eles permanece o mesmo, com sutis alterações em um ou outro instrumento. Mas, no que diz respeito ao funcionamento dos instrumentos- o que interferiu, inclusive, na confecção dos mesmos-, muitos físicos trouxeram importantes colaborações.

Além dos já citados no início da matéria, outros, como Chandrasekhara V. Raman, que ganhou o prêmio Nobel de Física de 1930, trabalhou com a acústica de instrumentos musicais, desenvolvendo teorias de vibração que o arco do violino produz em suas cordas. Ele também foi o primeiro a investigar a natureza harmônica dos instrumentos indianos.

Frederick Saunders, mais conhecido no mundo da física pelo acoplamento Russell & Saunders, estudou as propriedades acústicas de instrumentos de cordas e desenvolveu um método para analisar a resposta acústica dos instrumentos, utilizando um analisador para registrar a amplitude e as freqüências dos harmônicos produzidos.

Novas áreas de estudos relacionando a música com outras áreas do conhecimento também têm ganhado destaque. Os estudos de processamento da música por técnicas de Imagens de Ressonância Magnética são um exemplo. O objetivo principal é identificar regiões do cérebro envolvidas no processamento da harmonia e da melodia. Estudos similares tentam relacionar a música com as neurociências, particularmente a organização cerebral das funções musicais. Dados interessantes já foram verificados em pesquisas desse tipo, como o fato de a música ter acesso direto à afetividade e áreas límbicas (responsáveis pelas emoções e comportamentos sociais).

Mas, já há muitos anos, é sabido que a música exerce grande influência no cérebro e na vida de qualquer pessoa. Basta torcer para que continue existindo pesquisadores dispostos a explorar essa importante e belíssima área de estudos ****.

*Essa matéria teve como base a palestra “A física dos instrumentos musicais”, ministrada há anos pelo docente do IFSC/USP José Pedro Donoso

**Informações retiradas do artigo “A física do violino”, que pode ser acessado através do endereço eletrônico http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/302305.pdf

***Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/11/04/livro-aborda-contribuicao-do-pai-de-galileu-galilei-para-a-historia-da-musica/

****Mais informações sobre a física dos instrumentos musicais pode ser encontrada nos livros “Instrumentos Musicales: artesania y ciência” de H. Massmann e R. Ferrer (Biblioteca IFSC, catalogação 534 M418i) e “The Physics of Musical Instruments” de N.H. Fletcher e T.D. Rossing (Biblioteca IFSC, 534 F612p), e no artigo “A Física do violino” de J.P. Donoso, A. Tannus, F. Guimarães e T.C. de Freitas, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física 30 (2) 2305 (2008).

Imagens:

Imagem 1- Fonte: Life Magazine

Imagem 2- Fonte: http://www.musictheoryis.com/timbre/

Imagem 3- Fonte: www.phys.unsw.edu.au/music

Imagem 4- Fonte: http://musicartgaruva.blogspot.com.br/2012/02/curiosidades-do-violino.html

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Treinamento em Inovação e Empreendedorismo na Alemanha

No âmbito do Programa Parceria Estratégica entre a Universidade de São Paulo e a Münster University (WWU – Alemanha), a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) anuncia o edital para seleção de docentes, alunos de pós-graduação e alunos de graduação para participação no treinamento em Inovação e Empreendedorismo, com o patrocínio do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). Os interessados em participar da seleção deverão se inscrever através do sistema Mundus, até 24 de agosto de 2015.

USP-logoComo pré-requisito, exige-se que os interessados sejam alunos ou docentes da USP, de qualquer área do conhecimento, que tenham atividades ligadas aos temas de Inovação e Empreendedorismo, sejam brasileiros ou estrangeiros com visto de permanência no Brasil, tenham inglês fluente e tenham vínculo ativo com a USP no momento da inscrição e do evento.

À inscrição deverão também ser anexados os seguintes documentos: carta de motivação, currículo resumido, carta de recomendação devidamente assinada por um docente de seu departamento (no caso de alunos) ou pelo diretor de sua Unidade (no caso de docentes).

Para mais informações a respeito do processo seletivo, clique aqui para acessar o edital.

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Diagnóstico óptico de processos patológicos bucais

No início da tarde de 06 de agosto último, o pesquisador Luis Felipe Carvalho, pós-doutorando do Laboratório de Espectroscopia Vibracional Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), apresentou a palestra Diagnóstico óptico de processos patológicos bucais, evento que foi organizado pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Nesse seminário, o pesquisador abordou LUIS_FELIPE_300os aspectos relevantes de processos patológicos bucais em que se utilizam técnicas espectroscópicas. Além disso, Luis Carvalho mencionou alguns resultados envolvendo a utilização dos métodos de espectroscopia Raman e FT-IR*, em amostras in vivo e in vitro, bem como publicações recentes. Por fim, abordou o seu mais recente projeto voltado à utilização da espectroscopia Raman in vivo, em um sistema portátil para o diagnóstico de lesões bucais de maneira precoce, ou minimamente invasiva.

Luis Carvalho é graduado em Odontologia pela Universidade de Taubaté, mestre e doutor em Biopatologia Bucal pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, e doutor em Nanociências e Materiais Avançados pela Universidade Federal do ABC – UFABC. O pesquisador, que recentemente concluiu seu pós-doutorado no FOCAS Institute, na Irlanda, tem experiência no diagnóstico de câncer e de outras lesões bucais, através de técnicas de espectroscopia, como, por exemplo, Espectroscopia Raman, FT-IR e análises estatísticas multivariadas.

*Espectroscopia Infravermelho com Transformada de Fourier (Fourier Transform Infrared Spectrometer, em inglês).

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Cosmic and Superconducting Strings

Na tarde dessa quarta-feira, dia 05 de agosto, a Profa. Dra. Betti Hartmann, do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), apresentou o seminário Cosmic and Superconducting Strings, na sala F-210 (IFSC/USP).

BETTI_HARTMANN_275Em sua apresentação, que se inseriu na programação do High Energy Physics Seminars, a docente falou sobre os defeitos topológicos que aparecem em modelos de teoria de campo com quebra de simetria espontânea e distribuidor de vácuo não-trivial. Hartmann também discutiu as razões pelas quais essas cordas existem, suas propriedades gravitacionais, entre outros aspectos.

Betti Hartmann tem mestrado e doutorado em física pela Carl Von Ossietzky Universität Oldenburg (Alemanha), bem como pós-doutorado pela Durham University (Reino Unido) e Université de Tours (França).

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Avaliação institucional da CPA/USP

Decorreu nos dias 03 e 04 de agosto, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o 4º Ciclo de Avaliação Institucional USP – Período 2010-2014, onde um comitê avaliador, LOGOTIPO_IFSC_1000x825_200constituído pelos Assessores Externos, Profs. Drs. Fernando Lázaro Freire (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ), Jerson Lima da Silva (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ) e Christoph Brüder (University of Basel – Suíça), foi escolhido pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA/USP)*, para executar uma análise institucional sobre nossa Unidade, em relação ao desenvolvimento acadêmico, a situação atual da Graduação e Pós-Graduação e as metas, a médio prazo do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), verificando o planejamento, a gestão acadêmica e administrativa do Instituto e a interação do mesmo com outras instituições, traçando os seus objetivos, a partir deste ano.

Na manhã do dia 03, o comitê se reuniu com o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, Diretor desta Unidade, e com outros docentes do IFSC, na Sala da Congregação do Instituto. Na ocasião, o Prof. Bonagamba fez uma apresentação de abertura, onde falou sobre a Universidade de São Paulo e o IFSC/USP, tendo abordado, por exemplo, o histórico desta Unidade, que surgiu como departamento de física na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Posteriormente, o IFSC integrou o Instituto de Química de São Carlos, tendo dado origem ao IFQSC (Instituto de Física e Química de São Carlos). Em 1994, ambas as Unidades adquiriram a sua autonomia própria, fator que tornou o IFSC/USP uma Unidade independente da Universidade de São Paulo.

Na oportunidade, Bonagamba TITO_2_350_avaliacao_cta_2015também falou sobre os diversos setores do IFSC/USP, incluindo sua infraestrutura, além do sucesso do Instituto na obtenção de financiamentos para a elaboração de suas pesquisas. Além disso, o diretor ressaltou a notável capacidade que esta unidade tem de transformar ciência básica em inovação. Há anos, nossos pesquisadores têm trabalhado intensamente com os aspectos puramente teóricos e com estudos experimentais, atuando também com pesquisa, desenvolvimento e inovação, enalteceu ele, tendo destacado a ampla variedade de opções que o físico tem para atuar, o que inclui oportunidades de emprego tanto na área acadêmica, quanto no setor industrial – hoje, vários ex-alunos do IFSC/USP, por exemplo, trabalham em companhias como Itaú, Philips, EMS, Microsoft, UOL, Opto Eletrônica ou Samsung.

Bonagamba também fez questão de salientar algumas das diversas atividades acadêmicas e culturais que esta Unidade tem promovido, incluindo o programa Universitário por 1 Dia, onde o IFSC recebe visitas de alunos do ensino médio, bem como a série Concertos-USP Filarmônica, iniciativa realizada pelo IFSC/USP, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos. À Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, Bonagamba ressaltou a importância da avaliação da CPA/USP, que oferece a oportunidade de se compreender, de uma maneira mais eficiente, a história do próprio Instituto, permitindo que os membros desta Unidade imponham novas metas, elevando cada vez mais o nível desta instituição. Essa avaliação é um tipo de atividade em que a Diretoria deve colocar todos os agentes de liderança em ação, para que nossas metas sejam estruturadas, pontuou.

COMITE_AVALIADOR_350_2Em seguida, os docentes do Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar – FCI falaram sobre seus respectivos grupos de pesquisa (confira as imagens AQUI). À tarde, foi a vez dos docentes do Departamento de Física e Ciência dos Materiais – FCM dissertarem sobre seus grupos aos Assessores Externos da CPA/USP (confira as imagens AQUI). Pelas 16h, o comitê visitou os laboratórios de pesquisa do IFSC/USP, ao lado dos Profs. Drs. Tito Bonagamba, Rirchard Garratt e Odemir Bruno.

No dia 04, o comitê assistiu às apresentações dos Profs. Drs. Luis Marcassa, Otavio Thiemann, Valtencir Zucolotto, José Carlos Egues e Richard Garratt, presidentes das diversas comissões do IFSC (confira as imagens AQUI). Em seguida, a banca avaliadora encontrou-se com alguns alunos do Instituto de Física de São Carlos, com quem manteve profícuos diálogos, tendo posteriormente realizado mais uma série de visitas em ambos os campi da USP São Carlos.

Análise da banca avaliadora

Quanto às opiniões emitidas pela banca BRUDER_1_250avaliadora à nossa reportagem, começamos pelo Prof. Christoph Brüder, que se mostrou impressionado com as pesquisas desenvolvidas no IFSC, bem como com os trabalhos e as responsabilidades das comissões. Foi muito interessante ver todos os membros e grupos da Unidade participando das iniciativas do Instituto. Fiquei bastante impressionado com isso, afirmou ele, elogiando a qualidade das pesquisas elaboradas pelos especialistas do IFSC.

FERNANDO_1_250Já o Prof. Fernando Freire, que conhece o Instituto há anos, destacou a aposta que o IFSC tem feito na internacionalização, já que, para ele, a maior parte das universidades brasileiras se fecha ao público interno. Sempre achei o Instituto de Física de São Carlos um dos melhores do Brasil e, após ter assistido às apresentações dos docentes, mantenho esta minha opinião, disse ele que, além de membro titular da Academia Brasileira de Ciências, é integrante do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ.

Por último, destaque para o Prof. Jerson Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, JERSON_1_250que participou da avaliação institucional pela segunda vez. De acordo com ele, em comparação com a última avaliação, a organização em torno das comissões progrediu ainda mais. Isso tem ajudado a melhorar a formação dos alunos e a aumentar a publicação de artigos, tanto na qualidade, quanto na quantidade, revelou o docente, que também sublinhou a particularidade do Instituto promover a interação entre a academia e as indústrias, uma relação cuja importância tem sido constantemente sublinhada, junto da comunidade do IFSC/USP. Atualmente, além de atuar na UFRJ, o docente é Diretor Científico da FAPERJ.

No dia 05 de agosto, coube à banca avaliadora submeter o relatório final da avaliação à Comissão Permanente de Avaliação da USP que, por sua vez, fará uma análise completa do documento, deliberando então sobre as observações e análises dos Assessores Externos.

*A CPA/USP é uma iniciativa da Universidade de São Paulo que envolve todas as suas unidades, que são regularmente analisadas por um comitê avaliador, a cada quatro anos, com o intuito de traçar as metas e os objetivos dessas instituições, para um futuro a médio prazo.

Assessoria de Comunicação