Notícias

12 de agosto de 2015

Pesquisadores aperfeiçoam análise

analise_cerebralUma nova implementação realizada em um equipamento de Imagens por Ressonância Magnética (IRM) permitiu aperfeiçoar a análise de perfusão cerebral*, através da Arterial Spin Labeling (ASL), única técnica de imagens completamente não invasiva utilizada para medir a perfusão de sangue no cérebro. A metodologia, introduzida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tem como objetivo final viabilizar a utilização da técnica ASL para a avaliação da perfusão em tecidos com tempo de trânsito arterial prolongado, condição típica em pacientes com doenças cerebrovasculares, em especial os que têm estenose de carótida, terceira doença cerebrovascular com maior índice de mortalidade, causada pelo acúmulo de placas de gorduras nas artérias carótidas – principais canais que transportam o sangue do coração ao cérebro.

A ASL é uma técnica que utiliza propriedades de água presente no sangue como traçador capaz de fornecer informações sobre o fluxo sanguíneo. Apesar de seu histórico de sucesso em diferentes aplicações, a técnica Arterial Spin Labeling ainda não é recomendada para aplicação em patologias específicas, como, por exemplo, naquelas que retardam o tempo de trânsito arterial em regiões específicas, como AVC e estenose de carótida, uma vez que o processo de irrigação do tecido cerebral, nesses indivíduos, pode se apresentar mais lento, dificultando a detecção apropriada FERNANDO_PAIVA_350_analise_perfusao_cerebral_2015dessa distribuição e podendo também oferecer um diagnóstico falso. O fluxo do sangue pode estar preservado, mas, se ele estiver atrasado, a técnica tradicional vai detectar o processo de forma errada, explica o Prof. Dr. Fernando Paiva, pesquisador do IFSC/USP responsável pelo desenvolvimento da citada técnica, derivada de uma pesquisa desenvolvida em parceria com o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), e a empresa Philips, da América Latina.

Ao contrário das metodologias tradicionais baseadas em Arterial Spin Labeling comumente utilizadas, o novo método, cujo estudo é financiado pela FAPESP**, permite analisar o fluxo de sangue em diferentes intervalos de tempo, podendo se estender por períodos maiores que os possíveis atualmente. Isso ocorre pois o método proposto utiliza uma estratégia para minimizar o efeito da relaxação longitudinal no contraste ASL, o que normalmente compromete as medidas para fluxos mais lentos. Assim, é possível registrar todo o lento processo de irrigação, permitindo uma análise mais eficiente e acurada do fluxo sanguíneo, mesmo em pacientes com as referidas patologias. Não temos como evitar a relaxação, mas conseguimos maximizar a qualidade das imagens adquiridas e viabilizar a técnica para aplicações, inclusive, em casos mais extremos, diz Paiva.

Fig01_500

(a) Imagens anatômicas do cérebro de um voluntário. (b) Imagens de perfusão obtidas usando um esquema padrão de aquisição da técnica ASL multifase (com ângulo de flip constante) e (c) usando a modulação no ângulo de flip proposta no trabalho.

Esses promissores resultados foram obtidos através de imagens por Ressonância Magnética em indivíduos sem doenças cerebrovasculares. Agora, os pesquisadores do IFSC/USP deverão realizar novos testes com pacientes que tenham diagnóstico confirmado de estenose da carótida, também no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Neste momento, estamos recrutando pacientes com estenose, porque precisamos de indivíduos que tenham apenas esta doença, para garantirmos a eficácia da metodologia neste tipo de diagnóstico, explica Paiva, cuja expectativa é que esta nova técnica seja validada já no próximo ano, quando deverá ser inicialmente utilizada em pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que tem um ambulatório específico para o tratamento de doenças cerebrovasculares – grande parte dos pacientes atendidos neste setor sofre de estenose de carótida.

Destaque internacional

Os resultados preliminares deste estudo, que está descrito na tese de mestrado do aluno André Monteiro Paschoal (IFSC/USP), foram apresentados durante o Organization for Human Brain Mapping- OHBM 2015, prestigiado congresso sobre mapeamento cerebral que aconteceu em junho deste ano, em Honolulu, no Havaí (EUA), e que reuniu alguns dos maiores especialistas que atuam na referida área.

*Mecanismo através do qual os nutrientes são transportados ao cérebro, através do fluxo sanguíneo;

**Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Assessoria de Comunicação

11 de agosto de 2015

Concurso de comunicação científica premia pesquisadores mais criativos

Estão abertas até 15 de setembro as inscrições para mais uma edição do EURAXESS Science Slam Brazil, concurso de comunicação científica aberto a todos os pesquisadores ativos no Brasil (mestrandos em diante).

EURAXESS_Science_SlamO concurso tem como objetivo a apresentação de pesquisas de maneira criativa, seja através de uma palestra, de uma apresentação musical ou de dança ou em qualquer outro formato que o pesquisador desejar.

Para ser selecionado e participar da final do concurso, que ocorrerá no Rio de Janeiro (RJ) em 22 de outubro de 2015, o participante deverá apresentar seu trabalho ao vivo a) em vídeo simples, gravado com smartphone ou equivalente, b) em entrevista por Skype com representantes nacionais da EURAXESS Links Brazil. As apresentações poderão ser em inglês ou português.

O vencedor da edição brasileira ganhará como prêmio uma viagem à Europa, além de uma visita a um instituto europeu de sua escolha.

Para se inscrever no concurso e/ou obter mais informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de agosto de 2015

Chega ao fim a G&GC 2015

Encerrou-se na manhã do passado dia 09 de agosto, no Hotel Anacã (São Carlos), a Advanced School on Glasses and Glass Ceramics 2015 (G&GC 2015), um evento idealizado pela FAPESP* e organizado pelo CeRTEV**, que reuniu estudantes do Brasil e do exterior, dedicados ao desenvolvimento de pesquisas na área de materiais vítreos e vitrocerâmicos.

PUBLICO_250Ao longo da última semana, os participantes – 65 estrangeiros e 30 brasileiros – foram apresentados aos principais avanços científicos e tecnológicos na área em questão, através de apresentações dos próprios alunos, atividades práticas e visitas aos laboratórios de pesquisa dos campi de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Aliás, a Escola Avançada também ofereceu palestras ministradas por renomados cientistas, brasileiros e estrangeiros, que abordaram diversos tópicos da citada área, como, por exemplo, fundamentos de estrutura, processos de relaxação, cristalização e propriedades, estrutura molecular, nano e microestrutura, processos dinâmicos, as propriedades mecânicas, ópticas, elétricas e biológicas dessas classes de materiais vítreos, entre outros temas.

Durante o encerramento, os participantes, que foram divididos em 18 grupos, apresentaram seus trabalhos de conclusão de curso, onde demonstraram notáveis qualidade e desempenho (confira as imagens das apresentações, AQUI). Na ocasião, cinco participantes foram premiados com um exemplar do livro Writing Scientific Papers in English Successfully, escrito pelo Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior (IFSC/USP), junto com os docentes Ethel Schuster e Haim Levkowitz (confira os vencedores do sorteio AQUI).

O Prof. Dr. Edgar Dutra Zanotto (UFSCar), um Zanotto250dos organizadores do evento, reconheceu o sucesso dessa edição da Escola Avançada: O feedback que recebemos, tanto dos professores convidados, quanto dos estudantes, foi altamente positivo. Eles nos agradeceram muitas vezes pela organização da G&GC 2015 e foram embora contentíssimos, revelou ele, que enalteceu a qualidade das aulas ministradas durante o evento. Alguns professores disseram que a G&GC 2015 foi a melhor escola do gênero, completou, ressaltando o empenho dos alunos que participaram ativamente de todas as atividades do Schneider250evento.

Assim como o Prof. Zanotto, o Prof. Dr. José Fábian Schneider, docente do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e outro organizador da Escola, também destacou o êxito do evento. O nível das palestras foi excelente. Os participantes realmente se envolveram no desenvolvimento de seus trabalhos. Alguns dos projetos apresentados aqui, realmente poderão ser implementados pelos alunos, disse ele.

O pós-doutorando Shiv Prakash Singh (Índia), Singh250que participou da Escola, destacou a oportunidade que teve de conhecer estudantes de outros países que desenvolvem estudos na citada área de pesquisa. Foi uma oportunidade muito legal. O evento só teve pontos positivos, porque pude conviver com essas pessoas e participar intensamente da Escola. Os participantes que estiveram presentes trabalham com diferentes propriedades de materiais vítreos e vitrocerâmicos, o que facultou os diálogos e as trocas de opiniões, então, o evento não teve nenhum ponto negativo, enalteceu.

Devido ao sucesso da G&GC 2015, o Prof. Schneider adiantou que, no futuro, uma nova edição da Advanced School on Glasses and Glass Ceramics deverá ser realizada.

*Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo;

**Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP).

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2015

IFSC participa de projeto da Estação Espacial Internacional

A Profa. Dra. Manuela Vecchi, do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), integra o projeto Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02), detector de partículas que está em operação há quatro anos, na Estação Espacial Internacional (ISS), e que congrega cerca de 600 físicos oriundos de 56 instituições de 16 países.

Com essa participação, o IFSC tornou-se a primeira instituição da América Latina a integrar o projeto internacional, através do programa Busca indireta de matéria escura com o detector AMS-02, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no âmbito do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

Uma reportagem completa, sobre a participação do IFSC/USP no AMS-02, foi publicada na edição de hoje da Agência FAPESP. Confira AQUI.

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2015

Concurso para admissão de docentes – Física

A Universidade Estadual de Londrina (PR) está com concurso aberto para admissão de docentes em diversas áreas do conhecimento, com destaque para a área de física teórica geral (gravitação, cosmologia, teoria de campos, etc.).

Os interessados poderão consultar todas as informações, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2015

Fotografias ajudam a diagnosticar tipo agressivo de câncer

Com o suporte de um banco de imagens e de um sistema computacional, uma simples fotografia, feita por meio de câmeras digitais ou celulares, poderá ser utilizada no processo de diagnóstico do Melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, que acomete cerca de seis mil indivíduos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA. A metodologia, inovadora, foi desenvolvida no âmbito do projeto de mestrado de David Antônio Sbrissa Neto, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que realizou o estudo juntamente com os Profs. Drs. Gonzalo Travieso, Cristina Kurachi, Vanderlei Salvador Bagnato e Luciano da Fontoura Costa, todos do IFSC/USP.

Creditos_Carlisle_dermatology_com_250O Melanoma surge quando as células produtoras de melanina – responsáveis pela coloração da pele – sofrem danos, podendo invadir qualquer órgão corpóreo e ocasionar, em muitas vezes, o desenvolvimento de manchas – lesões melanocíticas -, além de outras alterações que podem acarretar em coceira, sangramento e outros sintomas. Hoje, o diagnóstico do Melanoma é feito através da biópsia*, que pode ser executada tanto por dermatologistas, quanto por oncologistas. Entretanto, de acordo com a Profa. Cristina Kurachi, geralmente o número desses profissionais em atuação é escasso e a fila de espera para a realização do diagnóstico pode se prolongar por meses, tempo que favorece a evolução da patologia, cuja cura só é obtida com sucesso quando o tratamento se inicia durante os primeiros estágios da doença.

Essa demora no diagnóstico também se deve ao fato das manchas do Melanoma serem semelhantes a outras lesões desenvolvidas na pele humana. Isso faz com que os médicos não-dermatologistas tenham dúvidas sobre a origem das manchas. Apesar de o Melanoma não ter uma incidência tão alta em termos de porcentagem, a quantidade de casos suspeitos é muito grande, explica Kurachi, destacando o aumento da estatística de pacientes com Melanoma.

A metodologia inovadora

Para analisar as imagens de pesquisadores_lesoes_melanociticas_2015_-_350possíveis casos da doença em questão, os pesquisadores do IFSC/USP criaram um banco de imagens que é regularmente atualizado com fotos de lesões melanocíticas cedidas por médicos. Essas imagens são utilizadas como base para as análises das fotografias dos pacientes. Esse processo de comparação de imagens só é possível porque as manchas causadas pelo Melanoma têm características únicas, incluindo bordas irregulares, colorações diferenciadas e um diâmetro maior do que as manchas comuns.

Com esse estudo, conseguiremos agilizar o diagnóstico dos pacientes, porque, com as características quantitativas que obtivermos das imagens desse banco, nosso sistema computacional as comparará automaticamente com as das fotografias dos pacientes, informando se as manchas dos indivíduos podem – ou não – corresponder às do Melanoma, diz o Prof. Travieso.

Para que essa metodologia possa ser disponibilizada no mercado, os pesquisadores explicam que ainda é preciso executar alguns ajustes no sistema computacional, responsável pelos cálculos nas imagens dos pacientes, aprimorando ainda mais sua eficiência. Além disso, os especialistas do IFSC/USP deverão realizar novos trabalhos envolvendo o diagnóstico de outros tipos de lesão. Ampliaremos o nosso banco de imagens e trabalharemos com outros tipos de processamento, também na área de diagnóstico, pontua David Neto, que em breve dará início ao seu doutorado no IFSC/USP.

*Remoção cirúrgica onde parte ou a totalidade da lesão é retirada para análise médica.

Na imagem 2: Os pesquisadores Gonzalo Travieso, David Neto e Cristina Kurachi.

(Crédito: Imagem 1 – CarlisleDermatology)

Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2015

Elaboração de referências para trabalhos acadêmicos

Entre os dias 10 e 16 de agosto de 2015, estarão abertas as inscrições para o curso a distância “Elaboração de referência para trabalhos acadêmicos”, que será oferecido novamente pela Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Biblioteca_IFSC-_logoO curso, que será realizado entre os dias 18 e 30 de agosto, tem como público-alvo alunos de graduação e pós-graduação da USP e demais interessados, e terá como objetivo orientar os alunos na elaboração de referências de acordo com a norma da ABNT NBR 6023, capacitando um maior número de usuários para que eles se tornem autossuficientes na elaboração de trabalhos acadêmicos.

As inscrições poderão ser feitas através do endereço eletrônico http://ead.cisc.usp.br/

Mais informações através dos seguintes contatos: bib@ifsc.usp.br e/ou (16) 3373-9778.

Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2015

A física nos instrumentos musicais*

Donoso-_EinsteinAo ouvir sinfonias de Mozart, Bach e Beethoven, muitos costumam se perguntar como foi possível que seres humanos fossem capazes de compor tais obras-primas musicais. Mas certamente poucos já pararam para pensar que essas e outras obras jamais poderiam ser executadas caso algumas pessoas não tivessem dedicado estudos para construção dos instrumentos musicais que dão som e ainda mais beleza às composições clássicas.

Para que o desenvolvimento e aperfeiçoamento de materiais para feitura de pianos, violinos, flautas e diversos outros instrumentos musicais fosse possível, princípios básicos de física foram protagonistas, assim como os próprios físicos em si. Albert Einstein, por exemplo, costumava reunir-se semanalmente com colegas e amigos para tocar música de câmara. O físico francês Félix Savart é considerado um dos pioneiros a pesquisar a física do violino. O fisiologista e físico alemão Hermann Von Helmholtz elucidou o tipo de vibração que distingui uma corda excitada por um arco da corda tangida**. O pai de Galileu Galilei, Vincenzo Galilei, demonstrou que a música não poderia ser embasada em ideias abstratas vigentes na época de razões de números inteiros, mas sim no fenômeno físico sonoro ***.

Física básica nos instrumentos musicais

Propagação de som e acústica são dois conceitos de física básica extremamente importantes para compreensão do funcionamento dos instrumentos musicais, que são classificados em três categorias: os com base em cordas vibrantes, os que dependem de vibração de colunas de ar e os de percussão.

Quando fazemos vibrar a corda de um instrumento musical, diversos harmônicos, configurações de ondas estacionárias também chamadas de “ressonâncias”, podem ser formados ao mesmo tempo, que serão sempre múltiplos inteiros da frequência fundamental original. Ou seja, para uma frequência f emitida pela corda de um violino, seus harmônicos terão frequências 2f, 3f, 4f e assim por diante. “Ao ouvir uma nota musical, nossos ouvidos, na realidade, captam as diversas frequências, ou harmônicos, emitidas. Um instrumento musical de qualidade ruim não será capaz de produzir muitos harmônicos, e, por isso, não será agradável aos nossos ouvidos”, explica o docente do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (RMN- IFSC/USP), José Pedro Donoso.

TimbreCada instrumento musical possui um tipo de “impressão digital sonora” com descrições matemáticas extremamente precisas. O que irá realmente diferenciar um instrumento de outro são as amplitudes e durações de cada um dos harmônicos presentes no som resultante, ou imperfeições das ondas sonoras, conjunto de características que é chamado de timbre. É graças a ele que conseguimos diferenciar o som de um violão do som de um piano, por exemplo.

As particularidades de cada instrumento

Embora todos os instrumentos musicais sigam uma mesma lógica de funcionamento, cada um possui peculiaridades. No caso de instrumentos de sopro, o que produz o som é a vibração da coluna de ar dentro do tubo. “Ao assoprar o instrumento, são geradas diversas frentes de ondas de ar, que se propagam dentro do tubo. Ai dedilhar o instrumento, os orifícios abrem e fecham, mudando o comprimento do tubo e gerando diferentes notas musicais”, explica Donoso.

No caso de uma flauta transversal, ao aproximar a boca da borda e assoprar, o ar incidirá contra a borda, dando origem a “redemoinhos”. São as perturbações do ar introduzidas por estes redemoinhos que gerarão os sons do instrumento. Para produzir sons mais graves ou agudos, basta que o executante dedilhe os orifícios do tubo e mude o ângulo e força do sopro.

Diferente da flauta transversal, a flauta doce possui uma boquilha de geometria fixa, o que faz com que seja relativamente fácil produzir um som musical neste instrumento. Mas, seja qual for o instrumento de sopro, quando seus orifícios são destampados, o efeito é o mesmo: a produção de uma nota de altura maior, já que destampar os orifícios é como se o tubo tivesse sido encurtado. Na região da abertura, a pressão do ar coincidirá com a pressão atmosférica, e a coluna de ar, originada pelo sopro, irá se comportar como se nesse local o instrumento tivesse uma extremidade aberta.

Donoso-_percussoNos instrumentos de percussão, os sons são produzidos graças a uma membrana bastante esticada que fica na parte superior. As chaves de afinação, que seguram a membrana, são também responsáveis pelo controle da tensão e da afinação. Para visualizar os modos de vibração, é empregado o método de Chladni, que consiste no espalhamento de uma cortiça fina sobre a membrana, para se observar as figuras produzidas quando a membrana é posta para vibrar numa determinada frequência.

Instrumentos diferenciados

Considerado um dos instrumentos musicais mais complexos, o desenho do piano moderno foi concebido por Henry Steinway. Formado por 88 teclas, o som das 10 notas mais agudas é gerado por cordas individuais, o som das notas seguintes é gerado por conjuntos de duas cordas, e o som das notas mais graves é gerado por bordões, com um fio de cobre enrolado na corda de aço. “O martelo que bate nas cordas do piano, para produzir os sons, não pode bater em qualquer parte da corda: o melhor local é aquele que fica a uma distância de 1/9 de sua extremidade. Assim, apenas as intensidades dos harmônicos 9, 18, 27, 36 e 45 serão prejudicadas no espectro sonoro do instrumento”, explica Donoso.

Outra particularidade do piano é sua tábua harmônica, responsável por aumentar a sonoridade do instrumento. Isso porque a vibração das cordas do piano, quando transferidas a uma superfície maior, aumenta a sonoridade do instrumento. “Não se trata de uma tábua de madeira qualquer; ela precisa ser harmônica”, enfatiza o docente.

Mas o piano não é considerado um instrumento harmônico. Isso porque, como já explicado anteriormente, os harmônicos são sempre múltiplos inteiros da uma frequência fundamental. No caso do piano, essa regra não é seguida nas notas mais agudas e nas notas mais graves, nas quais os harmônicos não são exatamente múltiplos inteiros. “Este problema dificultou muito o desenvolvimento do piano eletrônico. Demoraram-se muitos anos para desenvolver um piano eletrônico capaz de reproduzir sons da maneira que o faz um autêntico piano. Fazer um teclado, entretanto, era barato e fácil, o que não se pode dizer do piano”, conta Donoso.

Outro instrumento de arquitetura tão complexa quanto a do piano é o violino. Os mais famosos, os Stradivarius e os Guarneri, podem chegar a custar alguns milhões de dólares. Novamente, ondas sonoras e vibração são dois conceitos de física básica extremamente importantes para explicar seu funcionamento: no campo superior da caixa de ressonância, há dois orifícios em forma de “f” que comunicam as vibrações do ar dentro do violino ao exterior. O cavalete atua como transdutor mecânico, transmitindo a vibração das cordas para a caixa acústica do instrumento. Ele também atua como um filtro acústico, suprimindo frequências indesejáveis.

Donoso-_alma_do_violinoOutra peça importante no instrumento é a chamada “alma do violino”, palito cilíndrico da grossura de um lápis, que se apoia entre os dois tampos. A alma possui duas funções: uma acústica, na transmissão das vibrações do tampo superior para o tampo inferior, e outra estrutural ajudando a suportar a tensão das cordas sobre o tampo superior. Desta forma, é possível movimentar-se uma grande área, trazendo como consequência o aumento da sonoridade do instrumento.

O som do violino é o resultado da forma de onda originada pela excitação das cordas pelo arco, que é influenciada pelas vibrações e ressonâncias do corpo do violino, seus tampos e cavalete. O arco do violino, feito de fios de crina de cavalo, é de extrema importância para a geração de sons afinados e agradáveis aos nossos ouvidos. A tensão das cordas do violino sobre o tampo do mesmo é tão grande, que é como se um objeto de nove quilos estivesse apoiado sobre ele. “No caso do piano, essa medida é ainda mais impressionante: a tensão causada pelas cordas equivale a três toneladas. Por isso é que o marco do piano precisa ser de ferro. Do contrário, suas cordas estourariam”, elucida Donoso.

Outro diferencial do violino é o tipo de onda que ele produz, quando o arco passa sobre suas cordas, a chamada onda dente de serra. “A propriedade mais importante deste tipo de onda é que ela gera sons ricos em harmônicos”, complementa Donoso.

Tal propriedade, por exemplo, não pode ser verificada no violão. Embora suas cordas possuam o mesmo comprimento (65 cm), todas têm diferentes espessuras. Ao vibrarem, vibram também o ar ao redor e produzem ondas sonoras estacionárias. Sua caixa de ressonância no formato do número 8 permite que certas regiões entrem em ressonância, amplificando os sons fracos. Outra coisa que diferencia o violão do violino (e também do violoncelo) é seu braço, que é dividido em frações (chamadas de casa) bem definidas.

A contribuição de alguns físicos no mundo musical

A maioria dos instrumentos musicais que conhecemos foi confeccionada há muitos anos, e o design de todos eles permanece o mesmo, com sutis alterações em um ou outro instrumento. Mas, no que diz respeito ao funcionamento dos instrumentos- o que interferiu, inclusive, na confecção dos mesmos-, muitos físicos trouxeram importantes colaborações.

Além dos já citados no início da matéria, outros, como Chandrasekhara V. Raman, que ganhou o prêmio Nobel de Física de 1930, trabalhou com a acústica de instrumentos musicais, desenvolvendo teorias de vibração que o arco do violino produz em suas cordas. Ele também foi o primeiro a investigar a natureza harmônica dos instrumentos indianos.

Frederick Saunders, mais conhecido no mundo da física pelo acoplamento Russell & Saunders, estudou as propriedades acústicas de instrumentos de cordas e desenvolveu um método para analisar a resposta acústica dos instrumentos, utilizando um analisador para registrar a amplitude e as freqüências dos harmônicos produzidos.

Novas áreas de estudos relacionando a música com outras áreas do conhecimento também têm ganhado destaque. Os estudos de processamento da música por técnicas de Imagens de Ressonância Magnética são um exemplo. O objetivo principal é identificar regiões do cérebro envolvidas no processamento da harmonia e da melodia. Estudos similares tentam relacionar a música com as neurociências, particularmente a organização cerebral das funções musicais. Dados interessantes já foram verificados em pesquisas desse tipo, como o fato de a música ter acesso direto à afetividade e áreas límbicas (responsáveis pelas emoções e comportamentos sociais).

Mas, já há muitos anos, é sabido que a música exerce grande influência no cérebro e na vida de qualquer pessoa. Basta torcer para que continue existindo pesquisadores dispostos a explorar essa importante e belíssima área de estudos ****.

*Essa matéria teve como base a palestra “A física dos instrumentos musicais”, ministrada há anos pelo docente do IFSC/USP José Pedro Donoso

**Informações retiradas do artigo “A física do violino”, que pode ser acessado através do endereço eletrônico http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/302305.pdf

***Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/11/04/livro-aborda-contribuicao-do-pai-de-galileu-galilei-para-a-historia-da-musica/

****Mais informações sobre a física dos instrumentos musicais pode ser encontrada nos livros “Instrumentos Musicales: artesania y ciência” de H. Massmann e R. Ferrer (Biblioteca IFSC, catalogação 534 M418i) e “The Physics of Musical Instruments” de N.H. Fletcher e T.D. Rossing (Biblioteca IFSC, 534 F612p), e no artigo “A Física do violino” de J.P. Donoso, A. Tannus, F. Guimarães e T.C. de Freitas, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física 30 (2) 2305 (2008).

Imagens:

Imagem 1- Fonte: Life Magazine

Imagem 2- Fonte: http://www.musictheoryis.com/timbre/

Imagem 3- Fonte: www.phys.unsw.edu.au/music

Imagem 4- Fonte: http://musicartgaruva.blogspot.com.br/2012/02/curiosidades-do-violino.html

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Treinamento em Inovação e Empreendedorismo na Alemanha

No âmbito do Programa Parceria Estratégica entre a Universidade de São Paulo e a Münster University (WWU – Alemanha), a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) anuncia o edital para seleção de docentes, alunos de pós-graduação e alunos de graduação para participação no treinamento em Inovação e Empreendedorismo, com o patrocínio do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). Os interessados em participar da seleção deverão se inscrever através do sistema Mundus, até 24 de agosto de 2015.

USP-logoComo pré-requisito, exige-se que os interessados sejam alunos ou docentes da USP, de qualquer área do conhecimento, que tenham atividades ligadas aos temas de Inovação e Empreendedorismo, sejam brasileiros ou estrangeiros com visto de permanência no Brasil, tenham inglês fluente e tenham vínculo ativo com a USP no momento da inscrição e do evento.

À inscrição deverão também ser anexados os seguintes documentos: carta de motivação, currículo resumido, carta de recomendação devidamente assinada por um docente de seu departamento (no caso de alunos) ou pelo diretor de sua Unidade (no caso de docentes).

Para mais informações a respeito do processo seletivo, clique aqui para acessar o edital.

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Diagnóstico óptico de processos patológicos bucais

No início da tarde de 06 de agosto último, o pesquisador Luis Felipe Carvalho, pós-doutorando do Laboratório de Espectroscopia Vibracional Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), apresentou a palestra Diagnóstico óptico de processos patológicos bucais, evento que foi organizado pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Nesse seminário, o pesquisador abordou LUIS_FELIPE_300os aspectos relevantes de processos patológicos bucais em que se utilizam técnicas espectroscópicas. Além disso, Luis Carvalho mencionou alguns resultados envolvendo a utilização dos métodos de espectroscopia Raman e FT-IR*, em amostras in vivo e in vitro, bem como publicações recentes. Por fim, abordou o seu mais recente projeto voltado à utilização da espectroscopia Raman in vivo, em um sistema portátil para o diagnóstico de lesões bucais de maneira precoce, ou minimamente invasiva.

Luis Carvalho é graduado em Odontologia pela Universidade de Taubaté, mestre e doutor em Biopatologia Bucal pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, e doutor em Nanociências e Materiais Avançados pela Universidade Federal do ABC – UFABC. O pesquisador, que recentemente concluiu seu pós-doutorado no FOCAS Institute, na Irlanda, tem experiência no diagnóstico de câncer e de outras lesões bucais, através de técnicas de espectroscopia, como, por exemplo, Espectroscopia Raman, FT-IR e análises estatísticas multivariadas.

*Espectroscopia Infravermelho com Transformada de Fourier (Fourier Transform Infrared Spectrometer, em inglês).

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Cosmic and Superconducting Strings

Na tarde dessa quarta-feira, dia 05 de agosto, a Profa. Dra. Betti Hartmann, do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), apresentou o seminário Cosmic and Superconducting Strings, na sala F-210 (IFSC/USP).

BETTI_HARTMANN_275Em sua apresentação, que se inseriu na programação do High Energy Physics Seminars, a docente falou sobre os defeitos topológicos que aparecem em modelos de teoria de campo com quebra de simetria espontânea e distribuidor de vácuo não-trivial. Hartmann também discutiu as razões pelas quais essas cordas existem, suas propriedades gravitacionais, entre outros aspectos.

Betti Hartmann tem mestrado e doutorado em física pela Carl Von Ossietzky Universität Oldenburg (Alemanha), bem como pós-doutorado pela Durham University (Reino Unido) e Université de Tours (França).

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2015

Avaliação institucional da CPA/USP

Decorreu nos dias 03 e 04 de agosto, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o 4º Ciclo de Avaliação Institucional USP – Período 2010-2014, onde um comitê avaliador, LOGOTIPO_IFSC_1000x825_200constituído pelos Assessores Externos, Profs. Drs. Fernando Lázaro Freire (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ), Jerson Lima da Silva (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ) e Christoph Brüder (University of Basel – Suíça), foi escolhido pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA/USP)*, para executar uma análise institucional sobre nossa Unidade, em relação ao desenvolvimento acadêmico, a situação atual da Graduação e Pós-Graduação e as metas, a médio prazo do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), verificando o planejamento, a gestão acadêmica e administrativa do Instituto e a interação do mesmo com outras instituições, traçando os seus objetivos, a partir deste ano.

Na manhã do dia 03, o comitê se reuniu com o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, Diretor desta Unidade, e com outros docentes do IFSC, na Sala da Congregação do Instituto. Na ocasião, o Prof. Bonagamba fez uma apresentação de abertura, onde falou sobre a Universidade de São Paulo e o IFSC/USP, tendo abordado, por exemplo, o histórico desta Unidade, que surgiu como departamento de física na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Posteriormente, o IFSC integrou o Instituto de Química de São Carlos, tendo dado origem ao IFQSC (Instituto de Física e Química de São Carlos). Em 1994, ambas as Unidades adquiriram a sua autonomia própria, fator que tornou o IFSC/USP uma Unidade independente da Universidade de São Paulo.

Na oportunidade, Bonagamba TITO_2_350_avaliacao_cta_2015também falou sobre os diversos setores do IFSC/USP, incluindo sua infraestrutura, além do sucesso do Instituto na obtenção de financiamentos para a elaboração de suas pesquisas. Além disso, o diretor ressaltou a notável capacidade que esta unidade tem de transformar ciência básica em inovação. Há anos, nossos pesquisadores têm trabalhado intensamente com os aspectos puramente teóricos e com estudos experimentais, atuando também com pesquisa, desenvolvimento e inovação, enalteceu ele, tendo destacado a ampla variedade de opções que o físico tem para atuar, o que inclui oportunidades de emprego tanto na área acadêmica, quanto no setor industrial – hoje, vários ex-alunos do IFSC/USP, por exemplo, trabalham em companhias como Itaú, Philips, EMS, Microsoft, UOL, Opto Eletrônica ou Samsung.

Bonagamba também fez questão de salientar algumas das diversas atividades acadêmicas e culturais que esta Unidade tem promovido, incluindo o programa Universitário por 1 Dia, onde o IFSC recebe visitas de alunos do ensino médio, bem como a série Concertos-USP Filarmônica, iniciativa realizada pelo IFSC/USP, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos. À Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, Bonagamba ressaltou a importância da avaliação da CPA/USP, que oferece a oportunidade de se compreender, de uma maneira mais eficiente, a história do próprio Instituto, permitindo que os membros desta Unidade imponham novas metas, elevando cada vez mais o nível desta instituição. Essa avaliação é um tipo de atividade em que a Diretoria deve colocar todos os agentes de liderança em ação, para que nossas metas sejam estruturadas, pontuou.

COMITE_AVALIADOR_350_2Em seguida, os docentes do Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar – FCI falaram sobre seus respectivos grupos de pesquisa (confira as imagens AQUI). À tarde, foi a vez dos docentes do Departamento de Física e Ciência dos Materiais – FCM dissertarem sobre seus grupos aos Assessores Externos da CPA/USP (confira as imagens AQUI). Pelas 16h, o comitê visitou os laboratórios de pesquisa do IFSC/USP, ao lado dos Profs. Drs. Tito Bonagamba, Rirchard Garratt e Odemir Bruno.

No dia 04, o comitê assistiu às apresentações dos Profs. Drs. Luis Marcassa, Otavio Thiemann, Valtencir Zucolotto, José Carlos Egues e Richard Garratt, presidentes das diversas comissões do IFSC (confira as imagens AQUI). Em seguida, a banca avaliadora encontrou-se com alguns alunos do Instituto de Física de São Carlos, com quem manteve profícuos diálogos, tendo posteriormente realizado mais uma série de visitas em ambos os campi da USP São Carlos.

Análise da banca avaliadora

Quanto às opiniões emitidas pela banca BRUDER_1_250avaliadora à nossa reportagem, começamos pelo Prof. Christoph Brüder, que se mostrou impressionado com as pesquisas desenvolvidas no IFSC, bem como com os trabalhos e as responsabilidades das comissões. Foi muito interessante ver todos os membros e grupos da Unidade participando das iniciativas do Instituto. Fiquei bastante impressionado com isso, afirmou ele, elogiando a qualidade das pesquisas elaboradas pelos especialistas do IFSC.

FERNANDO_1_250Já o Prof. Fernando Freire, que conhece o Instituto há anos, destacou a aposta que o IFSC tem feito na internacionalização, já que, para ele, a maior parte das universidades brasileiras se fecha ao público interno. Sempre achei o Instituto de Física de São Carlos um dos melhores do Brasil e, após ter assistido às apresentações dos docentes, mantenho esta minha opinião, disse ele que, além de membro titular da Academia Brasileira de Ciências, é integrante do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ.

Por último, destaque para o Prof. Jerson Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, JERSON_1_250que participou da avaliação institucional pela segunda vez. De acordo com ele, em comparação com a última avaliação, a organização em torno das comissões progrediu ainda mais. Isso tem ajudado a melhorar a formação dos alunos e a aumentar a publicação de artigos, tanto na qualidade, quanto na quantidade, revelou o docente, que também sublinhou a particularidade do Instituto promover a interação entre a academia e as indústrias, uma relação cuja importância tem sido constantemente sublinhada, junto da comunidade do IFSC/USP. Atualmente, além de atuar na UFRJ, o docente é Diretor Científico da FAPERJ.

No dia 05 de agosto, coube à banca avaliadora submeter o relatório final da avaliação à Comissão Permanente de Avaliação da USP que, por sua vez, fará uma análise completa do documento, deliberando então sobre as observações e análises dos Assessores Externos.

*A CPA/USP é uma iniciativa da Universidade de São Paulo que envolve todas as suas unidades, que são regularmente analisadas por um comitê avaliador, a cada quatro anos, com o intuito de traçar as metas e os objetivos dessas instituições, para um futuro a médio prazo.

Assessoria de Comunicação

5 de agosto de 2015

23º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP

Faltando apenas cinco dias para o término das inscrições para o 23º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP), a Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo informa que as inscrições para este evento deverão ser realizadas pelos alunos interessados (CLIQUE AQUI) até o dia 10 de agosto, sendo que o orientador deverá validar as mesmas até o dia 12.

Bolsistas CNPq, Santander e Institucional têm o compromisso de apresentar seus trabalhos no evento.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

5 de agosto de 2015

Novo método detecta falhas em algoritmos de criptografia

Um novo método vai ser capaz de medir a Phys_Org_-_criptografia_217existência de padrões em mensagens criptografadas. A criptografia é o processo que embaralha e protege dados sigilosos, principalmente, durante compras ou transações bancárias via internet. A ferramenta matemática, elaborada por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) em parceria com especialistas da Universiteit Gent (Bélgica), pode auferir o nível de segurança de algoritmos de criptografia e melhorar a segurança dos computadores.

A criptografia e a criptoanálise ficaram famosas após a 2ª bombe_-_creditos_Bletchley_Park_Trust__SSPL_300Guerra Mundial (1939-1945), quando foram utilizadas máquinas para cifrar mensagens e também para desvendá-las. Neste cenário, o brilhante matemático Alan Turing projetou a Bombe, uma máquina que possibilitou a quebra de códigos ultra-secretos de mensagens criptografadas pelo exército alemão, através da máquina Enigma. Ao contrário dessa época, hoje, os algoritmos de criptografia estão presentes em nosso cotidiano, principalmente em razão da evolução tecnológica, tendo se tornado fundamentais durante transações bancárias, compras ou outras atividades executadas online.

A partir do momento em que não oferecemos um canal seguro para que essas transações ocorram, o mundo moderno deixa de existir. Possivelmente, o nosso sistema econômico entraria em colapso, diz o Prof. Dr. Odemir Martinez Bruno, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do IFSC/USP e um dos pesquisadores envolvidos no citado estudo. De acordo com ele, ainda não há uma ferramenta matemática capaz de medir a força, ou segurança, de um algoritmo de criptografia moderna. Todas as metodologias utilizadas hoje na qualificação de algoritmos são capazes apenas de analisá-los como bons ou ruins, ou seja, as atuais técnicas não permitem verificar quais são os melhores algoritmos disponíveis no mercado.

Desenvolver esses algoritmos, para que as mais diversificadas empresas possam utilizá-los, é como fabricar cadeados. O que classifica um cadeado como bom ou ruim? Imagine que todos os cadeados que tivessem uma chave seriam categorizados como bons, enquanto que os cadeados com botões, que pudessem ser apertados por qualquer pessoa, seriam classificados como ruins. Nem todos os cadeados com chave, por exemplo, poderiam não ser tão seguros, mas a questão seria: quais os mais seguros?

No caso dos cadeados, é possível analisar suas estruturas físicas e ter uma ideia de sua segurança. Contudo, ainda não existem maneiras para verificar a eficiência dos algoritmos de criptografia. Por isso, a importância em desenvolver métodos matemáticos para medi-los. Odemir Bruno acredita que o desenvolvimento de novas métricas irá auxiliar na elaboração de métodos de criptografia mais fortes e mais seguros – e a metodologia proposta é um passo nesta direção.

Diagnóstico de doenças

Pelo fato dessa ferramenta matemática estar correlacionada com padrões complexos*, há expectativas de que ela possa ser utilizada na medicina, principalmente, na detecção de diversas doenças, como, por exemplo, do câncer, cujas células tumorais tendem a apresentar sinais de comportamento não esperado, gerando padrões em tecidos que talvez possam ser identificados de forma muito mais rápida.

Através de testes executados com essa ferramenta e com outros sistemas baseados em imagens, Odemir Bruno ODEMIR_BRUNO_350observou que a citada metodologia é capaz de visualizar padrões que não são vistos através das técnicas tradicionais. Quando aplicamos essas ferramentas em uma superfície em que já esperamos que haja padrões complexos, conseguimos analisá-los de forma mais ágil.

O trabalho referente ao novo algoritmo foi publicado recentemente na revista Communications in Nonlinear Science and Numerical Simulation. Para conferi-lo, acesse AQUI.

*A teoria supõe que um simples acontecimento pode acarretar em situações inesperadas.

(Créditos: Imagem 1: PhysOrg / Imagem 2: Bletchley Park Trust/SSPL)

Assessoria de Comunicação

4 de agosto de 2015

11ª edição dos Prêmios Santander Universidades

Estão abertas as inscrições para 11ª edição dos Prêmios Santander Universidades, considerada a maior premiação acadêmica do país e destinada a valorizar projetos de alunos, professores, pesquisadores e gestores do Ensino Superior Brasileiro.

Serão mais de R$ 2 milhões em prêmios, bolsas de estudos internacionais e mentoria, neste último destinada aos vencedores de empreendedorismo.

Desde a 1ª edição da premiação, mais de 66 mil projetos foram inscritos, com mais de 140 vencedores e R$ 9 milhões em prêmios.

Este ano, a composição dos Prêmios Santander Universidades mantém quatro modalidades, a saber: Prêmio Santander Ciência e Inovação; Prêmio Santander Empreendedorismo; Prêmio Santander Universidade Solidária e Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano.

Em 2015, os Prêmios Santander Universidades apresentam duas novidades: a primeira, a inclusão da área de Agronegócios, na categoria de Biotecnologia, no Prêmio Santander Ciência e Inovação, e a introdução de uma nova categoria – Soluções em Meio de Pagamento -, no Prêmio Santander Empreendedorismo.

Para mais informações sobre os Prêmios Santander Universidades, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

4 de agosto de 2015

Começa a Advanced School G&GC 2015

Na tarde do dia 1º de agosto, decorreu no Hotel PUBLICO_GGC_2015_aberturaAnacã (São Carlos) a abertura da Advanced School on Glasses and Glass Ceramics (G&GC 2015), um evento promovido pela FAPESP* e organizado por membros do CeRTEV**, com o intuito de reunir estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, do Brasil e do exterior, que atuam na área de materiais vítreos e vitrocerâmicos.

A Escola, que congrega 95 alunos – 65 estrangeiros e 30 brasileiros – além de cerca de 15 docentes, tem como objetivo oferecer aos jovens pesquisadores uma visão global dos principais avanços científicos e tecnológicos na área em questão, bem como os problemas e perspectivas para pesquisas futuras. Para isso, o evento oferecerá, ao longo de nove dias, uma intensa programação com apresentações feitas pelos próprios estudantes, atividades práticas e visitas aos laboratórios de pesquisa dos campi da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Além disso, a Escola Avançada trará palestras ministradas por renomados cientistas do Brasil e do exterior, que abordarão diversos tópicos da citada área, como, por exemplo, fundamentos de estrutura, processos de relaxação, cristalização e propriedades, estrutura molecular, nano e microestrutura, processos dinâmicos, as propriedades mecânicas, ópticas, elétricas e biológicas dessas classes de materiais vítreos, entre outros temas. Os participantes da G&GC 2015 serão divididos em grupos de cinco ou seis membros que, com a ajuda de um professor ou pesquisador orientador, deverão apresentar um projeto de pesquisa no final do evento, com base nos conhecimentos adquiridos ao longo desta semana.

Na abertura da Escola, os participantes assistiram a uma descontraída apresentação do Prof. Dr. Edgar Dutra Zanotto (UFSCar), um dos organizadores do evento, que falou sobre o CeRTEV e a cidade de São Carlos, tendo destacado os campi da USP e da UFSCar, algumas das grandes empresas sediadas na cidade, além das pesquisas sobre vidros desenvolvidas no Brasil, ao longo das últimas décadas.

Edgar_Zanotto__GGC_2015300Em entrevista à Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o docente da UFSCar ressaltou o difícil processo de seleção dos participantes, que foi baseado no currículo de cada um deles, o que permitiu escolher estudantes que se destacam na área de vidros e vitrocerâmicos. Fizemos uma seleção rigorosa. Mas as perspectivas para a G&GC 2015 são ótimas, porque temos alunos e professores de altíssimo nível, enalteceu ele, que também destacou o apoio do IFSC/USP à Escola, já que esta Unidade cederá o Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, para a realização de grande parte das atividades da G&GC 2015.

O participante Matthieu Chazot, oriundo do Canadá, disse estar ansioso por conhecer novos especialistas que atuam na área e aprender sobre novas tecnologias utilizadas no desenvolvimento de pesquisas com materiais vítreos. O jovem pesquisador também afirmou que a Escola é uma excelente ocasião para estabelecer novas parcerias. Já o seu colega Thorben Welter, que veio da Alemanha para participar da G&GC 2015, enfatizou o fato da Escola ser uma ótima oportunidade para descobrir novos métodos para se trabalhar com materiais vítreos. Além disso, destacou a oportunidade que terá para conhecer novos pesquisadores e renomados docentes que atuam na área de vidros e vitrocerâmicos.

Matthieu_GGC_2015_250Thoben_GGC_2015_250

A pesquisadora Tássia de Souza Gonçalves, Taissa_GGC_2015_200doutoranda do Instituto de Física de São Carlos, que também participa da Advanced School on Glasses and Glass Ceramics, comentou estar animada com o evento, já que a G&GC 2015 abordará as estruturas, bem como as propriedades dos materiais vítreos. A Escola será bastante importante, porque deverá ampliar o meu conhecimento na área de vidros, pontuou a jovem pesquisadora.

A G&GC 2015 decorre até o dia 09 de agosto, data em que os grupos apresentarão seus trabalhos finais.

*Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo;

**Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP).

Assessoria de Comunicação

4 de agosto de 2015

II Encontro Nacional de Física na Indústria

Ocorrerá entre os dias 10 e 11 de agosto a segunda edição do Encontro Nacional de Física na Indústria – II ENFI, iniciativa que acontecerá no Auditório do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica – IMECC, na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (SP), tendo como público-alvo estudantes de Física, Engenharia Física e de áreas afins, tanto de graduação, quanto de pós-graduação.

As inscrições para este evento foram estendidas até dia 07 de agosto.

Através de debates e exposição de pôsteres, o evento difundirá os casos de sucesso em pesquisas nas empresas, mecanismos de financiamento em indústrias, além de procurar estimular a participação de cientistas no meio empresarial e, principalmente, instigar o envolvimento de estudantes de ciência no setor empresarial, incluindo indústria de alta tecnologia, consultorias, empreendedorismo, etc. Essa preocupação com a interação entre o setor acadêmico e industrial se deve ao fato de a inovação tecnológica ser um mecanismo fundamental de competitividade na economia global. Além disso, o físico, com seu treinamento para “pensar de forma estruturada”, tem se tornado cada vez mais um profissional versátil no setor empresarial, já que tem uma ampla variedade de áreas para atuar, como, por exemplo, nas áreas econômica, bancária, tecnológica, ou mesmo de segurança.

Participarão deste evento nomes importantes da física e do setor produtivo, tais como Ricardo Magnus Osório Galvão (Presidente da Sociedade Brasileira de Física – SBF), Newton R. Frateschi (Diretor do Instituto de Física “Gleb Wataghin” – IFGW/UNICAMP), Fernando Ranieri (Diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer – São José dos Campos, SP) e Dario Sassi Thober (Centro Wernher von Braun – Campinas), entre muitos outros.

A primeira edição do ENFI ocorreu no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em 2013, onde foram realizadas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. Aliás, na I ENFI, diversos especialistas abordaram questões importantes, como, por exemplo, a transferência de tecnologia da academia para o setor produtivo, cooperação tecnológica, gestão de inovação, o papel do físico no mercado de trabalho e experiências com spin-outs.

O evento é patrocinado pela Sociedade Brasileira de Física – SBF.

Para mais informações, incluindo a programação do II ENFI, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

3 de agosto de 2015

My English Online

Alunos de Graduação e de Pós-Graduação da Universidade já podem se inscrever no curso My English Online, do programa Idiomas sem Fronteiras. O curso é online e oferece um pacote completo de atividades interativas que podem ser realizadas em qualquer horário, além do acesso a livros interativos, leituras graduadas, exercícios de gramática, dicionários, atividades para prática de conversação e testes de acompanhamento.

O curso possui cinco níveis, atendendo desde alunos com conhecimento básico até os que já estão em condições de prestar o exame TOEFL. Cada nível deve ser cursado em até 180 dias e, no final, o aluno faz uma prova para avaliar o seu conhecimento e definir se está apto ou não para avançar.

Outra novidade é que a USP foi habilitada como Centro Aplicador do TOEFL, no âmbito do programa Idiomas sem Fronteiras. Já no próximo domingo, dia 26 de julho, o teste será aplicado gratuitamente a 600 estudantes previamente inscritos, sob a coordenação da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), em parceria com a Fuvest. O TOEFL é um exame de proficiência exigido para a concessão de bolsas do programa Ciência sem Fronteiras e também aceito por outros programas de mobilidade para países de língua inglesa.

A adesão ao programa Idiomas sem Fronteiras é a mais recente ação que integra o Inglês na USP, uma iniciativa da Aucani, com o objetivo de criar um ambiente acadêmico internacional na Universidade, sem se restringir apenas à questão da mobilidade.

Como explica o presidente da Agência, Raul Machado Neto A iniciativa tem também um aspecto inclusivo, pois oferece capacitação em língua inglesa e proporciona a todos os alunos a oportunidade de participar das atividades acadêmicas internacionais, que são cada vez mais numerosas. Hoje, o aluno precisa pensar além das nossas fronteiras, e ele pode fazer isso mesmo sem sair do Brasil.

Além do My English Online, a Aucani já oferece outros cursos de idiomas, como o Language Education Program at USP, um curso de inglês gratuito e presencial, voltado para os alunos de Graduação, com o objetivo de prepará-los para o International English Language Testing System (IELTS), o exame de proficiência em língua inglesa utilizado como pré-requisito para admissão em universidades de todo o mundo. O curso é oferecido em parceria com a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e com o British Council.

Outra ação importante é a Aucani Idiomas, resultado de uma parceria entre a USP e a Universia Brasil, que oferece cursos on-line a alunos, docentes e funcionários da Universidade.

O inglês é um idioma que tem um apelo maior em diversas áreas de conhecimento, mas essa iniciativa deve ser estendida também a outros idiomas, explica Machado. Também há a expectativa de que seja lançado, em breve, um curso de português, desenvolvido pela Universidade em parceria com a Universia Brasil, para ser oferecido às instituições parceiras.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da USP)

Assessoria de Comunicação

3 de agosto de 2015

IFSC/USP poderá firmar parceria com Grupo Fleury

PUBLICO_170No dia 30 de julho último, uma delegação do Grupo Fleury visitou o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) com o intuito de firmar uma parceria com nossa Unidade, em razão da homogeneidade que existe entre as pesquisas voltadas à área médica desenvolvidas nos laboratórios de ambas as instituições.

A delegação visitante, constituída por cinco membros do Grupo Fleury, foi recepcionada pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que coordena o Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano – IFSC), que demonstrou grande interesse em consolidar essa colaboração. Na ocasião, o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, Diretor do IFSC/USP, destacou a importância dessa visita, já que nosso Instituto sempre reforça, principalmente junto a seus estudantes, que o físico tem uma ampla variedade de opções profissionais fora do universo acadêmico, tanto em TITO_300grandes empresas nacionais, como internacionais.

O Diretor do IFSC/USP também relembrou alguns aspectos referentes ao crescimento da Unidade, que nasceu como departamento de física na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), tendo, posteriormente, se tornado o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC). Em 1994, ambas as instituições se dividiram, o que deu origem ao Instituto de Física de São Carlos.

JEANE_300Durante as apresentações, a Dra. Jeane Mike Tsutsui, Diretora de Inovação do Grupo Fleury, destacou os principais objetivos e trabalhos desenvolvidos pela sua equipe de pesquisadores. Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, Tsutsui disse que a inovação é um dos pilares fundamentais na área de medicina e diagnóstico, daí a aproximação com centros de excelência ser de suma importância para transferir o conteúdo produzido na universidade para as aplicações práticas, voltadas aos pacientes. Eu vejo, no IFSC, um grande potencial para concretizarmos uma parceria sólida, afirmou ela.

Por fim, o Prof. Zucolotto fez uma apresentação, ZUCO_300onde falou sobre o Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP, tendo abordado as principais linhas de pesquisa de sua equipe, bem como os estudos desenvolvidos pelos pesquisadores do GNano que têm resultado em diversas aplicações na área médica, através do desenvolvimento de diversas metodologias capazes de tratar e/ou diagnosticar várias doenças, incluindo hipertensão arterial e leucemia.

Assessoria de Comunicação

2 de agosto de 2015

Workshop de Educação e Pesquisa – Estado de São Paulo

Conquistas e Desafios da Ciência no Brasil é o tema do X Workshop de Educação e Pesquisa do Estado de São Paulo, um evento que ocorre no dia 03 de agosto, entre as 13 e as 18 horas, no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo.

Promovido e organizado pela SAC-IVEPESP – Sociedade Amigos da Cidade e Instituto para a Valorização da Educação e da Pesquisa no Estado de São Paulo, o evento reunirá um conjunto notável de pesquisadores que discorrerão sobre temas importantes inseridos no contexto proposto, entre os quais se contam dois docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).

Com efeito, a primeira palestra, que ocorrerá entre as 14 e as 14h40, estará sob a responsabilidade do atual Pró-Reitor de Graduação da Universidade de São Paulo e docente de nosso Instituto, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, que dissertará sobre o tema Um novo ambiente para o ensino de graduação, seguindo-se, entre as 14h45 e as 15h35, a palestra do Prof. Dr. Glaucius Oliva, igualmente docente do IFSC/USP, que abordará o tema Ciência e tecnologia para o desenvolvimento nacional, onde o palestrante apresentará, inclusive, uma proposta relativa à criação de uma Fundação de Amparo à Pesquisa da Cidade de São Paulo.

Entre as 16 e as 16h50, caberá ao Prof. Dr. Paulo Saldiva (FMUSP) apresentar a palestra O papel da ciência na melhoria da saúde ambiental, seguindo-se, a encerrar o evento, a palestra do Prof. Dr. Helio Dias (IFUSP), subordinada ao tema A educação em ciências e engenharias: exemplos de sucesso.

O X Workshop de Educação e Pesquisa do Estado de São Paulo tem como principais organizadores os Profs. Drs. Helio Dias (IFUSP), Glaucius Oliva (IFSC/USP) e J.B Oliveira.(SAC-IVEPESP).

Assessoria de Comunicação

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..