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18 de novembro de 2015

A meditação como tratamento integrativo

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu no dia 13 de novembro, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, a última edição de 2015 do programa Ciência às 19 Horas, com a presença da Dra. Elisa Harumi Kozasa, docente e pesquisadora do Instituto do Cérebro – Hospital Israelita Albert Einstein, que abordou o tema Pesquisas em meditação.

A palestrante falou sobre o fato de, nos últimos anos, ter havido um crescente meditacao-250aumento do interesse do público em geral e acadêmico sobre meditação, bem como yoga, tai chi e outras práticas, tendo sublinhado, também, algumas das principais pesquisas realizadas sobre os efeitos e a fisiologia da meditação, incluindo aquelas que utilizam a técnica de neuroimagem funcional.

Embora seja comumente associada a inúmeras filosofias religiosas orientais, o certo é que a meditação é uma prática milenar praticada e desenvolvida ao longo do tempo por diversos povos e culturas, não só num contexto meramente espiritual, mas, principalmente, como uma ferramenta para o desenvolvimento pessoal do indivíduo, favorecendo o equilíbrio entre corpo e mente.

Em diversos estudos desenvolvidos no Instituto do Cérebro, no Hospital Israelita Albert Einstein e publicados em importantes revistas internacionais, como a NeuroImage, constatou-se que pessoas que realizam um teste de atenção sustentada durante um exame de ressonância magnética funcional – e que não meditam com regularidade – precisam ativar mais áreas cerebrais do que outras que meditam regularmente para obter a mesma performance. Isso pode significar que essas pessoas podem eventualmente ter um cérebro mais eficiente nesse tipo de teste de atenção.

Já em outro estudo publicado na Plos One, foi possível classificar, com uma precisão de quase 95%, se um cérebro, pela sua estrutura, pertencia a uma pessoa que meditava com regularidade, ou não. Em um editorial publicado na Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, que teve a colaboração da Dra. Elisa Kozasa e de sua equipe, foi apresentada uma panorâmica de práticas como o ioga e a meditação e suas contribuições na área da reabilitação.

Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, a Profa. Dra. Elisa Harumi Kozasa – uma das pioneiras em pesquisas em práticas complementares em nosso país – afirmou que, de fato, existem alguns estudos indicando diferenças na composição estrutural dos cérebros de pessoas que fazem meditação, como, por exemplo, a espessura do córtex cerebral, em áreas pré-frontais do cérebro e na ínsula, que são áreas basicamente relacionadas à atenção e sensação corporal, além de outros estudos que mostram diferenças funcionais do cérebro também em áreas pré-frontais e em áreas igualmente pertencentes ao sistema límbico, que é o nosso sistema emocional. Teoricamente, existe uma diferença na habilidade do meditador em uma atenção sustentada, na relação emocional e na autoconsciência. A meditação influencia principalmente nesses aspectos (atenção, autoconsciência e regulação emocional). No aspecto da regulação emocional existem algumas questões interessantes que são derivadas desse tópico, como, por exemplo, a capacidade de treinar a compaixão. Isso é bem interessante, porque hoje um dos grandes problemas que vemos na humanidade é uma certa desumanização nas relações; existem alguns estudos, por exemplo no Max-Planck-Institut, em ressonância funcional, desenvolvidos pela Dra. Tania Singer, em colaboração com Matthieu Ricard – um monge e biólogo molecular por formação – que, em conjunto, estudaram a meditação na compaixão e obtiveram dados bem interessantes nessa prática específica de meditação, que tende a gerar uma maior habilidade de ter empatia e de se importar genuinamente com o sofrimento do outro, sublinhou a nossa entrevistada.

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Quanto à questão relacionada a se a medicina reconhece, ou não, os benefícios da meditação, Eliza Kozasa salientou que cada vez mais se percebe que os médicos indicam aos seus pacientes a prática da meditação, em especial em áreas específicas, como, por exemplo, em situações cardiovasculares. Por exemplo, existem estudos desde a década de 70, relacionados à meditação transcendental (uma modalidade de meditação), mostrando que há uma redução da hipertensão em pessoas que praticam essa modalidade de meditação. Existem também estudos que indicam que a meditação é bastante interessante para pacientes que têm depressão. Mas, é claro que nesse caso de transtorno mental, devidamente supervisionado pelo psiquiatra ou psicólogo, existem modalidades, inclusive de terapia cognitiva (uma modalidade dentro da psicologia) que, quando associada à meditação do estilo ‘mindfulness’ (foco total, ou atenção plena) pode ajudar pacientes com depressão, reduzindo seus sintomas, esclarece a pesquisadora.

Nesse contexto, a meditação pode ser interpretada como um tratamento paralelo, integrativo ou complementar. O tratamento integrativo é quando a própria equipe de saúde, como um todo (interdisciplinarmente), determina quais os benefícios o paciente teria se incluísse – além do tratamento convencional com medicamentos etc., – a meditação, ou uma terapia cognitiva com meditação, a exemplo de algumas das modalidades que existem hoje, principalmente desenvolvidas e aplicadas no Reino Unido, cujo NIH (o SUS britânico) oferece a Mindfulness-based cognitive therapy [Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness] a pacientes com depressão maior. A meditação ajuda a regular as emoções, mas não o controle delas. Controle não é um termo adequado, porque no controle, a pessoa muitas vezes reprime emoções ao invés de transformá-las, de lidar com elas ou expressá-las de forma mais adequada. Quando eu uso o termo ‘regular’, é mais no sentido de ela conseguir lidar melhor com a emoção, transformar a emoção em algo mais positivo e expressá-la de forma melhor, acrescentou Elisa.

Contudo, a meditação é algo que ainda não está muito explorado e que, segundo a pesquisadora, ainda existe muito para ser descoberto, nomeadamente como tratamento integrativo ou complementar. Eu acho que estamos apenas no início de tudo. Muitos estudos não têm um controle experimental adequado. Hoje, cada vez mais se tem essa preocupação com o controle experimental adequado, para que esses estudos possam realmente trazer evidências melhores sobre o uso dessa técnica… Estamos falando da medicina, mas, na verdade, a área educacional é uma das que mais se beneficiarão, porque hoje existem escolas que estão introduzindo práticas meditativas para crianças e adolescentes, no sentido de ajudar esses alunos a desenvolverem não só habilidades informacionais, como também habilidades sociais e comportamentais, que vão interligar-se com aquilo que falei atrás sobre humanização, enfatizou nossa entrevistada.

Por outro lado, e concluindo, a meditação tem-se mostrado muito eficiente na regulação da conhecida TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), havendo igualmente diversos estudos sobre essa área. Neste ano, inclusive, publicamos um estudo sobre a TDAH em adultos, algo que é mais grave do que em crianças, já que esse transtorno se encontra instalado há muito mais tempo no indivíduo. Em geral, muitas pessoas após a adolescência não manifestam mais sintomas (não tão gravemente), e temos, de fato, um estudo com adultos que têm TDAH, pacientes que vieram da psiquiatria da USP e que foram lá e receberam o treinamento em meditação do tipo ‘mindfulnes’, em um programa que foi adaptado para pacientes com TDAH, com um instrutor muito experiente. Então, tivemos um resultado muito bom em relação à habilidade de manter a atenção sustentada e o controle de pulsos. Aliás, esses dois são os piores problemas de quem tem TDAH, ou seja, não conseguir manter a atenção e também não conseguir controlar os pulsos, conclui nossa entrevistada.

A Dra. Elisa Harumi Kozasa é pesquisadora e docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e Fellow do Mind and Life Institute. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1989), pós-doutorado (2012), doutorado (2002), e mestrado (1999) pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Capes 7), onde é professora afiliada. Suas principais pesquisas abordam a neurofisiologia de estados de consciência, como a meditação, através da neuroimagem funcional, e a avaliação de intervenções que envolvem treinamento de habilidades cognitivas e comportamentais e que promovem uma melhor qualidade de vida e bem-estar.

Nestas áreas, participou dos diálogos entre pesquisadores e o Dalai Lama, na interface entre efeitos de práticas contemplativas para a saúde, em 2006 e 2011, possuindo colaborações internacionais em andamento com pesquisadores do MD Anderson Cancer Center e Harvard Medical School.

Assessoria de Comunicação

17 de novembro de 2015

Novel Quantum Technologies

Em 16 de novembro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu, por meio do Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes (IFSC/USP), o Prof. Dr. Michael Flatté, da University of Iowa (EUA), que ministrará o minicurso Novel Quantum Technologies até o dia 20 deste mês, nesta Unidade. O evento ocorre no âmbito do Brazil-U.S. Exchange Program, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Física (SBF), em parceria com a American Physical Society (APS).

Voltado a alunos de graduação, mas em especial a estudantes de pós-graduação e docentes, o minicurso apresenta aos participantes algumas das principais atualizações na área de spin eletrônica, tais como as tecnologias que têm revolucionado o campo de armazenamento e recuperação de informação. Esses tópicos, segundo Flatté, têm tornado a spin eletrônica uma área promissora. Os temas destacados durante o minicurso são importantes, porque acho que temos um grande potencial de revolucionar a comunicação e a computação.

MICHAEL_FLATT_350Na manhã do dia 16, no auditório do IFSC/USP “Prof. Sérgio Mascarenhas”, o Prof. Flatté realizou a abertura do evento, durante a qual falou sobre a coerência quântica, bem como sobre as novas tecnologias quânticas. Logo após, o evento teve continuidade na Sala da Congregação do IFSC, onde o docente discutiu os spintrônicos metálicos. No dia 17, ele dissertou sobre semicondutores spintrônicos em materiais não magnéticos.

Já nos próximos dias, o docente abordará outros assuntos, como, por exemplo, os semicondutores spintrônicos em materiais magnéticos, a coerência quântica em sistemas spintrônicos, entre outros tópicos.

Michael Flatté é professor de Física e Astronomia, além de diretor do Optical Science Technology Center da já citada universidade norte-americana, na qual seu grupo de pesquisa explora inclusive propriedades fundamentais.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2015

6ª Semana da Escrita Científica

Ainda estão abertas as inscrições para a 6ª edição da Semana da Escrita Científica, que será realizada entre os dias 18 e 19 de novembro no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Semana_da_EscritaNa programação, palestras, oficinas e cursos serão ministrados por pessoas com grande know how, sendo que as palestras abordarão temas como o plágio nas publicações e instruções gerais a editores, autores e referees, enquanto os cursos e oficinas abordarão o uso de ferramentas e dicas para produção de artigos científicos de alto impacto.

A Semana, uma iniciativa do docente do IFSC Valtencir Zucolotto e da biblioteca do IFSC, é gratuita e aberta à participação do público geral.

Para se inscrever ou obter outras informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

17 de novembro de 2015

Macromolecular Crystallography School 2016

Entre os dias 04 e 13 de abril de 2016 acontecerá no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) a Macromolecular Crystallography School 2016 – From data processing to structure refinement and beyond, cujas inscrições já podem ser realizadas através deste LINK, até o dia 20 de janeiro próximo.

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Com foco nos estudantes de doutorado, pós-doutorado e jovens pesquisadores, a Escola oferecerá tutoriais e treinamentos de métodos voltados ao estado da arte em cristalografia de macromoléculas e promoverá discussões sobre diversos tópicos como, por exemplo, processamento de dados de difração e fase e estrutura de determinação. As atividades serão complementadas com palestras apresentadas por pesquisadores do Brasil, Espanha, Alemanha, Uruguai e Inglaterra.

O comitê organizador da Escola é formado por docentes do IFSC/USP, bem como por especialistas de outras instituições de ensino e pesquisa, nomeadamente: Eduardo Horjales (IFSC/USP), Richard Garratt (IFSC/USP), Glaucius Oliva (IFSC/USP), João Renato Muniz (IFSC/USP), Ronan Keegan (STFC Rutherford Appleton Laboratory – Reino Unido), Garib Murshudov (MRC/LMB – Reino Unido) e Alejandro Buschiazzo (Institut Pasteur de Montevideo – Uruguai).

A programação do evento já está disponível no site da Escola, no qual também se pode obter outras informações referentes a este evento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de novembro de 2015

IEA São Carlos seleciona bolsistas

O Instituto de Estudos Avançados da USP, polo São Carlos, está com inscrições abertas para seleção de estudantes de graduação da USP para o desenvolvimento de jogos.

IEA-_logoOs interessados em participar do processo deverão ter conhecimentos em Flash, programação orientada a objetos, lógica de programação e Photoshop e Excel.

A bolsa paga será no valor de R$300,00 para o cumprimento de 12 horas semanais, que serão divididas da seguinte maneira: de segunda à quinta-feira, das 9 às 12 horas, e das 13h30 às 16h30.

Os interessados deverão encaminhar seu currículo ao e-mail thcardoso@usp.br O início do estágio será em fevereiro de 2016.

Com informações da assessoria de comunicação do IEA São Carlos

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

16 de novembro de 2015

USP lança Projeto Alumni

usp-logo-eps-2-250A Universidade de São Paulo lançou no dia 10 de novembro o Projeto Alumni, uma plataforma virtual que tem o propósito de reunir informações de todos os titulados nos programas de graduação e pós-graduação (mestrado, mestrado profissional e doutorado) que se notabilizaram ao longo da vida, contribuindo de forma significativa e muitas vezes decisiva para o progresso cultural, científico e social da Universidade, do País e do Mundo.

Através desta plataforma, pode-se saber e mensurar o sucesso profissional do uspiano, que cargo ocupa e em que empresa desenvolve sua atividade, sendo também um ponto de encontro de antigos alunos da USP.

Tanto os formados dos cursos de graduação a partir de 1974, como os da pós-graduação, a partir de 1986, poderão se cadastrar no site.

O sistema está atualmente ainda em fase de experimentação, com sete unidades – entre as quais o IFSC/USP.

Para acessar o ALUMNI IFSC, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de novembro de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em outubro de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigopublicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Journal of Alloys and Compounds.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

13 de novembro de 2015

Grupo de Óptica seleciona voluntários para pesquisa

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica (GO), continua selecionando voluntários do sexo masculino para participar do projeto “Novas perspectivas no tratamento de esteatose hepática não alcoólica”, que tem como objetivo auxiliar pessoas obesas no processo de emagrecimento através de exercícios físicos e fotoestimulação, para proporcionar um emagrecimento eficiente e, por consequência, a eliminação de gordura do fígado.

Grupo_de_Optica-_loguinhoDurante o projeto, que terá duração de dois meses, os voluntários terão acompanhamento nutricional e de personal trainer, além de exames de sangue e teste ergométrico (realizado previamente logo no início do projeto).

Os voluntários deverão enquadrar-se nos seguintes pré-requisitos:

– Ser do sexo masculino;

– Ter entre 30 e 40 anos de idade;

– Ter índice de massa corpórea (IMC) entre 30 e 35 Kg/m²;

Os interessados em participar da pesquisa deverão enviar e-mail para antonioaquino@ursa.ifsc.usp.br através do qual o pesquisador Antonio Eduardo de Aquino Junior, responsável pelo estudo em questão, fará os agendamentos das entrevistas. Mais informações e outras dúvidas poderão também ser enviadas a este mesmo endereço eletrônico.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

13 de novembro de 2015

Desafios da Educação Técnico-Científica no Ensino Médio

Realiza-se nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, na sede da Academia Brasileira de Ciências, no Rio de Janeiro, o simpósio Desafios da Educação Técnico-Científica no Ensino Médio, um evento que tem o objetivo de ampliar a reflexão sobre educação, nomeadamente nas áreas de ciências, tecnologias, engenharias e matemáticas, como parte das atividades de um grupo de estudos organizado pela Academia, com o apoio da BG Brasil, membro institucional da ABC.

O encontro abordará questões cruciais para a formulação de um diagnóstico positivo para a superação dos principais desafios da educação técnico-científica no Brasil, visando ao seu fortalecimento, particularmente no Ensino Médio, um dos níveis da educação básica que mais demanda atenção, dada a sua grande taxa de evasão.

As sessões foram organizadas de forma a trazer múltiplos olhares sobre essa temática, incluindo também a participação de especialistas estrangeiros, que acrescentarão suas experiências às análises nacionais sobre o tema.

Os interessados em participar deste evento (gratuito) poderão se inscrever através do email stem.edu@abc.org.br , indicando o nome e a instituição na qual está vinculado.

A ABC fornecerá certificados de frequência a quem solicita.

Para acessar o programa preliminar do evento, com todos os conferencistas confirmados, clique AQUI.

Para mais informações sobre este simpósio, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de novembro de 2015

Dra. Elisa Kozasa apresenta palestra sobre “Pesquisas em meditação”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe no próximo dia 13 de novembro, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, mais uma elisaedição do programa Ciência às 19 Horas, com a presença da Dra. Elisa Harumi Kozasa, docente e pesquisadora do Instituto do Cérebro – Hospital Israelita Albert Einstein, que abordará o tema Pesquisas em meditação.

A palestrante abordará o fato de nos últimos anos ter havido um crescente aumento do interesse do público em geral e acadêmico sobre meditação, bem como yoga, tai chi e outras práticas, sublinhando, também, algumas das principais pesquisas sobre os efeitos e a fisiologia da meditação, incluindo aquelas que utilizam a técnica de neuroimagem funcional.

Embora seja comumente associada a diversas filosofias religiosas orientais, o certo é que meditação é uma prática milenar praticada e desenvolvida ao longo do tempo por diversos povos e culturas, não só num contexto meramente espiritual, mas, principalmente, como uma ferramenta para o desenvolvimento pessoal do indivíduo, favorecendo o equilíbrio tão necessário entre corpo e mente.

Em diversos estudos desenvolvidos no Instituto do Cérebro, no Hospital Israelita Albert Einstein, e publicados em importantes revistas internacionais, como a NeuroImage, constatou-se que pessoas que realizam um teste de atenção sustentada durante um exame de ressonância magnética funcional, e que não meditam com regularidade, precisam ativar mais áreas cerebrais do que pessoas que meditam regularmente para obter a mesma performance. Isso pode significar que essas pessoas meditacao-300possam eventualmente ter um cérebro mais eficiente nesse tipo de teste de atenção.

Já em outro estudo publicado na Plos One, foi possível classificar, com uma precisão de quase 95%, se um cérebro, pela sua estrutura, pertencia a uma pessoa que meditava com regularidade ou não. Em um editorial publicado na Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, que teve a colaboração da Dra. Elisa Kozasa e de sua equipe, foi apresentada uma panorâmica de práticas como o ioga e a meditação e suas contribuições na área da reabilitação.

A Profa. Dra. Elisa Harumi Kozasa é uma das pioneiras em pesquisas em práticas complementares em nosso país. É pesquisadora e docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e Fellow do Mind and Life Institute. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1989), pós-doutorado (2012), doutorado (2002), e mestrado (1999) pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Capes 7), onde é professora afiliada. Suas principais pesquisas abordam a neurofisiologia de estados de consciência, como a meditação, através da neuroimagem funcional, e a avaliação de intervenções que envolvem treinamento de habilidades cognitivas e comportamentais e que promovem uma melhor qualidade de vida e bem-estar.

Nestas áreas participou dos diálogos entre pesquisadores e o Dalai Lama, na interface entre efeitos de práticas contemplativas para a saúde, em 2006 e 2011. Possui colaborações internacionais em andamento com pesquisadores do MD Anderson Cancer Center e Harvard Medical School.

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Uma palestra a não perder, com entrada livre e gratuita.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de novembro de 2015

Herança mitocondrial

Em 12 de novembro, o Prof. Dr. Marcos Chiaratti, do Departamento de Genética e Evolução da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), participou do mais recente seminário organizado pelo Grupo de Óptica no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde discutiu o tema Herança mitocondrial.

Patologias causadas por mutações no DNA mitocondrial representam um importante grupo de doenças genéticas em humanos. Todavia, não existem métodos eficientes que permitam prever ou intervir na herança destas patologias. Isso se deve, principalmente, ao desconhecimento dos mecanismos que governam a herança mitocondrial em mamíferos.

MARCOS_CHIARATTI_300O grupo de pesquisa do Prof. Marcos tem se dedicado ao estudo de tais mecanismos, por meio do desenvolvimento de modelos experimentais que simulam patologias mitocondriais. Esses modelos, que se baseiam no uso de camundongos geneticamente modificados e células-tronco induzidas à pluripotência, foram discutidos pelo docente neste seminário. Marcos Chiaratti também abordou o uso de ferramentas de biologia molecular e celular nestes modelos que tem possibilitado significativos avanços no que se refere aos processos celulares envolvidos na herança mitocondrial.

Graduado em Zootecnia pela USP, o Prof. Marcos Chiaratti é doutor em Fisiopatologia Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente, ele, que realizou o pós-doutorado na USP, é Professor Adjunto na UFSCar, onde atua com experiência na área de genética citoplasmática.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de novembro de 2015

The Skyrme inification, from nuclei to neutron stars

Na tarde de 11 de novembro, o pesquisador Carlos Naya, da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), ministrou a palestra The Skyrme inification, from nuclei to neutron stars, um evento CARLOS_NAYA-200que ocorreu no âmbito do programa Café com Física, na Sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Em sua apresentação, o pesquisador, que tem experiências na área de física de partículas e de aplicações médicas e tecnológicas, discutiu o BPS Skyrme, um dos modelos sugeridos recentemente, com base em algumas das ideias propostas na década de 1960 pelo físico britânico Tony Skyrme.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de novembro de 2015

Trabalho destaca unificação entre eletromagnetismo e óptica

Na edição de outubro do corrente ano da revista Ciência Hoje, publicação mensal sobre divulgação científica, a Profa. Dra. Cibelle Celestino Silva, do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), publicou um artigo de três páginas, no qual destacou o trabalho intitulado A dynamical theory of the electromagnetic field. Publicado em 1865, esse estudo integra uma série de trabalhos do físico teórico escocês James Clerk Maxwell, que ficou conhecido CIBELLE-325por ter unificado o eletromagnetismo e a óptica.

Com a devida vênia e para melhor compreensão, confira abaixo a transcrição do texto publicado na revista Ciência Hoje:

“A unificação de Maxwell

1865. TRABALHO UNIFICOU O ELETROMAGNETISMO E A ÓPTICA. Publicado por um físico teórico escocês, o artigo – parte de uma série sobre o tema iniciada anos antes – reunia, em um só corpo teórico, duas áreas da física até então vistas como distintas. Esse conjunto de trabalhos – hoje, resumido na forma de quatro equações – tornou-se um marco na história da física, principalmente pelo fato de mostrar que a luz é uma onda eletromagnética.

CIBELLE CELESTINO SILVA

Instituto de Física e São Carlos e Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências, Universidade de São Paulo

EM 1865, o físico teórico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) publicou um importante trabalho intitulado ‘A dynamical theory of the electromagnetic field’ [Uma teoria dinâmica do campo eletromagnético]. O trabalho é o quarto de uma série indicada cerca de 10 anos antes sobre eletromagnetismo, culminando com a proposição de que a luz é o resultado de campos elétricos e magnéticos que se propagam no vácuo e na matéria.

Os resultados dessa série de trabalhos – acrescidos de novos – foram posteriormente reunidos no livro Treatise on electricity and magnetism [Tratado sobre eletricidade e magnetismo], publicado em 1873. Não é exagero dizer que esse livro de Maxwell se iguala em importância às obras Philosophiae naturalis principia mathematica [Princípios matemáticos da filosofia natural] e Opticks [Óptica], do filósofo inglês Isaac Newton (1642-1727), publicadas pela primeira vez em 1687 e 1704, respectivamente.

Aos 16 anos, Maxwell começou a estudar matemática, filosofia natural e lógica na Universidade de Edimburgo (Escócia). Em 1850, mudou-se para Cambridge (Inglaterra), passando a maior parte do tempo no Trinity College, onde Newton havia estudado e feito carreira. Maxwell formou-se em 1854 em matemática, com grande destaque entre os outros estudantes. Enquanto estava no Trinity, começou suas pesquisas sobre eletricidade e magnetismo, tema que estudou até a sua morte precoce. Casou-se em 1859, com Katherine Dewar (1838-1889). O casal não teve filhos.

A teoria de Maxwell é tão diferente do eletromagnetismo atual que deixaria muitos físicos contemporâneos perplexos. À época, não se cogitava a existência do elétron – proposto apenas no final do século 19 – e se assumia a existência de um éter contínuo que permeava todo o espaço. Além disso, o formalismo matemático usado hoje – conhecido como cálculo vetorial – ainda não havia sido criado.

Maxwell não tomava as equações que descreviam o campo eletromagnético como a única coisa importante. Para ele, o que importava era relacionar o eletromagnetismo com uma teoria de éter, pois lhe parecia fundamental a existência de modelos mecânicos adequados que explicassem os fenômenos físicos e que, ao mesmo tempo, permitissem formar uma imagem mental desses fenômenos.

Apesar dessas e outras diferenças, o novo estilo de fazer física e as equações criadas por Maxwell – que unificavam os fenômenos eletromagnéticos e os ópticos – são usados até hoje.

INFLUÊNCIAS E ENFOQUE – As influências mais importantes sobre Maxwell foram os trabalhos do físico inglês Michael Faraday (1791-1867) – que propôs a ideia de linhas de força para representar o estado de um campo magnético – e do físico irlandês William Thomson (1824-1907) – posteriormente, conhecido como lorde Kelvin.

O enfoque de Maxwell sobre como tratar a física se aproximava bastante do de Thomson. Ambos atribuíram um papel central à geometria na expressão de ideias físicas e matemáticas; tinham grande domínio da matemática e interesse em problemas teóricos; possuíam ampla visão sobre os aspectos experimentais da física.

Maxwell, no entanto, interessava-se mais pelos aspectos filosóficos do que Thomson. O escocês interessou-se pelas questões relativas ao espaço e ao tempo como formas necessárias para o aprimoramento de nossa intuição sobre os fenômenos físicos.

Em 1856, Maxwell publicou o artigo ‘On Faraday’s lines of force’ [Sobre as linhas de força de Faraday], no qual desenvolveu uma nova forma – usada até hoje – de estudar os fenômenos eletromagnéticos. O novo enfoque geométrico associava superfícies perpendiculares às linhas de força de Faraday – para nossos propósitos aqui, elas são exemplificadas por aquelas linhas observadas quando espalhamos limalhas de ferro nas proximidades de um ímã – para expressar leis fundamentais em termos de campos de força.

Nesse trabalho, Maxwell aplicou a geometria de linhas-superfícies ao estudo de analogias da condução de eletricidade com o transporte de calor e o movimento de fluidos. Ele considerou como análogas a velocidade e direção do fluxo do fluido com a densidade e direção das linhas de força em superfícies fechadas, derivando, assim, equações que representam importantes efeitos elétricos e magnéticos.

O artigo termina com a solução de vários problemas de eletricidade e magnetismo. Por exemplo, o cálculo do efeito do campo magnético sobre uma esfera em rotação.

ÉTER DE VÓRTICES – No segundo artigo sobre o assunto, ‘On Physical Lines of Force’ [Sobre as linhas de força físicas], publicado em duas partes (1861 e 1862), o principal objetivo era construir um modelo que relacionasse as grandezas mecânicas com as grandezas eletromagnéticas no éter. Nesse modelo, o éter seria constituído por vórtices elásticos girando, entre os quais haveria pequenas esferas que transmitiriam o movimento de um vórtice para outro. As equações que descrevem as relações mecânicas e eletromagnéticas apresentam a mesma forma, bastando atribuir os significados aos seus símbolos, segundo o fenômeno estudado.

A propagação de ondas em um meio elástico (por exemplo, a propagação do som no ar ou em outro meio material) era um campo de pesquisas desenvolvido à época, e as equações que descrevem esse tipo de fenômeno já eram conhecidas. Também se aceitava que a luz era uma onda transversal que se propaga em um meio elástico (no caso, o éter).

Maxwell percebeu que a elasticidade dos vórtices permitia relacionar a eletrodinâmica com a óptica e que, talvez, uma vibração transversal do éter pudesse representar a luz. Comparando as propriedades mecânicas com as eletromagnéticas, concluiu que essas vibrações se propagavam com velocidade muito próxima aos valores experimentais disponíveis à CH-CIBELLE-300época para a velocidade da luz (hoje, cerca de 300 mil km/s para o vácuo).

Maxwell não acreditava na existência real de propriedades específicas de seu modelo de vórtices, considerando algumas delas bastante estranhas. Mas achava o modelo uma forma de relacionar conhecimentos mecânicos com eletromagnéticos. Para ele, essas hipóteses eram provisórias e úteis para se chegar a uma concepção física clara do fenômeno em questão.

HIPÓTESES INDESEJADAS – Em 1862, Maxwell foi indicado para trabalhar em uma comissão formada pela Associação Britânica para o Progresso da Ciência, para estabelecer padrões para as unidades elétricas. Nessa época, escreveu, juntamente com o engenheiro inglês Fleeming Jenkin (1833-1885), o artigo ‘On the elementary relations of electrical quantities’ [Sobre as relações elementares de quantidades elétricas], no qual se definem as grandezas elétricas e magnéticas em termos de massa, comprimento, e tempo (M, L e T, do inglês mass, lenght e time).

Essa notação tornou-se padrão, expressando relações – ditas, na física, dimensionais – em termos de potências de M, L e T entre colchetes – por exemplo, velocidade (espaço/tempo) é representada como L/T (ou L.T¬¬-¹). Esse trabalho é de particular importância, pois estabelece uma relação fenomenológica entre grandezas eletromagnéticas e a velocidade da luz.

Nos anos seguintes, Maxwell dedicou-se a “limpar a teoria eletromagnética da luz de hipóteses indesejadas” e a reformular a teoria sem referência a modelos mecânicos específicos para o éter. Para isso, usou um enfoque desenvolvido pelo matemático e astrônomo italiano Joseph-Louis Lagrange (1736-1813), no qual um sistema mecânico é estudado como uma espécie de caixa-preta, pois suas variáveis internas são substituídas por expressões envolvendo duas formas de energia, a potencial (posição) e a cinética (velocidade).

O enfoque dinâmico estava sendo bastante usado no estudo de meios elásticos por Thomson e por dois físicos-matemáticos, o inglês George Green (1793-1841) e o escocês Peter Tait (1831-1901), amigo próximo de Maxwell.

NATUREZA DA LUZ – No artigo ‘Uma teoria dinâmica do campo eletromagnético’ – que, agora, completa 150 anos -, Maxwell apresentou o resultado de estudos que evoluíram por cerca de 10 anos. Baseando-se em princípios dinâmicos e nos resultados experimentais disponíveis, estabeleceu “uma Teoria do Campo Eletromagnético, pois ele se relaciona com o espaço nas vizinhanças dos corpos elétricos ou magnéticos, e pode ser chamada Teoria Dinâmica, porque assume que no espaço há matéria em movimento, da qual os fenômenos eletromagnéticos observados são produzidos”.

O artigo traz um conjunto de 20 questões – mais tarde, reduzidas a quatro – e 20 variáveis para descrever os fenômenos eletromagnéticos tanto no vácuo quanto na matéria. Entre eles, o importante resultado de que as ondas eletromagnéticas se propagam através do éter à velocidade da luz, ou seja, a luz é uma onda eletromagnética. Porém, Maxwell não levantou qualquer hipótese sobre a natureza desse ‘suporte’ para a luz – hoje, considerado inexistente.

O que consideramos hoje ‘as quatro equações de Maxwell’ é resultado das transformações sofridas pelas 20 equações publicadas há 150 anos. O formato usado hoje para as equações básicas do eletromagnetismo é fruto de intensos debates entre vários pesquisadores. Entre eles, o físico alemão Henrich Hertz (1857-1894), o telegrafista e autodidata inglês Oliver FitzGerald (1851-1901).

Os principais aspectos envolvidos nessa redução estão relacionados com o uso de um novo formalismo matemático conhecido como cálculo vetorial e com questões conceituais sobre quais são as grandezas físicas relevantes, se campos ou potenciais.

Maxwell morreu jovem, aos 48 anos, 10 anos antes que um conjunto sólido de evidências experimentais da existência das ondas eletromagnéticas fosse obtido por Hertz na famosa série de experimentos feitos entre 1886 e 1889.”

Assessoria de Comunicação / IFSC/USP

11 de novembro de 2015

INPE seleciona candidatos

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) abriu processo seletivo para alunos de pós-doutorado para desenvolvimento de projeto nas seguintes áreas de pesquisa: astrofísica de altas energias, cosmologia, astrofísica óptica e no infravermelho, radiofísica, física do meio interplanetário e ondas gravitacionais. As inscrições poderão ser feitas até 4 de dezembro deste ano.

INPE-_logoComo pré-requisito dos candidatos exige-se título de doutorado em física, astronomia ou áreas afins adquirido há pelo menos dois anos ou obter o título de doutor até a data de início do estágio, possuindo o título de mestre há pelo menos quatro anos.

Os candidatos deverão apresentar currículo Lattes, projeto de pesquisa, três cartas de recomendação e carta de candidatura, indicando o mês pretendido para o início do pós-doutoramento e, ainda, a indicação do colaborador principal da DAS (docente permanente da Pós-Graduação em Astrofísica do Inpe).

O valor da bolsa é de R$5.200,00, com período inicial de 12 meses, podendo ser renovada anualmente por até 36 meses.

Para submeter a inscrição e/ou para mais informações, o candidato deverá entrar em contato exclusivamente pelo e-mail pg.ast@inpe.br.

Com informações da Agência FAPESP

Assessoria de comunicação- IFSC/USP

11 de novembro de 2015

Vibrational cooling of Rb2 and KRb molecules

PAULO_CESAR_-_300Através do programa Journal Club, ocorreu em 11 de novembro a palestra Vibrational cooling of Rb2 and KRb molecules, que foi ministrada na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) por Paulo Cesar Ventura da Silva, pesquisador do Grupo de Fotônica desta Unidade.

Neste seminário, Paulo Silva destacou a busca do Grupo de Fotônica por moléculas frias ou ultrafrias, tendo também discutido uma nova configuração desenvolvida pela equipe do Instituto de Física de São Carlos, que tem produzido moléculas frias, por meio de uma técnica chamada fotoassociação.

Mestrando em Física Básica pelo IFSC/USP, Paulo Silva desenvolveu o bacharelado em Física nesta Unidade, em 2014. Atualmente, o jovem pesquisador trabalha com moléculas frias, no Laboratório de Interações Atômicas do citado Grupo.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2015

Mulheres pioneiras na ciência se evidenciam

Influenciada pela iniciativa Outubro Rosa*, ação que colocou, com toda a justiça, as mulheres em evidência, a Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) organizou, em parceria com a Diretoria desta Unidade, a exposição Mulheres Pioneiras na Ciência. A mostra, que se realizou no âmbito da 18ª Semana do Livro e da Biblioteca da USP, esteve exposta entre os dias 13 e 30 de outubro, na Biblioteca do Instituto.

A exposição teve como objetivo prestigiar as mulheres cientistas que contribuíram Exposio_Mulheres_na_Cincia_YVONNE_300para a ciência, com especial destaque para a Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, pioneira do Instituto de Física de São Carlos em 1954 – época em que o IFSC/USP teve origem como um departamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Posteriormente, o IFSC uniu-se ao Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), tendo dado origem ao Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP). Em 1994, ambos os institutos tornaram-se unidades independentes da Universidade, embora atualmente ainda permaneçam irmanadas por meio de diversas colaborações que existem entre docentes e pesquisadores das duas instituições.

Para o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, Diretor do IFSC/USP, em razão da presença da Profa. Yvonne no corpo docente do IFSC desde o início desta Unidade, o Instituto de Física de São Carlos tem uma representatividade fundamental no reconhecimento da mulher, na construção de uma unidade de ensino e pesquisa que é destaque na Universidade de São Paulo. A Profa. Yvonne não atua apenas como docente, mas também como líder, tendo colocado algumas mulheres cientistas do IFSC na mesma situação que a dela, já que assumir uma posição similar à que a docente ocupa dentro do Instituto é uma grande responsabilidade, disse o Diretor do Instituto, complementando que a exposição em questão contribuiu para que a comunidade da região de São Carlos conhecesse grandes personalidades femininas, através da aproximação da Universidade com a sociedade em geral.

O diretor do IFSC/USP também comentou que o próximo passo do Instituto, no sentido de valorizar e destacar o papel da mulher na carreira científica, será embelezar as paredes do Espaço de Vivência “Prof. Horacio C. Panepucci” (IFSC/USP), com fotos de várias mulheres pioneiras na ciência, TITO_300uma vez que nesse local existem apenas pôsteres ilustrados com renomados cientistas homens.

Embora as mulheres representem apenas 30% do total de pesquisadores no mundo (de acordo com uma pesquisa realizada pelo Unesco Institute for Statistics), acredita-se que a participação do público feminino na carreira científica tem aumentado significativamente ao longo dos últimos anos. Segundo Tito José Bonagamba, um exemplo desse avanço está bem expresso na Sociedade Brasileira de Física (SBF), que tem como um dos membros de suas comissões a Profa. Dra. Marcia Barbosa, Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e uma das vencedoras do Prêmio L’Oréal-UNESCO para Mulheres na Ciência (2013), que, de acordo com o Diretor do IFSC/USP, tem realizado um movimento muito grande para a inserção da mulher como profissional.

Para a Profa. Yvonne, que inspirou a realização da mostra Mulheres Pioneiras na Ciência, o reconhecimento do trabalho das pessoas – sejam elas homens ou mulheres – é uma obrigação da sociedade. A mídia, segundo a docente, não tem contribuído muito para a valorização dos profissionais, optando por enfatizar todos quantos agem fora da lei em nossa sociedade, ao invés de destacar as pessoas que se sobressaíram naquilo que fizeram ou que se evidenciam profissionalmente. A mídia poderia ter tornado a sociedade brasileira mais evoluída, justa e democrática, pontuou a docente.

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Até o final do século XIX, segundo Yvonne Mascarenhas, o papel da mulher era muito limitado, já que o público feminino era visto e agia mais como mãe de família do que como atuante da sociedade. A mulher era convencida de que se tornar mãe de família era o seu principal papel. O homem não precisava oprimi-la, já que a mulher já era convencida disso, porque o índice de natalidade naquela época era na ordem de mais de dez filhos por casal. Uma única mulher, cuidando de dez filhos, não tinha tempo para se dedicar a muitas outras coisas.

Para a Profa. Yvonne, com a evolução da sociedade, bem como com a superpopulação do planeta e os métodos anticoncepcionais existentes hoje, o público feminino tem mais liberdade para se dedicar a outras atividades, o que é claramente positivo para a sociedade, já que as mulheres (que, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2013, representavam cerca de 51,4% da população brasileira, ou seja, aproximadamente 103,5 milhões de pessoas) têm a chance de contribuir em diversas atividades de desenvolvimento social, cultural e intelectual.

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Para que haja maior valorização da mulher na carreira profissional, segundo Yvonne Mascarenhas, talvez seja necessário “equilibrar” o poder que há entre ambos os sexos, uma vez que, geralmente, os homens se entendem melhor com indivíduos do mesmo sexo, assim como as mulheres se entendem mais facilmente com o público feminino.

*Movimento mundial que ocorreu durante o último mês de outubro, tendo tido como intuito conscientizar as pessoas, em especial o público feminino, sobre os riscos causados pelo câncer de mama, tipo de câncer que mais acomete as mulheres no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 458 mil mulheres morrem anualmente, em razão do câncer de mama.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2015

Boletim de Propriedade Intelectual

Uma das áreas de atuação da Agência USP de Inovação é a de Propriedade Intelectual, com trabalhos na área de patentes, marcas, desenho industrial, indicações geográficas e proteção de cultivares.

A Agência USP de Inovação realiza atividades de orientação, estímulo, apoio e procedimentos necessários à proteção dos resultados de pesquisa desenvolvidos na Universidade de São Paulo.

O Boletim de Propriedade Intelectual é mais uma oportunidade de mostrar à comunidade acadêmica e à sociedade aquilo que temos desenvolvido.

Nos textos dessa edição você pode se informar sobre trabalhos patenteados pela Agência USP de Inovação em todas as áreas e também conhecer um novo projeto, a Oficina de Inovação. Boa leitura!

Clique AQUI para conferir a primeira edição da citada publicação, datada de novembro deste ano.

Você também pode acessar o Boletim e outros informativos da Agência USP de Inovação através do link: http://inovacao.usp.br/informativos/

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2015

Novo colaborador

Adriano_CastellemA partir de 5 de novembro de 2015, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com novo servidor: Adriano Castellem,  admitido junto à Seção de Infraestrutura e Apoio (ATAd-SCINFAP).

O IFSC dá boas-vindas ao colaborador.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2015

Um físico no mercado de trabalho

O físico Denis Langlais, nascido na França e, atualmente, pesquisador sênior da empresa estadunidense “Tecmag”, possui um vasto currículo profissional e acadêmico. Seus estudos atuais estão relacionados à concepção, montagem e teste de dispositivos para área de medicina, para os quais Denis utiliza seus conhecimentos de física, em especial da área de Ressonância Magnética Nuclear, o que rendeu, inclusive, uma parceria entre a Tecmag, através do próprio Denis, e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do docente e atual diretor do Instituto Tito José Bonagamba.

Denis_LanglaisDenis começou na física “por acidente”, já que na pequena cidade canadense onde morava à época, Rimouski, não havia grandes escolas ou universidades. Ao finalizar o ensino médio, ele precisava tomar uma decisão sobre o que fazer, e escolher um curso oferecido na escola local (Université du Québec à Rimouski), entre os quais estava o de física. “No ensino médio, eu tinha um professor de física extremamente inspirador, e por isso é que optei por esse curso no ensino superior”, relembra.

Finalizada sua graduação, Denis passou a atuar em diversas frentes, e a iniciar sua trilha pelo mundo da pesquisa. No início de sua carreira, trabalhou em algumas universidades, e até mesmo lecionou em uma delas (Confederation College– Ontário (Canadá)) durante um período de nove meses, quando teve o primeiro contato com o mundo industrial. “O grupo de pesquisa do qual eu fazia parte estava com um projeto de concepção de um sistema de imagem corporal. Meus próprios colegas de trabalho é que me incentivaram a trabalhar com esse projeto na indústria”.

E foi nessa primeira inserção no mundo industrial, há quase 20 anos, que Denis teve seu primeiro contato com a Tecmag que, à época, era uma das parceiras da empresa na qual Denis trabalhava (Millennium Technology). “Alguns dos instrumentos que estávamos desenvolvendo estavam sendo concebidos pela Tecmag e, por isso, recebemos a visita do presidente da companhia, e ele me propôs trabalhar com eles nos Estados Unidos. Foi quando saí de Vancouver e fui para Houston, onde a Tecmag é sediada, e me desconectei completamente da vida acadêmica”, conta o pesquisador.

Mesmo que fora do mundo acadêmico, atualmente, Denis afirma que sempre gostou de lecionar. Por essa razão, continuou ministrando, informalmente, aulas de química, física e matemática a alunos do ensino médio e superior. “Quando comecei minha pós-graduação, envolvi-me bastante com alunos de graduação que precisavam de auxílio extra nas disciplinas que cursavam. Também participei de algumas feiras de ciência. Meu intuito sempre foi encorajar as pessoas a continuar em carreiras científicas”, afirma.

Dicas aos futuros físicos

Para os físicos que prefiram se arriscar no mercado de trabalho, Denis diz que estes podem ter alguma dificuldade, já que as pessoas não sabem exatamente o que um físico pode fazer e onde atuar. “A percepção que se tem é a de que os físicos pesquisam mecânica quântica avançada, trabalham somente com teorias, e não sabem necessariamente como construir máquinas ou desenvolver tecnologias realmente úteis”, elucida Denis.

Denis_Langlais-1Ele diz que uma área promissora para esses físicos, bem próxima a sua própria área de atuação, é a construção de equipamentos para área médica, não somente com sistemas de imagens, espectroscopia ou coisas desse tipo. “É preciso olhar para a construção de dispositivos mais simples para diagnóstico, pois há muitas oportunidades nessa área”.

Em relação àqueles que querem se aventurar no mundo da pesquisa, Denis diz que a física computacional é um bom alvo, novamente com pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de equipamentos e dispositivos.

E, para todos os físicos, ele deixa a seguinte mensagem: sejam curiosos! “É preciso tentar entender como realmente as coisas funcionam. Portanto, sempre façam perguntas. Muitas perguntas”, finaliza.

Imagens:

1- Denis Langlais

2- Denis com o aluno do Grupo de Ressonância Magnética Nuclear (RMN-IFSC/USP) Arthur Ferreira, e magneto permanente, produzido pela Tecmag para o IFSC

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2015

Novo colaborador

Sebastiao_PratavieiraA partir de 5 de novembro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com novo servidor: Sebastião Pratavieira, admitido junto ao Grupo de Óptica (GO-IFSC/USP).

O IFSC dá boas-vindas ao novo colaborador.

Assessoria de Comunicação