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8 de outubro de 2015

Comunicado nº 04/2015

O Cruesp promoveu, no dia 7 de outubro, reunião com o Fórum das Seis para reavaliar o comportamento da arrecadação do ICMS e a situação orçamentário-financeira das Universidades Estaduais Paulistas, conforme acordado em encontro anterior, realizado no mês de maio.

Para conferir o Comunicado relativo a essa reunião CLIQUE AQUI.

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Teatro Municipal de São Carlos recebeu mais um concerto

Integrado na exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, um evento que ocorre no Teatro Municipal rrr-300de São Carlos até o próximo dia 23 de outubro e organizado pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), realizou-se no dia 06 de outubro, nesse mesmo espaço cultural, um concerto com professores do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto FFCLRP/USP), com a participação dos Profs. Rubens Russomanno Ricciardi (cravo), Yuka de Almeida Prado (soprano), e José Gustavo Julião de Camargo (viola Caipira).

O programa foi composto pelas seguintes obras: Lição, da autoria de Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1762-1830); os temas, Fantasia e Lição, assinados por José Maurício Nunes Garcia (1767-1830); Beira mar, obra de autor anônimo do folclore do Vale do Jequitinhonha, com arranjo para Viola Caipira de João Paulo Amaral; Suite Matinada / Marruá / Somos que vamos / e Revoredo, da autoria de José Gustavo Julião de Camargo (*1961); Acalanto da Rosa, de Claudio Santoro (1919-1989); A Floresta do Amazonas e Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959); Acaso são estes e Uma mulata bonita, de autor anônimo – obras coletadas por Von Martius e Spix Viagens pelo Brasil, 1817- 1820, editadas em Munique (1826), por Theodor yuka-300Lachner; Quem Sabe? – Modinha, de Antônio Carlos Gomes (1836-1896);

A Profa. Yuka de Almeida Prado – graduou-se em Canto pela Faculdade Kunitachi, em Tóquio, onde se especializou também no Centro de Pesquisa de Canções Japonesas e Francesas. É doutora pela ECA-USP e especificamente como camerista, tem apresentado um vasto repertório da canção brasileira e japonesa, assim como as primeiras audições de compositores brasileiros contemporâneos nos mais importantes teatros do Brasil.

Com o violonista Gustavo Costa e como membro do Ensemble Mentemanuque vem realizando apresentações na Suiça, Alemanha, Itália e Estados Unidos. Em Ribeirão Preto, participou das montagens das óperas Rigoletto, em 2007 e La Bohème, em 2010, como solista. É professora de canto gus-300e do Departamento de Música da FFCLRP-USP e membro do NAP-CIPEM.

No que concerne ao Prof. Rubens Russomanno Ricciardi, é Professor titular e chefe do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.

É compositor, maestro, pianista e musicólogo, graduado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, com especialização pela Universidade Humboldt de Berlim. É fundador do Curso de Música pela USP em Ribeirão Preto, fundador e diretor artístico do Ensemble Mentemanuque e da USP-Filarmônica, bem como Diretor artístico do Festival Música Nova Gilberto Mendes. É curador da Temporada de Música de Câmara no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto e das séries Concertos USP – Prefeitura de São Carlos (IFSC-USP) e Direito tem Concerto yuka2-300(FDRP-USP). Sua obra sinfônica Candelárias foi premiada no México.

Por último, José Gustavo Julião de Camargo atuou na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e se formou pela UNICAMP. Já atuou como professor visitante em diversas escolas de música na Itália nomeadamente, Faenza, Ferrara, Cosenza, Perugia e Campobasso).

É compositor de obras para teatro, vocal e instrumental, coral e sinfônico. É orientador de estruturação musical no Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, maestro assistente da USP-Filarmônica e maestro titular da Banda Mogiana.

O IFSC/USP está realizando esta importantíssima atividade cultural em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, contando com os apoios da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

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Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Vidros dopados com íons geram luz branca de alta eficiência

A utilização de vidros ópticos dopados com íons terras raras luminescentes (elementos químicos também conhecidos como lantanídeos) permite gerar luz branca* com potencial aplicação em iluminação de mais alta eficiência, conforme demonstrou uma recente pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que foi coordenada pela Profa. Dra. Andrea de Camargo, do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto.

vidros-iluminescentes-andrea-250Os vidros são materiais importantes em várias áreas tecnológicas, especialmente na de materiais ópticos e luminescentes, oferecendo as vantagens de baixo custo, alta estabilidade química e versatilidade de formas e tamanhos. Na busca por alternativas energéticas de baixo custo e alta eficiência, os dispositivos que geram luz branca e que são baseados em vidros dopados podem ser utilizados na forma de placas iluminadoras e filmes finos, com maior apelo estético, substituindo lâmpadas fluorescentes tradicionais que contêm mercúrio (substância tóxica) e gases de alto custo.

A utilização destes dispositivos para iluminação de ambientes já é comum em alguns países, como, por exemplo, no Japão e na China. Embora as vantagens desses equipamentos sejam evidentes e o uso desses dispositivos esteja se difundindo, sempre há a necessidade de buscar novas composições de materiais que possam ser mais interessantes sob vários pontos de vista. As aplicações luminescentes, no branco ou em outras cores, se estendem ainda a telas de notebooks, smartphones, etc.

Gerando a luz branca

Há diferentes formas de gerar a luz branca. Na maior parte das vezes, ela é obtida através de uma metodologia chamada White LED’s**, ou W LED’s, na qual a luz em questão é originada por meio da combinação de três LED’s: azul, verde e vermelho.

Outra forma de conseguir luz Andrea_de_Camargo_-_300branca é através da associação de um LED azul com cerâmicas do garnet de aluminato de ítrio (YAG: Ce) que, quando é excitado pelo LED, apresenta emissão de banda larga na região do amarelo. A combinação entre as cores azul e amarela permite obter uma emissão de luz próxima do branco, mas não de um branco puro, devido à ausência da contribuição do vermelho. Nossa idéia é sempre aprimorar a emissão para alcançarmos o branco puro, e não o branco azulado ou amarelado, que são indesejáveis em algumas aplicações como salas de cirurgia e iluminação de outros ambientes em que as análises e percepção das cores puras são cruciais, explica a Profa. Andrea.

Em um artigo de sua autoria publicado recentemente no Journal of Alloys and Compounds, a docente descreve a obtenção de luz branca através de um vidro fluorofosfato dopado com os íons európio (Eu³+) e térbio (Tb³+). Ao ser excitado por uma fonte apropriada de energia, o európio é capaz de emitir luz na região do vermelho, enquanto o térbio emite na região do verde e do azul. A combinação apropriada destas emissões (nas razões corretas) leva à geração de luz branca.

Na primeira etapa do trabalho, foram analisadas e escolhidas as melhores concentrações de ambos os íons, para gerar a luz em questão. Posteriormente foram preparadas amostras co-dopadas, que são obtidas por fusão dos precursores óxidos e fluoretos em alta temperatura (1100 ºC). Uma vez obtido o fundido homogêneo, este é vertido em moldes metálicos para que se promova o resfriamento rápido necessário para a formação dos vidros. Após a obtenção de várias amostras, as mesmas são caracterizadas em detalhe do ponto de vista estrutural, óptico e espectroscópico.

A docente afirma que tem interesse em dar continuidade a esse trabalho, que fez parte do projeto de doutorado do ex-aluno do IFSC/USP, Thiago Branquinho de Queiroz, e que foi desenvolvido no âmbito do Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials – CeRTEV, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP). Este centro é composto por 6 pesquisadores do IFSC/USP e outros da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

*Além da luz gerada pelas lâmpadas fluorescentes, a luz do sol também é considerada uma luz branca, embora em determinados horários do dia (principalmente nos dias mais quentes) ela aparenta ser amarelada.

**A sigla LED vem do inglês “Light emitting diode” – ou diodo emissor de luz, em português – e corresponde a um material semicondutor luminescente, cuja região de emissão espectral é governada pela energia de gap do material.

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Divulgação científica de forma (realmente) inclusiva

Durante a 5ª edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC), realizada entre 28 de setembro e 2 de outubro deste ano, uma exposição diferente foi apresentada aos participantes. Tendo como temática principal a luz, painéis táctil-visuais foram expostos, incluindo como público-alvo pessoas com deficiência visual.

O projeto começou a ganhar vida no final do ano passado, quando seus idealizadores, alunos de graduação e pós-graduação do IFSC, e também membros da Sociedade Internacional de Óptica e Fotônica (SPIE, na sigla em inglês), começaram a desenvolver a exposição para que esta fosse inaugurada no Museu Ciência e Vida (Duque de Caxias- RJ) durante um congresso conjunto entre a SPIE e a IPA (Associação Internacional Fotodinâmica). “A ideia do projeto era explicar conceitos básicos da física através de objetos táteis, de uma maneira que o deficiente visual, ao tocar os painéis, fosse capaz de compreender perfeitamente esses conceitos”, explica Carolina de Paula Campos, uma das responsáveis pelo projeto.

Paineis_tactil-visuaisVários foram os incentivos para o desenvolvimento dos painéis táctil-visuais. O primeiro deles foi o contato com o docente da Unesp Eder Pires de Camargo, que é deficiente visual, e já trabalha com práticas de ensino para pessoas cegas há alguns anos. Outro estímulo foi a comemoração do Ano Internacional da Luz. Finalmente, a difusão científica, um dos focos principais dos membros da SPIE, foi a razão final para que a exposição ganhasse vida.

Embora aberta a qualquer participante, a exposição é voltada a alunos do ensino médio, já que os conceitos abordados nos painéis são aqueles ensinados durante essa etapa escolar. “Alguns conceitos são mais simples, mas outros, não. Nosso intuito foi passá-los à comunidade, mas de uma maneira que os deficientes visuais também pudessem ser incluídos”, conta Ilaiáli Souza Leite, pesquisadora que também faz parte do projeto em questão.

Dos 27 painéis táctil-visuais desenvolvidos pela equipe do IFSC/SPIE, 2 deles trazem em braile uma introdução sobre como tirar melhor proveito de toda exposição, e os 25 restantes com explicações dos conceitos físicos abordados, nos quais se incluem ondas, espectros da luz, efeitos de polarização e reflexão, funcionamento do olho humano etc. “Já estamos trabalhando para também incluir audiodescrições nos painéis. Como os deficientes visuais precisam lidar com duas informações ao mesmo tempo [descrição do conceito e o próprio conceito em si], pode haver dificuldades. Nosso intuito é que a audiodescrição permita uma maior facilidade na absorção dos conceitos ópticos”, explica Ilaiáli.

Perspectivas futuras

Já tendo passado duas vezes pelo IFSC (na 5ª edição da SIFSC e em uma das palestras do programa Ciência às 19 horas), durante três meses (entre maio e julho deste ano), a exposição ficou sediada no Museu Ciência e Vida. Nesse período, alguns painéis foram duplicados para serem também expostos durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “A partir de agora, nosso intuito é passar por diversas escolas do ensino médio, incentivando o uso desses painéis pelos professores em sala de aula. Mesmo que não existam deficientes visuais na sala, o ensino de física pode ser muito mais facilmente absorvido e compreendido pelos alunos através destes painéis”, afirma Carolina.

Segundo a pesquisadora, os painéis táctil-visuais, que contam com aprimoramento contínuo, também deverão ser duplicados. “Queremos fazer contato com outras escolas da região para que o projeto possa ser levado a mais locais e, principalmente, tornar-se realmente útil no ensino de física nas escolas públicas e privadas”.

Ainda de acordo com Carolina e Ilaiáli, a equipe tem o intuito de desenvolver um novo projeto, também tendo como foco públicos diferenciados. “Queremos divulgar a ciência de uma maneira que se possa incluir o a maior quantidade possível de pessoas nessa divulgação”, adianta Carolina.

Para isso, a equipe em questão busca novos parceiros e aguarda manifestação de outros interessados. Aqueles que desejarem fazer parte do projeto e/ou trazerem a exposição para seu local de trabalho, podem entrar em contato através do e-mail uspsc.chapter.spie@gmail.com

Imagem: da esquerda, Ilaiáli e Carolina

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Nonequilibrium phase transitons in fluctuating environments

Na última edição do programa Café com Física, que decorreu em 07 de outubro, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. José Abel Hoyos Neto, do Grupo de Física Teórica desta Unidade, apresentou a palestra Infinite-noise criticality: Nonequilibrium phase transitons in fluctuating environments.

Em sua apresentação, o docente falou sobre uma classe de sistemas que apresenta uma transição de fase de não-equilíbrio. Para entender melhor o tema, considere um sistema onde os agentes podem estar doentes ou sadios. Os doentes podem infectar os sadios que estão em contato próximo a uma determinada taxa. Com outra taxa, os doentes se curam espontaneamente. Se a taxa de cura for muito maior que a taxa de infecção, então em algum momento todos ficarão curados e a doença será extinta.

Caso a taxa de cura seja HOYOS-300muito menor que a taxa de infecção, então sempre haverá algum agente doente e a doença persistirá indefinidamente. Há então uma taxa de cura intermediária que dita quando estamos em uma fase ou em outra. Neste seminário, o Prof. José Hoyos explicou que, em um de seus estudos, tem observado como a variação dessas taxas de cura e infecção influenciam o comportamento do sistema perto da transição entre os estados de atividade e não-atividade.

José Hoyos é graduado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutor, também em Física, pela UNICAMP. Atualmente é docente do IFSC/USP, com experiência em transições de fase e sistemas fortemente correlacionados.

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Governador nomeia Conselho Técnico Administrativo

O Prof. José Arana Varela foi reconduzido ao cargo de diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, em simultâneo com a nomeação de três novos membros do Conselho Superior da Fundação, atos que foram já publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo, no dia 6 de outubro.

O destaque vai para a nomeação do Prof. João Fernando Gomes de Oliveira, docente da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), como Conselheiro do citado órgão.

O Prof. João Fernando Gomes de Oliveira é engenheiro mecânico, professor titular da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e membro titular da Academia Brasileira de Ciência (ABC).

As outras duas individualidades nomeadas igualmente para os cargos de Conselheiros foram, Profs. Carmino Antonio de Souza, Secretário Municipal de Saúde de Campinas e Pedro Wongtschowski, engenheiro químico, mestre e doutor em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

O CTA da Fundação constitui sua diretoria executiva, formada pelo presidente, Prof.José Arana Varela, pelo diretor científico, Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz, e pelo diretor administrativo, Prof. Joaquim José de Camargo Engler. Com mandatos de três anos e possibilidade de reeleição, os diretores são indicados pelo governador, a partir de listas tríplices elaboradas pelo Conselho Superior.

Já o Conselho Superior da FAPESP é presidido pelo Prof. José Goldemberg, presidente da Fundação, e formado pelos Profs. Eduardo Moacyr Krieger (vice-presidente), Fernando Ferreira Costa, João Grandino Rodas , José de Souza Martins, Maria José Soares Mendes Giannini, Marilza Vieira Cunha Rudge, Pedro Luiz Barreiros Passos e Suely Vilela, aos quais se juntarão agora os três novos conselheiros acima citados.

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Pesquisadores do IFSC/USP na mesma linha dos laureados

O americano Paul Modrich, o turco Aziz Sancar e o sueco Tomas Lindahl, foram os vencedores do Prêmio Nobel de Química – 2015, em anúncio feito no dia 07 de outubro pela Academia Real das Ciências da Suécia.

Os três cientistas foram premiados por terem descoberto como o DNA, que é danificado por irradiação como a ultravioleta (UV), pode ser reparado, assim preservando a integridade do material genético, fato que poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos contra o câncer.

As razões pelas quais a estabilidade de células é mantida mesmo sob irradiação UV têm sido estudadas numa colaboração entre pesquisadores do IFSC/USP e universidades portuguesas.

Usando filmes monomoleculares na interface ar-água para simular uma membrana celular, a equipe de pesquisadores luso-brasileira verificou que a presença de DNA na membrana reduz a instabilidade causada pela radiação UV.

A hipótese é de que a membrana seja estabilizada pela interação com os subprodutos da degradação dos seus componentes e do DNA, até que os mecanismos de reparo – cuja descoberta levaram ao Prêmio Nobel – entrem em ação.

Mais informações de como a membrana celular se estabiliza na presença de DNA – mesmo sob ação da radiação UV – podem ser obtidas acessando o artigo publicado recentemente,onde aparece como co-autor o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O DOCUMENTO).

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Portinari dentro de cada um de nós

Todos têm uma tela branca imaginária dentro de si. O desafio é saber o Candido_2-200que fazer com essa tela, ou, melhor, como preenchê-la com aquilo que se sente: seja através de um som, de um odor ou de uma leve percepção, de um paladar ou de uma figura real ou imaginária.

O pincel pode ser uma melodia entoada através de um murmúrio, ou de uma fragrância emanada da própria natureza que nos rodeia; a palheta imaginária pode acolher um suspiro envolto numa poesia que ainda está por escrever, com o sabor de um beijo trazido pela brisa do mar; e o cavalete, esse, poderá ser armado no sonho de uma imagem desenhada nas nuvens e erguido na esperança da criação de algo que tenha o condão de despertar aquilo que não se aprende no banco da escola. Inocência, virtuosidade quase angelical e sensibilidade, impõem movimentos leves, mas de alguma forma firmes, contudo receosos, aos dedos ainda infantis de quem tenta, nem que seja por um minuto, incorporar o artista inspirador.

Portinari fauna_e_flora_brasileiras-200não é só um nome, uma assinatura, uma história que perdura no tempo, tudo isso remetendo a um conjunto de obras belíssimas pertencentes a todos nós. Portinari é, acima de tudo, paixão, envolvimento, sutileza, expressão, beleza, inspiração, sensibilidade; contudo, ele deve ser entendido e interpretado como uma fonte educacional inesgotável. A satisfação expressa na face de quem, na flor da idade e com orgulho, se inspira nas obras do imortal artista plástico brasileiro – nem que seja para, respeitosamente, tentar imitar alguns de seus traços -, demonstra o quanto se pode extrair dos ensinamentos e exemplos deixados pelo Mestre, onde sobressai a defesa de valores sociais e humanos… Onde sobressai a… Cidadania!

Conforme é afirmado por João Candido Portinari, Fundador e Diretor do Projeto Portinari e filho do grande artista plástico Candido Portinari, a extensa obra de seu pai é mulher_com_filho_morto-200acima de tudo uma mensagem ética humanística e cidadã (…) Que se eleva contra a violência e as injustiças e clama pela paz, pela fraternidade, pelo espírito comunitário, pelo respeito às pessoas e à vida. A criança tem uma aguda percepção com relação a imagens, toda criança desenha, pinta. A missão do Núcleo de Arte-Educação e Inclusão Social do Projeto Portinari é levar a mensagem de Portinari às crianças, aos jovens e ao público em geral, por meio de suas obras e também de seu pensamento, expresso nos textos e poemas que o pintor legou (…).

Para aqueles que têm a responsabilidade de abrir o caminho e de incentivar a arte junto dos jovens, como é o caso de Suely Avellar, Coordenadora do Núcleo de Arte-educação e Inclusão Social do Projeto Portinari, bem como dos professores e educadores municipais e estaduais que, com visível prazer acompanham seus alunos, e que são apoiados por suas respectivas estruturas, certamente que o sorriso bem esboçado no rosto das crianças e o brilho em seus olhos, após concluírem SUELY300seus trabalhos, substituem qualquer frase ou conjunto de adjetivos que possam ser proferidos. O doce silêncio é a melhor forma de dizer “FANTÁSTICO”. Não interessa onde ou quando uma criança pode pintar ou desenhar algo advindo de sua imaginação ou de sua sensibilidade: pode ser num quarto, numa rua, numa praça, em um jardim, debaixo de uma árvore, perto de um córrego ou no meio de uma avenida de qualquer grande cidade: pode ser numa sala de aula ou… num teatro*. O que interessa é que ela o faça com vontade e que em cada traço seu esteja patente sua sensibilidade, seus sonhos, seus desejos, sua inigualável verdade, tal como se expressou o Mestre brasileiro.

Só assim Portinari estará sempre dentro de cada um de nós, com o passar das gerações!


A marca do pincel na tela

É como a vida,

Ora suave como um sonho,

Ora agreste como a alma sofrida.


As mãos que suplicam,

As feras que rosnam,

As crianças que brincam,

As mães que choram.


As casas que brilham,

As paisagens que enlevam,

As faces que transpiram

Sob as árvores que embalam.


O pincel que rodopia,

Num incessante movimento,

Desbotando a cor vadia

Que envenena docemente


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*Visita e trabalhos executados por alunos da Escola Estadual Álvaro Guião (São Carlos) na Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, atividade cultural promovida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e realizada em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. Além dessas parcerias, a exposição conta com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP). Até ao dia 05 de outubro, esta exposição já recebeu a visita de 1.078 alunos.

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

Grupo de Óptica seleciona voluntários para pesquisa

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica (GO), selecionará entre os dias 6 e 12 de outubro de 2015 voluntários para participar do projeto “Novas perspectivas no tratamento de esteatose hepática não alcoólica”, que tem como objetivo auxiliar pessoas obesas no processo de emagrecimento através de exercícios físicos e fotoestimulação, para proporcionar um emagrecimento eficiente e, por consequência, a eliminação de gordura do fígado.

Grupo_de_Optica-_loguinhoOs voluntários deverão enquadrar-se nos seguintes pré-requisitos:

– Ser do sexo masculino;

– Ter entre 30 e 40 anos de idade;

– Ter índice de massa corpórea (IMC) entre 30 e 35 Kg/m²;

O tratamento terá duração de oito semanas e será realizado entre os meses de outubro e dezembro de 2015. Os encontros ocorrerão três vezes por semana, com duração de 1h15, na Clínica MultFisio, uma parceira da USP neste projeto.

Os interessados em participar da pesquisa deverão enviar e-mail a antonioaquino@ursa.ifsc.usp.br durante o período já mencionado (6 a 12/10/2015), através do qual o pesquisador Antonio Eduardo de Aquino Junior, responsável pelo estudo em questão, fará os agendamentos das entrevistas. Mais informações e outras dúvidas poderão também ser enviadas a este mesmo endereço eletrônico.

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

EESC/USP promove palestra sobre tratamento de lesões no colo do útero

Na próxima quinta-feira, 8 de outubro, às 14 horas, no anfiteatro “Jorge Caron”, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), através de sua Comissão de Desenvolvimento Humano e OrgaOutubro_rosa-_logonizacional, realizará a palestra “Terapia fotodinâmica no tratamento de lesões no colo do útero”, que será ministrada pela pesquisadora do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Natália Mayumi Inada.

A palestra, inserida nas ações do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, tem como objetivo promover a conscientização em relação a temas relevantes para a saúde feminina, em sintonia com a campanha Outubro rosa, para chamar a atenção para a atual realidade do câncer e a importância de seu diagnóstico precoce.

A palestra será aberta a todos os interessados, que deverão fazer inscrição prévia até 7 de outubro, mediante o preenchimento e entrega da ficha de inscrição no Serviço de Pessoal da EESC ou pelo e-mail dho@eesc.usp.br

Com informações da EESC/USP

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

Dois prêmios já anunciados

Nos dois últimos dias, dois importantes prêmios Nobel foram anunciados: o de Medicina e o de Física.

Nobel_prizeO prêmio Nobel de Medicina foi dividido por três pesquisadores: pelo irlandês William Campbell, pelo japonês Satoshi Omura e pela chinesa Youyou Tu. Os dois primeiros por seus trabalhos sobre um novo tratamento contra as infecções provocadas por vermes, enquanto Youyou foi premiada por suas descobertas sobre uma nova terapia para a malária.

Já o prêmio Nobel de Física ficou com Arthur B. McDonald (Canadá) e Takaaki Kajida (Japão) pela descoberta de que os neutrinos, tipo de partícula elementar, mudam de classe e possuem massa.

Ainda nesta semana, serão também anunciados os prêmios Nobel nas categorias Medicina e Fisiologia, Química e Paz.

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

Qual a importância de defender trabalhos em inglês?

Até há bem pouco tempo, a Universidade de São Paulo permitia que os alunos defendessem teses e dissertações apenas em língua portuguesa, já que essas apresentações eram – e ainda são – consideradas concursos públicos, pelo que devem ser documentados na língua pátria. Na época em que exerceu o cargo de Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP, no período de 2005 a 2009, o Prof. Dr. Armando Corbani modificou o regimento da Pós-Graduação, com a finalidade de diminuir a alta flexibilidade que o departamento oferecia aos estudantes. Entre as modificações, o Prof. Corbani sugeriu que as defesas pudessem ser apresentadas também na língua inglesa.

internacionalizacao-ifsc-usp-300De acordo com o Prof. Dr. Otavio Henrique Thiemann, Presidente de Pós-Graduação e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), essa sugestão foi barrada, devido às regras exigidas para esse tipo de documentação. Mas, quando o Prof. Dr. Vahan Agopyan assumiu o cargo de Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP (2010-2014), foi feita uma revisão no regimento, no qual foi finalmente permitida a defesa de trabalhos acadêmicos em outro idioma.

Em 2013, com base no citado regimento, o setor de Pós-Graduação do IFSC adotou o idioma inglês como uma segunda opção para aqueles que quisessem defender seus trabalhos na Unidade. De acordo com Otavio Thiemann, antes disso, em 2007, apenas um aluno defendeu seu trabalho no IFSC no idioma inglês, atendendo a banca avaliadora que era constituída por pesquisadores do Brasil e do exterior. Nesse caso, o processo foi bastante burocrático, porque foi necessário pedir permissão à Pró-Reitoria, que consultou várias instâncias. Hoje, não temos mais nenhum empecilho deste tipo, já que qualquer estudante do IFSC pode defender seus trabalhos em português ou em inglês, explica o Prof. Otavio.

Segundo o docente, uma das vantagens Otavio_Thiemann-tese-cecilia-300de defender teses e dissertações em inglês é a visibilidade nacional e internacional que o trabalho e a própria Unidade recebem. Nós temos um fluxo de estrangeiros muito grande no Instituto. Muitos pesquisadores de fora do país vêm ao IFSC desenvolver colaborações científicas. Então, é interessante que esses especialistas participem de nossas bancas avaliadoras. Defender trabalhos em inglês é uma forma de estreitar laços, diz ele.

O docente acredita que o número de defesas em língua inglesa deverá aumentar, uma vez que, graças à internacionalização e à evolução tecnológica, será possível que essas apresentações sejam realizadas através de videoconferências, permitindo que pesquisadores e docentes que estejam fora do país participem das bancas avaliadoras. Isso permitirá que nossos colaboradores internacionais tenham a oportunidade de avaliar as defesas de nossos alunos à distância, desde que os estudantes e os presidentes das bancas estejam presentes durante as apresentações.

Javier-internacionalizacao-ifsc-usp-300Para o Prof. Dr. Javier Ellena, docente do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP e orientador de uma tese de doutorado defendida recentemente em inglês, a apresentação de teses em língua inglesa contribui para a melhoria do nível das defesas realizadas no Instituto. Isso é muito importante para a nossa Unidade, porque faz com que ela seja ainda mais reconhecida a nível internacional, diz ele, acrescentando que o inglês, pelo fato de ser a língua utilizada no âmbito científico internacional, influencia no impacto e na abrangência dos trabalhos, já que os artigos científicos são escritos internacionalmente neste idioma, atraindo com mais facilidade a atenção de pesquisadores de vários países.

Outro ponto importante, segundo o Prof. Javier Ellena, é a inovação introduzida recentemente na pós-graduação do IFSC, que permite que as teses de doutorado sejam elaboradas com artigos científicos publicados em revistas internacionais, com estrita política editorial. Isso tem o intuito de incentivar fortemente o envolvimento e engajamento dos nossos alunos de pós-graduação nas pesquisas científicas de alto nível realizadas nos diferentes grupos de pesquisa do nosso instituto, diz ele.

Recente defesa de tese apresentada em inglês no IFSC

Cientes da importância e necessidade da internacionalização, alguns ex-alunos do IFSC/USP já defenderam suas teses e dissertações no idioma inglês. Este foi o caso da pesquisadora Cecília Carolina Pinheiro da Silva, que defendeu sua tese de doutorado, em inglês, em setembro último, tendo tido como avaliadores na banca os Profs. Drs. Javier Ellena (orientador), Michael Zaworotko (University of Limerick – Irlanda), Paulo César Pires Rosa (Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP), Renato Cordeiro (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar) e o pesquisador do IFSC/USP, Marcelo Barbosa.

Na oportunidade, a pesquisadora defendeu o trabalho intitulado Síntese supramolecular e caracterização de novas formas sólidas dos fármacos 5-fluorocitosina e 5-fluorouracila, no qual descreveu o desenho de novas formas sólidas (substâncias químicas utilizadas em medicamentos e responsáveis pelo efeito farmacológico) desses fármacos, que são utilizados na terapia anticancerígena: uma temática nada fácil para ser explanada em língua inglesa.

Nessa pesquisa, Cecília Silva, que elaborou a tese com base em dois artigos científicos de sua autoria, desenvolveu nove novas estruturas sólidas, incluindo três sais e seis co-cristais. Todas as estruturas foram obtidas com base nos princípios da engenharia de cristais e planejamento racional de fármacos. Dentre os co-cristais obtidos nesse estudo, merece destaque o co-cristal multi-fármaco, já que a terapia combinada a nível molecular vem se destacando nos últimos anos, principalmente pelo fato de promover o aprimoramento na atividade individual de cada insumo farmacêutico.

Embora os dados não tenham sido apresentados na tese, porque não foram publicados a tempo, a solubilidade do co-cristal multi-fármaco foi um dos aspectos estudados e se mostrou favorável a uma possível aplicação farmacológica, tendo em vista que boa parte dos fármacos anticancerígenos que são atualmente comercializados na forma de dosagem sólida, exibe baixo perfil de dissolução e solubilidade e, por isso, não chega até à corrente sanguínea do paciente em quantidade suficiente para apresentar um bom desempenho farmacológico. O problema é que, para que parte desses medicamentos chegue na corrente sistêmica, é preciso administrar doses extremamente altas desses remédios. Porém, além de atividades farmacológicas, esses medicamentos têm contra-indicações, tais como alto risco de toxicidade e efeitos colaterais, diz Javier Ellena, acrescentando que os medicamentos no estado sólido utilizados hoje no tratamento de câncer são caros e escassos.

Com isso, embora sejam Ceclia2-internacionalizacao-ifsc-300necessários alguns estudos complementares, acredita-se que, por meio da Engenharia de Cristais, é possível melhorar a eficiência dos medicamentos e baratear o custo desses e de outros remédios, reduzindo seus efeitos colaterais, em particular a toxicidade. Na etapa seguinte, analisaremos a eficácia do co-cristal multi-fármaco, bem como das demais estruturas obtidas. Além disso, trabalharemos para tentar colocar esses medicamentos no mercado, explica Cecília Silva, ressaltando que esse medicamento “2 em 1” deverá ser comercializado daqui a alguns anos.

Avaliação da banca

Michael-Zaworotko-internacionalizacoa-250Além da apresentação da ex-doutoranda do IFSC/USP, a qualidade da pesquisa de Cecília também recebeu elogios dos membros da banca avaliadora. O Prof. Michael Zaworotko já acompanhou defesas de teses nos Estados Unidos e em países da Europa, e elogia a qualidade da apresentação da pesquisadora: Fiquei impressionado com a defesa, principalmente, em termos de profundidade e do rigor das questões elaboradas pela banca. Obviamente, o desempenho dela foi grande.

Para o Prof. Paulo César, a defesa de Paulo-internacionalizacao-ifsc-usp-250Cecília Silva teve apenas pontos positivos: A aluna estava bem preparada e treinada para a apresentação. Seu inglês foi de fácil compreensão e ela teve uma facilidade muito grande em apresentar o tema, elogia ele, que também destaca a relevância do trabalho da ex-doutoranda do IFSC/USP, bem como a importância das defesas de teses em língua inglesa para a divulgação e o impacto dos trabalhos.

 

 

Assessoria de Comunicação

5 de outubro de 2015

Concurso “Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas”

O Fundo ELAS está lançando o seu XX Concurso de Projetos, subordinado ao tema Elas nas Exatas, em uma parceria inédita com o Instituto Unibanco e a Fundação Carlos Chagas.

Este concurso tem o objetivo de contribuir para a redução do impacto das desigualdades de gênero nas escolhas profissionais e no acesso à educação superior das estudantes.

Trata-se do primeiro concurso voltado para alunas do Ensino Médio, que apoiará iniciativas desenvolvidas em escolas de todo o país. Com ele, o Fundo ELAS expande sua atuação para um espaço estratégico na promoção da equidade e da transformação: o ambiente escolar.

Para obter mais informações sobre este concurso e/ou apresentar sua proposta, CLIQUE AQUI.

Assessoria de Comunicação

5 de outubro de 2015

Palestra aborda os recursos minerais

No âmbito da Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, que ocorre até o dia 23 de outubro, no Teatro Municipal de São Carlos, realiza-se no dia 07 de outubro, pelas 19 horas, no Auditório do CDCC/USP (Rua 9 de julho nº 1227, centro, São Carlos), a palestra subordinada ao tema Uso dos Recursos Naturais, que será proferida pela Profa. Dra. Eliane Aparecida Del Lama, docente e pesquisadora do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc/USP). Nessa apresentação, Eliane Del Lama falará sobre como os recursos minerais estão presentes em todos os bens permanentes e de consumo que dispomos, desde a Antiguidade. Eles são indispensáveis ao bem-estar, à saúde e ao padrão de vida do ser humano, mas muitas vezes a sociedade não identifica esta proximidade.

Em sua palestra, Eliane Del Lama enfatizará o fato de que, na Antiguidade, os homens utilizavam os minerais in natura, como, por exemplo, a obsidiana na fabricação de pontas de flecha, ou a hematita como pigmento nas pinturas rupestres.

Hoje, devido ao conhecimento acumulado pela evolução humana, é comum utilizar os recursos minerais na fabricação de fertilizantes, ligas metálicas, computadores e celulares, na indústria farmacêutica, em combustíveis e em todos os bens que facilitam a vida e o conforto do ser humano (moradia, saúde, transporte, exploração espacial…): em toda e qualquer atividade que pensemos, lá está o recurso mineral sendo utilizado; na indústria da guerra, inclusive, também estão presentes os recursos minerais.

Os recursos minerais são recursos naturais não renováveis e o seu aproveitamento deve ser feito de forma racional e sustentável. Apreciar estes recursos é também uma forma de apreciar a natureza.

Em 1990, Eliane Del Lama graduou-se em Geologia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), tendo realizado, em 1993, o mestrado em Geologia Regional, também na UNESP. Cinco anos depois, em 1998, a docente concluiu seu doutorado em Geologia Regional, na citada universidade. Atualmente, atua como docente no IGc/USP, tendo grande interesse em temas como preservação da herança cultural, mineralogia e petrografia.

O IFSC/USP está realizando esta importantíssima Exposição Portinari e Maio Ambiente em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo.

Além dessas parcerias, a exposição está contando com o apoio fundamental da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

Pela sua importância que esta palestra tem no âmbito da própria exposição de Cândido Portinari, que ocorre no Teatro Municipal de São Carlos, este é, certamente, um evento a não perder.

Assessoria de Comunicação

2 de outubro de 2015

Cravo e viola caipira acompanham soprano

No âmbito da Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, que ocorre até dia 23 de outubro no Teatro Municipal de São Carlos, realiza-se no próximo dia 06 de outubro, naquele espaço cultural, a partir das 20 horas, um concerto com Professores do Departamento de Música da USP – Ribeirão Preto, com a participação do Prof. Rubens Russomanno Ricciardi (cravo), José Gustavo Julião de Camargo (viola caipira) e Yuka de Almeida Prado (soprano).

O programa deste importante concerto está organizado da seguinte forma:

Lição, da autoria de Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1762-1830);

Fantasia / Lição / Anônimo, – folclore do Vale do Jequitinhonha com arranjo para Viola Caipira de João Paulo Amaral / Beira mar, de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830);

Suite Matinada / I – Marruá / II – Somos que vamos / III – Revoredo, da autoria de José Gustavo Julião de Camargo (1961);

Acalanto da Rosa, de Claudio Santoro (1919-1989);

A Floresta do Amazonas / Melodia Sentimental / Anônimo – obras coletadas por Von Martius e Spix Viagens pelo Brasil, 1817- 1820, editadas em Munique (1826), por Theodor Lachner / I – Acaso são estes / II – Uma mulata bonita, da autoria de Heitor Villa-Lobos (1887-1959);

Quem Sabe? – Modinha, da autoria de Antônio Carlos Gomes (1836-1896)

Yuka de Almeida Prado graduou-se em Canto pela Faculdade Kunitachi, em Tóquio, onde se especializou também no Centro de Pesquisa de Canções Japonesas e Francesas (Nichifutsu Kakyoku Kenkyūjō). É doutora pela ECA-USP. Especificamente como camerista tem apresentado um vasto repertório da canção brasileira e japonesa, assim como as primeiras audições de compositores brasileiros contemporâneos nos mais importantes teatros do Brasil. Com o violonista Gustavo Costa e como membro do Ensemble Mentemanuque vem realizando apresentações na Suiça, Alemanha, Itália e Estados Unidos. Em Ribeirão Preto, participou das montagens das óperas Rigoletto, em 2007 e La Bohème, em 2010, como solista. É professora de canto e do Departamento de Música da FFCLRP-USP e membro do NAP-CIPEM.

José Gustavo Julião de Camargo atuou na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e se formou pela UNICAMP. Já atuou como professor visitante em diversas escolas de música na Itália (Faenza, Ferrara, Cosenza, Perugia e Campobasso). É compositor de obras para teatro, vocal e instrumental, coral e sinfônico. Destacam-se a cantata Ode a Zumbi, comandante guerreiro, para coro e orquestra; a ópera Café – em três atos, para coro e orquestra, esta última com libreto de Mário de Andrade; e, estreado recentemente, o Concerto para viola caipira e orquestra. É orientador de estruturação musical no Departamento de Música da FFCLRP-USP, maestro assistente da USP-Filarmônica e maestro titular da Banda Mogiana.

Rubens Russomanno Ricciardi é professor titular e chefe do Departamento de Música da FFCLRP-USP é compositor, maestro, pianista e musicólogo, graduado pela ECA-USP com especialização pela Universidade Humboldt de Berlim. É fundador do Curso de Música pela USP em Ribeirão Preto, fundador e diretor artístico do Ensemble Mentemanuque e da USP-Filarmônica, bem como Diretor artístico do Festival Música Nova Gilberto Mendes, coordenador científico do NAP-CIPEM e responsável pelo Centro de Memória das Artes pela FFCLRP-USP. É curador da Temporada de Música de Câmara no Theatro Pedro II e das séries Concertos USP – Prefeitura de São Carlos (IFSC-USP) e Direito tem Concerto (FDRP-USP). Sua obra sinfônica Candelárias foi premiada no México.

O IFSC/USP está realizando esta importantíssima atividade cultural em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo.

Além dessas parcerias, a Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente está contando com o apoio fundamental da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

As entradas para este concerto são gratuitas, mediante apresentação de convites que serão distribuídos à partir das 10 horas, na bilheteria do Teatro Municipal de São Carlos.

Assessoria de Comunicação

2 de outubro de 2015

AUCANI abre novo edital para curso de inglês

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) anuncia a abertura de edital do 2º. semestre de 2015 de curso de idioma a distância para funcionários.

AUCANIAos servidores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foram distribuídas 5 vagas para o Curso de Inglês. As inscrições serão recebidas pela CRInt/IFSC até 14 de outubro de 2015, bastando enviar manifestação de interesse com nome completo, número USP, setor, e-mail e telefone de contato para o endereço crint@ifsc.usp.br

Para a inscrição, o servidor deve ter os seus dados pessoais – RG, CPF, endereço, telefone fixo ou comercial e e-mail – atualizados no sistema Marte (o e-mail cadastrado no sistema será o login de acesso e meio de comunicação do curso).

Aqueles selecionados para o Curso de Inglês em abril de 2015 (Edital 463) ou em junho de 2015 (Edital 472) não poderão ser novamente indicados.

Dúvidas sobre o edital devem ser encaminhadas ao e-mail aucani.idiomas@usp.br

Com informações da AUCANI

Assessoria de Comunicação

1 de outubro de 2015

E o público pediu “bis”

Uma vez mais, sob os auspícios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Teatro Municipal de São Carlos recebeu no dia 30 de setembro, pelas 20 horas, mais um concerto com a USP – Filarmônica, um grande evento cultural que esteve inserido em um orq250outro que está ocorrendo nesse mesmo espaço cultural até dia 23 de outubro – Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente -, constituído por uma mostra de 26 réplicas das obras de Candido Portinari, além de um conjunto de outras manifestações culturais que ocorrem em paralelo à mostra, como são os casos das palestras que irão acontecer e cujas temáticas coincidem com as áreas que são destaque na exposição, cuja sequência e datas se encontram já devidamente divulgadas no SITE do IFSC/USP.

Escusado será dizer que este grande movimento cultural promovido pelo IFSC/USP, na pessoa de seu Diretor, Prof. Tito José Bonagamba, tem o principal objetivo de aprofundar a aproximação da Universidade de São Paulo à sociedade não só da cidade de São Carlos, como de cidades vizinhas.

Refira-se que todos estes eventos, incluindo o concerto que é destaque nesta matéria, contam com os apoios da Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, do Reitor da Universidade de São Paulo, Prof. Marco Antonio Zago, Vice-Reitor, Prof. Vahan Agopyan, Pró-Reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes, Pró-Reitora de Pós-Graduação, Profa. Bernadette Dora de Melo Franco, Pró-Reitora de Cultura e Extensão, Profa. Maria Arminda do Nascimento Arruda, do Pró-Reitor de Pesquisa, Prof. José Eduardo Krieger, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos, na pessoa de seu presidente, Prof. João Marcos de Almeida Lopes, do Presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária, do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Valtencir Zucolotto, do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e do Instituto de Física de São Carlos, na pessoa de seu diretor, Prof. Tito José Bonagamba, principal impulsionador desta vasta série de eventos.

Uma “fera” em palco

O concerto do dia 30 de setembro, que lotou o Teatro Municipal de São Carlos, teve características verdadeiramente internacionais, já que contou com as participações do maestro Felix Krieger, do saxofonista Samuel Pompeu e do violista Felix Schwartz, tendo este solista assumido o destaque da noite, com uma notável interpretação do Concerto para Viola e Orquestra (2014), da autoria de Arturo Pantaléon. Felix Schwartz foi uma verdadeira “fera” no palco do teatro, tendo extraído de sua viola sons e “arremessos” sonoros vibrantes, como se sua viola tivesse entrado em um monólogo com dois timbres.

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A interpretação de Schwartz – que inteligentemente foi reservada para o final do concerto – empolgou o público que, de pé, pediu um merecido “bis” que foi atendido pelo solista em uma interpretação “solo” improvisada, brilhante. Destaque, também, para a excelente interpretação e acompanhamento de toda a USP – Filarmônica.

O repertório deste concerto incluiu, ainda, a obra datada de 1747 – Ricercar a Seis Vozes da Oferenda Musical, de Johann Sebastian Bach, com orquestração do nosso bem conhecido Maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi; The Unanswered Question, de 1906, assinada por Charles Ives; e a Fantasia para Saxofone Soprano e Orquestra, obra datada de 1948, de Heitor Villa-Lobos, com o solista Samuel Pompeu.

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Quanto ao Maestro Felix Krieger, que fez a regência deste concerto, destacaram-se vários pormenores, como, por exemplo, o enorme entrosamento com a USP Filarmônica, sua serenidade e sensibilidade em todos os momentos. Natural de Freiburg (Alemanha), o Maestro Felix Krieger estudou na Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo. Em 1999, venceu o concurso de jovens maestros europeus em Fiesole (Itália), onde se especializou em regência, tendo posteriormente atuado como assistente em diversos festivais.

Desde 2003 atua regularmente como maestro convidado da Ópera Estatal (Unter den Linden) em Berlim e já regeu orquestras, como Sinfônica Estatal de Atenas, Sinfônica Escocesa da BBC, Sinfônica de Bochum, Filarmônica de Bucareste, Sinfônica de Chicago, Sinfônica Alemã de Berlim, Rádio de Munique, Sinfônica Siciliana, entre muitas outras, tendo participado também na regência de inúmeras produções operísticas, como, por exemplo, na Cidade do Cabo (África do Sul), Berlim, Oslo, Stuttgart, Lisboa, Trieste, Gênova, Londres e na Ópera Nacional de Paris. No Brasil já atuou como maestro convidado em Ribeirão Preto e São Paulo, e desde 2010 é diretor artístico do Grupo de Ópera Berlinense.

Quanto ao violinista Felix Schwarz, ele já recebeu dois prêmios no concurso internacional de música em Genebra (Suíça) e atuou ao lado de artistas importantes, como, por exemplo, Elena Bashkirova, Yefim Bronfman, Lawrence Foster e Boris Pergamenshikov, entre outros. Schwarz é professor na escola superior de música de Rostock e supervisor de jovens músicos junto à academia da Orquestra da Ópera Estatal (Unter den Linden) de Berlim.

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Finalmente, mas não menos importante, algumas considerações sobre o saxofonista Samuel Pompeu, nascido na cidade de Americana (estado de São Paulo).

Samuel Pompeu participou como músico convidado de concertos com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, Orquestra Experimental de Repertório, e USP-Filarmônica, tendo participado de vários concertos juntamente com nomes importantes do jazz, tais como, Banda Mantiqueira, Tad Nash, Ben Alisson, Ohad Talmor e Bepi Damati (Itália).

Atualmente é professor na Escola Municipal de Música de São Paulo, é líder do Samuel Pompeo 5teto, participando ainda da “Soundscape Big Band”.

Assessoria de Comunicação

1 de outubro de 2015

Pesquisas do IFSC são destaque em congresso

Entre os dias 24 e 28 de agosto de 2015, Foz do Iguaçu sediou dois grandes eventos científicos: o 23º Congress of the International Union of SBBq-_plaquinhaBiochemistry and Molecular Biology (IUBMB) e a 44ª Annual Meeting of the Brazilian Society for Biochemistry and Molecular Biology (SBBq).

Na ocasião, palestras, sessão de pôsteres, seminários técnicos, entre outras atividades, foram apresentados aos milhares de participantes nacionais e internacionais do evento, sendo que, para a sessão de pôsteres, cerca de 1.800 trabalhos foram apresentados, e somente 54 deles foram premiados, neste pequeno grupo inclusos os trabalhos de três pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP): Fernanda Sala, Marina Ramia e Vitor Hugo Balasco Serrão. Leia abaixo um breve resumo de cada um dos trabalhos.

As misteriosas septinas

A vida de qualquer organismo depende da correta interação entre componentes intracelulares através do chamado “reconhecimento molecular” que, numa linguagem mais simples, é a habilidade de cada molécula entender com quais outras precisa se relacionar para gerar algum efeito biologicamente relevante. Um exemplo é o processo de transformação de glicose em energia biologicamente útil, no qual diversas moléculas serão responsáveis por tarefas específicas, e qualquer erro no meio do caminho comprometerá a transformação bem sucedida.

Fernanda_SalaUm dos projetos desenvolvidos pelo Grupo de Cristalografia do IFSC tem como objetivo entender moléculas que formam filamentos dentro das células. Esses filamentos, chamados de “septinas”, precisam ser encaixados corretamente, ou seja, cada componente tem que reconhecer os demais para que o filamento se forme corretamente, algo essencial para que o processo biológico seja bem-sucedido.

O que já se sabe até o momento é que as septinas estão envolvidas em muitos processos moleculares fundamentais para a vida, como a própria divisão celular e, por esse motivo, torna-se essencial entender-se a formação e encaixe correto desses filamentos.

Os organismos produzem várias septinas diferentes, e, por uma questão didática, são todas numeradas. Sabe-se que septina número 7 tem seu encaixe perfeito com a de número 6. Com esses dados em mente, a mestranda do GC Fernanda Sala, orientada pelo docente Richard Charles Garratt, utilizou uma série de técnicas biofísicas para explorar o fenômeno do “encaixe perfeito” dessas septinas específicas, e a descoberta mais relevante de seu trabalho, até o momento, foi verificar que uma estrutura formada no final das septinas em geral, as alfa hélices, são componentes que ajudam a encontrar o encaixe perfeito.

Fernanda observou que a alfa hélice da septina 7 tem uma grande afinidade com a alfa hélice da septina 6, o que pode ser explicado pelas cargas elétricas presentes nas mesmas, que atraem ou repelem as alfas hélices de cada uma das septinas. Essa descoberta de Fernanda pode ser um dos determinantes para o “encaixe perfeito” entre as septinas, e serem consideradas como uma ferramenta seletiva no complexo processo biológico dos organismos vivos.

Bagaço da cana como combustível

Tendo o foco de sua pesquisa numa área de grande relevância atualmente, a produção de etanol de segunda geração e transformação a biomassa lignocelulósica em combustíveis, produtos químicos verdes e materiais produzidos de fontes renováveis, a mestranda Marina Ramia, orientada pelo docente Igor Polikarpov, trabalha especificamente com enzimas hidrolíticas, componentes responsáveis pela quebra dos carboidratos complexos oriundos, por exemplo, do bagaço da cana para sua posterior transformação em combustível. O trabalho da pesquisadora é focado na resolução da estrutura das enzimas que agem nesse processo.

MarinaA enzima específica com a qual Marina trabalhou, a endoglucanase, que pertence à família 45 de hidrolases de glicosídeos, é muito diferente de outras enzimas similares, sendo muito mais parecida com proteínas chamadas expansinas, de plantas e bactérias, do que com enzimas de fungos, caracterizadas até então.

Através de ensaios enzimáticos, Marina descobriu que a endoglucanase possui um mecanismo de ação muito peculiar, diferente das enzimas da mesma família, apresentando perfil de liberação de produtos de hidrólise muito característico. Estas descobertas podem ter papel relevante para explicar ação de expansinas de plantas e enzimas de bactérias similares a estas, além de servir para desenvolver preparados enzimáticos otimizados destinados para depolimerização da biomassa lignocelulósica.

O 21º aminoácido

Colecionador de prêmios, o doutorando do Grupo de Cristalografia (GC-IFSC/USP) Vitor Hugo Balasco Serrão, orientado pelo docente Otavio Thiemann, novamente chamou atenção com seu projeto de pesquisa, que coloca a biofísica e bioquímica em destaque, através de diversas técnicas dessa natureza que o pesquisador utilizou para obter as constantes de interação das proteínas presentes na via de incorporação de selenocisteína (o 21° aminoácido) em bactéria.

Vitor_BalascoO primeiro prêmio angariado pelo pesquisador* foi pela identificação da interação entre a enzima SelA e o tRNA através de microscopia eletrônica de transmissão. O segundo prêmio** foi pela identificação das interações, também por microscopia eletrônica, das enzimas SelA e SelD juntamente com o tRNA para selenocisteína. Na SBBq, o prêmio foi pela identificação da interação entre a proteína SelB com os RNAs envolvidos na incorporação da selenocisteína, bem como interação com o ribossomo.

Com isso, Vitor Hugo conseguiu identificar as interações entre as proteínas presentes na via de incorporação de selênio em bactérias, além de explicar como essas interações ocorrem com todos os componentes dessa via bioquímica em E. coli, fato que coloca o GC em destaque, já que até o momento não há grupos de pesquisa no mundo que detém o conhecimento sobre essa via específica em bactérias.

*O trabalho rendeu o prêmio de melhor trabalho no Congresso da Sociedade Brasileira de Microscopia (CSBMM)

** O trabalho rendeu o prêmio de melhor trabalho na reunião anual da Sociedade Americana de Microscopia (MM-2014 & IUMAS-6)

30 de setembro de 2015

Banda de Sopros se apresenta no salão de eventos da USP

Na próxima quinta-feira, 1º de outubro, às 19 horas, no salão de eventos da área I da USP São Carlos, será realizada uma apresentação gratuita da Banda de Sopros, que integra o polo de ensino do Projeto Guri de São Carlos, programa gratuito de educação musical mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

IQSC-logoA apresentação, que será regida por Ueslei Soares, trará músicas que vão do erudito ao popular, e serão interpretadas pelos alunos do projeto com os seguintes instrumentos: flauta transversal, saxofone, clarinete, trombone, trompete e instrumentos de percussão.

O evento integra a programação da XVIII Semana de Química “Prof. Edson Rodrigues” do Instituto de Química e São Carlos (IQSC/USP), organizada pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária em conjunto com a Comissão Organizadora Discente do Instituto.

Para acessar a programação completa da Semana, clique aqui.

Com informações da assessoria de comunicação do IQSC/USP

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2015

João Candido Portinari em palestra

Do Cafezal à ONU: este foi o título da palestra que congregou um numeroso público no Teatro Municipal de São Carlos no final da tarde do último dia 29 de setembro, com o portinari-1-230Prof. João Candido Portinari discorrendo sobre a vida, obra e legado de seu pai – o imortal artista plástico brasileiro, Candido Portinari.

Simples, tanto nas palavras como na sua postura perante os outros, extraordinariamente apaixonado pela figura de seu pai e pelo legado que o mesmo deixou ao País, João Portinari assumiu, desde cedo, a responsabilidade de fundar e dirigir o Projeto Portinari, tendo-se dedicado de forma especial à divulgação da arte nos mais jovens, principalmente junto das crianças, motivo pelo qual sua ação junto das escolas é um exemplo digno de registro.

Esta palestra, que esteve inserida na Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, que ocorre até dia 23 de outubro no Teatro Municipal de São Carlos, recordou, de forma particular, como a trajetória do grande artista plástico brasileiro se encaixou e se diluiu, desde cedo, na famosa frase do escritor russo Tolstoi – Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.

João Candido Portinari começou sua palestra traçando o perfil de sua família, de origem italiana, sua evolução ao longo dos anos, a história de vida de seu pai e a forma como a arte começou a fazer parte integrante de sua existência, sempre de uma forma não-abstrata, ou seja, numa linha que cada vez explanava os lugares, os costumes, a vida e alma do povo brasileiro, magnificamente “talhados” pelo traços – por vezes suaves, outras vezes mais expressivamente marcados – sublimes do mestre.

João Portinari teve igualmente a oportunidade de explicar ao vasto auditório presente no Teatro Municipal de São Carlos a criação do Projeto Portinari, um trabalho que já se estende por mais de 35 anos e que envolveu, desde seu início, a catalogação, pesquisa e disponibilização dos relatos da vida e obra de seu pai, bem como o trabalho de campo que a entidade faz, insistente e competentemente, com as áreas de Ciência e Tecnologia e, principalmente, a sua atuação junto de jovens de todo o País, mesmo nas regiões mais remotas, onde apenas o barco é o único meio de transporte.

A concretização da mais recente “aventura” do Projeto Portinari ficou para o fim da palestra, onde João Portinari explicou e mostrou detalhadamente o gigantesco processo de desmontagem, restauro e remontagem dos gigantescos painéis Guerra e Paz, da autoria de seu pai, que foram reinaugurados neste mês de setembro, no portal principal da sede da ONU, em Nova Iorque, nos portinari3-350Estados Unidos.

Em seu discurso de boas-vindas, o Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Tito José Bonagamba e principal impulsionador da realização da Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente e da própria palestra que João Candido Portinari realizou, sublinhou as ações que o Instituto tem levado a cabo no sentido de aproximar, cada vez mais, a Universidade de São Paulo com a sociedade são-carlense, tendo agradecido de forma particular ao palestrante a disponibilidade do Projeto Portinari em trazer a mostra para São Carlos, por um período de quarenta dias, que se traduz na mais longa exposição já realizada em um só lugar.

Tito Bonagamba agradeceu a todas as entidades e órgãos que têm contribuído para a concretização deste projeto cultural, tendo sublinhado a equipe do Núcleo de Arte Educação e Inclusão Social do Projeto Portinari, nas pessoas da Profa. Suely Avelar e de suas assistentes Maria Zilda Guimarães e Maria Célia Avelar, aos Profs. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP) e João Marques de Almeida Lopes, Pró-Reitor Adjunto de Cultura da USP, à equipe técnica do Teatro Municipal de São Carlos, equipe do IFSC/USP, Prefeitura Municipal de São Carlos, Coordenadoria de Artes e Cultura do Município, da Secretaria de Educação e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

Em nome de todos, o Diretor do IFSC/USP agradeceu a João Candido Portinari o esforço que tem feito para a preservação da memória, obra e mensagens transmitidas por seu pai – Candido Portinari – , bem como a magnífica cerimônia que ocorreu na ONU, no portinar4-350último dia 08 de setembro, com a reinauguração dos painéis Guerra e Paz.

Antes de iniciar sua palestra, João Candido Portinari disse que é sempre uma grande alegria estar em São Carlos, onde tenho muitos amigos. Estou e sinto-me em casa!, tendo dedicado a todos uma reflexão extraída em um discurso proferido por seu pai, em Buenos Aires (1947), para diversos artistas plásticos: Uma pintura que não fala ao coração, não é arte, porque só ele, coração, a entende!.

Nesta palestra, estiveram presentes as seguintes individualidades/autoridades:

Dr. André Luiz de Macedo – Juiz de Direito e Diretor do Fórum de São Carlos;

Profa. Dra. Solange Oliveira Resende – Representando a Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP – Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda;

Fátima Camargo – Coordenadora do Projeto Contribuinte da Cultura;

Roberto Mori Roda – Coordenadoria de Artes e Cultura do Município de São Carlos;

Profa. Suely Avelar – Coordenadora de Arte e Educação do Projeto Portinari;

Prof. Paulo Lazarini – Coordenador do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino;

Profa. Débora Gonzalez Costa Blanco – Dirigente Regional da Diretoria de Ensino da Região de São Carlos;

Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas – Pioneira do Instituto de Física de São Carlos;

Sra. Regina Portugal e Prof. José Antonio Teixeira – Dirigentes do Lyons Clube São Carlos Clima;

Prof. Dr. Feliciano Sanchez Sinêncio – Ex-diretor do Centro Latino Americano de Física (RJ) e ex-diretor do Centro de Estudos Avançados, do Instituto Politécnico nacional (México).

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Próximas palestras:

05.10.2015 às 19h – Prof. Marcos Sorrentino – Departamento de Ciências Florestais (ESALQ) – USP – Tema: A Preservação das Florestas e dos Animais – Teatro Municipal de São Carlos;

07.10.2015 às 19h – Profa. Eliane Aparecida Del Lama – Instituto de Geociências (IGC) – USP – Tema: Uso dos Recursos Naturais – Teatro Municipal de São Carlos;

16.10.2015 às 19h – Prof. José Galizia Tundisi – Instituto Internacional de Ecologia (IIE) – Tema: Água: Fonte da Vida – Teatro Municipal de São Carlos;

22.10.2015 às 19h– Prof. Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari – Diretor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) – USP – Tema: O equilíbrio entre os seres humanos, e a cidadania: a experiência da Comissão Nacional da Verdade – Auditório Prof. Sergio Mascarenhas – IFSC/USP

O IFSC/USP está realizando esta importantíssima atividade cultural em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo.

Além dessas parcerias, a exposição está contando com o apoio fundamental da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

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