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28 de janeiro de 2016

The challenge of zika virus in South America

Nesta sexta-feira, 29, pelas 10h, ocorrerá no Anfiteatro “Luiz Rachid Trabulsi”, do Instituto de Ciências Biomédicas III (ICB/USP), na Cidade Universitária em São Paulo, o workshop The challenge of zika virus in South America, cujo objetivo será destacar os atuais resultados científicos referentes ao surgimento e à propagação do zika vírus nos países americanos, bem como à adaptação genética e às consequências clínicas e epidemiológicas da doença.

O workshop, cuja língua oficial será o inglês, trará duas palestras, sendo elas a The recent introduction of Zika virus to Guiana shield, que será ministrada pelo Dr. Mirdad Kazanji (virologista e diretor do Instituto Pasteur da Guiana Francesa), e a Molecular evolution of Zika virus during its emergence in the 20th century, que será apresentada pelo Dr. Paolo Zanotto (pesquisador do ICB/USP e coordenador da rede de pesquisadores que estudam o zika vírus no estado de São Paulo).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

28 de janeiro de 2016

Candidatos aprovados matriculam-se na USP São Carlos

CANDIDATOS-MATRICULAS-USP-2016_200Ao longo da última terça-feira, 26 de janeiro, diversos candidatos aprovados nos cursos de graduação da USP, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu)*, estiveram no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde realizaram suas matrículas. Outros candidatos também se matricularam nos dias 22, na Administração Central da Cidade Universitária, e 25 de janeiro, na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Esta foi a primeira vez que candidatos puderam ingressar nos cursos de graduação da USP, através do Sisu. A adesão da Universidade ao Sistema foi aprovada pelo Conselho Universitário, em 23 de junho de 2015. Das 11.057 vagas oferecidas no vestibular da Fuvest** em 2016, 1.489 delas foram destinadas ao Sisu. Destas 1.489 vagas, 728 foram atribuídas à área de humanas, 413 à área de ciências exatas e tecnologia, e 348 à área de ciências biológicas.

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Eder Augusto Ferreira Sena, de 17 anos, foi um dos candidatos aprovados na graduação do IFSC/USP, através do Sisu. Ele, que veio de Campo Grande (MS) para fazer sua matrícula na Unidade, sempre se sentiu atraído pelo fato da Física explicar como diversos fenômenos ocorrem. “Sou fascinado por essa característica da Física”, comentou ele, que pretende promover o conhecimento, após se formar na Universidade.

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Eder não veio sozinho à cidade de São Carlos. Seu amigo de escola, Cauê Lima Curvelo da Silva, se apaixonou pela área em questão, quando assistiu à primeira aula de Física. “Escolhi o IFSC porque aqui tem grupos de pesquisa que trabalham com áreas [teorias de campos quânticos, entre outras] que me interessam. Além disso, acho que a USP é uma universidade completa”, disse o jovem de 17 anos, referindo-se às pesquisas que são desenvolvidas na Universidade. “Acho que a USP é o lugar perfeito para mim. Quero aprender tudo o que puder, e mais um pouco”, afirmou ele, que já pensa, inclusive, no desenvolvimento de um mestrado e de um doutorado.

ADRIANO_500

O engenheiro elétrico Adriano Ademar Curvelo da Silva é pai de Cauê. Para o engenheiro, a sensação de ter o filho longe de casa, estudando no IFSC/USP, é ótima. “Ele está fazendo o processo inverso do pai. Porque eu saí de São Paulo e fui estudar em Mato Grosso do Sul. Agora, ele está saindo de casa, para se formar na USP”. Quando o filho lhe contou que cursaria Física, Adriano ficou “espantado”, mas, hoje, incentiva Cauê a seguir a carreira desejada.

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Orlando Nogueira, de 18 anos, mora em Curitiba (PR). Durante o ensino médio, o jovem foi bastante influenciado pela Física, motivo pelo qual se matriculou no IFSC/USP neste ano. “Escolhi o IFSC, porque sempre via o nome de São Carlos quando pesquisava cursos de Física”, disse o estudante, que sempre recebeu o apoio da família e de seus professores, os quais o incentivaram a buscar o conhecimento tanto dentro da sala de aula, como fora dela.

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Isabel Silva de Almeida é mãe de um dos novos ingressantes do Instituto. Como seu filho não pôde vir à Unidade, Isabel veio matriculá-lo. “A sensação de ter o filho longe de casa é boa, porque confio muito nele. Ele é muito estudioso e tem uma vontade grande de aprender. Creio que dará conta”, disse ela, esperançosa. Em breve, seu filho se mudará para a cidade de São Carlos para estudar no Instituto.

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César Filho, um jovem de Goiânia (GO), enfrentou 700 km de viagem para vir ao IFSC, na manhã do dia 26, onde se matriculou no curso de Ciências da Computação, que é oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP). Aos 10 anos de idade ele começou a se interessar por programação e, desde então, sabe que quer atuar nessa área. “Pretendo estudar bastante e me destacar no curso”, afirmou o estudante de 17 anos.

*Gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), o Sisu é um sistema, pelo qual os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) podem ingressar em uma instituição pública de ensino superior;

**Fundação Universitária para o Vestibular.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de janeiro de 2016

Biossensores baratos poderão diagnosticar câncer de pâncreas

Um dispositivo eletrônico (biossensor), composto por polissacarídeos (carboidratos) da casca de camarão, proteínas da semente do feijão-de-porco e uma camada ativa de anticorpos, poderá futuramente auxiliar no diagnóstico do câncer de pâncreas nos estágios iniciais da doença. Localizado no abdômen, atrás do estômago, o pâncreas é dividido em três partes (cabeça, corpo e cauda) e mede cerca de 15 centímetros em sua extensão, tendo a missão de produzir as enzimas que são responsáveis pela digestão de alimentos, bem como a insulina, substância responsável pelo controle do equilíbrio energético do organismo.

O consumo excessivo de tabaco, bebida alcoólica, ou gordura de carnes, bem como a exposição a compostos químicos, tais como solventes e petróleo, e à radiação ionizante, são alguns dos principais fatores de risco do câncer de pâncreas. O tratamento deste tipo de câncer só é possível quando o tumor PESQUISA_CANCER_PANCREAS_275é detectado precocemente, mas a localização do pâncreas dificulta o diagnóstico precoce da patologia, cujos sintomas raramente se desenvolvem.

Segundo o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr., docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) que coordenou o desenvolvimento do protótipo do biossensor acima citado, numa colaboração entre a Unidade e o Hospital de Câncer de Barretos (SP), estima-se que atualmente 98% dos casos de câncer de pâncreas resultam em falecimento.

Substâncias naturais e de baixo custo aprimoram a detecção da doença

O projeto de biossensor desenvolvido no Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross” do IFSC/USP é composto por algumas camadas de filmes nanométricos – películas incrivelmente finas – que contêm quitosana (substância retirada da casca de camarão), a Concanavalina A (proteína que pode ser extraída das sementes de feijão-de-porco), e uma camada ativa de anticorpos que é capaz de reconhecer o antígeno CA19-9, em pequenas quantidades de amostras.

ANDREY_SOARES_250O CA19-9 é uma proteína presente em todos os organismos humanos, mas sua concentração se torna elevada quando um indivíduo é acometido pelo câncer de pâncreas. “Quando colocamos a amostra do paciente sobre o biossensor, há uma interação com a camada ativa, gerando um sinal elétrico que nos permite saber se há ou não uma quantidade excessiva de CA19-9 no material coletado”, explica Andrey Soares, doutorando do IFSC/USP que desenvolveu este estudo, sob a orientação do Prof. Osvaldo.

Já existem outras maneiras de se detectar o câncer de pâncreas, como, por exemplo, através de exames de sangue e de outros tipos de biossensores. O diferencial do novo método está na possibilidade de miniaturização do sistema de detecção e no uso de materiais biodegradáveis e de baixo custo. Futuramente, essas características poderão tornar o novo biossensor uma alternativa prática e eficaz, que inclusive poderá ser utilizada no consultório médico ou até em residências, sem a necessidade de laboratórios sofisticados de análises clínicas. Isso, obviamente, só será possível se houver investimentos para a engenharia de dispositivos, que pode requerer alguns anos. “Como o nosso objetivo é desenvolver um equipamento de baixo custo, portátil e de fácil manuseio, a ideia é que os filmes do biossensor sejam descartáveis, por forma a que não hajam alterações nos diagnósticos seguintes obtidos através do mesmo aparelho”, explica o docente do Instituto.

Outro objetivo da pesquisa, segundo o OSVALDO_NOVAIS_300Prof. Osvaldo, é identificar os mecanismos de detecção, tendo-se empregado, para isso, uma espectroscopia no infravermelho que permite analisar apenas a superfície do biossensor. Assim, foi possível determinar os grupos químicos dos anticorpos e antígenos que interagem e comprovar que a detecção se deve à adsorção das moléculas de antígeno sobre o biossensor.

Com esta pesquisa rendendo resultados promissores, os pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos e do Hospital de Câncer de Barretos mantêm a parceria, sendo que um dos próximos passos será realizar os exames em amostras de sangue reais, uma vez que os vários testes do estudo foram desenvolvidos com linhagens de células cancerosas, produzidas em laboratório. Outro intuito dos pesquisadores é comprovar que a produção do dispositivo pode ser economicamente viável, tendo em vista que os materiais utilizados em sua fabricação são de baixo custo.

Os resultados de diagnóstico precoce de câncer de pâncreas, através do citado biossensor, foram publicados em novembro de 2015 na revista ACS Applied Materials & Interfaces. Os pesquisadores também deverão aplicar no futuro conceitos similares na elaboração de biossensores que sejam capazes de detectar precocemente outros tipos de câncer, tal como é mostrado em uma publicação na citada revista científica sobre aprimoramento da detecção do câncer de mama.

Decifrando os dados

Como é imensa a quantidade de dados obtidos com biossensores, podendo ser difícil distinguir entre amostras biológicas muito semelhantes, o Grupo de Polímeros estabeleceu uma colaboração com os Profs. Maria Cristina Ferreira de Oliveira e Fernando Vieira Paulovich, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), com o intuito de desenvolver métodos computacionais de análise e visualização de dados. Um dos resultados dessa colaboração foi o software PEx-Sensors, que, além de auxiliar no desempenho da detecção, gera visualizações que facilitam a interpretação dos resultados. Assim, dados que parecem “indecifráveis” à primeira vista para um não especialista em física e computação, são facilmente interpretáveis por médicos e pacientes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de janeiro de 2016

Brasil pode lançar satélite 100% nacional

Em 2018, o Brasil poderá lançar o Amazonia 1, o primeiro satélite de médio porte construído inteiramente no país. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o equipamento foi fabricado a partir da Plataforma Multimissão (PMM), uma estrutura criada pelo Inpe para a fabricação de satélites que pesam aproximadamente 500 quilos.

O Amazonia 1, cujo custo de desenvolvimento SATELITE_BRASILEIRO_250gira em torno de R$ 233 milhões, poderá ser lançado em uma órbita de 750 quilômetros, levando 100 minutos para circundar a Terra e passando sobre o Brasil a cada cinco dias. A câmera WFI, que integra o equipamento, é capaz de captar imagens de 850 quilômetros de largura. Feita em parceria com a empresa Opto Eletrônica (spin-off do Instituto de Física de São Carlos – IFSC/USP) e Equatorial Sistemas, de São José dos Campos (SP), a câmera permitirá que o satélite monitore os recursos naturais brasileiros e auxilie no controle do desmatamento da floresta amazônica, através da previsão de safras agrícolas, do monitoramento de zonas costeiras e do gerenciamento de recursos hidrográficos.

Em entrevista à Revista Pesquisa FAPESP, Adenilson Roberto da Silva, pesquisador do Inpe responsável pela área de satélites baseados em PMM, disse que o Amazonia 1 é o primeiro satélite de alta complexidade projetado, montado e testado no país. “Com ele, como vários outros países, vamos dominar o ciclo completo de desenvolvimento de satélites estabilizados em três eixos”.

Em dezembro passado, o Inpe finalizou com êxito os testes térmicos do satélite, onde simulou condições que o Amazonia 1 deverá enfrentar durante a órbita, tendo em vista que, no espaço, há radiação espacial e temperaturas extremas. “As partes mais expostas do satélite enfrentarão temperaturas de cerca de -80ºC no período noturno e +80ºC nas horas iluminadas”, disse Adenilson Roberto.

No primeiro semestre de 2014, os seis propulsores do satélite, que foram desenvolvidos pela empresa brasileira Fibraforte (São José dos Campos) e que permitem a realização de manobras no espaço, foram qualificados. Neste ano, espera-se que o modelo elétrico do satélite passe por uma bateria de testes que verificarão as interfaces entre os subsistemas e equipamentos do Amazonia 1.

Em 2016, também deverão ser feitos alguns testes de compatibilidade eletromagnética, para comprovar que os subsistemas do satélite estão em perfeito funcionamento. “Se tudo correr bem, partimos para integração e testes do modelo de voo, programados para acontecer em 2017”, comentou Adenilson à Revista.

Em razão do Brasil ainda não ter foguetes voltados para colocar em órbita satélites, o lançamento do Amazonia 1 deverá ocorrer através de algum foguete de origem internacional. Entre os principais candidatos, destacam-se os Dnepr (de origem ucraniana), Minotaur-C (fabricado nos Estados Unidos) e Vega (de origem européia).

Se tudo ocorrer dentro do planejado, o Amazonia 1 deverá entrar em órbita 25 anos após o lançamento do Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1), o primeiro satélite brasileiro. Cinco anos depois, em 1998, o SCD-2 (da mesma família que o anterior) também entrou em órbita.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de janeiro de 2016

Cosmic Strings@Brazil

csab-200No período de 15 a 19 de fevereiro acontece no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Cosmic Strings@Brazil. Com foco em estudantes e pesquisadores do Brasil e do exterior interessados no tema “defeitos cósmicos”, o workshop promoverá sessões de pôsteres e discussões sobre a origem desses defeitos, suas estruturas microfísicas, evoluções em redes, consequências cosmológicas, assinaturas observacionais, entre outros tópicos.

O Cosmic Strings@Brazil é organizado pela Profa. Dra. Betti Hartmann, do Grupo de Física Teórica do IFSC/USP, em conjunto com os especialistas Patrick Peter, do Institut d’Astrophysique de Paris (França), Danièle Steer, da Université Paris Diderot (França) e Jon Urrestilla, da University of the Basque Country (Espanha).

A programação do workshop está disponível no site do evento (confira AQUI).

Para participar do Cosmic Strings@Brazil, envie um e-mail para bhartmann@ifsc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de janeiro de 2016

Página online traz informações sobre a fosfoetanolamina

A fim de manter a população informada sobre o andamento do estudo com fosfoetanolamina, desenvolvido pelo Prof. Dr. Gilberto Orivaldo Chierice (Instituto de Química de São Carlos – IQSC/USP), na última quarta-feira (20) o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou uma página online que traz informações referentes à pesquisa.

A página pode ser acessada através do endereço www.mcti.gov.br/fosfoetanolamina

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de janeiro de 2016

School on Theoretical High Energy Physics

Encerra-se no dia 31 de janeiro o período de inscrições para a School on Theoretical High Energy Physics – Introduction and current research, que ocorrerá entre os dias 22 e 26 de fevereiro, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Organizado pela Profa. Dra. Betti Hartmann, do Grupo STHEP-200de Física Teórica deste Instituto, o evento reunirá estudantes de graduação do Brasil e de outros países, que assistirão a palestras e participarão de discussões sobre física de altas energias, cosmologia e astrofísica, mais especificamente sobre buracos negros, relatividade geral, teorias de Gauge, cordas cósmicas, campos quânticos, teoria das perturbações e radiação cósmica de fundo em micro-ondas (a programação da Escola pode ser conferida, clicando AQUI).

“Nosso objetivo é apresentar importantes conceitos aos estudantes interessados em fazer pesquisa na área de física de altas energias”, explicou a Profa. Betti, que integra o time de palestrantes constituído por outros quatro especialistas: Profs. Drs. Luiz Agostinho Ferreira (IFSC/USP), Daniel Vanzella (IFSC/USP), Jon Urrestilla (University of the Basque Country – Espanha) e o pesquisador Vincent Vennin (University of Portsmouth – Inglaterra).

Para inscrever-se na Escola, envie um e-mail para bettihartmann@googlemail.com.

(Créditos – Imagem: NASA)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de janeiro de 2016

20º Prêmio Jovem Talento em Ciência da Vida

Jovem-Talento-20-edicao_250Termina no próximo dia 05 de fevereiro o período de inscrições para o 20º Prêmio Jovem Talento em Ciência da Vida. Organizado pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) e pela GE Healthcare Life Sciences, o concurso premiará um candidato com o valor de US$ 2,000.00 (dois mil dólares norte-americanos), uma passagem aérea para participar de um congresso internacional de interesse do ganhador, e com a oportunidade de apresentar o projeto selecionado durante a 45ª Reunião Anual da SBBq, que acontecerá no período de 18 a 21 de junho deste ano, no Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte (RN), com o objetivo de oferecer uma visão ampla das fronteiras de pesquisa e dos desenvolvimentos recentes em muitos aspectos da Bioquímica e da Biologia Molecular.

Podem inscrever-se na premiação apenas alunos de Iniciação Científica, Mestrado e de Doutorado que realizam suas teses na América Latina. Os doutores interessados em se inscrever devem concluir a tese de Doutorado após 30 de janeiro de 2016.

Os interessados em participar do prêmio devem se inscrever clicando AQUI, enviando os seguintes documentos pelo correio*: Curriculum vitae, carta de recomendação, cópias dos artigos completos publicados pelo candidato, comprovante de inscrição em curso de pós-graduação ou certificado de defesa de tese, bem como um CD contendo todos esses itens em formato PDF.

Um comitê composto por membros indicados pela diretoria da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular analisará os inscritos e selecionará até cinco candidatos para apresentarem seus trabalhos na 45ª Reunião Anual da SBBq, onde os projetos selecionados serão avaliados ao longo do evento. O vencedor do prêmio será anunciado durante a cerimônia de encerramento da Reunião, sendo que o ganhador deverá ceder o direito de divulgação e publicidade de sua imagem aos organizadores da premiação.

*Os itens devem ser enviados através do correio para o seguinte endereço:

Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq)

a/c Prêmio Jovem Talento

Av. Prof. Lineu Prestes, 748, bloco 3 superior, sala 0367 – CEP 05508-000

Butantã, São Paulo – SP – Brasil.

(Créditos – Imagem: Micralyne)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de janeiro de 2016

Descoberta sobre bactéria destaca IFSC em revista de alto impacto

As bactérias em geral assumem duas formas diferentes, dependendo do ambiente no qual se instalam: em sua forma livre, elas assumem uma geometria flagelar, que lhes permite uma boa e rápida locomoção no meio. Já quando aderem a alguma superfície (biológica ou não), elas adquirem grande resistência graças a sua forma em biofilme, que funciona como um forte mecanismo de proteção, permitindo que a bactéria sobreviva a mudanças bruscas de temperatura, alterações no PH e, inclusive, à ação de antibióticos, quando instalada no organismo humano.

Já há alguns anos, o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Marcos Vicente Navarro estuda as propriedades e mecanismos de formação do biofilme de bactérias. Em um desses estudos, de autoria de seu aluno de doutorado Bruno Matsuyama, descobriu-se como a molécula c-di-GMP, presente nas bactérias, regula um dos mecanismos que ela utiliza para coordenar a transição entre essas duas formas bacterianas em Pseudomonas aeruginosa, bactéria conhecida no meio hospitalar por se aproveitar de pacientes com baixa imunidade para causar infecções.

Bruno-Navarro-PseudomonasA c-di-GMP é uma molécula que regula a transição da forma livre da bactéria (flagelar) para sua forma de biofilme. “Baixas quantidades da c-di-GMP na bactéria fazem com que ela permaneça em sua forma livre, e altas concentrações dessa molécula fazem com que a bactéria fique na forma de biofilme”, explica Bruno.

O projeto de Bruno é mais diretamente voltado ao estudo da FleQ, principal proteína responsável por regular a transição da Pseudomonas aeruginosa da forma flagelar para biofilme. Mais especificamente, a FleQ regula a formação dos flagelos da bactéria, e a formação do próprio biofilme. “Descobrimos o sítio de ligação de c-di-GMP na FleQ e seu possível mecanismo de regulação. Isso é interessante, pois, até então, não se sabia como essa molécula e essa proteína interagiam, o que abre portas para identificar outros fatores de transcrição * regulados por essa molécula”, elucida o pesquisador.

Através de técnicas de cristalografia de macromoléculas, Bruno conseguiu identificar o local exato onde a FleQ se liga com a c-di-GMP, o que abre portas para se determinar outras proteínas que regulam a expressão gênica das bactérias em geral. Outra decorrência interessante do estudo foi a compreensão do mecanismo pelo qual a FleQ muda sua função. “Ao se ligar à c-di-GMP, a FleQ tem sua forma geométrica completamente alterada”, explica Bruno.

Todos os resultados descritos acima renderam uma publicação na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States (PNAS).

Novas possibilidades de estudos e possíveis aplicações

Tendo agora descrito o mecanismo de interação entre a molécula c-di-GMP e a proteína FleQ, será possível identificar outras proteínas presentes tanto em Pseudomonas aeruginosa quanto em outras bactérias que se ligam à mesma molécula (c-di-GMP). Possíveis candidatas já foram elencadas por Bruno e Navarro. “Essas proteínas podem não estar relacionadas com a formação de biofilme ou flagelos nas bactérias. Descobrir as funções que elas desempenham é uma nova possibilidade de estudos”, conta Bruno.

Bruno-Navarro-Pseudomonas-BiofilmeAlém disso, por ter sido uma molécula recém-descoberta, poucas informações se tem a respeito da c-di-GMP. “O mecanismo que propusemos [como o c-di-GMP afeta a atividade da FleQ] é algo novo, e compreendê-lo é importante por diversos motivos, inclusive para se entender os fatores de transcrição de células de bactérias em geral, já que é um mecanismo não usual para regulação da transcrição “, explica o doutorando.

Por se tratar de um estudo básico, ainda é difícil dizer quais as possíveis aplicações que ele pode render. No entanto, entender melhor o processo de transição de formas das bactérias pode auxiliar na produção de novos fármacos que atuarão no combate às mais diversas doenças causadas por elas, além de auxiliar no emprego de bactérias em processos como biorremediação para tratamento de ambientes contaminados ou na produção de produtos naturais.

Para mais informações sobre a pesquisa:

Bruno Matsuyama- brunomatsuyama@gmail.com

Marcos Vicente Navarro- mvasnavarro@ifsc.usp.br

 

*A transcrição é o processo de formação de uma molécula de RNA a partir de uma molécula molde de DNA. Neste processo, as fitas do DNA se separam e uma serve de molde para o RNA, enquanto a outra fica inativa. Ao fim da transcrição, as fitas que foram separadas voltam a se unir.

Imagens:

1- Níveis de c-di-GMP durante ciclo celular bacteriano. Distribuição assimétrica de c-di-GMP entre células mãe e filha afeta o comportamento da bactéria. Enquanto que as células jovens de Caulobacter crescentus são liberadas para colonizar novas regiões, as de Pseudomonas aeruginosa se mantêm fixas nos biofilmes, para garantir sua sobrevivência (Fonte: Adaptado de MILLS, E. et al. The bacterial second messenger c-di-GMP: mechanisms of signalling- disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21707905)

2- Representação do ciclo de formação do biofilme. Bactérias podem aderir à superfície de forma reversível. As células, inicialmente aderidas à uma superfície, passam a se multiplicar e a secretar uma matriz exopolissacarídica que as revestem e as protegem. Em seguida, células podem ser dispersadas do biofilme, em sua forma unicelular nadante (Fonte: Adaptado de: O’TOOLE, G.; KAPLAN, H. B.; KOLTER, R. Biofilm Formation as Microbial Development- disponível em http://dx.doi.org/10.1146/annurev.micro.54.1.49)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

15 de janeiro de 2016

Projeto contribui para a formação de futuros cientistas

Com um ensino básico considerado de má qualidade, alunos que estudam em escolas públicas geralmente sentem grande dificuldade quando tentam ingressar em uma universidade estadual ou federal. Em um país onde o modo de ensinar não evolui, tornando-se, portanto, ultrapassado e pouco atrativo aos estudantes, iniciativas que buscam alternativas para despertar a paixão dos alunos pelo conhecimento contribuem para a descoberta de jovens talentos e, consequentemente, para a formação de excelentes profissionais.

Um exemplo positivo desse tipo de ação é o Programa Futuro Cientista (PFC). Criado há cinco anos pelo Prof. Dr. Fábio de Lima Leite, ex-aluno de pós-doutorado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e docente da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar (Campus Sorocaba – SP), juntamente com o Prof. Dr. Ismail Barra Nova de Melo, também da UFSCar, o projeto tem como objetivo descobrir alunos talentosos nos ensinos fundamental e médio que tenham interesse por ciências.

Hoje, o Programa envolve a participação de 266 estudantes oriundos de 13 escolas paulistas PFC-250(sediadas nas cidades de Anhembi, Capão Bonito, Cesário Lange, Iperó, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque e Sorocaba) e de um abrigo da Associação Bethel, de Sorocaba. Atualmente divididos em 50 clubes de ciências, os alunos participantes elaboram projetos científicos, que são desenvolvidos através da Escola Preparatória para Futuros Cientistas e apresentados no Encontro Regional de Futuros Cientistas* – ambas ações são organizadas pelo PFC. “Os estudantes passam cada ano desenvolvendo projetos. Toda semana há encontro com os alunos”, comentou Fábio Leite em uma reportagem publicada no início deste mês, no jornal Cruzeiro do Sul.

Os participantes do Programa são selecionados Fabio__110com base em três requisitos (baixa renda, bom desempenho escolar e bom comportamento) e, para que possam integrar o projeto, é necessário que a prefeitura ou o Estado, responsáveis pelas escolas, consolidem uma parceria com o PFC. Aqueles participantes que se destacam nas atividades do projeto recebem acompanhamento do programa, incluindo bolsas de estudo integrais para ingressarem em uma universidade. “Por enquanto temos três alunos beneficiados com a bolsa de estudo integral pela Universidade de Sorocaba [UNISO]. Mas, em 2015, vinte alunos participaram do Talentos do Futuro**, cursinho preparatório para vestibular que é coordenado pelo nosso programa”, disse o Prof. Fábio, em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP.

Watari_PFC_150Yoshimitsu Watari, de 21 anos, foi o primeiro participante contemplado com uma bolsa integral oferecida pelo Programa. Hoje, o jovem cursa Engenharia Civil na UNISO e relembra o apoio que recebeu do Prof. Fábio: “O Fábio sempre me orientou para me apegar aos estudos, porque um dia ele conseguiria algo para o Programa. Nunca me desliguei das atividades do projeto, sempre ia nos eventos e ele realmente conseguiu parceria com a UNISO. Me formo daqui a um ano e meio”, disse ao citado jornal. Além de seu curso, o estudante desenvolve estágio remunerado na Caixa Econômica Federal, onde faz relatório de liberação de verba para obras.

Luiz Fernando Lopes Santana tem 18 Luiz_PFC_150anos e também integra o projeto. Com o objetivo de prestar vestibular para Física ou Biologia e de atuar como cientista, ele conheceu o programa quando estava na 5ª série do ensino fundamental e, hoje, participa gratuitamente do Talentos do Futuro. Luiz Fernando nem ingressou na universidade e já demonstra sua paixão pela pesquisa. Em entrevista ao veículo sorocabano, o jovem destacou uma de suas criações: uma sacola biodegradável produzida com raízes, como de cenoura, mandioca, nabo e batata. “Não faço por obrigação. Pesquiso muito, estudo, dou o melhor de mim por amor à ciência”, afirmou ele, que lamenta o fato de não haver nenhum financiamento para a sua pesquisa.

É preciso melhorar muito

De acordo com um artigo publicado em 2012 pela pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cibele Yahn de Andrade, ainda há uma grande restrição no acesso de jovens ao ensino superior, tendo em vista que 19% dos jovens entre 18 e 24 anos não completam o ensino fundamental, enquanto outros 25% não ingressam no ensino médio – ou ingressam, mas não concluem -, mesmo tendo completado o ensino fundamental. Além disso, cerca de 31% de jovens nessa faixa etária concluem o ensino médio, mas não realizam o ensino superior. Segundo dados do Programa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD; 2009), apenas 6% desses jovens têm acesso direto ao ensino superior público.

escola_300Para o Prof. Fábio Leite, é preciso melhorar muito o ensino básico de nosso país e a universidade deveria participar mais efetivamente desta melhoria, provocando uma transformação que visasse à diminuição drástica da evasão nas escolas, nos ensinos fundamental e médio. “O Programa Futuro Cientista é uma alternativa para incrementar a estrutura organizacional da educação básica no Brasil, com a inserção da modalidade ‘ensino científico’ por intermédio de ‘escolas científicas’ implementadas em cada escola. A implementação destas escolas vem sendo feita com a ‘adoção’ de futuros talentos para a ciência, em especial daqueles que vivem em condições sócioeconômicas desfavoráveis, em escolas públicas. Este tipo de ‘adoção’ se justifica, já que grande parte dos talentos, em escolas públicas, acaba por não ingressar na Universidade”, disse o docente.

Neste mês, o Certificado de Tecnologia Social para o Programa Futuro Cientista foi publicado no site da Fundação Banco do Brasil, o que torna o projeto passível de ser compartilhado e replicado. O certificado, que é concedido pela Fundação, em conjunto com a Petrobras, Unesco e o BNDES, reconhece e valoriza metodologias reaplicáveis e que representam efetivas soluções de transformação social.

*A 6ª edição do Encontro realizou-se no dia 14 de dezembro último, na UFSCar (Campus Sorocaba), e reuniu projetos sobre diversas temáticas, como, por exemplo, astronomia e arqueologia. Um trabalho sobre energia, que foi apresentado pelo clube de ciências formado por alunos da escola Dalva Clahim Abud, de Anhembi (SP), foi o grande destaque do evento.

**O cursinho foi criado pelo PFC, através de uma parceria entre a UFSCar e o colégio Objetivo.

(Créditos – Ilustração: PFC / Imagens: Emidio Marques e divulgação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de janeiro de 2016

Mil vezes mais potente que a bomba de Hiroshima-Nagasaki

A construção da primeira bomba de hidrogênio, ou bomba H, no mundo foi feita durante os primeiros anos da Guerra Fria, há mais de 60 anos. No entanto, foi no começo deste ano que o uso da bomba H foi colocado novamente em evidência, por ter sido testada na Coreia do Norte, país regido pelo socialismo e embargado economicamente pela grande maioria dos países do globo, justamente por sua insistência na realização de testes nucleares.

Chico-_Bomba_HNão é de se espantar que o mundo tenha reagido fortemente aos testes que a Coreia do Norte diz ter feito com bomba H, já que sua capacidade de destruição [da bomba H] é maior do que todas as bombas detonadas durante a II Guerra Mundial juntas.

As bombas nucleares*, em geral, como o próprio nome sugere, são construídas tendo como método a manipulação do núcleo dos átomos dos elementos químicos que as compõem, seja por seu rompimento (fissão nuclear), seja por sua junção (fusão nuclear).

O Sol e todas as estrelas podem ser considerados uma bomba de hidrogênio natural, já que são majoritariamente formados por esse elemento (hidrogênio), e neles (Sol e outras estrelas) ocorrem diversas reações nucleares.

Devido à enorme pressão na parte mais interna do Sol, ou seja, em seu núcleo, os íons de hidrogênio se fundem, gerando um novo núcleo, mais pesado: o núcleo de hélio (He). “São essas reações nucleares que liberam muita energia, e que mantêm o Sol aceso”, explica o docente do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP), Francisco Eduardo Gontijo Guimarães. “Essa reação é tipicamente de fusão nuclear, já que ela libera grande quantidade de energia ao juntar dois núcleos de hidrogênio. Outra reação nuclear que libera um quantidade de energia muito grande é feita através da quebra do núcleo, ou fissão nuclear, dos isótopos de elementos pesados enriquecidos, como o Urânio-235 e o Plutônio-239”, elucida Francisco.

Da dinamite à bomba H

A potência de uma bomba qualquer é medida pelo chamado “equivalente TNT”, sendo que 2,8 megajoules é a quantidade de energia necessária para detonação de uma um quilo de TNT. Para acender uma bisnaga de 1 quilo de dinamite, basta acender o pavio, muito mais simples do que dividir núcleos de urânio, procedimento que é usado para detonar uma bomba H.

A bomba H tem consequências muito mais devastadoras do que uma bomba nuclear de fissão, que tem uma potência mil vezes menor.

As bombas atômicas geram três tipos de efeitos: ondas de choque (deslocamentos de ar muito intensos, gerando ventos muito fortes), ondas de calor (gerando um aquecimento muito forte, causando aumento de temperatura e queimaduras) e radioatividade , que tem um potencial destrutivo sem mensuração, já que sua força e dispersão são muito maiores do que a dos outros dois tipos de ondas geradas.

No caso da bomba atômica jogada sobre Hiroshima e Nagasaki, as ondas de calor e de choque tiveram força suficiente para alcançar mais de 10 quilômetros, enquanto sua onda radioativa foi muito mais longe do que isso. “Não é possível medir quantos quilômetros a onda de radiação pode alcançar, já que ela é composta por raios gama, raios de luz e partículas subatômicas provenientes do núcleo de urânio, que não podem ser vistos nem medidos”, explica o docente.

Por ser invisível, a onda radioativa não pode ser capturada. Pior do que isso: ela ultrapassa diversas barreiras físicas, como, por exemplo, o corpo humano, e, ao passar por ele, causa a destruição do DNA e o aparecimento de células tumorais, entre outras coisas. “O concreto é um material que traz uma grande proteção contra essas radiações. Mas, se uma pessoa estiver ao ar livre, ela será inevitavelmente atingida. É claro que, quanto mais distante dessa radiação ela estiver, menores serão as consequências”, afirma Francisco.

A bomba H, no entanto, possui uma capacidade destrutiva maior do que qualquer outro tipo de bomba. A destruição que ela pode causar é dez vezes maior do que todo arsenal de bombas despejado durante os seis anos da II Guerra Mundial (veja na tabela), e sua potência é mil vezes maior do que a bomba jogada sobre o Japão no final da mesma guerra.

Chico-_Bomba_H-_tabela

Outra comparação que pode trazer uma boa noção do poder destrutivo da bomba H é pensar-se no potencial destrutivo de algumas “bombas atômicas naturais”, como um furacão, por exemplo. O Katrina, que atingiu o sul da Flórida em 2005, com ventos que chegaram a 280 quilômetros por hora, liberava, em um minuto, uma energia de oito megatons. Ou seja: uma bomba atômica libera em menos de um segundo ondas de choque e calor 20 vezes maiores do que um furacão libera num tempo 60 vezes maior. “Uma bomba H é como um furacão Katrina que libera toda sua energia de forma instantânea.”, compara Francisco.

Blefe da Coreia do Norte?

Se você teve paciência de ler esse texto até aqui, certamente já está ciente dos efeitos devastadores de uma bomba H. A Coreia do Norte, que diz ter explodido uma bomba H no último dia 6 de janeiro, não foi a primeira a testar a bomba que, no passado, já foi detonada por outros países da Europa e da América do Norte. “No final dos anos 60, durante a Guerra Fria, a França explodiu várias dessas bombas no Oceano Pacífico. Esses testes foram proibidos após um acordo estabelecido com a ONU”, recorda Francisco.

Os norte-coreanos afirmam que o teste com a bomba H foi feito num local subterrâneo, o que minimiza efeitos de ondas de choque e calor e blinda a radiação . No entanto, a onda de choque não é barrada completamente, e provoca um tremor ao na crosta terrestre, ou terremoto. Na Coreia, mediu-se um tremor da ordem de 5,1 pontos na escala Richter, e uma liberação de energia equivalente a a um explosão entre 6 a 9 quilotons, números muito menores do que o esperado para uma bomba H, mesmo que explodida debaixo da terra. “Especialistas que analisaram o tremor de terra na Coreia do Norte no dia em que a bomba H teria sido testada acreditam que o país não tenha realizado o teste com bomba H, pois o tremor de terra medido foi muito menor do que aquele esperado “, compara Francisco.

Depois de tantos comentários negativos e devastadores sobre a bomba H, seria injusto não mencionar os benefícios que a tecnologia utilizada para construí-la pode trazer se empregada para outros fins. Hoje, a energia nuclear de fissão é utilizada em reatores atômicos, usados para ferver água, e cujo vapor pode acionar turbinas geradoras de eletricidade. Energia nuclear de fusão também já é estudada para geração de energia tendo como base lasers ultrapotentes capazes de receber os núcleos de hidrogênio e produzir uma quantidade infinita de energia de uma maneira muito mais limpa e sustentável.

Rússia, Estados Unidos, França e outros países já possuem ogivas nucleares com bombas de hidrogênio prontas para serem disparadas, caso seja necessário, além de arsenais em estoque, que teriam potência suficiente para destruir todo planeta Terra. Espera-se dos governantes destes e de outros países que a bomba H seja utilizada para motivos mais nobres, benéficos e, consequentemente, não destrutivos.

*Embora o termo “bomba atômica” seja usado frequentemente, a definição correta seria “bomba nuclear”, já que é o efeito nuclear é que causa a explosão e a destruição

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de janeiro de 2016

T&MIBPC encerra com apresentação de projetos

Na manhã do dia 11 de janeiro, o Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), acolheu o encerramento da 10ª edição da Technology and Management International Business Plan Competition (T&MIBPC), que teve início em 3 de janeiro, no Campus USP São Carlos.

Idealizada inicialmente pela Hong Kong University of Science and Technology – HKUST (China) e pelo Programa de Tecnologia e Gestão de Hoeft EncerramentoTMIBPC-1_300da University of Illinois Urbana-Champaign – UIUC (EUA), a competição reúne, desde 2007, alguns dos estudantes que mais se destacam nas universidades participantes (HKUST, UIUC, Universität Bayreuth, da Alemanha, e USP), proporcionando aos participantes a oportunidade de estabelecer o contato com alunos de diferentes países e culturas, e permitindo-lhes conhecer as cidades onde são realizadas as edições do evento, no qual os estudantes são divididos em equipes mistas que, com a orientação de professores mentores, propõem projetos sobre um tema específico. A USP integra a competição desde 2012, tendo participado das edições que aconteceram em São Paulo (2012), Hong Kong (2013) e Bayreuth (2014). Devido a restrições orçamentárias e à falta de patrocinadores, a USP não pôde participar da edição que ocorreu em 2015, em San Francisco (EUA).

Neste ano, 48 alunos de graduação e pós-graduação e oito docentes oriundos das quatro instituições de ensino superior participaram da competição, que foi organizada pelo Departamento de Engenharia de São Carlos (SEM/EESC/USP), e promovida pelas já citadas universidades. Nesta edição, os participantes desenvolveram propostas inovadoras para o uso de drones – aeronaves não tripuladas – e apresentaram uma análise de mercado e viabilidade financeira, a fim de buscar parceiros.

No segundo semestre de 2015, os alunos selecionados participaram de reuniões via Skype e prepararam propostas iniciais, que foram apresentadas aos mentores no dia 3 de janeiro deste ano. Para complementar seus projetos, os estudantes visitaram empresas localizadas na região de São Carlos, como, por exemplo, TAM, Xmobots e Airship do Brasil. No dia 11, as equipes realizaram suas apresentações finais, que foram julgadas por uma banca organizada pela USP, tendo sido entregue as premiações para os 1º, 2º e 3º lugares. A banca avaliadora foi composta por representantes de oito empresas e instituições, nomeadamente: José Guilherme Sabe (Equitron), Paulino Vilas Boas (EMBRAPA), João Passiera (TAM MRO), Eduardo Brito (Agência USP de Inovação), Lucas Fonceca (AirVants), Benedito Maciel (Flight Tech), Giovani Avianti (Xmobots), Carlos Ferraz Machado (AnimallTAG) e André Carmona Hernandes (BeeOAir).

Abaixo, confira os grupos vencedores:

3º Lugar

EncerramentoTMIBPC-3lugar_500O grupo que conquistou o 3º lugar, junto com os mentores e jurados da décima edição da T&MIBPC

2º Lugar

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A equipe que conquistou o 2º lugar, junto com os mentores e jurados da décima edição da T&MIBPC

1º Lugar

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O time que conquistou o 1º lugar, junto com os mentores e jurados da décima edição da T&MIBPC

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O Prof. Dr. Marcelo Becker, docente da EESC/USP, que representou a Universidade de São Paulo na competição, disse que, embora tenha havido diferenças culturais em cada grupo, os times demonstraram enorme capacidade de união e de trabalho conjunto. “Os estudantes realmente trabalharam em grupo e iniciaram amizades duradouras. De acordo com os próprios alunos, a competição foi uma experiência única”, comentou o docente.

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John Edward Quarton, diretor do Programa de Tecnologia e Gestão de Hoeft da UIUC, destacou a capacidade que os alunos tiveram em desenvolver propostas inovadoras e de apresentar uma análise mercadológica em apenas oito dias. “As equipes passaram a maior parte dos últimos dias refinando suas ideias. Os grupos foram incríveis e acredito que os alunos jamais se esquecerão da experiência que a competição proporcionou”.

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Com base nos trabalhos apresentados durante a competição, o Prof. Dr. Chi-Ming Chan, representante da HKUST, acredita que parte dos projetos poderá resultar em um produto final, de modo a ser comercializado. “Acho que alguns projetos poderão ter enorme impacto comercial. Espero que muitos destes participantes invistam para que seus trabalhos sejam comercializados futuramente”, pontuou o docente da universidade chinesa.

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Para a participante Jéssica de Abreu Mateus, que cursa Engenharia Mecatrônica na EESC/USP, o aspecto mais importante da competição foi o fato do evento ter estimulado a criação de um bom modelo de negócio, de modo que os próprios estudantes sentissem orgulho do trabalho desenvolvido. “Isso foi muito legal, porque todos nós desenvolvemos nossos projetos, sem desanimarmos”, comentou a jovem de 22 anos, tendo destacado também a importante interação que teve com estudantes de diferentes culturas e nacionalidades.

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Segundo o participante Bruno Henrique, de 23 anos, de algum modo o evento contribuiu para o setor industrial, que está ávido de novas aplicações envolvendo drones, e também para o estabelecimento de novas aplicações desse tipo de aeronave – fator que poderá aumentar a produtividade de empresas e facilitara vida das pessoas no futuro. “Isso é o cerne da tecnologia”, pontuou o aluno da Escola Politécnica da USP.

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Estudante de Engenharia Industrial na University of Bayreuth, Denis Tschitschenkow reconheceu a oportunidade que teve de fazer amizade com estudantes de diferentes países, tendo sublinhado as diversas possíveis aplicações dos drones. “Os drones têm diversas aplicações, especialmente na área de delivery, segurança e entretenimento. Acredito que eles começarão a sobrevoar as ruas das cidades, diariamente, nos próximos dez anos”, comentou.

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Madeline Hume, que cursa Finanças na UIUC, avaliou o evento como uma “oportunidade única”, uma vez que, embora seu curso estimule a participação em iniciativas como a Technology and Management International Business Plan Competition, a estudante sente que ainda há a necessidade de se investir mais em cooperações internacionais, principalmente na área de drones, já que o crescimento desse campo é nítido.

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O jovem Cheng Lam Fung veio de Hong Kong para fazer parte da T&MIBPC. Ele prefere ser chamado de Lemon, pois acredita que a pronúncia de seu verdadeiro nome seja difícil para aqueles que não têm familiaridade com a cultura e a língua chinesas. Para ele, ainda que o futuro dos drones seja promissor, aqueles que pretendem atuar nessa área poderão enfrentar alguns obstáculos, incluindo o curto tempo de vida desses aparelhos e a regulamentação do uso dessas aeronaves, que tem regras diferentes em determinados países, como, por exemplo, no Brasil e nos EUA. “Ainda existem muitas restrições para o uso de drones, mas as autoridades e as indústrias têm observado que as aeronaves não tripuladas podem ser muito úteis para nós”, disse ele.

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Assim como Lemon, Francesca Li, também oriunda de Hong Kong, participou da décima edição da competição. Ela acredita que o estudo e o desenvolvimento de drones ainda são aspectos demasiado recentes; faz pouco tempo que se descobriu que é possível desenvolver esses aparelhos em diferentes tamanhos e para diversas finalidades. “Agora, é necessário formar profissionais para que se possam explorar todas as aplicações dos drones”.

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Participantes da décima edição da T&MIBPC

(Com informações da Assessoria de Comunicação da EESC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de janeiro de 2016

Marco Legal e Chamada Universal estimulam o desenvolvimento de pesquisa

Em cerimônia realizada no dia 11 de janeiro, no Palácio do Planalto (DF), a presidente Dilma Rousseff sancionou com vetos parciais o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015, aprovado pelo Senado Federal em 09 de dezembro de 2015, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação.

Mais especificamente, o Marco Legal regulamenta parcerias de longo prazo entre os setores público e privado, oferece maior flexibilidade de atuação às Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT’s) e permite a dispensa de licitação pela administração pública em contratação de serviços ou de produtos inovadores de empresas.

O projeto também permite a utilização do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para ações em órgãos e entidades voltados à ciência, tecnologia e inovação. Além disso, o PLC em questão altera a Lei 8.666/93, estabelecendo nova hipótese de dispensa de licitação para quando houver a contratação de bens e de serviços relacionados a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Chamada Universal

Durante a cerimônia, também foi lançada a Chamada Universal CNPq/MCTI nº1/2015. Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ela disponibilizará recursos (R$ 200 milhões) para projetos de pesquisa em qualquer área do conhecimento, ao longo dos próximos dois anos. Confira o edital desta Chamada, AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de janeiro de 2016

CIERMag disponibiliza bolsas

200O Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), disponibiliza duas bolsas para a contratação de pesquisadores em programas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

As vagas estão vinculadas a um dos subprojetos do Projeto ToRM15* e envolvem a definição, o desenvolvimento e a construção de um Espectrômetro de Ressonância Magnética de concepção digital, mais especificamente o desenvolvimento das camadas de software (compiladores de sequências, interface com operador, controle de periféricos, suites de metodologias de Ressonância, entre outras) que definirão a funcionalidade do espectrômetro.

Para concorrer a uma das vagas é necessário ter conhecimento de linguagem de programação (Python, C++, C, Csharp, VB.NET, etc.) e, se possível, conhecer linguagem de descrição de hardware (VHDL ou Verilog) e os princípios da Ressonância Magnética.

Os valores das bolsas seguem a tabela do CNPq, CIERMag_disponibiliza_bolsas_para_desenvolvimento_tecnolgicoem função do grau de especialização dos candidatos. Os interessados devem entrar em contato com o Prof. Dr. Alberto Tannús (CIERMag/IFSC/USP), através do e-mail secretaria_emoh@ifsc.usp.br (mencionando “Projeto Espectrômetro Digital”) ou pelo telefone (16) 3373-6665.

*O Projeto ToRM15 corresponde ao desenvolvimento dos itens necessários para a construção de um Tomógrafo de Ressonância Magnética com concepção digital.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de janeiro de 2016

Processo seletivo para pós-graduação

IFSC_21-_logoO Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de sua Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Física, anuncia a abertura das inscrições para o processo de seleção de candidatos aos cursos de mestrado e doutorado oferecidos pelo IFSC no 2º semestre de 2016. Os interessados deverão se inscrever entre 11 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016.

As áreas de concentração oferecidas são as seguintes: física aplicada (opção biomolecular) e física aplicada (opção computacional).

Para mais informações a respeito do processo, acesse http://www.ifsc.usp.br/posgraduacao/ ou clique aqui para acessar o edital.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

11 de janeiro de 2016

Atualização da produção científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em dezembro de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Applied Materials & Interface.

PC-12-15

Assessoria de Comunicação

8 de janeiro de 2016

USP oferece atividades culturais

Durante os meses de janeiro e fevereiro, habitual período de férias dos alunos da USP, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU/USP), os museus e institutos da Universidade programaram diversas atividades culturais (exposições, cursos, visitas monitoradas, palestras e oficinas) dedicadas não só aos estudantes, como, também, à comunidade abaixo, confira a programação das atividades:

Hidrofaixas: rios visíveis do Bixiga

Até o dia 12 de fevereiro, é possível conferir ferias-usp-atividades200a exposição Hidrofaixas: rios visíveis do Bixiga, no Centro de Preservação Cultural “Casa de Dona Yayá”, da PRCEU/USP. A mostra gratuita aborda os três rios que permeiam a região do Bixiga (Itororó, Saracura e o Japurá), em São Paulo. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos domingos, das 10h às 15h, na Rua Major Diogo, 353, em São Paulo. Outras informações podem ser obtidas AQUI.

Cursos de férias no Centro Universitário Maria Antonia

A PRCEU/USP também realiza, no Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma), vários cursos de férias que têm duração de três a quatro dias e que abordam temas como o diálogo entre a música e a literatura russa; as tradições estéticas e a cultura contemporânea no Japão; a experiência histórica e a subjetividade em Arendt; Marcuse e Sennett; as relações entre o cinema e a literatura; e a história da arte contemporânea com enfoque nas exposições. O Centro Universitário disponibilizou a programação completa dos cursos AQUI. O Ceuma está localizado na Rua Maria Antonia, 258 e 294, na Vila Buarque, em São Paulo.

Parque Cientec

Nesta época, os visitantes do Parque Cientec podem participar de sessões no Planetário Digital e visitar a instalação do Sistema Solar; as trilhas ecológicas e as exposições temporárias, incluindo a recém-inaugurada Matemática e Música. O Parque pode ser visitado de segunda a sábado, das 9h às 16h, na Av. Miguel Stéfano, 4.200, em Água Funda, São Paulo. Confira outras informações sobre o Parque no seguinte endereço eletrônico: http://parquecientec.usp.br/

Pelos caminhos da cidade de pedra: trinta anos de pesquisa arqueológica

Até o dia 05 de fevereiro, o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE/USP) abriga a mostra Pelos caminhos da cidade de pedra: trinta anos de pesquisa arqueológica, que apresenta uma síntese do conhecimento produzido sobre os povoamentos pré-coloniais na região de Rondonópolis (MT), além de aspectos da história da própria pesquisa. A mostra pode ser conferida às segunda, quarta, quinta e sextas-feiras, das 9h às 17h, e no dia 09 de janeiro (único sábado em que a exposição poderá ser visitada), das 10h às 16h. O MAE está localizado na Av. Almeida Prado, 1.466, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Nove exposições no MAC/USP

Nove exposições gratuitas podem ser conferidas no Museu de Arte Contemporânea (MAC/USP), sendo elas: Visões da arte no acervo do MAC USP 1900-2000: Bastidores, Campos AlteradosA Casa, Vizinhos Distantes, Goeldi / Jardim: A Gravura e o Compasso, Samson Flexor – Traçados e Abstrações, Rafael França – Entre Mídias, Julio Plaza Indústria Poética e Classicismo, Realismo, Vanguarda: Pintura Italiana no Entreguerras. Saiba mais sobre as mostras, no site do MAC/USP.

O MAC está sediado na Av. Pedro Álvares Cabral, 1301, também em São Paulo.

Programação especial no Museu Republicano “Convenção em Itu”

Ligado ao Museu Paulista, o setor Educativo do Museu Republicano “Convenção em Itu” preparou, em parceria com o programa Ler é uma Viagem, uma programação especial gratuita para as férias em janeiro. Para conferir a programação, clique AQUI.

O Museu Republicano “Convenção em Itu” está localizado na Rua Barão de Itaim, 67, em Itu (SP).

Visitas monitoradas e exposição no CEBIMar

Em janeiro, o Centro de Biologia Marinha (CEBIMar) recebe visitas monitoradas gratuitas de interessados em conhecer o oceano, seus animais e plantas. Essas visitas são realizadas de segunda a sexta-feira (exceto aos feriados). Cada visita, que inclui excursão à praia, informações sobre ecossistemas e observação de animais vivos expostos em tanques, dura aproximadamente duas horas. Para participar, é necessário preencher um formulário.

O Centro está localizado na Rodovia Manoel Hypólito do Rego, km 131,5, na Praia do Cabelo Gordo, em São Sebastião (SP). Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (12) 3862-8433/8401, ou pelos e-mails ldsa@usp.br ou academicacbm@usp.br

Além disso, até o dia 13 de fevereiro, o CEBIMar promove a Exposição Fotográfica Cebimar 60 Anos, que pode ser visitada no Departamento de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Turismo de São Sebastião, localizado na Av. Dr. Altino Arantes (Rua da Praia), 130, em São Sebastião.

(Com informações e imagem da Assessoria de Comunicação da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de janeiro de 2016

IFSC realiza abertura da 10ª T&MIBPC

Pelas 8h30 do dia 4 de janeiro, realizou-se no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a cerimônia de abertura da 10ª edição do Technology and Management International Business Plan Competition (T&MIBPC), que ocorre de 3 a 13 de janeiro, no Campus USP São Carlos.

A competição

Idealizada inicialmente pela Hong Kong University of Science and Technology – HKUST (China) e pelo Programa de Tecnologia e Gestão de Hoeft da University of Illinois Urbana-Champaign – UIUC (EUA), a competição reúne, desde 2007, alguns dos estudantes que mais se destacam nas universidades participantes (HKUST, UIUC, Universität Bayreuth, da Alemanha, e USP), proporcionando-os a oportunidade de estabelecer o contato com alunos de diferentes localidades e culturas, e os permitindo conhecer as cidades onde são realizadas as edições do evento, no qual os estudantes são divididos em equipes mistas que, com a orientação de professores mentores, propõem projetos sobre um tema específico. A USP integra a competição desde 2012, tendo participado das edições que aconteceram em São Paulo (2012), Hong Kong (2013) e Bayreuth (2014). Devido a restrições orçamentárias e à falta de patrocinadores, a USP não pôde participar da edição que ocorreu em 2015, em San Francisco (EUA).

TMIBPC-1-250Neste ano, 48 alunos de graduação e pós-graduação e oito docentes oriundos das quatro instituições de ensino superior participam da competição, que é organizada pelo Departamento de Engenharia de São Carlos (SEM/EESC/USP), e promovida pelas já citadas universidades. Nesta edição, os participantes deverão desenvolver propostas inovadoras para o uso de drones – aeronaves não tripuladas – e apresentar uma análise de mercado e viabilidade financeira, a fim de buscar parceiros.

No segundo semestre de 2015, os alunos selecionados participaram de reuniões via Skype e prepararam propostas iniciais, que foram apresentadas aos mentores no dia 3 de janeiro deste ano. Para complementar seus projetos, os estudantes visitarão empresas localizadas na região de São Carlos, como, por exemplo, TAM, XMobots e Airship do Brasil. No dia 13 de janeiro, as equipes realizarão suas apresentações finais, que serão julgadas por uma banca organizada pela USP, e serão premiadas em 1º, 2º, 3º e 4º lugares.

Cerimônia de abertura da competição

A mesa de honra da abertura da competição foi composta pelos Profs. Drs. Chi-Ming Chan (HKUST), John Edward Quarton (UIUC), Marcelo Becker (representante da USP na competição e docente da Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), Vanderlei Bagnato (diretor da Agência USP de Inovação e docente do IFSC/USP), Paulo Sérgio Varoto (diretor da EESC/USP) e Volker Altstädt (Universität Beyreuth).

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Em sua fala, o Prof. Vanderlei Bagnato comentou TMIBPC-3-250sobre o papel da universidade que, além de oferecer conceitos puramente técnicos, deve incentivar os alunos a criar e a inovar – incentivos que, segundo o docente, são os dois maiores desafios das instituições de ensino superior. Para que isso ocorra, ele afirmou que a universidade deve dar liberdade, oferecer recursos e propor desafios aos seus estudantes. Ainda nesse contexto, o Prof. Vanderlei também citou a capacidade que o IFSC/USP tem de formar excelentes profissionais e de interagir com o setor produtivo, permitindo que as tecnologias desenvolvidas no Instituto cheguem até a população.

TMIBPC-4-250Posteriormente, o Prof. Sérgio Varoto deu as boas vindas aos participantes da competição, tendo citado que a cidade de São Carlos oferece oportunidades positivas para aqueles que visam atuar na área tecnológica, uma vez que, além de sediar três universidades (USP, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e Centro Universitário Central Paulista – UNICEP), a cidade abriga importantes empresas do ramo tecnológico.

TMIBPC-5-250Finalmente, o Prof. Marcelo Becker mencionou a importância da Technology and Management International Business Plan Competition e, inclusive, da presença dos participantes oriundos das quatro universidades que integram o evento, umas vez que a interação entre esses estudantes deve contribuir para um melhor desenvolvimento do tema sobre drones. Ainda em sua fala, o docente destacou o orgulho que a USP sente em promover a competição.

Após a fala do Prof. Marcelo, os participantes da 10ª edição da competição assistiram à palestra RPA – Overview and regulations, ministrada pelo Dr. André Carmona Hernandes, CTO da BeeOAir Solutions e pesquisador TMIBPC-6-300da EESC/USP. Em sua apresentação, André discutiu a implementação de drones em termos nacionais e internacionais, tendo comentado as divergências que existem entre as regulamentações que correspondem ao uso de drones no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. O pesquisador também discutiu o que se pode fazer com drones, em termos civis e militares. No âmbito civil, por exemplo, ele acredita que o uso da aeronave pode ser aplicado na vigilância ambiental, bem como em levantamentos arqueológicos e no agronegócio. Já em termos militares, ele acredita que seja possível usar esses equipamentos para vigiar fronteiras.

Segundo André, prevê-se ainda que essas aeronaves possam ser utilizadas para entregas comerciais (em 2015, por exemplo, a Amazon deu início a testes de entrega de encomendas via drones) bem como em atendimentos de emergência (uma das propostas é equipar drones com desfibriladores, para que eles possam ser enviados a locais onde pacientes estejam sendo acometidos por ataques cardíacos, de modo que qualquer indivíduo possa operar os desfibriladores).

Novas regras para o uso de drones no Brasil

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(Créditos: Wikimedia Commons)

De acordo com uma reportagem publicada em 4 de janeiro, no jornal O Estado de S. Paulo, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) já realizou algumas reuniões, com o intuito de estabelecer novas regras para o uso de drones no Brasil.

Em dezembro último, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) determinou que drones que voam a mais de 120 metros de altitude só podem ser operados mediante autorização, que deve ser solicitada com pelo menos dois dias de antecedência à operação. Ainda de acordo com as determinações do DECEA, é proibido pilotar o aparelho à noite e fazer acrobacias. Mesmo com os esforços do Departamento, parte da operação de drones no país ocorre de forma ilegal.

Em 2015, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apresentou algumas propostas para a regulamentação do uso de drones no país, incluindo o cadastro de qualquer aeronave não tripulada em seu site, um seguro contra determinados danos e o porte de habilitação aos pilotos que operarem as aeronaves a uma altitude superior a 120 metros.

Devido à grande procura de diversos públicos pelos drones, a possível aprovação das propostas da ANAC anima o mercado brasileiro, já que há empresas interessadas em comercializar os aparelhos, e não têm autorização para vendê-los. “Vamos aumentar em dez vezes o volume de vendas após a aprovação das novas regras”, disse Ulf Bogdawa, diretor de uma fabricante de drones brasileira, à reportagem d’O Estado de S. Paulo.

Caso algumas regras sejam aprovadas, de modo que as empresas possam comercializar essas aeronaves, as já citadas previsões destacadas pelo pesquisador André Hernandes ganharão mais força, nos fazendo crer que tenhamos que nos acostumar com a presença diária de drones nos céus brasileiros, em um futuro não tão distante.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de janeiro de 2016

Macromolecular Crystallography School 2016

Realiza-se entre os dias 04 e 13 de abril, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Macromolecular Crystallography School 2016 – From data processing to structure refinement and beyond, cujo período de inscrições se encerra no dia 20 de janeiro (clique AQUI para inscrever-se).

MCS2016Voltada a estudantes de doutorado, pós-doutorado e jovens pesquisadores, a Escola oferecerá tutoriais e treinamentos de métodos voltados ao estado da arte em cristalografia de macromoléculas e promoverá discussões sobre temas como processamento de dados de difração e fase e estrutura de determinação. A programação da Macromolecular Crystallography School será complementada com palestras ministradas por pesquisadores do Brasil, Uruguai, da Espanha, Alemanha e Inglaterra. Para conferir a programação, clique AQUI.

O comitê organizador do evento é formado por docentes do IFSC/USP e por especialistas de outras instituições de ensino e pesquisa, nomeadamente: Eduardo Horjales (IFSC/USP), Richard Garratt (IFSC/USP), Glaucius Oliva (IFSC/USP), João Renato Muniz (IFSC/USP), Ronan Keegan (STFC Rutherford Appleton Laboratory – Reino Unido), Garib Murshudov (MRC/LMB – Reino Unido) e Alejandro Buschiazzo (Institut Pasteur de Montevideo – Uruguai).

Em 2013, a Escola ocorreu em Montevideo (Uruguai) e, devido às cinquenta e cinco inscrições recebidas, outra edição do evento aconteceu em 2014, no IFSC/USP. Em abril de 2015, uma terceira edição da Macromolecular Crystallography School aconteceu novamente em Montevideo.

Para obter mais informações sobre a Escola, acesse o site www.ifsc.usp.br/mx2016

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de janeiro de 2016

Morre o Prof. Silvestre Ragusa

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do Estimado Professor Silvestre Ragusa, no dia 03 de janeiro de 2016.

O Prof. Ragusa nasceu em 6 de janeiro de 1933 em São Paulo. Formou-se em 1959 pelo Instituto de Física da USP em São Paulo e, em 1967, concluiu seu RAGUSA-200doutorado pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Iniciou sua carreira como docente e pesquisador logo após concluir sua graduação, no Instituto de Física Teórica (IFT), onde atuou de 1959 a 1969.

Em 1969, transferiu-se para a UFSCar, onde teve a oportunidade de oferecer importantes contribuições.

Posteriormente, em 1971, deslocou-se para a USP de São Carlos, inicialmente na EESC, posteriormente no IFQSC e, finalmente, no IFSC, para desenvolver atividades de ensino, nas áreas de teoria dos campos, mecânica quântica e eletromagnetismo, e de pesquisa, sobretudo em teorias da relatividade e de partículas elementares e de campos de força.

Em 1990, participou de um programa de pós-doutorado pela Northwestern University.

Apesar de sua idade, atuou até poucos meses atrás como professor aposentado no IFSC/USP.

Em função de suas importantes contribuições e grandes amizades construídas no IFT, na UFSCar e nas Unidades da USP onde atuou, certamente deixará grandes e saudosas lembranças.

O IFSC/USP apresenta à família enlutada os sentidos pêsames de toda a comunidade.

(lattes.cnpq.br/2295030309355648)

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

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