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25 de maio de 2016

Palestra: “Método investigativo no ensino de química”

Participação ativa do aluno e do professor na construção do conhecimento: essa é a ideia geral a que o termo “método investigativo” remete.  Quais são os parâmetros necessários para que esse método tenha êxito no ensino de Química?

IQSC-logoEssa e outras questões serão abordadas pelopesquisador Luiz Henrique Ferreira, na próxima terça-feira (31/5), às 16h, no anfiteatro térreo do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP).

A palestra tem como público alvo os alunos do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (P.A.E.) do IQSC, mas é aberta à participação de todos os interessados, gratuitamente.

O palestrante é pesquisador do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e coordena o Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Química (LENAQ), além de orientar pesquisas principalmente sobre formação de professores de Química, desenvolvimento e avaliação de materiais didáticos e experimentação para o ensino.  Também é revisor de várias publicações, dentre elas “Química Nova na Escola” e “Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos”.

Texto: Assessoria de Comunicação do IQSC/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

25 de maio de 2016

Exercícios e fotoestimulação: resultados até 12 vezes melhor

Durante seu doutoramento, o pesquisador do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) Antonio Eduardo de Aquino Junior teve acesso à seguinte informação: a aplicação da fotoestimulação, ação promovida pelo uso de lasers e/ou LEDs, associada a exercícios físicos, é capaz de aumentar a capacidade de consumo de energia do organismo humano em até duas vezes e meia. “Desta forma, foi possível otimizar a ação do exercício, possibilitando um emagrecimento mais rápido e eficiente, sempre de forma saudável”, explica o pesquisador.

Antonio_Aquino-resultados_da_pesquisaDiante desse resultado promissor, eu seu pós-doutoramento, orientado pelo docente do IFSC Vanderlei Salvador Bagnato, Antonio decidiu novamente trabalhar com fotoestimulação verificando sua atuação na perda de gordura do fígado, associada à reeducação alimentar, em pessoas do sexo masculino, com idade entre 30 e 40, e obesidade Grau 1, isto é, com Índice de Massa Corporal entre 30 e 34,9 Kg/ m².

Durante os seis meses de duração do tratamento realizado por Antonio com 24 voluntários, 12 realizaram somente o tratamento padrão, ou seja, exercícios físicos e reeducação alimentar (Grupo Controle), e o restante realizou o mesmo tratamento (reeducação alimentar e exercícios físicos) associado à fotoestimulação com duração de 16 minutos.

Principais resultados

Em relação ao peso corporal, o Grupo Controle perdeu duas vezes e meia menos do que o grupo que fez o tratamento com fotoestimulação; em relação à gordura corporal, o Grupo Controle perdeu seis vezes menos do que o segundo grupo; em relação à gordura visceral*, o Grupo Controle perdeu 12 vezes menos; finalmente, em relação às enzimas hepáticas, o Grupo Controle reduziu dez vezes menos.

Antonio também verificou, no grupo de voluntários que foi tratado com a fotoestimulação, uma expressiva diminuição de colesterol, LDL e triglicerídeos (redução duas vezes maior do que o Grupo Controle), sendo que o “colesterol bom” (HDL) aumentou consideravelmente no grupo tratado com fotoestimulação.

Embora a pesquisa de Antonio seja finalizada em agosto, ele afirma que já há outros projetos em andamento, inclusive para introduzir o tratamento em questão como clínico e, portanto, disponível à população em geral. “Também queremos elaborar novas terapias relacionadas a doenças que se associam à obesidade, como hipotireoidismo, diabetes etc. Mas isso ainda se encontra em estudo e análise”, finaliza o pesquisador.

Para mais informações a respeito do projeto em questão, basta enviar e-mail a antonioaquino@ifsc.usp.br

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatos deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

*Gordura localizada na região abdominal, corresponsável pelo surgimento de diversas doenças no organismo, como hipertensão, resistência à insulina, diabetes melitus tipo II e esteastose hepática não alcóolica

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

25 de maio de 2016

Diagnóstico médico: o futuro está aí

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as despesas relacionadas ao sistema de saúde dos Estados Unidos, em 2009, corresponderam a 17,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses custos foram afetados principalmente por gastos ineficazes decorrentes de decisões mal comunicadas e má gestão. Considera-se que uma maneira de tornar o sistema de saúde mais eficiente é desenvolver softwares para diagnóstico auxiliado por computador, inclusive para oferecer serviços de saúde personalizados, o que por sua vez requer a adoção de prontuários médicos eletrônicos.

Nanotecnologia, Big Data e convergência de tecnologias

No artigo On the convergence of nanotechnology and Big Data analysis for computer-aided diagnosis, publicado este ano na revista científica Nanomedicine, os Profs. Drs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Instituto de Física de São Carlos – IFSC/USP), Fernando Vieira Paulovich (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP), José Fernando Rodrigues Junior (ICMC/USP) e Maria Cristina Ferreira de Oliveira (ICMC/USP) descrevem três pilares que entendem ser fundamentais para aprimorar o sistema de saúde, tanto no Brasil como em outros países.

O primeiro deles se refere à nanotecnologia, área em que se estudam substâncias e materiais em nível atômico e molecular, pois nanomateriais são essenciais para produzir os sensores e biossensores de interesse para a comunidade médica. A nanotecnologia já contribui para a medicina com dispositivos eletrônicos para diagnóstico de doenças, como diabetes, dengue, hipertensão arterial, câncer, entre outras patologias. Conceitos e métodos de Big Data formam o segundo pilar, em que se destaca a necessidade de usar métodos computacionais para armazenar e analisar grandes volumes de dados de natureza diversa. Já o terceiro pilar é calcado nos métodos que permitam integrar diversas ferramentas e técnicas computacionais (como o aprendizado de máquina*), de modo que a grande quantidade de informação produzida ou capturada se transforme em conhecimento.

No arcabouço descrito no artigo em questão, um dos objetivos é permitir que dados clínicos de pacientes sejam armazenados em nuvem, de forma a serem compartilhados com outros médicos, podendo facilitar futuras consultas. Se a citada convergência de tecnologias e esse tipo de armazenamento de dados se tornarem reais, Maria Cristina Oliveira prevê maior quantidade de diagnósticos preditivos no futuro: “Com as informações distribuídas e integradas, talvez seja possível obter antecipadamente dados suficientes para tentar entender, por exemplo, onde podem ocorrer novos surtos e epidemias”.

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Essa integração de informações, na perspectiva de José Fernando, será apenas mais uma transformação ocasionada graças ao avanço tecnológico, que substituirá modelos tradicionais de diagnóstico médico. Será algo similar ao que ocorreu com as cartas que perderam espaço para os telefones, que posteriormente foram substituídos pelos e-mails e que antecederam a comunicação através das redes sociais. “Acredito que algo semelhante ocorrerá na medicina, porque o modelo atual utilizado para fazê-la é muito caro e ineficiente, e não se adapta à velocidade das mudanças na sociedade, em virtude das tecnologias disponíveis”, comenta José Fernando, acrescentando que o alto custo da medicina é uma motivação para que aconteçam mudanças significativas na área.

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Para os autores, a racionalização de recursos com a melhora na qualidade de diagnóstico requer uniformização de dados de pacientes. José Fernando explica que não há, por exemplo, um método padrão para que médicos registrem informações referentes aos pacientes. E essa liberdade, segundo o docente, é prejudicial para a integração de dados. “Têm surgido padrões que levarão esses especialistas a descrever um determinado tratamento de forma mais sistemática, normalizada e padronizada”.

A substituição de médicos por máquinas, para algumas tarefas em diagnóstico, pode representar uma quebra de paradigma. “Obviamente, há casos mais complexos na medicina, nos quais talvez nunca seja possível substituir um especialista por um equipamento”, comenta Fernando Paulovich, acrescentando que, hoje, as buscas na internet – em sistemas com dados confiáveis – já podem fornecer informações semelhantes àquelas que se obtém na avaliação de um médico. Além disso, Paulovich enfatiza que alguns procedimentos, como ir a um consultório simplesmente para buscar um resultado de exame, já deveriam ser substituídos, uma vez que os dados dos exames podem ser obtidos online ou via e-mail.

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Desafios para construir esse futuro

Para os quatro pesquisadores, existem grandes desafios no sentido de desenvolver um sistema de integração capaz de analisar dados de um paciente, obtidos via Big Data, e de transformar essas informações em conhecimento. Para Maria Cristina Oliveira, os obstáculos a serem enfrentados não são apenas científicos, mas também políticos e sociais. “Acho que os desafios maiores não são exatamente os técnicos, mas sim aqueles em que você precisa fazer com que as pessoas aceitem mudanças e cheguem em um consenso para viabilizar o uso desse tipo de sistema de integração de tecnologias e dados”.

Para Osvaldo Novais de Oliveira Junior, a medicina já tem passado por transformações ao longo dos últimos anos. Atualmente, médicos têm suporte tecnológico que não existia há trinta ou quarenta anos. “Hoje a atuação de um profissional da saúde é muito diferente, porque em geral ele não emite uma opinião antes de analisar resultados de exames. Então, de certa forma, essa mudança já está ocorrendo”, diz o docente do IFSC, complementando que essa possível futura transformação exigirá que os profissionais da área médica aprendam a lidar cada vez mais com novas tecnologias.

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No que concerne a outras ações dos autores do artigo e de seus grupos de pesquisa, José Fernando já mantém colaboração com o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor/HC/FM/USP), a fim de analisar as dificuldades dos especialistas do InCor no armazenamento e processamento de dados de pacientes. Osvaldo, Fernando e Maria Cristina têm atuado conjuntamente em técnicas de visualização de informação para melhorar o desempenho de biossensores para análises clínicas de doenças tropicais e câncer – neste último caso, em parceria com o Hospital de Câncer de Barretos.

Além disso, há outras sugestões no artigo publicado na revista Nanomedicine para implementação futura, que talvez possam impactar positivamente os sistemas de saúde nacional e internacional. Um desejo dos entrevistados é aproximar grupos de pesquisadores no Brasil que estejam se dedicando aos diversos tópicos – de computação, medicina, física, química, biologia, ciência dos materiais, farmácia –, para ações concertadas que levem ao desenvolvimento de sistemas de diagnóstico assistidos por computador.

Segundo Osvaldo Novais de Oliveira Junior, as propostas apresentadas no artigo podem abrir caminhos para pesquisas que não tenham relação só com a medicina. Os mesmos conceitos preconizados no artigo podem ser usados para desenvolver sistemas aplicados na predição de poluição, no monitoramento do uso de armas químicas e biológicas e até de eventuais ataques terroristas.

*O aprendizado de máquina é uma área da computação que aborda o desenvolvimento de técnicas que, baseadas em treinamento, podem exercer determinadas tarefas.

(Créditos – Imagem 1: iStockPhoto)

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de maio de 2016

Desenvolvido material para analisar produtos transgênicos

Um novo material a ser usado como sensor (dispositivo eletrônico) para analisar produtos transgênicos está sendo desenvolvido por uma pesquisadora do Instituto Superior de Engenharia do Porto – ISEP (Portugal), em parceria com pesquisadores brasileiros e argentinos, incluindo especialistas do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

transgenicos_-_250Os produtos transgênicos contêm organismos geneticamente modificados (GMO’s, na sigla em inglês), que podem aumentar a produtividade e qualidade de alimentos e plantas. No Brasil, a soja é um dos alimentos transgênicos mais comercializados. Embora sejam grandes aliados do setor produtivo, esses organismos causam controvérsia entre cientistas e órgãos governamentais, justamente pelo fato de poderem causar mutações genéticas no organismo humano, em longo prazo.

Ao contrário do que ocorre em países como o Brasil, na Europa existe uma preocupação muito grande a respeito do uso desses organismos, motivo pelo qual existem regras estabelecidas para a comercialização de produtos transgênicos. Por essa razão, criou-se o GMOsensor (Monitoring Genetically Modified Organisms in Food and Feed by Innovative Biosensor Approaches), um consórcio coordenado pela portuguesa Dra. Cristina Delerue-Matos e formado por dezenas de pesquisadores europeus e sul-americanos, que tem o objetivo de desenvolver dispositivos para aplicação na área de transgênicos e verificar se produtos comercializados contêm, ou não, GMO’s.

No âmbito dessa rede internacional, a doutoranda Alexandra Plácido, do ISEP, desenvolveu um novo material para uso em biossensor para analisar e identificar a presença de proteínas de GMO’s em qualquer tipo de produto, principalmente em alimentos e plantas. Neste sentido, para fazer a análise, as amostras suspeitas são inseridas em uma placa de vidro modificada com ITO (substância que contém os elementos índio e titânio) e localizada no sensor, que é formado por uma série de camadas de polímeros e peptídeos imobilizados com uma proteína chamada Cry1Ab16, retirada da bactéria Bacillus thuringiensis e utilizada em plantas, para afastar a presença de insetos.

Quando uma amostra entra em contato com a placa do biossensor, ocorre uma reação eletroquímica que permite verificar se a substância analisada contém, ou não, organismos geneticamente modificados. “Os filmes de ITO, que são bastante usados nas telas de smartphones para permitir comandos pelo toque de mão, têm baixa resistência. Isso facilita a captação do sinal da amostra, tornando a leitura do sensor mais confiável”, enfatiza a pós-doutoranda do Grupo de Cristalografia do IFSC e bolsista pela FAPESP*, Ana Carolina Mafud, que participa do projeto, juntamente com a Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, docente do citado grupo.

Ambas analisaram cada etapa da organização das camadas estruturadas no biossensor, permitindo que ele possa ser comercializado futuramente para indústrias interessadas em verificar seus próprios produtos, ou para instituições da área de qualidade. “Estudamos essas camadas para analisar como elas estavam estruturadas, se era necessário aprimorar o produto, ou se algum dos filmes era responsável por alguma interferência no sensor”, explica a Profa. Yvonne Mascarenhas.

Mais do que isso, Alexandra Plácido estudou um peptídeo derivado da Cry1Ab16, tendo observado a sua estrutura através da técnica de Dicroísmo Circular. Baseada em um tipo de luz (polarizada), essa metodologia permite observar o comportamento de substâncias em solução aquosa. “A partir de todas as análises, obtivemos informações que agora podem ser utilizadas para entender melhor o funcionamento da proteína”, complementa a Profa. Yvonne Mascarenhas.

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Ana Carolina e Profa. Yvonne Mascarenhas

Pesquisa interdisciplinar

A docente do IFSC/USP destaca a interdisciplinaridade do trabalho, que conta não apenas com a colaboração das especialistas do Instituto de Física de São Carlos, mas também de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob a coordenação do Prof. José Roberto Leite, e do CENPAT-CONICET (Centro Nacional Patagônico-Conselho Nacional de Investigação Científica e Tecnológica), através da Dra. Mariela Marani (Argentina). “Neste projeto, cada pesquisador tem contribuído com a sua competência. Essa característica facilita a obtenção de bons resultados com mais agilidade”, enfatiza a Profa. Yvonne Mascarenhas.

Em paralelo ao desenvolvimento do citado biossensor, os cientistas envolvidos na pesquisa em questão já estão trabalhando na criação de um segundo dispositivo que, ao invés de fazer a análise de modo eletroquímico, poderá verificar produtos transgênicos de forma óptica a partir da aplicação de outras técnicas.

O artigo correspondente à pesquisa descrita nesta reportagem foi publicado em abril último na revista científica Materials Science and Engineering: C. Para acessá-lo, clique AQUI.

*Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de maio de 2016

O processo de Lavoisier

No Journal Club que se realizou no dia 24 ROGRIO_TRAJANO_250de maio, pelas 10h30, no Anfiteatro “Professor Horacio C. Panepucci” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Rogério Cantarino Trajano da Costa, do Grupo de Física Teórica desta Unidade, ministrou a palestra O processo de Lavoisier, na qual falou sobre a vida do cientista Antoine Lavoisier, tendo enfatizado as contribuições do pesquisador para o desenvolvimento da ciência e evidenciado as circunstâncias que o levaram a ser processado durante o regime do Terror da Revolução Francesa.

Docente aposentado do IFSC/USP, o Prof. Rogério Trajano é bacharel em física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também obteve seu doutorado em 1966, tendo feito seu estágio de pós-doutorado na Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. O Prof. Trajano também ministrou aulas no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e na Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de maio de 2016

Intercâmbios na Polônia

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) lançou dois novos editais que visam à atribuição de bolsas a alunos de graduação da Universidade, para o desenvolvimento de intercâmbio na Polônia, mais especificamente, na Universidade Bialystok de Tecnologia – BUT (confira o edital AQUI) e na Universidade Silesian de Tecnologia – SUT (confira o edital AQUI).

Ambos os intercâmbios deverão ser realizados durante o segundo semestre de 2016, no âmbito do Programa Erasmus +. As inscrições podem ser feitas até às 12h do dia 31 de maio, AQUI.

Dúvidas podem ser esclarecidas através do Fale Conosco (Assunto Editais – Intercâmbio).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de maio de 2016

3rd IONS South America

3rd_IONS_South_America_250Estão abertas até o dia 1º de junho as inscrições para o 3rd IONS South America. Organizado pelo OSA Student Chapter da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e financiado pela Sociedade de Óptica (OSA, em inglês), o congresso ocorrerá entre os dias 14 e 17 de julho deste ano, em Campinas (SP), tendo como objetivo reunir aproximadamente cinquenta estudantes de graduação e pós-graduação do Brasil e do exterior para abordar a óptica, através de apresentação de pôsteres e de palestras ministradas por pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

“O evento é uma oportunidade muito bacana para que alunos e jovens pesquisadores possam conhecer especialistas de renome internacional na área de óptica, bem como novas linhas de pesquisa que estão surgindo inclusive no Brasil, e estabelecer colaborações com outros participantes”, pontua Nathália Tomázio, pesquisadora do Grupo de Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e membro do IFSC OSA Student Chapter, cuja parte dos integrantes comporá o comitê científico que avaliará alguns dos pôsteres relacionados às áreas de biofotônica, fabricação via pulsos de femtossegundos e espectroscopia não-linear, que serão apresentados no congresso.

As palestras da conferência serão ministradas pelos pesquisadores Andrew Watt (Universidade de Oxford – Reino Unido), Carlos Lopez-Mariscal (OSA – México), Lucas Gabrielli (UNICAMP) e Philip Russel (Max Planck Erlangen – Alemanha). Em paralelo às atividades científicas, ocorrerão duas atividades sociais durante o evento, sendo elas um tour pela cidade de São Paulo e um passeio pela Feira Hippie de Campinas.

Os dois chapters citados acima são grupos formados por estudantes que têm a finalidade de divulgar a área de óptica e fotônica a diversos públicos, como, por exemplo, alunos dos ensinos fundamental, médio e superior. “Ultimamente, o IFSC OSA Student Chapter tem priorizado uma série de iniciativas que possam beneficiar o Instituto de Física de São Carlos”, destaca Nathália.

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Estudantes de graduação e pós-graduação podem se inscrever gratuitamente no congresso, AQUI.

(Créditos: Imagem 1 – Shutterstock)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de maio de 2016

Reformulação de kits didáticos para ensinar física

A pesquisadora de doutorado em Física Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Renata Batista, tem buscado novas metodologias para ensinar física em sala de aula, a partir da reformulação dos kits didáticos disponibilizados pela Experimentoteca do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) a professores da região de São Carlos.

mao-ensino-250Desenvolvida por uma equipe chefiada pelo falecido Prof. Dr. Dietrich Schiel (USP), responsável pela criação do Centro na década de 1980, a Experimentoteca do CDCC é composta por 102 kits didáticos voltados às áreas de Física, Matemática, Biologia e Química. Cada conjunto contém dez exemplares do mesmo experimento, possibilitando que os alunos dos ensinos fundamental e médio se dividam em dez grupos em sala de aula, para desenvolver as práticas sugeridas.

Esses conjuntos temáticos são alternativas que substituem os tradicionais gizes e lousas por aulas práticas, nas quais os alunos fazem cada experimento, seguindo um passo a passo descrito num roteiro. A fim de trocar essa “receita” seguida pelos alunos por uma abordagem histórico-investigativa, Renata reelaborou o conteúdo informacional que acompanha os kits de física voltados ao ensino médio, inserindo informações históricas sobre o desenvolvimento dos conceitos de física (mecânica, calorimetria, óptica e eletricidade).

A abordagem histórico-investigativa objetiva contextualizar as atividades práticas e fazer com que tanto os alunos como os professores compreendam melhor as motivações históricas para a realização do experimento proposto e como ele foi usado no passado para embasar a construção de determinados conceitos científicos. “Com isso, esperamos que os alunos, olhando para o passado, aprendam a obter resultados e analisá-los; a argumentar sobre hipóteses explicativas; e que tenham noção de quais são as grandezas importantes de um experimento”, explica a Profa. Dra. Cibelle Celestino Silva, docente do Grupo de Física Teórica do IFSC, que orienta Renata nesse projeto.

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Para elaborar uma metodologia de ensino que traga benefícios para alunos e educadores, há cerca de um ano e meio Renata tem desenvolvido uma pesquisa em parceria com sete professores de São Carlos, na qual analisa as propostas desses especialistas, estudando e testando roteiros que favoreçam a utilização da abordagem histórico-investigativa pelos professores. Com base nessas discussões, em breve a doutoranda acompanhará as aulas em que os professores aplicarão os conjuntos didáticos, reformulados pela doutoranda e pela docente do IFSC/USP. Analisar o uso e as dificuldades dos alunos e docentes durante a aplicação dos conjuntos será fundamental para responder questões que ajudarão Renata a desenvolver a metodologia de ensino com a já citada abordagem. “Estamos bastante positivos com a elaboração dos roteiros, principalmente, pelo fato de mantermos contato com os professores que, com base no saber docente, nos predizem o que pode dar certo ou não, em sala de aula”, diz Renata Batista.

Apesar de o projeto de Renata ter como foco apenas os conjuntos didáticos de física, há um interesse por parte do Centro de Divulgação Científica e Cultural em reformular todos os outros conjuntos disponibilizados na Experimentoteca, com base na abordagem que tem sido utilizada pelas especialistas do Instituto de Física de São Carlos.

Novas alternativas de ensino ainda são pouco buscadas

Além da física, disciplinas como química, biologia e matemática continuam sendo as grandes “vilãs” dos alunos no ensino médio. Tanto para Renata como para a Profa. Cibelle Celestino, isso é comum em razão do modelo tradicional de ensino, que é considerado por muitos um sistema obsoleto. Mesmo assim, a grande maioria dos professores do ensino médio, por exemplo, insiste que essas disciplinas devem ser ensinadas unicamente com giz, lousa e exercícios retirados de livros.

Na visão de Renata, existem professores que buscam atualizar a forma como ensinam, mas grande parte dos educadores enfrenta dificuldades ao tentar inovar suas práticas em sala de aula. “Quando mostramos algumas alternativas e explicamos que elas têm funcionado nas escolas, alguns professores começam a se interessar pelo assunto”.

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No início de seu projeto, Renata enviou um questionário para professores de física de São Carlos, a fim de analisar o uso dos conjuntos didáticos do CDCC por esses educadores. Nessa pesquisa, Renata avaliou que os kits sobre eletricidade e reflexão e refração da luz são os dois mais emprestados. Ainda através dessa pesquisa, a pesquisadora avaliou que grande parte dos professores não usa os conjuntos didáticos em sala de aula por “falta de tempo para conhecê-los”. Os resultados do questionário mostraram também que os professores adeptos ao uso dos kits do CDCC têm mais facilidade para ministrar aulas que envolvam os alunos e proporcionam um melhor aprendizado.

O mais interessante dessa avaliação feita por Renata é que, após a aplicação do questionário, o número de docentes que utilizam os conjuntos aumentou, o que demonstra que ainda há a necessidade de incentivar os professores a, no mínimo, testar o uso de kits ou de outras alternativas que prendam a atenção dos estudantes e que façam com que os alunos aprendam o conteúdo apresentado em sala de aula, tendo em vista que, num cenário tão moderno, é preciso muito mais do que apenas giz e lousa para conquistar a atenção dos jovens.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2016

Programa oferecerá 6 mil bolsas para graduandos

Docentes da Universidade de São Paulo podem inscrever seus projetos no Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes de Graduação (PUB) até o dia 13 de junho, através do Sistema Juno. O Programa, que integra a Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da USP, tem como objetivo estimular os alunos a desenvolver atividades de investigação científica ou projetos associados às vertentes da Universidade (ensino, pesquisa ou cultura e extensão) que contribuam para a formação acadêmica e profissional dos graduandos.

O Programa oferecerá seis mil bolsas de estudo no valor de R$ 400, que terão validade de doze meses, contando a partir do dia 1º de setembro de 2016. Os alunos interessados em concorrer às bolsas devem se inscrever a partir do dia 22 de junho, no sistema Júpiter Web. Contudo, os candidatos devem estar inscritos no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da Superintendência de Assistência Social (PAPFE/SAS), cujo período de inscrição termina em 22 de junho. Para se inscrever no PAPFE, clique AQUI.

Para mais informações, acesse o edital referente à atribuição das bolsas, AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2016

Diretor da Poli/USP é o vencedor

O prof. José Roberto Castilho Piqueira, diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e professor titular do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle, ganhou o Prêmio Lagrange.

Concedido pela Society for Industrial and Applied Mathematics (SIAM), dos Estados Unidos, o prêmio foi entregue durante a sexta edição da Conferência Internacional em Sistemas Não Lineares e Complexidade, que terminou em 20 de maio no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

Piqueira é graduado em Engenharia Elétrica pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP (1974). Tem mestrado em Engenharia Elétrica pela mesma escola (1983) e é doutor em Engenharia Elétrica pela Poli-USP (1987), onde também é livre-docente (em Controle e Automação, 1997). Tem 100 artigos indexados na principal coleção da Web of Science, orientou 23 mestrados, 22 doutorados e supervisionou nove pós-doutorados.

É presidente do Conselho Superior do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e membro efetivo da Academia Nacional de Engenharia. Tem experiência nas áreas de Engenharia Elétrica e Biomédica, com ênfase em Teoria Geral dos Circuitos Elétricos, atuando principalmente nos seguintes temas: dinâmica, bifurcação, sincronismo, caos e modelos matemáticos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2016

Como a cultura aproxima a Universidade da sociedade

A existência de instituições de ensino superior em cidades consideradas de pequeno e médio porte, na maior parte das vezes localizadas no interior dos estados, contribui não só para o desenvolvimento econômico das mesmas, mas, também, para o seu desenvolvimento social e cultural. E esse desenvolvimento pode ser ainda mais notório quando os dirigentes universitários decidem criar estratégias para que suas instituições abram as portas às comunidades locais, promovendo programas e diversos outros atrativos para que todos adentrem os portões do conhecimento e conheçam os espaços acadêmicos e científicos.

Contudo, é fato que a Universidade também tem que sair de seus redutos e ir ao encontro das populações, levando não só conhecimento, como, também, cultura. E é isso que tem acontecido ao longo dos anos e de forma crescente no Campus USP de São Carlos, tomando como exemplo as inúmeras atividades levadas a cabo pelo Centro de Difusão Científica e Cultural (CDCC), bem como pelas várias Unidades do Campus, permitindo-nos destacar aqui as ações realizadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), ao longo do tempo e com particular evidência nos últimos dois anos, principalmente no aspecto musical.

CONCERTOS_YVONNE_-_350Assim, salienta-se a organização da série de concertos denominada Concertos USP / Prefeitura de São Carlos que, mensalmente, desde 2015 até o presente momento, tem trazido ao Teatro Municipal de São Carlos apresentações da renomada USP Filarmônica, dirigida pelo Chefe do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), Maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi, com a presença de músicos convidados, de renome nacional e internacional na área de música clássica, e de grupos extraídos da grande Filarmônica, que se dedicam a diversos gêneros musicais, que vão do jazz à MPB, passando pela música de câmara, etc.

E, se a expectativa do IFSC/USP era grande quanto à adesão do público são-carlense aos diversos gêneros da música clássica, o certo é que qualquer dúvida foi desfeita após a realização dos três primeiros concertos, onde se registrou (e continua a registrar-se) lotação esgotada no Teatro Municipal de São Carlos.

É a prova de que a cultura é um dos principais fatores de interligação entre a Universidade e a sociedade.

Contudo, essa série de eventos musicais tem a particularidade de suceder a um outro conjunto de concertos que se realizou com muito sucesso durante a década de 1980, no Teatro Municipal de São Carlos, a partir do entusiasmo da decana do Instituto de Física de São Carlos, Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas. A docente viveu a infância e parte de sua juventude no Rio de Janeiro, então capital federal do país, que congregava um número apreciável de missões diplomáticas, principalmente embaixadas, que sempre recebiam artistas renomados de vários países. “Além de termos uma orquestra sinfônica brasileira, lá podíamos apreciar artistas franceses, alemães e italianos, que realizavam concertos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, através da iniciativa das embaixadas”, recorda ela.

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Graduada em Física e Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Profa. Yvonne realizou o doutorado em Físico-Química na Universidade de São Paulo e o pós-doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Em 1971, conquistou o título de livre-docência pela USP. Hoje, continua colaborando com o IFSC/USP, através de sua atuação no Grupo de Cristalografia do Instituto.

Yvonne Mascarenhas veio para São Carlos em 1956, ao lado de seu marido e também decano do IFSC/USP, Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas, tendo trazido não apenas o espírito científico, mas também o entusiasmo cultural. No interior paulista, a Profa. Yvonne fez muita amizade com o já falecido Prof. Dr. Schiel (USP), que tinha um grande amor pela música clássica, paixão que demonstrava sempre que tocava seu piano de cauda, instalado na sala de sua casa, em São Carlos: ele não era conhecido apenas pela atuação como docente, mas também pelos pequenos eventos musicais, geralmente compostos por música barroca, que realizava ao lado de seus quatro filhos que igualmente tocavam instrumentos, como violoncelo, violino e flauta. Além dos filhos, outros amigos do Prof. Schiel também se juntavam a ele, formando trios ou quartetos musicais, para se apresentarem no município. Essas reuniões, que ocorriam sistematicamente, deram origem ao grupo de música de câmara denominado Ad Libitum, ainda hoje em atividade, formado tanto por músicos amadores como por profissionais.

Yvonne Mascarenhas relembra que, certa vez, o Prof. Schiel convidou Fritz Jank, um pianista alemão que havia se radicado no Brasil, para se apresentar em sua casa. Fritz aceitou o convite e, durante algumas manhãs de domingo, organizou uma série de concertos onde interpretou todas as sonatas de Ludwig van Beethoven. Ela relembra, também, um dia em que foi convidada pelo Prof. Schiel para ir a uma fazenda que Bruno Hollnagel – dono da empresa Agrindus – havia comprado em Descalvado, no interior paulista. Nessa fazenda havia uma tulha de café com vinte e cinco metros de comprimento, por quinze de largura, construída à base de pedra e que havia sido transformada em um salão de música pelo empreendedor.

FOLDER_1_-_250Bruno Hollnagel era casado com a já falecida Dona Alda Pimenta Hollnagel. Juntos, traziam artistas de primeira qualidade à fazenda. “Nesses concertos, os músicos explicavam quais eram os autores do repertório que seria interpretado, em que época esses compositores haviam vivido e o que havia inspirado essas personalidades… Eram eventos maravilhosos!”, comenta Yvonne Mascarenhas. Eram tão maravilhosos que, em 1976, a Profa. Yvonne organizou um curso científico em São Carlos e levou os pesquisadores participantes à tulha de café, onde tiveram a oportunidade de assistir um concerto feito pela filha de Bruno e Dona de Alda – Helena Jank -, que posteriormente chefiaria o Departamento de Música da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). “Assistimos a um programa lindo. O concerto foi a atividade que mais agradou os cristalógrafos que ministraram esse curso”, comenta Yvonne Mascarenhas que, além de música clássica (seu gênero musical predileto, principalmente, nos momentos que exigem demasiada concentração), também aprecia música popular brasileira.

Na década de oitenta, a docente tornou-se membro da Fundação Theodoreto Souto, conselho ligado a docentes do campus USP São Carlos, a partir do qual a Profa. Yvonne Mascarenhas organizou uma série de concertos no Teatro Municipal de São Carlos, em meados dos anos de 1987 e 1988. Nesses eventos musicais, ela trazia tanto musicistas consagrados, como músicos que eram premiados num concurso de música clássica promovido pela Rádio Eldorado. “A minha preocupação não era atrair um grande número de pessoas ao Teatro, mas sim introduzir esse tipo de atividade na cidade. E isso deu muito certo, porque vários desses concertos foram muito bem-sucedidos”. Nessa série de eventos musicais, houve apresentações do grupo Ad Libitum, Trio Brasileiro, Conjunto Musicamp, Coral da USP e de vários outros músicos e grupos musicais que interpretavam obras de diversos autores, como, por exemplo, Johann Sebastian Bach, Georg Philipp Telemann, Wolfgang Amadeus Mozart, Antonio Vivaldi, Ludwig van Beethoven, Heitor Villa-Lobos, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Mozart Camargo Guarnieri, George Frideric Haendel, Niccolò Paganini, entre outros.

Obviamente, a realização desses concertos FOLDER_2_-_250exigia gastos com despesas relativas a transporte, estadia e alimentação. Mesmo assim, a Profa. Yvonne Mascarenhas sempre encontrava uma alternativa para reduzir os gastos: “Quando havia pouco recurso financeiro, eu convidava os músicos para se hospedarem em minha casa. E eles gostavam…”, recorda ela, rindo, ao lembrar dos momentos descontraídos que os músicos proporcionavam, incluindo durante as idas constantes dos musicistas à pizzaria Don Raffaele, onde tudo acabava em música. “Na própria pizzaria, eles tiravam os instrumentos e tocavam. Eram coisas muito espontâneas…”.

Essa série de eventos musicais, que estimulou a aproximação da sociedade são-carlense com a comunidade uspiana, teve fim ainda na década de 1980, quando a decana do IFSC/USP se desligou da Fundação e viajou a Inglaterra para desenvolver novos projetos científicos. Não admira que a paixão da Profa. Yvonne Mascarenhas pela música clássica continue bem viva. Ainda hoje, ela lamenta o encerramento das atividades de um conservatório musical que se localizava na região central de São Carlos e que era dirigido pela já falecida pianista, Dona Cacilda, avó do Prof. Dr. Luciano da Fontoura Costa, docente do IFSC/USP. Com o avanço da idade, Dona Cacilda interrompeu suas atividades no conservatório e não encontrou alguém que pudesse continuar a dirigir o local. “O conservatório tinha uns trinta anos quando foi fechado. Acho que a prefeitura poderia ter municipalizado o espaço…”. Hoje, esse edifício é sede de um escritório de advocacia.

A Profa. Yvonne Mascarenhas é assídua espectadora da série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos e de outros eventos culturais de grande nível que acontecem na nossa cidade, sendo ela, também, a personificação dos benefícios colhidos quando a Universidade interage com a sociedade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2016

Living in a bacterial world

No programa Colloquium diei que MICHAEL_GILMORE_250decorreu em 20 de maio, pelas 10h30, no auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Michael Gilmore, da Escola de Medicina de Harvard (Estados Unidos), ministrou a palestra Living in a bacterial world, na qual abordou, principalmente, algumas questões relacionadas às bactérias.

Estabelecida em 1782, a Escola de Medicina de Harvard, da Universidade de Harvard, iniciou suas atividades apenas com três docentes. Hoje, é reconhecida mundialmente pelo trabalho que tem desenvolvido na área da saúde.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2016

Concurso público para docente no IF/UFG

Docentes que têm graduação em Física, Física Médica, Engenharia Física ou em outras áreas afins, bem como doutorado em Física, Engenharias ou em campos semelhantes, podem participar de um concurso público que selecionará e efetivará algum professor para atuar no Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás (IF/UFG).

Os candidatos podem se inscrever até o dia 02 de junho próximo, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2016

Prof. Milton Taidi Sonoda (ex-aluno do IFSC/USP)

Foi com consternação que o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tomou conhecimento do falecimento do Prof. Milton Taidi Sonoda (39), docente da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e ex-aluno de nossa Unidade, onde fez Graduação, Mestrado e Pós-Doutorado, lamentando profundamente as circunstâncias que envolveram sua morte e desejando que as mesmas sejam rapidamente esclarecidas.

Aos familiares e amigos enlutados, bem como à UFTM, a comunidade do IFSC/USP apresenta os mais sinceros votos de pesar.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2016

Concerto no Teatro Municipal de São Carlos

29-350O Teatro Municipal de São Carlos recebeu na noite de 18 de maio, mais uma inesquecível noite cultural inserida na série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos – temporada 2016, com a realização de um concerto de música de câmera interpretado pelo SIG Trio, formação composta pela Profa. Simone Gorete Machado (piano), Israel Cristiano Angeli (violoncelo) e Gilberto Ceranto Júnior (violino), e com a participação do solista Igor Pichi Toledo (Clarinete), que interpretaram obras de R. Schumann, Camille Saint-Saens & Astor Piazzolla.

Este trio, de grande qualidade, foi formado em 2015, no Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, tendo-se estreado com uma obra do compositor francês do romantismo tardio, Camille Sain-Saëns.

Sublinhe-se que o intuito do grupo é explorar as potencialidades artísticas do repertório para essa formação, bem como transformá-lo em um agente de transformação social, por meio de apresentações gratuitas.

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A programação deste concerto esteve organizada da seguinte forma:

Três Romances (R. Schumann) – Op.94:

I-Nicht schnell

II-Einfach, innig

III-Nicht schnell

 

Trio No.2 (Camille Saint-Saens) – Mi menor, op.92:

I-Allegro non troppo

II-Allegretto

III-Andante con moto

IV-Grazioso, poco allegretto

V-Allegro

 

Primavera Portena (Tango) (Astor Piazzolla):

Arranjo de José Bragato

Versão: SIG Trio

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Este evento cultural contou com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2016

Prêmio CAPES de Tese – 2016

Estão abertas desde o dia 17 de maio as inscrições para o Prêmio Capes de Tese 2016, que contempla as teses defendidas em 2015.

Os interessados deverão encaminhar a documentação necessária para análise da CPG até às 18h do próximo dia 10 de junho, impreterivelmente.

Qualquer dúvida sobre o Edital poderá ser esclarecida por meio do email: premiocapes@capes.gov.br

Para consultar o edital, clique AQUI

Para ver as instruções para inscrição, clique AQUI

Para acessar o modelo de inscrição, clique AQUI

Para acessar o modelo de autorização, clique AQUI

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2016

Concurso público para contratação de docentes

O Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia (Departamento de Física do Estado Sólido) está com concurso público aberto para contratação de um (1) Professor Adjunto “A”, regime de Dedicação Exclusiva, conforme informações abaixo:

Área do Conhecimento: Ensino de Física;

Titulação: Graduação em Física (licenciatura ou bacharelado) e doutoramento em Ensino de Física ou Ensino de Ciências ou doutoramento em Educação ou em Física ou em áreas afins, com experiência comprovada em pesquisa em Ensino de Física, por meio de dissertação ou tese.

Período de Inscrição: 29/04/2016 a 27/06/2016.

De igual forma, o Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia (Departamento de Física do Estado Sólido) está com concurso público aberto para contratação de um (1) Professor Adjunto “A”, regime de Dedicação Exclusiva, para:

Área do Conhecimento: Física Geral;

Titulação: Graduação em Física ou áreas afins e Doutorado em Física;

Período de Inscrição: 29/04/2016 a 27/06/2016.

Para consultar as informações referentes a estas vagas, clique AQUI e AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2016

Vaga para pesquisador

O Laboratório de Espectroscopia e Calorimetria (LEC), do LNBio, está com uma vaga aberta para Pesquisador I (nível doutorado) para contratação imediata.

Os requisitos da vaga são os seguintes:

1 – Experiência em trabalhos com amostras de proteína em solução;

2 – Conhecimento de espectroscopia em geral ( absorbância, calorimetria, fluorescência);

3 – Conhecimentos sobre calorimetria de macromoléculas;

4 – Conhecimento de produção heteróloga de proteínas;

5 – Conhecimento em biologia molecular básica;

6 – Conhecimento em caracterização físico-quimica/ biofísica de proteínas;

Os candidatos deverão ter doutorado e conhecimentos em inglês.

Os interessados poderão entrar em contato com ana.figueira@lnbio.cnpem.br enviando currículo e carta de recomendação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2016

Na reta final

Dois estudos clínicos independentes irão definir se os efeitos benéficos da Fosfoetanolamina, no combate ao câncer, ficam ou não comprovados.

O primeiro estudo será realizado no Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), enquanto o segundo ocorrerá com a participação de dois órgãos – o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM-UFC) e Instituto Nacional de Câncer do Rio de Janeiro (INCA).

Esta matéria constitui um dos destaque da última edição da revista “Pesquisa FAPESP”.

Para acessar o original desta matéria (versão eletrônica), clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de maio de 2016

De genômica estrutural a sondas químicas

OPHER_GILEADI_250No início da tarde de 18 de maio, o Dr. Opher Gileadi, diretor científico do Structural Genomics Consortium (SGC) na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), ministrou um seminário na sala 201 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), na Área II do campus USP São Carlos, onde falou de genômica estrutural a sondas químicas, mais especificamente, sobre a busca de novos alvos de medicamentos localizados em regiões negligenciadas do genoma humano.

O Dr. Opher Gileadi estudou na Universidade Hebraica (Israel), tendo desenvolvido o pós-doutorado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e liderado um grupo de pesquisa do Weizmann Institute of Science, sediado em Israel. Hoje, atua no departamento de medicina da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP