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14 de outubro de 2016

O detector de raios cósmicos mais preciso do mundo

Em 14 de outubro, o Prof. Dr. Paolo Zuccon, docente do departamento de física do Massachusetts Institute of Technology – MIT (EUA), ministrou a palestra Searching for new physics in the cosmic ray fluxes with the Alpha Magnetic Spectrometer, que aconteceu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do programa Colloquium diei.

Nesse colóquio, o docente falou sobre o PAOLO_250Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02), o detector de raios cósmicos mais preciso do mundo atualmente. Espera-se que o detector, que está em operação na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desde 2011, obtenha e forneça dados do espaço até 2024.

Zuccon contribuiu na construção do detector e no desenvolvimento de um software para a medição da energia dos raios. Em sua palestra, ele apresentou também a medição mais recente do AMS-02, tendo discutido suas implicações e possíveis resultados futuros.

Nascido na Itália, Paolo desenvolveu o mestrado em física na Universidade de Padova (Itália) e o doutorado na Universidade de Perugia (Itália). Suas pesquisas estão centradas no estudo de novas físicas em raios cósmicos. No MIT, o docente formou um grupo de especialistas, com a finalidade de pesquisar assinaturas da natureza da matéria escura, a partir dos grandes dados estatísticos do AMS-02.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

Mini-course on tissue engineering

Nos dias 10 e 11 de outubro, decorreu na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) o Mini-course on tissue engineering, que foi ministrado pelo Prof. Dr. Ram Sharma, professor assistente do departamento de engenharia química da Universidade de Bath (Reino Unido).

A engenharia de tecidos é um campo interdisciplinar que reúne princípios da engenharia, biologia celular e medicina, com a finalidade de desenvolver terapias baseadas em células e sistemas para uso em tecidos de pele. Nesse minicurso, o Prof. Ram discutiu técnicas atuais e conceitos utilizados no desenvolvimento de sistemas de engenharia de tecido.

O curso foi dividido em duas partes: na primeira, o docente falou a respeito de células, biomoléculas e suportes para a engenharia de tecido; na segunda, Ram abordou, por exemplo, a síntese de biomateriais, a caracterização de biointerface, o transporte e a evolução celular, bem como a migração de células.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

3ª Oficina de Instrumentação Científica e Inovação Tecnológica

Realiza- se entre os dias 19 e 21 de outubro, na cidade do Rio de Janeiro, a terceira edição da Oficina de Instrumentação e Inovação Tecnológica (o2i 2016), um evento promovido pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e que tem como objetivo principal promover a interação entre as áreas de P&D do CBPF com o setor produtivo, proporcionando cooperação do CBPF com empresas públicas e privadas e reunir físicos, engenheiros, empresários e funcionários de instituições governamentais que estão empenhados em promover o desenvolvimento de inovação tecnológica com base científica no Brasil.

Dividido em três partes distintas, o evento apresentará, nomeadamente, os desenvolvimentos tecnológicos realizados pelo CBPF em suas diversas atividades de P&D, uma abordagem lata sobre Inovação e P&D, segundo a visão das empresas, e a realização de mesas redondas, abordando temas, como, por exemplo, os desafios da inovação com base científica no país e o papel da Física e da instrumentação científica.

No capítulo dedicado aos minicursos, que ocorrerão no dia 19, irão acontecer duas apresentações em temas correlacionados a Instrumentação Científica e Inovação Tecnológica, a saber:

Minicurso 1: Computação Científica e Programação em SCILAB;

Minicurso 2: Inovação – Transformando P&D em Oportunidades de Negócios;

Tendo como principal público-alvo, profissionais, estudantes, professores e empresários com interesses em Ciência, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação promovidos nas áreas da Física, Engenharias, Química e em áreas ligadas à saúde humana e ciências afins, os objetivos específicos deste evento se congregam em quatro pontos:

• Estimular a pesquisa aplicada e o desenvolvimento tecnológico em parceria.

• Promover a relação entre centros de pesquisas e empresas.

• Divulgar a Instrumentação como geradora de inovação.

• Discutir os desafios, analisar resultados e propor metas.

No terceiro dia do evento, o destaque vai para as apresentações que irão ser feitas pelo diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, que dissertará sobre o tema A Pesquisa Desenvolvida no Âmbito da Academia pode Contribuir ao Desenvolvimento da Indústria?, e a do ex-aluno de nosso Instituto, Daniel Martelozo Consalter, subordinada ao tema Soluções utilizando Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

Vem aí a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Nos dias 18, 19, 20 e 21 de outubro, integradas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – SNCT-2016, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizará visitas guiadas* ao Espaço Interativo de Ciências (EIC), com o objetivo de apresentar questões relacionadas à biotecnologia e às plantas medicinais. Já no dia 23, das 14h às 19h, essa temática será abordada a partir de atividades interativas que decorrerão num estande que será montado na Praça XV de Novembro.

Tanto as visitas, como o estande, são iniciativas do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), coordenado pelo Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP), sendo um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP).

A SNCT-2016 ocorrerá entre os dias 17 e 23 de outubro, com coordenação a cargo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tendo como objetivo divulgar a ciência à população, através de eventos gratuitos que acontecem em praças públicas, escolas, universidades, institutos de pesquisa, museus e parques de vários estados do Brasil.

A Assembléia Geral das Nações Unidas anunciou que 2016 seria o Ano Internacional das Leguminosas (AIL). Tal proclamação e o esforço da ciência, que, por sua vez, tenta garantir que todo o alimento existente no planeta possa alimentar os mais de 7 bilhões de seres humanos – na África, por exemplo, há crianças morrendo de fome -, foram as principais razões que motivaram a organização da Semana a definir o tema desta edição: Ciência Alimentando o Brasil.

A SNCT-2016 acontecerá em homenagem à agrônoma Johanna Döbereiner. Nascida na antiga Checoslováquia e naturalizada brasileira, ela possibilitou que o Brasil economizasse bilhões de reais em adubos e inseticidas nos últimos 40 anos, em razão dos estudos que a pesquisadora desenvolveu com a bactéria Rhizobium.

Apenas na edição de 2015, a SNCT promoveu 147 mil atividades, em todos os estados brasileiros. Neste ano, quase 14 mil atividades já estão programadas para acontecer em todo o país. Para consultá-las, acesse o portal da SNCT-2016, clicando AQUI.

Apenas no estado de São Paulo, por exemplo, 107 instituições, oriundas de 29 municípios, já se cadastraram para realizar 1125 eventos, durante a Semana. A programação referente ao estado pode ser conferida AQUI.

A organização da SNCT sugeriu dez assuntos que poderão nortear as atividades desenvolvidas neste ano, a saber:

– O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos. Como o nosso agronegócio funciona? Qual é o papel da ciência e da tecnologia?

– Você tem uma boa alimentação? Como conseguir isso com essa nossa correria diária? A ciência e a tecnologia podem ajudar?

– A cozinha é, antes de tudo, um laboratório. Que reações químicas e processos físicos acontecem no preparo dos alimentos?

– Fazer a própria comida pode ser um ato político. Conhecer a origem dos ingredientes e saber se são cultivados respeitando o meio ambiente, se há exploração de mão de obra, se há pessoas se envenenando com o uso abusivo de agrotóxicos, são critérios importantes na hora da compra.

– Os agrotóxicos são um mal necessário? Ou é possível alimentar 7 bilhões de pessoas sem esse tipo de recurso? Alimento geneticamente modificado faz mal à saúde e ao meio ambiente? O que dizem os especialistas a favor e contra? O que você acha sobre isso?

– Como assegurar que cada brasileiro tenha acesso à quantidade mínima diária de alimentos? Você já ouviu falar em Segurança Alimentar? Um terço do que produzimos vai para o lixo! Como combater o desperdício de alimentos no Brasil?

– Uma hora a gente ouve falar que uma pesquisa demonstrou que um certo alimento é um inimigo para a saúde. Depois, uma outra pesquisa diz que ele é bom. Afinal, por que tanto vaivém sobre o que a ciência afirma sobre alimentos e saúde?

– Para cada fase de nossa vida precisamos de uma alimentação diferenciada. As necessidades de alimentação de um bebê, uma criança, adolescente, adulto e, mais tarde, uma pessoa idosa, são diferentes. Precisamos estar atentos a essas diferenças.

– As populações que vivem no interior dispõem de um vasto conhecimento sobre ervas e plantas que tratam dos mais diversos problemas de saúde. As comunidades indígenas, comunidades de florestas, quilombolas, populações do semiárido e ribeirinhas têm muito a ensinar às populações das grandes cidades.

– O uso descontrolado de pesticidas está diminuindo o número de abelhas no Brasil e no mundo, e isso afeta todo o meio ambiente. Elas são responsáveis pela polinização de mais de 70% das áreas agrícolas que fornecem alimento ao mundo, além de contribuírem para polinização da flora em geral.

*Horário das visitas guiadas:

18/10 – das 8h às 11h30 e das 14h às 17h;

19/10 – das 13h30 às 15h30 e das 15h30 às 17h30;

20/10 – das 8h às 10h; das 10h30 às 12h; e das 14h às 15h30;

21/10 – das 10h30 às 12h e das 13h00 às 15h30.

O EIC está localizado na rua 9 de Julho, no número 1205, no Centro de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de outubro de 2016

Oportunidade de bolsa FAPESP na modalidade TT-3

Ilana-_bolsa_TT-3-_2016A Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) está com uma vaga aberta na modalidade Treinamento Técnico (TT-3) para apoio ao projeto “Avaliação da atividade de produtos naturais contra bactérias multirresistentes e erradicação de biofilmes”, vinculado ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), e que será desenvolvido no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Molecular do Instituto de Física de São Carlos (LEMiMo- IFSC/USP).

Os interessados em concorrer à bolsa devem ser graduados do nível superior, sem reprovações em seu histórico escolar e sem vínculo empregatício, com dedicação de 40 horas semanais às atividades de apoio ao projeto de pesquisa em questão. O valor da bolsa é de R$1.136,40, que é válida pelo período de um ano, podendo ser renovada por mais um ano, dependendo do desempenho do bolsista. O tempo de bolsa TT-3 será descontado no caso de o interessado vir a usufruir de bolsa de mestrado ou doutorado direto da FAPESP.

É preciso também que os interessados em concorrer à bolsa tenham conhecimentos em microbiologia e biossegurança. Será também exigido do bolsista organização e conhecimentos básicos em informática, necessários para redação dos relatórios de pesquisa.

Para se candidatar à bolsa, basta enviar e-mail à docente do IFSC, Ilana L. B. C. Camargo, no endereço ilanacamargo@ifsc.usp.br, anexando currículo e histórico escolar. O candidato aprovado iniciará as atividades imediatamente após a implementação da bolsa.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

12 de outubro de 2016

Termina a SIFSC-2016

Entre os dias 3 e 7 de outubro, alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) organizaram a 6ª edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016, que recebeu uma média de 200 participantes por período (manhã, tarde e noite).

PUBLICO_250Realizada no campus USP São Carlos, a Semana tem como finalidade incentivar os estudantes de graduação e pós-graduação do IFSC/USP a mergulhar nas diferentes áreas da física e a apresentar seus trabalhos científicos para colegas, pesquisadores e docentes, bem como destacar as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho aos físicos. Além disso, o evento permite que os alunos adquiram experiências na organização de eventos de grande porte.

Na SIFSC-2016, houve palestras ministradas por diversos especialistas, na circunstância, Elson Longo (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar), Fernanda Barros (HTM Eletrônica), Riccardo Sturani (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – IFT/UNESP), Douglas Galante (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM), Fernando Moreira (UFSCar), Vivaldo Campo (UFSCar), Eduardo Azevedo (IFSC/USP), Amanda Muniz (IFSC/USP), Cora Castelo Branco (IFSC/USP), Thaisa Storchi Bergmann (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS), Daniel Andrade (Bruker), Francisco Rolfsen Belda (UNESP/Bauru) e Marcos Raphael (HUE).

Em suas apresentações, os palestrantes discorreram sobre nanotecnologia, efeitos biomoleculares do LED, ondas gravitacionais, astrobiologia, carbonos magnéticos, Ressonância Magnética Nuclear (RMN), mercado financeiro, divulgação científica, além de outros temas.

Ao longo dessa semana houve também minicursos, mesa redonda, show de talentos, apresentação do Coral do ICMC* e apresentações orais de 230 trabalhos científicos, que foram avaliados por 50 pesquisadores e docentes. Durante o evento, também ocorreram três painéis, que estimularam a discussão e o debate em três áreas da física, sendo elas: física da matéria condensada, física computacional e biofísica molecular.

A programação foi elaborada de maneira a oferecer atividades intensas e diversas, sob a responsabilidade de uma pequena – mas eficiente – comissão organizadora, composta por sete alunos**, que contaram com o apoio de outros cinco estudantes***. “Mesmo com poucas pessoas na organização, o evento foi muito bom, tudo ocorreu de maneira correta… a Semana foi surpreendente!”, avaliou Vinicius Aurichio. Doutorando do IFSC, ele organizou a Semana pela segunda vez e reconheceu a importância da contribuição de alguns setores da Unidade, como a Secretaria de Pós-Graduação do Instituto, que deu suporte durante as apresentações orais, e a Diretoria do IFSC/USP, que disponibilizou o Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” para a realização de parte das atividades da Semana.

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Embora esteja satisfeito com o desempenho da comissão na organização do evento, Vinicius não pretende continuar a integrá-la, no sentido de dar espaço e poder auxiliar as demais pessoas que tiverem interesse em organizar a 7ª edição da SIFSC.

Os interessados em integrar a comissão organizadora da Semana podem contatar os estudantes do IFSC/USP através do e-mail sifsc@ifsc.usp.br.

*Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação do campus USP São Carlos;

**Anacleto Souza, Angélica Carrillo, Gabriel dos Santos, Humberto Ribeiro, Nícolas Morazotti, Vicente Mattos e Vinicius Aurichio;

***Ana Flávia Silveira, Gustavo Freitas, Karin Targas, Krissia de Zawadzki e Thereza Cury.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de outubro de 2016

Há ainda um longo caminho a percorrer

Independente dos esforços que têm sido feitos ao longo dos anos, o certo é que fazer divulgação científica no Brasil não é tarefa fácil – muito pelo contrário -, colocando-se diversas questões pertinentes relativamente a esse tema que, quer se queira, ou não, está intrinsecamente ligado à Educação e Cultura. Como é que em um país onde jornalcien300os níveis de analfabetismo ainda são extremamente altos, se consegue divulgar pelas comunidades mais carentes, a ciência que se faz em prol delas mesmas? De que forma é que no meio escolar, atualmente precário, se consegue entusiasmar as crianças, de forma abrangente, sobre a importância da ciência e o impacto que ela tem em sua vida cotidiana? De que maneira se pode informar e incentivar os professores sobre a importância da pesquisa científica na vida do cidadão comum, por forma a que estes disseminem os conceitos não só pelos jovens alunos, como pela sociedade? O que fazer para difundir entre a população os novos avanços na ciência e tecnologia que se desenvolvem no Brasil?

No decurso da 6ª Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016, evento organizado em outubro por alunos do IFSC/USP e cujo objetivo principal foi incentivar os estudantes de graduação e pós-graduação a mergulhar nas diversas áreas da física e a apresentar seus trabalhos científicos para colegas, pesquisadores e docentes, bem como destacar as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho aos físicos, uma série de palestras foram realizados com o intuito de debater diversos temas importantes para reflexão dos alunos da Unidade. Dentre essas palestras, uma abordou exatamente a Divulgação Científica, um tema que foi apresentado pelo Prof. Francisco Rolfsen Belda* (UNESP), com um discurso aberto e direto, que entusiasmou a plateia.

Para Francisco Belda, além do que salientamos no início desta matéria, um dos grandes gargalos para quem pretende divulgar ciência é a dificuldade de ver estabelecido um campo específico dentro do qual profissionais de áreas diversas – comunicação, design, audiovisual, programação, arte, linguagem e tecnologia – possam trabalhar de forma continuada e bem remunerada, jornalciencia300fazendo dessa atuação a sua área de expertise. “Muitas vezes, a divulgação científica no Brasil é uma atividade encarada como um apêndice da atividade de um repórter, de um professor ou de um educador, pelo que muito dificilmente se tem um profissional que se dedica exclusivamente à divulgação científica no Brasil, pela inexistência de uma carreira profissional nessa área, quer nas universidades, como também em museus da ciência, meios de comunicação e em empresas que poderiam enxergar nesse campo também um mercado de consumo para jogos educacionais e outros artefatos que pudessem ocupar e remunerar os profissionais, de uma forma valorizada”, comenta Belda.

Já no que diz respeito ao que se passa no exterior, em países mais desenvolvidos existe um mercado e também um campo público de comunicação muito mais desenvolvido em torno de museus de ciência, de centros de divulgação científica, onde existem equipes muito bem preparadas e remuneradas, em condições de se dedicarem exclusivamente à tarefa de divulgação científica. Para Belda, é muito comum nos EUA, Canadá, Japão, Suécia e em outros países europeus, encontrar não apenas profissionais, mas também um campo intelectual dedicado à divulgação científica, na forma de congressos, encontros e seminários, onde a divulgação não é um tema acessório, assumindo-se, sim, como a própria razão de ser desse campo profissional e intelectual. No Brasil é tudo muito amador, mas no bom sentido. “Temos profissionais muito competentes nas suas áreas de origem, são profissionais que enxergam e valorizam o campo da divulgação científica, da educação para a ciência, da difusão científica, com muito carinho e empenho, e aí eu incluo os professores de todos os níveis de ensino – infantil, fundamental médio e superior -, comunicadores, repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e cineastas, que têm uma paixão e interesse pelo assunto, que enxergam no tema da divulgação científica uma atividade de ciencia300interesse estratégico para o País no sentido de formar novas gerações de cidadãos críticos e conscientes em relação à forma como lidam com o conhecimento e com a ciência no seu dia-a-dia, e esses profissionais merecem todo o mérito. Mas, muitas vezes são profissionais que estão sobrecarregados com outros trabalhos, sub-remunerados e que acabam dedicando apenas umas poucas horas para temas de divulgação científica”, acrescenta Francisco Belda. Para nosso entrevistado, o ideal seria que esses profissionais pudessem se dedicar em tempo integral, por forma a poderem investir na sua educação continuada – fazer cursos de especialização, frequentar congressos, etc.. Para Belda “No Brasil sobra entusiasmo e dedicação, mas faltam condições de trabalho e de remuneração”.

Conceitualmente, quando falamos de divulgação científica, estamos necessariamente pressupondo comunicar com público leigo, já que o trabalho de comunicação científica realizado entre pares e especialistas, chamamos de disseminação científica, embora todas elas sejam áreas de difusão científica ou de comunicação para a ciência. A divulgação se caracteriza pela comunicação, no sentido da vulgarização, como elucida Francisco Belda. “Divulgar é formar o conhecimento mais popular, menos hermético e esotérico, usando uma linguagem que seja adequada para contingentes mais amplos do público. Geralmente, não só através de veículos de comunicação de massa, mas também através de instalações, como em museus, centros de ciência, etc., que recebem majoritariamente um público heterógeno vindo de escolas e de comunidades, essa é a atividade que nós chamamos de divulgação, de vulgarização. A atividade entre pares é tida como disseminação de dados de pesquisa e de atualização científica para comunidades próprias de pesquisadores e de cientistas, com uma linguagem e formato de comunicação mais herméticos. Existem outras formas de comunicação igualmente interessantes em relação à ciência, como o jornalismo científico, que se caracteriza não apenas por um público e por veículos especialmente voltados ao jornalismo, mas também pelo compromisso de mediação crítica dos acontecimentos e saberes oriundos do mundo da ciência.

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O jornalista, nesse sentido, diferencia-se do divulgador, sendo que sua missão não é apenas tornar mais popular o conhecimento e sim contextualizá-lo, interpretá-lo e questioná-lo à luz de um interesse público mais amplo, que envolve a política científica, os impactos económicos da atividade científica e as transformações sociais e culturais que a tecnologia e a ciência provocam na sociedade”.

Belda chama a atenção que é óbvio que a comunicação científica orbita em torno de vários interesses próprios de cada nicho de público, como, por exemplo, o veículo de comunicação, patrocinador, anunciante, financiador da pesquisa, agências de fomento, governos, ONG’s, bem como das grandes indústrias, sempre interessadas na transferência de conhecimento e de tecnologias, etc., e o jornalista científico se vê muitas vezes “espremido” entre todos esses interesses que precisam ser conciliados com qualidade e eficácia, para construir uma comunicação efetiva e séria.

*Francisco Rolfsen Belda é jornalista formado pela PUC de Campinas, com mestrado em jornalismo pela ECA-USP e doutorado em engenharia de produção pela EESC-USP. Atua profissionalmente há mais de 15 anos em empresas de comunicação, principalmente na área editorial jornalística, sendo igualmente empreendedor e gestor de pequenas e médias empresas de comunicação. Atualmente, é professor do curso de jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da UNESP-Baurú e professor-visitante na Brandeis University, em Massachusetts (EUA).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2016

Nota Pública sobre a MP do Ensino Médio

No passado dia 06 de outubro, a Sociedade Brasileira de Física (SBF) publicou, no seu site, uma Nota Pública sobre a MP do Ensino Médio (MP-746/2016) encaminhada ao Congresso Nacional, que passamos a reproduzir, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2016

Coral do ICMC se apresenta no IFSC/USP

Na noite de 7 de outubro, o Coral do ICMC* se apresentou no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo encerrado as atividades culturais da 6ª edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016.

Sob a regência do maestro Sergio Alberto de Oliveira, os cerca de 60 integrantes do Coral interpretaram as canções O Trenzinho do Caipira (Heitor Villa-Lobos), Dindi (Tom Jobim), Falando de Amor (Tom Jobim), Amazing Grace (John Newton), All of Me (John Legend) e Skyfall (Adele), numa apresentação que marcou o primeiro aniversário da atual formação do grupo.

O Coral é integrado por pessoas da comunidade uspiana e de São Carlos que, semanalmente, se reúnem para realizar reuniões e ensaios gerais e de naipes – nestes, os ensaios não são feitos com o coro completo, mas, sim, com o coral dividido entre cada subgrupo, como dos sopranos, contraltos, tenores e baixos -, que ocupam mais de 10 horas de trabalho, a cada semana.

Regente do Coral da USP em Ribeirão Preto, Sergio Alberto destacou o crescimento do Coral do ICMC, constatado tanto pelo maestro como pelos integrantes do coro, ao longo de um ano de ensaios e apresentações, que demandaram esforço e trabalho contínuos. “Eu fico muito contente, porque os integrantes do Coral do ICMC perceberam que sempre podemos evoluir, aprender e aperfeiçoar a cada música que apresentamos. Isso resulta num trabalho que fica cada vez mais sofisticado, mais complexo, mais bonito, mais emocionante”.

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Para Sergio, esse crescimento do grupo é o resultado de um trabalho árduo e importante de humanização, haja vista a habilidade que o coro – assim como as demais atividades artísticas – oferece de percepção de sutilezas e profundidades de sensações dos artistas.

Embora seja capaz de emocionar a platéia, novas propostas e o aprimoramento técnico são características continuamente repensadas pelo grupo, que se prepara para enfrentar novos desafios, como, por exemplo, a possibilidade de participar de encontros que reúnem corais do país e do exterior.

“A Universidade vive um momento bastante difícil, em termos financeiros, mas há um desafio para que possamos participar de encontros com outros corais, para nos recriarmos. Para isso, dependemos de dinheiro; dependemos de verba e apoio. Então, as instituições ligadas ao grupo precisam estar convencidas de que a nossa participação nesses eventos é importante, para que o nosso trabalho seja representativo não só dentro da USP, mas também fora dela”, concluiu o maestro, que ocasionalmente leva corais para outros estados e, inclusive, países.

Abaixo, confira algumas imagens da apresentação:

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*Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP em São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2016

Alunos do IFSC conquistam prêmios no Brasil e no exterior

No início do mês de setembro, o Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (RMN-IFSC/USP) deu mais um “empurrãozinho” para destacar o Instituto em território nacional e internacional, graças a dois trabalhos premiados recentemente, de autoria dos alunos Mariane Barsi Andreeta e Elton Tadeu Montrazi, ambos orientados pelo docente e diretor do IFSC, Tito José Bonagamba.

Mariane_e_EltonMariane criou uma nova metodologia para o tratamento de imagens resultantes da chamada “acidificação de rochas”, que consiste no despejo de um ácido sobre o mineral, que cria um caminho na rocha denominado Wormhole. Este processo é realizado com o intuito de facilitar a extração do petróleo, uma das técnicas de estimulação de poços utilizada na indústria. “Nossa ideia principal consistiu na análise da trilha formada pelo ácido nas rochas. Para isso, fazemos a tomografia de raio-X das amostras acidificadas, e meu trabalho consistiu na reconstrução da matriz tridimensional e análise da morfologia dos caminhos de corrosão do ácido”, explica a doutoranda.

O destaque do trabalho da aluna, que foi coorientada pelo professor associado do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Francisco Aparecido Rodrigues, foi a maneira através da qual ela fez a análise das imagens resultantes do processo de acidificação das rochas: a partir da análise de grafos*, o que permitiu que diversas medidas estatísticas das trilhas formadas pelo ácido nas rochas fossem retiradas. “Os outros métodos já existentes não fornecem tantas informações, pois a análise é feita através com base na divisão do meio entre regiões definidas como poros, e outras regiões definidas como gargantas. Nosso novo método, inspirado pelas análises de meios porosos via ressonância magnética nuclear, analisa a matriz porosa, dividindo-a em regiões cuja a razão da área superficial e volume do poro sejam distintas. Meu método de análise não permite que o meio seja simplificado, de modo que informações de conexão e tortuosidade dos canais se percam, pois toda morfologia do meio é mantida e, portanto, as informações estatísticas que consigo extrair são mais detalhadas”, elucida.

Durante a análise das imagens, Mariane extrai informações relevantes para a compreensão do método de acidificação analisado. Tendo posse de mais informações, uma das consequências futuras é o desenvolvimento de ferramentas que permitam identificar melhores métodos de acidificação, facilitando a extração de petróleo, algo extremamente relevante. Tão relevante que Mariane conquistou o prêmio de melhor pôster na 13th International Bologna Conference on Magnetic Resonance in Porous Media (Itália).

Já a conquista de Elton foi em solo nacional, mais especificamente na XIV Jornada Brasileira de Ressonância Magnética, recebendo o prêmio de segundo lugar na categoria “Doutorado”. Sua pesquisa teve como foco a análise do experimento T2-T2 Exchange, que é capaz de observar a migração de momentos magnéticos nucleares entre regiões com características físico-químicas diferentes, ou seja, capaz de observar moléculas do fluído migrando entre os poros da rocha que tenham características diferentes. “É possível ter uma boa noção da conectividade do meio poroso através desse experimento”, explica Elton.

Para entender melhor a importância do trabalho, é preciso trazer uma informação básica sobre a maneira como é feita a extração do petróleo, que consiste numa perfuração que atravessa uma lâmina de água de quatro quilômetros, rochas, sal e, finalmente, o pré-sal. O equipamento que perfura o solo tem embutido em sua ponta um equipamento de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) que pode realizar vários estudos para a estratégia a ser adotada na extração do petróleo da rocha. A técnica mais utilizada atualmente é a medida do chamado “tempo de relaxação”, associada diretamente ao tamanho do poro das rochas. Quanto maior o poro, maior a possibilidade de se extrair petróleo da rocha. Outras técnicas em RMN que ajudam a compreender os meios porosos, como a T2-T2 Exchange, e medidas T1-T2, são consideradas demoradas. Desta forma, o trabalho de Elton consistiu justamente em tornar esses experimentos mais rápidos. “Normalmente, não existe uma boa técnica para fazer essas medições, e a pesquisa de Elton encontrou uma boa técnica para realizá-la”, explica Tito.

Um primeiro trabalho realizado pelo grupo tornou a T2-T2 Exchange mais rápida, e agora foi observado que desse mesmo experimento também é possível obter o resultado T1-T2 simultaneamente. “Nossa versão permite que os experimentos T1-T2 e T2-T2 sejam realizados ao mesmo tempo, e essa é a inovação do trabalho”, diz Elton.

Mariane e Elton já estão na fase final do doutorado, e ambos já pensam nos próximos passos. Mariane afirma que os resultados encontrados trazem novas possibilidades de pesquisa na área. “Nossas ferramentas permitem a captura detalhada da interconexão da matriz porosa das rochas e sua respectiva análise. O estudo estatístico das redes complexas resultantes abre a possibilidade para a criação de um modelo matemático de uma rede de conexão de poros, que é o que pretendo fazer no meu pós-doutorado”, conta.

Elton afirma que a vontade dele e de outros membros do grupo é ver essas técnicas sendo utilizadas pelas empresas de petróleo. “Nosso próximo passo será executar o experimento em rochas reais, para verificar sua real possibilidade de aplicação”, finaliza.

*Conjunto de vértices e arestas que tem como objetivo identificar relações entre objetos de um determinado grupo

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

7 de outubro de 2016

Self-Interacting Dark Matter and CDM Small Scale Potential Problems

As evidências da existência de matéria escura e os potenciais problemas que ela poderia enfrentar em pequenas escalas foram discutidos pela Profa. Dra. Ivone Freire da Mota e Albuquerque, do Instituto de Física da USP (IF/USP), durante a palestra Self-Interacting Dark Matter and CDM Small Scale Potential Problems, que ocorreu na manhã do dia 7 de outubro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do tradicional programa de colóquios intitulado Colloquium diei.

IVONE_250No IF/USP, a Profa. Ivone desenvolveu o bacharelado, o mestrado e o doutorado, tendo atuado como pesquisadora na Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), na Universidade de Chicago (EUA), no Fermi National Accelerator Laboratory (EUA) e na Universidade de Rutger (EUA). Atualmente, Ivone Albuquerque integra o corpo docente do IF/USP, onde trabalha principalmente nas áreas de física de partículas elementares e campos, lidando com temáticas como matéria escura, neutrinos, raios cósmicos de altíssimas energias, partículas e extensões de modelo padrão.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2016

Alunos demonstram suas habilidades em Show de talentos

No âmbito da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016, aconteceu na noite de 6 de outubro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Show de talentos, em que estudantes de graduação e de pós-graduação da Unidade mostraram que, além de física, sabem entreter uma platéia.

Nessa noite, dedicada às “estrelas” do Instituto, ocorreram 12 apresentações, incluindo interpretações musicais, como de canções orientais e de Billie Jean (Michael Jackson), Fluorescent Adolescent (Arctic Monkeys), Enjoy the Silence (Depeche Mode), Take On Me (A-ha), Palpite (Vanessa Rangel), Imagine (John Lennon), entre outras.

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Houve também uma apresentação de Kung fu, na qual foi feita uma breve simulação de combate e uma sequência de movimentos. Gabriel de Souza, que cursa o segundo ano da graduação do IFSC/USP, treina Kung fu há um ano, tendo participado da apresentação. “Meu único medo é cair durante as demonstrações”, disse, rindo, minutos antes do show começar.

Abaixo, confira algumas imagens do Show de talentos:

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2016

Conferência do “Observatório Magna Charta Universitatum”

A USP realiza nos próximos dias 20 e 21 de outubro a conferência internacional que assinala o 28º aniversário da Magna Charta Universitatum, documento que se tornou referência para os valores e princípios fundamentais das universidades.

Todos os anos, o Observatório Magna Charta Universitatum organiza um encontro para elencar desafios atuais em confirmação aos valores fundamentais das instituições de ensino superior, sendo que esta será a primeira vez que o evento é realizado fora da Europa, com a coordenação da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI).

A Universidade de Bolonha, na Itália, fundada em 1088, é considerada a universidade mais antiga do mundo ocidental e em setembro de 1988, quando comemorou 900 anos de fundação, 388 reitores assinaram a Magna Charta Universitatum, dentre eles, o então reitor da USP, José Goldemberg.

O tema da conferência que ocorrerá na USP e que deverá reunir dirigentes de universidades nacionais e estrangeiras, será subordinado ao tema Reduzindo as Desigualdades Sociais: O Papel das Universidades.

Para ministrar as palestras principais, foram convidados o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; a embaixadora do México no Brasil, Beatriz Paredes Rangel, e o ex-primeiro-ministro da Espanha e titular da Cátedra José Bonifácio da USP, Felipe González.

Painéis sobre universidade cidadã e igualdade de gênero serão transmitidos ao vivo diretamente da Universidade de Bolonha. Também serão promovidos workshops sobre autonomia universitária, cooperação internacional e qualidade acadêmica. Uma mesa-redonda discutirá o tema A universidade em 2038: o que esperamos?”

A conferência também vai celebrar a adição da subscrição de novos reitores à Magna Charta. Atualmente, 802 líderes universitários de 85 países subscrevem o documento.

Para mais obter informações sobre a programação deste evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2016

USP Filarmônica regressa com mais um concerto

Inserido na série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos – temporada 2016 -, realiza-se no próximo dia 26 de outubro, pelas 20h30, no Teatro Municipal de São Carlos, o 69º Concerto “USP – Filarmônica”, com apresentação de obras de Ludwig van Beethoven, Giacomo Puccini e Wolfgang Amadeus Mozart, contando-se com a participação do solista Carlos Vogt (piano) e de Luis Felipe Sousa (canto), sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi.

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Carlos Vogt é aluno do Curso de Música – Bacharelado em Instrumento (piano) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA-USP e foi 1º colocado no Concurso Nacional de Piano USP -Steinway – Caio Pagano, em 2016 2016 (turno 18 – 30).

Já no que diz respeito a Luis Felipe Sousa, ele nasceu em Batatais, iniciou seus estudos de canto com Camilo Calandreli e vem atuando como solista da Companhia Minaz.

Cursando seu primeiro ano no Departamento de Música da FFCLRP-USP, é aluno do Bacharelado em Canto na classe da Profª. Drª. Yuka de Almeida Prado e integra, como solista, a Oficina Experimental da Voz, sob regência da Profª. Drª. Silvia Maria Pires Cabrera Berg. Bolsista da 2ª Academia de Canto em Trancoso. Cantou no coro do festival regido pelo maestro Rolf Beck e participou de masterclasses com Francisco Campos e Lucia Duchonova. Vem cantando em workshops de importantes nomes do cenário operístico, como Abel Rocha, Rodolfo Giugliani, Graciela Araya e Emanuele Servidio, entre outros. Neste concerto pela USP-Filarmônica faz seu debut como solista de uma orquestra.

Este evento cultural conta com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

As entradas para este concerto – bem para como para todos os que se inserem na série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos, temporada 2016 -, serão livres e gratuitas, não sendo necessária a aquisição e/ou apresentação de convites ou ingressos, procedendo-se a entrada ao concerto por ordem de chegada.

Nesta nova temporada não serão distribuídos folders com a programação dos concertos, estando os mesmos disponíveis aos interessados, em breve, para download, aqui neste espaço.

(Imagem: André Estevão – FFCLRP/USP – Dep. Música)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de outubro de 2016

Concurso estimula criação de softwares com tecnologia de beacons

Até o dia 16 de outubro, alunos de graduação e pós-graduação de qualquer curso da USP podem se inscrever para participar do be an icon, cujo objetivo é promover o desenvolvimento de softwares, estimulando a criação de aplicações inovadoras, a partir do uso da tecnologia dos beacons: pequenos dispositivos que podem ser utilizados como sinalizadores de produtos, locais ou de artefatos – como peças de museus -, já que essa tecnologia emite curtos pacotes de dados bluetooth.

Promovido pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI)* e pela empresa Siena Idea, o concurso estimulará os vencedores a criar startups, com a finalidade de contribuir para o crescimento do uso da tecnologia dos beacons, no que hoje se chama “internet das coisas”, termo que se refere à agregação de dispositivos eletrônicos utilizados no cotidiano à internet. Os três melhores projetos serão premiados com hardware, visitação à empresas e valor monetário.

Os alunos interessados podem participar individualmente ou em equipes constituídas por até cinco estudantes.

Para se inscrever clique AQUI (confira o regulamento). Já o cronograma do be an icon pode ser acessado AQUI.

*Com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), o CeMEAI é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPIDS/FAPESP).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de outubro de 2016

Prof. Mário Neto Borges é o novo presidente

O MCTIC indicou no passado dia 04 de outubro o Prof. Mário Neto Borges para ocupar o cargo de presidente do CNPq, após a renúncia do anterior titular do cargo, Prof. Hernan Chaimovic.

O novo presidente do CNPq é graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), mestre em engenharia elétrica, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em inteligência artificial aplicada à educação pela Universidade de Huddersfield, da Inglaterra. É professor titular da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ).

Mário Neto Borges ocupou os cargos de diretor científico e de presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), além de ter comandado o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) entre 2009 e 2013.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de outubro de 2016

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em setembro de 2016, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Crystal, Growth and Design.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

6 de outubro de 2016

Na busca por antidepressivos mais eficazes

Os medicamentos antidepressivos Paroxetina e Fluoxetina foram aprimorados em DEPRESSAO-250um estudo desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que resultou na criação de novos insumos farmacêuticos ativos com qualidade superior à dos citados fármacos, amplamente comercializados no país, onde, embora passe por análise da ANVISA*, uma parte expressiva dos remédios disponibilizados nas prateleiras de farmácias pode apresentar complicações que impactam na ação farmacológica dos medicamentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, no mundo, mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão, situação que pode acometer um indivíduo em três níveis: sintomas, síndrome e doença. No primeiro nível, a depressão não afeta o desenvolvimento de atividades básicas do paciente, de modo que a pessoa pode viver normalmente. No segundo estágio, já existe a possibilidade da rotina do indivíduo ser impactada, como, por exemplo, através de sintomas fisiológicos, incluindo dores de cabeça e irritações, enquanto que, no último nível, a depressão pode comprometer gravemente o dia-a-dia do paciente, cujos sintomas vão desde o sentimento de angústia até o desejo de morte.

Neste último caso, o uso de antidepressivos é uma das intervenções mais indicadas pelos médicos. No organismo humano, esses fármacos regulam a atividade dos neurotransmissores – moléculas que transmitem informações entre os neurônios -, em especial, da serotonina. Uma vez regulada, ela transmite a sensação de bom humor, aliviando, assim, os sintomas da depressão.

Dentre as temáticas abordadas na pesquisa em questão, uma refere-se à investigação da perda de água da estrutura cristalina de um dos sólidos farmacêuticos. Desde então, o doutorando do IFSC, Paulo de Sousa Carvalho Júnior, tem estudado novas formas sólidas de ambos os fármacos (confira artigos referentes a esses estudos AQUI e AQUI), com o objetivo de desenvolver futuramente antidepressivos mais eficazes, estáveis, com uma apresentação mínima de efeitos colaterais e com preços mais acessíveis.

Em seu projeto de doutorado, o pesquisador desenvolveu várias formas sólidas de ambos os fármacos, sendo que cada exemplar tinha estrutura cristalina diferente. Esse processo permitiu que ele analisasse qual era a forma do fármaco no estado sólido mais eficiente. Paulo pôde observar, também, algumas propriedades que têm maiores chances de atuar com eficácia. Ao detectar propriedades que funcionam bem em apenas alguns organismos, torna-se mais fácil o desenvolvimento de insumos capazes de agir de maneira correta na maioria dos pacientes, evitando que aqueles medicamentos que funcionam bem para nós deixem de causar efeito positivo em outro indivíduo.

Através de uma série de estudos, o doutorando obteve dois insumos que apresentaram solubilidade e estabilidade superiores às dos fármacos Paroxetina e Fluoxetina. Agora, o próximo passo de Paulo Sousa é desenvolver uma nova análise, porém, de um terceiro antidepressivo: o Sertralina.

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O Prof. Dr. Javier Ellena, docente do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP que orienta o projeto de Paulo, explica que este trabalho é mais uma ação desenvolvida no sentido de provocar uma quebra de paradigma no setor farmacêutico brasileiro, demonstrando que existe a possibilidade de desenvolver fármacos que apresentam menores efeitos colaterais, que tenham ação mais eficaz, estável e seletiva, e que possam ser comercializados a partir de preços mais acessíveis. Isso porque, segundo o pesquisador, há vários medicamentos comerciais, como os controlados, que poderiam ter suas fórmulas aprimoradas. “Mesmo assim, de modo lento, a indústria farmacêutica tem aprendido a reforçar a segurança e qualidade dos insumos farmacêuticos”, pontua.

O estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade de Durham (Inglaterra) – na qual Paulo teve a oportunidade de atuar durante dez meses, desenvolvendo parte das atividades de seu doutorado – e do instituto Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em resumo, o objetivo final de Paulo e Javier é tentar comercializar os insumos que têm estudado nos laboratórios do IFSC/USP. Mas, até que essas novas formas sólidas resultem em medicamentos que possam chegar às farmácias, ambos relembram que existem diversas pesquisas a serem concluídas ao longo dos próximos anos.

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Na foto, a banca que avaliou o trabalho agora divulgado de Paulo de Souza Junior. Da esqª para a dtª – Renato Carneiro (DQ-UFSCar), Alessandra Viçosa (Farmanguinhos), Antonio Doriguetto (UNIFAL), Paulo Souza Junior (IFSC/USP), Javier Ellena (IFSC/USP) e João Renato (IFSC/USP)

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

*Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Créditos: Imagem 1 – Shutterstock)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2016

Francês, escocês e holandês dividem prêmio

Os ganhadores do Prêmio Nobel de Química – 2016 são o francês Jean-Pierre Sauvage (University of Strasbourg), o escocês J. Fraser Stoddart (University Evanston) e o holandês Bernard L. Feringa (University of Groningen), premiados pelo design e síntese de moléculas com movimentos controláveis, que podem realizar uma tarefa quando as mesmas recebem energia: em suma, são as menores máquinas moleculares do mundo.

O Secretário – Geral da Academia Real Sueca de Ciências, entidade responsável pela atribuição do Prêmio Nobel, Göran K. Hansson, afirmou á imprensa que embora o desenvolvimento das máquinas moleculares esteja ainda em estágio inicial, elas poderão ser usadas para gerar sensores, sistemas de armazenamento de energia e novos materiais capazes de se adaptar a uma mudança em seu ambiente e de assumir certas funções corporais. Por exemplo, um dos destaques das aplicações das designadas “máquinas moleculares” será na área da medicina, antevendo-se que, através de nanorobôs, seja possível transportar medicamentos diretamente em células cancerígenas doentes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2016

Começou a SIFSC-2016

Ocorreu na manhã de 4 de outubro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a abertura da 6ª Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016. Organizada por alunos do IFSC, a Semana tem como objetivo incentivar os estudantes de graduação e pós-graduação a mergulhar nas diversas áreas da física e a apresentar seus trabalhos científicos para colegas, pesquisadores e docentes; bem como destacar as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho aos físicos.

A abertura do evento foi realizada pelos docentes do IFSC/USP, Profs. Drs. Leonardo Maia (que representou o Diretor do Instituto, Prof. Dr. Tito José Bonagamba), Valmor Mastelaro e Euclydes Marega Júnior (que representou o Prof. Dr. Luis Gustavo Marcassa).

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O Prof. Leonardo foi o primeiro a dialogar com os alunos presentes. Ele disse que a SIFSC é a melhor oportunidade que há no Instituto para que os estudantes analisem os trabalhos de seus colegas acadêmicos. “Acho que a palavra-chave da Semana é integração… precisamos cultivar melhor as nossas relações tanto na academia como fora dela”, pontuou ele, ressaltando que o Instituto tem realizado esforços – principalmente através da Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento Acadêmico dos Alunos de Graduação, a CAD – para o aprimoramento do ambiente acadêmico da Unidade.

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O Prof. Valmor, que preside a Comissão de Pós-Graduação do IFSC/USP, foi o segundo a usar da palavra, tendo expressado seu contentamento com o evento. “Fazer apresentações orais* de nove minutos é um desafio. Esse tipo de avaliação é muito importante, porque a CAPES [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] nos questiona sobre os mecanismos que utilizamos para avaliar os alunos da pós-graduação”, disse o docente.

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Em sua fala, o Prof. Euclydes destacou a implantação – em 2017 – da nova grade curricular de cursos do IFSC/USP, tendo salientado a felicidade sentida pela comunidade científica nesta terça-feira, em face à divulgação dos físicos laureados com o Prêmio Nobel de Física – 2016, em razão de estudos envolvendo a matéria quântica. “Os novos estados quânticos da matéria têm propriedades inusitadas. Uma das propostas é que eles possam ser utilizados no desenvolvimento de uma nova maneira de fazer dispositivos, entre outras coisas”, explicou.

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Esta 6ª edição da SIFSC traz uma programação ainda mais intensa e diversificada. Na terça-feira, aconteceu uma série de palestras apresentadas pelos especialistas Elson Longo (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar), Fernanda Barros (HTM Eletrônica), Riccardo Sturani (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – IFT/UNESP), Douglas Galante (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM), Fernando Moreira (UFSCar), Vivaldo Campo (UFSCar), Eduardo Azevedo (IFSC/USP), Amanda Muniz (IFSC/USP) e Cora Castelo Branco (IFSC/USP).

Eles discutiram temas como, por exemplo, nanotecnologia, efeitos biomoleculares do LED, ondas gravitacionais, astrobiologia, carbonos magnéticos, Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e, inclusive, mercado financeiro.

No dia 4, além de três painéis científicos que ocorrem de forma simultânea, há a apresentação de workshops e de uma palestra envolvendo a Semana da Licenciatura em Ciências Exatas – XI SeLic, que decorre entre os dias 3 e 5 de outubro, também no campus USP São Carlos.

Nos próximos dias, haverá minicursos, outras palestras, mesa-redonda, show de talentos e a apresentação do Coral do ICMC.

A SIFSC acontece até o dia 7 de outubro. Para conferir a programação do evento, clique AQUI.

*Em contraste com as edições anteriores da Semana, em que havia a tradicional apresentação de pôsteres, os 230 alunos que submeteram seus trabalhos científicos à SIFSC-2016 tiveram que se apresentar oralmente, no dia 3 de outubro, diante de pesquisadores e docentes. A ideia, de acordo com os organizadores da Semana, foi preparar os estudantes para uma interação mais complexa e refinada.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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