Notícias

17 de março de 2017

Panorama da Cristalografia no Brasil

No Colloquium diei que se realizou nesta YVONNE_MASCARENHAS_17-03-2017_250sexta-feira (17), no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, do Grupo de Cristalografia do IFSC, dissertou a respeito do Panorama da Cristalografia no Brasil, tendo apresentado sua visão acerca do desenvolvimento dessa área no país, desde o século passado até os dias atuais.

Pioneira no IFSC/USP, a Profa. Yvonne desenvolveu a graduação em física e química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o doutorado em química (físico-química) na USP, e o pós-doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de março de 2017

Bolsa Empreendedorismo – Intercâmbio com Rice University (EUA)

A Agência USP de Inovação, responsável pela Bolsa Empreendedorismo, acaba de divulgar diversas oportunidades de projetos de intercâmbio com a Rice University, uma instituição de ensino do estado do Texas (EUA).

Abaixo estão dispostas as possíveis áreas de pesquisa, sendo que os alunos interessados deverão enviar e-mail para Mayra Onuchic monuchic@rice.edu / mho1@rice.edu , Program Manage, com o assunto “Bolsa Empreendedorismo”, citando a área de interesse.

Áreas de Pesquisa:

1 – Anatoly Kolomeisky – Professor, Chemistry, Chemical & Biomolecular Engineering, Associate Chair for Graduate Studies Chemistry ;

Number of students = 1

Possible research areas:

• Understanding mechanism of collective behavior of motor proteins;

• Dynamics of protein-DNA interactions;

• Multi-particle non-equilibrium phenomena;

 

2 – Randy Hulet – Professor of Physics Physics and Astronomy;

Number of students = 1;

Possible research areas: We study atoms cooled to the ultra-low temperature regime of a few nano-Kelvin. We have two main thrusts: 1) strongly correlated fermion physics and 2) matter wave solitons of attractivelyinteracting bosons. In the first area, we emulate an electronic material using optical lattices to study high-temperature superconductors. In the second area, we confine a Bose-Einstein condensate to 1 dimension to better understand the nonlinear dynamics of solitons.

 

3 – Pedro Alvarez – Professor of Materials Science and NanoEngineering; Civil & Environmental Engineering;

Number of students = up to 2;

Possible research areas: Nanotechnology-enabled water treatment / Remediation of sites contaminated with hazardous materials;

 

4 – Erez Lieberman Aiden – Assistant Professor , Department of Genetics – Baylor College of Medicine Adjunct Assistant Professor of Computer Science – Rice University;

Number of students = up to 3;

Possible research areas: How genome folds inside the nucleus of a cell.

 

5 – José Nelson Onuchic – Professor of Physics, Co-Director: Center for Theoretical Biological Physics, Professor Of Chemistry + BioSciences Physics and Astronomy;

Number of students = up to 2;

Possible research area: Theoretical physics has an increasingly essential role to play in understanding the set of interwoven complex phenomena that constitute living systems. The Center for Theoretical Biological Physics (CTBP) has long had a critical role in creating this new reality. CTBP vision is that we can combine our increasingly sophisticated understanding of biomolecule-based information processing in cells and tissues with recently developed concepts of self-organization by active materials to create a new paradigm of living systems as smart matter.

 

6 – Rebecca Richards-Kortun – Professor of Bioengineering, Prof of Elec & Comp Engr, Special Adviser to the Provost, Director of Rice 360: Institute for Global Health Technology Bioengineering;

Number of students = up to 2;

Possible research area: Early cancer detection: To improve early detection and prevention of cancer, we are developing a new generation of high-performance, low-cost, optical imaging technologies. These technologies enable in vivo imaging of tissue with subcellular resolution, allowing immediate diagnostic evaluation at the point of care. We work with clinical collaborators to translate these technologies to clinical settings in the United States and elsewhere in the world (including Brazil) for early diagnosis of oral cancer, esophageal cancer, and cervical cancer. Point-of-care diagnostics: We are developing molecular specific contrast agents, optical microfluidic chips, and rapid diagnostic tests to improve point-of-care detection of infectious diseases in low-resource settings. Applications include tests for tuberculosis, malaria, HPV, sickle cell anemia, and sepsis, as well as tests to evaluate complete blood count, hemoglobin, and bilirubin levels.

 

7 – Francisco M. Vargas – Assistant Professor, Chemical & Biomolecular Engineering Chemical & Biomolecular Engineering;

Number of students = up to 2;

Possible research areas: Asphaltenes constitute the heaviest fraction of the crude oil, which can deposit during oil production, damage oil reservoirs, and clog wellbores and surface facilities. This can cause excessive downtime and high cleaning costs of the affected areas. There are several heavy oil reservoirs in Brazil with very high asphaltene contents. Understanding the behavior of asphaltenes in these heavy crude oils is necessary for the oil production as well as the process of the crude oil in the downstream refinery. Our research work contributes to have a better understanding of the mechanisms by which asphaltenes precipitate and deposit and to develop better mitigation strategies and modeling tools to anticipate and prevent this problem.

 

8 – Andre Droxler – Professor, Earth Sciences Earth Sciences;

Number of students = 2;

Possible research areas: Uniquely productive Microbial (reef) carbonate oil reservoirs have been discovered offshore Brazil in the past decade and, therefore, our research in Central Texas has triggered interests from oil and gas companies involved in the offshore Brazil exploration.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de março de 2017

Cérebro, Biomúsica e a Terceira Cultura

O futuro da humanidade depende da união virtuosa da Ciência e Tecnologia com as Humanidades (arte

biomsica200

s, literatura, história, filosofia).

C.P.Snow denominou essa utopia de Terceira Cultura. Uma realização efetiva dessa transdisciplinaridade já ocorre com o uso de sofisticadas tecnologias, como das áreas de Matemática, Física, Bioinformática com Música,Artes Plásticas e Linguística.

Uma das tentativas mais interessantes nas quais estou envolvido é o que podemos chamar de Biomúsica, com três vertentes:

1- A partir da estrutura molecular de biomoléculas, como proteínas, polinucleotídeos, lipídios, glicídios;

2- A partir de técnicas de imagens ou de análise espectroscópica de funções biológicas, como Ressonância Nucl

ear Magnética Funcional;

3- A partir da Bioinformática, com o uso de técnicas de análise de sinais biológicos com redes neurais, autômatos celulares, envolvendo o que se chama de machine-learning e/ou métodos de sistemas complexos.

Em todas essas áreas aparece imediatamente uma necessidade fundamental: as técnicas de ciências básicas como matemática e suas vertentes modernas, como topologia, teoria de números, fractais ou na biofísica e bioengenharia com suas poderosas técnicas de imageologia espectroscopias e hardwares e softwares associados, que não podem expressar sozinhos valores da estética ligados tanto à expressão musical ligada à estrutura das composições, como com o próprio psiquismo da percepção musical – por exemplo, na psicoacústica ou na musicofilia tão bem analisada por Oliver Sacks.

No meu caso, tomei a estrutura primária de uma proteína ligada ao veneno de serpente usada em cardiologia, ou da insulina ligada ao diabetes. Criei uma planilha de correspondência entre os aminoácidos e as notas de uma dada escala musical. Para o ritmo essencial para a expressão musical utilizei frequências biológicas, como batimentos cardíacos, frequências respiratórias . Naturalmente, deixei a cargo dos músicos profissionais co-autores a expressão final das composições

sergio500

Esses trabalhos foram registrados no Estudio Berimbau em São Carlos, onde podem ser obtidos por solicitação no site http://www.berimbauestudio.com.br/

Um excelente número de composições tipo terceira cultura tem sido realizado pioneiramente pelo Prof. Norberto Cairasco, neuro-cientista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, no qual ele associa a música executada por grupos musicais com sua própria inspiração ao ouvi-la, executando maravilhosas ilustrações por meio de aplicativos digitais.

Parte desse material constituiu evento no Instituto de Estudos Avançados – Polo Ribeirão Preto (USP), em comemoração da Semana Internacional do Cérebro – 2017 e o vídeo pode ser encontrado no site do IEA/USP – Polo Ribeirão Preto pelos interessados.

(Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP) – Acad. Brasil. Ci. / Presid. Honor. SBPC – Coordenador de Projetos OPAS/FAPESP/MIT – Diretor do PIEPAL)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de março de 2017

Docente do IFSC participa de mesa-redonda

O Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), irá compor, nessa quinta-feira (16), uma das mesas-redondas do workshop que inaugurará a São Paulo Astronomy Network (SPAnet) (Rede Paulista de Astronomia). O evento se realizará das 9h às 16h, na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no bairro Alto da Lapa, na capital paulista.

galaxia_250O objetivo da Rede é estreitar a relação entre pesquisadores da comunidade paulista de astronomia, para fortalecer as pesquisas desenvolvidas nessa área, no estado de São Paulo, e aumentar a visibilidade desses estudos nos âmbitos nacional e internacional. A iniciativa também objetiva promover atividades que estimulem o desenvolvimento de instrumentação astronômica, bem como parcerias internacionais, haja vista que alguns pesquisadores que atuam no estado estão envolvidos em colaborações com outros países, como Chile, Estados Unidos e Argentina, nos projetos intitulados Giant Magellan Telescope (GMT), Large Latin-America Millimiter Array (LLAMA) e Cherenkov Telescope Array – CTA.

A criação da Rede foi inspirada em projetos de naturezas semelhantes, como o South American Institute for Fundamental Research, do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (SAIFR/IFT/UNESP), e a Netherlands Research School for Astronomy (NOVA), sediada na Holanda.

Com o intuito de promover as ações da SPAnet e estimular discussões entre os participantes, o workshop compreenderá palestras sobre a astronomia no estado de São Paulo, bem como mesas-redondas que abordarão a visibilidade da ciência paulista, instrumentação astronômica, educação e difusão científica, e a gestão da SPAnet (confira a programação na íntegra AQUI).

Membro da Rede, o Prof. Luiz Vitor participará da mesa-redonda que discutirá Como promover a instrumentação e a participação industrial, na tentativa de buscar maneiras de fomentar a relação entre grupos de pesquisa e empresas, e descrever o tipo de indústria que tem interesse e capacitação suficientes para atuar em projetos de astronomia. Nessa discussão, o docente do IFSC/USP estará ao lado de outros pesquisadores que têm experiências em projetos de construções relacionadas a observatórios astronômicos, sendo eles: Claudia Vilega Rodrigues (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE), Danilo Zanella (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo – IAG/USP), José Octávio Armani Paschoal (GMT Brazil), Elisabete de Gouveia Dal Pino (IAG/USP) e Bruno Castilho (Laboratório Nacional de Astrofísica – LNA).

LUIZ_VITOR_500

Luiz Vitor de Souza Filho é graduado, mestre e doutor em física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), tendo desenvolvido pós-doutorado no IAG/USP. Especialista em astrofísica de partículas, o docente diz que há muitos grupos de pesquisa independentes obtendo sucesso em importantes pesquisas na área de astronomia, e que a SPAnet é uma tentativa de unir os esforços já registrados por essas equipes, para otimizar os investimentos atribuídos a projetos dessa área e obter resultados científicos ainda melhores.

“Acredito que a maneira como a SPAnet enxerga a ciência poderá ser aplicada inclusive em outras áreas do conhecimento”, comenta o docente, cujas expectativas para a atuação da rede de cooperação são bastante positivas, principalmente porque os pesquisadores envolvidos na SPAnet já têm discutido propostas via e-mail.

As inscrições gratuitas para o workshop podem ser feitas AQUI.

(Créditos: Imagem 1 – NASA)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2017

Conselheiros do CO são ofendidos e agredidos por manifestantes

No passado dia 7 de março, data marcada para a realização da reunião do Conselho Universitário da USP onde seriam analisados, discutidos e votados os designados Parâmetros de Sustentabilidade Econômico-Financeira da Universidade, um ato de protesto promovido por cerca de duas centenas de manifestantes contrários à medida evolui para a ofensa e agressão física dos conselheiros, gerando, por isso, a intervenção da Polícia Militar.

Sobre esse episódio, a USP publicou uma nota, dando conta do que se passou, com declarações do presidente da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) do Conselho Universitário, e diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Prof. Dr. Adalberto Américo Fischmann, da diretora da Escola de Educação Física e Esportes de Ribeirão Preto (EEFERP), Profª Draª Maria das Graças Bomfim de Carvalho e do diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Prof. Dr. Tito José Bonagamba.

Para acessar essa nota, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2017

IFSC abre ano letivo com aula de Daniel Kleppner (MIT)

Como forma de recepcionar seus novos calouros, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) organizou a Aula Magna Inaugural intitulada Three Seeds in the Flowering of Quantum Sciences, que foi apresentada pelo Prof. Dr. Daniel Kleppner, um dos mais consagrados físicos atômicos vivos.

DANIEL_KLEPPNER_1_500

Com o Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) completamente lotado, Kleppner, que é docente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT – EUA), dissertou sobre os substanciais avanços que decorreram na física quântica, área em que se estuda o comportamento de elementos em escala atômica e sub-atômica, como, por exemplo, elétrons, prótons, pósitrons e moléculas.

PLATEIA_KLEPPNER_500

O desenvolvimento dos relógios atômicos, da eletrodinâmica quântica, dos átomos de Rydberg, bem como dos condensados de Bose-Einstein, recebeu maior ênfase durante a apresentação do físico, que enfatizou o fato de que nas últimas décadas a mecânica quântica deixou de ser restrita à física e passou a ganhar relevância em praticamente todas as ciências. Segundo Daniel Kleppner, desde a Biologia, passando pela Ciências de materiais e e culminando na computação, todos não poderiam hoje progredir sem a inclusão dos fundamentos da matéria quântica. Dada esta importância, o tema deve ser vivo na mente dos estudantes, desde o inicio de sua formação, motivo pelo qual Kleppner abordou três fatos relevantes (sementes) que tornaram os conceitos quânticos, não apenas parte da física, mas uma ciência por inteiro.

Exausto de um voo que o transportou ao Brasil, o cientista de 84 anos não se negou a interagir com os muitos alunos que o abordaram no final da apresentação, dispondo-se inclusive a manter uma profícua conversa com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP.

ALUNOS-KLEPPNER_500

“Creio que toda criança seja curiosa… Eu não perdi minha curiosidade”

Daniel cresceu na cidade nova-iorquina de Nova Rochelle. Seu pai, Otto Kleppner, foi um imigrante austríaco que deixou a cidade de Viena em 1906 – já sob pressões antisemitas -, tendo se mudado para Nova Iorque onde se graduou na universidade local, tendo trabalhado intensamente para sustentar a família. Atencioso e bem-humorado, Daniel acredita ser um homem de sorte. Na infância, estudou em boas escolas e viveu em uma casa confortável. “Meu pai teve que trabalhar muito para superar seus problemas. Mas a vida sempre foi fácil pra mim. Então, me sinto sortudo”, diz ele, que se considera o verdadeiro beneficiário do árduo trabalho do pai.

Na infância, Daniel mantinha vários hobbies. Junto com o irmão, por exemplo, construía rádios de galena e pequenos modelos de aeronaves. Embora seus pais não fossem cientistas, jamais se opuseram ao desejo de Kleppner de se tornar físico. Assim, em 1953, Daniel se graduou na Faculdade Williams em Amherst (Massachusetts) e em 1955 concluiu outro bacharelado, só que dessa vez na Universidade de Cambridge (Inglaterra). Durante o ensino médio e seus bacharelados conviveu com pessoas que acabaram por se tornar seus mentores. Mas foi nos últimos anos da década de 1950, na Universidade de Harvard (EUA), que Kleppner conheceu seu verdadeiro “guru” – nada mais nada menos que o Prof. Dr. Norman Ramsey, que orientou sua tese de doutorado e viria a ser Prêmio Nobel de Física de 1989. Para Kleppner, Ramsey era um indivíduo incomum, criativo, que interagia abertamente com quem conhecia, que jamais se mostrava irritado e que tinha facilidade em unir pesquisadores de diferentes áreas para trabalharem juntos, uma característica que lhe permitiu ajudar a criar tanto o Laboratório Nacional de Brookhaven (EUA) como o Laboratório Fermi (EUA), cujo auditório leva seu nome.

DANIEL_KLEPPNER_2_500

Durante o doutorado, Daniel criou o hidrogênio maser, um sistema que hoje é importantíssimo nas áreas de telecomunicação e de sistemas de navegação (como o Sistema de Posicionamento Global – GPS) – e que foi um dos motivos pelo qual Ramsey recebeu o Prêmio Nobel, em 1989. “Sei que Norman ficou desapontado porque decidi não compartilhar o Prêmio com ele. Mas a ideia-chave para a invenção do hidrogênio maser foi dele. Eu era apenas um estudante graduado”, relembra Kleppner que, com o título de doutorado, se tornou professor do MIT, onde foi pioneiro no estudo de áreas (como, por exemplo, átomos de Rydberg e átomos em cavidade…) que são fundamentais para o entendimento da natureza quântica da matéria. Mas, entre tantas opções, pode-se perguntar por que ele escolheu trabalhar com física. Segundo Kleppner, a área permite obter resultados que ultrapassam as expectativas, algo que ocorre em menor frequência em outros campos do conhecimento. Segundo ele, se na década de 1960 as pessoas soubessem de tudo o que foi inventado até hoje elas ficariam maravilhadas. Como exemplo, citou a invenção da Ressonância Magnética. “Ninguém poderia prever que a imagem por Ressonância Magnética seria uma tecnologia tão importante e capaz de salvar milhões de vidas”, comenta Kleppner. Há décadas trabalhando com física atômica, Kleppner é otimista ao falar sobre o futuro da física quântica, tendo afirmado que, se soubéssemos a respeito do futuro, também nos sentiríamos maravilhados. Nesse sentido, citou a teoria do Big Data, termo que se refere ao armazenamento de uma imensa quantidade de dados, o que tem sido cada vez mais apreciado pela comunidade científica. “Na visão das ciências quânticas, o Big Data começará a ser Little Data“, brincou, se referindo aos pequenos elementos que são tão fundamentais na física atômica.

Embora não tenha sido laureado com o Prêmio Nobel de Física, Kleppner foi mestre e/ou colega de laboratório de seis pesquisadores que receberam o famigerado Prêmio. Aliás, classificou como “triste” o fato de muitos cientistas serem tão obcecados pelo título do Prêmio Nobel, mas reconhece o merecimento dos laureados e a importância de seus trabalhos. Obviamente que Kleppner gostaria de receber o título, mas acima de tudo considera que o melhor prêmio que o cientista pode receber é “uma carreira muito feliz”. Neste ano, em reconhecimento às suas contribuições científicas, Kleppner recebeu a Medalha da Associação Americana de Física (APS), que é considerada a maior condecoração atribuída a físicos nos EUA.

Questionado a respeito das diferenças entre se fazer ciência no Brasil e em outras regiões, como EUA e Europa, ele enfatiza que o avanço da ciência geralmente está relacionado às tradições regionais. Os históricos seculares de algumas instituições de ensino superior*, as ações filantrópicas voltadas ao ensino e à pesquisa, e, inclusive diversos episódios da II Guerra Mundial, colaboraram – ou ainda colaboram – para o avanço tecnológico tanto norte-americano como europeu. A Guerra, por exemplo, culminou na imigração de excelentes cientistas da Alemanha para os EUA, bem como na transformação da imagem que se tinha dos pesquisadores, que passaram a ser vistos como heróis, já que o conflito também foi marcado por diversas invenções ousadas, como, por exemplo, os radares que foram utilizados para detectar ameaças de ataques aos exércitos aliados.

daniel_kleppner_3_500

A próxima fronteira a ser explorada pela física

Embora algumas áreas, como a nanociência, neurociência, ciências biológicas e teorias quânticas, ofereçam perspectivas promissoras para o futuro da ciência, Kleppner crê que a primeira detecção direta das ondas gravitacionais, anunciada em 2015, alterou a visão que se tem do universo, podendo certamente ser a próxima fronteira para os estudos da física. “Os pesquisadores que as detectaram fizeram testes extraordinários para se certificarem de que essa detecção é real. Quando você tem acesso ao paper, e o lê com atenção, você acredita nisso: temos que ser otimistas”. Seu otimismo acerca do futuro da ciência é comum entre os pesquisadores, porque a ideia de poder entender o funcionamento de tudo aquilo que nos cerca é uma maneira fascinante de enxergar o mundo. Mas, para Kleppner, além dessa visão positiva, os físicos devem ter muita coragem para conquistar suas metas e ir sempre mais além.

JARBAS-KLEPPNER_500

O reencontro entre o Prof. Dr. Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC/USP) e o seu ex-orientador do MIT, Prof. Daniel Kleppner

*A Universidade de Cambridge, por exemplo, foi fundada em 1209; enquanto a de Harvard surgiu em 1636. Já a USP foi criada em 1934, sendo, portanto, uma instituição jovem.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2017

Alunos levam professores do IFSC/USP ao YouTube

A maneira encontrada por Caio Dallaqua, aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), para divulgar conhecimentos científicos, foi a criação do canal “Caio na Aula”. Aulas de programação eram seu foco principal, mas o projeto logo foi expandido com a colaboração de Andressa Freires, também aluna do IFSC/USP, elaborando vídeos sobre neurociência.

Youtube-_logoProduzindo conteúdos a princípio somente relacionados à programação e neurociência, o ibope dos vídeos e o retorno dos colegas foram tão grandes que eles decidiram ampliar a temática abordada nos vídeos, mas sempre mantendo o mesmo objetivo: comunicar de maneira fácil e didática conteúdos científicos.

Nessa segunda etapa do projeto, o foco é ampliar o diálogo entre professores do IFSC e alunos de dentro e de fora do Instituto. “Tenho muitos colegas aqui que ainda não sabem muito bem qual direção de estudos irão seguir. Queremos trazer esclarecimentos sobre as possibilidades de estudo em nossos cursos e também estimular que outros estudantes façam cursos aqui no IFSC”, conta Andressa.

De acordo com Caio, o foco dos vídeos é no aspecto qualitativo, pois dessa forma é possível conversar sobre esses assuntos com as pessoas ao redor, difundindo ainda mais o conhecimento. “Queremos mostrar às pessoas a ‘big picture‘ de diversas áreas da ciência para que elas tenham uma visão mais ampla”, explica Caio.

Para cumprir esta meta, Andressa e Caio têm entrevistado professores do IFSC sobre os mais diversos assuntos de ciência. “Os temas têm que ser relacionados à ciência, e sempre escolhemos assuntos próximos da área de pesquisa do professor. A facilidade de entendimento dos vídeos se deve ao alto nível de conhecimento dos docentes. Por exemplo, entrevistamos o professor Leonardo Paulo Maia que falou sobre física estatística e a conversa se estendeu a termodinâmica, propagação de doenças e até ao mercado financeiro”, elucida Caio.

Até o momento, foram disponibilizadas oito entrevistas no “Caio na aula”. Os assuntos são contextualizados, explicados e, posteriormente, os professores falam sobre as atuais e futuras aplicações.

Caio_e_Andressa-_DC_2017Em relação à motivação para criar e manter o projeto, é o próprio Caio quem responde à questão. “Há muito conhecimento dentro do IFSC. Porém, ele fica muito concentrado aqui dentro, então pensei em alguma ação que pudesse fazer com que esse conhecimento ultrapassasse nossas fronteiras”, afirma. “Através de nossos vídeos, os futuros estudantes podem ver um pouco do que será abordado nos cursos, facilitando assim suas escolhas”.

Andressa conta que já recebeu diversos e-mails de pessoas interessadas em saber mais sobre neurociência, bem como sobre os outros assuntos abordados. Devido ao sucesso dos vídeos, Andressa e Caio planejam ampliar ainda mais o canal. “Embora existam diversos vídeos na internet mostrando experimentos de física, notamos que esses vídeos, em geral, não abordam o conceito físico que está por trás dos experimentos. Queremos produzir vídeos que incluam essa abordagem, com animações que permitam que esses conceitos sejam compreendidos mais facilmente”, explica Andressa.

Com o intuito de explorar ao máximo os recursos do IFSC, Caio busca o apoio de mais professores no projeto. “Gostaria de deixar aqui o convite a todos os interessados em divulgar ciência, seja por diversão ou conscientização do impacto que isso tem”, finaliza.

Os interessados em participar do projeto “Caio na Aula”, ou ter mais informações a respeito do assunto, podem enviar e-mail a cvdallaqua@gmail.com ou acessar a página do projeto no Facebook.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de março de 2017

14 de março: Comemoração do nascimento de Albert Einstein

Comemora-se hoje, dia 14 de março, o nascimento de Albert Einstein, ocorrido no ano de 1879, na cidade de Ulm – atual Baden Württemberg, na Alemanha.

Esta breve nota não verterá sobre seus trabalhos, tendo como objetivo, tão só, recordar a data. Seus pais, judeus, foram Hermann Einstein – um vendedor e engenheiro – e Pauline Einstein. Em 1880 a família mudou-se para Munique, onde seu pai e tio cienciafundaram a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, empresa que fabricava equipamentos elétricos acionados por corrente contínua. Um ano mais tarde, nasceria sua irmã, Maria “Maja” Einstein.

Com cinco anos de idade, Einstein estudou em uma escola primária católica durante três anos, tendo sido transferido, após esse período, para o Ginásio Luitpold, hoje conhecido como Ginásio Albert Einstein, onde recebeu educação escolar primária e secundária, até deixar a Alemanha sete anos depois. Segundo se sabe, terá sido seu tio Jacob – engenheiro – e Max Talmey – um jovem estudante pobre de medicina – os responsáveis pela grande curiosidade de Einstein por tudo o que o rodeava.

Em 1894, a empresa de seu pai faliu. Em busca de negócios, a família de Einstein mudou-se para Itália, primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para Pavia. Quando a família se mudou para a cidade italiana, Einstein ficou em Munique para terminar seus estudos no Ginásio Luitpold. No final do ano de 1894, Einstein viajou para Itália para se juntar à família, na cidade de Pavia, e foi durante seu tempo nesse país que escreveu um pequeno ensaio com o título Sobre a Investigação do Estado do Éter num Campo Magnético. A partir desse momento, a história de Albert Einstein é aquela que todos conhecemos.

No verão de 1950, os médicos descobriram um aneurisma na aorta abdominal de Einstein, tendo o físico declinado que fosse feito qualquer procedimento cirúrgico. Encarando com serenidade a gravidade de sua doença, Einstein teve tempo para redigir seu testamento, deixando todos os seus manuscritos para a Universidade Hebraica de Jerusalém, a escola que ajudou a fundar em Israel. Einstein também organizou seus assuntos funerários, já que insistia em que se fizesse uma cerimônia simples e sem lápide, já que escolheu não ser enterrado, tendo optado pela cremação.

Albert Einstein morreu no dia 18 de abril de 1955, no Hospital de Princeton (EUA), com 76 anos de idade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2017

IFSC/USP encerra comemorações com concerto

O IFSC/USP encerrou com um concerto as comemorações do Dia Internacional da Mulher, efeméride que congregou diversas atividades promovidas e organizadas pela Unidade no último dia 08 de março. Desta forma, pelas 20 horas desse dia, o Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” recebeu Fátima Graça Monteiro Corvisier (piano) e Maria Yuka de Almeida Prado (soprano), sob a direção musical de Silvia Berg, todas elas docentes do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP.

O programa deste concerto foi constituído por obras de Eunice Katunda, Silvia Berg, Clara Schumann, Sofia de oliveira, Sofia Helena, Chiquinha Gonzaga e Babi de Oliveira.

A história do Dia Internacional das Mulheres atravessa o movimento das mulheres operárias norte-americanas, que comemoravam em diversos estado o Woman’s Day desde 1908, tanto pelo esforço do movimento de mulheres socialistas para internacionalizar a data, em 1910, como por diversos acontecimentos que marcaram a história da luta das mulheres em diferentes partes do mundo.

O incêndio da Triangle Company marcou de forma indelével o mês de março como um momento de se interrogar o passado para retomar o presente de forma crítica. Interrogar não apenas a história das mulheres operárias do início do Século XX, mas de todas as mulheres mesmo antes desse período. No incêndio morreram 146 trabalhadores, dos quais 17 eram homens e 129 eram mulheres e meninas – 90 delas se jogaram pelas janelas do prédio. A maioria das jovens era imigrante e tinha entre 16 e 24 anos, trabalhando em condições desumanas. Seus salários equivaliam a um terço do que era recebido pelos homens, enfrentavam jornadas de trabalho extenuantes e não tinham condições mínimas de segurança.

Entre 1911 e 1914, o Dia Internacional das Mulheres foi comemorado em datas diferentes do mês de março. Apenas em 8 de março de 1917, com a deflagração da greve das tecelãs de São Petersburgo, que impulsionou a Revolução Russa, esta data foi consagrada como o Dia Internacional das Mulheres (Daniela Lima).

Para acessar o concerto, clique na figura abaixo

concerto-500

(captação de imagens – Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2017

“Aqui Não”

Produzido e realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI/USP), o vídeo Aqui Não é um instrumento fundamental para que cessem, de uma vez, todo o ambiente e práticas que, de forma encoberta, disfarçada, continuam a ameaçar e vitimar as mulheres dentro e fora da USP, nomeadamente, descriminando-as, ofendendo-as, assediando-as e mesmo estuprando-as, numa sociedade que mantem incólume seu poder patriarcal e machista, principalmente dentro da Academia, que deveria ser um espaço exemplar nesse sentido.

Este vídeo apresenta diversos depoimentos de alunas da USP, bem como importantes declarações do Diretor e da Vice-Diretora da POLI, – Profs. Drs. José Roberto C. Piqueira e Liedi Bernucci – e ainda da Coordenadora USPMULHERS/ONU, Profª Drª Eva Alterman Blay.

Para assistir ao vídeo, clique na imagem abaixo.

bLAY-500

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2017

Lançamento da Rede Paulista de Astronomia

Astrônomos de diferentes instituições de ensino e pesquisa de São Paulo estarão reunidos no próximo dia 16 de março, na sede da FAPESP, para o lançamento da São Paulo Astronomy Network (SPAnet) (Rede Paulista de Astronomia), voltada a promover o intercâmbio de informações entre diferentes pesquisadores, instituições e projetos de pesquisa.

Primeira do gênero no Brasil, a SPAnet será apresentada à comunidade científica com o objetivo de discutir, entre os pesquisadores, a criação de uma estrutura de gestão para a rede que possibilite a integração da pesquisa e da infraestrutura existentes, visando ao fortalecimento da astronomia feita no Estado de São Paulo.

O workshop também servirá para identificar ações imediatas que contribuam para aumentar a visibilidade nacional e internacional da pesquisa paulista em astronomia, além de discutir maneiras de promover a educação científica na área e trazer contribuições científico-tecnológicas e econômicas para a sociedade.

Na abertura do evento, Laerte Sodré, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), fará um balanço da pesquisa astronômica paulista e apresentará os objetivos da SPAnet.

A rede terá como diferencial o acesso a uma infraestrutura em astronomia que poucos países têm, uma ideia que surgiu da necessidade de se organizar esforços isolados para a construção de uma infraestrutura para pesquisas na área. São Paulo mantém parcerias com  telescópios de grande porte no Chile e Hawaii, com participação de pesquisadores no Giant Magellan Telescope (GMT), no projeto de radioastronomia Large Latin-America Millimeter Array (LLAMA), em colaboração com a Argentina, e no projeto de altas energias ASTRI Mini-Array.

Laerte Sodré ressalta as colaborações internacionais nesses projetos, cujos objetivos envolvem temas na fronteira da ciência contemporânea. Segundo ele, dada a complexidade dos projetos, nenhuma iniciativa isolada teria mais sucesso do que a junção das expertises de diferentes instituições. “De fato, se aproveitarmos as oportunidades em projetos de ponta, teremos chance de fazer uma verdadeira revolução na nossa astronomia”, afirma, explicando que a maximização do uso de recursos ajudará a conseguir resultados de impacto, de alta visibilidade nacional e internacional. Uma parte importante desses projetos é o desenvolvimento de instrumentação científica. Assim vai-se procurar promover atividades que impulsionem também a instrumentação astronômica. Para a formação da SPAnet, foram contatadas cerca de 10 instituições, com mais de 130 pessoas.

Rede em discussão

Durante o workshop, quatro mesas-redondas vão promover a discussão sobre diferentes aspectos da pesquisa astronômica em São Paulo, duas na parte da manhã e outras duas à tarde.

Na primeira delas serão debatidas estratégias para aumentar a visibilidade da ciência, com Lucimara Pires Martins, do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Oli Dors Jr., do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), Odylio Aguiar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), João Steiner e Beatriz Barbuy, ambos do IAG/USP.

Na segunda, voltada à promoção da instrumentação e da participação industrial, o grupo será composto por Vitor de Souza, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Bruno Castilho, do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Claudia Vilega Rodrigues, do Inpe, Danilo Zanella e Elisabete Dal Pino, ambos do IAG/USP, e José Octávio Armani Paschoal, do GMT Brazil.

Na parte da tarde, serão debatidas ações para melhorar a educação e a difusão científica, em mesa composta por Augusto Damineli, do IAG/USP, André Milone, do Inpe, Rodolfo Langhi, da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru), e Gustavo Rojas, do Núcleo de Formação de Professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Na última mesa-redonda, Othon Winter, da Unesp de Guaratinguetá, João Braga, do Inpe, Gustavo Lanfranchi, do Núcleo de Astrofísica Teórica da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Roberto Costa, do IAG/USP, e Adriana Valio, do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, vão discutir as formas de gestão propostas para a SPAnet.

No encerramento do workshop, Laerte Sodré vai apresentar a estrutura de um documento e coordenar a escolha dos relatores para a elaboração do Plano para a Astronomia de São Paulo, com discussões sobre estratégias e ações que ajudem a ampliar e dar sustentação à SPAnet.

A Rede Paulista de Astronomia foi inspirada em iniciativas similares bem-sucedidas, como o South American Institute for Fundamental Research (SAIFR), sediado no Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, e na Netherlands Research School for Astronomy (NOVA), que congrega as principais instituições de pesquisa em astronomia da Holanda, considerada uma das mais sofisticadas do mundo, sendo uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento da astronomia em São Paulo em termos científicos, tecnológicos e educacionais.

Para conferir a programação completa do evento, clique AQUI.

Para se inscrever gratuitamente, clique AQUI.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2017

O Dia Internacional da Mulher

Na última quarta-feira, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, e a data não passou em branco no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Pelo contrário! O dia foi comemorado trazendo importantes pesquisadoras, de áreas distintas do conhecimento, ocupando diferentes funções, porém fortemente engajadas em assuntos relacionados à mulher e, sobretudo, à participação, muitas vezes ínfima, desse gênero na ciência e nas artes.

O auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” foi a sede para a comemoração dessa especial data onde, já no período matutino, precisamente às 9h30, três docentes e uma doutoranda do IFSC compuseram a mesa redonda “Mulheres na Ciência: conquistas, desafios e perspectivas”.

Organizada pela docente do IFSC, Manuela Vecchi, o evento contou com a participação do diretor do IFSC/USP, Tito José Bonagamba, que em seu discurso de abertura reforçou a importância das mulheres e sua atuação em diversas vertentes, inclusive na científica, mas também mencionando a importância de todas as mulheres que fazem parte do quadro do Instituto, inclusive funcionárias e alunas, e até mesmo a esposa de alguns docentes que, de acordo com o diretor, também desempenharam importante papel para o crescimento e evolução do IFSC.

A primeira a se apresentar na mesa redonda foi a docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e presidente do Comitê de Gênero da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Débora Peres Menezes, que trouxe números importantes, e preocupantes, a respeito da participação feminina na ciência. Alguns dos exemplos foram relacionados à baixa premiação de mulheres em Olimpíadas Brasileiras de Física, à baixa porcentagem de mulheres que recebem bolsas de produtividade de pesquisa e o número inexpressivo de mulheres ocupando cadeiras na Academia Brasileira de Ciências (10,5%) e na própria SBF (27%). Para mudar o quadro, a docente aconselhou que é necessário admitir o fato de que essa triste realidade existe, e defende destacar as referências profissionais femininas, ao mesmo tempo estimulando os casos de sucesso.

Logo depois de Débora, foi a vez de Vivian França, docente do Instituto de Química da Unesp, apresentar algumas ações que podem trazer uma evolução ao quadro de participação das mulheres na ciência, citando vários iniciativas que contemplam exclusivamente o sexo feminino, como a “Meninas na Ciência”, promovida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a “Tem menina no circuito”, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o “Mulheres na Ciência”, promovido pela Unesp e o site “Ciência e Mulher”, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), além de mencionar diversos prêmios e bolsas de estudos voltadas às mulheres.

Yvonne Primeirano Mascarenhas, docente aposentada do IFSC, trouxe sua contribuição com discussões a respeito do papel cultural “incorporado” à mulher de gestora do lar, impedindo o desenvolvimento de lideranças femininas, inclusive na ciência. Mostrando alguns exemplos bem-sucedidos de mulheres na ciência, Yvonne comprovou o que já é sabido por muitos: que as mulheres são capazes, tanto quanto os homens, de liderar e se destacar no mundo científico.

Encerrando as apresentações, a doutoranda do IFSC, Krissia Zawadzky falou sobre o crescimento e empoderamento das mulheres na ciência, sobre os preconceitos de gênero na área de exatas e citou alguns exemplos femininos na academia. A pesquisadora destacou o preconceito inconsciente de muitas pessoas em relação a mulheres que optam por carreiras de física e engenharia, e afirmou que para combatê-lo é preciso entendê-lo e reconhecê-lo, posteriormente trabalhando para exterminá-lo. Krissia também citou alguns dos coletivos femininos existentes no campus da USP, como o “Coletivo de Mulheres Cláudia Elizabeth Munte” e o coletivo de mulheres “CAASO/UFSCar”, além de outros existentes no Brasil e o no mundo.

Logo após a apresentação, foi aberta a discussão que teve a participação ativa dos presentes (professores e alunos, inclusive do sexo masculino), durante a qual o diretor destacou a campanha de conscientização “Isso tem que parar”, promovida pelo Escritório USP Mulheres, que tem entre seus objetivos estimular denúncias de abusos contra as mulheres na Universidade.

A mesa redonda foi finalizada com uma homenagem à professora Yvonne Mascarenhas, que na mesma semana recebeu o prêmio “Distinguished Women in Chemistry or Chemical Engineering Awards” da International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), um dos mais relevantes prêmios mundiais científicos.

Ainda no dia 8 de março, no período noturno, foi realizado um concerto que, novamente, teve as mulheres como destaque, mas dessa vez na música. Sílvia Berg, docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), dirigiu o concerto no qual foram executadas peças de diversas compositoras, como Eunice Catunda, Clara Schumann, Sofia de Oliveira e Sofia Helena, Chiquinha Gonzaga, Babi de Oliveira e da própria Sílvia Berg. O concerto mesclou a apresentação e contextualização histórica de cada uma das compositoras, seguido pela execução de algumas de suas obras, dando um tom interativo ao evento, que contou com a presença do público interno e externo à USP. Além da direção musical de Sílvia Berg, o concerto contou com a participação das docentes da FFCLRP, Maria Yuka de Almeida Prado (soprano) e Fátima Corvisier (teclado), finalizando com graça e beleza a comemoração do dia internacional das mulheres no IFSC.

Confira abaixo algumas imagens do Dia Internacional da Mulher no IFSC/USP:

Women_in_Science_2017-1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-4

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-7

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-8

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-9

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-10

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Women_in_Science_2017-11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens:

1- Manuela Vecchi

2- Tito Bonagamba

3-Vivian França e Yvonne Mascarenhas

4- Krissia Zawadzky e Debora Peres Menezes

5- Debora Peres Menezes

6- Vivian França

7- Yvonne Mascarenhas

8- Krissia Zawadzky

9- Homenagem à Yvonne Mascarenhas

10- Fátima Corvisier (teclado) e Maria Yuka de Almeida

11- Silvia Berg

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

10 de março de 2017

Alunos ingressantes assistem ao Show da Física

Os calouros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) assistiram ao Show da Física, que se realizou na Sala do Conhecimento (IFSC/USP), em 10 de março, no âmbito da XIX Semana de Recepção aos Calouros da USP – 2017.

Geralmente apresentado através do programa Universitário Por Um Dia (1Dia), que traz alunos do ensino médio para conhecerem a Unidade e o campus USP São Carlos, o tradicional Show da Física consiste em apresentar – de modo descontraído – experimentos que permitem entender conceitos de mecânica, ondas, termodinâmica, eletromagnetismo e óptica.

Abaixo, confira algumas imagens do evento:

SHOW_DA_FSICA_COM_CALOUROS_2017_1_500

SHOW_DA_FSICA_COM_CALOUROS_2017_2_500

SHOW_DA_FSICA_COM_CALOUROS_2017_4_500

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2017

The molecular architecture of plant cell walls

Decorreu em 10 de março, no Anfiteatro “Professor Horácio C. Panepucci” (Anfiteatro Azul) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o seminário especial intitulado The molecular PAUL_DUPREE_250architecture of plant cell walls, que foi apresentado pelo docente e pesquisador do Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge (Inglaterra), Paul Dupree.

Seus estudos envolvendo modificação genética em plantas têm sido importantes para as áreas de bioenergia, fabricação de papel e uso de madeira em construção civil. Em 2015, a Thomson Reuters o destacou como um dos pesquisadores mais citados nas áreas de ciências vegetal e animal.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2017

Uma astrofísica italiana no Brasil

Quando decidiu lecionar no Brasil, a italiana Manuela Vecchi tinha um propósito: realizar o seu sonho de ser pesquisadora, já que na Itália há poucas oportunidades de trabalho na pesquisa. Depois de estudar incansavelmente para conquistar a vaga de docente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Manuela veio para o país tropical e já se sente em casa.

Semana_Internacional_da_Mulher_2017-_Manuela_VecchiA escolha pela pesquisa na área de cosmologia e astrofísica veio no final da graduação. “Foi nesse momento que eu precisava escolher um orientador para a pós-graduação. Mas foi desde meu segundo ano de graduação que comecei a me interessar pelas coisas ‘infinitamente pequenas’, e foi quando optei pela física de partículas, em particular na área de detecção de neutrinos astrofísicos”, relembra.

Assim como no Brasil, na Itália, a pesquisa na área de física atrai mais o público masculino. “Na Itália, nunca tive a impressão de ser um ‘peixe fora d´água’ na sala de aula, mas aqui no IFSC vejo que o número de alunas é baixo. Já cheguei a dar aulas para turmas de 30 pessoas, com somente duas meninas”.

No que diz respeito à valorização da mulher na ciência, a visão de Manuela é positiva, e ela cita alguns exemplos para comprovar esse fato, como a nomeação da italiana Fabiola Gianotti para liderar o Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), a escolha de Olga Botner como porta-voz da colaboração internacional IceCube, e a escolha de Gabriela González como porta voz da colaboração internacional VIRGO-LIGO, que fez a primeira detecção direta de ondas gravitacionais, com grandes chances de angariar o Nobel de Física este ano.

Mesmo tendo uma visão positiva a respeito da valorização e reconhecimento das mulheres na ciência, Manuela faz algumas ressalvas. A docente diz que ainda é preciso mais estímulo para que as mulheres “se aventurem” nessas áreas de estudos e, inclusive, na própria área acadêmica. Para Manuela, é imprescindível que as mulheres tenham em mente que a ciência é para todos os gêneros, e que tanto homens quanto mulheres têm capacidade para isso. “É muito importante, também, a inclusão das mulheres no mundo acadêmico, pois há ainda uma resistência velada nesse sentido. A evasão de mulheres nesse tipo de carreira é muito alta, e isso precisa ser analisado mais atentamente, não somente no IFSC ou no Brasil, mas em nível mundial”, diz.

Mas ela destaca que os avanços já são visíveis e substanciais, felizmente. “As coisas estão mudando, e temos muitos exemplos, inclusive em minha área, de que as mulheres estão se destacando”, diz a docente, que é a prova viva de que as mulheres podem, de fato, se destacar na ciência.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

9 de março de 2017

Novos alunos participam de encontros no IFSC

No dia 07 de março, os calouros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estiveram no Anfiteatro Verde da Unidade, onde conversaram com o presidente da Comissão de Graduação do IFSC, Prof. Dr. Luis Gustavo Marcassa, o coordenador da Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento Acadêmico dos Alunos de Graduação (CAD), Prof. Dr. Leonardo Paulo Maia (IFSC/USP), e as Profas. Dras. Cibelle Celestino Silva (IFSC/USP) e Ana Paula Ulian de Araujo (IFSC/USP). Inserida na programação da XIX Semana de Recepção aos Calouros da USP – 2017, a conversa teve como finalidade esclarecer dúvidas dos ingressantes e enfatizar os desafios que a graduação apresentará, ao exigir demasiada dedicação dos jovens.

Embora alguns ingressantes sejam oriundos de São Carlos, muitos vêm de outras regiões para se graduar, tendo que aprender a lidar com a saudade da família e dos amigos. Foi nesse sentido que os docentes recordaram suas experiências como graduandos e falaram sobre a necessidade de estabelecer amizade com outros calouros e veteranos, e de receber apoio dos professores – esta iniciativa tem sido estimulada através da CAD, uma comissão que tem como intuito aproximar o corpo docente do discente, de modo que os estudantes se sintam encorajados a conversarem com os professores sobre o desenvolvimento acadêmico; e a importância de conhecer os próprios limites e manter – ou criar – alguns hábitos, como a prática de atividades físicas ou hobbies.

MARCASSA_500

Prof. Luis Marcassa

LEO_MAIA_500

Prof. Leonardo Maia

CIBELLE_CELESTINO_500

Profa. Cibelle Celestino

ANA_PAULA_500

Profa. Ana Paula

PBLICO_500

Os desafios da graduação, enfatizados pelos docentes do IFSC/USP, foram destaques importantes para os calouros Caio Capetti (17 anos), de Ribeirão Preto (SP), Késsia Barçal (18 anos), de Limeira (SP), e Nicole Humphreys (17 anos), de Santa Isabel (SP). “Eles nos mostraram que essa nova etapa é completamente diferente de todas as outras que já enfrentamos”, disse Caio, que ingressou no curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, em razão de seu interesse pelas ciências da natureza.

Durante o encontro, Késsia se surpreendeu com o contato bastante próximo que houve entre os alunos e os docentes. Isso porque, nos ensinos fundamental e médio, seus professores não interagiam desse modo com os alunos. A conversa também foi uma surpresa para Nicole, mas por outro motivo: como estudou em uma escola onde o número de alunos não era tão grande, a jovem interagia bastante com seus educadores, e acreditava que na universidade a realidade seria diferente. “Acho que os professores do Instituto são atenciosos. Essa conversa serviu para que possamos ter mais foco ao longo do curso”, comentou ela, que se matriculou no curso de Física.

No dia anterior, eles participaram de uma outra conversa que aconteceu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), com o Diretor da Unidade, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, que discorreu sobre o Instituto, seus egressos, o mercado de trabalho, e a Universidade de São Paulo.

Ao ouvirem que ex-alunos do IFSC ocupam cargos não só na academia, mas também no setor produtivo, os três estudantes ficaram ainda mais animados para iniciarem seus cursos. Késsia, por exemplo, não tinha noção das diversas possibilidades profissionais que existem para os físicos. “Esse fato fez eu gostar ainda mais de física!”, afirmou a jovem que, assim como Caio, ingressou no curso de Ciências Físicas e Biomoleculares.

CAIO_KESSIA_E_NICOLE_500

Caio, Késsia e Nicole

Já no dia 08, os novos alunos dos cursos de Física, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares se reuniram com os coordenadores de seus bacharelados. Os eventos ocorreram simultaneamente – e respectivamente – na Sala 210, Sala de Defesas e Sala Celeste, tendo oferecido aos calouros uma oportunidade para que conhecessem os pormenores dos cursos que escolheram.

Física

SCHNEIDER_500

Prof. José Schneider

PUBLICO_4_-_FSICA_500

Física Computacional

TEREZA_500

Profa. Tereza Mendes

PUBLICO_3_500

Ciências Físicas e Biomoleculares

ANA_PAULA_2_500

Profa. Ana Paula e alunos

Aliás, no dia 09, realizou-se no Anfiteatro Verde um encontro entre os  ingressantes e a representante do Programa USP Recicla do campus USP São Carlos, Maria Cecília Tavares Cavalheiro, que por sua vez dissertou sobre o projeto em questão.

MARIA_CECILIA_500

Maria Cecília

PUBLICO_5_500

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de março de 2017

As jovens mulheres na ciência

Começar uma carreira científica nem sempre é uma tarefa fácil- tanto para homens, quanto para mulheres. Mas uma boa dose de garra e disposição é determinante para que uma carreira científica seja bem-sucedida, e essa dobradinha precisa estar presente desde o princípio na vida de jovens pesquisadoras- especialmente àquelas que se dedicam a área de exatas. E uma boa inspiração nesse sentido são as doutorandas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mariane Andreeta e Ilaiáli Souza Leite.

Mariane, filha e irmã de físicos, desde sempre se encantou com a área, e afirma ter sido fortemente influenciada pela família na escolha de sua carreira científica. Com Ilaiáli não foi muito diferente, mas a influência pela escolha da área de pesquisa não foi responsabilidade somente de sua mãe, que é química. “Tive excelentes professores de física no colegial, o que acabou me influenciando a estudar nessa área. Minha escola era muito boa, pois eu tinha aulas pela manhã e, no período da tarde, tópicos avançados, e podíamos escolher as disciplinas que queríamos nos aperfeiçoar”, relembra a pesquisadora.

Semana_da_Mulher_2017-_Ila_e_MariEmbora tenham optado por uma área de pesquisa dominada pelo mundo masculino, felizmente nenhuma das estudantes ouviu aquela desconfortável frase “isso é coisa pra homem!”. Muito pelo contrário! Ambas tiveram grande incentivo da família para seguirem as carreiras que tivessem maior afinidade e paixão, sejam elas quais fossem. “Mas, realmente, durante meu colegial, sempre foram os meninos que escolheram cursos nas áreas de exatas, enquanto as meninas caminhavam mais para as humanas. As meninas de minha turma nunca se interessaram pelas aulas de física”, recorda Mariane. “Mas acho que o que determina a escolha de nossa carreira é a facilidade que temos nas disciplinas, e minha facilidade e gosto pela área de exatas desde sempre é a prova disso”.

Mas Mariane ainda continua sendo exceção em sua área de pesquisa. Porém, isso não lhe é um problema, nem para sua amiga Ilaiáli. “Aliás, considero-me uma pessoa de sorte, pois não sofro qualquer tipo de discriminação em meu laboratório, mesmo sendo a única mulher lá”, conta Mariane.

E qual seria a “fórmula” para que físicas se destaquem em sua área de pesquisa? Ilaiáli afirma que muito estudo e esforço são necessários, e que é preciso focar no que se pode fazer a respeito, e não se deixar levar por diferenças de gênero. “Dentro ou fora da ciência, ainda vivemos em uma sociedade regida por homens. E eu e minhas colegas de pesquisa sempre buscamos melhorar nosso conhecimento para defender um posicionamento quando questionadas. É preciso deixar claro que estamos ali, porque merecemos, porque estudamos muito e sabemos do que estamos falando”, afirma.

Essa atitude e garra de Ilaiáli fez com que ela se tornasse um ídolo da própria amiga Mariane. “Na física, é a Ilaiáli quem me inspira muito, pois eu vejo que ela ama o que faz e quer realmente fazer a diferença no mundo. Isso me estimulou muito para que eu me esforçasse mais em meu doutorado. Gosto muito do jeito que ela encara a pesquisa, pois ela realmente tem paixão pelo que faz e o desejo verdadeiro de fazer a diferença”, diz. “Fora do universo feminino, meu pai é alguém que me inspira muito também, pois ele tem uma jornada de vida incrível! Embora a família dele não tenha sido muito afortunada financeiramente, ele sempre batalhou para estudar e entender como o universo funciona. E ele viu na física o caminho para obter essa resposta. E foi graças a ele que optei por estudar física”.

Ilaiáli caminha no mesmo sentido, ao afirmar que suas colegas pesquisadoras do IFSC são fonte contínua de inspiração. “O grupo de pesquisa no qual estou inserida [Grupo de Óptica] tem várias mulheres com pesquisas muito interessantes e bem feitas. Admiro cada uma delas, e posso dizer que estou cercada de vários modelos sólidos e impressionantes”, diz.

Embora ainda estejam no começo da vida acadêmica, as duas pesquisadoras sentem-se extremamente motivadas. Ilaiáli diz que sua filosofia de vida (e de pesquisa) é a frase de Winston Churchill, “Sucesso é a habilidade de passar de um fracasso para outro sem a perda do entusiasmo”. Mariane afirma que a base do sucesso, na vida e na ciência, é acreditar em si, mesmo quando os outros não acreditam. Que essa filosofia de vida e pensamento sirvam de estímulo às futuras gerações de pesquisadoras.

Imagem: Ilaiáli (à esq.) e Mariane

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de março de 2017

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em fevereiro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico PNAS.

PC-02-17

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de março de 2017

SPSAS-HighAstro

A São Paulo School of Advanced Science on High Energy and Plasma Astrophysics in the CTA Era (SPSAS-HighAstro) será realizada no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), de 21 a 31 de maio de 2017.

O principal objetivo da escola é treinar novos pesquisadores nas áreas de Astrofísica de Altas Energias e Plasmas Astrofísicos, com ênfase em Astronomia de Raios Gama.

A Escola também irá preparar os participantes para utilizar o Cherenkov Telescope Array (CTA), que será o maior observatório astronômico de raios gama do mundo.

Pesquisadores renomados de diversos países participarão de palestras, aulas e atividades práticas. Julie McEnery (Nasa Goddard Space Flight Center), Razmik Mirzoyan (Max Planck Institute for Physics), Giovanni Pareschi (Osservatorio Astronomico di Brera) e Vladimir Ptuskin (Moscow Institute of Physics and Engineering) são alguns dos cientistas confirmados.

O evento tem apoio da FAPESP por meio do programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), que oferece recursos para a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento no Estado de São Paulo.

Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países, os benefícios oferecidos são passagens aéreas, despesas de transporte terrestre local (aeroporto-hotel) e diárias na cidade que sediará a escola.

Serão oferecidas 100 vagas para estudantes participantes brasileiros e estrangeiros. Estudantes interessados em participar podem se inscrever para o processo de seleção até 30 de março.

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2017

Novo espaço para estudos está disponível 24h

No último dia 06 de março, a Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inaugurou a Sala 24 Horas, um espaço localizado ao lado da entrada da Biblioteca e que pode ser utilizado pela Comunidade USP em qualquer horário. Além disso, dois ambientes do interior da Biblioteca foram readaptados para serem utilizados como salas de estudo.

Essas iniciativas foram sugeridas por usuários através do Programa de Avaliação dos Serviços e Produtos oferecidos pela Biblioteca (PAQ), aplicado durante alguns anos, sendo parte do projeto Criação de Espaços Interativos, cuja finalidade é ampliar algumas salas de estudos e criar espaços voltados a atividades que exigem o uso de recursos multimídia na Biblioteca do Instituto.

SALA_24H_1_500

Sala 24 Horas

SALA_24H_2_500

Espaço interno da Sala

SALAS_DE_ESTUDO_500

As duas novas salas de estudo

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..