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29 de março de 2017

Estrutura de proteína crucial à replicação do vírus Zika é elucidada

A estrutura tridimensional de uma proteína, cuja ação é crucial para a replicação do vírus Zika, aedes_250_-_crditos_-_gizmodofoi desvendada por pesquisadores do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Intitulada NS5 RNA-Polimerase RNA-dependente (NS5 RdRp), a proteína é a principal responsável por copiar o RNA viral (que guarda a informação genética do vírus) e reproduzi-lo centenas de vezes até que a célula onde o vírus Zika esteja alojado seja destruída, espalhando as cópias virais pelo organismo hospedeiro.

O vírus Zika é transmitido principalmente através da picada do mosquito Aedes Aegypti, podendo causar febre, dores no corpo, erupções cutâneas e conjuntivite. O vírus possui uma casca ou envelope que, além de conter o RNA viral, lhe permite reconhecer as suas células-alvo no hospedeiro, para invadi-las e ali se utilizar do maquinário celular para se replicar. A NS5 RdRp é uma das 10 proteínas codificadas pelo genoma viral, essenciais para que o vírus possa completar o seu ciclo de vida.

ns5-250Sabendo que a NS5 RNA-Polimerase cumpre um papel fundamental na cópia e na reprodução do vírus, os pesquisadores obtiveram a proteína na forma recombinante utilizando bactérias que foram transformadas para produzir uma grande quantidade de NS5. Esta etapa, dita de clonagem, foi realizada em parceria com a empresa startup Cellco Biotech, criada por três doutores egressos do IFSC/USP com o apoio de um projeto PIPE da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Essas proteínas foram purificadas e separadas das outras oriundas das próprias bactérias. Uma etapa crucial desse trabalho foi obter os cristais da proteína, que permitiram a utilização da técnica de Difração de Raios-X para então determinar a posição tridimensional dos átomos que formam a estrutura da NS5 (imagem ao lado).

Montando o quebra-cabeças

A elucidação da estrutura tridimensional da proteína permite que, agora, os pesquisadores planejem e desenvolvam moléculas cujas estruturas se encaixem à estrutura da NS5 RdRp, bloqueando a replicação do vírus, o que permitiria elaborar fármacos que teriam ação eficaz no tratamento de pacientes acometidos pelo vírus Zika.

Embora essa fase inicial seja auspiciosa, o Prof. Dr. Glaucius Oliva, do Grupo de Cristalografia, enfatiza que ainda existem diversos testes a serem desenvolvidos, tanto em fase in vitro (com células cultivadas em laboratório) como in vivo (em modelos animais), para que talvez se possa encontrar uma molécula que, além de se encaixar e inibir a ação da NS5, não interfira na ação de outras proteínas que existem no organismo humano, de forma que não seja tóxica e tampouco se degrade facilmente. “Após fazermos uma simulação computacional para encontrarmos o tipo de estrutura mais adequado, poderemos, com o auxílio de métodos matemáticos e computacionais, olhar para o universo de centenas de milhões de moléculas que já existem e que foram sintetizadas ao longo da história da humanidade, e que estão disponíveis na literatura internacional e em bancos de dados, e avaliar se cada uma delas se encaixa não só na forma, mas também na complementaridade química do sítio ativo da NS5 [local da proteína em que a sua atividade catalítica natural ocorre]”, explica Oliva.

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Da esquerda à direita: os pesquisadores Ketllyn Oliveira, Glaucius Oliva e André Godoy

Esse trabalho, cujos resultados foram publicados nessa segunda-feira (27) na revista Nature Communications, foi desenvolvido utilizando a linha de luz de Cristalografia de Proteínas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, no âmbito do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), sediado no IFSC/USP, sendo um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID’s) apoiados pela FAPESP.

Os autores dessa pesquisa são dois pós-doutorandos (André Godoy e Fernando Maluf) e três doutorandos (Gustavo Lima, Ketllyn Oliveira e Naiara Torres), orientados pelos docentes do IFSC/USP, Profs. Drs. Rafael Guido e Glaucius Oliva.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

(Créditos da 1ª imagem: Gizmodo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de março de 2017

Vivaldi e as “Quatro Estações” no Teatro Municipal

A série Concertos USP – Prefeitura Municipal de São Carlos regressa para a edição de 2017, tendo novamente como ponto de encontro o Teatro Municipal de São Carlos “Dr. Alderico Vieira Perdigão, que recebe o 74º Concerto da “USP – Filarmônica” (sem intervalo),

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evento que ocorrerá no dia 29 de março, a partir das 20h30.

Sob a regência do Maestro Rubens Russomanno Ricciardi e com a especial participação dos solistas Claudio Rogério Giovanini Micheletti (violino), André Luis Giovanini Micheletti (violoncelo), Giovana Ceranto (cravo) e Vinicius Eduardo Simião da Silva (tenor), o programa trará As Quatro Estações – da obra O confronto da harmonia e da invenção – Op. 8 (Amsterdã, 1725), de Antonio Vivaldi (Veneza, 1678 – Viena, 1741), com a seguinte sequência:

Concerto Nº 1 em Mi maior, RV 269, La primavera

(Primavera)

I) Allegro

II) Largo

III) Allegro Pastorale

Concerto Nº 2 em Sol menor, RV 315, L’estate

(Verão)

I) Allegro non molto

II) Adagio e piano – Presto e Forte

III) Presto

Concerto Nº 3 em Fá Maior, RV 293, L’autunno

(Outono)

I) Allegro

II) Adagio molto

III) Allegro

Concerto Nº 4 em Fá menor, RV 297, L’inverno

(Inverno)

I) Allegro non molto

II) Largo

III) Allegro

 

No que concerne aos solistas que se irão apresentar neste concerto, eis algumas notas sobre eles:

Claudio Rogério Giovanini Micheletti (violino)

CLAUDIO_ROGRIO150Formou-se em 2004 na Academia de Música Liszt Ferenc de Budapeste (Hungria), sob orientação de Eszter Perenyi. É vencedor dos concursos para jovens solistas da OSESP e da Orquestra Experimental de Repertório (OER) por três anos consecutivos. É detentor do II Prêmio do X Concurso Eldorado em 1999. Foi membro fundador do Quarteto Camargo Guarnieri. Atuou como solista frente a orquestras sinfônicas como OSESP, Camerata Fukuda, Municipal de São Paulo (OSM), OER, USP-Filarmônica, Municipal de Campinas e do Estado de Minas Gerais, entre outras. Em 2011 foi solista no Avery Fisher Hall Lincoln Center de Nova Iorque (EUA). Sua discografia inclui três CDs com a Camerata Fukuda e a gravação das obras de Osvaldo Lacerda, a convite do próprio compositor (Selo ABM Digital, 2011). Desde 2009 ministra aulas no Instituto Bacharelli. Spalla da OSUSP e da OER, é também professor na Faculdade Cantareira em São Paulo. Desde 2016 atua como spalla do recém-fundado USP-Quarteto, atrelado à FFCLRP-USP, com gravações de obras brasileiras, por conta das pesquisas realizadas pelo NAP-CIPEM pela Coleção USP de Música.

André Luis Giovanini Micheletti (violoncelo)

Doutor pela Universidade de Indiana em Bloomington e mestre pela ANDRE_LUIS200Universidade Northwestern em Chicago, ambos nos EUA. Bacharel em violoncelo pelo IA-UNICAMP, já atuou como concertino da Columbus Indiana Philharmonic Orchestra, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e primeiro violoncelo da Camerata Fukuda e Orquestra de Câmara da UNESP. Como solista, fez a primeira audição do Concerto para violoncelo e orquestra de Edmundo Villani-Côrtes e se apresentou frente a orquestras, tais como Sinfônica de Heliópolis, Municipal de Campinas, Sinfônica de Belém, OER, Camerata Fukuda, Câmara da UNESP, Jovem do Estado de São Paulo, North Shore Chamber Orchestra (EUA), Bach Gamut Ensemble (EUA) e USP-Filarmônica, entre outras. Como recitalista e camerista, tem atuado no Brasil, Argentina, Alemanha, Estados Unidos e Canadá. Foi professor de violoncelo do Instituto Baccarelli, Faculdade Cantareira, Escola Municipal de Música de São Paulo e Conservatório de Tatuí. É presidente da Associação Amigos Mahle em Piracicaba e professor de violoncelo e música de câmara no Departamento de Música da FFCLRP-USP, também GIOVANA_CERANTO200membro do NAP-CIPEM.

Giovana Ceranto (cravo)

Formada em piano e cravo no Conservatório de Tatuí, onde também estudou fortepiano, é, desde 2016, graduanda em piano na classe de Fernando Crespo Corvisier pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP e bolsista da USP-Filarmônica. Foi também aluna de cravo de Pedro Persone (pós-doc pela FFCLRP-USP).

Vinícius Eduardo Simião da Silva (tenor)

É aluno de graduação em canto na classe de Yuka de Almeida Prado pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP e bolsista da USP-Filarmônica.

Este evento cultural conta com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de VINICIUS_EDUARDO150São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

Tal como aconteceu no ano passado, as entradas para este concerto – bem para como para todos os outros inseridos na Série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos, temporada 2017, serão livres e gratuitas, não sendo necessária a aquisição e/ou apresentação de convites ou ingressos, procedendo-se a entrada ao concerto por ordem de chegada.

O folder deste concerto poderá ser baixado, cicando AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de março de 2017

Pesquisador do IFSC/USP é nomeado membro da ACAL

O Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, docente e pesquisador do IFSC/USP, foi nomeado, neste mês de março, membro da Academia de Ciências da América latina (ACAL).

A decisão do conselho acadêmico da ACAL baseou sua decisão e posterior convite, na produtividade científica de alto nível do Prof. Bagnato, bem como nas valiosas contribuições feitas pelo pesquisador para o desenvolvimento da ciência e integração da mesma na América latina e Caribe, nomeadamente através de uma vasta e eficaz cooperação científica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de março de 2017

Oportunidades para Mestrado e Doutorado em Física

O IFSC/USP, através de seu Grupo de Óptica, está oferecendo oportunidades para Mestrado e Doutorado na área de Física Atômica Experimental, envolvendo Condensado de Bose-Einstein e outros.

Confira abaixo:

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Reitor lamenta ação de manifestantes no dia 07 de março

Na abertura da reunião do Conselho Universitário, no dia 7 de março, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, fez um discurso veemente em que lamentou a ação de manifestantes que tentaram impedir, de forma truculenta, a realização da sessão, e que culminou em confronto com a Polícia Militar.

Para assistir ao vídeo do pronunciamento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Proposta de Acordo Coletivo

Prezado(a) servidor(a)

A Administração vem realizando reuniões com o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), no âmbito da Comissão Permanente de Relações do Trabalho (Copert), para a instituição de um acordo coletivo de trabalho.

Neste momento, dada a evolução das discussões, gostaríamos de apresentar os principais pontos da proposta de acordo:

1) Banco de horas

O banco de horas permitirá uma maior flexibilização no cumprimento da jornada de trabalho, possibilitando que o(a) servidor(a) e chefias possam organizar, com mais facilidade, as compensações de pontes de feriado, recesso de final de ano e variações diárias nos horários de entrada e saída.

As horas trabalhadas nos dias de feriado e de descanso semanal remunerado serão computadas em dobro no banco de horas.

É importante salientar que esta proposta de banco de horas não modifica as normas e procedimentos vigentes na USP para pagamento de horas extras.

2) Divisão de férias para servidores(as) com mais de 50 anos

Atendendo ao interesse de muitos(as) servidores(as) com mais de 50 anos, a proposta do acordo coletivo prevê que ele(a) poderá optar por gozar suas férias em dois períodos – um de 20 dias e outro de 10 dias. Fica mantida, também, a possibilidade de gozo de 20 dias e “venda” de 10 dias.

3) Abono de comparecimento em consulta médica própria ou de familiares, como filhos, cônjuge e pais

A proposta do acordo coletivo prevê a possibilidade de:

a) 6 ausências ao ano, não excedendo 1 ao mês;

b) atrasos ou saídas antecipadas até o limite de 3 horas diárias.

Nesses casos, e respeitando-se os limites referidos acima, o(a) servidor(a) ficará dispensado(a) de compensar as horas respectivas, bem como ficará isento(a) de eventual desconto.

Lembramos que essas 6 ausências ao ano para comparecimento em consulta médica não eliminam os 6 abonos de faltas já previstos em norma da Universidade.

4) Licença-paternidade

No mesmo espírito das políticas públicas para a primeira infância, o acordo coletivo prevê que a licença-paternidade poderá chegar ao total de 20 dias para os pais que participem de programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável.

5) Licença-nojo

O acordo coletivo também inclui a possibilidade de aumento da licença em caso de falecimento de cônjuge, filhos(as), pais e irmãos(ãs) de 2 para 8 dias.

Já para o caso de falecimento de sogro(a), padrasto ou madrasta, cria-se uma nova licença de 2 dias.

6) Questões próprias dos(as) profissionais das atividades assistenciais de saúde

A proposta do acordo coletivo inclui, também, um capítulo específico para os(as) profissionais das atividades assistenciais de saúde. Essas disposições, além de atender interesses dos(as) profissionais que atuam nessas atividades, permitirão uma melhor organização da prestação de serviços à comunidade.

A Copert vem se reunindo semanalmente com representantes do Sintusp, com o intuito de concluir o Acordo Coletivo de Trabalho até o final do mês de março de 2017, para atender expectativas de parcela significativa dos(as) servidores(as) da USP. A assinatura do acordo coletivo depende, entretanto, de aprovação da categoria reunida em assembleia.

Atenciosamente,

Prof. Dr. Marcelo Dottori

Presidente da Comissão Permanente de Relações do Trabalho (Copert)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Cor, sabor e liberdade: o caso dos quarks

No Colloquium diei que aconteceu no dia 24 de março, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Dra. Tereza Cristina da Rocha Mendes, do Grupo de Física Teórica do IFSC, apresentou a palestra Cor, sabor e liberdade: o caso dos quarks.

Apesar de o termo “próton” significar “primitivo”, “primordial”, os prótons não são partículas elementares, mas sim estados ligados por partículas menores – quarks -, que interagem pelo efeito da chamada carga de cor. Essas são as interações fortes, responsáveis pela coesão do núcleo atômico e pelos principais processos envolvendo hádrons (como prótons, nêutrons e píons).

Sua descrição é dada pela Cromodinâmica Quântica (QCD), uma teoria quântica de campos com propriedades bastante peculiares. A principal característica da QCD é a não-linearidade, que dificulta o tratamento teórico das interações fortes e possivelmente determina um comportamento absolutamente bizarro para os quarks: seu confinamento permanente em estados ligados, sem cor.

O entendimento do confinamento de quarks ainda é um problema não solucionado. Nesse colóquio, a Profa. Tereza discutiu a TEREZA_300QCD e os métodos para estudá-la, tendo apresentado alguns resultados de sua área de pesquisa.

A docente é graduada e mestre em física pela USP, sendo doutora na mesma área pela Universidade de Nova Iorque (EUA). Entre 1996 e 2000, desenvolveu pós-doutorado na Universidade de Estudo de Roma Tor Vergata (Itália) e na Universidade de Bielefeld (Alemanha), tendo obtido o título de livre-docência pelo IFSC/USP em 2013.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Eleição dos representantes discentes do IFSC/USP

No próximo dia 31 de março, das 8 às 17 horas, será realizada a eleição (por meio do sistema eletrônico de votação) para os representantes do quadro discente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Confira abaixo a lista dos inscritos:

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Com informações da Assistência Acadêmica do IFSC/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

24 de março de 2017

“Luz, cores, ação!”: projeto insere crianças no mundo científico

Em 1945, na cidade italiana Reggio Emilia, teve origem uma prática educacional que, em pouco tempo, ganharia diversos adeptos. Reconhecida mundialmente como uma das melhores propostas educativas para a primeira infância, a proposta, criada pelo educador italiano Loris Malaguzzi, tem como princípio básico colocar as crianças como protagonistas de sua educação, e as enxerga como fortes, ricas, capazes e interessadas em estabelecer relações, colocando o docente no papel de colaborador e guia para seu aprendizado, e o espaço físico como um “terceiro professor”, responsável por promover relacionamentos, comunicação e encontros.

Irata_Lisboa-1A filosofia Reggio Emilia embasa muitas das ações desenvolvidas na Creche e Pré-Escola do campus da USP São Carlos. Além de atender crianças filhas de docentes, funcionários e alunos do campus, a Creche é um espaço de pesquisa e extensão. Alunos de graduação e pós-graduação de diferentes instituições desenvolvem pesquisas e estágios na Creche, entre eles, o aluno do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, Iratã Lisboa, orientado pela docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Cibelle Celestino Silva.

No 2º semestre de 2016, Irarã desenvolveu atividades com as crianças da Creche do campus, com o o projeto “Luz, cores, ação! Ciência e arte na educação infantil”. Financiado pelo CNPq, com quatro turmas de crianças entre três e seis anos, o projeto envolveu luzes e sombras, dando liberdade às crianças para interagir com esses dois elementos, explorando seus aspectos científicos e artísticos como desenho, dança e teatro. “Antes de iniciar o projeto, eu e a professora Cibelle visitamos a Creche, conversamos com os professores de lá, para conhecer o ‘know-how’ desses agentes pedagógicos, que é muito grande, e aprender um pouco mais sobre o que já havia sido feito na creche”, relembra Iratã.

As atividades foram realizadas durante quatro meses, uma vez por semana, com duração de 40 minutos, e Iratã conta que, com base na filosofia emiliana, as atividades foram adaptadas ao universo dos participantes. “Sempre respeitamos as crianças e adaptamos as atividades ao universo delas. O importante era estar com elas, e permitir que as atividades tomassem caminhos diferentes, conforme as crianças interagiam com as tarefas que eram dadas a elas”, conta o aluno.

As atividades foram gravadas e fotografadas, e, no momento, Iratã e Cibelle estão trabalhando na análise dos resultados, para a qual as reflexões e ideias do sociólogo da infância, Manuel Sarmento, servirão como pano de fundo.

Irata_Lisboa-2Embora ainda esteja no início da análise, Iratã adianta que ele próprio aprendeu bastante com a experiência. “Essas atividades são muito diferentes de qualquer atividade educacional que participei até o momento. Estar ali, ter que improvisar e deixar as crianças como protagonistas é, de fato, muito diferente e, ao mesmo tempo, muito enriquecedor. E tudo isso pode ser aplicado não somente com crianças da educação infantil, mas também com alunos do ensino fundamental e médio”, afirma. “É algo que tem muito a ver com a formação dos próprios professores. Atividades desse tipo permitem um relacionamento muito mais próximo com prática educacional, e ensina ao professor a se adaptar a diferentes realidades”.

Várias das atividades desenvolvidas podem ser facilmente transpostas para o ensino fundamental e médio, como, por exemplo, a câmara escura, sombras coloridas, e atividades que envolvem as noções de perspectiva e proporcionalidade dos tamanhos das sombras.

Sendo assim, no futuro próximo, Iratã pretende expandir a experiência. Além de já ter o desejo de aplicar atividades similares com crianças de outras idades, ele diz que pretende realizar mais atividades desse tipo com crianças da mesma faixa etária com as quais trabalhou recentemente. “Minha expectativa é, de fato, continuar com pesquisas na área de educação, mas com outros temas. Comecei com o tema da luz, mas com o que vivenciei na Creche qualquer tema pode ser trabalhado considerando o aluno como protagonista. É só uma questão de pensar bem nas atividades, e nos próximos temas que serão trabalhados”, diz. “Nossa ideia foi colocar as crianças em contato com a cultura científica, e pensar em maneiras de introduzi-las nesse universo. Fiquei muito encantado com a educação infantil, e, sinceramente, eu não esperava. É muito gostoso trabalhar com crianças, e será um enorme prazer continuar seguindo dessa forma”, conclui o educador.

Imagens: Crianças durante as atividades ministradas por Iratã (crédito: arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

23 de março de 2017

Uma parceria na excelência acadêmica

A reunião de esforços e a estreita colaboração entre a Escola de Engenharia de Lorena (EEL/USP) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com o imprescindível apoio e envolvimento da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, fez com que se concretizasse neste mês de março a completa remodelação dos laboratórios de física da EEL/USP, um projeto que teve início em maio de 2015 e que compreendeu a concepção e construção de kits didáticos, beneficiando da longa experiência do IFSC no ensino de física experimental.

Este resultado, que irá beneficiar em larga escala alunos e professores da Escola de Engenharia de Lorena, partiu de uma conversa informal entre o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes e o docente da EEL Prof. Dr. Carlos José Todero Peixoto na I Semana de Engenharia Física da EEL em outubro de 2014.

Já no início de 2015 aconteceram diversos diálogos entre o Diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, o Pró-Reitor de Graduação da USP, o Diretor da EEL, Prof. Dr. Antonio Marcos de Aguirra Massola e os docentes da EEL/USP, Prof. Dr. Carlos Todero e o Prof. Dr. Carlos Renato Menegatti, tendo-se transformado o projeto e sua execução em um profícuo modelo de cooperação que poderá ser reproduzido por outras unidades da USP, sendo, inclusive, um exemplo para futuras ações e projetos em outras instâncias de ensino da Universidade.

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A Escola de Engenharia de Lorena (EEL) foi incorporada à Universidade de São Paulo em 2006 e, desde esse ano, um conjunto de reestruturações tem sido implementado em diversos níveis, inclusive nos seus quadros de docentes e funcionários técnico-administrativos, bem como em sua infraestrutura, que, ao longo do tempo vem sendo renovada. Os laboratórios de Ensino de Física da EEL possuíam infraestruturas e equipamentos muito antigos, construídas ainda no tempo da antiga Faculdade de Engenharia Química de Lorena (FAENQUIL/USP) e que nunca sofreram manutenção, tendo-se deteriorado com o passar do tempo devido à falta de investimentos.

Necessitando de renovação emergencial e através dos diálogos acima citados, o lef1-300IFSC, de forma solidária e ativa, e com uma experiência no ensino experimental de física de mais de 30 anos, auxiliou na recuperação dos laboratórios da Unidade de Lorena, começando pela concepção e construção de diversos kits didáticos, apoio esse que foi dado através dos técnicos de laboratório dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) e das Oficinas de nossa Unidade, que ofereceram a reprodução e atualização de vários experimentos e as respectivas apostilas para a realização das práticas que serão agora extremamente úteis para todos os cursos oferecidos pela EEL/USP. A profunda experiência do IFSC e as contribuições dos técnicos dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF/IFSC) na construção dos novos kits contribuirão para que cerca de 350 alunos passem a se beneficiar dos renovados laboratórios.

Os Profs. Carlos José Todero Peixoto e Carlos Renato Menegatti, ambos egressos do IFSC e agora parte do corpo docente da EEL, que se envolveram profundamente neste projeto desde o seu início, enaltecem os esforços intensos que o IFSC desenvolveu para que sua unidade conseguisse reproduzir os kits, além, claro, do consecutivo e imediato apoio do Pró-Reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes, para que fossem disponibilizadas rapidamente as verbas necessárias e não houvesse atrasos nas obras.

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Ao longo dos últimos dois anos, enquanto os responsáveis pela EEL cuidaram de toda a infraestrutura física dos laboratórios, os técnicos do IFSC se empenharam ao máximo na construção dos kits didáticos, conforme explica o Prof. Carlos Todero: “O Diretor do IFSC, Prof. Tito José Bonagamba, passou para nós a coordenação dos técnicos, ou seja, deu-nos total controle dos recursos técnicos do IFSC, algo que foi extremamente importante para poupar tempo e integrar as múltiplas tarefas já programadas. Assim, conseguimos iniciar as obras em simultâneo, colocando cada técnico responsável por um laboratório: Jae Antonio de Castro Filho ficou com o Laboratório de Física-1, Cláudio Boense Bretas ficou responsável pelo Laboratório de Física-2, Antenor Fabbri Petrilli Filho ficou com o laboratório de Física-3 e Ercio Santoni ficou com o Laboratório de Física-4. Foi um trabalho integrado na construção dos kits didáticos no IFSC, porém, com pequenas adaptações e inovações com relação aos componentes eletrônicos de alguns experimentos, o que demonstrou que os técnicos do IFSC têm uma grande experiência em como fazer equipamentos robustos e práticos”.

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“Isso foi também um dos grandes motivos em se ter conseguido reduzir os custos, ao longo do tempo. Os experimentos foram cotados em empresas nacionais e internacionais com estimativas iniciais entre 1,4 e 1,8 milhão de reais. Estes mesmos experimentos foram construídos com o que há de melhor em materiais utilizados a um custo de aproximadamente R$ 300.000,00 reais. ‘Agora sim, estou me sentindo em uma universidade’, foi o comentário que mais ouvimos entre os alunos e podemos perceber que os jovens ficaram também mais interessados, algo que não acontecia anteriormente. Ao receber um material prático e didático as equipes ficam mais estimuladas a participar da aula. Por enquanto, as apostilas serão as do IFSC, mas com o tempo iremos adaptá-las para Lorena. Preciso ressaltar algo importante … você perguntou sobre a melhoria que houve. Uma coisa que nós notamos, de imediato, foi a presença do aluno.

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Antes, tínhamos uma quantidade enorme de faltas, mas agora isso se inverteu, ou seja, o número de faltas diminuiu drasticamente. Você percebia, anteriormente, que um curso experimental com aulas teóricas era bem desanimador para o aluno… Entrar em uma universidade chamada USP, lef_3-250ir a uma aula experimental e ficar apenas ouvindo conceitos e imaginando os experimentos. O professor não tinha o que fazer porque não tinha experimentos e o aluno acabava sendo prejudicado. Agora, toda aula que ele chega ele vai ter um experimento. Ele sabe o que vai aprender e isso estimula bastante o jovem”, comenta o Prof. Carlos Renato Menegatti.

Já no que diz respeito aos docentes, as reações foram interessantes. No começo houve um pouco de receio, mas conforme se foi demonstrando que as aulas ficavam muito mais didáticas, os docentes acabaram interagindo com a ideia, porque tudo se transformou em algo mais prático, dinâmico e interativo. Com esta parceria, a EEL passa agora a dispor dos novos laboratórios, com capacidade para cerca de 30 alunos cada um e dedicados às seguintes áreas, beneficiando de 23 kits para 60 experimentos distintos entre si:

Laboratório de Física-1: Mecânica Básica;

Laboratório de Física-2: Mecânica dos fluídos e ondas mecânicas;

Laboratório de Física-3: Eletromagnetismo;

Laboratório de Física-4: Óptica linear, geométrica e física.

Além do benefício à EEL, o projeto gerou uma extensa documentação de todo o processo de construção dos kits didáticos. Esta documentação foi reunida num “Manual de Construção de Laboratórios de Ensino de Física” de forma a tornar a construção kit_1-500de qualquer kit do IFSC o mais eficiente possível. O intuito deste manual é devolver esta documentação ao IFSC como uma contrapartida de todo o esforço dedicado a EEL e o de facilitar futuras novas construções de kits para outros institutos de ensino que por ventura possam requerer tal colaboração novamente.

Em todo este complexo trabalho, que envolveu esforços do IFSC e da EEL, saliente-se o fato de que técnicos e docentes que se integraram no projeto trabalharam de forma voluntária e gratuita, conforme salienta o Prof. Carlos Todero: “Ninguém recebeu nenhum tipo de apoio pecuniário e o nosso trabalho cotidiano também não foi economizado. Então, nós não demos menos aulas ou menos trabalho administrativo e os técnicos também não tiveram redução de jornada. Os técnicos do IFSC abraçaram o projeto como se fosse deles, levaram isso como se fosse algo pessoal. Eles trabalharam de madrugada, fim de semana, em casa, não se pouparam… Por outro llorena_transporte-350ado, acho de extrema justiça enaltecer aqui também o trabalho extraordinário desenvolvido por tantos outros profissionais do IFSC, como, por exemplo, Sueli Sanchez (LEF/IFSC), Cláudia Tofaneli (Secretária da Diretoria IFSC), Maurício Schiabel (Financeiro/IFSC), os profissionais da Oficina Mecânica, Ademir Morais, Carlos Aparecido Pereira, Gerson Martins Pereira, Carlos Alberto Arruda Camargo, Leandro de Oliveira, Ricardo Henrique Rodrigues e Araldo Luiz Isaías de Moraes, e também o nosso técnico da EEL, Marcelo Matos, que sozinho supervisiona os quatro laboratórios, só para citar alguns. Enfim, um grande trabalho coletivo concluído graças a uma grande parceria”, conclui o docente, que ainda recorda com bastante saudade o dia em que fez sua primeira viagem para São Carlos, na companhia de seu colega Carlos Renato Menagatti.

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Os técnicos dos Laboratórios e Oficina Mecânica do IFSC/USP

A competência dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF’s) do IFSC/USP

Os Laboratórios de Ensino de Física (LEF’s) do Instituto de Física de São Carlos surgiram na década de 1960, tendo sido propostos por um dos pioneiros na criação do IFSC, o Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas, quando a Unidade era um departamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP).

O Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, do Grupo de Física Teórica do IFSC, graduou-se em física em 1973, na primeira turma de alunos do então Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC) – em 1971, o Departamento de Física da EESC se tornara uma unidade uspiana, juntamente com o Instituto de Química de São Carlos. Luiz Nunes recorda que, inicialmente, algumas atividades práticas ocorriam onde hoje se localiza o Auditório “Professor Jorge Caron” (EESC/USP) e era nesse local que, semana após semana, ele e seus colegas aprendiam sobre um tema e uma prática diferentes, mas sempre relacionados com as disciplinas dos dois primeiros anos da graduação. No terceiro ano, com a ampliação do curso de física, criou-se o Laboratório de Estrutura da Matéria (atual Laboratório Avançado), cujas práticas eram demonstradas a partir de antigos materiais que haviam sido usados em pesquisas, ou que existiam em maior quantidade nos laboratórios do IFQSC. “As antigas atividades práticas marcaram o estilo do Laboratório Avançado. Hoje, ele tem práticas mais modernas e uma infraestrutura superior. Mas sua filosofia é a mesma”, comenta o docente do IFSC/USP.

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O Laboratório localizava-se onde hoje estão instalados os Anfiteatros Azul e Verde do IFSC. Tanto esse Laboratório, como os outros oito que compõem os LEF’s/IFSC (Física Geral, Eletricidade, Eletrônica, Óptica, Biologia Geral, Computacional, a Sala do Conhecimento e o Laboratório de Apoio ao Ensino de Física) receberam uma infraestrutura própria na Área I do campus durante a gestão do falecido Prof. Dr. Horácio C. Panepucci, que administrou o IFQSC entre 1986 e 1990 – atualmente, a Área II do campus também está equipada com materiais dos LEF’s.

Durante um curto período, Luiz Nunes coordenou os Laboratórios de Ensino de Física do Instituto. Segundo ele, graças à contínua reformulação dos materiais didáticos dos Laboratórios e à atuação de seus técnicos, hoje os LEF’s são referências diante dos demais laboratórios de ensino de física que Nunes já conheceu, resultando agora, inevitavelmente, na demanda por mais espaços físicos para o desenvolvimento de novas atividades práticas.

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Entrada principal dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) do IFSC/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de março de 2017

IAG celebra incorporação à USP e inaugura laboratórios

Além de celebrar os 70 anos de sua incorporação à Universidade de São Paulo, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) inaugurará na próxima sexta-feira (24), no Auditório IAG do Campus USP São Paulo, o Sistema de Laboratórios Integrados de Instrumentação Científica: Eletrônica, Mecânica e Óptica.

Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), ambas as atividades acontecerão durante todo o período da manhã e incluirão a participação de dois docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), nomeadamente os Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes (Pró-Reitor de Graduação da USP) e Tito José Bonagamba (Diretor do IFSC/USP).

Abaixo, confira a programação:

PARTE I

09h00 – Abertura – Prof. Dr. Laerte Sodré Júnior – Diretor do IAG/USP

09h10 – Prof. Dr. Humberto Ribeiro da Rocha – Presidente da CCEx-IAG

09h20 – Prof. Dr. Marcelo A. Roméro – Pró-Reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP

09h30 – Prof. Dr. Vahan Agopyan – Vice-Reitor da USP (representará o Reitor da USP, Prof. Dr. Marco Antonio Zago)

09h40 – Apresentação do vídeo “Memórias Vivas”, com os Profs. Drs. Igor Ivory Gil Pacca, Sylvio Ferraz Mello e Paulo Marques dos Santos

10h – Intervalo

PARTE II

10h20 – Prof. Dr. Laerte Sodré Júnior – Diretor do IAG/USP

10h30 – Profa. Dra. Cláudia Mendes de Oliveira – Presidente da CPq-IAG

10h40 – Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes – Pró-Reitor de Graduação da USP

10h50 – Prof. Dr. José Eduardo Krieger – Pró-Reitor de Pesquisa da USP

11h00 – Prof. Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz – Diretor Científico da FAPESP

11h10 – Palestra “A Experiência de São Carlos com o Desenvolvimento de Instrumentação” – Prof. Dr. Tito Bonagamba (IFSC/USP)

11h55 – Apresentação “Laboratórios Integrados de Instrumentação” – Denis Andrade (Departamento de Astronomia do IAG/USP)

12h15 – Hino à USP

12h20 – Descerramento de Placa

12h25 – Visita aos laboratórios

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de março de 2017

Estágio de verão atrai alunos da América Latina

Quando esteve no norte do Peru há mais de cinco anos, para participar de um congresso na área de biologia, o Prof. Dr. Richard Garratt conheceu muitos alunos entusiasmados com a carreira científica. Por outro lado, visitou uma instituição de ensino superior que oferecia uma infraestrutura tão limitada, que talvez pudesse prejudicar o interesse de estudantes pela ciência.

AL-1Durante a viagem, ao conversar com um aluno que viria a ser seu doutorando, Richard soube de um programa organizado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP), que oferecia bolsas a alunos interessados em estagiar no local durante dois meses. Nessa época, Richard estava à frente da Comissão de Relações Internacionais (CRInt) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde hoje ocupa o cargo de Vice-Diretor, e o programa de estágio do LNLS, somado à realidade divergente que observara no Peru, o estimulou a propor à direção do Instituto que parte do orçamento da Unidade fosse investida em um programa de estágio semelhante, que oferecesse bolsas a estudantes estrangeiros, principalmente a jovens oriundos de países geograficamente próximos do Brasil, buscando aumentar a popularidade do IFSC entre as instituições de ensino superior e de pesquisa da América Latina e incentivar a participação de alunos latino-americanos na pós-graduação da Unidade.

A proposta de Richard fora aprovada. Os programas de Estágio de Verão do IFSC/USP recebiam uma média de cem inscritos, dos quais cerca de doze eram selecionados para estagiarem na Unidade durante dois meses. Mas, o projeto durou apenas três anos, porque, “durante um período, a USP foi mal gerenciada. Então, hoje, por exemplo, não há mais todo aquele dinheiro”, diz Richard.

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Disposto a dar continuidade ao programa do IFSC, o docente procurou outras fontes de investimento. Lembrou-se de Harren Jhoti, um amigo que, em 1999, juntamente com colegas ingleses, fundou uma empresa de biotecnologia que se dedicava ao desenvolvimento de fármacos e que, cerca de três anos atrás, foi comprada por uma companhia japonesa. Em 2015, quando Jhoti veio ao Brasil para ministrar uma palestra, Richard perguntou-lhe se estaria interessado em investir algum dinheiro no programa, e o amigo disse prontamente que sim, principalmente porque queria estimular a participação de mulheres na ciência.

Curiosamente, algum tempo depois, um norte-americano chamado Daniel Salazar, que atuava na companhia japonesa, mudou-se para o Brasil, para trabalhar em uma empresa da qual o Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP) é consultor. Durante uma confraternização, Glaucius comentou a respeito do programa com Salazar, que por sua vez sentiu o desejo de colaborar com a iniciativa, doando um valor em dinheiro.

A quantia de ambas as doações era suficiente para custear gastos com hospedagens e transportes aéreos de alguns bolsistas. Pensando nisso, Richard decidiu organizar uma nova edição do programa e, em 2016, anunciou a abertura das inscrições do Estágio de Verão do IFSC/USP – 2017, que recebeu aproximadamente quarenta inscrições, sendo que sete candidatos foram selecionados e já estão realizando seus estágios na Unidade.

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Eduardo Luciano Gutierrez, aluno de licenciatura em Química da Universidade Nacional de São Luis (Argentina), foi um dos inscritos que receberam bolsas para esta edição do programa. No Grupo de Cristalografia do IFSC/USP, o Prof. Dr. Javier Ellena tem orientado o estudante de 27 anos, na análise de formas cristalinas de materiais farmacêuticos, com o objetivo de melhorar as propriedades de alguns fármacos.

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Anai Dias Morales, de 23 anos, é aluna de graduação em Engenharia de Biotecnologia Molecular da Universidade do Chile. Seu orientador de Iniciação Científica foi quem a avisou a respeito do estágio. Atualmente, ela está no laboratório do Prof. Dr. Igor Polikarpov, com quem tem tentado descobrir celulases que tenham utilidade industrial. Essas enzimas, retiradas de plantas, são utilizadas no processo de fabricação de materiais, como papel e plástico.

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Aos 23 anos, Anthony Jhoao Fasabi Flores estuda Biologia na Universidade Nacional da Amazônia Peruana. Em duas ocasiões, tentara ingressar no programa de estágio do LNLS, mas não fora selecionado. Ele conheceu Richard há alguns anos em um encontro científico, e, quando solicitou ao docente uma carta de recomendação, para que pudesse se inscrever novamente no citado programa, soube que haveria uma iniciativa semelhante no Instituto. Em 2016, Anthony se inscreveu no estágio, foi aceito, e tem recebido orientação de Garratt, para investigar as cistatinas, proteínas que inibem ações de enzimas que desempenham papéis importantes no desenvolvimento de câncer.

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Pablo Antonio Cea Medina também tem 23 anos e é mestrando em Engenharia de Biotecnologia Molecular, na Universidade do Chile. Sob a orientação do Prof. Glaucius Oliva, tem estudado o ciclo de replicação do vírus Zika. Antes de iniciar o estágio, já conhecia o IFSC, em razão de seus colegas pós-doutorandos que estudaram no Instituto. “Agora estou finalizando o mestrado, mas quero fazer um doutorado. Ainda não sei onde irei desenvolvê-lo, mas o IFSC é uma das minhas opções”.

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Diana Carolina Castaño é graduanda do curso de Biologia da Universidade de Antioquia, na Colômbia. Através do programa do IFSC, a jovem de 24 anos tem estudado mecanismos de defesa de microrganismos que causam infecções hospitalares. “Atualmente, há uma preocupação mundial acerca dessas bactérias, porque elas estão se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos que deveriam combatê-las”, explica ela, que tem estagiado no laboratório da Profa. Dra. Ilana Lopes e demonstrado interesse em desenvolver a pós-graduação no IFSC/USP.

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Com 26 anos, Catherine Mirley Ortega Gomez, da Universidade de Cauca (Colômbia), também tem desenvolvido o estágio no Instituto. “Me inscrevi no programa para complementar meu trabalho de graduação, que envolve estudos com parasitas; e para aprender mais sobre biologia estrutural”, comenta a aluna que, no laboratório do Prof. Otavio Thiemann, tem feito clonagem e mutação de genes relacionados ao trypanossoma brucei, o parasita que causa a doença do sono, uma patologia que pode provocar mudanças de humor ou de comportamento, confusão mental, febre, distúrbios sensoriais e de coordenação, convulsões, bem como alterações no ciclo do sono. Nos animais, o parasita também pode causar uma doença chamada nagana, que ocasiona febre, anemia e inchaço. Uma vez infectados, os animais podem hospedar protozoários capazes de contaminar os seres humanos.

Embora a maioria destes alunos esteja na graduação, todos certamente darão continuidade à carreira acadêmica. E, se depender deles, esta edição do programa já cumpriu algumas de suas principais metas, haja vista que Eduardo, Anai, Anthony, Pablo, Diana e Catherine pretendem desenvolver a pós-graduação na Unidade, ou estimular parcerias entre suas instituições de origem e o IFSC/USP.

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O Prof. Richard e os alunos que receberam bolsas financiadas por Harren Jhoti e Daniel Salazar

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de março de 2017

Análise computacional do proteoma humano

Nesta terça-feira (21), a Profa. Dra. Agnieszka Bronowska, da Escola de Química da Universidade Newcastle (Reino Unido), ministrou a palestra Computational identification of novel binding sites to expand druggable human proteome, que aconteceu na Sala 3 do Bloco D do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sob a organização do Grupo de Biotecnologia Molecular da Unidade.

A docente discorreu a respeito do proteoma* AGNIESZKA_1_250humano e comentou acerca de trabalhos que têm sido desenvolvidos em seu grupo de pesquisa, que realiza, por exemplo, simulações de moléculas e cálculos de química quântica, oferecendo apoio tanto a projetos da citada Escola como do Instituto do Norte para a Pesquisa do Câncer (NICR, na sigla em inglês).

A Dra. Agnieszka é mestre (1994-1998) e doutora (1998-2001) em Química Computacional pela Universidade de Varsóvia (Polônia), sendo atualmente docente de Química Medicinal Computacional da Universidade Newcastle.

*Grupo de substâncias que podem ser encontradas em uma célula submetida a algum tipo de estímulo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de março de 2017

Mulheres na Ciência

Encontram-se abertas até dia 08 de abril as inscrições para o Prêmio ABC – L’Oreal – Unesco / Mulheres na Ciência, um programa, que está completando 12 anos no Brasil e 19 no mundo, tendo como motivação a transformação do panorama da ciência, favorecendo o equilíbrio dos gêneros no cenário brasileiro e global, incentivando a entrada de mulheres no universo científico.

Em cada edição anual realizada no Brasil, são escolhidas sete jovens pesquisadoras de diversas áreas de atuação que são contempladas com uma bolsa-auxílio para ser investida em sua pesquisa. O prêmio já reconheceu 75 cientistas promissoras que receberam impulso extra para dar prosseguimento em seus estudos e incrementar o desenvolvimento da ciência no Brasil.

Os trabalhos são avaliados por uma comissão julgadora formada por renomados profissionais da área da científica.

As candidatas deverão estar desenvolvendo suas atividades nas áreas de física, química, biologia, médica e matemática e terem concluído o doutorado a partir de 01/01/2010.

O prêmio é de R$ 50.000,00 para cada uma das sete ganhadoras.

Para saber mais sobre este prêmio, clique AQUI.

Para se inscrever clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC-USP

21 de março de 2017

Doutorado pleno em França

Encontram-se abertas até dia 10 de abril inscrições para o preenchimento de uma vaga, com duplo vínculo, para doutorado pleno em Óptica, no Institut Fresnel (CRCM), e em Biologia, no Centro de Investigação em Cancerologia de Marselha (Ecole Doctorale 062 Sciences de la Vie et de la Santé) (Ecole Doctorale 352 Physique et Sciences de la Matière), ambas as instituições localizadas na cidade de Marselha, na França.

Este doutorado tem o objetivo de desenvolver novas ferramentas ópticas e biológicas para decifrar a organização de septinas, que são proteínas essenciais do citoesqueleto celular, juntamente com a sua interação com outros filamentos do citoesqueleto actina e microtubulos durante a divisão celular. O tema abordado é altamente interdisciplinar, com a supervisão a cargo das duas instituições e com o apoio da empresa Horiba.

Os candidatos deverão ser das áreas de física ou biofísica, com conhecimentos em óptica (com interesse em biologia) ou biologia (com interesse em óptica experimental). O trabalho envolverá tanto desenvolvimento de instrumentação óptica como preparação de amostras biológicas, sendo que o aluno estará envolvido em diferentes facetas do trabalho, onde tarefas como in vitro/desenvolvimento de amostras de células/imagem experimental e análise de dados serão igualmente importantes. Uma experiência anterior com interdisciplinaridade durante a tese de mestrado é, portanto, muito favorável, em particular envolvendo microscopia óptica.

Os candidatos deverão estar fortemente motivados para a exploração de novas questões em biologia e no desenvolvimento de um instrumento de interesse para a indústria, uma vez que o dispositivo de detecção previsto neste projeto pode levar ao desenvolvimento industrial. Os candidatos trabalharão parte de seu tempo com um colaborador internacional e participarão de várias conferências nacionais e internacionais, devendo, por isso, ser capazes de se integrarem em ambientes internacionais.

Para acessar o edital e/ou os contatos para se candidatar a uma destas vagas, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de março de 2017

Otimizando a aplicação da Terapia Fotodinâmica

A aplicação da Terapia Fotodinâmica (TFD) Imagem_TFD_250poderá ser mais eficaz em tratamentos clínicos não-invasivos ou minimamente invasivos, se depender de um estudo desenvolvido recentemente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). A TFD baseia-se na associação de três componentes: luz (ajustada em determinada frequência), substância fotossensibilizadora e oxigênio. Quando a luz incide na substância fotossensível, esta é estimulada, liberando um oxigênio que combate células tumorais e de microrganismos.

Embora a TFD seja aplicada no tratamento de lesões e doenças, como câncer, e utilizada inclusive para fins cosméticos, há questões acerca de sua funcionalidade que continuam sem solução. Por exemplo: às vezes, um conjunto de células doentes resiste à técnica após ser submetido a algumas sessões da Terapia – em alguns casos, o tratamento de TFD exige mais do que uma sessão de aplicação.

Em seu mestrado, desenvolvido no Grupo de Óptica do IFSC/USP, a pesquisadora Clara Maria Gonçalves de Faria elaborou um “modelo de distribuição limiar de doses de TFD”, ou seja, uma curva que ilustra como as tolerâncias das células se distribuem em um intervalo de doses da luz da Terapia.

Na primeira etapa do trabalho, Clara analisou diversos gráficos de publicações científicas que correspondiam a aplicações da TFD em diferentes tipos de célula, usando seu modelo – a análise foi descrita no artigo Determination of the threshold dose distribution in photodynamic action from in vitro experiments, publicado no Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology, da Elsevier.

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Curva genérica de dose resposta (em preto) e sua respectiva distribuição de limiar de dose (azul). Créditos: autores do citado artigo

Na segunda fase do projeto, ela realizou experimentos in vitro, avaliando parâmetros essenciais para a TFD, a partir da utilização do fotossensibilizador Photogem e das células de fígado saudáveis, resistentes (que foram submetidas a 10 sessões de TFD) e tumorais. Ao testar cada elemento (como, por exemplo, a concentração do fotossensibilizador) sem alterar os demais parâmetros, Clara verificou com mais clareza as condições que permitem que uma determinada aplicação apresente resultados eficazes no tratamento de câncer.

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O intuito de Clara é divulgar os resultados dessa segunda etapa em novo artigo científico, que poderá ser publicado em breve. Contudo, adianta que a conclusão do projeto comprova a possibilidade de seu método ser utilizado na investigação de casos de resistência e variabilidade de resultados em aplicações de TFD, podendo estabelecer protocolos de aplicações clínicas mais eficazes.

A pesquisa foi orientada pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP) e realizada através do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP).

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de março de 2017

Levantamento das competências científicas

Uma plataforma de dados que poderá ser consultada, por exemplo, por empresários dispostos a abrir novos negócios, com informações sobre onde existe capacidade estabelecida para apoiar seus desafios.

Esta é apenas uma das funções do denominado Mapa da Ciência de São Paulo, lançado em fevereiro último pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), consubstanciado em um levantamento sobre as competências científicas presentes em cada uma das 15 regiões administrativas do território paulista.

Esta matéria foi um dos destaques da edição de março da “Pesquisa FAPESP”, que pode ser lida clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de março de 2017

Inscrições abertas para programa de trainee

IFSC_JrA IFSC Jr., empresa formada e administrada por alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), está com inscrições abertas para seu programa de trainee. Os interessados em participar do processo deverão realizar sua inscrição on-line (clique aqui para se inscrever).

O processo seletivo é realizado pelo menos uma vez ao ano, sendo que os participantes, após a inscrição, participarão de uma dinâmica de grupo e de uma entrevista individual. Os aprovados no processo passam por um período de dois meses de treinamento, antes de serem efetivados na IFSC Jr.

Sobre a empresa

A IFSC Jr. é formada por alunos de todos os cursos de graduação oferecidos no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tornando-a, assim com o próprio Instituto, interdisciplinar.

O principal objetivo da empresa é oferecer serviços de consultoria e desenvolvimento de projetos a pequenas, médias e grandes empresas, auxiliando-as em seu desenvolvimento, e identificando e solucionando suas necessidades.

Para mais informações sobre a IFSC Jr., acesse o site oficial da empresa, através do endereço eletrônico http://www.ifscjr.ifsc.usp.br/

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

20 de março de 2017

Palestra: Os desafios e a realidade da indústria brasileira

O Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) recebe hoje (20/03), a partir das 19 horas, o presidente do Conselho da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), Pedro Wongtschowski, que apresentará a palestra intitulada Desafios e realidade da indústria brasileira.

Na sua apresentação, o palestrante abordará os desafios e oportunidades para a indústria brasileira com base na atual situação socioeconômica e política do Brasil e do mundo, tendo como base sua experiência como ex-CEO e atual conselheiro do Grupo Ultra e membro de diversos conselhos como do CNPEM, FAPESP e EMBRAER.

A presença de Wongtschowski nesta palestra surge a partir do convite formulado pelo Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCin), sendo que o evento se integra em um conjunto de atividades promovido pela EESCuderia Mileage e pelo Capitalismo Consciente Universidades, que visa introduzir uma perspectiva de novas formas de pensamento, focando nos valores e propósitos defendidos por esses grupos.

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados.

Para fazer a inscrição no evento, clique AQUI.

Para obter mais informações sobre a palestra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de março de 2017

Plataforma criada por alunas do IFSC concorre a prêmio internacional

Saber lidar com o tempo no vestibular é um problema para muitos estudantes. Cientes desse fato, Carolina Campos e Laís Brazaca, doutorandas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e os estudantes de graduação do curso de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Kayo Adonnay, Rafael Lima e Isabella Beninca, resolveram criar uma plataforma para trazer uma solução ao problema.

FastibularBatizado como Fastibular, o projeto encabeçado pelos alunos visa à criação de uma plataforma que trará diversas provas de vestibulares como da FUVEST e do ENEM para os alunos resolverem. Ao terminar o simulado, os alunos receberão uma avaliação, na qual constará o desempenho de tempo em cada uma das disciplinas. “Damos um feedback que traz, entre outras coisas, quanto tempo eles demoraram para fazer cada questão, cada disciplina, além de darmos dicas de como eles poderão melhorar e sobretudo lidar com o tempo para resolução das questões”, explica Carolina.

A ideia dos alunos de trazer um retorno focado no tempo, e não nos conhecimentos dos alunos, é o diferencial do Fastibular. “Ao pesquisarmos plataformas desse tipo, ou seja, voltadas ao vestibular, percebemos que todas elas são focadas em dar um retorno ao aluno em relação aos conhecimentos dos mesmos, e não ao tempo que eles levam para fazer as provas”, conta Laís. “Mesmo os chamados coaches, que são pessoas contratadas para auxiliar no planejamento de estudo dos vestibulandos, não trabalham com esse foco”.

Por ora, o retorno aos alunos é feito manualmente, mas Carolina diz que um dos próximos passos do projeto é criar um algoritmo que dê esse retorno automaticamente. Ela comenta que o grupo está em busca de alunos com experiência em programação para desenvolver a plataforma online (clique aqui para saber mais ). “Também estamos trabalhando com uma possibilidade que identifica sentimentos do aluno, como nervosismo, angústia etc., para trazer uma resposta ainda mais completa aos usuários”.

Embora a plataforma ainda não tenha sido disponibilizada ao público, Carolina diz que o retorno de cursinhos pré-vestibulares já foi positivo. “Nossos clientes serão os cursinhos, enquanto os alunos serão os usuários. Apresentamos a ideia a diversos alunos de cursinhos da cidade, e todos afirmaram que utilizariam a plataforma”, diz. “Queremos apresentar o produto em um preço acessível, para que a plataforma seja utilizada por todos eles”.

Ideia premiada

Carol_e_Lhais-_FastibularO Fastibular foi apresentado na competição Sua Ideia Na Prática (SINP) e foi um dos ganhadores da etapa regional da competição. Em janeiro deste ano, o projeto foi novamente apresentado, e mais uma vez foi vencedor. Com essa vitória, o time foi selecionado para entrar nas quartas de final da competição International Business Model Competition (IBMC) que ocorrerá nos Estados Unidos em maio deste ano. “O SINP é a ‘porta de entrada’ para esta competição mundial, e por ter participado dela, fomos direcionados à etapa internacional. Ao entrar na IBMC ganhamos US$ 2 mil, e usaremos esse dinheiro para ir competir nos EUA”, comemora Laís.

Já estando nas quartas de final do IBMC, Laís e Carolina estão empolgadas, mas ao mesmo tempo cientes de que competirão com outros projetos relevantes. “A plataforma ainda não foi completamente desenvolvida, pois ainda estamos na fase de validação e testes. Não teremos a plataforma completa até maio, mas a base dela poderá ser apresentada, e estará muito bem consolidada”.

Laís afirma que, mesmo que o projeto ainda não tenha sido concluído, o aprendizado já foi grande, especialmente no que se refere à parte do empreendedorismo. Em relação às expectativas para a etapa mundial, ela afirma que a equipe do Fastibular tem se esforçado bastante para ter chance de ganhar o prêmio. Se depender da torcida do IFSC, a vitória dos alunos é só uma questão de… tempo.

Imagem: Carolina (à esq.) e Laís

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

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