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21 de março de 2022

Prêmio USP “Trajetória pela Inovação” – Edição 2021 – Docentes do IFSC/USP laureados

A Universidade de São Paulo (USP) divulgou no passado dia 17 de março a relação dos laureados da edição de 2021 do “Prêmio USP Trajetória pela Inovação”.

A premiação, criada pela Resolução USP no 7.184/2016, tem como objetivo reconhecer e valorizar as ações dos docentes da Universidade que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do país.

A terceira edição do prêmio registrou 29 indicações de docentes ativos/aposentados e 15 docentes “in memoriam”, encaminhadas pelo conjunto de Unidades, Museus e Institutos Especializados. O Conselho de Pesquisa, em sua 168ª sessão, de 15 de dezembro de 2021, aprovou as indicações de cinco homenageáveis. Na sequência, a decisão final do homenageável in memoriam, proposto pela Comissão Coordenadora, foi proferida pelo Magnífico Reitor da USP.

A Reitoria da USP, a Pró-Reitoria de Pesquisa e a Agência USP de Inovação parabenizam o conjunto dos laureados e informam que a solenidade de entrega da premiação será oportunamente informada.

Laureados:

*Prof. Dr. Antonio Adilton Oliveira Carneiro – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP)

*Profa. Dra. Akemi Ino – Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU)

*Profa. Dra. Daniela Prócida Raggio – Faculdade de Odontologia (FO)

*Prof. Dr. Jarbas Caiado de Castro Neto – Instituto de Física de São Carlos (IFSC)

*Profa. Dra. Maria Rita dos Santos e Passos Bueno – Instituto de Biociências (IB)

*Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas de Oliveira, in memoriam – Instituto de Estudos Avançados (IEA)

Profs. Jarbas Caiado Castro Neto e Sérgio Mascarenhas (in memoriam)

Segue abaixo mais informações sobre a trajetória dos laureados do IFSC/USP:

Prof. Dr. Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC/USP)

Nucleou a criação de um grupo de Ótica de Precisão na USP, único no pais na época, que gerou no curso dos anos mais de 10 empresas tecnológicas inovadoras, e cujos equipamentos oftalmológicos desenvolvidos já possibilitaram benefícios para a saúde de um milhão de brasileiros. Além disto, tem patentes registradas no INPI e participou de outras iniciativas, como a de aplicação de ótica na agricultura e o desenvolvimento de uma câmera de satélite que propiciou ao INPE uma qualidade superior de imagens da terra.

Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas de Oliveira, in memoriam (IFSC/USP – IEA)

Durante sua longa carreira de notável reconhecimento nacional e internacional, desenvolveu relevantes inovações tecnológicas, várias patenteadas, dentre as quais um equipamento não invasivo para monitoramento da pressão intracraniana. Foi um dos criadores do antigo Instituto de Física e Química de São Carlos – IFQSC, que depois deu origem ao Instituto de Física de São Carlos – IFSC e ao Instituto de Química de São Carlos – IQSC, além de ter sido um impulsionador da criação da Embrapa Instrumentação e peça chave, em conjunto com a Câmara Federal, para formulação e início das atividades da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Participou da formação de destacados pesquisadores brasileiros e estrangeiros e recebeu várias premiações, destacando-se: CAPES; SBPC; Yamada Foundation, Japão; Physical Society, USA; Fulbright Foundation, USA, dentre outras.

(Com informações da Agência USP de Inovação (AUSPIN) e Assessoria de Comunicação do Portal USP São Carlos)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

20 de março de 2022

Astrofísica brasileira e ex-aluna do IFSC/USP lidera primeira simulação de um buraco negro com uso de Inteligência Artificial

Buraco negro – Encyclopedia Britannica

Uso pioneiro de métodos computacionais automatizados para simular buracos negros acelera as pesquisas sobre o fenômeno e é fundamental devido à alta complexidade dos dados astronômicos

Pela primeira vez na história, o comportamento de um buraco negro foi simulado com o uso de Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina. Os cálculos envolvidos no fenômeno astronômico foram realizados de maneira automatizada e programada, um grande avanço para o estudo dos buracos negros e que possibilita novas descobertas em diversas áreas da ciência.

O feito inédito é o resultado da dissertação de mestrado de Roberta Duarte Pereira, formada em Física pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e atualmente doutoranda no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, sob orientação de Rodrigo Nemmen. O projeto, desenvolvido desde 2018, resultou em um artigo sobre o tema, aceito para publicação na revista científica “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”, uma das mais reconhecidas na área da astronomia.

A pesquisadora explica ao Jornal da USP que o estudo dos buracos negros demanda cálculos extremamente complexos e envolve uma quantidade gigantesca de dados para serem processados, a exemplo da união de esforços internacionais que permitiu a realização da primeira imagem de um buraco negro em 2019.

Além disso, não há capacidade humana de processamento que consiga resolver equações tão complexas como aquelas dos fenômenos astronômicos em questão. “Para compreender os buracos negros, é preciso usar simulações computadorizadas de cálculos numéricos muito avançados, que geralmente envolvem os parâmetros de densidade, pressão e velocidade para cada ponto de análise”, explica Roberta Duarte.

Segundo a astrônoma, a cada adição de complexidade nos dados inseridos nos programas computacionais, como melhor qualidade de imagem e campo magnético do astro, o tempo necessário para a resolução dos cálculos aumenta consideravelmente, o que pode atrasar as pesquisas ou até mesmo inviabilizar o estudo — a chamada barreira computacional ou tecnológica.

“É necessário um novo método para acelerar esse tipo de simulação, e o aprendizado de máquina, uma das técnicas de Inteligência Artificial, mostrava bons indícios de uma possível aplicação na área”, diz a especialista.

De início, ela testou o modelo com uma simulação simples de um buraco negro e, aos poucos, acrescentou dados mais complexos. O êxito foi tão grande que levou a pesquisadora a ousar algo ainda mais ambicioso: usar a Inteligência Artificial para calcular um buraco negro totalmente desconhecido para a máquina.

E o resultado foi positivo. “É um grande passo para mostrar que essas técnicas conseguem simular eventos inéditos e otimizar o estudos desses astros”, comenta. Foi a primeira vez na história em que um buraco negro foi simulado com o uso de Inteligência Artificial.

A arquitetura digital escolhida para as simulações foi a chamada U-Net, inicialmente desenvolvida para exames neurológicos de imagem. Como esclarece a pesquisadora, esse tipo de programação conecta a entrada e a saída de cada um dos dados inseridos, compatível com a necessidade de que cada informação sobre o buraco negro interfira nas demais.

Durante a simulação no IAG, o sistema enfrentou alguns erros na modelagem do astro, pois, como se trata da previsão de eventos, as falhas se somam umas às outras. Roberta Duarte explica que era esperado que o erro crescesse linearmente, mas o crescimento real se deu de forma exponencial, devido à quantidade de dados. “Mas logo o programa aprendeu a lidar com a taxa do erro e conseguiu controlar as falhas”, comenta a pesquisadora.

Infográfico por Adrielly Kilryann/Jornal da USP

Um avanço leva a outro: aplicações da descoberta

A prova de que é possível simular objetos tão complexos e desafiadores como os buracos negros com Inteligência Artificial é importante por diversos motivos, mas há dois aspectos fundamentais para medir a relevância da descoberta.

O primeiro deles se refere à astrofísica. Roberta Duarte explica que a barreira tecnológica para a compreensão dos buracos negros ocorre no mundo inteiro, não apenas no Brasil. “Ainda há muitas coisas sobre esses astros que nós desconhecemos, pois não há poder computacional para simular ambientes mais complexos usando os métodos tradicionais. Então, introduzir uma nova forma de realizar essas pesquisas é fundamental.”

A especialista também menciona a necessidade de absorver a enorme quantidade de dados obtidos por novos equipamentos, como o telescópio James Webb recém-lançado pela Nasa, e destaca que o processamento dessas informações poderia ser agilizado e otimizado com o uso do aprendizado de máquina.

E o outro aspecto é o da Inteligência Artificial. A pesquisadora comenta que, uma vez provada a possibilidade de usar esse tipo de tecnologia em objetos extremos como os buracos negros, é possível encontrar os limites da própria IA. “Ao testar a Inteligência Artificial além do que seria esperado, podemos reconhecer onde ela precisa ser melhorada e como repensar alguns procedimentos.”

E como essa descoberta da astronomia impacta a vida cotidiana e a produção científica em outras áreas?

Roberta Duarte Pereira – Página pessoal Twitter

Roberta Duarte explica que a teoria da relatividade geral, usada na simulação dos buracos negros, está presente em diversas partes da nossa vida. “O GPS, por exemplo, é influenciado pelo campo gravitacional da Terra e sofre correções relativísticas, o que permite que ele saiba se você está em São Paulo ou no meio do Oceano Pacífico.” Ela acrescenta que a melhor forma de comprovar o funcionamento da relatividade é experimentando-a em uma situação extrema, como os buracos negros.

“Na área da Inteligência Artificial e do aprendizado de máquina, vemos que muitas tecnologias são reutilizadas e reaproveitadas para novas descobertas, como a arquitetura de programação que foi inicialmente desenhada para analisar cérebros e acabou sendo utilizada por nós em um estudo de astronomia. Um avanço é útil para outro e isso abre portas para novos usos dessa tecnologia.”

Além disso, segundo ela, há muita resistência ao uso de Inteligência Artificial na astrofísica, e a comprovação de sua viabilidade deve preparar o terreno para futuras descobertas. “Conseguimos plantar a semente de que IA aplicada tem seu valor, não basta se resumir na teoria e na formulação de algoritmos para entender os fenômenos do mundo real.”

Atualmente no doutorado, a pesquisadora está testando o modelo com dados mais complexos para verificar como o programa se comporta diante dessa situação. “Fico muito feliz que meu estudo tenha sido o primeiro com o uso de IA, espero que mais cientistas trabalhem na área da simulação e reconheçam que é possível unir a Inteligência Artificial e a astrofísica.”

O artigo “Black Hole Weather Forecasting with Deep Learning: A Pilot Study” (VER AQUI) tem autoria de Roberta Duarte, Rodrigo Nemmen, João Paulo Navarro.

(Texto de Gabriel Gama / Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de março de 2022

No IFSC/USP – Estudantes homenageiam professores

E o “Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas”, do IFSC/USP, começa a recuperar aos poucos o seu lugar de destaque como espaço nobre para a realização de eventos científicos e acadêmicos, após dois anos de uma inatividade decorrente da pandemia. Embora atualmente ainda pautado por uma lotação limitada, o certo é que este espaço recomeça a respirar o tradicional “aroma” que caracteriza o encontro presencial entre alunos e professores, algo que as obrigações remotas não podem substituir. E, se o “Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas” se vestiu de gala para receber os Calouros do IFSC/USP durante a recepção ocorrida na tarde do dia 14 de março, presidida pelo Diretor da Unidade, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, e pela Vice-Diretora, Profª Ana Paula Ullian Araujo, o certo é que o período da noite desse mesmo dia teve um brilho muito especial, com a retomada da cerimônia de entrega do “Prêmio Paulo Freire”, a cargo dos alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas (SACEX), e “Prêmio Horacio Panepucci”, sob a responsabilidade dos alunos dos cursos de bacharelado em Física, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares (CEFISC). Foi um momento em que os alunos do IFSC/USP homenagearam seus Mestres, após dois anos de interrupção, uma cerimônia carregada de uma emoção marcada pelo fato de se poder dar e receber… Aquele abraço…

Mas, vamos então falar dos premiados, começando por aqueles que conquistaram o “Prêmio Paulo Freire:

Profª Adriana do Carmo Bellotti (ICMC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos dos cursos de 2018 e 2019;

Profª Ana Paula Ullian Araujo (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do curso de 2020;

Prof. Otavio Henrique Thiemann (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do curso de 2021:

 

No que diz respeito ao “Prêmio Horacio Panepucci”, os homenageados foram:

Prof. Diogo Oliveira Soares Pinto (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física – Ano 2018;

Prof. Diogo Oliveira Soares Pinto (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física Computacional – Ano 2018;

Prof. Luiz Nunes de Oliveira (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares – Ano 2018;

Prof. Leonardo Paulo Maia (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física – Ano 2019;

Prof. Tiago Alexandre Salgueiro Pardo (ICMC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física Computacional – Ano 2019;

Profª Fernanda Canduri (IQSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares – Ano 2019;

Prof. Paulo Barbeitas Miranda (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física – Ano 2020;

Prof. Paulo Barbeitas Miranda (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física Computacional – Ano 2020;

Profª Ana Paula Ullian Arfaujo (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares – Ano 2020;

Prof. Frederico Borges de Brito (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física – Ano 2021;

Prof. Jarbas Caiado Castro Neto (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Física Computacional – Ano 2021;

Prof. João Renato Carvalho Muniz (IFSC/USP) – Prêmio entregue pelos alunos do Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares – Ano 2021;

Para conferir o vídeo relativo a este evento, clique na imagem abaixo.

(Imagens: Ricardo Rehder/Assessoria de Comunicação – IFSC/USP)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de março de 2022

IFSC/USP recepciona seus calouros

“Sejam bem-vindos ao IFSC/USP, uma Unidade com reputação nacional e internacional”

E, finalmente, chegou o dia 14 de março de 2022, data que assinala o início da XXIV Semana de Recepção aos Calouros do Campus USP de São Carlos, evento que se prolongará até o próximo dia 18. Não é errado falar que todos – alunos, familiares, professores e servidores – estavam ansiosos pela chegada desta data, mas também não é menos verdade que atrelada a esse entusiasmo estava – e está – uma enorme expectativa, já que os dois anos anteriores foram estranhos, fora do que era habitual acontecer, tensos e bastante complicados para todos. Devido à pandemia, os eventos presenciais foram substituídos pelos virtuais (incluindo aulas), numa brusca transição que todos tiveram que se adequar. Foram dois anos de inúmeras dificuldades e, agora, com a tendência de se tentar voltar à normalidade de outros tempos e que de alguma forma foi esquecida devido às condições extremas pelas quais todos passaram, dá a sensação de existirem pequenos bloqueios individuais: uma espécie de “ressaca” que atinge a todos. Contudo, a USP está aí, provando que sobreviveu incólume a uma verdadeira hecatombe sanitária, principalmente graças ao empenho, coragem e resiliência de seus dirigentes, professores, alunos e servidores, e novamente pronta para desbravar e avançar nos caminhos que foram temporariamente condicionados.

Neste dia 14 de março, coube ao Reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, emitir, através de um vídeo, uma mensagem de boas-vindas a todos os calouros, palavras que foram partilhadas pela Vice-Reitora da Universidade, Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda e pelo Pró-Reitor de Graduação, Prof. Aluísio Augusto Cotrim Segurado. Ao salientar que a Universidade de São Paulo foi bastante ativa durante a pandemia, tendo contribuído de forma significativa no combate à mesma, o Reitor da USP enfatizou que os novos ingressantes “estão entrando naquela que é considerada a melhor universidade da Ibero-América, que valoriza a excelência do ensino, da aprendizagem, da pesquisa e extensão. Aproveitem todas as oportunidades, vivam a riqueza da vida acadêmica”.

Para assistir à mensagem do Reitor da USP, clique na imagem abaixo.

IFSC/USP recepciona seus calouros

Profª Tereza Mendes

Como aconteceu em outras Unidades da USP, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) também promoveu a sua própria cerimônia de acolhimento aos seus calouros, de forma presencial (com controle do número de participantes) no “Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas” e através de seu Canal Youtube. Nessa cerimônia, estiveram presentes o Diretor e a Vice-Diretora do IFSC/USP, Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ullian Araújo, bem como a Presidente da Comissão de Graduação, Profª Tereza Cristina Rocha Mendes, e a Coordenadora do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, Profª Cibelle Celestino Silva.

Profª Cibelle Silva

Para a Profª Tereza Mendes, o seu principal sentimento, naquele momento, foi de extrema felicidade em poder dar as boas-vindas, de forma presencial, a todos quantos escolheram a área da Física para singrar seus caminhos profissionais “A melhor atitude que um jovem pode ter é escolher o caminho do conhecimento, da sabedoria, para ocupar e defender seu lugar no mundo. Aproveitem tudo o que a USP tem para oferecer, mesmo num período complicado como o que vivemos atualmente, com guerra e pandemia”, sublinhou.

Profª Ana Paula Ullian Araújo

De igual forma, a Profª Cibelle Celestino Silva exprimiu toda a sua felicidade ao poder conversar com os alunos de forma presencial, “olho no olho”. “Uma extrema alegria voltar a receber os alunos de forma presencial, embora tenhamos que adotar todos os cuidados e todos os protocolos que se impõem neste período difícil. Sua presença é o que dá sentido à Universidade, embora a USP não tenha parado um minuto sequer”.

“Voltei à vida!”. Foram estas as primeiras palavras da Vice-Diretora do IFSC/USP, Profª Ana Paula Ullian Araújo, dirigindo-se a todos os alunos. “A Universidade sem alunos, não existe. Existem dois momentos importantes na vida de um estudante e que ficam marcados para toda a sua vida. O primeiro é quando ingressa na Universidade e o segundo é a sua formatura. Um período de tempo que, entre esses dois momentos, passa muito rápido. Então, vocês têm que viver intensamente esse tempo”.

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Finalmente, as palavras do Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, foram não só de boas-vindas, mas também para explicar um pouco da história da criação do Instituto, tendo começado por sublinhar que o IFSC/USP é uma Unidade da Universidade de São Paulo com uma reputação nacional e internacional. “Talvez seja o melhor lugar para você estudar física no Brasil, pois é um Instituto que está conectado com outras áreas do conhecimento e com os grandes desafios que se colocam para resolver os problemas da sociedade”, sublinhou o docente, tendo enfatizado, igualmente, as elevadas contribuições dos pioneiros da Unidade – Profs. Sérgio Mascarenhas e Yvonne Primerano Mascarenhas -, cientistas que impulsionaram as pesquisas que atualmente são desenvolvidas na cidade de São Carlos e no país.

Para conferir o vídeo destas apresentações, clique na imagem abaixo.

(Imagens: Ricardo Rehder)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação IFSC/USP

 

 

14 de março de 2022

Concurso Livre-Docência: Prof. Dr. Alessandro Silva Nascimento – Resultado do Concurso – Quadro de Notas

Comunicamos que as provas do concurso para obtenção do título de livre-docente no qual se encontra inscrito o Prof. Dr. Alessandro Silva Nascimento, terá início no dia 14 de março de 2022, às 8h30, de forma remota.

Informações do concurso estão disponibilizadas abaixo:

Agenda dos trabalhos

Ponto Sorteado para a Prova Escrita

Ponto Sorteado para Prova Didática

Resultado do Concurso – Quadro de Notas

14 de março de 2022

Combatendo as dores provocadas por artrite psoriásica

Tratamento sistêmico

Você já ouviu falar de “artrite psoriásica”?

Muito bem, caso não tenha ouvido falar, a artrite psoriásica (APs) é uma forma de artrite que afeta pessoas que possuem psoríase. A psoríase caracteriza-se pelo aparecimento de lesões avermelhadas, escamosas, que acometem principalmente joelhos, cotovelos e couro cabeludo, sendo que a grande maioria das pessoas desenvolve psoríase primeiro e depois a artrite. Segundo uma importante cartilha divulgada pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (VER AQUI), entre 5% e 40% das pessoas que tem psoríase podem apresentar dores e inflamação nas articulações, desenvolvendo assim um quadro de artrite psoriásica.

Dentro desta realidade, pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Clínica MultFISIO Brazil, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Hagler Institute for Advanced Study (Universidade A&M do Texas Texas -EUA), iniciaram, recentemente, uma pesquisa que visa proporcionar um novo tratamento para a diminuição das dores provocadas pela artrite psoriática através da utilização de ultrassom e laser, explorando assim a versatilidade apresentada pelo equipamento desenvolvido no IFSC/USP e que tem aberto sucessivas portas para novos e inovadores tratamentos fisioterápicos.

Psoríase localizada no cotovelo

O Dr. Antonio Eduardo de Aquino Júnior, um dos autores da pesquisa publicada neste mês de março no “Journal of Novel Physiotherapies”, relata o estudo sobre o novo tratamento aplicado a uma paciente com 51 anos de idade, residente na cidade de São Carlos, portadora de psoríase há 16 anos e que entre 2018 e 2019 começou a manifestar um quadro (diagnosticado) de artrite psoriásica.

“A psoríase é uma doença que tem, também, uma relação direta e muito próxima com o foro emocional das pessoas, sendo que a possibilidade de um paciente manifestar um quadro de artrite psoriásica ronda entre os 30% e os 40%. A doença já tem na sua essência uma condição inflamatória (crônica) e que não fica localizada. Ao longo do tempo são formadas citocinas inflamatórias – marcadores inflamatórios – que podem provocar outro quadro inflamatório nas articulações, o que provoca as mesmas características de dores, que são muito semelhantes às da  artrite reumatoide”, salienta o pesquisador. A paciente, que se disponibilizou para realizar esta pesquisa, apresentava, além desse quadro, um outro caracterizado por fibromialgia: tudo somado, seu estado comprometia o equilíbrio emocional, principalmente manifestado por depressão, ansiedade e insônias, embora estivesse amplamente medicada.

Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior

Com dores generalizadas pelo corpo, a paciente foi submetida a 14 sessões de tratamento – conforme está relatado no artigo científico publicado – tendo os pesquisadores conseguido reduzir em 75% as dores causadas pela artrite psoriásica e em 60% as dores provocadas pela fibromialgia. Em termos de dores generalizadas no corpo e na restauração da qualidade de vida da paciente, foram registradas melhoras em 60%. O pesquisador comemora, dizendo que “Conseguimos um ganho imenso. A paciente, que é artesã, voltou a trabalhar sem sentir a intensidade das dores que anteriormente sentia nas mãos e em todo o corpo, tendo recuperado muito de sua qualidade de vida”. Para o Dr. Antonio de Aquino Junior, esta pesquisa indica que o tratamento poderá ser igualmente utilizado em casos de dores provocadas pela artrite reumatoide, mas sempre mantendo os medicamentos prescritos pelos médicos. Estudos já estão sendo desenvolvidos nesse sentido. A paciente relatada nesta matéria continua a ser acompanhada pelos pesquisadores do IFSC/USP através de sessões periódicas, no sentido de se poder observar a evolução da recuperação de sua qualidade de vida e a diminuição das dores.

Este tratamento, executado de forma sistêmica na palma das mãos e na planta dos pés, representa uma evolução significativa comparativamente aos que foram realizados anteriormente em 2018.

Os pesquisadores envolvidos neste projeto, foram: Ana Carolina Negraes Canelada; Vanessa Garcia; Tiago Zuccolotto Rodrigues; Viviane Beocca de Souza; Vitor Hugo Panhóca; Antonio Eduardo de Aquino Junior; e Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (Coordenador).

Para conferir o artigo publicado, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2022

Doutorando do IFSC/USP em programa da Universidade de Oxford

Universidade de Oxford

Um ano entre os melhores no Wellcome Center for Integrative Neuroimaging (WIN)

O doutorando em Física Computacional do IFSC/USP, Gustavo Solcia (24), foi aceito no prestigiado programa “Wellcome Center for Integrative Neuroimaging Global Scholars (WINGS)”, que é parte integrante das iniciativas acadêmicas e científicas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, onde irá conviver, durante um ano, com os principais pesquisadores e pós-doutorandos internacionais da área de neuroimagem. Trata-se de um programa voltado a alunos que estudam e residem fora do Reino Unido e que tenham capacidade para desenvolver trabalhos científicos em colaboração com cientistas locais.

O WIN, estabelecido em 2017, tem como objetivo primário unir as áreas de pesquisas laboratoriais em neurociência com a área da saúde. Esta “ponte” estabelecida entre as duas áreas tem como foco a realização de trabalhos em neuroimagem entre espécies animais e seres humanos, seus relacionamentos entre escalas, pesquisas de dados populacionais, marcadores clínicos e neuroimagem-aberta, tudo para que se possam obter dados comparativos para análise. Desta forma, Gustavo Solcia, que foi selecionado e aceito entre centenas de candidatos de excelência no Hemisfério Sul, realizará pesquisas em sua área de conhecimento, bem como o treinamento em física e análise de ressonância magnética, interagindo com pesquisadores do WIN e participando de eventos científicos e de desenvolvimento de carreira.

Gustavo é “filho” do IFSC/USP, com Bacharelado em Física e Mestrado em Física Aplicada. Orientado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Fernando Fernandes Paiva, o agora doutorando encarou este desafio como uma oportunidade para ir mais longe nos seus estudos, mesmo sabendo que a seleção seria muito rígida, onde só melhores têm oportunidade de passar. “Eu sabia que iria ser muito difícil e confesso que o que mais me preocupou foi a segunda fase do processo seletivo, já que a primeira fase era a apresentação do projeto e o currículo. A segunda fase foi tensa, quando eu tive a oportunidade de explicar oralmente, de forma remota, todo o meu projeto, relacionado com simulação de dinâmica de fluidos computacional, baseada em imagem de ressonância magnética, e cujo foco é o estudo do fluxo sanguíneo em artérias cerebrais. Resumidamente, este estudo é para se poder entender como o fluxo sanguíneo atua em diversas anatomias e serve, essencialmente, para no futuro dar uma informação precisa ao médico de como atuar numa cirurgia. Os examinadores gostaram muito e fui selecionado. Foram aprovados cinco alunos do Hemisfério Sul e apenas dois da América do Sul – eu e uma estudante argentina”, pontua Gustavo, que já começou essa “caminhada” de um ano para desenvolver sua carreira, aprofundar seus conhecimentos, fazer pesquisa de ponta e mergulhar na escrita científica, já que todos os pesquisadores envolvidos neste programa têm como principal meta incentivar os alunos selecionados a se tornarem líderes científicos em seus respectivos países de origem.

“Esta é uma oportunidade que tenho para contatar de perto com os principais neurocientistas do mundo e esta participação irá abrir portas para que eu interaja com médicos e técnicos de renome internacional, e possa atuar em qualquer parte do mundo. Muito trabalho pelo período de um ano, para, no fim desse período, apresentar um seminário final. Vai ser muito legal!”, conclui Gustavo Solcia.

Por último, saliente-se que o WIN tem uma comunidade constituída por cerca de 250 membros – entre pesquisadores, estudantes e funcionários – que trabalham num esforço conjunto para dar suporte de alta relevância e excelência aos alunos participantes do programa, nas áreas de radiografia, física, TI e suporte administrativo. O WIN incorpora as principais instalações do Oxford Center for Functional MRI of the Brain, Oxford Center for Human Brain Activity (OHBA, Department of Psychiatry) e as instalações pré-clínicas na University Science Area.

Gustavo Solcia é, assim, mais um motivo de orgulho para o IFSC/USP.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2022

Atualização da produção científica do IFSC/USP em fevereiro de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  fevereiro de 2022 clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Chemical Engineering Journal” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2022

Pela sexta vez: Docente do IFSC/USP recebe certificado de excelência conferido por alunos

Pelo sexto semestre consecutivo, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, recebeu do(a)s aluno(a)s ingressantes do Curso de Engenharia de Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) o “Certificado de Excelência” por ministrar a disciplina “Laboratório de Física Geral II”.

Em sua postagem nas redes sociais, o docente expressou seus agradecimentos, tendo comentado o seguinte: “Alcançar, pelo sexto semestre consecutivo, uma boa avaliação das Alunas e dos Alunos ingressantes do Curso de Engenharia Aeronáutica da EESC/USP é uma expressiva honraria para um docente da Universidade que exerce múltiplas tarefas, incluindo Pesquisa, Extensão e Gestão, preservando as fundamentais atividades de Ensino, tanto de forma presencial quanto à distância. Agradeço a dedicação das Alunas e dos Alunos, bem como o apoio da Equipe de Funcionária(o)s, Monitora(e)s e Docentes que me auxiliou a oferecer a disciplina. Congratulo também os esforços da Secretaria Acadêmica da Engenharia Aeronáutica (SAAERO), órgão de representação estudantil, dedicados à necessária avaliação do corpo docente”.

O IFSC/USP parabeniza o Prof. Tito José Bonagamba por esta honraria.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2022

Sobre damas, xadrez e computadores – Por: Prof. Roberto N. Onody

 Sobre damas, xadrez e computadores (Crédito: Domínio Público)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

No xadrez, a dama é a peça que tem maior mobilidade e alcance. Ela pode se movimentar pelas linhas, colunas e diagonais do tabuleiro.

Em 1848, o enxadrista Max Bezzel [1], especializado em montar e analisar finais de jogos de xadrez (por exemplo, xeque-mate em 2 lances) propôs o seguinte problema: num tabuleiro de xadrez vazio, de quantas maneiras diferentes se pode dispor 8 damas de modo que nenhuma delas esteja sendo atacada?

O problema foi resolvido, por análise combinatória, dois anos depois por Franz Nauck. Existem 92 configurações que solucionam o problema. Na Figura 1, apresentamos uma dessas configurações. Sem dúvida, esse problema das 8 damas é perfeitamente talhado para programas computacionais. Veja a solução em linguagem Python [2].

Quando aprendi os rudimentos do jogo de xadrez (ok, foi há muito tempo, na década de 60) os grandes enxadristas para mim eram Alexander Alekhine e Jose Raul Capablanca. Segundo o site chess.com [3], eles estão classificados em 10o e 4o lugar, respetivamente. Em primeiro lugar está o russo Garry Kasparov, seguido do norueguês Magnus Carlsen, atual campeão mundial (título conquistado no ano passado, pela 5a vez). O primeiro campeão mundial de xadrez foi o tcheco Wilhelm Steinitz em 1886.

Figura 1 – Uma solução particular do problema das 8-damas. Com rotação de 90o e reflexões horizontal e vertical, mais 3 soluções podem ser geradas (Crédito: Wikipedia)

Naturalmente, a lista dos melhores enxadristas apresentadas no site chess.com [3] se baseia, vamos dizer assim, no gosto pessoal dos seus membros ativos. A Federação Internacional de Xadrez, FIDE (Fédération Internationale des Échecs) [4] que tem sede na Suíça, é quem coordena os principais torneios internacionais. Nesses torneios, os jogadores recebem uma pontuação (que depende da sua classificação no torneio). Para ser um Mestre Internacional, o enxadrista precisa acumular 2.400 pontos e 2.500 para se tornar Grande Mestre. Esses títulos, atribuídos ao enxadrista, valem por toda a sua vida, mesmo que sua pontuação acumulada diminua com o tempo.

Hoje, há mais de mil Grandes Mestres vivos no mundo, sendo 14 deles brasileiros. O mais jovem Grande Mestre (até agora) é o norte-americano Abhimanyu Mishra , com 12 anos e 4 meses (obteve o título em junho/2021). O atual campeão brasileiro é Luís Paulo Supe e a campeã brasileira é Júlia Alboredo (ambos conquistaram seus títulos no campeonato brasileiro de 2021, em 2020 não houve campeonato devido à pandemia).

Um critério menos subjetivo para classificar os enxadristas, seria através do pico (máximo) de sua pontuação ao longo de toda a sua carreira. Neste caso, o primeiro lugar caberia a Carlsen (até aqui, 2.889 pontos) e o segundo lugar a Kasparov (2.856 pontos, ele se aposentou em 2005).

E há sempre novos e ótimos enxadristas surgindo. No dia 22/02/2022, Carlsen perdeu o torneio de Airthings Masters para o indiano Rameshbabu Praggnanandhaa, um talento precoce de apenas 16 anos. Ele é o mais jovem enxadrista a derrotar Carlsen.

Entre as mulheres, a primeira enxadrista no ranking da FIDE é a chinesa Yifan Hou, com 2.658 pontos (em fevereiro/2022).

Figura 2 – Uma solução tipo degrau de escada do problema das 10-damas (Crédito: Wikipedia)

A FIDE se tornou a primeira federação internacional esportiva a lançar seu próprio NFT (Non-Fungible Tokens). Um token não fungível utiliza a tecnologia blockchain e é negociado em criptomoedas. Ao contrário de uma determinada criptomoeda (como bitcoins, ethereuns…), que são todas iguais entre si e têm o mesmo valor (como as notas de 100 reais, por exemplo), um NFT é exclusivo e único. É muito comum em games, onde um jogador compra um NFT para ter personagens ou avatares exclusivos e únicos no mundo todo. A FIDE já disponibilizou a compra de NFTs para os melhores momentos do Campeonato Mundial de Xadrez, realizado em Dubai em 2021.

Na minha opinião, o xadrez conheceu o seu auge na década de 1970, durante a guerra fria, no embate entre o norte-americano Bobby Fisher e a poderosa escola de xadrez da Rússia.

Depois disso, o xadrez manteve ainda uma certa popularidade, graças ao início do confronto homem x computador. A primeira vez que um programa de xadrez participou de um torneio foi em 1967.  O algoritmo era o Mac-Hack VI (escrito por Richard Greenblat, analisava 10 posições por segundo) e bateu um enxadrista de ranking 1510. O programa Deep-Thought foi o primeiro a vencer um Grande Mestre (o enxadrista Bent Larsen, em 1988).

Figura 3 – Tabela exata de configurações. Na coluna ´fundamental´, temos todas as configurações, a menos de possíveis rotações e reflexões. Na coluna ´all ´, temos todas elas (Crédito: Ref. [7])

 

Mas, o grande embate homem x máquina aconteceu, quando o (então) campeão mundial de xadrez Garry Kasparov enfrentou (em seis partidas) o supercomputador Deep Blue (especialmente construído pela IBM). No primeiro confronto, em 1996, Kasparov venceu por 4 a 2 e, em 1997, perdeu por 3,5 a 2,5. Muito embora esses jogos tenham sido realizados com as regras normais de campeonatos (com relógio de tempo e tudo mais), Kasparov alegou estar em desvantagem, pois ele não teve acesso aos jogos recentes do Deep Blue, enquanto que este pôde consultar todos os seus jogos anteriores [5].

Em 2006, na Alemanha, o russo Vladimir Kramnik (que sucedeu Kasparov como campeão mundial de xadrez) recebeu 500.000 euros para enfrentar o programa de computador Deep Fritz. Ele receberia outros 500.00 euros, caso vencesse. O resultado de 4 a 2 para a máquina, selou (praticamente encerrou) a competição homem x computador. Nós não evoluímos tão rapidamente quanto os hardwares e softwares dos computadores… game is over [5].

É hora de voltarmos ao problema das damas. O mesmo Nauck que resolveu o problema das 8-damas em 1850, propôs a extensão desse problema para o caso de n damas num tabuleiro n x n [6]. As perguntas que precisavam ser respondidas eram as seguintes:

1) O problema das n-damas tem solução para qualquer n?

2) Quantas soluções existem?

Muitos e grandes matemáticos se debruçaram sobre o problema, incluindo C. F. Gauss.

A resposta para a primeira pergunta é mais fácil. Para todo n maior ou igual a 4 sempre haverá uma solução do tipo degrau de escada (veja Figura 2).

A resposta para a segunda pergunta só é conhecida (até hoje) para n menor ou igual a 27. Em 2016, um tour de force de computação paralela [7] conseguiu enumerar, exatamente, todas as possíveis configurações até n = 27 (veja Figura 3).  O recorde anterior, com n = 26, havia sido obtido em 2010. Para n = 27, o número de configurações possíveis ultrapassa a marca incrível dos duzentos quatrilhões!

Um resultado fantástico. Mas, e se n for igual a mil ou um milhão? A resposta foi dada por um pós-doutorando no Center of Mathematical Sciences and Applications da Universidade de Harvard, Michael Simkin [8]. Ele trabalhou por mais de 5 anos no problema das n-damas e obteve uma fórmula assintótica para o número de configurações

(0,143 n) n

Se n for igual a um milhão, o resultado será um número com mais de cinco milhões de zeros!

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

 

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] W. W. Rouse Ball (1960) “The Eight Queens Problem”, in Mathematical Recreations and Essays, Macmillan, New York, pp. 165–171.

[2] The eight queens puzzle in Python | Solarian Programmer

[3] The 10 Best Chess Players Of All Time – Chess.com

[4] International Chess Federation (fide.com)

[5] Human–computer chess matches – Wikipedia

[6] Eight queens puzzle – Wikipedia

[7]GitHub – preusser/q27: 27-Queens Puzzle: Massively Parellel Enumeration and Solution Counting

[8] [2107.13460] The number of $n$-queens configurations (arxiv.org)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de março de 2022

Novos horários do transporte entre Áreas 1 e 2 do Campus e funcionamento dos restaurantes universitários

A partir de 14 de março, o transporte entre as Áreas 1 e 2 do Campus passa a contar com novos horários.

Clique AQUI para ver os horários.

Para acessar o transporte, é obrigatório o uso de máscaras.

Se possível, evite os horários de maior fluxo de alunos.

Tel.: (16) 3373-9109
E-mail: transportes.prefeitura@sc.usp.br

Funcionamento dos Restaurantes Universitários

A partir de 14 de março, os Restaurantes Universitários do Campus contam com novos horários de funcionamento:

Restaurante Universitário – Área 1:

De segunda a sexta-feira:
Café da manhã: 7h30 às 8h (somente para Bolsistas Alimentação 1)
Almoço: 11h às 14h – horário excepcionalmente estendido devido à pandemia de covid-19
Jantar: 17h15 às 19h15
Caixa (recarga de cartão): 9h às 14h

De sábado:
Almoço: 11h30 às 13h

Restaurante Universitário – Área 2:
Reabertura em 14/03/2022

De segunda a sexta-feira:

Almoço: 11h15 às 13h15 – horário excepcionalmente estendido devido à pandemia de covid-19

Caixa (recarga de cartão): 11h15 às 13h30

Contamos com sua colaboração e atenção para que:

– Fiquem no máximo 30 minutos nos restaurantes;

– Mantenham distanciamento;

– Usem máscara;

– Se possível, evitem os horários de maior fluxo de pessoas nos restaurantes;

– Tiveram ou vão ter aula na Área 2 do Campus? Aproveitem e utilizem o Restaurante da Área 2.

Para consultar o cardápio semanal, os valores da alimentação e outras informações, clique AQUI.

Tel: (16) 3373-9140
E-mail: alimentacao.prefeitura@sc.usp.br

– Acesso aos restaurantes: Carteirinha Digital USP (e-Card USP);
– Consulta do cardápio e recarga de créditos: Aplicativo Cardápio USP – Clique AQUI;

(Transportes e Alimentação – Prefeitura do Campus – PUSP-SC)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2022

Eventos marcam o mês das mulheres na USP

Escritório USP Mulheres apresenta dados sobre a presença feminina na instituição e engaja a administração central em políticas para a equidade de gênero

Na graduação da USP, as mulheres são metade do corpo discente nas ciências humanas, mas ainda são apenas  ¼  nas ciências exatas. Na pós-graduação, por sua vez, há maioria feminina: 51% das vagas de mestrado e doutorado são preenchidas por mulheres. Porém, mesmo com o avanço feminino na pesquisa, apenas 37% do corpo docente da USP é composto por mulheres. Em 10 anos, as mulheres nunca ultrapassaram 40% do total de professores da USP e, na ascensão na carreira, só 30,6% das professoras mulheres chegaram ao topo, tornando-se titulares. Entre os que ocupam cargos de liderança na Universidade, 73% são homens contra apenas 27% de presença feminina. Essa é uma breve amostra dos dados que o Escritório USP Mulheres organizou para disponibilizar ao público e subsidiar os debates neste mês, no bojo da comemoração do Dia Internacional das Mulheres.

No dia 8 de março, a programação começa com a mesa on-line ”O caminho para a equidade de gênero: compromisso de ação da USP”, que contará com a presença do Reitor da USP, professor Carlos Gilberto Carlotti Junior; da Vice-Reitora, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda; da Coordenadora do Escritório USP Mulheres, professora Adriana Alves; bem como das novas gestoras e dos novos gestores da Administração Central da USP que assumiram os postos neste ano. Na ocasião, a nova gestão da USP será convidada a se engajar em um plano de equidade de gênero em suas áreas, visando a promoção de maior acesso, permanência e progressão de mulheres na USP, tanto em termos acadêmicos quanto administrativos.

Para tanto, o pesquisador Rodrigo Correia do Amaral, da equipe do Escritório USP Mulheres, apresentará os dados da USP com recorte de gênero que foram levantados e sistematizados, muitos deles inéditos. A iniciativa integra o Observatório USP Mulheres, uma página gerida pelo Escritório para publicar dados e informações relativos às questões de gênero, com vistas a subsidiar debates, estudos e o planejamento de novas políticas.

No mesmo dia, às 11h, haverá a conferência Pronouns: she/her, proferida por Iyiola Solanke, professora e pró-reitora para Igualdade, Diversidade e Inclusão da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Ela é especialista em discriminação e governança em instituições europeias, incluindo o Tribunal de Justiça Europeu. A transmissão, através do Canal Youtube, contará com tradução simultânea e estará aberta para perguntas e considerações do público (ACOMPANHE AQUI).

No dia 9 de março, às 10h, haverá a mesa-redonda on-line “Observatório USP Mulheres: uma análise dos dados da USP com recorte de gênero”, com mediação da professora Fátima Nunes, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e nova gestora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida); e participação das professoras Fabiana Cristina Severi, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP); Márcia Thereza Couto, da Faculdade de Medicina (FM); e Kalinka Castelo Branco, do  Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

A transmissão será também no Canal do Youtube “USP Mulheres”.

Calourada

Na semana de recepção às calouras e aos calouros da USP, o Escritório USP Mulheres recebe as novas estudantes para um bate-papo on-line, no dia 15 de março, das 16h às 18h. A equipe do Escritório apresentará as ferramentas disponíveis na USP para a garantia dos direitos das mulheres. O evento será via Google Meet, com inscrições prévias.

Evento em parceria

No dia 17 de março, das 18h às 19h, acontece o evento “Women in STEM”, uma sessão especial na Conferência anual da University Global Partnership Network (UGPN). As inscrições são abertas para membros das universidades da rede UGPN (VER AQUI).

Luana Siqueira / Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de março de 2022

Conselho Universitário da USP aprova indicação de quatro novos pró-reitores e pró-reitores adjuntos

Na primeira sessão presidida pelo reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior e pela vice-reitora Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda, realizada no dia 22 de fevereiro, o Conselho Universitário aprovou as indicações dos quatro novos pró-reitores e dos respectivos pró-reitores adjuntos da Universidade para o biênio 2022-2023.

Confira, abaixo.

Graduação

Aluisio Augusto Cotrim Segurado é graduado em Medicina, doutor e livre-docente em Doenças Infecciosas e Parasitárias, com os títulos pela Faculdade de Medicina (FM) da USP, respectivamente, em 1994 e 2001. Atua em linhas de pesquisa relacionadas à Medicina Tropical, Saúde Global, Vulnerabilidade e o cuidado a pessoas vivendo com HIV/AIDS.

Exerceu as funções de vice-reitor executivo de Relações Internacionais (de 2013 a 2014) e de coordenador do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP, entre 2018 e 2021.

Atualmente, é professor titular da Faculdade de Medicina (FM) e presidente do Conselho Diretor do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FM. É presidente da Agência USP de Cooperação Nacional e Internacional (Aucani) e da Câmara de Atividades Docentes (CAD).

Marcos Garcia Neira é licenciado em Educação Física e Pedagogia com Mestrado e Doutorado em Educação, Pós-Doutorado em Currículo e Livre-Docência em Metodologia do Ensino. É professor titular da Faculdade de Educação (FE), onde é diretor e atua nos cursos de graduação e pós-graduação. Também coordena o Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar. Dedica-se a investigar a prática pedagógica e a formação de professores.

No âmbito da gestão universitária, exerceu as funções de coordenador da Comissão de Estágios e da Comissão Coordenadora do Curso de Pedagogia (CoC Pedagogia), foi presidente da Comissão Interunidades das Licenciaturas e da Comissão de Graduação.

Pós-Graduação

Márcio de Castro Silva Filho é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Ufla (1989) e Doutorado em Biologia Molecular de Plantas pela University of Louvain (1994), Bélgica. Foi visiting Scholar na University of Melbourne, na Austrália, e na Ohio State University, nos Estados Unidos.

É professor titular do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP e pró-reitor adjunto de Pós-Graduação da USP de 2015 a 2021.

Foi membro Titular da CTNBio (2005 a 2007), coordenador da área de Ciências Biológicas I da Capes (2008 a 2011), diretor de Relações Internacionais (2011 a 2012) e diretor de Programas e Bolsas no País (2012 a 2016) da Capes e presidente do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop) em 2019.

Niels Olsen Saraiva Câmara é médico formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Fez residência médica em Nefrologia, mestrado e doutorado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Realizou pós-doutoramento no Imperial College London e foi professor visitante na Université de Tours, na França.

É professor titular do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, coordenador do Centro de Facilidades de Apoio à Pesquisa (Cefap USP) e do Programa de Pós-Graduação em Imunologia, e chefe do Departamento de Imunologia do ICB.

 

Pesquisa

Paulo Alberto Nussenzveig é bacharel e mestre em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor em Physique Quantique pela Université Pierre et Marie Curie (Paris VI). Desde 1996, é professor do Instituto de Física (IF) da USP, com livre-docência em 2002. É professor titular desde 2011. No IF, criou um laboratório de ótica quântica e informação quântica, cujas principais contribuições têm sido na geração e caracterização de emaranhamento quântico de feixes intensos de luz e suas potenciais aplicações em ciência de informação. Foi professor visitante na Cornell University em 2012.

Foi presidente da Comissão de Pós-Graduação do IF e presidente do Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Física e Astronomia. É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Desde 2018, é membro da Coordenação de Área de Física da Fapesp e apresenta a coluna Ciência e Cientistas na Rádio USP.

Susana Inês Cordoba de Torresi (Foto Ciência Hoje) é bacharel em Físico-Química pela Universidad Nacional de Córdoba, na Argentina, e doutora em Ciências Químicas pela mesma instituição. Realizou o pós-doutorado na Université de Paris VI Pierre et Marie Curie entre 1989 e 1990, quando chegou ao Brasil como pesquisadora visitante no Instituto de Física da Unicamp. Foi contratada como docente no Instituto de Química da USP em 1996.

Desde 2006, é professora titular e tem atuado como presidente das Comissões de Graduação e Pós-Graduação. Em 1999, a International Society of Electrochemistry concedeu-lhe o Prêmio Tajima destinado a jovens autores e, em 2008, recebeu a Ordem Nacional ao Mérito Científico, na categoria Comendador, do governo federal. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Integra a Comissão Coordenadora de Química da Fapesp.

Cultura e Extensão Universitária

Marli Quadros Leite tem Mestrado e Doutorado em Linguística pela USP, Livre-Docência e Pós-Doutorado pela University of Pennsylvania e pela Université de Paris VII, Denis Diderot, e Estágio Sênior pela mesma universidade.

É professora titular do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e atua nos programas de graduação e de pós-graduação. No campo da gestão, foi coordenadora do Curso de Letras – Filologia e Língua Portuguesa, presidente da Comissão de Graduação da FFLCH, chefe do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas e assessora técnica da Pró-Reitoria de Graduação.

É pesquisadora da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP e pesquisadora associada do Laboratoire d’Histoire Théories des Linguistiques (HTL), em Paris. É coordenadora de acordos de cooperação internacional da USP com a Université de Paris VII, Denis Diderot e com a Universidade Trás-os-Montes Alto Douro (Portugal).

Hussam El Dine Zaher é bacharel em Ciências Biológicas pela Faculdade de Humanidades Pedro II, mestre pela Université Pierre et Marie Curie – Paris VII e doutor em Systématique et Evolution pelo Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris. Foi bolsista de pós-doutorado no Museu Nacional do Rio de Janeiro e traina post-doctoral Research Fellow no Museu Americano de História Natural de Nova York. Foi professor visitante no Centre de Recherche en Paléontologie, sediado em Paris.

Ingressou como docente do Instituto de Biociências da USP em 1996, obtendo sua Livre-Docência pelo Museu de Zoologia (MZ), onde foi diretor entre 2009 e 2013. Desde 2006, é professor titular e atua como curador das coleções científicas de Herpetologia e Paleontologia do MZ e orienta em Programas de Pós-Graduação em Zoologia da USP e da Unesp-Rio Claro.

Em 2015, criou o Laboratório de Microtomografia Computadorizada, que presta apoio continuado à pesquisa em diversas áreas do conhecimento.

Por outro lado, foram designados os Profs. Drs. Luís Fernando Costa Alberto e Paulo Sergio Lopes de Souza para exercerem as funções, nomeadamente, de Prefeito e Vice-Prefeito do Campus USP de São Carlos, já a partir do dia 23/02, substituindo, nesses cargos, os Profs. Drs. Sergio Paulo Campana Filho e Aquiles Elie Guimarães Kalatzis.

(In: Jornal USP/ Adriana Cruz – Fotos: Marcos Santos/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de fevereiro de 2022

Curso: ”Introdução ao Planejamento de Experimentos”

Todo pesquisador envolvido com experimentos já se fez ou fará esta pergunta: como obter o máximo de informações úteis e estatisticamente válidas, com o menor número possível de experimentos?

A eficácia do planejamento de um experimento envolve economia de tempo,   recursos, energia, agiliza resultados e minimiza a geração de resíduos.

Para capacitar os interessados de quaisquer áreas de conhecimento, o Instituto de Química de São Carlos (IFSC/USP)  oferece o curso “Introdução ao Planejamento de Experimentos”, ministrado pelo professor Eduardo Bessa Azevedo.

Esta edição será totalmente on-line, mas as vagas são limitadas.

As inscrições estão abertas até 01 de abril.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Para se inscrever, clique AQUI.

Contato: cursos-extensao@iqsc.usp.br

Assessorias de Comunicação – IFSC/USP e IQSC/USP

25 de fevereiro de 2022

“São Paulo School of Advanced Science on Quantum Fluids and Applications”

Iniciou-se no dia 20 do corrente mês, prolongando-se até dia 04 de março a “São Paulo School of Advanced Science on Quantum Fluids Applications”, uma Escola de Ciência Avançada apoiada pela Fapesp e inserida na celebração do 60º aniversário desta fundação de apoio à pesquisa.

Destinada a estudantes de graduação, de pós-graduação e a pesquisadores em início de carreira (Pós-Doutorandos), este evento conta com a presença de  renomados palestrantes de todo o mundo, que têm oferecido grandes oportunidades de intercâmbio de ideias.

Trata-se de uma escola avançada de Física que trata dos fundamentos da designada Matéria Quântica, um tópico extremamente atual, recordando que estamos entrando numa era onde os conceitos quânticos estão dominando: sensores, gravímetros – que permitem prever abalos sísmicos – e a comunicação e computação, que vão revolucionar todo o panorama.

Para o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato,que é um dos organizadores deste evento “A escola está mostrando para os alunos inscritos todo este novo cenário, cuja área que estamos discutindo aqui é a dos fluidos quânticos, no sentido de motivá-los a encarar uma grande quantidade de desafios que temos nesta disciplina. Ao mesmo tempo, os alunos têm a chance de ver e acompanhar as apresentações de muitos cientistas do mundo inteiro que estão falando de tópicos relevantes nesse contexto”.

Participam desta escola, formatada com um conceito híbrido, cerca de 140 participantes, com perto de sessenta participações presenciais, onde se destacam muitos alunos do exterior e alguns pesquisadores, oriundos, por exemplo, de Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos, Chile, México, sendo que a maior parte das apresentações foram feitas remotamente, devido à pandemia.

Além do Prof. Vanderlei Bagnato, o comité organizador deste evento foi constituído por: Prof. Marcelo Takeshi Yamashita, (IFT-UNESP); Prof. Marcos Cesar de Oliveira (IFGW-UNICAMP); Prof. Philippe Wilhelm Courteille (IFSC-USP); Prof. Emanuel Alves de Lima Henn (IFSC-USP); Prof. Francisco Ednilson A. dos Santos (UFSCAR); Drª. Mônica Andrioli Caracanhas (IFSC-USP) e Dr. Lucas Madeira (IFSC-USP).

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de fevereiro de 2022

Cátedra Oscar Sala: Oferta de disciplina sobre economia, cultura e poder na internet

Este semestre, a Cátedra Oscar Sala e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP oferecem novamente  a disciplina Economia, Cultura e Poder na Internet, concebida como um painel multidisciplinar e estruturada em módulos temáticos complementares, com aulas teóricas e seminários. Aspectos históricos, técnicos, jurídicos, econômicos e culturais fazem parte do programa do curso.

Disponível para alunos de mestrado ou doutorado de qualquer programa de pós-graduação da USP, a disciplina destina-se a apresentar um panorama circunstanciado e crítico da internet, aprofundando o conhecimento sobre suas riquezas, seus desafios e conflitos.

A disciplina corresponde a quatro créditos e será oferecida a distância, via plataforma de conferência remota, às quintas-feiras, das 17h às 19h45, a partir de 31 de março.

A pré-matrícula deverá ser feita entre 21 de fevereiro e 13 de março.

Os módulos temáticos apresentarão a história da rede mundial de computadores, os impasses atuais e as tendências que já se delineiam para o futuro.

Os 15 encontros estão formatados em quatro módulos: Fundamentos Técnicos e Conceitos da Internet; Economia Política da Internet; Direito na Era Digital; e Internet e Cultura.

De acordo com a coordenação da cátedra, as aulas abrirão para os alunos janelas para uma compreensão atualizada da natureza da Internet, seus protocolos e sua governança, bem como de seus efeitos na conformação das redes sociais, nas relações jurídicas entre pessoas, organizações e países, no mercado (com uma economia de dados que envolve novas formas de geração de valor), na arte e nas humanidades em geral.

Para conferir a ementa da disciplina, clique AQUI.

Para conferir mais informações, clique AQUI.

Fruto de uma parceria entre a USP e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a Cátedra Oscar Sala é administrada pelo IEA, onde está sediada, e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de fevereiro de 2022

Concurso Livre-Docência: Profa. Dra. Ilana Lopes Baratella da Cunha Camargo – Resultado do concurso – Quadro de notas

Comunicamos que as provas do concurso para obtenção do título de livre-docente no qual se encontra inscrita a Profa. Dra. Ilana Lopes Baratella da Cunha Camargo, terão início no dia 22 de fevereiro de 2022, às 8h30, de forma remota.

Informações do concurso estão disponibilizadas abaixo:

 

Agenda dos trabalhos

Ponto sorteado para a Prova Escrita

Ponto Sorteado para a Prova Didática

Resultado do concurso – Quadro Notas

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de fevereiro de 2022

“Perseverança” – Livro relata a história de uma das primeiras pesquisadoras no Brasil

A nossa muito querida docente, pesquisadora e pioneira de nosso Instituto – Profª Yvonne Primerano Masacarenhas -, sugeriu-nos a leitura de um livro que, para ela, ficou marcado em sua memória: “Perseverança”. E nós seguimos essa sugestão, até na esperança que ela possa fazer o mesmo, um dia.

“Perseverança” – em sua 1ª edição (2021) – Editora do Centro Brasileiro de Pesquisa Física (CBPF/MCTI -, conta a história de Anna Maria Freire Endler, uma das primeiras pesquisadoras na área de física no Brasil, suas conquistas e dificuldades inseridas no cenário cotidiano da segunda metade do Século XX. Para o editor da obra – jornalista Cássio Leite Vieira – a vida e obra de Anna Maria Freire Endler, pesquisadora emérita do CBPF, é “certamente um exemplo para todos os jovens que sintam aptidão para as ciências exatas, ou queiram ser cientistas – principalmente as meninas”.

Confessando que na maior parte das vezes agiu por intuição, Anna Maria Freire Endler começa por dizer, neste livro, que mesmo impulsionada por esse fato, nunca deixou de observar quatro regras que, para ela, sempre foram basilares – convicção, retidão, verdade e justiça.

Uma leitura a não perder.

Clique AQUI

para ter acesso ao PDF do livro.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de fevereiro de 2022

No IFSC/USP: Técnicas complementares caracterizam dois minerais raros

Minas de Prabornaz – Itália

Três técnicas complementares realizadas no IFSC/USP permitiram descrever, de forma abrangente, as propriedades de dois minerais raros pertencentes ao espólio de uma universidade localizada numa das maiores cidades da Itália, permitindo, dessa forma, a ampliação das informações sobre as propriedades dos mesmos constantes na literatura.

Um artigo publicado na revista internacional “Minerals”, em dezembro de 2021, dá conta de um trabalho de pesquisa realizado pelo doutorando do IFSC/USP, Gerson Anderson, na caracterização de dois minerais raros cuja literatura apresenta poucas informações científicas sobre suas ocorrências. As amostras desses minerais – já conhecidos e identificados -, vieram do espólio presente na Universidade de Turim (Itália) com o intuito de se proceder a uma caracterização dos mesmos – composição química e estrutura -, tendo em vistas um fornecimento de informações fundamentais para descrição dessas espécies.

Fluorcalcioroméita e Hydroxicalcioroméita

“As amostras agora analisadas, correspondem a dois minerais raros pertencentes ao acervo do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Turim e originalmente encontrados nas Minas de Prabornaz (Itália), o maior depósito de manganês da região dos Alpes, e do vilarejo de Kalugeri (Macedônia). Elas vieram a partir de uma colaboração existente entre o Prof. Marco Ciriotti, que é simultaneamente pesquisador da Universidade de Turim e representante da Itália na Associação Mineralógica Internacional, o Prof. Daniel Atencio, do IGc/USP e o Prof. Javier Ellena, do IFSC/USP, e o Dr. Marcelo B. Andrade, pesquisador do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP, que é o orientador de meu doutorado. O objetivo foi fazer a caracterização dessas duas espécies minerais – fluorcalcioromeíta e hidroxicalcioromeíta -, ou seja, fazer os estudos físicos para descrever as propriedades de ambos, para que essa ampliação de dados seja introduzida na literatura científica”, explica o doutorando. Sublinhe-se que, na mineralogia, para que um mineral seja aceito como uma nova espécie há a necessidade de ter essas caracterizações rigorosamente descritas e realizadas através de diversas técnicas – como Difração de Raios-X e Espectroscopia Raman -, feitas nosso Instituto. “Juntamente com essas técnicas, cujos equipamentos se encontram no IFSC/USP, foi também realizada uma análise química através de uma microssonda eletrônica. Assim, combinando essas três técnicas, chegou-se a uma descrição completa desses minerais, que, agora sim, possuem dados mais amplos e precisos sobre suas raras ocorrências e propriedades”, salienta Gerson Anderson.

Os dois minerais agora caracterizados pertencem a um grupo chamado “Romeíta”, grupo este bastante importante porque constitui uma rica fonte de um metal chamado antimônio e que tem muitas aplicações tecnológicas – ligas para aperfeiçoamento do aço e na indústria cosmética, só para dar dois exemplos. Os dados coletados neste trabalho de pesquisa vão abrir portas para se aprofundar os conhecimentos de como explorar de forma mais eficiente este metal, sendo que no Brasil existem poucas evidências da presença dos dois minerais citados. A única ocorrência descrita na literatura relata a presença deles em Tripuí / Ouro Preto (MG), sem, contudo, se saber ao certo a sua quantidade. “Com este avanço nas pesquisas, as empresas de mineração poderão, em um futuro próximo, fazer um trabalho mais aprofundado e com base científica, objetivando a detecção, extração e beneficiamento destes minerais, tendo em vistas uma maior rentabilidade econômica”, acrescenta o doutorando autor da pesquisa.

Gerson Anderson (31) é natural do Amapá, tendo concluído duas graduações: a primeira, em Química, na Universidade do Estado do Amapá (onde hoje exerce o cargo de Analista de Laboratório de Física), e a segunda, em Física, na Universidade Federal do Amapá, tendo seguido seu mestrado em Física no IFSC/USP. Aqui, começou a trabalhar na caracterização de minerais através das técnicas de Difração de Raios-X e Espectroscopia Raman, tendo continuado esse trajeto científico em seu doutorado, que se encontra em curso. A expectativa do pesquisador é avançar em seu Pós-Doutorado num futuro próximo e fazer carreira na Academia como pesquisador docente.

Para conferir o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de fevereiro de 2022

Ex-aluno do IFSC/USP é o novo Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFG

O Prof. Dr. Felipe Terra Martins é o novo Pró-Reitor de Pós-Graduação (mandato 2022/2025) da Universidade Federal de Goiás (UFG), tendo sido nomeado em 19 de janeiro do corrente ano. Esta é uma notícia que à primeira vista nada tem de especial, tirando o fato do nomeado ser ex-aluno de Pós-Graduação do IFSC/USP – Doutorado em Física Biomolecular (2010).

Professor no Instituto de Química na UFG, o Prof. Felipe Terra Martins foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Química da UFG (2019-2021), tendo sido já Vice-Coordenador (2018-2019). Tem experiência nas áreas de Química, Física e Farmácia, com ênfase em Materiais, Fármacos e Medicamentos, e em Fitoquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: polimorfismo de sólidos farmacêuticos, cristalografia, desenvolvimento de novos materiais com propriedades óticas aperfeiçoadas, determinação estrutural de pequenas moléculas por difração de raios X por monocristal, difração de raios X por material policristalino, espectroscopia vibracional no infravermelho e Raman, calorimetria exploratória diferencial e termogravimetria, cromatografia líquida de alta eficiência, cromatografia gasosa e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas.

À frente da nova gestão na Pró-Reitoria de Pós-Graduação, o Prof. Felipe Terra Martins apresenta como prioridades de sua gestão o apoio aos programas de pós-graduação Stricto Sensu, que compreendem os cursos de mestrado e doutorado, e a expansão da pós-graduação Lato Sensu, que inclui os cursos de especialização e programas de residência.

Com muito orgulho, o IFSC/USP parabeniza seu ex-aluno pelo sucesso alcançado, desejando as maiores felicidades no futuro.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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